OS BENEFÍCIOS DA CINESIOTERAPIA ATIVA COM AUXÍLIO DA ELETROTERAPIA NO TRATAMENTO DA TENDINOPATIA PATELAR EM ATLETAS DE ALTA PERFORMACE DE VÔLEI

THE BENEFITS OF ACTIVE KINESIOTHERAPY AS A TREATMENT FOR PATELLAR TENDINOPATHY IN HIGH- PERFORMANCE VOLLEYBALL ATHLETES.

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10109917


Luana De Holanda Bezerra¹
Luciene Kelen Oliveira Dos Santos²
Maria Izabele Sampaio Batista³
Milene Lira De Souza4
Rafaela Souza Da Costa5
Vanessa Colares Teixeira6
Orientador: Prof. Esp. Felipe Éden Souza de Oliveira7


RESUMO

Introdução: A tendinopatia patelar é uma afecção que gera sobrecarga no tendão. Acomete principalmente atletas de salto. Objetivo: Destacar a importância da cinesioterapia e eletroterapia no tratamento de lesões por tendinopatia patelar em atletas. Métodos: A presente revisão bibliográfica inclui artigos publicados no período de 2010 à 2023, a base de pesquisa foi através dos seguintes sites: SciELO, PubMed, PEDro, Academic Google Academic, Jornais e Revistas. Utilizando o método de inclusão e exclusão. Resultados: Foram selecionados 63 artigos para estudos complementares, entretanto somente 40 atenderam os critérios necessário para inclusão. Conclusão: A fisioterapia visa restabelecer a funcionalidade dos atletas através cinesioterapia e eletroterapia.

Introdução

O joelho é uma articulação sinovial da qual suporta grandes impactos. Constituído pelos ossos: Fêmur, tíbia e patela. É composto por ligamentos extracapsulares e intracapsulares que auxiliam a corroborar a articulação e para se manter alinhado na estrutura. Da qual realiza os movimentos de flexão, extensão, rotação medial e rotação lateral.

Assim como qualquer outro esporte o vôlei requer um esforço físico e total empenho e dedicação do atleta. O alto impacto contínuo que gera uma sobrecarga no aparelho extensor ocasiona uma série de lesões dentro do esporte. As articulações do punho, ombro, joelho e tornozelo são as mais acometidas. ¹

Relata ² que quando há alguma competição os atletas intensificam os treinos, aumentando o número de séries de exercícios e treinos consecutivos. O que muitas das vezes gera um desgaste físico e mental ainda maior no atleta. A sobrecarga pode acarretar lesões da qual podem afastar o atleta até mesmo por tempo absoluto dependo do grau de estresse e lesão ocasionada.

Esta patologia é uma condição associada ao uso excessivo do mecanismo da articulação do joelho. Essa lesão afeta o tendão patelar causando disfunção e dor.³ Em suas pesquisas 4 descreve que o que leva o aumento da dor e redução de função na tendionopatia são as alterações dos tendões, pois, acontece a fragmentação, consequentemente a desordem das fibras de colágeno, os glicosaminoglicanos ficam acumulados, aumentando a microvasculatura associando-se à neoinvervação.

Diante da fisiopatologia da doença, a fisioterapia visa prevenir, detectar e tratar lesões decorrentes do esporte. Através da cinesioterapia e eletroterapia para que haja uma recuperação eficaz visando o bem estar dos atletas e que eles possam retornar as suas atividades em menor tempo possível.

Justificativa

A fisioterapia intervém no quadro álgico, equilíbrio da musculatura, ganho de mobilidade e métodos de tratamento que utilizam uma combinação de alívio da dor e sistema de suporte desempenham um papel fundamental na recuperação funcional.3 No tratamento e prevenção desta e de outras patologias que afetam os atletas, é muito importante a intervenção do fisioterapeuta, uma vez que possui os conhecimentos teóricos e práticos necessários para a prevenir e tratar.

A fisioterapia adquire resultados efetivos através da cinesioterapia realizando exercícios, alongando e fortalecendo as musculaturas envolvidas já os resultados da eletroterapia visam contribuir restabelecendo positivamente na fase aguda e crônica o colágeno das células de fibroblastos para que haja um reparo tecidual e uma resistência maior no tendão.

Objetivo Geral

Abranger a incidência e tratamento de lesões por tendinopatia patelar em atletas de alto rendimento no vôlei.

