OS BENEFÍCIOS DO ÔMEGA 3 NA GESTAÇÃO: uma revisão integrativa

HEALTH BENEFITS OF ÔMEGA 3 FATTY ACIDS IN PREGNANCY: an integrative review

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10322759


Márcia Peixoto de Oliveira1
Paula Jullyanna Rocha de Araújo2
Patrícia de Souza Ferreira3
Sarah Nailly de Freitas Zuniga4
Maria Teresa Fachin Espinar5


RESUMO

INTRODUÇÃO: A gestação traz significativas mudanças no corpo da mulher e que precisam ser acompanhadas e orientadas durante todo o período da gestação. Sendo assim, no período de gravidez, o consumo de Ômega 3 permite com que o feto se desenvolva com saúde, assegurando com isso o crescimento cerebral e a acuidade visual do feto.

OBJETIVO: Descrever os benefícios do Ômega 3 como um suplemento alimentar, analisar os efeitos colaterais do ômega 3 em gestantes e descrever os mecanismos de ação do Ômega 3 no organismo.

METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de revisão integrativa, em que foram realizadas buscas através das plataformas de pesquisa de dados tais quais: Medical Literatura Analysis and Retrieval System online (MEDLINE), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), encontrando-se estudos tanto nacionais quanto internacionais entre os anos 2015 a 2023.

RESULTADOS: O ômega-3, um ácido graxo crucial encontrado em peixes, sementes e nozes, é vital durante a gravidez para o desenvolvimento do cérebro e dos olhos do feto. Melhora o crescimento cognitivo e visual dos bebês, reduz os riscos de pré-eclâmpsia, parto prematuro e problemas de crescimento, além de ajudar na saúde cardiovascular da mãe. Embora o ômega-3 de fontes dietéticas seja seguro, o excesso de suplementos pode aumentar o risco de sangramento. Seu mecanismo de ação se dá quando o ômega-3 integram-se nas membranas celulares, apoiando o equilíbrio imunológico para uma gravidez saudável.

CONCLUSÃO: Os ácidos graxos do ômega-3 são cruciais para o desenvolvimento do cérebro e dos olhos do feto. Ingeri-los durante a gravidez melhora o crescimento cognitivo, ao mesmo tempo que diminui os riscos inerentes à gravidez. Os efeitos colaterais da suplementação incluem problemas gastrointestinais e leve risco de sangramento.

PALAVRAS CHAVE: Gravidez. Ômega 3. Benefícios. Efeitos diversos. Características.

ABSTRACT

INTRODUCTION: Pregnancy brings significant changes to a woman’s body that need to be monitored and guided throughout the pregnancy period. Therefore, during pregnancy, the consumption of Omega 3 allows the fetus to develop healthily, thus ensuring brain growth and visual acuity of the fetus.

OBJECTIVE: Describe the benefits of Omega 3 as a dietary supplement, analyze the side effects of Omega 3 in pregnant women and describe the mechanisms of action of Omega 3 in the body.

METHODOLOGY: This is an integrative review study, in which searches were carried out using data research platforms such as: Medical Literature Analysis and Retrieval System online (MEDLINE), Scientific Electronic Library Online (SCIELO) and Virtual Health Library (VHL), finding both national and international studies between the years 2015 and 2023.

RESULTS: Omega-3, a crucial fatty acid found in fish, seeds and nuts, is vital during pregnancy for the development of the fetus’ brain and eyes. It improves the cognitive and visual growth of babies, reduces the risks of pre-eclampsia, premature birth and growth problems, in addition to helping the mother’s cardiovascular health. Although omega-3s from dietary sources are safe, taking too many supplements can increase your risk of bleeding. Its mechanism of action occurs when omega-3s are integrated into cell membranes, supporting immune balance for a healthy pregnancy.

CONCLUSION: Ômega-3 fatty acids are crucial for fetal brain and eye development. Taking them during pregnancy improves cognitive growth while decreasing the risks of pregnancy. Side effects of supplementation include gastrointestinal issues and a slight risk of bleeding.

KEYWORDS: Pregnancy. Ômega 3. Benefits. Miscellaneous effects. Characteristics.

INTRODUÇÃO

O nascimento, crescimento e desenvolvimento de uma criança de forma saudável depende exclusivamente da saúde materna. Os cuidados que acontecem durante o período da gravidez colaboram para a saúde tanto da mãe quanto do bebê. Sendo assim, destaca-se que o que é ingerido pela mãe se torna um dos principais cuidados, precisando muitas vezes de ingerir susbtâncias como o Ômega 3 para que possa obter uma suplementação adequada durante o período de gravidez (Politano; López-Berroa, 2020).

O papel materno no fornecimento de ácidos graxos essenciais é fundamental, atendendo não apenas às necessidades em evolução da criança, mas também às suas próprias. Independentemente dos hábitos alimentares, cada futura mãe deve incorporar um suplemento diário de ácido docosahexaenóico (DHA) no seu regime, idealmente obtido industrialmente a partir de algas marinhas para mitigar potenciais riscos de contaminação por metais pesados (Lange et al., 2019).

Embora a literatura científica prescreva doses de DHA que variam entre 200 e 600 mg por dia, o consenso atual aponta para uma suplementação de 200 mg de DHA, apoiada por evidências abrangentes. A amamentação atende adequadamente às necessidades de DHA do bebê, desde que a ingestão pela mãe permaneça suficiente (Boone et al., 2022).

