REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7699631
Altemar Rodrigues Pimentel1
RESUMO
Este estudo de revisão sistemática teve, como objetivo, levantar informações atuais, que descrevem alguns dos benefícios da prática de atividade física para a saúde das pessoas de diferentes idades. Para muitos, a prática destina-se apenas aqueles com algum tipo de comorbidade ou para quem busca um corpo escultural. Tal pensamento é contrário à recomendação de especialistas, que asseguram que praticar atividades físicas beneficia a todos independentemente da idade. Seria de grande proveito, exercitar-se em torno de 60 minutos ou mais diariamente, envolvendo-se exercícios leves e moderados, por pelo menos, três a cinco dias, num total de 300 minutos semanais. Além disso, esse estudo analisou que a prática de atividade física se relaciona diretamente à melhoria da qualidade de vida de uma pessoa, reduzindo de forma considerável os riscos de doenças cardiovasculares, diabetes, problema de obesidade, além de transtorno de origem emocional. O estudo configura-se como uma revisão da literatura, das bases de dados Google Académico, PepsiCo e Scielo, envolvendo artigos publicados desde 2016 até 2022. Com a revisão dos mesmos se identificou aqueles que traziam os temas: exercícios físicos ou atividade física, atividades físicas na adolescência e maturidade, efeitos da atividade física no crescimento da criança entre tantos outros. Os estudos foram analisados e classificados por faixa etária: infância, adolescência, adulta e idosa. Portanto, concluímos que há efeitos benéficos na prática de atividades físicas para a saúde da população de todas as idades e nos mais diversos casos conforme citados acima.
Palavras chave: Atividade física. Prática da atividade. Esporte e Saúde. Exercício físico.
ABSTRACT
This systematic review study aimed to raise current information that describes some of the benefits of physical activity for the health of people of different ages. For many, the practice is only intended for those with some type of comorbidity or for those looking for a sculptural body. Such thinking is contrary to the recommendation of specialists, who assure that practicing physical activities benefits everyone regardless of age. It would be of great benefit to exercise around 60 minutes or more daily, involving light and moderate exercise, for at least three to five days, a total of 300 minutes a week. In addition, this study analyzed that the practice of physical activity is directly related to the improvement of a person’s quality of life, considerably reducing the risks of cardiovascular diseases, diabetes, obesity, as well as disorders of emotional origin. The study is a literature review of Google Scholar, PepsiCo and Scielo databases, involving articles published from 2016 to 2022. physical activity in adolescence and maturity, effects of physical activity on child growth, among many others. The studies were analyzed and classified by age group: childhood, adolescence, adults and elderly. Therefore, we conclude that there are beneficial effects in the practice of physical activities for the health of the population of all ages and in the most diverse cases as mentioned above.
Key-words: Physical activity. Activity practice. Sport and Health. Physical exercise.
INTRODUÇÃO
Quando falamos sobre a prática de atividade física e seus benefícios para a saúde das pessoas é preciso compreender o conceito e o impacto que esta tem na vida de um indivíduo, pois na visão de muitos, a prática destina-se apenas aqueles com algum tipo de comorbidade ou para quem busca um corpo escultural e perfeito. Entretanto, vale ressaltar a importância da atividade física como fundamental em qualquer idade, sendo portanto, um dos meios de cuidar de nossa saúde e ter uma melhor qualidade de vida. Além disso, a atividade física é indispensável para prevenir e combater doenças crônicas como, por exemplo, diabetes tipo 2 e hipertensão arterial.
Quando se trata o assunto de forma individual, pesquisas evidenciam a capacidade da atividade física na prevenção de doenças mentais, redução dos efeitos de estados negativos (estresse e depressão), além disso, no favorecimento de emoções positivas. No nível social, podemos dizer que a atividade física pode ser vista como um importante capital social, uma vez que ela apresenta melhorias na saúde física e mental da população, tudo isso com baixos níveis de gastos financeiros (PEIXOTO, 2021).
Portanto, segundo a Organização Mundial de Saúde a atividade física pode ser definida como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos, que requer gasto de energia – incluindo atividades físicas praticadas durante o trabalho, jogos, execução de tarefas domésticas, viagens e atividades de lazer (OMS, 2014).
