THE BENEFITS OF PHYSIOTHERAPY IN ACTIVE LABOR: LITERATURE REVIEW
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102411251720
Thaís de Souza Failage Costa1
Thaiana Bezerra Duarte2
RESUMO
Introdução: O parto, sendo um momento ímpar, deve ser acompanhado desde o início da gestação, garantindo segurança para a parturiente na hora do trabalho de parto, devendo ser tratado como um processo fisiológico natural que ocorre no corpo humano da mulher durante o nascimento. Por isso, é importante que a humanização e o cuidado no trabalho de parto sejam realizados de forma a tornar a experiência vivida inclusiva e tornando a parturiente protagonista através de recursos não farmacológicos orientados por um profissional da área de fisioterapia para reduzir o desconforto decorrente do trabalho de parto e auxiliar no controle das alterações musculoesqueléticas provenientes da gestação. Objetivos: Analisar as contribuições da fisioterapia no trabalho de parto ativo e conscientizar sobre a importância do acompanhamento fisioterapêutico. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão de literatura, onde foram realizados análise sobre conceitos, condutas e protocolos selecionados sobre a intervenção fisioterapêutica no trabalho de parto ativo, com a seleção de 3 estudos realizados através de busca de publicações nas bases de indexação de dados Pubmed, Scielo e Capes com a intenção de responder a seguinte pergunta: Qual a importância do fisioterapeuta no trabalho de parto ativo ? Resultados: Constatou-se a importância da fisioterapia para reduzir dores e desconfortos, além de facilitar o posicionamento da parturiente a fim de contribuir para que ela se torne protagonista no processo de parto, reduzindo, consequentemente, tanto a duração quanto a intensidade da dor durante a fase ativa do trabalho de parto. Conclusão: Reconhece-se que o profissional de fisioterapia tem um papel de extrema importância e significância no atendimento as mulheres no período de trabalho de parto ativo e que a redução do tempo do trabalho de parto e quadro álgico é bastante significativa.
Palavras-chaves: “Parturiente”; “Fisioterapia”; “Parto Humanizado”; “Parto”; “Assoalho Pélvico”.
ABSTRACT
Introduction: Birth being na unusual moment, should be accompanied from the beginning of gestation. Ensuring safety for the child at the time of labor, and should be treated as a natural physiological process that occurs in the human body of the woman during birth. Therefore, it is important that the humanization and care in childbirth are carried out in such a way as to make the experience lived inclusive and making the parturient the protagonist throuth non-pharmacological resources guided by a professional in the field of physiotherapy to reduce the discomfort resulting from labor and help in the control of the musculoskeletal changes from pregnancy. Objectives: Analyze the contributions of physiotherapy in active labo, as well as to identity the main difficulties of the parturing woman during active labor and to raise awareness about the importance physical therapy follow-up.Material and Methods: This is a review of the literature, where analyses were carried out on the concepts, behaviors and protocols selected on physiotherapeutic intervention in active labor, with the selection of the studies conducted through the search of publications in the databases indexing with the intention Pubmed, Scielo and Capes of answering the following question: What is the importance of the physical therapist in the active labor ? Results: I try through this study to verify the importance of physioterapy to reduce de pain and discomfort, help in the positioning of the child, in order to contribute so that she becomes an active element in the delivery process consequently reducing both the duration and intensity of pain during the active phase of labor. Conclusion: It is recognized that the physioterapy professional has na extremely important and significant role in caring for women during the period of active labor and that the reduction in labor time and pain is quite significant.
Keywords: “Parturient”; “Physiotherapy”; “ Part”; Humanized Part”; “Pelvic Floor”.
1.INTRODUÇÃO
A transição da mulher para a maternidade é um dos momentos mais significativos da vida humana, logo após o nascimento, fazendo com que não seja só um bebê que nasce, mas sim a continuidade da vida humana.(Scarton et al.2015).
Devido à sua natureza singular, o parto deve ser monitorado desde o início da gestação, proporcionando maior segurança e serenidade para a gestante durante o trabalho de parto. (Leite et al. 2018).