Objetivo Específico

I. Destacar a importância da cinesioterapia ativa e eletroterapia no tratamento de lesões por tendinopatia patelar em atletas de alta performance.

II. Compreender as técnicas de tratamento através da cinesioterapia ativa e eletroterapia

1 Fundamentação Teórica

1.1 Anatomia do Joelho

A articulação do joelho é formada pelos ossos: fêmur, tíbia e a patela, estruturas ósseas que formam duas diferentes articulações, a fêmoro-patelar e a tíbio-femoral; entretanto, essas duas articulações nem sempre podem ser consideradas separadamente, pois existe uma relação mecânica entre elas, e são articulações de sustentação do corpo que podem, com o tempo, sofrer desgastes e degenerações importantes, demandando, assim, um procedimento cirúrgico no qual a articulação degenerada é suplantada por uma articulação artificial.5

O joelho é uma articulação envolvida em muitas afecções e lesões. Suas estruturas, como menisco, ligamentos e cápsula articular, são cruciais para o desenvolvimento do movimento biomecânico sem nenhum defeito, e quando alguma estrutura é lesada, limitações funcionais e alterações da marcha podem afetar todo o aparelho locomotor. 6

Os ligamentos são responsáveis por impedir que a tíbia se desloque anteriormente em direção do fêmur, o LCA se inicia na parte anterior da eminência intercondilar da tíbia, logo após indo a face do côndilo medial do fêmur em um trajeto superior, posterior e lateral LCP, impedindo que a tíbia se movimente posteriormente em direção ao fêmur, com isso juntamente com o LCA, esses dois ligamentos controlam o deslocamento antero posterior do joelho. O epicôndilo medial do fêmur é a maior parte da face antero medial da tíbia, entretanto sua superfície profunda está junto a cápsula articular e no menisco medial. 7

Os meniscos medial e lateral do joelho são folhas de fibrocartilagem em forma de C na superfície articular da tíbia. Assim, por ter uma inserção lateral mais larga na região intercondilar tibial e inserção medial do ligamento cruzado tibial, o menisco medial é menos móvel no planalto tibial em comparação com o menisco lateral. O menisco lateral é em formato de meia lua, menor e mais móvel que o menisco medial. Também surge o ligamento meniscal posterior, que conecta o menisco lateral ao ligamento cruzado posterior e aos côndilos femorais.8

O sistema muscular do joelho é responsável pela proteção dos ossos e ligamentos, pois atua no mecanismo de movimento do corpo humano. Inclui vários músculos que trabalham juntos para mover o joelho, e estes incluem: o músculo tensor da fáscia lata, o músculo sartório, músculos extensores que incluem os músculos vastos lateral, medial e intermédio, o músculo reto femoral, isquiotibiais que incluem bíceps femoral, semimembranoso e semitendinoso, grácil, poplíteo e gastrocnêmio. 9

2. Tendinopatia Patelar

A tendinopatia patelar (TP) é um dos transtornos comuns de uso excessivo que ocorrem especialmente em atletas de elite que participam de esportes que envolvem saltos, como vôlei e basquete, daí a expressão “joelho de saltador”. É uma das principais razões para interromper o treinamento e/ou a participação em competições, e pode resultar em aposentadoria prematura em esportes competitivos. 10

2.1 Fisiopatologia

O tendão é formado por fibras colágenas organizadas e sua função é absorver, armazenar e depois aplicar a força necessária para a realização das atividades diárias. A tendinopatia descreve um espectro de remodelação tendínea em que ocorre a ruptura e desorganização das fibras colágenas e dilatação de pequenos vasos sanguíneos associados a neoinvervação. Isso resulta em dor e diminuição da função.¹¹

Nos tempos atuais, tem aumentado o número de praticantes de atividade física, consequentemente, o número de lesões decorrentes da prática esportiva impropriada. Os excessos da rotina associados à técnica inadequada do movimento, falta de preparo muscular prévio e ausência de um profissional qualificado para instruir a execução correta do movimento levam a lesões por treino de uma forma exagerada. 12 A tendinopatia denota dor anterior localizada no joelho associada à atividade física. A dor geralmente é insidiosa e tem início gradativo e associado ao aumento do número e intensidade de exercícios ou atividades que exijam movimentos repetitivos do joelho. 13

No movimento balístico do joelho, o tendão recebe a carga mecânica de acordo com a curva de comprimento de tração normalmente gerada por essas forças fisiológicas. Deformidade causada no tendão patelar é menor que 6%. O movimento de salto repetitivo do voleibol é sempre de natureza excêntrica, e essa força excêntrica pode ser três vezes maior que a força concentrada gerada durante o movimento.

