OS BENEFÍCIOS DA DIETA DO MEDITERRÂNEO: UMA DIETA PARA LONGEVIDADE

THE BENEFITS OF THE MEDITERRANEAN DIET, A DIET FOR LONGEVITY

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102412071759


Elon Dutra da Silva1
Pedro Arthur Prado de Amorim1
Gabriel coelho dos Santos1
Francisca Marta Nascimento de Oliveira Freitas2
David Silva dos Reis3


RESUMO

A alimentação mediterrânea tem sido amplamente relacionada à promoção do bem-estar e ao prolongamento da vida. Este trabalho buscou estimar os efeitos dessa dieta na expectativa de vida e na prevenção de doenças, com foco em evidências recentes. A pesquisa utiliza as bases de dados como PubMed, Scielo, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Cochrane Library, considerando artigos publicados nos últimos cinco anos. Os descritores utilizados incluíram “dieta do mediterrâneo e longevidade”, “zonas azuis” e “doenças crônicas não transmissíveis (DCNT)”.O modelo da dieta mediterrânea (MedDiet) atende a vários critérios que a qualificam como uma dieta saudável e de alta qualidade, destacando-se entre outros padrões alimentares. Desde os estudos iniciais de Ancel Keys, uma crescente evidência tem mostrado que a MedDiet pode ter um impacto positivo significativo na saúde e na longevidade. Embora outros padrões alimentares tenham sido analisados, nenhum apresenta evidências tão robustas em termos de redução da mortalidade e da incidência de DCNTs associadas ao envelhecimento. Em contrapartida, dietas de baixa qualidade têm sido identificadas como uma das principais causas de morte e incapacidade globalmente, afetando não apenas a saúde física, mas também o bem-estar mental e emocional das populações.Após a análise de diversos estudos, observou-se uma melhora estatisticamente significativa em indivíduos que adotaram a dieta mediterrânea, evidenciando sua eficácia na prevenção de doenças e promoção da saúde. Esses resultados reforçam a importância da MedDiet como uma intervenção dietética valiosa para o envelhecimento saudável e sustentável, proporcionando benefícios que vão além da longevidade, incluindo a melhoria da qualidade de vida e a redução do risco de doenças degenerativas.

Palavras-chave:  Dieta do mediterrâneo, longevidade, diabetes e doenças crônicas não transmissíveis.

ABSTRACT

The Mediterranean diet has been widely associated with promoting health and increasing longevity. This work sought to estimate the effects of this diet on life expectancy and disease prevention, focusing on recent evidence. The research was carried out between August and October, using databases such as PubMed, Scielo, Virtual Health Library (VHL) and Cochrane Library, considering articles published in the last five years. The descriptors used included “Mediterranean diet and longevity”, “blue zones” and “chronic non -communicable diseases (NCDs)”.The Mediterranean diet model (MedDiet) meets several criteria that qualify it as a healthy , high-quality diet, standing out among other eating patterns. Since Ancel Keys’ initial studies, increasing evidence has been shown that the MedDiet can have a significant positive impact on health and longevity. Although other patterns have been proven, no evidence presents such robust evidence in terms of reducing mortality and the incidence of NCDs associated with aging. In contrast, low-quality diets have been identified as a leading cause of death and disability globally.After analyzing several studies, a statistically significant improvement was demonstrated in individuals who adopted the Mediterranean diet, demonstrating its effectiveness in preventing diseases and promoting health. These results reinforce the importance of the MedDiet as a valuable dietary intervention for healthy aging.

Keyword: Dieta do mediterrâneo, longevidade, diabetes e doenças crônicas não transmissíveis.

1  INTRODUÇÃO

A alimentação do Mediterrâneo surgiu entre os grupos populacionais da área do Mar Mediterrâneo. A caracterização desse padrão nutricional foi desenvolvida pelo Dr. Ancel Keys, na década de 1950, juntamente com o termo ‘Dieta Mediterrânea’, com base em observações iniciadas em 1945, quando ele desembarcou em Salerno, na Itália, como parte do exército (Zelmanowicz, 2009).

Segundo Garcia (2001), a dieta mediterrânea é caracterizada por um alto consumo de alimentos de origem vegetal, como frutas, hortaliças, pães e outros cereais, batata, feijão, nozes e sementes. Ela enfatiza alimentos minimamente processados e de produção local. As frutas frescas são consumidas habitualmente como sobremesa, enquanto doces ricos em açúcar ou mel são ingeridos com pouca frequência ao longo da semana. O azeite de oliva é a principal fonte de gordura, enquanto o peixe, o frango e a carne são consumidos em pequenas e moderadas quantidades. Os laticínios, especialmente queijo e iogurte, também são ingeridos com moderação. O consumo de ovos é limitado a até quatro vezes por semana, e o vinho é consumido de forma moderada durante as refeições.

