EXERCISES WITH VAGINAL CONES IN MUSCLE STRENGTHENING FOR URINARY INCONTINENCE IN ELDERLY WOMEN
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10051489
Anny Jeniffer da Silva Alves1
Giselle Oliveira da costa1
Joiza Silva De Souza1
Vanderleide Flor Pinto1
Orientador: Esp. Bruno Duarte2
Resumo
A incontinência urinária de esforço é caracterizada por perdas urinárias involuntárias ocasionadas por disfunções nos músculos do assoalho pélvico, como o enfraquecimento, comum em idosos causado pelo envelhecimento natural. Estes acontecimentos afetam diretamente a qualidade de vida e a interação social. A fisioterapia contribui para o tratamento desta disfunção, com exercícios de fortalecimento com a terapia de cones vaginais, educação sobre a incontinência urinária e proporcionando melhora na qualidade de vida e bem-estar social. O objetivo desta revisão foi evidenciar os benefícios da fisioterapia no tratamento da Incontinência Urinária de Esforço, especificamente em idosos, acerca dos principais métodos utilizados na prática clínica, com base na prática baseada em evidência. Foram incluídos artigos com intervenção fisioterapêutica para o fortalecimento da musculatura Através de exercício com cones vaginais, direcionada a incontinência urinária de esforço e com o público alvo idosas. Foram excluídos artigos duplicados, anteriores a 2016, foram inclusos artigos em outro idioma, inglês ou espanhol. Ao todo foram incluídos 16 artigos. A incontinência urinária por esforço é um problema que afeta muitos idosos em todo o mundo. Pode ter efeitos negativos no trabalho, na vida social, no bem-estar mental, na saúde física e no relacionamento sexual. É importante reconhecer o real impacto que a incontinência urinária tem nas vidas dessas idosas, e a importância do fortalecimento da musculatura perineal através dos cones vaginais, and the importance of strengthening the perineal muscles using vaginal cone.
Palavras-chave: fisioterapia, incontinência urinária de esforço, idosas.
Abstract
Stress urinary incontinence is characterized by involuntary urinary loss caused by dysfunction in the pelvic floor muscles, such as weakening, common in the elderly caused by natural aging. These events directly affect quality of life and social interaction. Physiotherapy contributes to the treatment of this dysfunction, with exercises, education about urinary incontinence and providing an improvement in quality of life and social well-being. The objective of this review was to highlight the benefits of physiotherapy in the treatment of Stress Urinary Incontinence, specifically in the elderly, regarding the main methods used in clinical practice, based on evidence-based practice. Articles with physiotherapeutic intervention, aimed at stress urinary incontinence and with the target audience of elderly women, were included. Duplicate articles prior to 2016, in a language other than Portuguese, English or Spanish, were excluded. In total, ten articles were included, totaling 125. Urinary incontinence is a problem that affects many elderly people around the world. It can have negative effects on work, social life, mental well-being, physical health and sexual relationships. It is important to recognize the real impact that urinary incontinence has on the lives of these elderly women
Key words: physiotherapy, stress urinary incontinence, elderly women.
1. INTRODUÇÃO
A incontinência urinária é a perda involuntária de urina. Afeta mais mulheres e a incidência aumenta com a idade, especialmente entre os 50 a 54 anos. Muitas vezes não é reportado ou tratado, pois varia entre 25% a 45%. Os sintomas incluem desconforto, muitas idas ao banheiro, limitação na ingestão de líquidos, constrangimento e isolamento social, que afetam a qualidade de vida. O tratamento recomendado é a terapia muscular específica do assoalho pélvico, realizada por profissionais qualificados. Exercícios começam na posição deitada, sentada e em pé, pois a gravidade afeta a dificuldade dos exercícios. (Sawada et, al, 2022).
Gama, Freitas e Duarte (2022), salientam que a incontinência urinária é um problema de saúde comum entre os idosos. A perda involuntária de urina pode ocorrer devido à fraqueza dos músculos que suportam a bexiga e ao aumento da pressão sobre a bexiga. O fortalecimento muscular pode ajudar a melhorar a incontinência urinária por esforços. Os músculos que suportam a bexiga são conhecidos como o assoalho pélvico.
