THE BENEFITS OF NUTRITION IN THE PREVENTION AND TREATMENT OF INJURIES IN ARTISTIC GYMNASTICS ATHLETES
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202510241237
Mariana Ferreira Vasques¹
Heloísa Lima Monteiro²
Francisca Marta Nascimento de Oliveira Freitas³
Luiz Eduardo Rodrigues Lima⁴
RESUMO
A ginástica artística é uma modalidade de alta exigência física que expõe os atletas a esforços intensos e repetitivos, favorecendo o surgimento de lesões musculoesqueléticas. Nesse contexto, a nutrição assume papel essencial tanto na prevenção quanto no tratamento, ao contribuir para a recuperação muscular, a manutenção da saúde óssea e a melhoria do desempenho do atleta. este trabalho teve como objetivo revisar na literatura científica, os benefícios da nutrição na prevenção e tratamento de lesões em atletas de ginástica artística, com ênfase na importância dos micronutrientes: ferro, cálcio e vitamina D. A metodologia consistiu em uma revisão de literatura baseada em livros, artigos e publicações acadêmicas, selecionados a partir do google acadêmico, priorizando estudos voltados à nutrição esportiva e às lesões musculoesqueléticas. Os resultados evidenciaram que os efeitos dos micronutrientes citados são essenciais para a contração muscular, a mineralização óssea, o transporte de oxigênio e a modulação da resposta inflamatória. A deficiência desses elementos foi associada ao aumento do risco de fraturas, fadiga, atraso na recuperação e queda no desempenho. Conclui-se que a nutrição, especialmente o consumo adequado de micronutrientes é indispensável para prevenir lesões, potencializar o rendimento de atletas de ginástica artística e promover a saúde.
Palavras-chave: Atletas, Ginástica, Micronutrientes.
ABSTRACT
Artistic gymnastics is a modality of high physical demand that exposes athletes to intense and repetitive efforts, favoring the emergence of musculoskeletal injuries. In this context, nutrition plays an essential role both in prevention and in treatment, by contributing to muscle recovery, maintenance of bone health, and improvement of athletic performance. This study aimed to review, in the scientific literature, the benefits of nutrition in the prevention and treatment of injuries in artistic gymnastics /athletes, with emphasis on the importance of micronutrients: iron, calcium, and vitamin d. the methodology consisted of a literature review based on books, articles, and academic publications, selected from google scholar, prioritizing studies focused on sports nutrition and musculoskeletal injuries. The results showed that the effects of the mentioned micronutrients are essential for muscle contraction, bone mineralization, oxygen transport, and modulation of the inflammatory response. The deficiency of these elements was associated with increased risk of fractures, fatigue, delayed recovery, and decreased performance. It is concluded that nutrition, especially the adequate intake of micronutrients, is indispensable to prevent injuries, enhance the performance of artistic gymnastics athletes, and promote health.
Keyword: Athletes, Gymnastics, Micronutrients.
1 INTRODUÇÃO
A ginástica artística (GA) representa uma modalidade esportiva com raízes tradicionais e uma história secular. Seu surgimento remonta ao século XIX, na Alemanha, quando o professor alemão Johann Friedrich Ludwig Jahn, reconhecido como o “pai da ginástica”, estabeleceu o primeiro campo de ginástica ao ar livre na floresta de Hasenheide, nos arredores de Berlim. No Brasil, a introdução da ginástica ocorreu em 1824, associada à colonização alemã no estado do Rio Grande do Sul (Silva, 2024).
Contudo, apenas em 1951, o esporte foi oficialmente reconhecido no país, coincidindo com a realização do primeiro Campeonato Brasileiro de Ginástica. A denominação “Ginástica Olímpica”, amplamente difundida no Brasil, foi oficializada e publicada em março de 1979. No entanto, em 2006 a Confederação Brasileira de Ginástica formalizou a adoção da designação “Ginástica Artística”, já que os Jogos
Olímpicos incorporam três modalidades de ginástica – Ginástica Artística, Ginástica Rítmica e Ginástica de Trampolim, tornando imperativa uma distinção mais precisa na terminologia empregada (Silva, 2024).
É uma modalidade esportiva em que a execução precisa de movimentos complexos é o requisito fundamental para a avaliação de um bom desempenho. Para se alcançar um nível de excelência neste esporte, os atletas vivenciam uma rotina de treinamentos diários que perdura por toda carreira (Tricoli; Serrão, 2005; Lopes; Nunomura, 2007).
