REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8432987
Muniz, LS¹
Santiago, MDS²
RESUMO
Introdução: O projeto dos polvos de crochê foi desenvolvido na Dinamarca no ano de 2012, com o intuito de minimizar os efeitos nocivos da prematuridade e da internação neonatal. Objetivo: Avaliar os benefícios da humanização em recém-nascidos prematuros na UTIN através do uso de polvo de crochê. Metodologia: Este estudo trata-se de uma revisão literária, realizada na base de dados PubMed, SciELO, LILACS, BVS. Foram utilizados como critérios de inclusão artigos com foco nos benefícios do uso de polvos de crochê para a humanização e reabilitação de bebês prematuros internados em unidade de terapia intensiva, no período de 2013 a 2022, com as seguintes palavras-chave: Octopus, recém-nascido prematuro, unidade de terapia intensiva neonatal, humanização, Fisioterapia, Método Canguru. Resultados: Os principais benefícios que encontramos em todos os estudos são, estabilização da frequência cardíaca e respiratória, redução de faces de dor, ganho de peso e redução de episódios em que o bebê puxa sondas e fios. Conclusão: Os artigos existentes sobre o tema, se alinham em relação aos benefícios do uso do polvo em incubadoras, sendo eles, aconchego, redução de face de dor, estabilização dos sinais vitais, ganho de peso, e o auxílio para que o bebê não puxe os fios e sondas ligado a ele, no entanto, faz-se necessário estudos abordando a relação entre a atuação fisioterapêutica, além de pesquisas demonstrando a sua eficácia e benefícios do método.
Palavras-Chave: Octopus, recém-nascido prematuro, unidade de terapia intensiva neonatal, humanização, Fisioterapia, Método Canguru.
1. Introdução
No Brasil e no mundo, a prematuridade é um dos principais fatores de risco na mortalidade infantil.1
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera parto pré-termo, como aquele que ocorre antes de 37 semanas completas de gestação, sendo sub categorizados em: prematuros extremos (nascimento antes de 28 semanas de gestação), muito prematuros (28 a 32 semanas de gestação) e moderados (32 a 36 semanas de gestação).2
A prematuridade representa a maior incidência de óbitos em crianças menores de 5 anos de idade, sendo o primeiro mês de vida crucial para determinar os anos seguintes, sendo assim, temos esse fator como um importante problema de saúde pública.3,4
Durante o desenvolvimento do feto, ele vai estar envolto em um fluido quente e dentro da parede uterina, o que lhe trás uma sensação de bem-estar, conforto e segurança, entretanto, quando temos o nascimento pré-termo o recém-nascido será encaminhado para a UTIN (Unidade de Terapia Intensiva Neonatal), que é um ambiente totalmente diferente do ventre materno, onde será mantido em uma incubadora, em posição oposta à que estava no útero, com membros inferiores e superiores estendidos, de forma favorável à manipulação por parte dos profissionais de saúde, no entanto, esta manipulação frequente, com o objetivo de obter a recuperação fisiológica do bebê, gera um estresse para o mesmo.5,6
A manipulação pode ser definida como intervenções físicas realizadas no paciente para fins de monitoramento, terapia e cuidados, sendo elucidado por algumas literaturas como qualquer gesto que resulte em estresse clínico para o recém-nascido, onde muitas vezes são realizados procedimentos dolorosos, sem os cuidados adequados para a diminuição do estresse e dor, o que resulta em um gasto energético, que reflete negativamente em termos fisiológicos.7-9
Nesse ambiente com estímulos luminosos em abundância e manejo incessante pelos profissionais, os recém-nascidos ganham uma alta sobrecarga sensorial, o que leva a estresse e déficits nos sistemas respiratório, neurológico e sensorial, sendo estes fatores que sobrecarregam as famílias, a sociedade e o sistema de saúde.5,9