De acordo com Bomfim, (2022), a incontinência urinária de esforço gera uma diminuição na pressão do fechamento uretral, o que acarreta uma hipomobilidade, ocasionando o enfraquecimento da sustentação uretral ou a descida do colo vesical devido a algum impacto. A dificuldade de vascularização do esfíncter intrínseco desencadeia o não fechamento uretral, causando assim uma desordem estrutural no canal da uretra. A International Continence Society (ICS) reconhece os exercícios para fortalecer os músculos do assoalho pélvico como o melhor tratamento para a Incontinência Urinária de Esforço (IUE). Estudos mostraram que esses exercícios são eficazes. Eles podem ser feitos de forma isolada ou como parte de um programa de treinamento de força. Esta técnica ajuda a aprender como fazer as contrações musculares corretamente e também motiva a paciente durante o treinamento.
Para Witkós et al (2020), a incontinência urinária de esforço é um problema de saúde crônico que afeta negativamente a qualidade de vida das mulheres em todos os aspectos. Esta condição tem um profundo impacto na vida ocupacional, social, mental, física e sexual das mulheres. Devido à vergonha e à falta de entendimento sobre o tema, muitas idosas não procuram tratamento e o problema acaba sendo desconsiderado.
Holzschuh, Sudbrack (2019), a Sociedade Internacional de Continência recomenda a fisioterapia como a primeira opção para tratar a Incontinência Urinária. A fisioterapia é capaz de oferecer diferentes tratamentos para a incontinência urinária, que têm o objetivo de fortalecer o assoalho pélvico. Um dos tratamentos mais usados é o uso de cones vaginais. O uso de cones vaginais ajuda na contratação de fibras musculares tipo I e tipo II
Para Radzimińska et al (2018), conforme a idade avança, aumenta a chance do idoso apresentar mudanças musculares específicas relacionadas ao envelhecimento, como a sarcopenia (declínio da força e massa muscular). A redução da massa muscular do assoalho pélvico pode ser causada por diversos motivos, como a morte do neurônio motor, alterações hormonais, oferta reduzida de calorias e proteínas, inflamação, estresse, menor atividade, e mudança na produção de proteínas como a miostatina.
De acordo com De jesus et al (2017), a Incontinência Urinária de Esforço (IUE) é quando o indivíduo não consegue controlar a urina ao tossir, espirrar, caminhar, correr, pular ou em outras situações de esforço. Isso acontece quando os músculos do assoalho pélvico ficam fracos ou muito alongados. Com isso, pode ter perdas de urina, que podem ser às gotas ou em grandes quantidades.
O tratamento fisioterapêutico para a incontinência urinaria é a melhor escolha para o fortalecimento muscular na incontinência urinaria, pois fornece vários tipos de recursos para melhora dessa disfunção, esses têm como objetivo o fortalecimento do assoalho pélvico. A identificação que o uso dos recursos destaca para fortalecimento com cones vaginais, quando associados aos exercícios geram ganhos significativos no tratamento da disfunção do Assoalho. (REIS, et al, 2023). O fortalecimento muscular é um tratamento muito usado. Os músculos no assoalho pélvico desempenham um papel importante na urina, nas fezes e na vida sexual. No entanto, certos fatores podem torná-los fracos, como estilo de vida, envelhecimento, gravidez ou obesidade. Além disso, existem exercícios específicos para fortalecer a musculatura do assoalho pélvico. A união desses tratamentos com exercícios físicos leva a um aumento da força.
De acordo com Gama, Freitas, Duarte, (2022) A Fisioterapia ajuda a recuperar a disfunção urinária em mulheres idosas com incontinência urinária de esforço. Isso acontece porque o enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico causa perdas urinárias ao fazer esforços. O tratamento inclui o Treinamento dos Músculos do Assoalho Pélvico, cones vaginais, terapia comportamental, método Pilates, cinesioterapia e orientações para exercícios domiciliares. Também é importante ter conhecimento sobre a incontinência urinária de esforço, anatomia e função do Músculo do assoalho pélvico.