Nesse sentido, podemos definir a atividade física como algo que se realiza, com o objetivo de manter ou melhorar o nível de habilidades físicas ou de nossa saúde. Você pode praticar atividade física em pelo menos quatro domínios da sua vida: no seu tempo livre; quando você se desloca; nas atividades do trabalho ou dos estudos; e nas tarefas domésticas.
Diferente do conceito que alguns têm de que as atividades físicas não se aplicam ao seu caso, Brasil (2021, p.11) salienta que:
A atividade física é importante para todos […], inclusive para os bebês. O crescimento e o desenvolvimento saudáveis são os principais benefícios da atividade física na infância, mas a atividade física também:
- Auxilia no controle do peso adequado e na diminuição do risco de obesidade;
- Melhora a qualidade do sono;
- Auxilia na coordenação motora;
- Melhora as funções cognitivas e a prontidão para o aprendizado;
- Ajuda na integração e no desenvolvimento de habilidades psicológicas e sociais;
- Contribui para o crescimento saudável de músculos e ossos;
- Melhora a saúde do coração e a condição física.
De fato, temos de concordar que praticar uma atividade diariamente, tende a ser de grande proveito, inclusive para o fortalecimento muscular, algo que sem sombra de dúvida beneficia a todos. Por esse motivo, idosos (com 65 anos ou mais) devem adicionar atividades físicas que enfatizem o equilíbrio e a coordenação, o que o ajudará a prevenir quedas e melhorar a saúde. Entretanto, quando se adota um comportamento sedentário, os danos à saúde podem ser prejudiciais. Por exemplo, pode aumentar o risco de doenças cardíacas e de câncer. Todos podem se beneficiar com o aumento da atividade física e a redução do comportamento sedentário, incluindo mulheres grávidas, no pós-parto e pessoas que vivem com doenças crônicas ou deficiências (CAMARGO; ANEZ, 2021).
Apesar de haver evidências dos benefícios da prática de atividade física, é comum encontrarmos pessoas que relutam em praticá-la. Tal relutância ou indisposição tem levado à morte de quatro a cinco milhões de pessoas por ano, sendo que tais mortes poderiam ser evitadas se a população global fosse mais fisicamente ativa (CAMARGO; ANEZ, 2021).
Esta pesquisa busca tecer relações entre a prática de atividade física e os benefícios promovidos para a saúde das pessoas de diferentes idades. Tal busca nasceu de uma inquietação com relação à crença por parte de muitos de que tal atitude, não se faz necessária para termos uma vida ativamente saudável, além da crença de que praticar atividade física é para quem apresenta algum problema de saúde ou busca um corpo bonito.
Contudo, devido a vivência próxima obtida por parte do pesquisador junto a pessoas praticantes de atividade física e seus resultados positivos, surge o grande interesse em tornar conhecida a relação existente entre a prática de atividade física e seus benefícios para a saúde de todos. Surgindo a partir de então a grande curiosidade de descobrir como se dar todos esses resultados positivos.
Com isso, o presente estudo tem como questão problema: quais os benefícios da atividade física para a saúde de uma pessoa?
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Compreender como a prática de atividade física pode beneficiar pessoas nas mais diversas idades e fases da vida.
Objetivos Específicos
Descrever os benefícios adquiridos por meio da prática de atividade física e como essa possibilita ao praticante uma condição de bem-estar e melhora na qualidade de vida;
Analisar a opinião de pesquisadores das diversas áreas de conhecimento, sobre os resultados positivo obtidos por meio da prática diária de atividades físicas;
Identificar a influência positiva da atividade física na redução dos sintomas de depressão, ansiedade e bem-estar geral.
REFERENCIAL TEÓRICO
Entendendo a atividade física
Vale ressaltar que a prática de atividade física é de grande importância para nosso bem-estar físico e mental. Sendo, portanto, indispensável para pessoas de todas as idades. Mas o que é atividade física?