O parto deve ser tratado como um fenômeno natural e fisiológico que acontece no corpo. Com o objetivo de proteger esse aspecto, surgiu o conceito de parto humanizado, que envolve a adoção de práticas e protocolos voltados para garantir um parto saudável, além de reduzir os índices de morbidade e mortalidade materna e perinatal. (Freitas et al., 2017).
É de extrema importância ,a humanização e o cuidado durante o trabalho de parto para as parturientes essenciais para as mulheres que se encontram prestes a dar à luz, assegurando que essa vivência seja respeitosa e inclusiva. Dessa forma, a mulher em trabalho de parto ocupa o papel central nesse contexto, desafiando a noção de que não é capaz de dar à luz de maneira fisiológica e que seus anseios não têm valor (Santos et al., 2018).
Com a intenção de proporcionar um bem estar físico e psicológico, o fisioterapeuta auxilia para o alívio das dores, favorecendo o alongamento e o fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico (MAP). Isso ajuda a prevenir possíveis complicações durante o parto, por meio de métodos e orientações específicas. São oferecidos exercícios pélvicos e respiratórios, além da aplicação de estimulação elétrica transcutânea (TENS) para reduzir o desconforto e a dor associados ao trabalho de parto (Freitas et al., 2017).
Devido ao aumento expressivo do números de cesarianas no Brasil, é de extrema relevância que as mulheres consigam compreender que a fisioterapia pode ser uma alternativa que não só favorece o parto fisiológico, como também reduz o quadro álgico da dor de maneira significativa e intercorrências ao longo da experiência do trabalho de parto. Portanto, esse estudo tem como objetivo revisar a literatura cientifica para analisar a importância da fisioterapia no trabalho de parto ativo.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Este é um estudo de natureza bibliográfica. As fontes consultadas para esta pesquisa incluem artigos disponíveis nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO), PubMed e Capes. As palavras-chave utilizadas, tanto em inglês quanto em português, são: Trabalho de parto, Fisioterapia, Saúde da mulher e Parto Humanizado. O período de busca abrange de agosto a setembro de 2024.
O artigo teve como objetivo, por meio de uma revisão da literatura, avaliar a relevância da fisioterapia no processo de trabalho de parto ativo, com ênfase em abordagens não farmacológicas. O estudo baseou-se em investigações e análises conduzidas no Brasil durante os últimos oito anos. Assim, as publicações escolhidas cobrem o período de 2017 a 2023, levando em conta a limitada quantidade de trabalhos disponíveis sobre o tema.
Os requisitos adicionais para inclusão consistiram em artigos publicados em português e inglês que discutissem a aplicação dos métodos durante o trabalho de parto. Por outro lado, os critérios para exclusão abrangeram estudos duplicados e aqueles publicados antes de 2017.
3. RESULTADOS
Figura 1 – Fluxograma das etapas realizadas no processo de revisão de literatura
Para facilitar a compreensão do tema central deste estudo, foram analisados artigos que abordam a fisioterapia e o trabalho de parto ativo. Foram identificados três estudos relevantes para esta revisão, localizados nas bases de dados e nos idiomas listados a seguir (Quadro 1). Os resultados obtidos estão organizados no Quadro 1, que apresenta a caracterização das obras de acordo com: autor, ano, tipo de estudo, objetivo, metodologia utilizada e resultados.
Quadro 1. Características dos estudos que avaliaram a eficácia da Fisioterapia no trabalho de parto ativo.
