OS BENEFÍCIOS DO TREINO DE MARCHA COM DUPLA TAREFA NO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO EM PACIENTES IDOSOS COM A DOENÇA DE PARKINSON: REVISÃO DE LITERATURA

THE BENEFITS OF DUAL-TASK GAIT TRAINING IN PHYSIOTHERAPY TREATMENT IN ELDERLY PATIENTS WITH PARKINSON’S DISEASE: LITERATURE REVIEW

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10052035


Matheus Maquine Silva1
Rhaíssa Katrine Queiroz Falcão1
Sindy Chrystiny da Silva Freitas1
Viviane dos Reis Ramos1
Natália Gonçalves2


Resumo

Introdução: A doença de Parkinson é uma disfunção neurológica progressiva causada pela degeneração dos neurônios dopaminérgicos da substância negra do mesencéfalo, uma pequena área do tronco encefálico. Pacientes que apresentam doença de Parkinson possuem algumas características específicas em relação a marcha, como redução da velocidade de marcha, diminuição do comprimento e altura do passo, marcha lenta e arrastada.  Objetivo:    Analisar os benefícios do treino de marcha com dupla tarefa no tratamento fisioterapêutico em pacientes idosos com a doença de Parkinson, assim como identificar a funcionalidade do paciente e avaliar o treino de marcha com dupla tarefa. Materiais e métodos: Trata-se de uma revisão de literatura utilizando as bases de dados PubMed, Lilacs e PEdro, incluindo os artigos que possuem linguagem em português e inglês, publicados antes de 2014. Ao final, foram selecionados 6 artigos com compatibilidade do assunto para o prosseguimento da revisão. Resultados: Os estudos abordaram diferentes intervenções para melhorar a marcha com dupla tarefa, no entanto, todos mostraram melhorias na velocidade da marcha e outros parâmetros, destacando a eficácia de treinamentos com tarefas cognitivas e complexidade motora na restauração da automaticidade da marcha. Conclusão: Esta revisão de literatura conclui que o treino de marcha com dupla tarefa beneficia pacientes com doença de Parkinson, melhorando parâmetros como velocidade, cadência e comprimento dos passos.

Palavras-chave: “Fisioterapia”. “Treino de Marcha”. “Parkinson”. “Dupla tarefa”.  

Abstract

Background: Parkinson’s disease is a progressive neurological disorder caused by the degeneration of dopaminergic neurons in the substantia nigra of the midbrain, a small area of the brainstem. Patients with Parkinson’s disease exhibit specific characteristics in their gait, such as reduced walking speed, decreased stride length and height, slow and shuffling gait. Pourpose: To analyze the benefits of dual-task gait training in the physiotherapeutic treatment of elderly patients with Parkinson’s disease, as well as to assess patient functionality and evaluate dual-task gait training. Methods: This is a literature review using the PubMed, Lilacs, and PEdro databases, including articles in both Portuguese and English, published before 2014. In the end, 6 articles compatible with the subject were selected for further review. Results: The studies addressed various interventions to improve dual-task gait, however, all of them showed improvements in walking speed and other parameters, highlighting the effectiveness of training with cognitive tasks and motor complexity in restoring gait automatism. Conclusion: This literature review concludes that dual-task gait training benefits patients with Parkinson’s disease, improving parameters such as speed, cadence, and stride length.

Keywords: “Physiotherapy”. “Gait training”. “Parkinson”. “Dual task”. 

1  INTRODUÇÃO

A doença de Parkinson é uma disfunção neurológica progressiva causada pela degeneração dos neurônios dopaminérgicos da substância negra do mesencéfalo, uma pequena área do tronco encefálico (Santos; Ferro, 2022). A morte desses neurônios prejudica funções motoras como equilíbrio e mobilidade, além disso, a evolução dessa degeneração afeta funções cognitivas importantes como o raciocínio e a comunicação, esses são fatores que influenciam negativamente no bem estar do paciente com doença de Parkinson (Albuquerque; Faria, 2021 apud Alves; Junior, 2022). 