Acredita-se que seja uma das principais causas de microtrauma no tendão patelar que se acumula ao longo do tempo. 14

2.3 Fatores de risco

Multifatores estão envolvidos no desenvolvimento da tendinopatia, incluindo fatores de risco modificáveis e não modificáveis. Fatores como idade, peso corporal, sexo, condições metabólicas, assimetria no comprimento dos membros, baixa amplitude de movimento de dorsiflexão e rotação interna passiva do quadril vêm à tona. Pires 11

Os fatores de risco para esta patologia podem ser devidos a fatores internos e externos. Fatores internos incluem flexibilidade e força em particular. Músculos da coxa, como quadríceps e isquiotibiais. Também incluído localização anatômica, índice de massa corporal e amplitude de movimento. Já agora devido a fatores externos causados por esportes, tecnologia e superfícies de treinamento. 15

O dano é causado por uma variedade de fatores influentes do sistema musculoesquelético. Pesquisas mostram que as principais causas são: Altos impactos de colisões, cansaço físico, distúrbios musculares. A prática de movimento ou prática é desenvolvida em um ritmo rápido. 16

2.4 Tendinopatia Patelar no Vôlei

O voleibol, como outros esportes, requer do atleta dedicação e esforço físico. Os altos impactos repetitivos resultam em vários tipos de lesões que são decorrentes dentro do esporte. Tornozelo, joelho, ombro e mão são algumas das estruturas com maior nível de prevalência de lesão nos atletas. 1

As lesões são resultado de esforços consecutivos, que ocorrem sobretudo em séries de treinos repetitivos, sabendo que esses treinos se tornam mais intensos na preparação para a participação em competições, o desgaste físico e mental após a prática de exercícios em alguns casos leva a suspensão do treino, o afastamento pode ser dependendo do grau da lesão, até mesmo definitiva. 2

As lesões por posição são no vôlei: ponteiros (ombros – tendinite no manguito rotador e tendões bíceps braquial, tornozelo e joelho), centrais e opostos (ombro, joelho e tornozelo), líberos (quadril e joelho), levantadores (joelhos e tornozelos) 17

O voleibol tem natureza complexa e dinâmica exigindo diferentes capacidades físicas e motoras, sendo considerado um dos esportes que mais sofreu alteração em suas regras e velocidade de jogo. 18

3. Tratamento Fisioterapêutico

A fisioterapia é a erudição que analisa, diagnostica, previne e restabelece pacientes com distúrbios funcionais do movimento que ocorrem nos órgãos e sistemas do corpo humano. O uso da fisioterapia preventiva tem sido eficaz na redução do absenteísmo. E é mais amplamente utilizado em esportes por atletas para prevenir lesões. 19

O cuidado inicial é conservador, para analgesia e restauração funcional. Inicia- se com repouso relativo, variação das atividades e controle dos fatores predisponentes, associado à utilização de fármacos e fisioterapia, é eficaz na maioria das ocasiões, entretanto com risco de reaparecimento. A reabilitação funcional consiste em medidas analgésicas e anti-inflamatórias associadas à mecanoterapia com reforço excêntrico e alongamento específico. 13

Dadas as intervenções para tendinopatia patelar e apesar do fato de ser relativamente comum principalmente em atletas, ainda não há consenso e alto nível de evidência que permite apoiar as escolhas que devem ser feitas para a intervenção a este nível. Inicialmente, a carga no tendão pode ser reduzida, eventualmente a frequência diminuirá e intensidade de treino. 20

Há mais estratégias intervenção para tendinopatia patelar neste caso incluindo tratamento técnicas e exercícios de ondas de choque, injeções, técnicas artroscópicas ou cirurgia aberta e os exercícios terapêuticos, levando em consideração a importância da cinesioterapia e prevenção da tendionopatia patelar. 21

