REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7754373
Thamires Emanuelle Brito Florêncio
Yasmim Barreto Fontes
Rebeca Rodrigues de Oliveira
Veriane Caldas Barroso
Vitória de Carvalho Amorim
Vijaya Costa Silva
Maria Severa de Vasconcelos Alcântara
RESUMO
O TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento, o qual atinge a maioria das crianças, que tem como sinais a desatenção, a impulsividade e a hiperatividade, os quais geram diversas dificuldades no cotidiano. Apesar do tratamento medicamentoso, existem outras formas de auxiliar essa parcela da população infantil, como por exemplo, por meio do brincar. O presente artigo é uma revisão sistemática da literatura o qual visou analisar produções científicas, dos últimos 5 anos, sobre os benefícios do brincar para as crianças com TDAH. Foram analisados 9 artigos, pesquisados na base Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), utilizando os seguintes descritores: “Crianças” e “Brincadeiras”, bem como “TDAH”, sendo que 5 destes abordam a importância do brincar e 4 abrangem acerca do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. A partir da análise, foi constatado que as brincadeiras possibilitam a expressividade, o enfrentamento de problemas e ajudam na atenção das crianças.
Palavras-chave: crianças; brincadeiras; TDAH.
ABSTRACT
The ADHD is a neurodevelopmental disorder wich afflicts most of the children and its signs are disattention, impulsivity and hiperactivity, which causes a lot of difficulties in everyday life. Despite of the medical treatment, there are many other ways of helping this part of the child population, for example, through play time. The present article is a systematic literature review which aimed to analyze scientific productions of the last 5 years about the benefits of playing for children with ADHD. 9 articles were analyzed, searched in the base Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) using the following descriptors: “Children” and “Play time”, as well as “ADHD”, being that 5 of these deal with the importance of play time and 4 deal about the attention deficit hyperactivity disorder. Through the analysis, it was found that the play time allows the expressiveness, coping with problems and helps in the kids attention.
1. INTRODUÇÃO
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é caracterizado por ser um transtorno o qual atinge o neurodesenvolvimento, comprometendo a realização de atividades, o comportamento e a organização mental dos indivíduos. Segundo Silva (2014), os sinais mais recorrentes que uma pessoa com TDAH apresenta são a desatenção, a impulsividade e a hiperatividade, sendo que sua manifestação ocorre, comumente, no período da infância e, quando não tratada de forma precoce, pode gerar sérios prejuízos ao bem-estar dos indivíduos. Conforme o Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (2014), levantamentos populacionais sugerem que o TDAH ocorre na maioria das culturas em cerca de 5% das crianças e 2,5% dos adultos, independentes do grau de escolaridade ou de questões socioeconômicas. Tal porcentagem expõe o quanto esse transtorno está presente na sociedade.
As pessoas que possuem TDAH sofrem com diferentes dificuldades no seu cotidiano, entre elas a necessidade de se esforçarem em demasia para manter a concentração em seus afazeres, já que possuem um déficit em sua função de atenção. Verifica-se, por vezes, sentimentos negativos, como insuficiência, incompetência, entre outros, sentidos por pessoas com esse transtorno, já que não são consideradas “normais” e, em muitos momentos, não possuem comportamentos adequados, sendo constantemente repreendidos pelos responsáveis, os quais, também, não compreendem o porquê de o filho agir daquela forma (SALINE, 2021).
Além disso, o transtorno faz com que atitudes impulsivas, sem uma reflexão sobre consequências, passem a ser comuns. É notório que todos os seus sinais, mesmo que manifestados de forma separada, geram inúmeros entraves no desenvolvimento da criança, no seu processo de aprendizagem, assim como em sua autoestima, pois os mais novos sentem-se mal ao não conseguirem ter o comportamento esperado pelos responsáveis. Apesar da existência do tratamento, entende-se que este não deve ser limitado somente a medicamentos, pois, de acordo com Soares (2013), por meio de atividades lúdicas, envolvendo o brincar, é possível contribuir, de forma significativa, para o aumento das habilidades, assim como para a investigação do processo de desenvolvimento infantil.