Por outro lado, a ausência do leite materno, entretanto, pode gerar deficiências de DHA nos recém-nascidos, comprometendo aspectos como o desenvolvimento visual e cognitivo. A suplementação sustentada de DHA é recomendada após os seis meses de idade (Soccol; Rodrigues; Filho, 2022).

Estes dados evidenciam os casos de desenvolvimento saudável de bebês amamentados com leite materno (Maia; Brito; Passos, 2019). Assim, entende-se que a suplementação de Ômega 3 no período da gestação permite com que sejam desenvolvidos também  a parte cognitiva da criança.

A gestação traz significativas mudanças no corpo da mulher. Essas alterações vão acompanhar a parturiente do puerpério até a lactação. As alterações biológicas são fisiológicas, metabólicas e psicológicas. Estes fatores fazem com que a parturiente precise de acompanhamento e orientações voltadas para a saúde durante todo o período da gestação. Visto que, a mãe precisa cuidar do seu corpo para poder oferecer qualidade de vida para o seu lactante (Dos Santos et al., 2019).

Justifica-se o presente estudo na medida que a pesquisa é motivada pelo reconhecimento crescente da importância da nutrição adequada durante a gravidez para a saúde materna e o desenvolvimento fetal saudável. O ômega-3, um ácido graxo essencial, tem chamado a atenção devido aos seus potenciais contribuições para o crescimento do feto e para a promoção do bem-estar geral da gestante. Esta pesquisa visa preencher uma lacuna na compreensão dos efeitos do ômega-3 na gestação, bem como seus mecanismos de ação e possíveis implicações para a saúde materna e fetal. Dessa forma, o estudo tem como objetivo geral descrever os benefícios do Ômega 3 como um suplemento alimentar, analisar os efeitos colaterais do ômega 3 em gestantes e descrever os mecanismos de ação do Ômega 3 no organismo.

METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura voltada para estudos atualizados realizados sobre o Ômega 3, através de buscas de bancos de dados on line.

Foram realizadas buscas através das plataformas de pesquisa de dados tais quais: Medical Literatura Analysis and Retrieval System online (MEDLINE), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), encontrando- se estudos tanto nacionais quanto internacionais.

Para a realização das buscas foram utilizados descritores tanto no idioma português quanto inglês. No qual foram usados: ômega 3, benefits, pregnancy, gravidez, ômega 3, benefícios, efeitos diversos, características. Ômega 3 and pregnancy, ômega 3 and benefits, ômega 3 and use, ômega 3 e resultados do uso na gravidez.

A escolha dos artigos foi realizada a partir dos resultados advindos dos critérios pré-estabelecidos para a respectiva seleção. Dessa maneira, foram realizadas pesquisas levando em consideração os títulos dos estudos e os seus respectivos resultados e resumos, publicados entre os anos de 2015 a 2023. Depois que foi realizada a pesquisa, os artigos foram escolhidos conforme os critérios de triagem. Os artigos escolhidos pertencem às plataformas e ficam disponíveis virtualmente para acesso online.

Para inclusão, foram selecionados artigos a partir dos seguintes critérios: Artigos originais publicados entre os anos de 2015 a 2023, pertencentes ao idioma português, inglês; estudos com mulheres grávidas em qualquer faixa etária; artigos que tenham estudos concluídos; artigos de estudo de caso, estudos clínicos, originais e estudos voltados para fármacos contendo Ômega 3.

Como critério de exclusão, foram descartados todos os artigos que: não tiveram resultados conclusivos sobre o tema; foram publicados fora dos períodos citados superando mais de 10 anos de publicação; não estavam de acordo com os objetivos da pesquisa; artigos pertencentes a outros idiomas diferentes de português e inglês Outros critérios de exclusão foram a dos artigos que não apresentaram conclusão, artigos que tinham restrições metodológicas e que não puderam ser disponibilizados de forma livre no acesso..

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A análise de dados foi realizada por meio dos resultados de cada estudo no qual evidencia-se os benefícios do Ômega 3 no momento de gravidez, analisando-se os pontos positivos para mulheres grávidas bem como os riscos. Também foram analisados a partir das narrativas dos participantes das pesquisas os efeitos ocasionados pelo uso do Ômega 3. Os resultados são evidenciados através de tabelas com os respectivos resultados encontrados.

De forma inicial foram rastreados 814 artigos, nas três plataformas de dados Medline (376), Scielo (314) e BVS (124). Dos 814 estudos rastreados, foram selecionados 252, uma vez que 562 estavam duplicados. Assim, após correlacionar os 252 estudos com o tema, excluiu-se 193 por estarem fora da temática desse artigo. Ficaram assim 59 estudos, dos quais se observou que 44 estavam em idiomas diferentes do que se almejava, com isso, foram descartados. A metodologia descrita está representada na figura 1.

Figura 1 Esquema da seleção de estudo

Fonte: Elaborado pelos autores.

Foi construído um quadro com o resumo dos principais estudos, objetivos e conclusões dos 15 estudos selecionados. Essas informações encontram-se no Quadro 1.