Zaidan, Pereira e Silva (2022) acreditam que a estimulação ajuda a restaurar a força muscular. Isso fará com que os músculos do esfíncter uretral externo funcionem melhor, melhorando assim a continência urinária. O fortalecimento torna-se eficaz na redução da incontinência urinária, pois ajuda na reeducação dos músculos do assoalho pélvico e aumenta a força e a resistência esfincteriana.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
A metodologia utilizada para o estudo é de natureza qualitativa, consistindo em uma pesquisa descritiva, exploratória e bibliográfica. Para isso, foram selecionados artigos científicos, projetos e livros publicados entre os anos de 2017 e 2023. A busca foi conduzida nas seguintes fontes: Scielo 2, Pedro 2, Lilacs 2 e pub med 3.
A seleção abrangeu artigos científicos, revisões sistemáticas e projetos presentes em bases de dados de revistas nacionais e internacionais. Os critérios de inclusão foram baseados nas datas de publicação, palavras-chave e relevância do tema, desde que estivessem alinhados com o assunto proposto.
3. RESULTADOS
Encontra-se 13 artigos nas bases de dados PubMed, Scielo, Lilacs e Pedro, os títulos e resumos foram lidos conforme os critérios de exclusão, após isso foi realizada a leitura dos 5 artigos selecionados que estavam disponíveis na íntegra para a construção do presente artigo de revisão, conforme figura 01.
FIGURA 1 – Fluxograma do processo de seleção dos artigos
4. DISCUSSÃO
As características do estudo apresentadas, o fortalecimento do músculo do assoalho pélvico e core abdominal, fica evidenciado na pesquisa que os efeitos do fortalecimento muscular têm sua ação direta no controle da contração do músculo esfincteriano e parte interna da uretral e consequentemente o controle da micção, contratilidade muscular, ápice de força muscular dos músculos do assoalho pélvico.
Fica sugerido que as cinesioterapias associadas podem ajudar as idosas a recuperar e melhorar o seu desempenho muscular do assoalho pélvico, melhorando a qualidade de vida comportamental das mulheres idosas. A fisioterapia relacionada ao treinamento do músculo do assoalho pélvico através de cones e cinesioterapia tem relação com um melhor desempenho nos treinamentos na melhora dos músculos, ajuda a recuperar a disfunção urinária em idosas com incontinência urinária de esforço. Isso acontece porque o trabalho de fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico tanto dos músculos estriados lisos como estriado esquelético causa a incontinência. O tratamento inclui o Treinamento dos Músculos do Assoalho Pélvico e também do core. Estudos demonstraram que a estimulação com auxílio de aparelhos na fisioterapia associada aos estímulos de contração muscular, têm se mostrado promissores em termos de retorno e melhor resposta contratilidade muscular da pelve e uretral intrínseco e extrínseco, reduzindo a incontinência urinaria e melhora clínica nas idosas e consequentemente a diminuição da ingestão de fármaco para a disfunção urinaria. Intervenção fisioterapêutica através do fortalecimento muscular, além de beneficiar a parte do músculo pubococcígeos, e melhor desempenho de força contrátil e pressão, resultados muito mais acentuados em relação ao fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico. Esses resultados dão ênfase na facilitação neuromuscular proprioceptiva, contrai-relaxa, causando melhora no mecanismo de ação do músculo. Os autores demonstram que o fortalecimento muscular no assoalho pélvico com ou sem instrumentos ajudam a incontinência urinária muscular e encurtam o tempo de recuperação, além de melhorar a capacidade muscular da região pélvica.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em face de uma visão holística nas literaturas pesquisadas, constata-se que o fortalecimento muscular na incontinência urinaria por esforço em idosas demonstra fundamentos que tem sua eficácia na incontinência urinaria por esforço, pois umas das causas e o envelhecimento natural causando perda da capacidade de contração do músculo do assoalho pélvico. Quando executada em foco com outras técnicas ou isolada, no que se refere a atenuação da perda da pressão esfincteriana e uretral causando a incontinência urinária oriunda dos esforços. Além de ter uma boa resposta a força concêntrica excêntrica e na ativação pressão fisiológica dos músculos.