A alteração motora mais frequente presente na doença de Parkinson é a bradicinesia, que se trata da lentidão dos movimentos, influenciando dessa forma na amplitude de movimento e afetando as expressões faciais causando redução na mesma. Também, grande porcentagem dos pacientes com a doença apresentam tremor em repouso e rigidez articular que se caracteriza pelo aumento da resistência à movimentação passiva das articulações. Com o avanço da doença ocorrem alterações no equilíbrio dinâmico e estático e aumento do risco de quedas que agravam devido a postura flexora e instabilidade da postura que o paciente apresenta (Souza, 2019 apud Alves; Junior, 2022). 

Pacientes que apresentam doença de Parkinson possuem algumas características específicas relacionadas a marcha, como redução da velocidade de marcha, diminuição do comprimento e altura do passo, marcha lenta e arrastada. (Bryant, 2016 apud Souza, 2019). Esses pacientes têm como característica particular a marcha parkinsoniana, o que compromete a realização de outras tarefas diárias, tais como falar, interagir e realizar atividades cognitivas ao caminhar. A realização da marcha apresenta modificações na realização de tarefas únicas, e mais visivelmente em execução de dupla tarefa (Maidan, 2015 apud Wollesen, 2021). 

Essas alterações comprometem a independência do indivíduo, aumentam consideravelmente o risco de quedas e diminuem a qualidade de vida em idosos acometidos com a doença de Parkinson (Melo et al. 2020). Devido a essas consequências, esses indivíduos apresentam dificuldades de execução nas atividades com dupla tarefa, realizando somente atividades que tenham foco em uma única tarefa.

Segundo Brito, Santos e Magalhães (2022) sabendo que não há tratamento para cura da doença de Parkinson, porém a reabilitação por meio de exercícios visa melhorar a funcionalidade, aplicando técnicas com todo o cuidado necessário para a obtenção de independência e melhor qualidade de vida. A fisioterapia por meio de condutas visa proporcionar a diminuição da bradicinesia, a rigidez muscular, melhorar a execução da marcha e possibilitar o indivíduo a realizar suas atividades do dia a dia (Tomlinson et al. 2014).

Com isso, acredita-se que na reabilitação o paciente pode ter inúmeros benefícios, tendo dentre eles o estímulo cognitivo, onde o treino de marcha feito juntamente com a realização de dupla tarefa oferece benefícios, trazendo respostas mais eficientes do que em pacientes que realizam apenas o treino de marcha. Logo foi levantado o seguinte questionamento, se é possível que pacientes com doença de Parkinson possam realizar durante o treino de marcha atividades de dupla-tarefa.

Em virtude das alterações motoras ocasionadas pela doença de Parkinson, principalmente na alteração da marcha e da cognição, foi analisada a importância de fazer uma revisão de literatura sobre o treino de marcha associado a dupla tarefa e seus benefícios para idosos com tal patologia, observando que existem inúmeros estudos onde os pacientes foram estimulados com treinos de dupla tarefa durante a realização da marcha. O estudo em questão busca mostrar como o treino abordado pode ser fundamental como conduta fisioterapêutica para alcançar os objetivos traçados no plano de tratamento em pacientes com doença de Parkinson.

O estudo em questão tem como objetivo analisar os benefícios do treino de marcha com dupla tarefa no tratamento fisioterapêutico em pacientes idosos com a doença de Parkinson, assim como identificar a funcionalidade do paciente com doença de Parkinson, avaliar o treino de marcha com dupla tarefa, expor os benefícios do treino de marcha com dupla tarefa.

2  MATERIAIS E MÉTODO

Este estudo trata-se de uma revisão de literatura visando analisar os benefícios do treino de marcha com dupla tarefa no tratamento fisioterapêutico em pacientes idosos com a doença de Parkinson. A seleção dos artigos foi realizada no período de 25 de agosto de 2023 a 07 de setembro de 2023 nas bases de dados MEDLINE/PubMed (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online), PEDro (Physiotherapy Evidence Database) e BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) utilizando os descritores: “physiotherapy” (fisioterapia), “gait training” (treino de marcha),  “parkinson” e “dual task” (dupla tarefa). 