AUTORES/ANOTÍTULO/ARTIGOTIPO DE ESTUDOOBJETIVORESULTADOS
Politano; López-Berroa (2020)Ômega-3 Fatty Acids and Fecundation, Pregnancy and BreastfeedingRevisão sistemáticaAnalisar o efeito da suplementação do Ômega a composição do leite materno.Foi evidenciado que há uma relação eficiente e positiva que ocorre entre o Ômega 3 e o seu transporte pelo leite materno.
Azevedo; Santos (2021)Uso da suplementação de ômega 3 na gestação: Revisão integrativa da literaturaRevisão de LiteraturaApresentar evidências científicas do uso da suplementação de ômega 3 na gestação.Com base nos dados coletados, torna-se evidente que a investigação sobre a administração de ômega 3 a gestantes é de extrema relevância para qualquer pessoa interessada na área da saúde. Isso se deve à notável amplitude dos benefícios observados após a suplementação durante a gestação, tais como o aprimoramento da cognição fetal, a redução das ocorrências de partos prematuros, a diminuição do risco de depressão pós-parto, a mitigação de alergias na descendência, e o aumento do peso do recém-nascido, entre outras descobertas.
Dienstmann et al., (2022)Efeitos do ômega 3 em gestantes obesas: uma revisão da literaturaRevisão de LiteraturaRealizar uma revisão bibliográfica acerca dos efeitos do ômega-3 em gestantes obesas.Os resultados da análise dos estudos indicam que o ômega-3 possui a capacidade de desempenhar um papel fundamental no controle do perfil lipídico da mãe e no desenvolvimento fetal. Além disso, ele demonstra a habilidade de mitigar reações inflamatórias, reduzir o risco de Diabetes Gestacional (DMG) e pré-eclâmpsia, bem como potencialmente diminuir a predisposição a doenças metabólicas na fase adulta. Portanto, é de suma importância enfatizar o consumo de ômega-3 durante a gestação, já que isso apresenta benefícios significativos tanto para a saúde da mãe quanto para o desenvolvimento do feto.
Miles; Calder (2017)Can early ômega-3 fatty acid exposure reduce risk of childhood allergic disease?Revisão sistemáticaAnalisar o papel imunológico e o papel dos ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa na imunidade e inflamação.O uso do ômega 3 evidenciou que existe uma redução da sensibilização alérgica e à redução das manifestações alérgicas. Mas também, está associada à alterações imunológicas no sangue do cordão umbilical, redução na prevalência e gravidade da dermatite atópica no primeiro ano de vida, com possível persistência até à adolescência e redução do chiado persistente e a asma na prole com idades entre 3 e 5 anos.
Da Rocha; Cavalcante (2022)Avaliação do consumo de ácido graxo ômega 3 em gestantes brasileiras: um estudo transversalEstudo de Coorte TransversalAvaliar o consumo do ácido graxo essencial ω3 em gestantes.As gestantes demonstraram um consumo dietético de ω3 alinhado com as diretrizes internacionais, mesmo sem recorrer à suplementação. O óleo de soja se destacou como a principal fonte de ácidos graxos ω3 consumidos, possivelmente devido à sua acessibilidade e custo reduzido, embora essa justificativa não tenha sido confirmada pelo estudo.
Dos Santos et al., (2019)Uso de ácidos graxos poli-insaturados durante a gestação: Um estudo bibliográficoRevisão de LiteraturaRealizar uma revisão na literatura científica, sobre a ação dos ácidos graxos, em especial ômega-3 e ômega-6 durante o período gestacionalCom base nas investigações mais recentes sobre o emprego de ácidos graxos poli-insaturados, foi observado que a incorporação de suplementos de ômega-3 apresenta benefícios positivos para a saúde tanto da mãe quanto do feto.
Lange et al., (2019)Are there serious adverse effects of omega-3 polyunsaturated fatty acid supplements?Revisão de LiteraturaAnalisar se há efeitos colaterais no uso de ômega 3 poli-insaturados.Foi constatado que a suplementação de ácidos graxos poli-insaturados do tipo ômega-3 (PUFAs ômega-3) está relacionada à promoção da saúde e à redução do risco de várias doenças. No entanto, uma possível desvantagem dos suplementos de ômega-3, especialmente quando administrados em doses acima do necessário por longos períodos, é a possibilidade de efeitos adversos indesejados, incluindo o potencial desenvolvimento de diversos tipos de câncer como o de colo de útero ou problemas de desenvolvimento da criança. Esses efeitos adversos podem se manifestar muitos anos após a suplementação, tornando-se, assim, difíceis de detectar de imediato.
Serra et al., (2021)Supplementation of Omega 3 during pregnancy and the risk of preterm birth: a systematic review and meta-analysisRevisão SistemáticaAtualizar as evidências sobre o potencial benefício da suplementação farmacológica com ácidos graxos ômega 3 durante a gravidez na incidência de Nascimento Prematuro.Observou-se uma diminuição de 11% no risco de TPP (Taxa de Parto Prematuro) em ensaios que empregaram suplementos de ômega 3 em comparação com placebos. Conclui-se que a suplementação de ômega 3 durante a gravidez não resulta em uma redução significativa do risco de TPP (Taxa de Parto Prematuro. São necessários estudos adicionais para determinar o impacto da suplementação de ômega 3 durante a gestação nos potenciais riscos para o feto.