Durante as brincadeiras, a criança pode expressar a própria percepção que possui de si, superestimar os problemas com os quais se depara por se sentir incapaz de solucioná-los e enfrentá-los. Além de conseguir demonstrar a necessidade de pertencer a um grupo, no qual não se sinta excluída e diferente. Assim, percebe-se a importância do brincar no cotidiano de crianças com TDAH, mas que esse precisa ser conduzido conforme o perfil de cada criança, respeitando suas potencialidades individuais, e as adversidades presente nesse processo, já que manter a concentração em certas atividades, para indivíduos com o transtorno, é difícil.
A partir disso, por intermédio de uma revisão da literatura, serão pesquisados os benefícios do brincar para crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. O objetivo do artigo é analisar as produções científicas sobre os benefícios do brincar para crianças com TDAH. Este estudo é de grande relevância, já que não existem tantos trabalhos os quais abordam a ajuda que o ato de brincar pode conceder aos indivíduos com TDAH, diminuindo os problemas de desatenção. Ademais, a leitura do artigo poderá ser realizada não somente por profissionais ou estudantes da área de educação e saúde, mas também por pais os quais necessitam de orientações acerca das diferentes formas de auxiliar o crescimento da criança.
2. MÉTODO
2.1 Caracterização do estudo
Esta pesquisa foi feita por meio de uma revisão sistemática da literatura, que consistiu em avaliar criticamente e sintetizar comprovações do tema pesquisado, além de identificar lacunas que devem ser encaminhadas para satisfazer o desenvolvimento de próximas pesquisas. É caracterizada por ser ampla, apropriada para descrever ou discutir sobre determinado assunto.
2.2 Coleta de dados
A busca dos artigos foi realizada nas seguintes bases de dados: Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), periódicos, revistas, alguns livros acerca do TDAH, entre outros. Para realizar a busca, foram utilizadas as seguintes palavras-chave ou descritores, de forma combinada: “Brincadeiras” and “Crianças”, bem como “TDAH”. A coleta e análise dos dados ocorreu em novembro de 2021.
2.3 Critérios de inclusão e exclusão
A seleção dos artigos foi feita conforme os seguintes critérios de inclusão: produções científicas, publicadas nos últimos 5 anos, completas, gratuitas, que abordem os benefícios do brincar em crianças com TDAH e que apresentem no título, resumo ou palavras-chave um dos termos: “Brincar”, “Crianças” e “TDAH”, ou seus sinônimos, além de livros sobre Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Os critérios de exclusão que foram considerados são: produções científicas publicadas fora do período dos últimos 5 anos, trabalhos científicos que abordem o TDAH em adultos e outros transtornos em crianças, que não seja o TDAH, resumos de congressos, simpósios e outros eventos científicos, anais, cartas ao editor e trabalhos incompletos.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Durante a pesquisa, foram identificados 39.751 artigos (Tabela 1). Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão e a retirada das publicações duplicadas, permaneceram somente nove artigos que constituíram o corpus deste estudo.
No que tange aos dados quantitativos, foram considerados o ano de publicação, local de publicação, tipos de abordagem de pesquisa, tipo de pesquisa utilizada e perfil dos autores dos artigos.
Dos nove trabalhos avaliados, os anos que tiveram mais publicações foram 2019 e 2020 (n = 3) (Tabela 2).
Tabela 2- Referente ao ano de publicação
Ano de publicação | N | % |
2015 | 1 | 11.1 |
2017 | 1 | 11.1 |
2018 | 1 | 11.1 |
2019 | 3 | 33.3 |
2020 | 3 | 33.3 |
Todos os estudos eram de representatividade nacional, dos quais 33,3% foram publicados no Estado de São Paulo (n = 3), seguido pelos estados do Rio de Janeiro (n = 2) e Rio Grande do Sul (n = 2). Observa-se que a região sudeste foi contemplada com um quantitativo maior de publicação (n = 5). (Tabela 3).