Diante dessas características, a Dieta Mediterrânea tem gerado grande interesse científico devido aos benefícios que oferece à saúde, especialmente na prevenção de diversas doenças, com destaque para as doenças cardíacas. No entanto, não é apenas o risco de doenças cardíacas que essa dieta contribui para reduzir; estudos demonstram que as populações da região mediterrânea apresentam índices mais baixos de câncer e uma expectativa de vida significativamente maior (Zelmanowicz, 2009).

No decorrer do tempo, o envelhecimento foi visto como uma etapa da vida, em que a pessoa tinha um declínio cognitivo e fisiológico, pela psicologia do desenvolvimento, com perda da sua produtividade e dependência, assim como, o isolamento social, não compreendendo a relação entre envelhecimento e desenvolvimento, pois ao atingirem o estado de vulnerabilidade atingido pelo envelhecimento, os indivíduos idosos compensam toda essa vulnerabilidade, desenvolvendo novos valores, comportamentos, competências, tendo assim, uma capacidade de adaptação aumentada. (TOMAZINI, 2019)

O estilo de vida mediterrâneo vivido pelos centenários, diminuem a sensação de solidão, causador de diversas doenças, fazendo com que seja ainda mais importante a interação social, convivência grupal sendo familiares ou de amigos os promovendo bem-estar emocional e mental. O envelhecimento é um processo único dependente de ganhos e perdas, mesmo fragilizando os idosos, se faz possível desenvolver comportamentos e atitudes novas para a busca de felicidade e satisfação. (TOMAZINI, 2019)

Assim, o objetivo do presente trabalho é apresentar os efeitos benéficos que a Dieta do A dieta mediterrânea oferece diversos benefícios à saúde, demonstrando como fatores alimentares influenciam positivamente o bem-estar humano. Ela atua na redução do risco de mortalidade por câncer, doenças crônicas não transmissíveis e contribui para o aumento da longevidade.

2  METODOLOGIA
2.1  Tipo de estudo

O método adotado neste estudo é uma revisão integrativa da literatura sobre os benefícios da Dieta Mediterrânea na prevenção de doenças e na promoção da longevidade. Este método tem por objetivo: A revisão da literatura é um processo que envolve a análise e síntese de estudos anteriores sobre um determinado tema, permitindo identificar lacunas no conhecimento, fundamentar a pesquisa e contextualizar os resultados. Segundo Silva e Menezes (2020), “a revisão da literatura serve como um suporte teórico para a pesquisa, possibilitando a construção de um arcabouço conceitual que orienta o desenvolvimento do estudo”. O caminho percorrido para esta revisão se deu pelas seguintes etapas: formulação do problema, hipótese e objetivos, estabelecimentos dos critérios de inclusão e exclusão, definição das informações dos artigos selecionados, análise dos resultados, discussão e apresentação da revisão.

Para guiar este trabalho, formulou-se a seguinte questão norteadora: Por que a dieta do Mediterrâeno é a melhor para a longevidade?

2.2  Coleta de dados

A busca de artigos foi realizada entre os meses de agosto a outubro, na base de dados do Publisher Medline (PUBMED), Scielo, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Cochrane Library considerando artigos publicados nos últimos 5 anos. Para as buscas, considerou-se os seguintes descritores: Por que a dieta do Mediterrâeno é a melhor para a longevidade? Longevidade nas zonas azuis.

Os critérios de elegibidade definidos foram: artigos originais publicados no idioma inglês que descrevessem os atributos da dieta do mediterrâneo para longevidade. Para os critérios de inegibilidade: data de publicação, modelo de estudo, título e metodologia do estudo.

2.3  Análise de dados

Para a análise e posterior síntese dos artigos que atenderam aos critérios de inclusão, foi utilizado um quadro resumo, contendo informações sobre o autor, ano, objetivos, desenho do estudo, amostra e delineamento da pesquisa.

3  RESULTADOS E DISCUSSÃO

A busca inicial nas bases de dados resultou em 126 artigos relevantes para a pesquisa. Destes, 66 foram excluídos após a análise pelos títulos, 40 excluidos apos leitura , sendo 10 incluídos neste trabalho, conforme pode ser verificado na figura 1.