Segundo Bortoleto e Coelho (2016), a ginástica artística trata-se de uma modalidade que combina técnica, estética e performance atlética. Ela se distingue por unir acrobacia, força estática e dinâmica, além de elementos artísticos como ritmo, fluidez e expressão corporal. Conforme Caine, Nassar e Schiff (2013), os ginastas estão entre os atletas com maior risco de lesões musculoesqueléticas, especialmente devido à repetição constante de movimentos de alta carga e impacto.
Além disso, o esporte conta com exercícios e movimentos exclusivos, locomoções que causam tensões corporais únicas, não encontradas em outros esportes. A GA é um esporte em que os/as atletas se expressam em acrobacias, demonstrando agilidade, força, coordenação motora, flexibilidade e equilíbrio, medindo suas habilidades e desafiando os limites do seu corpo para alcançar os movimentos em sua completa perfeição (Zamboni et al., 2017).
A dieta adequada é capaz de influenciar diretamente a força muscular, a resistência, a recuperação pós-treino e a manutenção de um peso corporal ideal, crucial para a atividade nos aparelhos. Isso envolve uma ingestão adequada tanto de macro (carboidratos, proteínas e lipídeos) quanto micronutrientes (vitaminas e minerais) que vão contribuir para a homeostase do organismo (Silva, 2024).
Segundo Lancha Júnior (2018), as proteínas são fundamentais para o reparo e o crescimento das fibras musculares após o exercício, enquanto os carboidratos fornecem a energia imediata necessária e ajudam a manter o desempenho em atividades de alta intensidade.
De acordo com Maughan et al. (2018), “Micronutrientes, como cálcio, ferro e vitamina D, desempenham papeis fundamentais no suporte à função muscular e óssea, sendo essenciais para garantir a saúde a longo prazo do atleta e reduzir o risco de lesões associadas ao estresse físico.” A alimentação balanceada, rica em micronutrientes essenciais, pode desempenhar um papel crucial na proteção do corpo, melhorando sua resistência e capacidade de recuperação.
Para que as atletas alcancem seu potencial máximo, não basta o treinamento físico, é necessário manter uma alimentação equilibrada, com especial atenção aos micronutrientes, fundamentais para processos como a contração muscular, produção de energia, recuperação pós-treino e prevenção de lesões, uma vez que, a carência desses elementos pode resultar em fadiga, perda de massa muscular e aumento do risco de fraturas por estresse. (Ferreira et al., 2021).
Embora os macronutrientes, carboidratos, proteínas e lipídios recebem maior destaque na nutrição esportiva, a importância dos micronutrientes é frequentemente subestimada. Estudos mostram que ginastas apresentam baixa ingestão de cálcio, ferro e vitamina D, nutrientes essenciais para a saúde óssea, transporte de oxigênio e função muscular (Bizari et al., 2021; Ferreira et al., 2021).
Esta pesquisa tem por objetivo geral revisar os benefícios da nutrição na prevenção e tratamento de lesões em atletas de ginástica artística.
METODOLOGIA
1.1 Tipo de estudo
Este trabalho consiste em uma revisão de literatura. A metodologia busca identificar as evidências disponíveis na literatura acadêmica que abordam a relação entre os cuidados nutricionais e a redução de lesões, sobretudo investigar a importância dos micronutrientes para a performance e recuperação dos atletas. A proposta da metodologia é reunir e interpretar estudos acadêmicos que discutem a relação entre estratégias nutricionais e a diminuição da incidência de lesões e o papel dos micronutrientes na melhora do desempenho físico e na recuperação dos atletas.
1.2 Coleta de dados
A busca bibliográfica foi realizada nas bases PubMed e Google Acadêmico. Foram utilizadas palavras-chave relacionadas aos objetivos do estudo e ao público-alvo, ou seja, atletas de ginástica artística. Para assegurar a atualidade e a relevância das fontes utilizadas, foram considerados como critérios de elegibilidade: materiais publicados nos últimos dez anos e conteúdos com ênfase em nutrição esportiva e lesões musculoesqueléticas.