Tabela 3-Referente ao local de publicação.
Local de publicação | N | % |
São Paulo | 3 | 33,3 |
Rio de Janeiro | 2 | 22,2 |
Rio Grande do Sul | 2 | 22,2 |
Brasília | 1 | 11,1 |
Santa Catarina | 1 | 11,1 |
No que se refere ao tipo de abordagem de pesquisa, 8 estudos (88,8%) foram de pesquisas quantitativas e apenas 1 artigo (11,1%) de abordagem qualitativa, não houve nenhuma pesquisa de caráter quanti-qualitativa. Quanto ao tipo de pesquisa observou-se que 6 foram revisão da literatura e 2 pesquisas de campo (estudos descritivos).
Tabela 4 – Referente ao tipo de abordagem da pesquisa.
Abordagens | N | % |
Quantitativa | 8 | 88,8 |
Qualitativa | 1 | 11,1 |
Quanto à formação acadêmica dos autores dos artigos, verificou-se a maior prevalência de psicólogos (n = 14), seguido de enfermeiros (n = 4). Dentre os autores, havia 1 terapeuta ocupacional. Profissionalmente, atuantes na área do desenvolvimento da criança e do adolescente, na assistência clínica e na educação, sendo 12 docentes de Instituições Públicas.
Observou-se, também, que 88,8% das publicações (n = 8) apresentaram autoria compartilhada e 11,1% pertencia a uma única pesquisadora. Destes pesquisadores, 23 eram do gênero feminino e 3 do gênero masculino.
Tabela 5 – Referente à formação acadêmica.
Formação acadêmica | N |
Psicóloga | 14 |
Enfermeira | 4 |
Pedagogo | 2 |
Educador físico | 2 |
Médico | 2 |
Terapeuta ocupacional | 1 |
Cientista social | 1 |
Tabela 4 – Referente ao tipo de abordagem da pesquisa.
Abordagens | N | % |
Quantitativa | 8 | 88,8 |
Qualitativa | 1 | 11,1 |
Quanto à análise dos dados qualitativos, foi levado em conta a caracterização dos artigos revisados, voltada aos objetivos de cada artigo, às ações interventivas e suas contribuições. Quanto aos objetivos de cada artigo revisado, nota-se:
No artigo nº1, identificar estudos que abordassem a brincadeira como favorecedora da habilidade de comunicação infantil;
No artigo nº2, refletir sobre o brincar como fenômeno transicional e experiência criativa própria à expansão do self;
No artigo nº3, traçar a evolução histórica e o panorama contemporâneo da perturbação da hiperatividade e déficit de atenção (PHDA) em Portugal, com o objetivo de contextualizar os aspectos sociais do seu diagnóstico, tratamento, epidemiologia e enquadramento institucional;
No artigo nº4, analisar as concepções e as formas de utilização do lúdico por profissionais que atuam em uma Instituição de saúde estadual de Santa Catarina;
No artigo nº5, demonstrar que, na contramão do ideal médico-científico que trata a criança como objeto de intervenção, a psicanálise irá escutar a criança, vendo-a como um sujeito que pode dizer como se sente sobre sua falta de atenção e hiperatividade;
No artigo nº6, analisou as diferentes metas de socialização e estratégias de ação de pais de crianças com e sem Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH)
No artigo nº7, rever a literatura recente sobre o brincar, e resumir seus efeitos positivos sobre saúde das crianças;
No artigo nº8, fazer uma análise crítica acerca do diagnóstico de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), A partir do referencial teórico, ético e clínico da psicanálise, situando sua construção no discurso social, seus avanços e também influências;
No artigo nº9, compreender a vivência da criança com TDAH expressa na sessão do Brinquedo Terapêutico Dramático;
Do processo de análise emergiram as seguintes categorias: 1. Aspectos da realidade das crianças com TDAH; 2. Os benefícios do brincar para as crianças com TDAH.