Podemos dizer que atividade física é um determinado comportamento que envolve, algumas facetas de nossa vivência, como por exemplo, movimentos voluntários do corpo, onde são produzidos gastos de energia acima do que conhecemos como nível de repouso, promovendo interações com o ambiente, podendo acontecer no tempo livre, no deslocamento, no trabalho, no estudo e nas tarefas domésticas.
Alguns dos exemplos de atividade física que conhecemos envolve: caminhar, correr, pedalar, brincar, subir escadas, carregar objetos, dançar, limpar a casa, passear com animais de estimação, cultivar a terra, cuidar do quintal, praticar esportes, lutas, ginásticas, yoga, entre outros. A atividade física faz parte do dia a dia e traz diversos benefícios, como o controle do peso e a melhora da qualidade de vida, do humor, da disposição, da interação com as outras pessoas e com o ambiente (BRASIL, 2021).
Você pode fazer atividade física em alguns domínios de sua vida e quando tiver que direcionar maiores esforços a práticas específicas de uma determinada atividade (academia, natação, jump, etc.) recomenda-se a combinação de exercícios aeróbicos, trabalhando o aumento sistemático do tempo, frequência, carga, e intensidade gradativamente (RAMOS et al., 2020). Além disso, podem ser feitas em diferentes graus. Normalmente, quanto maior a intensidade, maior é o aumento dos batimentos do coração, da respiração, do gasto de energia e da percepção de esforço. Para saber qual intensidade da atividade que você está praticando, procure observar como se sente.
A intensidade pode ser leve exigindo o mínimo de esforço físico e causar pequeno aumento da respiração e dos batimentos do seu coração. Numa escala de 0 a 10, a percepção de esforço é de 1 a 4. Nesse tipo de esforço você consegue respirar tranquilamente e conversar durante o movimento ou até cantar uma música. Quando se trata um nível moderado, exige-se maior esforço físico, fazendo você respirar mais rápido que o normal e aumentando os batimentos do seu coração. Numa escala de 0 a 10, a percepção de esforço é de 5 e 6. Terá dificuldade para conversar e não vai conseguir cantar. Num grau mais vigoroso, se exige um grande esforço físico, você respira mais rápido e aumenta muito os batimentos do seu coração. Numa escala de 0 a 10, a percepção de é esforço é 7 e 8. Não te possibilitando nem mesmo conseguir conversar durante o movimento (BRASIL, 2021).
Apesar de ser cada vez mais evidente os resultados positivos da prática de atividade física, conforme apontam alguns autores, fazer dela uma necessidade ou hábito indispensável, ainda é um assunto de muito impasse na atual sociedade em que vivemos, pois, é comum um estilo de vida sedentário por parte de uma grande maioria.
Que atividades físicas você pode fazer?
Pode reservar tempo para fazer atividade física com amigos, com a família ou sozinho, fazendo aquilo que gosta. Você pode caminhar, participar de programas orientados de atividades como musculação, hidroginástica, treinamento funcional, pilates, yoga, alongamento e dança.
Alguns esportes também podem ser agregados, entre eles: voleibol, peteca, badminton, tênis de mesa ou de campo. Ao se deslocar para o mercado, shopping, farmácia, Unidade Básica de Saúde, igrejas, casa de amigos ou familiares caminhe ou ande de bicicleta. No trabalho você pode optar por subir escadas ao invés de usar o elevador. Ou ainda, ser ativo realizando atividades como plantar, regar, colher, pescar, limpar, varrer e se deslocar caminhando de um lugar a outro. Nas tarefas domésticas, contribua com as atividades realizadas no lar, faça algo como: varrer, lavar louça, lavar roupa, jardinagem, passear com animais de estimação, empurrar carrinho de bebê entre outras coisas (BRASIL, 2021).
É importante ressaltar que toda atividade física conta e pode ser realizada como parte de sua rotina de trabalho, esporte e lazer ou transporte (caminhando, patinando e pedalando), bem como nas suas tarefas diárias e domésticas.
Toda atividade física conta, ela pode ser realizada como parte do trabalho, esporte e lazer ou transporte (caminhando, patinando e pedalando), bem como tarefas diárias e domésticas (CAMARGO; ANEZ, 2020).