É primordial que pesquisas que visem uma recuperação e reorganização para uma melhor resposta muscular e que embasem. Os resultados desses estudos mostram a eficácia da intervenção fisioterapêutica através dos exercícios com cones vaginais na abordagem da incontinência urinária em pacientes idosas. Os estudos analisados comprovam que o treinamento da musculatura do assoalho pélvico com os exercícios com cones vaginais é uma técnica capaz de tratar as incontinências urinárias. O treinamento do músculo do assoalho pélvico associado a reabilitação com fortalecimento muscular com os cones vaginais, demonstrou a melhora da qualidade de vida em idosas. Tem efeitos positivos na vida profissional, na vida social, no bem-estar mental, na saúde física e no relacionamento sexual. Apesar dos estudos obterem resultados positivos, se faz necessário estudos que avaliem as intervenções nos diferentes tipos de Incontinência urinaria na pessoa idosa, pois as mesmas se manifestam de forma distintas. É relevante que estudos sejam feitos considerando a manifestação clínica de incontinência urinaria por esforço
Como limitações, o número de estudos científicos ainda é razoavelmente reduzido os números de publicações sobre o assunto supracitado, sendo esse número ainda, muito elementar e/ou o mapa que não permite um exame de conferência para um estudo mais aprofundado sobre os benefícios do fortalecimento através dos exercícios com cones vaginais tem eficácia na resposta de contração muscular do assoalho pélvico para incontinência urinaria em idosas. Em contrapartida os embasamentos científicos demonstram que as mulheres obtiveram melhora significativa. Não tendo como embasar os estudos mais profundamente, nesse momento, estabelecer o fortalecimento musculatura do assoalho pélvico torna-se o tratamento de primeira escolha para os fisioterapeutas. Dos achados identificados fica notório que há melhora anatômica e fisiológica dos músculos do assoalho pélvico responsáveis para um equilíbrio das ações de controle da micção.
6. REFERÊNCIAS
BONFIM, A. dos S, CHIMELLI, E. S. A utilização do biofeedback como auxiliar no tratamento fisioterapêutico de incontinência urinária em mulheres.2022. ttps://repositorio.com.br /handle /anima/25886.
DE JESUS, E. S. A Fisioterapia na incontinência urinária da mulher idosa. Fisioterapia Brasil, v. 11, n. 4, p. 287–292, 2017.
GAMA Mayza dos Santos, FREITAS, Rayane de Morais, DUARTE, Thaiana Bezerra. Benefícios da fisioterapia na incontinência urinária de esforço em mulheres idosas: revisão de literatura.2022.
Holzschuh JT, Sudbrack AC. Eficácia dos cones vaginais no fortalecimento do assoalho pélvico na incontinência urinária feminina pós- menopausa: estudo de casos. Rev Pesqui Fisioter. 2019;9(4):498-504. doi: 10.17267/2238-2704rpf.v9i4.2542
Reis et al. Efeitos do treinamento muscular do assoalho pélvico em mulheres com incontinência urinária de esforço effects of pelvic floor muscle training in women with stress urinary incontinence. 2023.
RADZIMIŃSKA, A. et al. The impact of pelvic floor muscle training on the quality of life of women with urinary incontinence: a systematic literature review. Clinical interventions in aging, v. 13, p. 957–965, 2018.
SAWADA, T.N. et al, 2022. Dois dispositivos facilitadores de percepção da contração do assoalho pélvico na posição sentada em mulheres com incontinência urinária: análise comparativa. https://doi.org/10.1590/1809-2950/22009229032022EN
WITKOŚ, J.; HARTMAN-PETRYCKA, M. Do future healthcare professionals have adequate knowledge about risk factors for stress urinary incontinence in women?BMC women’s health, v. 20, n. 1, p. 254, 2020. YANG, J. M. et al. Fatores que afetam os padrões de contração muscular reflexa do assoalho pélvico em mulheres com distúrbios do assoalho pélvico. Ultrassom Obstet Gynecol, v. 42, n. 2, p. 224–229.
ZAIDAN, P.; PEREIRA, F. D.; SILVA, E. B.; Eficácia da eletroestimulação no tratamento da incontinência urinária de esforço: uma metanálise. v.23, n.1, p. 1- 14, 2022. Disponível em: https://portalatlanticaeditora.com.br/index.php/fisioterapiabrasil/article/view/4725
1Discente do Curso Superior de Fisioterapia UNINORTE.
2Docente Especialista em Neurofuncional. Docente do Curso Superior de FISIOTERAPIA – UNINORTE.