Além da importância da fisioterapia para o desempenho de atletas de alto rendimento, parece ser muito importante evitar acidentes em outras partes do corpo do atleta, principalmente músculos, ligamentos, e etc. Nesse sentido, os fisioterapeutas tornam-se importantes, principalmente durante a temporada de competições. Para além de tudo isto, é também função do fisioterapeuta desportivo encontrar os melhores exercícios para cada atleta, que o orientem para a prática de exercícios que melhorem o desempenho e apoiem a previna lesões decorrentes da prática esportiva. 22

Referindo-se de uma lesão que acomete os atletas, é importante que esta afecção seja brevemente assimilada da melhor forma, programas de tratamento e prevenção são projetados para reduzi-los, incidência não só em atletas, mas também em praticantes e não praticantes de exercícios de atividade física. 23

Observa-se que para prevenir efetivamente as lesões causadas pelo esporte e, assim, prolongar a vida do atleta sem intercorrências, é necessário conhecer as lesões expostas do atleta, as cargas de treinamento, o histórico do atleta e a correção de técnicas de movimento inadequados no esporte. 24

3.1 Cinesioterapia

O tratamento da tendinopatia são realizadas técnicas paralelas para torná-la mais eficaz. Entretanto, a fisioterapia tem efeito satisfatório na analgesia e função em pacientes com tendinopatia, sendo os exercícios excêntricos a técnica que proporciona uma das melhores respostas ao tratamento, independente do paciente ser atleta ou não, que tem se mostrado superior em relação a outras gestões técnicas fisioterapêuticas. 3

No processo de reabilitação, os exercícios de fortalecimento do quadríceps são os mais utilizados, apresentando melhoras significativas. Há variação na literatura quanto à intensidade e/ou frequência do exercício a ser utilizado no tratamento da tendinopatia patelar. 11

Em diversos esportes vem sendo utilizado como método de tratamento fisioterapêutico para tendinopatia patelar, o agachamento excêntrico em plataforma declinada a 25º. Considerando a estimulação dos músculos ativos na cadeia biocinemática. 25

Os exercícios excêntricos tem resultados positivos no tratamento da tendinopatia patelar em atletas, pois alcança o objetivo da analgesia, como também o de fortalecimento e estabilização da musculatura dos membros inferiores contribuindo para o ganho de massa muscular e melhorando a amplitude de movimento. 26

Para que haja um benefício mais eficaz no tratamento da tendinopatia patelar é necessário utilizar um conjunto de técnica; no tratamento fisioterapêutico o mesmo promove efeitos satisfatório como a analgesia e recuperação funcional, a cinesioterapia é um dos principais tratamentos incluindo os exercícios de forma ativa quanto passiva, dentro desse tratamento inclui a modalidade de exercícios excêntricos e concêntricos. 3

Foi demonstrado que jogadores de voleibol com melhor desempenho em testes de salto, maior massa corporal e maior exposição ao treinamento resistido podem ser mais suscetíveis à tendinopatia patelar. Vários estudos biomecânicos descritivos também estabeleceram associações entre a dinâmica do movimento dos membros inferiores e a tendinopatia patelar em atletas de elite, particularmente jogadores de voleibol. 27

3.2 Eletroterapia

O Ultrassom terapêutico (UST) foi reconhecido como uma fonte potencial de tratamento biomédico há mais de 60 anos e desde tem sido usado como uma estratégia que auxilia na manipulação clínica da aflição, danos aos tecidos moles, doenças articulares, bursite, tenossinovite, cicatrização de feridas, etc. várias lesões esportivas. 28

A tecnologia de ultrassom é amplamente utilizada na fase aguda, pois ajuda a proteger o corpo do calor e dos efeitos repetidos de lesões crônicas, esse método auxilia os fibroblastos a sintetizar colágeno na cicatrização de feridas e melhora a força do tendão. Atualmente, a técnica apresenta melhores resultados sobre a função dos fibroblastos durante a fase de reparação tecidual. No entanto, a técnica é mais utilizada quando a patologia entra na fase crônica, geralmente é chamada fase de remodelação. 3

A eficiência da prática excêntrica é explicada pela potência mecânica gerada pelo exercício que suspende momentaneamente o fluxo nos novos vasos e pode suspender o fluxo sanguíneo, impossibilitando assim a comunicação com os novos nociceptores, reproduzindo alívio dos sintomas. Além disso, a execução do protocolo de práticas excêntricas está associada à hipertrofia e aumento do tônus muscular. Um dos fatores determinantes para a utilização do US terapêutico é a seleção de parâmetros adequados para atingir o objetivo terapêutico. Os critérios atuais do estudo dependem da quantidade de energia remetido ao tecido. A energia não é um critério frequentemente relatado em estudos na literatura. 29