Portanto, neste ambiente é de extrema importância haver a humanização (assistência que propõe entregar um cuidado em equipe de forma acolhedora, segura e eficaz ao recém-nascido e seus responsáveis), deixando de lado a assistência robótica e rotineira.10,1
O fisioterapeuta é um profissional importante dentro da humanização, tendo em vista que as suas condutas devem ser baseadas em evidências, visando a recuperação fisiológica mas deve-se levar em consideração que ele está agindo diante de um ser-humano que tem direito a um atendimento digno, independente de sua situação social, agindo de forma empática, respeitosa e ética.11,12
1.1 Humanização e fisioterapia na UTIN
A internação em uma UTIN costuma ser algo assustador para os familiares do recém-nascido, devido ao que esse ambiente transmite a eles, podendo remeter até mesmo a idéia de morte, devido aos casos graves que são atendidos nesse setor, fazendo-se necessário uma abordagem clara, humana e eficaz para que os responsáveis sintam-se seguros em deixar o seu bebê nesse ambiente.13,14
A Política Nacional de Humanização (PNH), juntamente com o Ministério da Saúde, nos propõe um Sistema Único de Saúde (SUS) com qualidade nos serviços de atenção à saúde, de forma digna para todos, no entanto, com o avanço tecnológico deixamos cada vez mais as relações humanas de lado, desumanizando a assistência, tornando o profissional frio, objetivo e rotineiro.15,16
Para os profissionais da fisioterapia, faz-se necessário o resgate do uso da terapia manual, onde trará reabilitação, conforto e humanização, deixando de lado, ou até mesmo podendo associar o uso das mãos às máquinas, tornando o tratamento mais humano, pois a relação entre profissional e paciente influencia no tratamento, sendo que para essa relação ser constituída o fisioterapeuta deve ser presente, receptivo, genuíno e comprometido.16,17 Na assistência ao recém-nascido, a humanização é mais direcionada ao prematuro de baixo peso e ao pré-termo internado em UTIN, com promoções direcionadas ao ambiente sensorial, trabalhando a quantidade adequada de luz, som e manipulações, pois são fatores de estresse ao bebê, onde desencadeiam gastos calóricos desnecessários e que farão falta em seu desenvolvimento e recuperação fisiológica. 10
Levando em consideração tais fatos decorrentes do nascimento prematuro e da internação neonatal, existem diversos métodos dentro da UTIN, voltados à humanização, desenvolvimento do bebê e acolhimento de seus familiares, como por exemplo: Método Canguru, Redeterapia, Amamentação, Banho de Ofurô e o Polvo de Crochê.15-18
Dentre os métodos citados acima será abordado o método canguru e o polvo de crochê.
Caso o RN esteja em ventilação mecânica ou apresente secreção pulmonar, o fisioterapeuta irá realizar condutas voltadas a higiene brônquica, reexpansão pulmonar e conforto respiratório antes que esse bebe realize tais técnicas, sendo assim o fisioterapeuta possui uma importante função durante a aplicação do método, onde cuida do padrão respiratório e do posicionamento do bebê.19,25
1.2 Método Canguru
No Instituto Médico Infantil de Bogotá, Colombia, durante o ano de 1970, os médicos neonatologistas, Edgar Rey Sanabria e Héctor Martínez, criaram o Método Canguru (MC), com o objetivo de minimizar a mortalidade e a superlotação nas UTIN.20,21