1. Aspectos da realidade das crianças com TDAH
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) atinge muitas pessoas e ocorre quando essas não conseguem, no nível esperado das idades, desenvolver as habilidades para inibir os impulsos, manter a atenção e conseguir realizar suas atividades normalmente (BAUERMEISTER, 2009). Segundo Stroh (2010), o TDAH é caracterizado como um transtorno neurobiológico, no qual o córtex pré-frontal direito apresenta um tamanho menor do que deveria ter, prejudicando, principalmente, as funções de execução, já que os indivíduos os quais o possuem têm dificuldades para concluir suas ações e, também, controlar suas vontades. Assim, os sinais apresentados pela criança causam incômodo no meio familiar e fazem os responsáveis procurarem ajuda, a qual é encontrada nos medicamentos, entre eles o metilfenidato, que é considerado um fármaco o qual consegue controlar os comportamentos inquietos, mas impede que a criança expresse o que, de fato, está sentindo (CASTRO E COUTO, 2019). Percebe-se, desta forma, alguns malefícios relacionados ao desejo de que os mais novos, os quais possuem TDAH, tenham um padrão de atitudes, sendo menos agitados, sem uma preocupação com os efeitos a longo prazo do uso de remédios. De acordo com Cruz, Okamoto e Ferrazza (2016), o uso desses fármacos, muitas vezes, restringe e passa a categorizar gestos, comportamentos, limitando a criança a um diagnóstico, sem levar, em consideração, sua subjetividade e a expressão de suas angústias, bem como vivências, de forma singular. Vale salientar ainda que, de acordo com Castro e Couto (2019), a massificação de diagnóstico do transtorno ocasiona essa prescrição medicamentosa em excesso presente nos dias atuais.
A criança, desse modo, acaba enfrentando situações adversas, como o preconceito, podendo ser estigmatizada de vários modos. Segundo Barbarini (2020), no caso das crianças com TDAH, o que são definidos como sintomas do transtorno são comportamentos considerados como inadequados e incômodos, o estigma apresenta-se em forma de isolamentos, brincadeiras, apelidos pejorativos e agressões físicas e simbólicas, devido à visão preconceituosa referente a forma de agir dos mais novos. Isso gera, na criança estigmatizada, um complexo de inferioridade e afeta diretamente na construção da sua identidade. Conforme Lacet e Rosa (2017), diversos âmbitos da vida desta serão prejudicados, tais como na escola, em que se instala a demanda de que tenha seu corpo e comportamentos disciplinados em nome do bom aproveitamento escolar, só que, por vezes, ela não é escutada, mas julgada a partir de seus comportamentos. Além disso, para Pereira, Maia, Borba e Ribeiro (2015), vivências negativas ligadas à escola e ambiente familiar podem contribuir com o sentimento de inferioridade que parte das crianças com Transtorno de Déficit de Atenção possuem. Nesse pensamento, reafirma-se a importância do estímulo à valorização da autoestima no desenvolvimento e viver de tais crianças, considerando que, a comparação da criança com TDAH com outras típicas é frequente e natural no meio familiar, por exemplo, fato que está diretamente ligado à forma como se vê, julgando-se incapaz e inferior, o que afeta os demais ambientes de sua vida.
Contudo, Regalla, Guilherme e Serra-Pinheiro (2007 apud PEREIRA; MAIA; BORBA; RIBEIRO, 2015) estudam e afirmam que apesar de tais sentimentos negativos advindos do convívio social e diversos problemas considerados disfuncionais, pessoas com TDAH mostraram-se menos susceptíveis às adversidades relacionadas ao transtorno. Dessa forma, percebe-se como a necessidade de pertencimento, compreensão e acolhimento moldam a personalidade da criança com TDAH para possibilidade de se esforçar e demonstrar que necessita de ajuda, pois dessa maneira conseguirá solucionar de maneira menos exaustiva e mais funcional seus problemas, colocando em destaque a capacidade de resiliência que pessoas com tal transtorno podem possuir.