Os artigos selecionados foram publicados entre os anos de 2001 e 2022, com uma média de 541 participantes por estudo.

3.1  Resultados

Tabela 1 – Estudos incluídos e avaliados na presente revisão.

Resultados do artigo 1

O estudo incluiu 447 adultos mais velhos (50% homens), sendo 49% com idades entre 60 e 69 anos e 28% com 70 anos ou mais, além de 26 profissionais de saúde. Os idosos considerava m a Dieta Mediterrânea (MD) uma forma saudável e agradável de comer, embora enfrentassem desafios de acessibilidade e aceitabilidade, como a adaptação de hábitos alimenta res. Profissionais de saúde reconheciam a MD como parte de orientações alimentares saudáveis, especialmente para aumentar a ingestão de fibras. Os idosos valorizavam iogurtes “vivos” e probióticos para a saúde intestinal, associando isso à saúde cognitiva. A consciência sobre os efeitos da microbiota na saúde era limitada entre os idosos, mas estava crescendo entre os profissionais e o público devido à melhor comunicação científica ( O’MAHONY.L et al,2023).

Resultados do artigo 2

Ao longo do acompanhamento de 10 anos, 94 participantes (9,8%) apresentaram limitações de mobilidade, e 45 (4,7%) relataram dificuldades em atividades de autocuidado. Aqueles no tertile mais alto de NDS (Nutrição, Dieta e Saúde) tiveram menor probabilidade de desenvolver limitações de mobilidade (OR 0,42) e dificuldades de autocuidado (OR 0,38) em comparação com o tertile mais baixo. Embora um maior mMDS estivesse associado a uma menor incidênc ia de incapacidade, essa associação não foi estatisticamente significativa ( PERÄLÄ. M et al, 2018.)

4. DISCUSSÃO

A dieta mediterrânea, caracterizada pelo baixo consumo de alimentos industrializados e pela ênfase em alimentos frescos e naturais, tem mostrado uma forte relação com a redução de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) e o aumento da expectativa de vida das populações da região mediterrânea. Essa alimentação é marcada pelo consumo frequente e moderado de oleaginosas, hortaliças, pães e massas integrais, vinho (com moderação) e um consumo restrito de carne vermelha. Esses hábitos alimentares contribuem significativame nte para a melhoria da saúde cardiovascular, o controle de doenças metabólicas e a promoção de um envelhecimento saudável. O modelo MedDiet atende a vários critérios primários para considerá-lo uma dieta saudável de alta qualidade, entre vários padrões alimentares saudáveis.

Desde o início de sua conceituação no momento em que Ancel Keys iniciou seus estudos até agora, evidências convincentes se acumularam ao longo dos anos, indicando que o MedDiet tradicional pode desempenhar um papel positivo valioso para a saúde e a longevidade.

Vários outros padrões foram estudados, mas ainda nenhum é apoiado por evidênc ias prospectivas observacionais e baseadas em ensaios que confirmem a taxa de mortalidade reduzida e a menor incidência de várias DNTs associadas ao envelhecimento. Além disso, muitas das evidências foram derivadas de estudos observacionais, que não permitem a inferência de relações causais, e podem estar sujeitas a questões como causalidade reversa e confusão residual. Embora estejam disponíveis alguns ensaios clínicos.

Estudos como o O’Mahony L, nos mostram que a DM pode estar relacionada com melhora da microbiota intestinal, sendo assim, indiretamente com uma melhora da saúde intestinal e aumento da longevidae, porém as pessoas sentem dificuladades com certos alimentos da dieta DM.

Em conclusão, a dieta mediterrânea não apenas promove o envelhecimento ativo e previne as DNTs, mas também serve como um modelo para escolhas alimentares sustentáveis. Adotar seus princípios pode levar a indivíduos mais saudáveis e a um planeta mais sustentável, destacando a importância de integrar padrões alimentares em considerações ambientais e sociais mais amplas.

Portanto, entende se que o clima é importante para uma adoção da dieta do DM, climas como o do Brasil são favorável para plantações de alimentos da dieta do DM, mas potencialme nte desafiadores para se alinhar às tradições de longa data existentes. Desafios como horário, e alimentos da base da dieta DM.