O Método Canguru consiste em manter o recém-nascido após a estabilização clínica, em contato pele-a-pele de forma precoce, prolongada e contínua, com a mãe ou responsável, esse contato proporciona maior vínculo afetivo entre mãe e bebê, promovendo maior estabilidade térmica, melhor desenvolvimento fisiológico o que resulta na redução do tempo de internação, esta é considerada a técnica mais conceituada no manejo do prematuro, globalmente estudada e que vem se mostrando ao passar dos anos ser um método seguro e eficaz favorecendo uma boa assistência humanizada ao recém-nascido e sua família, devido ao seu baixo custo e simplicidade, podendo ser realizada até mesmo em hospitais e clínicas com baixo orçamento.22,23
Em muitos casos o recém-nascido pode ficar internado durante algumas semanas e a mãe não consegue realizar o método canguru devido a patologias infecto-contagiosas ou sinais vitais irregulares, quando o contato através do MC não é possível, precisamos de outras técnicas voltadas à humanização e tratamento fisiológico, devido a esse fato foi desenvolvido por voluntários em 2013, na Dinamarca, um projeto chamado Octo Project, onde é confeccionado polvos de crochê, no intuito de levar conforto aos bebês e seus familiares. 23,28
1.3 Polvo de Amor
O método teve início no natal de 2012 quando um pai entrou em contato com um renomado tecelão dinamarquês Josefine Hagen Solgaard, a fim de tecer um polvo para sua filha, que nasceu prematuramente de uma cesariana de emergência, quando o polvo foi alocado com a recém-nascida dentro da incubadora, foi observado que o polvo auxiliava com que ela não puxasse os fios e sondas conectados a ela, pois estava em contato com os tentáculos do polvo, o que supostamente a deixou calma, duas semanas depois nasceu o projeto spruttengruppen, que com o auxílio de artesãs voluntárias distribui até a presente data milhares de polvos de forma gratuita a hospitais dinamarqueses.28,30
Profissionais relatam que quando o polvo de crochê é posicionado com o bebê dentro da incubadora, os tentáculos do crochê lembram o cordão umbilical o que faz com que, eles se sintam acolhidos e seguros, resultando na estabilização da respiração e frequência cardíaca, o polvo fica envolto aos braços do neném reduzindo o risco de puxarem tubos de alimentação, ventilação e fios de monitores.28,34
A ONG Prematuridade, trouxe a iniciativa para o Brasil no ano de 2017, onde batizou o projeto de ‘’Um Polvo de Amor’’, devido ao que esse método simboliza; amor, cuidado e humanização. Hospitais de Brasília, Rio Grande do Sul e São Paulo aderiram à técnica e todos observaram fatores em comum, os recém-nascidos ficaram mais calmos, mostraram melhoras nas funções cardíaca e respiratória, saturação sanguínea, pressão arterial e ganho de peso.29,34
Os polvos são frutos de doações de artesãs, onde não traz custos ao hospital ou clínica, sendo assim, é uma técnica de baixo custo, esses doadores possuem uma receita exata, no qual todos os polvos devem ser produzidos na mesma medida e materiais, assim que encaminhados ao hospital são selecionados pelo coordenador responsável pelo projeto e são esterilizados em autoclave antes de entrarem em contato com o bebê, a higienização do polvo é realizada todos os dias ou sempre que necessário.28-30
2. Objetivo
Avaliar os benefícios da humanização em recém-nascidos prematuros na UTIN através do uso de polvo de crochê.
3. Métodos
Este estudo trata-se de uma revisão literária, realizada na base de dados PubMed, SciELO, LILACS, BVS. Foram utilizados como critérios de inclusão artigos com foco nos benefícios do uso de polvos de crochê para humanização e reabilitação de bebês prematuros internados em unidade de terapia intensiva, no período de 2013 a 2022, com as seguintes palavras-chave: octopus, recém-nascido prematuro, unidade de terapia intensiva neonatal, humanização, Fisioterapia, Método Canguru.