Autor/Ano | Tipo de Estudo | Objetivo | Metodologia | Resultados |
Keil, et al (2022) | Estudo qualitativo | Analisar como as gestantes percebem o papel da fisioterapia. | A análise foi conduzida utilizando a técnica de análise de conteúdo sugerida por Bardin, cuja finalidade é identificar e categorizar as declarações presentes nos dados analisados. Esse processo possibilita compreender as inter-relações entre as informações e inferir as intenções e opiniões dos autores ou dos participantes. | As gestantes relatam que os fisioterapeutas atuam na redução da dor. |
Borba, et al (2021) | Pesquisa Qualitativa | Analisar a efetividade de abordagens não medicamentosas para o manejo da dor. incluindo exercícios de mobilidade pélvica e posturas eretas, entre outras. | Foram empregados diversos métodos não medicamentosos, como o uso de bola suíça, compressas e massagens. | As participantes relataram uma série de benefícios, destacando a redução da ansiedade e da dor. |
Barros, et al (2017) | Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória | Objetivo de valorizar a autonomia feminina no processo de parto, utilizando ativamente o corpo e métodos não farmacológicos para o alívio da dor. | As puérperas participaram da pesquisa descreveram sua vivência do parto e o suporte fisioterapêutico que receberam durante o trabalho de parto. | Os achados dos estudos indicam que, na visão das puérperas, a intervenção fisioterapêutica auxilia na diminuição da dor, da ansiedade e favorece o relaxamento. Além disso, essa abordagem contribui para o suporte emocional, promovendo maior confiança e segurança, o que resulta em uma experiência de parto mais positiva e humanizada. |
Um total de 34 mulheres participaram dos três estudos. O estudo que foi conduzido por Barros et al. (2017) contou com a maior quantidade de participantes, sendo 7 multíparas e 8 primíparas. No estudo de Borba et al. (2021), foram entrevistadas 12 puérperas, enquanto a investigação de Keil et al. (2022) incluiu 7 mulheres. De acordo com os dados de Keil et al. (2022), as participantes apresentavam idades entre 18 e 35 anos, com idade gestacional de até 42 semanas. Elas receberam atendimento fisioterapêutico e utilizaram métodos não farmacológicos para o alívio da dor, como a termoterapia e a estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS). As intervenções foram realizadas conforme as preferências das participantes parturientes. Por outro lado, a pesquisa realizada por Borba et al. (2021) incluiu puérperas a partir de 18 anos e com idade gestacional superior a 37 semanas de gestação de feto único, que empregaram métodos não farmacológicos, como exercícios de mobilidade pélvica e posturas em pé durante o trabalho de parto ativo. Já o estudo de Barros et al. (2017) concentrou-se em parturientes que apresentavam 4 cm de dilatação e estavam em trabalho de parto, progredindo para o parto normal, utilizando técnicas de cinesioterapia, posições verticais, deambulação, bola suíça e massoterapia.
Todas as investigações empregaram questionários para mapear as características demográficas, socioeconômicas e o histórico obstétrico das participantes. As questões abordaram dados referentes ao processo de parto, além de investigar os benefícios da diminuição da dor, das lesões e da redução do tempo de trabalho de parto proporcionadas pela intervenção fisioterapêutica.
No estudo realizado por Keil et al. (2022), as mulheres em trabalho de parto viam os fisioterapeutas apenas como uma opção, percebendo a fisioterapia como uma alternativa para aliviar a dor e preparar o corpo para o parto. Conforme destacado por Borba et al. (2021), a atuação da fisioterapia mostrou-se muito significativa, especialmente para aquelas que haviam enfrentado partos anteriores sem esse suporte. Da mesma forma, Barros et al. (2017) relataram que todas as mulheres que já haviam tido múltiplos partos não contaram com suporte de fisioterapia, mas concordaram que essa prática deveria ser uma parte integrante do processo de trabalho de parto, com base em suas vivências.
4. DISCUSSÃO
A escassez de dados nas bases informacionais pode constituir um obstáculo significativo para a investigação, pois limita tanto a profundidade quanto a extensão da análise realizada. Apesar dessa restrição inicial, existem métodos alternativos que podem ser empregados para enriquecer a pesquisa e garantir uma análise mais robusta e fundamentada.
Durante a gestação, as mulheres passam por uma série de mudanças físicas e emocionais relevantes. Essas transformações podem impactar não apenas a saúde da mãe, mas também sua experiência durante o parto. Keil et al. (2022) salientam que a atuação do fisioterapeuta no contexto do trabalho de parto está adotando uma nova perspectiva, ao incorporar estratégias psicossociais que buscam proporcionar suporte emocional e psicológico às mulheres nesse momento tão significativo.
A função do fisioterapeuta durante o parto é essencial, uma vez que esse especialista detém conhecimentos aprofundados sobre a anatomia e o funcionamento do corpo humano. Isso lhe permite guiar as mulheres grávidas em relação aos movimentos e posições que podem favorecer o avanço do trabalho de parto. Ademais, a fisioterapia disponibiliza várias opções não medicamentosas para o alívio da dor, incluindo técnicas de respiração, posturas corretas, alongamentos e massagens, que podem contribuir para oferecer conforto e tranquilidade à gestante.