5.0 REFERÊNCIAL TEÓRICO

A história de como o nome ‘Dieta Mediterrânea’ se originou, começou em 1948, quando o governo grego, preocupado com as difíceis condições econômicas, de saúde e sociais no período pós-guerra, convidou a Fundação Rockefeller para realizar um estudo populaciona l sobre a maneira como os moradores de Creta costumavam comer. Creta era um lugar onde as tradições não mudavam há séculos. Leland G. Allbaugh liderou um grupo de epidemiologis tas americanos entrevistando uma amostra aleatória da população, para obter informações sobre parâmetros alimentares e de estilo de vida. Alimentos vegetais forneceram cerca de 61% da energia consumida, muito mais alto do que os 37% reconhecidos nos EUA naquela época.

A descoberta inesperada foi que as pessoas de Creta tinham uma dieta com um teor de gordura que não era diferente daquele dos americanos (~100 g/dia), mas a principal fonte era o azeite de oliva para os cretenses vs. gordura de origem animal (ácidos graxos saturados: SFA) para a dieta americana. Surpreendentemente, esta e outras observações da dieta cretense nas décadas de 1950 e 1960 foram associadas a excelentes padrões de saúde, apesar de ainda não receberem os “avanços” do mundo industrializado ocidental. Na verdade, os pesquisadores ficaram surpresos porque haviam assumido de antemão que não ser exposto à “civilização ” poderia ter provocado efeitos nocivos a essa população devido à sua alimentação precária e às baixas condições sociais e sanitárias. Ancel Keys tomou conhecimento desses resultados por meio de Allbaugh et al. e se interessou pelo argumento viajando como pesquisador visitante para o sul da Itália. O conceito de MedDiet surgiu dessas reflexões, levando Ancel Keys e colaboradores a formular a ideia.. a cunhar o termo e a planejar o Estudo dos Sete Países (SOU, clin 1995).

De fato, Ancel Keys e sua esposa Margaret introduziram o nome dieta mediterrânea no léxico ocidental com seu livro popular “Como comer bem e permanecer bem do jeito mediterrâneo”. Este termo entrou oficialmente na literatura científica graças à pesquisa sobre a relação entre dieta e colesterol, fortemente apoiada por Ancel Keys, conduzida por Anna Ferro- Luzzi et al. em Cilento, Itália (VERONICA, r 2011)

Na época do Estudo dos Sete Países, os fazendeiros cretenses estavam decepcionados e costumavam reclamar na frente dos entrevistadores sobre o quão pobre era sua dieta com tão pouca carne, ignorando o fato de que provavelmente essa era uma das principais explicações para sua saúde excepcional, em combinação com seu trabalho pesado nas áreas rurais. Na verdade, o conceito de que o excesso de comida está associado a consequências prejudiciais à saúde geralmente não era considerado em tempos de escassez, quando a gordura podia ser vista como uma representação de boa saúde. Naquela época, as pessoas dificilmente acreditariam no conselho de um médico sobre os benefícios de uma dieta parcimoniosa, composta de alimentos considerados “pobres” com baixa ingestão de carne e doces, em combinação com esforço físico constante que era visto como mortificante. Esse tipo de dieta e estilo de vida, que no futuro seria reconhecido como uma das dietas mais saudáveis do mundo, era o resultado do consumo de alimentos que estavam disponíveis no limite da subsistência, onde uma dieta frugal composta de produtos fornecidos pela natureza era uma necessidade mais do que uma escolha de vida. Isso provavelmente ajuda a explicar por que, uma vez que essas sociedades entraram em contato com o boom econômico no final do século XX, elas tenderam a abandonar esse modo de comer e viver, preferindo as indulgências do modelo ocidental de dieta e estilo de vida.

A dificuldade em transmitir mensagens de prevenção hoje não está longe desses testemunhos passados. É desafiador convencer o público leigo de que eles devem comer com moderação e se movimentar constantemente quando eles buscam avidamente um estilo de vida indulgente, afirmando que podem se dar ao luxo de viver com pouco exercício físico e comendo demais. (VILLANI A, 2019).

Em resumo, o padrão MedDiet consiste na escolha de alimentos saudáveis, tendo como pano de fundo tradições ancestrais profundamente enraizadas nas características históricas e culturais das sociedades rurais que durante séculos as seguiram sem se aperceberem dos imensos benefícios que isso acarretava. Esta dieta não só está associada a grandes benefícios para a saúde, como também é saborosa, o que pode facilitar a adesão por mais tempo, adotando- a como modelo alimentar e estilo de vida habitual. (POLAK RANI,2018).