Maia; Brito e Passos (2019)A influência dos ácidos graxos ômega 3 na gestaçãoRevisão SistemáticaAnalisar os benefícios voltados para o uso da suplementação farmacológica com ácidos graxos durante a gravidez.Houve evidência de redução dos partos prematuros. Os estudos têm observado um baixo consumo pela população de alimentos ricos em ômega-3, como peixes gordos e frutos do mar, assim como fontes vegetais como linhaça, castanhas, frutas e verduras. No entanto, não há um consenso na literatura científica sobre a dosagem adequada de suplementação com óleo de peixe, que é a principal fonte do ácido docosahexaenoico (DHA), a forma ativa do ômega-3, para obter benefícios à saúde.
Crivellenti; Zuccolotto; Sartorelli (2018)Desenvolvimento de um índice de qualidade da dieta adaptado para gestantesEstudo de Coorte TransversalDesenvolver um Índice de Qualidade da Dieta Adaptado para Gestantes (IQDAG) e avaliar sua relação com características de mulheres atendidas pelo Sistema Único de Saúde.O Índice de Qualidade da Dieta das Gestantes (IQDAG) foi uma inovação e um sucesso ao incluir a recomendação de moderação no consumo de alimentos ultraprocessados em um índice nacional. Isso permitiu a avaliação e o acompanhamento da adesão das gestantes às diretrizes nutricionais do Guia Alimentar Brasileiro atual. Um número reduzido de mulheres alcançou a pontuação máxima em relação ao consumo de frutas frescas, ingestão de fibras, ômega 3, cálcio, folato, ferro e alimentos ultraprocessados. São necessárias estratégias de promoção do consumo de frutas frescas, alimentos ricos em fibras, ômega 3, cálcio, folato, ferro e alimentos minimamente processados em gestantes.
Boone et al., (2022)Effects of Ômega-3-6-9 fatty acid supplementation on behavior and sleep in preterm toddlers with autism symptomatology: Secondary analysis of a randomized clinical trialEnsaio ClínicoAnalisar crianças nascidas prematuras com as que nasceram dentro do período de tempo esperado e a relação com o Ômega 3.As crianças que foram randomizadas para receber suplementação com ômega 3-6-9 demonstraram benefícios de magnitude média em comportamentos ansiosos e deprimidos, bem como em comportamentos internalizantes. Além disso, observou-se um benefício de grande magnitude nos comportamentos adaptativos de relacionamento interpessoal em comparação com o grupo que recebeu placebo. No entanto, não foram observados efeitos significativos em outros aspectos do comportamento ou do sono.
Vieira et al., (2020)Qualidade da dieta de gestantes adolescentes assistidas na Rede Básica de SaúdeEstudo de Coorte TransversalAvaliar a qualidade da dieta de gestantes adolescentes usuárias da rede básica de saúde.A aplicação do Índice de Qualidade da Dieta para Gestantes Adolescentes (IQDAG) revelou uma qualidade insatisfatória da alimentação, caracterizada pela ingestão reduzida de frutas, hortaliças e alimentos ricos em cálcio, ferro, ômega-3 e folato. Além disso, os alimentos ultraprocessados contribuíram significativamente para a ingestão energética.
Marques; Leão; Júnior (2018)Ômega 3 na gestação e seus benefíciosRevisão de LiteraturaO objetivo desta pesquisa é levantar a literatura científica sobre os benefícios do Ômega-3 na gestação.A recomendação é uma ingestão diária de 200mg de Ômega-3, independentemente da fonte utilizada para suplementação. Garantir um suprimento adequado de Ômega-3 durante a gravidez e no período pós-natal tem efeitos positivos no desenvolvimento visual e do sistema nervoso do recém-nascido. O Ômega-3 desempenha uma função relevante na prevenção e tratamento de diversas condições de saúde, tais como obesidade, doenças cardiovasculares, questões imunológicas e até mesmo o câncer de cólon.
Vasconcelos; Fontenele; Vasconcelos (2021)O efeito da suplementação de ômega 3 no período gestacional no desenvolvimento neuronal da criançaRevisão de LiteraturaApurar, por meio de revisão de literatura, os efeitos da suplementação de ômega 3 na gestação e sua influência no desenvolvimento neuronal infantilForam observados resultados positivos em 4 artigos dos 7 que apontaram maiores chances de um desenvolvimento neurológico e visual adequado para a idade em crianças cujas mães utilizaram a suplementação de ômega-3 durante a gestação.
Gould et al., (2021)Protocol for assessing if behavioural functioning of infants born< 29 weeks’ gestation is improved by ômega-3 long-chain polyunsaturated fatty acids: Follow-up of a randomised controlled trialEnsaio ClínicoEvidenciar o uso de suplementação do ômega 3 para melhora no comportamento de bebês durante a gravidez.Entre todos os bebês prematuros, os bebês com menos de 29 semanas de gestação, como os recrutados para o estudo N3RO, estavam em risco de exposição prolongada à baixa concentração de ácido docosahexaenoico (DHA) e, como resultado, enfrentavam um risco particularmente elevado de problemas no desenvolvimento neurocomportamental. Essa população de bebês prematuros requer atenção especial devido ao seu alto risco de desenvolver problemas no desenvolvimento neurológico e comportamental..  