Diante disso, a avaliação da ENM é importante para que seja possível analisar o recrutamento das unidades motoras e a capacidade do músculo de gerar força, a fim de compreender melhor as alterações neuromusculares envolvidas na DPF e, consequentemente, evitar a cronificação dos sintomas. 30

Há evidências sobre a eficácia da EENM sobreposta na melhoria da função neural tanto no nível central quanto no periférico. Além disso, foi relatada uma redução da dor após intervenções de treinamento baseadas em EENM em indivíduos com dor lombar e em indivíduos com dor anterior no joelho devido a dano cirúrgico ao tendão patelar. 31

A fisioterapia dispõe de alguns recursos como a cinesioterapia (exercício excêntrico) e a termoterapia (ultrassom terapêutico – UST) como recursos para o tratamento da TP, através do aumento de tensão muscular durante o exercício, além das elevadas doses totais finais de energia pelo UST, respectivamente. Em virtude do elevado número de praticantes de corrida, e consequente aumento do número de casos de TP, a fisioterapia dispõe de recursos como a cinesioterapia com o exercício excêntrico e a aplicação de diferentes doses do ultrassom, como tratamento satisfatório para a solução desse agravo. 32

Metodologia

O presente estudo resulta-se de uma revisão bibliográfica sobre os benefícios da cinesioterapia ativa com auxílio da eletroterapia nos atletas de alta performance de vôlei, foi realizada as pesquisas nas seguintes bases de dados: PEDro, SciELO, PubMed, Academic Google, Jornais e Revistas no período de 2010 à 2023, contendo artigos em português e em inglês do qual foram traduzidos.

Os descritores utilizados nas pesquisas foram: tendinopatia patelar, anatomia do joelho, cinesioterapia, fisioterapia desportiva, benefícios da cinesioterapia, eletroterapia, ultrassom.

Foi utilizado o método de inclusão e exclusão, onde foram encontrados 63 artigos para estudos complementares, entretanto somente 40 atenderam os critérios de inclusão de pesquisa da presente revisão. Os critérios de inclusão foram artigos que retratam o tema proposto de 2010 a 2023, que obtiveram resultados significativos dos benefícios da cinesioterapia na tendinopatia patelar. Os critérios de exclusão foram artigos que não atenderam ao período de pesquisa ou que não se tratavam do tema proposto.

Resultados

AUTOR/ANOMETODOLOGIAOBJETIVO
Rio, 201733Ensaio clínico randomizadoVerificar os resultados antálgicos instantâneos de 2 protocolos de resistência em atletas com tendinopatia.
Aiyegbusi, 201910Pesquisa analítica transversalDeterminar o modelo de identificação e seriedade da tendinopatia patelar e seu vínculo coma biomecânica nos atletas.
Cunha, 2012 34Estudo prospectivo controlado e aleatorizadoVerificar o êxito de dois programas de treinamentos excêntricos realizados com dor ou não, no progresso da funcionalidade e na algia no aparelho extensor dos atletas.
Leporace, 201025Ensaio ClínicoA finalidade deste estudo foi comparar a ação elétrica nos músculos entre o agachamento unilateral declinado e o agachamento unilateral em superfície plana, no movimento vertical de duas medidas distintas de massa.
Ruffino, 2021 35Ensaio clínico randomizadoContrapor a utilidade do volante inercial e da prática consistente de resistência tardia, na diminuição da algia e no progresso na afecção.
Abat, 2016 36Ensaio clínico randomizadoAvaliar a eficácia de do exercício excêntrico combinado com a técnica USGET ou eletroterapia convencional no tratamento de tendinopatia patelar.
Soreson, 201037Estudo laboratorial controlado com desenho transversal.Analisar o funcionamento do joelho nos atletas de voleibol com ou sem antecedentes de tendinopatia, visando absorver e produzir energia mecânica.
Aguillar, 201938Relato de casoO objetivo foi descrever os efeitos do ultrassom e do exercício excêntrico na diminuição da algia e na reabilitação de um corredor.
Labanca, 202239Ensaio ClínicoAveriguar a eficiência de um programa de treinamento de algumas semanas, que é fundamentado na estimulação elétrica neuromuscular, comparando tipos de treinamentos.
Paula, 202340Estudo transversal quantitativoAnalisar o vigor e a eficiência neuromuscular dos músculos extensores da articulação do joelho.
Fonte: Próprios Autores