PIRAMIDE ALIMENTAR

Os alimentos que formam a Dieta Mediterrânea proporcionam uma base alimentar saudável, com foco na prevenção de doenças crônicas. A pirâmide nutricional mediterrânea incentiva o consumo diário de alimentos de origem vegetal, como oleaginosas e leguminosas, além de azeite de oliva, peixes e ovos, que são destacados em categorias separadas. Por outro lado, a dieta desencoraja o consumo diário de carnes vermelhas e aves (MARTINS, 2005)

Embora a Dieta Mediterrânea seja frequentemente associada de forma exagerada a alguns produtos, como o vinho e o azeite, na realidade, são o conjunto de características — incluindo a quantidade, a qualidade e a frequência de consumo dos alimentos — que fazem com que o todo tenha coerência e produza um efeito benéfico (VASCONCELOS, 2011).

Fonte: GLOBALGARVE SA, 2008.

  • (OREY, 2011) descreve algumas orientações para seguir a saudável Dieta do Mediterrâneo:
  • Consumir uma grande quantidade de alimentos de origem vegetal (frutas, hortaliças, batata, pães e grãos, vagens, castanhas e sementes);
  • Optar por alimentos minimamente processados e produtos frescos da estação, garantindo a ingestão de antioxidantes que favorecem a saúde e ajudam na prevenção de doenças;
  • Utilizar azeite de oliva extra virgem como a principal fonte de gordura;
  • Ingerir entre 25% e 35% das calorias diárias provenientes de gorduras, limitando a gordura saturada a 7% dessa energia;
  • Consumir carne vermelha em pequenas quantidades e preferir cortes magros;
  • Consumir vinho tinto com moderação durante as refeições, limitando a uma dose diária;
  • Praticar atividades físicas regularmente.
VANTAGENS       DA       DIETA       DO       MEDITERRÂNEA       PARA   SAÚDE CARDIOVASCULAR

Várias vias mecanicistas foram associadas aos efeitos benéficos da DM nos resultados cardiovasculares. Pesquisas anteriores sugeriram que a DM tem vantagens cardioprotetoras devido a um efeito sinérgico de seus principais componentes alimentares, incluindo nutrientes e grupos alimentares essenciais (Widmer RJ, 2015). Isso inclui gorduras poli-insaturadas ômega-3 de peixes e gorduras insaturadas, incluindo EVOO, polifenóis, antioxidantes e maior teor de fibras de alimentos vegetais (Widmer RJ, 2015). O mecanismo biológico exato pelo qual uma adesão aumentada à MD tradicional exerce seus efeitos benéficos na saúde cardiovascular não é conhecido. No entanto, evidências acumuladas indicam que as adaptações mais importantes induzidas pelo padrão MD, rico em antioxidantes, micronutrientes, flavonoides, nitrato, cálcio, proteínas, polifenóis, carotenoides, vitaminas e fibras, mas baixo em gordura saturada/trans e sódio, são as seguintes:

  • Efeitos favoráveis em múltiplos fatores de risco cardiovascular específicos através de um perfil metabolômico plasmático específico (principalmente triglicerídeos e acilcarnitinas de cadeia média/longa, aminoácidos e esteroides). A DM melhora a resistência à insulina, aumenta as concentrações de adiponectina e diminui o conteúdo de gordura hepática com efeitos benéficos no diabetes mellitus e na síndrome metabólica (Galié, s 2021).
  • Modulação de ações no sistema nervoso simpático, redução da frequência cardíaca média e da variabilidade da frequência cardíaca, uma medida da disfunção autonômica cardíaca (MESLIER, v 2020).
  • Proteção contra estresse oxidativo e inflamação. A DM está associada a concentrações mais baixas de mediadores inflamatórios, como proteína C-reativa, interleucina- 6, sICAM, P-selectina e fator de necrose tumoral-α (Casas.R et al, 2014).
  • Efeito antiateroscleróticos. O aumento das células progenitoras endoteliais (McGrail. L et al, 2020) e da síntese de óxido nítrico (NO) mediada pelo endotélio leva a uma maior biodisponibilidade de NO (GIUGLIANO.D et al, 2005) e consequentes melhor ias significativas na função endotelial.
  • vasodilatação microvascular mediada pelo fluxo( YUBERO.S,et al, 2020) e rigidez arterial ( Mattioli. A,et al, 2017), bem como na espessura íntima- média da carótida.
  • Diminuição da agregação plaquetária e da coagulação sanguínea ( Martínez. G, et al,2016 ).
DIETA DO MEDITERRÂNEO E PREVENÇÃO DE DIABETES