Fonte: elaborado pelos autores.

Benefícios do Ômega-3

O estudo de Marques; Leão e Junior (2018) aborda a importância dos ácidos graxos Ômega-3 para a saúde humana, com foco especial na gestação e no desenvolvimento infantil. Os principais ácidos graxos Ômega-3 discutidos são o ácido alfa-linolênico, o ácido eicosapentaenoico (EPA) e o ácido docosahexaenoico (DHA).

O ácido alfa-linolênico é um membro da família Ômega-3 e atua como precursor do EPA e do DHA. Ele desempenha um papel fundamental na síntese de substâncias importantes, como leucotrienos, prostaglandinas e tromboxanos, que têm funções anticoagulantes, anti-inflamatórias, vasodilatadoras e antiagregantes no organismo. Este ácido graxo pode ser encontrado em alimentos de origem vegetal, como óleo de canola, óleo de linhaça, nozes e vegetais de folhas verdes escuras (Azevedo; Santos, 2021).

Os ácidos EPA e DHA são essenciais para a saúde, e são encontrados em peixes, como sardinha, hadoque, cavala, salmão e arenque. O consumo de peixes ricos em EPA e DHA é benéfico, pois esses ácidos graxos são diretamente utilizados na produção de eicosanoides anti-inflamatórios, como prostaglandinas 3, leucotrienos da série 5 e tromboxanos A3 (Marques; Leão; Júnior, 2018).

Estudos como o de Dienstmann et al., (2022) demonstram que esses ácidos graxos têm a capacidade de contribuir para a regulação dos níveis de gorduras no sangue e conter processos inflamatórios. Além disso, o consumo de peixes e a utilização de suplementos de óleo de peixe podem reduzir a ocorrência de partos prematuros e melhorar o peso dos recém-nascidos. Vale ressaltar que a quantidade de ácidos graxos poli-insaturados do tipo ômega-3 (AGPI-CL) presente no cordão umbilical também está diretamente associada à ingestão desses ácidos graxos pela mãe (Dienstmann et al., 2022).

Durante a gravidez, várias situações podem afetar o aporte de ácidos graxos, como uma dieta inadequada, alto consumo de Ômega-6 em relação ao Ômega-3 e gestações múltiplas. A suplementação com DHA durante a gestação pode não ter efeitos imediatos sobre o desenvolvimento visual do bebê após o nascimento, mas pode influenciar positivamente o desenvolvimento visual precoce da criança (Vasconcelos; Fontenelle; Vasconcelos, 2021).

A gestação é um período crucial para o depósito de DHA no cérebro e na retina do feto, o que ocorre principalmente no último trimestre de gestação e nos primeiros seis meses de vida intrauterina. A suplementação com Ômega-3 durante a gravidez tem o potencial de reduzir as taxas de parto prematuro e melhorar o peso ao nascer do bebê. O feto não consegue sintetizar ácidos graxos essenciais, dependendo exclusivamente do suprimento materno através da placenta (Marques; Leão; Júnior, 2018).

Estudos epidemiológicos investigando a associação entre a ingestão materna de peixe durante a gravidez e resultados alérgicos em bebês/crianças dessas gestações sugerem associações protetoras, mas os resultados desses estudos não são consistentes. O fornecimento de óleo de peixe a mulheres grávidas está associado a alterações imunológicas no sangue do cordão umbilical e essas alterações podem persistir (Miles; Calder, 2017).

A alimentação da mãe durante a gestação desempenha um papel fundamental, uma vez que o Ômega-3 é transportado através da placenta, depositado no cérebro e na retina do feto e acumulado nas glândulas mamárias. A suplementação com Ômega-3 pode melhorar a imunidade e a resposta do sistema nervoso autônomo do bebê (Politano; López-Berroa, 2020).

Após o parto, a mãe continua sendo a principal fonte de ácidos graxos Ômega-3 para o bebê através do leite materno, que contém três vezes mais DHA do que o leite de vaca. Bebês prematuros e aqueles alimentados com fórmulas sem esses ácidos graxos são mais vulneráveis a deficiências que podem levar a problemas de crescimento, dermatites, aumento da susceptibilidade a infecções e outros transtornos (Da Rocha; Cavalcante, 2022). Além disso, a ingestão de Ômega-3 pode ter um impacto positivo na prevenção da depressão pós-parto, que afeta tanto a mãe quanto o bebê. Acredita-se que a mobilização do DHA na circulação materna durante a gravidez e a transferência para o feto possam estar relacionadas ao desenvolvimento da depressão pós-parto. A suplementação da dieta com Ômega-3 pode ajudar a prevenir o surgimento de sintomas depressivos após o parto (Marques; Leão; Júnior, 2018).

Efeitos adversos do Ômega-3

Lange et al., (2019) enfatiza a importância de utilizar formulações que preservem efetivamente a bioatividade dos ômega-3, especialmente em formulações microencapsuladas. Além disso, é fundamental evitar a oxidação dos óleos de peixe e dos suplementos de ômega-3, mesmo quando armazenados em condições adequadas, pois esses óleos são altamente suscetíveis à oxidação.

Estudos de Best, Gibson e Makrides (2022) destacam que a suplementação de LCPUFA de ômega-3 em mulheres grávidas mostra resultados promissores na redução do parto prematuro precoce (<34 semanas de gestação) em 35% e do parto prematuro (<37 semanas de gestação) em 12%. Destacam ainda que a duração média da gravidez aumenta ligeiramente em 1,36 dias com a ingestão de LCPUFA ômega-3. Embora haja um aumento potencial nas gestações que duram mais de 42 semanas (pós-termo), a incidência é baixa em ensaios recentes devido a mudanças nas práticas obstétricas.