4. Resultados
Autor/ano | Título | Objetivo | Métodos | Resultados | Conclusão |
Moura M, Lins S, Soriano A, 2018.19 | Um polvo de amor: uma experiência de trabalho voluntário. | Retratar a aplicação de polvos de crochê em bebês na UTIN e a integração de artesãos voluntários para sustentar o programa no departamento Neonatal do Distrito Federal. | Uma parceria foi firmada com os artesãos da Torre de TV para sustentar o projeto, onde garantem a produção dos polvos a todos os serviços públicos e privados do Distrito Federal que queiram implementar o projeto. | O projeto atendeu 4 hospitais públicos e 3 hospitais privados do Distrito Federal entre março de 2017 e fevereiro de 2018, distribuindo um total de 1.500 polvos de crochê. | Consolidar o projeto de doação e depois criar um ensaio clínico monitorando os sinais vitais do recém-nascido antes e depois da exposição ao polvo, verificando a frequência cardíaca, frequência respiratória, saturação periférica de oxigênio e escalas de dor. |
Coelho B, Junior R, 2019.28 | Utilização do Octopus como recurso de humanização na resposta imediata dos sinais vitais de prematuros na unidade de terapia intensiva. | Averiguar como a frequência respiratória, cardíaca e a saturação de prematuros em UTIN, responderá após entrarem em contato por 10 minutos com os polvos de crochê. | Estudo observatório, com amostragem por conveniência em 10 prematuros, permitido por seus responsáveis no hospital Portinari, em São Paulo/SP e aprovado pelo comitê de ética de Mogi das Cruzes, São Paulo/SP. | A exposição aos polvos de crochê durante 10 minutos não trouxe melhoras significativas mas também não resultou em impactos negativos para os prematuros. | Conclui-se que o uso pelo período de 10 minutos não trouxe mudanças consideráveis e não há risco na utilização, sendo necessário maiores estudos referente ao tempo de exposição e com um número maior de prematuros para respostas mais concretas. |
Grando L, Coldebella V, 2019.29 | A implantação e avaliação do projeto aeropolvo no atendimento Neonatal do serviço aeromédico no oeste do Paraná. | Apresentar e avaliar o projeto Aeropolvo, onde são utilizados polvos de crochê em incubadoras durante o transporte aéreo. | Estudo transversal com abordagem descritiva retrospectiva, como amostra tivemos 20 prematuros atendidos de setembro de 2017 a abril de 2018. | A maioria dos prematuros atendidos tiveram melhora significativa na elevação da saturação, estabilização da frequência respiratória e redução na escala de dor, não houve piora em nenhum dos quadros. | Devido a melhora nos sinais vitais, e redução de faces de dor, conclui-se que tivemos um resultado positivo e será dada continuidade e ampliação ao projeto. |
Siqueira ACF, Barbosa PRO, Silva LJ, Porto FR, 2019. 30 | Uso do polvo de crochê em prematuros na unidade neonatal: uma análise de notícias eletrônicas. | Verificar argumentos de notícias eletrônicas em relação a implementação do polvo de crochê na UTIN do Brasil. | Pesquisa documental exploratória e qualitativa, onde foram utilizadas 21 notícias de mídias eletrônicas do ano de 2017 a 2018. | As notícias entram em um consenso que após o uso do polvo com os bebês, ocorre a estabilização das funções respiratória, cardíaca, aumento de peso e oxigenação. | As mídias nos mostram resultados eficazes e em comum em diferentes hospitais que aderiram ao método, no entanto, não é citado estudos científicos que comprovem a eficácia da técnica. |
Silva PMS, Melo RHB, Silva LF, 2022.31 | Informação em saúde: práticas de humanização em uti neonatal e seus impactos a partir das rotinas e condutas na recuperação dos recém-nascidos. | Observar qual o impacto de técnicas de humanização como, Octopus, mãe canguru, redes de balanço e o ninho em bebês internados em UTIN. | Revisão de literaturas que trazem condutas de humanização dentro da UTIN. | Foram selecionados 16 artigos que nos descrevem a importância do cuidado humanizado e o impacto positivo em bebês em UTIN. | Mostrou-se que o cuidado humanizado, potencializa a recuperação fisiológica do bebê e beneficia não só o recém-nascido como a sua família. |
Garcia MCR, Ferreira PF, 2017.32 | Octo project: Um Polvo por amor aos bebês prematuros. | Entender mais e levar ao conhecimento de outros profissionais sobre a importância e eficácia do uso dos polvos de crochê em prematuros. | Revisão de literatura sobre o método do polvo de crochê. | O uso do polvo trouxe estabilização dos sinais vitais dos prematuros e melhora fisiológica. | Verificou-se que os polvos trazem aconchego, auxiliando na recuperação e evolução fisiológica do bebê, no entanto faz-se necessário maiores estudos comprobatórios a respeito do método. |