1.3 Análise de dados
A análise dos dados foi conduzida de forma qualitativa e descritiva, buscando identificar os principais achados, argumentos e evidências presentes nas fontes selecionadas. Foram priorizados estudos que apresentassem coerência com os objetivos da pesquisa e que contribuíssem para a compreensão da relação entre nutrição adequada e prevenção ou recuperação de lesões em atletas de alto rendimento.
2 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A concepção e realização de movimentos na GA são, de certa forma, moldadas pelas peculiaridades de seus aparelhos. No contexto da GA feminina, a prática engloba quatro aparelhos distintos: mesa de salto, barras paralelas assimétricas, trave de equilíbrio e solo, acompanhado por trilha sonora (Nunomura, 2016).
Enquanto que, já de acordo no contexto da masculina, o esporte compreende os seguintes aparelhos: argolas, barra fixa, mesa de salto, cavalo com alças, barras paralelas e solo, o qual não acompanha trilha sonora. A ginástica artística ganhou grande visibilidade nos últimos anos, especialmente durante o feito da renomada atleta Rebeca Andrade, a qual conquistou medalha de prata na competição individual geral e a medalha de ouro no salto durante os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020 (COB, 2022).
Sua notável proeza tornou-a a primeira mulher brasileira a alcançar tal feito ao obter duas medalhas em uma única edição olímpica. No decorrer do ano de 2021, consolidou seu status ao ser a primeira representante do Brasil a conquistar duas medalhas em uma única edição do Campeonato Mundial. Além disso, em 2022, obteve o título de melhor ginasta do mundo na categoria individual geral, destacando-se como uma atleta de relevância global no cenário da ginástica artística (COB, 2022).
Segundo Busto, Achour Júnior e Moreira (2013), existem três etapas na prática da Ginástica Artística: a familiarização, a automatização e o aperfeiçoamento. Na etapa de familiarização, os/as ginastas têm o primeiro contato com os aparelhos e movimentos; nessa fase, não é exigida a perfeição dos exercícios, pois sua função é proporcionar a conscientização do corpo no espaço, dos movimentos dos aparelhos.
Após esse conhecimento, o/a ginasta inicia a aprendizagem das posições, realizando uma série de repetições para que haja uma automatização dos movimentos; por fim, no aperfeiçoamento é exigido um maior condicionamento físico e alto desempenho (Achour, Busto e Moreira, 2013).
A modalidade, como dito antes, demanda muito do corpo do ginasta, requer esforço e trabalho para aperfeiçoar os movimentos e aprimorar as habilidades. O que impacta diretamente na compleição física do atleta, propício a desgastes e lesões. Expondo-se a lesões de diversas gravidades, a maioria das ginastas não percorre os anos de treinamento e campeonatos sem preocupações sobre o risco, seriedade e efeitos a longo prazo, evidenciando a complexidade e desafios inerentes à carreira desses atletas (Silva, 2024).
Segundo Dantas (2018), a prática esportiva exige resistência, força e controle corporal, tornando a repetição de movimentos essencial para o aprimoramento técnico. Entretanto, quando essa repetição é excessiva ou ocorre sem o tempo adequado de recuperação, pode gerar sobrecarga muscular e articular, favorecendo o surgimento de lesões por esforço repetitivo.
As Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e as Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT) ilustram bem esse quadro: são síndromes que acometem músculos, tendões, articulações e nervos, associadas a movimentos contínuos ou posturas mantidas que superam a capacidade adaptativa do sistema músculo-esquelético (Ministério da Saúde, 2023). Estudos recentes apontam que essas condições decorrem da acumulação de estresses mecânicos e demandam intervenções fisioterapêuticas especializadas para a recuperação. (Neto e Fonseca, 2023).
Segundo Sant’Anna et al. (2022), lesões por sobrecarga são frequentes em esportes de alto impacto, como a ginástica, e estão associadas à repetição intensa de movimentos específicos sem tempo adequado para recuperação, aumentando o risco de lesões musculoesqueléticas e de fadiga crônica. As lesões são resultantes das forças que incidem sobre um corpo, sendo caracterizadas como danos nos tecidos que prejudicam o seu desempenho. Em termos gerais, as lesões esportivas referem-se a qualquer dano nos tecidos ocasionado por eventos relacionados ao esporte, independentemente de resultar em incapacidade para o atleta (Stocco, 2021).
Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e do Exercício (SBMEE), a alimentação balanceada é fundamental para otimizar o desempenho, prevenir lesões e acelerar a recuperação muscular, sendo parte integrante da rotina de atletas de todas as modalidades. Do ponto de vista nutricional, é imperativo compreender a influência da dieta na prevenção de lesões e na preservação da massa muscular durante períodos de imobilização, além de empregar estratégias que promovam a recuperação (SBMEE, 2019).
Embora muito se fale sobre macronutrientes, como proteínas e carboidratos, o papel dos micronutrientes na saúde óssea, no desempenho físico e na recuperação de lesões vem ganhando destaque na literatura científica (WHO, 2021). Micronutrientes como ferro, cálcio e vitamina D exercem funções essenciais no organismo e, quando em níveis inadequados, podem aumentar significativamente o risco de lesões entre atletas, especialmente os praticantes de modalidades como a ginástica artística (Gaffney-Stromberg et al., 2016).
A alimentação apropriada e equilibrada desempenha uma função essencial na fase de reabilitação. O organismo humano não apenas necessita de energia, mas também demanda proteínas e ácidos graxos insaturados para auxiliar na modulação da inflamação, além de micronutrientes (como vitaminas A, C, do complexo B, e minerais como zinco, ferro) que são fundamentais para a cicatrização, proliferação celular, síntese de colágeno e resposta regenerativa (Grilo Miranda et al., 2023).
A ingestão adequada de micronutrientes se mostra especialmente relevante em fases da vida que exigem maior demanda nutricional, como infância, gestação, lactação e envelhecimento. Nessas fases, a carência desses nutrientes pode prejudicar o crescimento, o desenvolvimento cognitivo e a imunidade (Mota, 2017). No contexto esportivo, uma alimentação deficiente em micronutrientes pode comprometer a performance atlética, retardar a recuperação muscular e aumentar a suscetibilidade a lesões. Segundo a Organização Mundial da Saúde, garantir o acesso a uma dieta equilibrada, rica em micronutrientes, é uma das estratégias mais eficazes na promoção da saúde e na prevenção de doenças crônicas (WHO, 2021; IOC, 2021).
A vitamina D é um micronutriente lipossolúvel essencial para diversas funções no organismo, especialmente no metabolismo ósseo e na regulação do cálcio e fósforo. Sua principal fonte é a síntese cutânea a partir da exposição à radiação ultravioleta B (UVB), enquanto as fontes alimentares contribuem em menor escala. A deficiência dessa vitamina tem sido amplamente estudada nas últimas décadas, revelando implicações não apenas na saúde óssea, mas também em condições autoimunes, cardiovasculares e metabólicas (Holick, 2007).
Ela atua em conjunto com o cálcio, sendo essencial para a sua absorção e para a manutenção da saúde óssea (Owens et al., 2015). Ela também participa da função imunológica, da modulação da inflamação e da contração muscular (Aranow, 2011).
Sua principal fonte é a síntese cutânea por meio da exposição ao sol, e a deficiência é comum mesmo em países tropicais como o Brasil, devido ao uso de protetor solar, roupas que cobrem grande parte do corpo e à vida em ambientes fechados (Pérez-López et al., 2011). A deficiência de vitamina D em atletas pode aumentar o risco de fraturas, retardar a recuperação e reduzir o desempenho físico geral (Gaffney-Stromberg et al., 2016).
O equilíbrio entre ferro, cálcio e vitamina D é essencial para o funcionamento adequado do sistema musculoesquelético (WHO, 2021). A deficiência de qualquer um deles pode desencadear um efeito dominó, comprometendo o rendimento, a saúde óssea, a imunidade e a capacidade de recuperação dos atletas (IOC, 2021).
Por exemplo, a deficiência de vitamina D reduz a absorção de cálcio, o que compromete a formação óssea (Owens et al., 2015). Ao mesmo tempo, baixos níveis de ferro prejudicam a oxigenação dos tecidos e podem levar à fadiga precoce, dificultando o desempenho e a recuperação após lesões (Sim et al., 2019).
A suplementação desses micronutrientes deve ser baseada em exames bioquímicos e avaliações clínicas, evitando tanto a deficiência quanto o excesso, que também pode ser prejudicial (Hirschbruch; Carvalho, 2008). Um plano alimentar equilibrado, com variedade de fontes alimentares naturais, é geralmente suficiente, mas a suplementação pode ser necessária em situações específicas, como em atletas adolescentes, mulheres com grande perda menstrual, ou em fases intensas de treinamento (IOC, 2021).