Fluxograma

Fonte: Próprios Autores

Fonte: Próprios Autores

Discussão

Os estudos realizados acima mostram à eficácia do tratamento cinesioterapêutico onde se compreende a melhora do quadro álgico através dos exercícios excêntricos em isometria e exercícios com resistência, obtendo também melhora significativa na flexibilidade da musculatura dos isquiotibias, quadríceps e articulações do aparelho extensor.

De acordo com Rio, em seu ensaio clínico com duração de 4 sessões, durante 4 semanas para tratar a dor de tendinopatia patelar em atletas de vôlei o exercício foi escolhido para tratar atletas da subelite de vôlei. Diante disso seu ensaio foi realizado com um grupo de 20 atletas onde dividiu em dois grupos; um grupo de 10 atletas foram tratados com exercícios de contratação isométrica de quadríceps utilizando cadeira extensora no ângulo de 60° de flexão do joelho e outro grupo com exercício de contração isotônica da perna, onde a atividade de isometria surtiu efeito analgésico rápido e duradouro. Após o ensaio os atletas participantes continuaram suas rotinas esportivas e completivas sem alteração de quadro álgico. 33

Nos estudos de Aiyegbusi. Foi selecionado um grupo de 98 atletas praticantes de vôlei e basquete (53 jogadores de basquete e 45 jogadores de vôlei), sendo esses escolhidos os sintomáticos ou que testaram positivo para tendinopatia através de RM ou Ultrassom. Foi avaliado posicionamento e ângulos articulares dos MMII (pé, tornozelo, joelho e isquiostibias) afim de analisar um movimento na execução da prática esportiva, sendo observado que rigidez muscular também é fator de lesões em atletas pela carga e posicionamento dos MMII na dinâmica de movimento em relação ao posicionamento dos pés ao solo. A melhora da flexibilidade da musculatura dos isquiostibiais e a melhor de estabilização das articulações como, pés e joelhos melhoram o sintomas na execução do salto e impacto ao solo. 10

Cunha menciona que o exercício excêntrico em plano inclinado mostra eficácia no tratamento de atletas com tendinopatia patelar, foram escolhidos aleatoriamente 17 atletas divididos em dois grupos. O primeiro grupo realizou o exercício com dor e o segundo grupo foi orientado a realizar o exercício mesmo sem dor. O tratamento deve duração de 12 semanas. O exercício excêntrico mostra eficácia na melhora da dor e da função em atletas com TP. 34

Leporace relata que um grupo de 8 pessoas treinadas sem sinais de qualquer lesão no MMII, realizou em dias separados dois tipos de agachamento, (agachamento unilateral declinado e o agachamento unilateral em superfície) onde esses dois tipos de agachamento foi realizado com dois valores de carga, a carga do próprio peso do corpo e com a sobrecarga, com sessões de 15 repetições máximas. Os resultados mostraram que o agachamento declinado pode ser utilizado para programa de reabilitação da tendinopatia patelar. 25

Ruffino ressalta que 42 participantes (1 mulher e 41 homens) com tendinopatia patelar foram divididos em 2 grupos, um grupo de 21 participantes foram tratados com exercícios de resistência inercial do volante, e o segundo grupo com 21 participantes realizou exercícios de resistência lento pesado. Ambos os grupos consistiram de 3 sessões supervisionada por 12 semanas, apresentando melhora na pontuação VISA- P de 0 a 12.7. 35

Para Abat, o uso da técnica de eletrólise galvanica guiada por ultrassom (USGET) tem mais eficácia do que o uso convencional da eletroterapia. 60 pacientes selecionados com diagnóstico de tendinipatia patelar comprovado, dividindo em dois grupos, onde o grupo 1 foi tratado com eletrofisioterapia com ultrassom, laser e corrente interferencial realizando 50 minutos de eletrofisioterapia 3 dias na semana por 8 semanas com exercícios excêntricos com 3 séries de 15 repetições com 3 minutos de descanso e o grupo 2 foi tratado com USGET realizado a cada duas semanas com joelhos flexionados com 3 punções sem retirar a agulha e exercícios excêntricos igual ao grupo 1. Diante dos estudos o resultado das técnicas que teve melhor resultado foi da USGET diante da técnica de eletrofisioterapia diante do tratamento de tendinopatia patelar. 36