Os efeitos adversos do consumo de ômega-3, especialmente quando administrados em doses suprafisiológicas por longos períodos de tempo, podem não ser evidentes imediatamente e podem se manifestar muitos anos após a suplementação (Miles; Calder, 2017).

Mas, tem-se também a preocupação da ingestão inadequada de ômega 3 demonstrada pelo estudo de Vieira et al., (2020) onde nenhuma das gestantes conseguiu alcançar a pontuação máxima para os componentes ômega 3 e folato. Também, o estudo de Crivellenti; Zuccolotto e Sartorelli (2018) mostrou que apenas um pequeno número de mulheres alcançou a pontuação máxima para o consumo de frutas frescas, ingestão de fibras, cálcio, folato, ferro, alimentos ultraprocessados e em especial, ômega 3. Com isso, embora haja benefícios potenciais dos ômega-3 na saúde, é crucial levar em consideração os possíveis efeitos adversos a longo prazo, como o aumento do risco de câncer. Portanto, é necessário um equilíbrio cauteloso ao recomendar a suplementação de ômega-3 por longos períodos de tempo. A qualidade dos suplementos, a oxidação dos óleos de peixe e a necessidade de limites seguros de oxidação são questões críticas a serem consideradas (Lange et al., 2019).

Mecanismos de ação do Ômega-3

Os ácidos graxos podem ser categorizados em três grupos principais: saturados, monoinsaturados e poli-insaturados. Essa classificação depende da presença e quantidade de ligações duplas na cadeia de carbono. Os ácidos graxos saturados não possuem ligações duplas, os monoinsaturados têm uma única ligação dupla, enquanto os poli-insaturados possuem duas ou mais ligações duplas (Maia; Brito; Passos, 2019). É importante observar que o organismo humano é capaz de sintetizar ácidos graxos saturados e monoinsaturados, no entanto, os ácidos graxos poli-insaturados, como o ácido linoleico (ômega-6) e o ácido alfa-linolênico (ômega-3), não podem ser produzidos internamente. Portanto, esses ácidos graxos são considerados essenciais.

Nas palavras de Best, Gibson e Makrides (2022),  sobre o uso do ômega por grávidas, o peso ao nascer é influenciado positivamente, com aumento médio de 71 g associado à suplementação de ômega-3. O modesto aumento na duração da gestação pode contribuir para este efeito. Não há diferença significativa no pequeno para a idade gestacional, mas observa-se um possível pequeno aumento no grande para a idade gestacional. É importante ressaltar que não foram relatados efeitos adversos sobre sangramento vaginal ou outros resultados da gravidez.

Enquanto o ácido eicosapentaenóico (EPA) é a substância inicial direta para a formação de substâncias biologicamente ativas (vários efeitos na pressão sanguínea, no sistema imunológico e nas reações inflamatórias, entre outras coisas), o ácido docosa-hexaenóico (DHA) tem principalmente efeitos na membrana celular (componente de biomembranas nas células do corpo que são importantes para funções cerebrais e visuais). (Patel et al., 2022; Lange et al., 2019).

Para Maia, Brito e Passos (2019) e Azevedo; Santos (2021) 0,5% de ácidos graxos ômega-3 (ALA) são adequados em relação às calorias diárias. Para um adulto (2.400 quilocalorias), isso corresponde a cerca de 1,3 gramas de ALA contidos em uma colher de sopa de óleo de canola. Suplementos dietéticos contendo ácidos graxos ômega-3 (ácidos graxos n-3), como óleo de peixe ou cápsulas de óleo de linhaça, são frequentemente anunciados como ajudando a manter níveis normais de colesterol e triglicerídeos no sangue e pressão arterial normal 2g e 3g, respectivamente diariamente são o consumo requerido pelo produto. Ao mesmo tempo, devem contribuir para o funcionamento normal do cérebro, visão e função cardíaca cerca de 250 mg diários são necessários.

O Ômega 3 é caracterizado pelo ácido eicosapentaenóico (EPA), que representa a redução de riscos de doenças cardiovasculares. Está presente em peixes gordurosos e crustáceos. Além disso, está diretamente relacionado com o ácido docosa-hexaenóico (DHA), atuando diretamente no sistema nervoso central. Por isso que o seu uso durante a gestação é considerado como importante, por causa da segurança que traz consigo para a o desenvolvimento de toda a formação do bebê (Miles; Calder, 2018).

A ingestão de componentes nutricionais essenciais é de suma importância durante a gravidez, e entre eles, os ácidos graxos poli-insaturados desempenham um papel crucial nesse período. Esses ácidos graxos podem ser divididos em duas categorias: o ácido alfa-linolênico (ALA), que é o precursor do ômega-3 e se converte em ácido eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosahexaenoico (DHA); e o ácido linoleico (LA), precursor do ômega-6, que é convertido em ácido araquidônico (AA).