A nutrição voltada ao equilíbrio de micronutrientes como ferro, cálcio e vitamina D não é apenas uma aliada do desempenho esportivo, mas também um componente fundamental na prevenção e no tratamento de lesões (Papadopoulou, 2020). Para atletas de ginástica artística, cujas demandas físicas são extremas, o acompanhamento nutricional contínuo e personalizado é indispensável para garantir longevidade no esporte e segurança durante os treinos e competições (Matos, 2020).
Estudos sugerem que a deficiência de vitamina D em atletas pode aumentar o risco de fraturas por estresse, reduzir a potência muscular e afetar negativamente a função cardiorrespiratória. Além disso, níveis ideais de vitamina D podem contribuir para a imunidade de atletas, particularmente em períodos de treinamento intenso ou competição, quando o sistema imunológico se encontra mais vulnerável (Owens et al., 2015).
No contexto de saúde pública, a hipovitaminose D é considerada um problema global, afetando principalmente populações em regiões com baixa exposição solar ou com alto índice de melanina na pele, que reduz a síntese cutânea. A prevalência de deficiência de vitamina D é alta mesmo em países tropicais como o Brasil, onde se esperaria maior exposição solar. Fatores como uso excessivo de protetor solar, urbanização e estilo de vida predominantemente indoor contribuem para esse paradoxo (Pérez-López et al., 2011).
De acordo com o Ross et al., (2011), a suplementação de vitamina D é indicada para pessoas com risco de deficiência ou quando a quantidade de 25(OH)D no sangue está abaixo de 20 ng/mL (50 nmol/L). Entretanto, persiste o debate sobre as concentrações ideais para promover benefícios adicionais à saúde e prevenir doenças crônicas. Algumas pesquisas defendem que níveis entre 30 e 50 ng/mL possam ser mais favoráveis, enquanto outras destacam o risco de hipervitaminose D, que pode provocar hipercalcemia e lesões renais.
No contexto nacional, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, em conjunto com a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBEM/SBPC-ML, 2017), recomenda para adultos saudáveis até 60 anos níveis iguais ou superiores a 20 ng/mL, e para grupos de risco, como idosos, gestantes e pacientes com doenças inflamatórias ou metabólicas, a faixa de 30 a 60 ng/mL.
O cálcio é um dos minerais mais abundantes no corpo humano e essencial para diversas funções fisiológicas. Aproximadamente 99% desse mineral está armazenado nos ossos e dentes, garantindo sua estrutura e resistência, além de desempenhar um papel crucial na prevenção da osteoporose (Philippi, 2019). Em modalidades de impacto, como a ginástica, a presença de níveis adequados de cálcio é determinante para a prevenção de fraturas por estresse e lesões ósseas (Gaffney-Stromberg et al., 2016).
Além disso, ele está envolvido na contração muscular e na transmissão de impulsos nervosos. Durante treinos intensos, a deficiência de cálcio pode levar a cãibras, contrações ineficientes e, consequentemente, maior risco de lesões (Guyton; Hall, 2020).
O 1% restante circula no sangue e participa ativamente de processos metabólicos essenciais, como a contração muscular. Além disso, o cálcio é indispensável para a coagulação sanguínea, ativando fatores que previnem hemorragias descontroladas (Martini et al., 2017), e fundamental para a transmissão de impulsos nervosos, viabilizando a liberação de neurotransmissores e garantindo a comunicação entre neurônios (Guyton; Hall, 2020). Sua participação também se estende ao metabolismo e à regulação hormonal, influenciando diretamente a secreção de hormônios como a insulina e impactando processos metabólicos essenciais (Lopes et al., 2021).
Acerca das fontes de cálcio, os laticínios, como leite, queijo e iogurte, são as principais na dieta. Outros alimentos ricos nesse mineral incluem vegetais de folhas verdes, como couve e brócolis, sardinha, tofu e amêndoas (Lopes et al., 2021).
De acordo com o National Institutes of Health (NIH), a recomendação diária de cálcio para adultos varia entre 1.000 mg e 1.200 mg por dia, dependendo da faixa etária e das condições específicas, como a idade e o sexo (NIH-ODS, 2024).