A análise do estudo de Borba et al. (2021) destaca a importância do apoio emocional e prático no período pós-parto. As mães que recentemente deram à luz mencionaram que a presença de um profissional de saúde ou de um familiar foi crucial para sua adaptação e recuperação. As orientações e o conhecimento sobre como maximizar o tempo e as intervenções do fisioterapeuta foram vistos como fundamentais para o bem-estar.
O estudo de Barros et.al (2017) enfatiza o crescimento na utilização de intervenções invasivas, como a administração de ocitocina por via intravenosa e a ruptura artificial das membranas, com o objetivo de apressar o processo de parto. No entanto, a implementação dessas intervenções pode trazer riscos e efeitos colaterais indesejados tanto para a parturiente quanto para aquele bebê que está chegando. Portanto, a investigação de alternativas não farmacológicas, que podem oferecer alívio durante o trabalho de parto sem os efeitos adversos associados aos medicamentos, é destacada como relevante no presente estudo.
A atuação do fisioterapeuta durante o trabalho de parto é fundamental para promover apoio e serenidade para a parturiente. De acordo com Barros et al. (2017), a atuação desse profissional não apenas oferece suporte físico, mas também emocional, ajudando a mulher a se sentir mais amparada e segura durante um momento tão intenso e vulnerável.
No estudo de Keil et al. (2022), fica claro que muitas mulheres em trabalho de parto apresentam um considerável desentendimento acerca da função do fisioterapeuta nesse processo. Um exemplo que evidencia essa falta de entendimento é a afirmação de uma parturiente que disse:
“ Ah, eu acho que … como posso dizer…ajuda preparar para o parto a posição…desde a sentir dor …de como andar…aliviar essa dor…essas coisas. (Gestante 6).
No estudo de Borba et al. (2021), as participantes expressaram que a experiência do parto muitas vezes não correspondeu às suas expectativas prévias. Uma puérpera, ao compartilhar sua vivência, descreveu o parto como um momento intenso e transformador, repleto de emoções contraditórias. Ela afirmou que, apesar de ter se preparado mentalmente para a experiência, o que realmente enfrentou foi uma combinação de dor, surpresa e alegria, que a fez perceber a força que não sabia que possuía. Essa narrativa ilustra como cada parto é uma vivência única e pessoal, onde as expectativas podem ser superadas ou desafiadas pela realidade do momento.
“ Eu acho que foi, (…) bem diferente do que eu imaginava que fosse, né, do que as pessoas falavam, eu achava que era bem mais tranquilo (…) eu acho que é uma coisa (…) emocionante (…) vai de cada pessoa pra sabe como é que vai se com cada um, acho que é uma experiência única. (P8);”
O estudo de Barros et al. (2017) destaca a importância da atuação da fisioterapia no processo de parto, evidenciando que todas as parturientes entrevistadas não tiveram acompanhamento fisioterapêutico em partos anteriores, mas reconhecem a relevância dessa assistência no trabalho de parto atual. Esses dados sugerem uma lacuna no suporte oferecido às gestantes e indicam uma demanda crescente por uma abordagem mais integrada, onde a fisioterapia desempenha um papel fundamental na promoção de um parto mais seguro e menos doloroso. A inclusão de profissionais de fisioterapia pode não apenas melhorar a experiência da parturiente, mas também contribuir para melhores desfechos maternos e neonatais, reforçando a necessidade de políticas de saúde que considerem essa prática como essencial no cuidado perinatal.