Representantes das famílias ômega-3 e ômega-6, DHA e AA, são componentes fundamentais dos fosfolipídios que compõem as membranas celulares. Eles desempenham um papel vital na manutenção da função e da fluidez das membranas celulares, regulam vias de sinalização celular, influenciam a expressão genética e servem como substrato para a síntese de mediadores lipídicos. Portanto, a deficiência de DHA pode estar relacionada a prejuízos cognitivos e ao desenvolvimento visual do feto (Serra et al., 2021). Os ácidos graxos poli-insaturados atuam como mediadores anti-inflamatórios, alterando a produção de tromboxanos e prostaglandinas E2 e F2 em gestantes. Isso está relacionado ao amadurecimento do colo do útero, um mecanismo que ajuda a prevenir o parto prematuro (Serra et al., 2021; Gould et al., 2021). Além disso, eles contribuem para o aumento do peso do bebê ao nascer, reduzem o risco de pré-eclâmpsia, diminuem as chances de o bebê nascer com baixo peso em relação à idade gestacional e reduzem a incidência de alergias. Essa última associação foi confirmada por pesquisas de Dos Santos et al., (2018), que mostraram que gestantes suplementadas com ômega-3 apresentaram níveis mais elevados desses ácidos graxos no leite materno, resultando em uma menor incidência de alergias nos filhos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os ácidos graxos ômega-3 são essenciais para o desenvolvimento saudável do feto, especialmente do cérebro e dos olhos. A ingestão adequada de ômega-3 durante a gravidez pode ajudar a melhorar o desenvolvimento cognitivo do bebê, além de reduzir o risco de complicações gestacionais. No entanto, é importante estar ciente dos possíveis efeitos colaterais da suplementação de ômega-3, como um maior risco de câncer.

O mecanismo de ação dos ômega-3 envolve sua incorporação nas membranas celulares, os efeitos anti-inflamatórios dos ômega-3 contribuem para uma resposta imunológica equilibrada, crucial para a manutenção de uma gravidez saudável.

REFERÊNCIAS

AZEVEDO, Milayne de Oliveira; SANTOS, Everson Vagner de Lucena. Uso da suplementação de ômega 3 na gestação: Revisão integrativa da literatura. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 8, p. 78080-78083, 2021. Disponível em https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/34057. Acesso em 24 ago. 2023.

BEST, Kaleb Parker; GIBSON, Reed Alia; MAKRIDES, Maria. ISSFAL statement number 7–Ômega-3 fatty acids during pregnancy to reduce preterm birth. Prostaglandins, Leukotrienes and Essential Fatty Acids, p. 102495, 2022. Disponível em https://www.sciencedirect. com/science/article/pii/S0952327822001077 . Acesso em 27 jul. 2023.

BOONE, Kelly M. et al. Effects of Ômega-3-6-9 fatty acid supplementation on behavior and sleep in preterm toddlers with autism symptomatology: Secondary analysis of a randomized clinical trial. Early human development, v. 169, p. 105588, 2022. Disponível em https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/58971. Acesso em 01 ago. 2023.

CRIVELLENTI, Lívia Castro; ZUCCOLOTTO, Daniela Cristina Candelas; SARTORELLI, Daniela Saes. Desenvolvimento de um índice de qualidade da dieta adaptado para gestantes. Revista de Saúde Pública, v. 52, 2018. Disponível em https://www.scielo.br/j/ rsp/a/XCMn7WpVv5db96zzPcx9Hhg/?lang=pt. Acesso em 26 ago. 2023.

DA ROCHA, Antônia Celsa Fernandes; CAVALCANTE, Jorge Luis Pereira. Avaliação do consumo de ácido graxo ômega 3 em gestantes brasileiras: um estudo transversal. Revista Brasileira de Pesquisa em Ciências da Saúde, v. 8, n. 16, p. 78-85, 2022. Disponível em http://revistas.icesp.br/index.php/RBPeCS/article/view/1570. Acesso em 04 ago. 2023.

DIENSTMANN, Guilherme et al. Efeitos do ômega 3 em gestantes obesas: uma revisão da literatura. Brazilian Journal of Development, v. 8, n. 4, p. 25055-2506, 2022. Disponível em https://scholar.archive.org/work/x2zmgnnju5eu3k53t5q3tpev2i/access/wayback/https://www.brazilianjournals.com/ojs/index.php/BRJD/article/download/46250/pdf. Acesso em 21 ago. 2023.

DOS SANTOS, Evelise Staevie et al. Uso de ácidos graxos poli-insaturados durante a gestação: Um estudo bibliográfico. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 11, n. 1, p. e218-e218, 2019. Disponível em https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/218. Acesso em 29 jul. 2023.

GOULD, Jacqueline F. et al. Protocol for assessing if behavioural functioning of infants born< 29 weeks’ gestation is improved by ômega-3 long-chain polyunsaturated fatty acids: Follow-up of a randomised controlled trial. BMJ open, v. 11, n. 5, p. e044740, 2021. Disponível em https://bmjopen.bmj.com/content/11/5/e044740.abstract. Acesso em 03 ago. 2023.

LANGE, Klaus W. et al. Are there serious adverse effects of omega-3 polyunsaturated fatty acid supplements?. Journal of Food Bioactives, v. 7, 2019. Disponível em http://www.isnff-jfb.com/index.php/JFB/article/view/98. Acesso em 06 ago. 2023.

LANGE, Klaus W. Ômega-3 fatty acids and mental health. Global Health Journal, v. 4, n. 1, p. 18-30, 2020. Disponível em https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S241464472030004X. Acesso em 22 ago. 2023.

MAIA, Yara Lúcia Marques; BRITO, Walkiria Silva de; PASSOS, Xisto Sena. A influência dos ácidos graxos ômega 3 na gestação. Referências em Saúde da Faculdade Estácio de Sá de Goiás-RRS-FESGO, v. 2, n. 2, 2019. Disponível em https://estacio.periodicoscientificos.com.br/index.php/rrsfesgo/article/view/235. Acesso em 04 ago. 2023.