O ferro é um micronutriente essencial envolvido em processos fisiológicos fundamentais, como o transporte de oxigênio (via hemoglobina), o armazenamento de oxigênio nos músculos (mioglobina) e a atividade de enzimas mitocondriais. A deficiência de ferro é a causa mais comum de anemia no mundo e afeta bilhões de pessoas, particularmente mulheres em idade fértil, gestantes e crianças. A anemia ferropriva reduz a capacidade de trabalho, a função cognitiva e a imunidade, comprometendo significativamente a qualidade de vida (Camaschella, 2015).
É também essencial para a produção de energia nas células musculares. Em atletas, especialmente mulheres, é comum observar deficiência de ferro, o que pode resultar em fadiga precoce, perda de rendimento e risco aumentado de lesões musculares por falta de oxigenação adequada (Sim et al., 2019).
Ele pode ser consumido de duas formas principais: heme, presente em carnes vermelhas e vísceras, e não-heme, encontrado em vegetais, leguminosas, ovos e alimentos fortificados. A principal diferença entre esses dois tipos está na biodisponibilidade: o ferro heme é melhor absorvido pelo organismo, enquanto o ferro não-heme tem uma absorção mais limitada. No entanto, a absorção do ferro não-heme pode ser otimizada por certos fatores dietéticos, como presença de vitamina C, que aumenta a absorção dele, enquanto fitatos e polifenóis, encontrados em alguns alimentos vegetais, podem reduzir sua eficácia. (Hurrell & Egli, 2010; StatPearls, 2022).
Para atletas, o ferro é particularmente importante devido à sua função no transporte de oxigênio e no metabolismo energético. Exercícios intensos podem aumentar as perdas de ferro por meio do suor, urina, trato gastrointestinal e hemólise induzida por impacto, como em corredores (Sim et al., 2019).
A deficiência de ferro pode ocorrer mesmo na ausência de anemia e é chamada de depleção de ferro ou deficiência de ferro sem anemia. Essa condição pode impactar negativamente a função cognitiva, a termorregulação e a capacidade de realizar exercícios físicos prolongados. (McClung; Murray-Kolb, 2013).
O tratamento da deficiência de ferro pode incluir mudanças alimentares, suplementação oral ou, em casos mais graves, administração intravenosa. A suplementação deve ser sempre monitorada por profissionais de saúde, pois o excesso de ferro também traz riscos, como estresse oxidativo e dano hepático. A escolha da forma suplementar (ferro férrico ou ferro ferroso) e o momento da ingestão (com ou sem alimentos) influenciam diretamente na eficácia da reposição (Zhao et al., 2020).
Ao integrar nutrição e recuperação de lesões esportivas, busca-se aprimorar tanto a função física quanto mental, facilitando as atividades cotidianas. Durante este processo, o enfoque principal reside em alcançar uma recuperação eficiente por meio das evidências científicas existentes, visando o retorno à competição de forma segura para o atleta. A estratégia nutricional deve assegurar que as necessidades específicas dos atletas sejam atendidas, preferencialmente por meio da alimentação, e, quando necessário, através de suplementação, levando em consideração a dinâmica evolutiva dessas demandas ao longo do tempo (Matos, 2020) (Papadopoulou, 2020).
Tabela 1 – Na tabela observa-se os impactos dos micronutrientes Ferro, Cálcio e Vitamina D na Prevenção de Lesões em Ginastas



A partir da análise da literatura, percebe-se que o ferro, o cálcio e a vitamina D exercem funções complementares e indispensáveis na prevenção de lesões em ginastas. Conforme apontam Santos e Navarro (2018), o ferro se destaca pela sua relação com o transporte de oxigênio e com a tolerância ao esforço, e sua deficiência pode levar à fadiga precoce, maior suscetibilidade a adoecimentos e, consequentemente, menor rendimento nos treinos e competições. Nesse sentido, os achados de Reinhardt et al. (2024) reforçam as observações de Santos e Navarro (2018), ao evidenciarem que a deficiência de ferro reduz o consumo máximo de oxigênio (VO₂máx) e a eficiência aeróbica, enquanto sua adequada suplementação melhora o desempenho e reduz a fadiga muscular em atletas.