Considerando o aumento persistente de adultos mais velhos entre as populações mundiais com a preocupação previsível de que os sistemas de saúde podem se tornar insustentáveis se vários idosos tiverem multimorbidade e deficiências, há uma conscientização crescente da necessidade indiscutível de implementar programas para a prevenção primária e secundária de DNTs. De fato, hipertensão, CHD, diabetes, doenças cerebrovasculares, osteoartrite e câncer são atualmente responsáveis pela maioria dos gastos com saúde no mundo. Beard JR et 2016

O sobrepeso e a obesidade são fatores de risco importantes para o desenvolvimento da síndrome metabólica e da Diabetes tipo 2. Um fator-chave que pode ajudar a explicar os efeitos benéficos da MedDiet é a redução do peso corporal e da adiposidade, especialmente no nível abdominal. Os resultados do projeto longitudinal SUN descobriram que os participantes com as maiores pontuações de adesão à MedDiet tiveram um ganho de peso reduzido anualme nte em comparação com os participantes com a menor adesão. Mendez MA et al 2003

A dieta mediterrânica é capaz de reduzir a obesidade central e, por sua vez, reduzir as doenças crónicas relacionadas com a obesidade [ Bendall CL et al 2018.] como a DT2. Na verdade, esta dieta é superior às dietas com baixo teor de gordura para perda de peso a longo prazo (Mancini JG et al 2018.)

O efeito da MedDiet nas modificações do peso corporal foi maior se associado ao aumento da atividade física, restrição energética e em participantes que foram acompanhados por seis meses ou mais. A MedDiet não foi associada ao ganho de peso em todos os 16 estudos. Além do padrão geral da dieta mediterrânea, a comunidade científica investigou o efeito de certos componentes específicos, como o azeite de oliva. Em um estudo randomizado e cruzado, observou-se que o consumo diário regular e moderado (25 mL/dia) de azeite de oliva virgem (compostos fenólicos: 577 mg/kg) por oito semanas em pacientes com sobrepeso e DT2 reduziu a glicemia de jejum e a hemoglobina glicosilada.

Outro estudo examinou como os ácidos graxos monoinsaturados, o principal componente do azeite de oliva, estavam associados a uma menor concentração de glicemia de jejum em 4.903 homens e mulheres italianos com idades entre 20 e 59 anos. [ Tierney AC,2007. Trevisan M et 1990.)

IMPACTOS DA DIETA DO MEDITERRÂNEO NA DOENÇA DE ALZHEIMER

Existem diversas causas de demência, que se distinguem principalmente pelas manifestações clínicas e pelos exames complementares. Os tipos mais comuns de demência incluem a Doença de Alzheimer (DA), a demência frontotemporal, a demência com corpos de Lewy e a demência vascular (ZANINI, 2010).

A demência é uma das principais causas de doenças entre os idosos, afetando aproximadamente de 2% a 25% das pessoas com mais de 65 anos. Embora existam outros tipos de demência, como mencionado anteriormente, a Doença de Alzheimer (DA) é a mais comum, impactando pelo menos 5% dos idosos com mais de 65 anos e 20% daqueles com mais de 80 anos (ABREU; FORLENZA; BARROS, 2005).

Em uma pesquisa mais recente, esses números são ainda mais elevados. Segundo o estudo, o aumento da idade eleva o risco de desenvolvimento da doença, indicando que um em cada quatro indivíduos com mais de 85 anos é diagnosticado com demência (FERNANDEZ, 2018).

Embora não existam formas específicas para a detecção, o diagnóstico precoce é de extrema importância, pois permite retardar o avanço da doença, além de melhorar a qualidade de vida dos idosos e daqueles que convivem com eles. É fundamental também ressaltar que a Doença de Alzheimer (DA) não é um processo natural do envelhecimento, mas sim uma atrofia cerebral (GONÇALVES; DOS SANTOS, 2012).

A dieta mediterrânea geralmente é capaz de suprir as necessidades diárias de muitos micronutrientes essenciais, como as fibras, por exemplo. Ela favorece a saúde e é amplamente popular devido à sua praticidade, evidenciada por meio de sua pirâmide alimentar, que destaca a frequência e a quantidade recomendada para o consumo de diferentes grupos alimenta res (PEREIRA, 2018).