Atividade física um benefício para todas as idades
A qualidade de vida e a saúde das pessoas têm ganhado destaque nos meios de informação, em especial no que tange a busca de medidas, que possam beneficiar a todos, e isso, vem acontecendo no Brasil e na maioria dos países em desenvolvimento. A literatura traz evidências referentes ao tema, na prevenção e diminuição dos efeitos nocivos do envelhecimento e dos danos causados por uma vida de sedentarismo.
As mudanças que ocorrem no aparelho locomotor devido ao avanço da idade, ocasionam diminuição do equilíbrio, dores nas articulações, aumento da fragilidade óssea e redução da função natural da idade. A atividade física regular, podem contribuir para reduzir os danos, tornando-se portanto, uma opção para melhorar a qualidade de vida na velhice, visto que a atividade física, ajuda na manutenção da força, no auxílio do restabelecimento de laços de amizade, no comportamento social e no lazer (TELES; QUIRINO, 2020).
Por essas razões, recomenda-se que crianças e adolescentes (5-17 anos), pratiquem uma média de 60 minutos por dia de atividade física de forma moderada a vigorosa intensidade durante a semana, a maior parte dessa atividade deve ser aeróbica. A realização de alguma atividade, melhora a aptidão física cardiorrespiratória e muscular, saúde cardiometabólica (pressão arterial, dislipidemias, glicose e resistência à insulina), saúde óssea, cognição (desempenho acadêmico e função executiva), saúde mental (redução dos sintomas de ansiedade e depressão). Por outro lado, maiores quantidades de comportamento sedentário estão associados ao aumento da adiposidade, saúde cardiometabólica diminuída, menor aptidão, menor comportamento pró-social e redução do tempo de duração do sono (CAMARGO; ANEZ, 2021).
No caso dos adultos (18-64 anos), a atividade física diminui a mortalidade por doenças cardiovasculares, a incidência de hipertensão, câncer, diabetes tipo 2, reduz os sintomas de ansiedade, depressão, cognição, adiposidade corporal e melhora o sono. Caso prefira atividades moderadas, deve praticar, pelo menos, 150 a 300 minutos por semana. Se optar pelas atividades físicas vigorosas, você deve praticar, pelo menos, 75 minutos por semana. Para benefícios adicionais à saúde, busque praticar atividade física de forma regular e aumentar progressivamente o tempo por semana (BRASIL, 2021).
Idosos com 65 anos ou mais, praticar atividade física lhe proporciona benefícios como: diminuição da mortalidade por todas as causas de doenças cardiovasculares e hipertensão. Além disso, ajuda a prevenir quedas e lesões relacionadas ao declínio da saúde óssea e da capacidade funcional. Os idosos podem aumentar a atividade física aeróbica de moderada intensidade para mais de 300 minutos, ou fazer mais de 150 minutos de exercícios aeróbicos de vigorosa intensidade ou uma combinação equivalente de atividades moderadas e vigorosa intensidade ao longo da semana para benefícios adicionais à saúde (CAMARGO; ANEZ, 2021).
Por que você deve fazer atividade física?
Ao se tornar uma pessoa fisicamente ativa, perceberá algumas mudanças na sua qualidade de vida. Há aquelas que serão observadas mais rápido do que outras. Porém, mesmo aquelas que você não percebe são importantes. Alguns dos benefícios gerados por essas mudanças envolvem a promoção do seu desenvolvimento humano, melhoria nas suas habilidades de socialização, aumento de sua energia, disposição, autonomia, melhora a mobilidade e fortalece músculos e ossos, ajuda a reduzir o colesterol e o diabetes, além de reduzir o risco para demência, como a doença de Alzheimer (BRASIL, 2021).
Pessoas que se dedicam a algum tipo de atividade física obtém melhor qualidade de vida, tanto física quanto mental. Hábitos como esses de praticar alguma atividade é muito benéfico para aqueles com diabetes, desde que façam de forma certa, e seguindo algumas precauções.