O cálcio (Ca), por sua vez, é um micronutriente essencial tanto para a contração muscular quanto para a mineralização óssea, desempenhando papel estrutural e funcional no organismo. De acordo com Oliveira et al. (2017), em ginastas, cuja rotina envolve saltos, aterrissagens e impactos repetitivos, a ingestão adequada desse mineral contribui significativamente para a manutenção da densidade mineral óssea e para a prevenção de fraturas por estresse. De forma semelhante, Lobo (2009) destaca que a deficiência de cálcio está associada ao desenvolvimento de osteopenia e ao aumento do risco de micro lesões em atletas submetidos a treinos de alta intensidade.
Corroborando esses achados, Tenforde et al. (2010) observaram que a baixa ingestão de cálcio eleva de maneira expressiva a incidência de fraturas por estresse em atletas jovens. Já Rosa et al. (2023) acrescentam que a reposição adequada do mineral favorece a recuperação tecidual, melhora a resistência óssea e contribui para a longevidade esportiva, reforçando o papel do cálcio como fator protetor contra lesões em modalidades de impacto, como a ginástica artística.
A vitamina D exerce papel essencial na absorção de cálcio e na manutenção da saúde óssea, sendo um nutriente importante para o metabolismo mineral e o funcionamento adequado do sistema musculoesquelético. Em atletas de ginástica artística, cuja prática envolve elevado impacto físico e treinamento intenso, níveis adequados desse micronutriente são determinantes para a prevenção de fraturas e o fortalecimento muscular. Conforme destacam Martins et al. (2016), a adequação da vitamina D contribui para a melhora da recuperação muscular e da resposta imune, promovendo um desempenho físico mais eficiente e menor suscetibilidade a lesões. Contudo, Wyatt et al. (2024) observaram que atletas que treinam em ambientes fechados apresentam maior risco à deficiência da vitamina, visto que sua absorção se dá por meio da exposição solar, o que pode comprometer a densidade mineral óssea e a força muscular, aumentando o risco de inflamações articulares e o risco de fraturas.
De maneira complementar, Oliveira et al (2023), Rosa et. al (2023) e Kosek et. al (2021) observaram que a suplementação de vitamina D em atletas com baixos níveis séricos promove melhora nos marcadores de desempenho físico e resistência muscular, além de reduzir o risco de lesões musculoesqueléticas, especialmente em atletas de elite.
Em conjunto, reforçam que o acompanhamento nutricional adequado não apenas reduz a incidência de lesões musculoesqueléticas, mas também auxilia na manutenção da performance esportiva e da longevidade da carreira dos atletas. Portanto, o acompanhamento do estado nutricional pode ser decisivo para a saúde e o desempenho dos ginastas.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A alimentação adequada é fundamental na vida dos atletas, em especial daqueles que praticam a ginástica artística. Como evidenciado ao longo deste trabalho, a manutenção da ingestão suficiente de micronutrientes para esses atletas contribui positivamente para a modalidade, gerando força, energia, resistência e, consequentemente, melhor desempenho.
Os desequilíbrios nutricionais aumentam significativamente o risco de fraturas por estresse, distensões musculares e sobrecargas articulares, comprometendo tanto a performance esportiva quanto a longevidade na carreira atlética. Assim, a adoção de estratégias nutricionais adequadas, fundamentadas em orientações profissionais individualizadas, mostra-se essencial para garantir não apenas melhores resultados em treinos e competições, mas também maior segurança e qualidade de vida aos atletas.
Por fim, ressalta-se que, embora a literatura atual evidencie a relevância dos micronutrientes ferro, cálcio e vitamina D na saúde e no desempenho dos atletas, ainda há necessidade de mais pesquisas voltadas especificamente para a ginástica artística, considerando suas particularidades físicas e fisiológicas. Estudos futuros podem contribuir para a elaboração de estratégias nutricionais ainda mais eficazes, que auxiliem na prevenção de lesões, potencializem o rendimento esportivo e promovam a longevidade na carreira desses atletas. Dessa forma, este trabalho reforça a nutrição como um eixo indispensável no contexto esportivo moderno, consolidando-a como parte integrante do treinamento e da saúde global dos ginastas.
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¹Graduanda do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: marimarifvsp@gmail.com;
²Graduanda do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: heloisa.lmonteiro02@gmail.com;
³Orientadora do TCC. Doutora em Biotecnologia pela Universidade Federal do Amazonas. Docente do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: francisca.freitas@fametro.edu.br;
⁴Co-orientador do TCC. [Inserir titulação] pela [instituição]. Docente do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: luiz.lima@fametro.edu.br.