Atualmente, ainda não existe cura para a demência, incluindo a Doença de Alzheimer. No entanto, estudos epidemiológicos indicam que a principal forma de prevenção envolve a implementação de intervenções terapêuticas, especialmente modificações no estilo de vida e na alimentação. Nesse contexto, a dieta mediterrânea tem mostrado resultados positivos, com evidências de que pacientes com a doença que adotam esse padrão alimentar podem experimentar uma redução na progressão da condição. (FERNÁNDEZ; RIBEIRO; CYRILLO, 2016).

Pereira (2018, p. 20) comenta coma a dieta mediterrânea contribui significativamente para a saúde mental do idoso:

“ Diversos estudos apresentam dados que sustentam a existência de uma relação benéfica entre o padrão alimentar mediterrânico e o desempenho cognitivo. Alguns desses estudos analisam essa relação em indivíduos idosos saudáveis, enquanto outros o fazem em idosos com patologias cognitivas. Para embasar essa relação, serão apresentados resultados de vários estudos prospectivos e randomizados. Estudos prospectivos são particularmente úteis na identificação de fatores e marcadores de risco que podem ser influenciados por determinada doença, tratamento ou mudança no estilo de vida. ”

Esses estudos sugerem que a dieta mediterrânea exerce um efeito neuroprotetor, provavelmente relacionado às propriedades vasculares de seus componentes, além de sua capacidade de reduzir a inflamação e o estresse oxidativo, fatores que estão associados a doenças neurodegenerativas (ALMEIDA, 2017).

O estresse oxidativo surge logo no início da fisiopatologia da Doença de Alzheimer, podendo causar alterações estruturais e disfunções em enzimas essenciais, além de afetar a produção de energia nos neurônios por meio de ataques oxidativos a nível mitocondrial, o que contribui para a perda neural característica da doença (CORREIA; FILIPE; SANTOS, 2015).

Um estudo denominado InCHIANTI, realizado na região de Chianti, na Toscana, Itália, demonstra que a Dieta Mediterrânea oferece proteção de longo prazo e pode ser uma estratégia eficaz para prevenir e/ou retardar o desenvolvimento da demência (TANAKA et al., 2018). Os fatores subjacentes da dieta mediterrânea, apontados como prováveis responsáveis por reduzir o risco de desenvolvimento da Doença de Alzheimer, são diversos. Entre eles, destaca- se a associação da dieta com seu potencial antioxidante, encontrado em alimentos como legumes, frutas, azeite de oliva e vinho tinto. Dessa forma, percebe-se a importância do poder antioxidante no combate ao estresse oxidativo, considerado um fator de risco para a doença. Além disso, a dieta também apresenta um efeito neuroprotetor, uma vez que, segundo estudos, indivíduos que seguem de forma mais consistente os alimentos presentes na pirâmide alimentar mediterrânea estão associados a níveis mais baixos de proteína C reativa e Inter leucinas, substâncias que contribuem para o controle do estado inflamatório (CARTEIRO, 2017).

Dessa forma, compreende-se que a relação entre a dieta mediterrânea e a Doença de Alzheimer ocorre provavelmente por meio da redução do estresse oxidativo e da inflamação. No entanto, alguns estudiosos não descartam a possibilidade de que haja uma conexão com comorbidades vasculares (PEREIRA, 2011).

A CONTRIBUIÇAO DA DIETA DO MEDITERRANEO PAR A LONGEVIDADE E PREVENÇAO DE DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANSMISSIVEIS

Considerando o aumento contínuo de adultos mais velhos nas populações globais e a preocupação iminente de que os sistemas de saúde possam se tornar insustentáveis caso muitos idosos apresentem multimorbidade e deficiências, há uma conscientização crescente da necessidade indiscutível de implementação de programas para a prevenção primária e secundária de doenças não transmissíveis (DNTs). De fato, hipertensão, doenças coronarianas, diabetes, doenças cerebrovasculares, osteoartrite e câncer são atualmente responsáveis pelo maior gasto das redes de saúde ao redor do mundo (BEARD.JR, et al, 2016).

Evidências sólidas em estudos de nutrição indicam que um maior comprometime nto com a dieta mediterrânea está relacionado a uma diminuição na mortalidade geral e por causas específicas (TRICHOPOULOU.A, et al, 1995). Além disso, uma menor incidência de doenças não transmissíveis graves em adultos mais velhos, incluindo DCV, síndrome metabólica, obesidade e diabetes, alguns tipos de cançer, declinio cognitivo e demencia e depressao unipolar, estao associados a habitos saudaveis de alimentação ao longo da vida, como das dietas padroes da mediet (LAI. JS, et al, 2014).