2. Os benefícios do brincar para as crianças com TDAH
Segundo a Declaração Universal Dos Direitos Humanos (1948) o brincar é um direito de toda criança. Dessa maneira, nota-se que as brincadeiras são cruciais durante a infância. Além disso, o brincar é constituído como uma das principais ocupações de uma criança, porque ele se torna um importante aliado no desenvolvimento infantil. É a partir das brincadeiras que o ser humano consegue exercitar habilidades motoras, sensoriais, emocionais, sociais e cognitivas, onde o mundo fantasioso e a sua realidade conseguem incorporar-se (GOMES; MAIA; VARGA, 2018). A partir dessa fusão entre o real e o imaginário que ocorre durante as brincadeiras, a criança com TDAH obtém a oportunidade de expressar seus desejos, frustrações, conflitos vivenciados no seu cotidiano para, assim, conseguir enfrentá-los. Ademais, contribui para que, no futuro, essa criança seja um adulto emocionalmente e socialmente equilibrado, com autoconfiança e autonomia.
De acordo com Gomes, Maia e Varga (2018), o uso do brincar de forma terapêutica tem se tornado mais utilizado e valorizado nas instituições de saúde. Os profissionais de saúde utilizam o brincar para ajudar a criança a lidar com suas angústias, medos e dores. Por vezes, nas sessões terapêuticas, a criança com TDAH expressa conflitos relacionados com seu modo de lidar com o transtorno e suas vivências com seus familiares e amigos as quais, muitas vezes, não são de forma saudável, pois geralmente são vistas como agressivas, rebeldes e sem educação, devido não conseguir manter a atenção em brincadeiras e atividades. Assim, acabam se envolvendo em brigas e são excluídos de brincadeiras com outras pessoas. Dessa maneira, a criança com TDAH acaba alimentando um sentimento de inferioridade e baixa autoestima que está relacionada a essas experiências de vida, o que resulta em um agravo no seu desenvolvimento. Por isso, a partir do brincar, a criança com indagações e afirmações consegue refletir e elaborar estratégias para superar as adversidades que encontram no seu cotidiano (PEREIRA; MAIA; BORBA; RIBEIRO, 2015).Ademais, conforme Piola, K.M (2017), a terapia lúdica contribui para o desenvolvimento cognitivo de crianças com esse transtorno de déficit de atenção, visto que os jogos e as brincadeiras constituem meios naturais de auto expressão infantil, além de preservar a saúde mental da criança e proporcionar alegria e distração, preparando-a para situações novas que enfrentará através da familiarização com o brinquedo, bem como também auxilia na recuperação da criança e ameniza o trauma psicológico que, por ventura, esteja enraizado nesta, assim, a ludoterapia exerce um papel importante para minimizar a agressividade, a impulsividade, a distração das crianças com TDAH. É válido salientar ainda que, por intermédio de brincadeiras, esse indivíduo poderá refletir sobre situações vividas no seu dia a dia e, dessa forma, ressignificar e enfrentar impasses e adversidades para conseguir se desenvolver (PEREIRA et al., 2015). Assim, percebe-se os benefícios do brincar para as crianças com TDAH.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto, percebeu-se que, apesar de ser um tema recorrente no cotidiano, as publicações científicas relacionadas ao TDAH e o uso do brincar como recurso no tratamento das crianças, ainda são reduzidas. Ademais, foi constatado que a maioria dos artigos, encontrados nas bases de dados, eram pertencentes à região sudeste e os autores, em grande quantidade, eram atuantes na área infanto-juvenil. A partir das leituras, foi possível analisar o quanto as brincadeiras influenciam positivamente no desenvolvimento infantil daqueles os quais possuem o transtorno, já que contribuem para a melhora dos aspectos biopsicossociais, possibilitando que a criança consiga elaborar estratégias para superar as problemáticas que vivencia devido às características do TDAH. Infere-se que é necessário o incentivo a realização de mais pesquisas as quais possam aprofundar acerca dos benefícios do brincar, tendo como foco a criança com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.
REFERÊNCIAS
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