MARQUES, Mariana Barros da Costa; LEÃO, Paulo Roberto Dutra; JÚNIOR, Oacir Monteiro da Silva. Ômega 3 na gestação e seus benefícios. Femina, v. 46, n. 1, p. 54-58, 2018. Disponível em https://docs.bvsalud.org/biblioref/2020/02/1050103/femina-2018-461-54-58.pdf. Acesso em 26 ago. 2023.

MILES, Elizabeth A.; CALDER, Philip C. Can early ômega-3 fatty acid exposure reduce risk of childhood allergic disease?. Nutrients, v. 9, n. 7, p. 784, 2017. Disponível em https://www.mdpi.com/2072-6643/9/7/784. Acesso em 30 jul. 2023.

NEVINS, Julie EH et al. Ômega-3 fatty acid dietary supplements consumed during pregnancy and lactation and child neurodevelopment: a systematic review. The Journal of nutrition, v. 151, n. 11, p. 3483-3494, 2021. Disponível em https://academic.oup.com/jn/article-abstract/151/11/3483/6349271. Acesso em 08 ago. 2023.

PATEL, Alok et al. Futuristic food fortification with a balanced ratio of dietary ω-3/ω-6 ômega fatty acids for the prevention of lifestyle diseases. Trends in Food Science & Technology, v. 120, p. 140-153, 2022. Disponível e https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0924224422000061. Acesso em 11 ago. 2023.

POLITANO, Carlos Alberto; LÓPEZ-BERROA, Jorge. Ômega-3 Fatty Acids and Fecundation, Pregnancy and Breastfeeding. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 42, p. 160-164, 2020. Disponível em https://www.scielo.br/j/rbgo/a/JSQkqfpY3rgDhp5BtMqMyGy/. Acesso em 05 ago. 2023.

RATHOD, Richa; KALE, Anvita; JOSHI, Sadhana. Novel insights into the effect of vitamin B 12 and ômega-3 fatty acids on brain function. Journal of Biomedical Science, v. 23, p. 1-7, 2016. Disponível em https://jbiomedsci.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12929-016-0241-8#:~:text=The%20combined%20deficiency%20of%20both,neural%20function%20by%20mechanisms%20%5BFig. Acesso em 11 ago. 2023.

SERRA, Ramón et al. Supplementation of Omega 3 during pregnancy and the risk of preterm birth: a systematic review and meta-analysis. Nutrients, v. 13, n. 5, p. 1704, 2021. Disponível em https://www.mdpi.com/2072-6643/13/5/1704. Acesso em 15 ago. 2023.

SOCCOL, MarcileneCamilo Heidmann; RODRIGUES, Lais Cristina; FILHO, Alexandre Antunes Ribeiro. THE IMPORTANCE OF ACID DOCOSAHEXAENOIC (DHA) IN PREGNANCY AND CHILD DEVELOPMENT. Scientia Generalis, [S. l.], v. 3, n. 1, p. 22–32, 2022. Disponível em: http://scientiageneralis.com.br/index. php/SG/article/view/379. Acesso em: 30 ago. 2023.

VASCONCELOS, Emanuele Barros Domingos; FONTENELE, Letícia Fernandes; VASCONCELOS, Isadora Nogueira. O efeito da suplementação de ômega 3 no período gestacional no desenvolvimento neuronal da criança. XVII Semana Acadêmica Conexão Unifametro, 2021. Disponível em https://doity.com.br/media/doity/submissoes/artigo-4cff72ba46b9cc33f694b0a509dc464e9a237f25-segundo_arquivo.pdf. Acesso em 09 ago. 2023.

VIEIRA, Miriã de Almeida et al. Qualidade da dieta de gestantes adolescentes assistidas na Rede Básica de Saúde. Saude e pesqui.(Impr.), p. 515-522, 2020. Disponível em https://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/saudpesq/article/view/8015. Acesso em 12 ago. 2023.


Márcia Peixoto de Oliveira – Graduanda em Bacharelado em Farmácia. Centro universitário FAMETRO – Endereço: Av. Constantino Nery, 3204, Chapada, Manaus – Am, 69050-000. E-mail: marcia_peixoto20@hotmail.com1
Paula Jullyanna Rocha de Araújo – Graduanda em Bacharelado em Farmácia. Centro universitário FAMETRO – Endereço: Av. Constantino Nery, 3204, Chapada, Manaus – Am, 69050-000. E-mail: jullyannarocha26@gmail.com2
Patrícia de Souza Ferreira – Graduanda em Bacharelado em Farmácia. Centro universitário FAMETRO – Endereço: Av. Constantino Nery, 3204, Chapada, Manaus – Am, 69050-000. E-mail: paty.sf@hotmail.com.br3
Sarah Nailly de Freitas Zuniga – Graduanda em Bacharelado em Farmácia. Centro universitário FAMETRO – Endereço: Av. Constantino Nery, 3204, Chapada, Manaus – Am, 69050-000. E-mail: sarahnaillyz@gmail.com4
Maria Teresa Fachin Espinar – Professora e Coorientadora em Farmácia. Centro universitário FAMETRO – Endereço: Av. Constantino Nery, 3204, Chapada, Manaus – Am, 69050-000. E-mail: maria.espinar@fametro.edu.br5