Numerosos estudos de coorte prospectivos e meta-análises mostraram associações significativas de maior adesão à MedDiet com menor incidência de DCV (DINU. M, 2018). Duas meta-análises mostraram separadamente uma estimativa de redução de 10% na incidênc ia fatal ou não fatal de eventos de DCV para cada aumento de 2 pontos na pontuação de adesão à MedDiet (SOFI.M, 2010). De acordo com uma meta-análise abrangente, há fortes evidênc ias da associação da adesão à MedDiet com risco reduzido de mortalidade por todas as causas, bem como DCC incidente, DCV, infarto do miocárdio e diabetes (DINU.M 2018). No que diz respeito aos fatores de risco CV, um subestudo do ensaio PREDIMED relatou uma redução significativa nas concentrações plasmáticas de glicose, perfis lipídicos e pressão arterial sistólica em participantes do grupo de intervenção que seguiram a MedDiet suplementada com azeite de oliva ou nozes em comparação com aqueles que seguiram uma dieta com baixo teor de gordura ( Estruch R. 2017 ).

Há também estudos em fases de experimento que já apresentam diminuição nos principais fatores de risco CV, incluindo hipertensão, marcadores inflamatorios e dislipide mias (FITO. M, et al, 2007). Assim, fatores ligados a Mediet podem impactar diretamente e consideravelmente a saúde dos indivíduos idosos, mas além disso, uma abordagem ao longo da vida para prevençao das DNTs, é de grande importancia para reconhecer os fatores de risco para a desnutrição, que são de grande preocupação na velhice (Dominguez LJ, 2017)

6.0 CONCLUSÃO

Em conclusão, a dieta mediterrânea se revela uma estratégia fundamental para a promoção da saúde e a prevenção de doenças não transmissíveis na população idosa. As evidências analisadas ao longo deste trabalho mostram que a adesão a esse padrão alimentar está fortemente associada à redução da mortalidade e à diminuição da incidência de condições crônicas, como doenças cardiovasculares e diabetes. Além disso, os benefícios neuroprotetores da dieta mediterrânea são particularmente relevantes no contexto da demência, uma condição que representa um desafio crescente à medida que a população envelhece.

Embora atualmente não haja cura para a doença de Alzheimer e outras formas de demência, intervenções relacionadas ao estilo de vida, especialmente aquelas que envolvem mudanças na alimentação, têm se mostrado eficazes na prevenção e no manejo dessas condições. A dieta mediterrânea, caracterizada por um alto consumo de frutas, vegetais, grãos integrais, peixes e azeite de oliva, não apenas promove a saúde física, mas também pode desempenhar um papel crucial na manutenção da saúde cognitiva, retardando a progressão da demência e melhorando o desempenho cognitivo em idosos.

Além dos aspectos nutricionais, é importante considerar que a adesão a hábitos alimentares saudáveis está frequentemente ligada a um estilo de vida ativo e socialmente engajado, fatores que também contribuem para a qualidade de vida. Portanto, a promoção da dieta mediterrânea deve ser vista como uma parte integral de uma abordagem holística para o envelhecimento saudável, envolvendo não apenas alimentação, mas também atividade física, interações sociais e cuidados emocionais.

Diante disso, é imperativo que programas de saúde pública incentivem a adesão à dieta mediterrânea, oferecendo educação nutricional e suporte à comunidade. Iniciativas que visem capacitar os idosos e suas famílias a fazer escolhas alimentares saudáveis podem ser fundamentais para melhorar a qualidade de vida e aumentar a longevidade.

Além disso, a integração da MedDiet nas políticas de saúde deve ser uma prioridade, considerando seus impactos positivos não apenas na saúde individual, mas também na sustentabilidade dos sistemas de saúde, reduzindo a carga de doenças crônicas e suas complicações. Ao fomentar um ambiente que valorize e promova a dieta mediterrâ nea, podemos garantir um futuro mais saudável e resiliente para a população idosa, permitindo que os indivíduos desfrutem de uma vida mais ativa e plena.

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¹ Graduando do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO   E-mail: elonsilvae@gmail.com, pvisk48@gmail.com

² Orientadora do TCC, Doutora em Biotecnologia pela Universidade Federal do Amazonas. Docente do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: francisca.freitas@fametro.edu.br

3 Co-orientador(a) do TCC, Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Católica de Santos. Docente do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: david.reis@fametro.edu.br