Os critérios de inclusão baseiam-se nos artigos publicados originalmente nos idiomas inglês e português, além de estarem disponíveis na íntegra. Foram definidos como critérios de exclusão: artigos publicados antes de 2014, artigos com incompatibilidade do assunto proposto, artigos que são citados como revisão e estudo piloto.

Os resultados dos artigos selecionados para esta revisão foram demonstrados por meio do fluxograma de buscas de estudos. 

3  RESULTADOS 

No decorrer da busca para seleção de artigos para esta revisão, foram identificados 84 estudos nas bases de dados escolhidas, onde 19 artigos foram excluídos por duplicidade. Foram selecionados 65 artigos para leitura de título e resumo, excluídos 57 artigos por critérios de ano de publicação, revisão sistemática, incompatibilidade de assunto, estudo piloto e idioma diferente do inglês e português. A partir disso, foram selecionados 8 artigos para serem lidos na íntegra, excluídos 2 artigos por critério de indisponibilidade, e por fim, foram incluídos nesta revisão 6 artigos, conforme Fluxograma do estudo (Figura 1). 

Figura 1 – Fluxograma de buscas

A síntese dos resultados dos artigos como o tipo de estudo, objetivo do estudo, intervenção e resultados dos artigos incluídos nesta revisão foram analisados e descritos. 

Nesta revisão foram incluídos 586 participantes com idade média de 65 anos. Entre os 6 estudos, 1 artigo (Strouwen et al. 2017) sobre ensaio clínico multicêntrico, cego e randomizado, 1 artigo (Geroin et al. 2018) tratou-se de ensaio clínico cego, randomizado e controlado, 1 artigo (Strouwen et al. 2019) sobre ensaio clínico DUALITY, 1 artigo (VieiraYano et al. 2020) de ensaio clínico randomizado, 1 artigo (Wollesen et al. 2021) sobre estudo randomizado, 1 artigo (Gasner et al. 2022) de estudo randomizado e controlado.

Strouwen et al. (2017) foram randomizados um grupo para um estudo de treinamento de tarefa consecutiva onde foram treinadas marcha e tarefas cognitivas separadamente e um grupo integrado, no qual a marcha e tarefas cognitivas foram treinadas simultaneamente. A frequência de treinamento supervisionado foi de duas vezes por semana durante seis semanas, onde o tempo de prática foi igual em ambas  as intervenções e consistiu em 40 minutos de exercício ativo por sessão. Ademais, os participantes foram solicitados a realizar exercícios não supervisionados duas vezes por semana durante 30 minutos. O resultado foi que ambos os modos de treinamento tiveram um efeito semelhante, levando a melhorias semelhantes e sustentadas em velocidade da marcha em dupla tarefa sem aumentar o risco de queda.

No estudo de Geroin et al. (2018) foram realizados treinamentos de marcha associados a tarefas cognitivas com progressão de dificuldade, semelhante ao estudo de Strouwen et al. (2019). Foram divididos dois grupos, um de treino de tarefa consecutiva e outro de treino integrado de dupla tarefa. No presente estudo, as sessões ocorreram duas vezes na semana, onde cada uma durava em média 40 minutos, por seis semanas consecutivas. Os resultados encontrados foram na melhora na velocidade da marcha e comprimento da passada. Porém não foram descobertas mudanças significativas na variabilidade da marcha.

No ensaio DUALITY de Strouwen et al. (2019), a intervenção visava três componentes: a prática da marcha, exercício cognitivo auditivo e treinamento funcional, onde gradualmente era aumentado a dificuldade. Foram divididos dois grupos, um de tarefa única e outro de tarefa dupla. As atividades eram realizadas por 30 minutos e os grupos realizavam separadamente. O grupo de tarefa dupla apresentou mudança na velocidade ao realizar tarefas específicas e maior capacidade cognitiva.