Os métodos não farmacológicos destacados nas pesquisas mostram uma estratégia abrangente e eficaz para o controle da dor durante o parto. A integração de técnicas como termoterapia, utilização da bola suíça e estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) não só ajuda a aliviar a dor, mas também torna a experiência do parto mais agradável e menos traumatizante. A movimentação e as posições verticais favorecem a evolução do parto, enquanto a massagem e os exercícios complementam essa abordagem. os respiratórios ajudam a relaxar e empoderar a parturiente. Além dos benefícios físicos, a presença do fisioterapeuta desempenha um papel crucial no apoio emocional, proporcionando segurança e conforto às gestantes. O suporte psicológico, aliado ao conhecimento técnico do profissional, pode auxiliar significativamente na redução da ansiedade e no fortalecimento da confiança da mulher em seu corpo e no processo de parto. Dessa forma, a atuação do fisioterapeuta se torna imprescindível, não apenas como um prestador de cuidados, mas como um agente de mudança na percepção e vivência do parto, tornando essa experiência um momento mais saudável e gratificante para mães e bebês. É fundamental que as equipes de saúde reconheçam e integrem esses profissionais nos cuidados perinatais, visando promover um parto mais humanizado e respeitoso.
5. CONCLUSÃO
Diante do que foi apresentado, é crucial reconhecer a relevância do fisioterapeuta no cenário do trabalho de parto. O atendimento integral que o fisioterapeuta proporciona é fundamental para que as mulheres se sintam mais preparadas e seguras durante este momento tão marcante. Assim, a atuação dessa profissão é não apenas importante, mas pode ser transformadora na vivência do parto.
A orientação fisioterapêutica durante o trabalho de parto exerce uma função essencial na vivência desse momento único na vida daquela parturiente. Por meio da implementação de técnicas não farmacológicas, como a terapia manual, técnicas respiratórias, mobilização e realizar o posicionamento apropriado. O fisioterapeuta tem a capacidade de transformar a experiência de dor e ansiedade, criando um ambiente mais acolhedor e seguro para a parturiente.
Essas intervenções não apenas reduzem o desconforto, mas também realizam a promoção da liberação de hormônios benéficos ao processo de parto, como a ocitocina que tem o papel de realizar a contração uterina. Essas ações, portanto, são fundamentais para o bem-estar da parturiente e para a eficácia do trabalho de parto. A assistência fisioterapêutica durante a parturição, de fato, desempenha um papel fundamental na experiência do parto.
Esse apoio especializado e individualizado é crucial para promoção de bem-estar e facilitação do processo. A implementação de abordagens não farmacológicas, tais como terapia manual, exercícios respiratórios, mobilização e posicionamento apropriado, o fisioterapeuta pode efetivamente atenuar a dor e a ansiedade, promovendo um ambiente que se torna mais confortável e seguro para a aquela parturiente.
Essas intervenções são fundamentais na melhoria do bem-estar durante toda a gestação e o período de trabalho de parto . Elas não apenas realizam a diminuição do desconforto, mas também promovem a liberação de hormônios que potencializam o processo de parto, como a ocitocina.
Além disso, a intervenção fisioterapêutica estabelece uma ligação extremamente profundo entre a mulher e seu corpo , fazendo com que ela consiga compreender todo processo e desfrutar daquele momento de forma positivo sem gerar apreensões e realizar um parto satisfatório e memorável .
A atuação do fisioterapeuta é crucial para promover a interação da gestante com seus acompanhantes, fazendo com que haja um ambiente tranquilo e que favoreça o suporte social e emocional. Isso pode ser fundamental para a construção de uma experiência positiva e memorável. Em síntese, a intervenção fisioterapêutica no contexto do partos não apenas otimiza a dimensão física do processo, mas também potencializa a experiência da mulher em um dos momentos mais significativos de sua vida.
Reconhece-se que o profissional de fisioterapia tem um papel de extrema importância e significância no atendimento as mulheres no período de trabalho de parto ativo. O trabalho desse profissional é notório e indispensável para redução do quadro álgico e também para o suporte de uma maneira mais amplificada abrangendo não só o físico, mas também o psicológico. O uso de abordagens com métodos não farmacológicos como relaxamento, exercícios respiratórios e orientações sobre posicionamento trazem um resultado expressivo com a redução da duração do trabalho de parto e intercorrências fazendo com que a experiência seja satisfatória para mãe para o bebê.
REFERÊNCIAS
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1 Discente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário do Norte – UNINORTE.
2 Doutorado em Reabilitação e Desempenho Funcional, Docente do Curso de Fisioterapia e Fonoaudiologia do Centro Universitário do Norte – UNINORTE e do Curso de Medicina da Afya Faculdade de Ciências Médicas Itacoatiara.
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