Serenson relata que 13 jogadores de elite do gênero masculino, com ou sem tendinopatia, saltaram com esforço máximo. A energia cinética da articulação do joelho no plano sagital foi mensurada no segmento anterior usando informações obtidas de uma base de força e sistema de análise de deslocamento de 8 câmeras. A força vertical de resposta do solo e a velocidade pélvica vertical foram investigadas durante a decolagem. 37

Em seu relato de caso, Aguillar mostra o uso do ultrassom terapêutico e a cinesioterapia ativa com exercício excêntrico na funcionalidade e melhora da dor em corredores com tendinopatia patelar, sendo realizado em jovem de 23 anos, 3 vezes na semana por um período de 8 semanas com duração de 35 minutos. Realizado cinesioterapia ativa 3 series de 15 repetições e um minuto de descanso por série, em solo e rampa declinada, também foi solicitado semi agachamento com joelhos em 60° de flexão e tronco declinado e uso de 2kg de carga adicional por semana. Realizado o uso do ultrassom terapêutico no modo contínuo por 15 minutos após a cinesioterapia ativa com flexão de joelho em 20° sobre o tendão patelar. O estudo demonstra melhora de quadro álgico com uso da cinesioterapia ativa combinada com altas doses de ultrassom, o que revela eficácia no tratamento de tendinopatia patelar. 38

Labanca utilizou a estimulação elétrica neuromuscular (EENM) com cinesioterapia ativa tradicional, com treinamento pesado e lento por 8 semanas 3 vezes semanais. Onde verificou a redução de quadro álgico e força com uso da EENM e cinesioterapia ativa em todas as sessões. A cinesioterapia ativa auxilia tanto na prevenção quanto no tratamento para tendinopatias patelares, visto que um programa de treinamento ajustado com exercícios com execução lenta reduz a tensão tendínea, fazendo com que quando necessário força ou contração rápida esse tendão administre as cargas e sobregarcas nele imposta. O estudo mostrou-se eficaz no tratamento e visando ser uma forma de tratamento ouro para tendinopatia patelar por ser um método de fortalecimento indolor. 39

Paula em seu estudo transversal quantitativo avaliou a eficiência neuromuscular do quadríceps em mulheres com e sem dor patelofemoral. O objetivo do estudo foi avaliar a contração e força neuromuscular dos extensores do joelho em mulheres e jovens de 18 a 30 anos. Foi utilizado dinamometria e elemiografia para coleta de dados. Onde apresentou deficiência muscular nas voluntárias, com algia anterior na articulação do joelho em relação as voluntarias sem algia anterior. A presença de dor pode inibir o controle muscular e a força em cinesioterapia ativa em isometria gerando deficiência da musculatura extensora do joelho em extensão máxima. 40

CONCLUSÃO

O presente estudo se trata de uma revisão bibliográfica da qual buscou resultados efetivos sobre a cinesioterapia ativa e a eletroterapia na tendinopatia patelar. Apesar de ser uma afecção bem comum nos dias atuais ainda é escasso o conteúdo sobre está patologia e seus achados clínicos. É necessário novos estudos para que haja uma efetividade ainda maior com relação aos seu tratamento.

REFERÊNCIAS

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¹Up20105295; Graduanda do Curso de Fisioterapia na Universidade Paulista (UNIP).
²Up20117098; Graduanda do Curso de Fisioterapia na Universidade Paulista (UNIP)
³Up20193387; Graduanda do Curso de Fisioterapia na Universidade Paulista (UNIP)
4Up20101854; Graduanda do Curso de Fisioterapia na Universidade Paulista (UNIP)
5Up20123406; Graduanda do Curso de Fisioterapia na Universidade Paulista (UNIP)
6Up20120573; Graduanda do Curso de Fisioterapia na Universidade Paulista (UNIP)
7Graduado pelo Centro universitário Fametro; Especialista em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em terapias manuais por Biocurso Pós Graduações; Docente do curso de Fisioterapia na Universidade Paulista (UNIP).