Vieira-Yano et al. (2020), no seu estudo foi realizada intervenção que envolvia um grupo individualizado de treinamento resistido adaptado com instabilidade, o qual se trata de um programa com exercícios de dupla tarefa com desafios e exercícios complexos de equilíbrio. Além disso, foi utilizada outra intervenção, a reabilitação motora tradicional que consistia em treinamento baseado em grupo, neste foram utilizados exercícios sem complexidade motora ou dupla tarefa. Ambos os grupos de treinamento treinaram durante três dias por semana totalizando doze semanas ao final (trinta e seis sessões de treinamento). Cada sessão de treinamento durou entre 80 e 90 minutos. O resultado foi que exercícios com alta complexidade motora e dupla tarefa são mais eficazes que exercícios sem complexidade motora e dupla tarefa na restauração da automaticidade da marcha.

Wollesen et al. (2021) estudaram sobre o treinamento estratégico de dupla tarefa visando a melhora no desempenho da marcha, para isso foram selecionados dezessete participantes que realizaram quatro semanas de treinamento, sendo uma sessão por semana durando aproximadamente uma hora cada. Os exercícios incluíam executar atividades motoras cotidianas durante a realização da caminhada, focando na priorização de tarefas, tomada de decisões e posicionamento durante situações cotidianas. Ao decorrer do treinamento, os exercícios tornaram-se complexos gradualmente, sendo acrescentadas atividades visuoespaciais e tarefas com funções executivas ao executar a marcha, além do aumento da combinação de exercícios. Os resultados obtidos pelos autores foram a melhora significativa no desempenho da marcha durante a realização de dupla tarefa, velocidade da caminhada, comprimento do passo e a variabilidade da marcha.

No estudo de Gasner et al. (2022), foi investigado o impacto da fisioterapia individualizada e o treinamento em esteira na marcha com dupla tarefa, nesse caso os indivíduos caminhavam e contavam simultaneamente de trás para frente em passos de 3, começando de 100. Ambos os grupos receberam dez sessões intervencionistas individuais de 25 minutos cada e sessões adicionais de terapia em grupo por quatorze dias. O desfecho primário foi a velocidade da marcha e o secundário foram parâmetros adicionais de marcha durante caminhada com dupla tarefa. A velocidade da marcha melhorou significativamente em 4,2% (esteira) e 8,3% (fisioterapia). Quase todos os padrões da marcha melhora no desempenho de dupla tarefa.

4  DISCUSSÃO

Os artigos selecionados para este estudo mostraram que o treino de marcha associado a dupla tarefa pode trazer alterações significativas nos parâmetros da marcha. Os achados demonstrados pelos autores revelam que a presença de dupla tarefa durante a caminhada em pacientes com a doença de Parkinson é capaz de promover melhorias nos padrões da marcha tais como velocidade, comprimento dos passos, e cadência, além de otimizar a automaticidade durante a caminhada. 

Foi observado que três estudos de Geroin et al. (2018), Strouwen et al. (2018) e Strouwen et al. (2019) que foram escolhidos para esta revisão, realizaram divisão em dois grupos, sendo um grupo de treino de tarefa consecutiva e outro de treino integrado de dupla tarefa. Das atividades realizadas foram incluídas treino de marcha e tarefas cognitivas sendo feitas simultaneamente, após o tratamento foram observados nos resultados a melhora significativa na velocidade da marcha Strouwen et al. (2018) e Strouwen et al. (2019) e no comprimento da passada (Geroin et al. 2018), sendo estes fatores principais para a marcha funcional em pessoas com Doença de Parkinson. Segundo Luna et al. (2020) a velocidade da marcha é acompanhada pelo aumento no comprimento do passada, o que pode tornar o padrão da marcha semelhante ao de um indivíduo saudável. 

No estudo de Wollesen et al. (2021) foram realizados inicialmente exercícios de coordenação, resistência de movimento e treinamento de força da extremidade inferior com o aumento da dificuldade e evolução das atividades do dia a dia, situações complexas ou mediação de estratégias de enfrentamento. Os participantes apresentaram melhora em todos os parâmetros da marcha após o tratamento tais como velocidade da marcha e comprimento de passada, houve melhora na cadência de passos no treinamento de velocidade preferido. Estudos visando a marcha geralmente mostram melhora nesses parâmetros, bem como a capacidade e a resistência da marcha, segundo Corrêa et al. (2023)