Martins CDFHS, Costa SC, Melo AG, Torres ASP, 2022.33 | Humanização e cuidados de enfermagem ao recém-nascido prematuro em unidade de terapia intensiva neonatal. | Realizar uma revisão integrativa de literaturas a fim de abordar cuidados humanizados com prematuros em UTIN. | Revisão integrativa de literatura, de 19 artigos com a temática; Polvo de crochê, mãe-canguru, sucção não nutritiva, rede de balanço e banho de imersão enrolado. | Verificou-se que a humanização é de grande importância para prematuros internados em UTIN | Conclui-se que a humanização reduz ou evita consequências ruins desencadeadas pela internação. |
Echeverri MTBE, Bradford AMDH, Marin S, Orozco S, 2021.34 | Sistematización de la experiencia pulpos para neonatos instituto Roosevelt Bogotá-Colombia. | Averiguar os benefícios dos polvos de croche como um tratamento não medicamentoso. | Relato de experiência, através de entrevistas com 23 pessoas relacionadas ao projeto dentro do Instituto Roosevelt, durante março e julho de 2021. | Os entrevistados relacionam a melhora fisiológica, com a alusão que os tentáculos do polvo lembram ao bebê o cordão umbilical, o que traz conforto e estabilização clínica. | Mostraram a importância de relatar suas experiências, a fim de expandir e aperfeiçoar o método através de novos estudos, para se obter uma conduta eficaz com o recém-nascido. |
5. Discussão
A internação é algo extremamente estressante, devido a alta carga sensorial, gerando prejuízos para o desenvolvimento do neonato.5 Pensando em reduzir fatores estressantes, Coldebella V, et al 2019, realizou um estudo com 20 bebês, que estavam em incubadoras, durante o transporte aéreo, associando o uso dos polvos de crochê com abafadores auriculares neonatais, e constatou que nenhum recém-nascido apresentou faces de dor e não houve alterações fisiológicas negativas.29
Silva PMS, et al 2022, cita que nem todos os profissionais concordam com a presença 24 horas por dia dos pais dentro da UTIN, devido a algumas desvantagens, como, aumento da probabilidade de infecções, aumento do ruído, e a forma como alguns pais lidam com a preocupação de seu filho internado, podendo muitas vezes, atrapalhar ou atrasar, uma conduta necessária para a o bem estar do neonato.31 Pensando em diminuir fatores de estresse e confortar a família, aumentando o vínculo, a confecção dos polvos pode ser realizada pelo familiar, com o auxílio de artesãos voluntários, e com isso o familiar irá sentir que fez algo que ajudará o neném e que estará o tempo inteiro com ele dentro da incubadora, e irá reduzir os riscos do contato com o bebê internado.30
Infecções hospitalares por, bactérias, vírus ou fungos, podem ser de grande risco para um bebê prematuro, podendo levá-lo ao óbito.33 Não há registros de casos de infecção devido ao uso do polvo, sendo que cada hospital possui suas normas internas de desinfecção, autores como, Garcia MCR, et al 2017 e Echeverri MTBE, et al 2021, citam que é realizado esterilização, antes do polvo entrar em contato com o bebê, 1 vez ao dia ou sempre que necessário.32,34
De acordo com os autores, Moura M, et al 2018, o polvo de crochê é um brinquedo, onde terá como função o estímulo precoce intra-hospitalar, para impulsionar o desenvolvimento tátil, sensorial e visual do recém-nascido prematuro, no entanto, Coelho B, et al 2019, nos traz que o principal objetivo é acalmar o recém nascido, por meio do tátil, onde o bebê irá associar os tentáculos do crochê ao cordão umbilical, reduzindo a frequência cardíaca e respiratória, assim, o estabilizando.19,28
6. Conclusão
Os artigos existentes sobre o tema, se alinham em relação aos benefícios do uso do polvo em incubadoras, sendo eles, aconchego, redução de face de dor, estabilização dos sinais vitais, ganho de peso, e o auxílio para que o bebê não puxe os fios e sondas ligado a ele, no entanto, faz-se necessário estudos abordando a relação entre a atuação fisioterapêutica, além de pesquisas demonstrando a sua eficácia e benefícios do método.
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1Acadêmica do Curso de Fisioterapia, UNIFACCAMP – Campo Limpo Paulista, SP
2Mestre em Neurologia e Neurociência – Unifesp. Professora do Curso de Fisioterapia, UNIFACCAMP – Campo Limpo Paulista, SP