Viera-Yano et al. (2020) realizaram a comparação dos resultados entre seus dois grupos, onde um executou atividades de reabilitação motora tradicional, enquanto o outro realizou uma série de exercícios de dupla tarefa complexos, sendo estes efetuados em superfícies instáveis associados ao treino de equilíbrio com utilização de pesos livres. Apesar de ambos os grupos mostrarem melhora na velocidade e comprimento de passos, apenas o grupo de dupla tarefa demonstrou melhora nas atividades que exigem demanda de atenção e na automaticidade da marcha, característica que influencia na caminhada de pacientes que apresentam congelamento de marcha. Segundo Sousa (2016), quando o paciente realiza atividades de dupla tarefa, a automaticidade da marcha proporciona a melhora dinâmica frente a situações que demandam alta atenção e controle motor.

No estudo de Gasner et al. (2022), foi realizada uma investigação utilizando um grupo realizando uma intervenção de treinamento em esteira na marcha durante o desempenho de dupla tarefa e outro grupo realizando exercícios de tarefa única. O desfecho primário do estudo teve ênfase na velocidade da marcha, enquanto que o desfecho secundário foram os parâmetros adicionais da marcha durante a caminhada com dupla tarefa e capacidade de caminhada. Ambas as abordagens intervencionistas resultaram em uma melhora significativa do tempo na velocidade da marcha e na maioria dos padrões da marcha durante a caminhada com dupla tarefa. Segundo Brito et al. (2022), a reabilitação realizada através de exercícios que tenham ênfase em treinamento de dupla tarefa, marcha e fortalecimento resultam em melhoras no desempenho da marcha em pacientes acometidos com a doença de Parkinson. Dentre essas melhorias, inclui-se o aumento na velocidade da marcha, cadência, comprimento da passada, bem como a capacidade de marcha destes pacientes.   

O treino de marcha com dupla tarefa envolvendo exercícios com ênfase em atividades de vida diária tais como atender o telefone, segurar objetos, conversar e etc., demonstrou ser uma abordagem terapêutica altamente benéfica na prática clínica. Diversos estudos revisados revelaram que essa intervenção resulta em melhorias significativas nos parâmetros da marcha, incluindo velocidade, comprimento dos passos e cadência, além de otimizar a automaticidade durante a caminhada, melhorar a estabilidade postural e diminuir o risco de quedas. Além disso, a incorporação de exercícios cognitivos simultâneos à marcha melhorou a atenção e o controle motor, aspectos cruciais para pacientes com congelamento de marcha. A variedade de abordagens empregadas e a consistência dos resultados sugerem que o treino de dupla tarefa na marcha pode ser uma estratégia terapêutica valiosa para aprimorar a mobilidade e a qualidade de vida de indivíduos com doença de Parkinson, destacando seu potencial na prática clínica.

Na literatura foram encontrados diversos estudos sobre o treino de marcha relacionado a dupla tarefa, porém faz-se necessário que realizem estudos futuros que visem melhorar a dupla tarefa e a marcha, e possa proporcionar ao paciente com a doença de Parkinson a sua funcionalidade e automaticidade motora.

5  CONCLUSÃO

Esta revisão de literatura levou à conclusão de que é possível a realização do treino de marcha associado a dupla tarefa, proporcionando dessa forma benefícios aos pacientes com doença de Parkinson.

A partir do treinamento de marcha com utilização de dupla tarefa, foi possível observar evolução na funcionalidade do paciente com doença de Parkinson no que diz respeito aos parâmetros da marcha.

A execução do exercício de marcha relacionados a tarefa de vida diária e atividades cognitivas simples ou de alta complexidade foram culminantes na progressão dos resultados esperados no fim das intervenções, de um modo geral foram encontrados benefícios significativos tais como a velocidade da marcha, cadência e comprimento dos passos.

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1 Discente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário do Norte – UNINORTE.
2 Especialista em Reabilitação em Neurofuncional, Docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário do Norte – UNINORTE. Endereço: Av. Joaquim Nabuco, 1232, Centro | Manaus | AM | CEP: 69020-030 | (92) 3212-5000.