Segundo Dutra e Rodrigues (2019), é uma forma de tratamento da diabete muito promissora e que pode ser prazerosa para quem executa. A execução de uma atividade física é de grande valia para se obter uma boa qualidade de vida. Os benefícios são vários como: perda de peso e gordura, correção de hábitos posturais, bem-estar físico e mental, além de ajudar na prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares e Diabetes Mellitus tipo I.
Portanto, pessoas com diabetes podem sim, realizar uma atividade física de forma regular como qualquer outra pessoa, desde que seja acompanhada por um profissional da área. Pois, é preciso certo cuidado para evitar complicações da doença ao praticante. Antes de iniciar suas atividades físicas, é necessário a realização de exame clínico, anamnese onde o praticante com diabetes deve relatar sua real condição; após isso o profissional realiza a avaliação física para identificar objetivos e limitações (SBD, 2019-2020).
A atividade física contribui para a autoestima
De acordo com estudos realizados por Teixeira et al. (2016), ficou evidente que, quanto mais a pessoa envelhece, menores são seus níveis de autoestima e maiores os de depressão, onde relaciona tal fato a diminuição da autonomia que vai sendo perdida com o avanço da idade.
Isso é compreensível até porque a aposentadoria faz com que os idosos se sintam isolados e inúteis socialmente, a morte do(a) companheiro(a) ou a síndrome do ninho vazio, gera uma perda de referência familiar, causando um sentimento de solidão, tendo como consequência distúrbios ligados à depressão, citado por alguns como “mal do século” para o grupo da terceira idade. Entretanto, uma das medidas adotadas para amenizar esses danos e aumentar a qualidade de vida da população é a implantação da atividade física regular (BITENCOURT; SIMÕES, 2019).
Diante do que foi mencionado, a prática regular de exercícios físicos pode ser utilizada como artifício para diminuir os danos provocados pelo envelhecimento e, levando em consideração a capacidade de estimular funções primordiais do organismo, mostra ser relevante em aspectos ligados ao aparelho locomotor, que se relaciona com a independência para realização das atividades da vida diária (AVDs), que consequentemente reforça uma sensação de sucesso, favorecendo a autoestima (ASSIS; MASSING; MORO, 2019).
Além de tudo, estudos realizados com idosas, mostrou que aquelas que apresentavam sintomas de depressão, participavam há pouco tempo de um programa de atividade física, em contrapartida, as que participavam já por alguns anos, possuem bom nível de qualidade de vida, além do pouco índice de depressão (TELES; QUIRINO, 2020).
METODOLOGIA
O presente estudo é uma pesquisa de natureza básica que segundo Nascimento (2016), objetiva gerar conhecimento novo para o avanço da ciência, busca gerar verdades, ainda que temporárias e relativas, de interesses mais amplos
(universalidade), não localizados. Não tem, todavia, compromisso de aplicação prática do resultado. Envolve verdades e interesses universais.
Trata-se também de uma pesquisa com objetivos exploratórios, conforme leciona Gil (1991), pesquisas exploratórias objetivam facilitar familiaridade do pesquisador com o problema objeto da pesquisa, permitindo dessa forma a construção de hipóteses ou tornar a questão ainda mais clara. Um dos exemplos mais conhecido de pesquisas exploratórias citadas por ele são as de cunho bibliográfico.
Devido ao fato do tema proposto ser amplo e documentado em nossa cultura com inúmeras abordagens, às questões mais pertinentes, gerou uma busca um tanto desafiadora. Utiliza-se aqui uma abordagem ou metodologia qualitativa que proporcionará de forma mais ampla, uma compreensão da temática aos interessados e curiosos pelo tema.
Pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado. Tem como base a interpretação dos fenômenos observados e no significado que carregam, ou no significado atribuído pelo pesquisador, dada a realidade em que os fenômenos estão inseridos. Passa a considerar a realidade e a particularidade de cada sujeito objeto da pesquisa (NASCIMENTO, 2016).
A pesquisa é classificada em detrimento dos procedimentos em uma revisão bibliográfica. De acordo com Nascimento (2016) ela serve para ambientar o pesquisador com o conjunto de conhecimento sobre o tema. Pode-se dizer que ela é a base teórica para o estudo, devendo, por isso, constituir leitura seletiva, analítica e interpretativa de livros, artigos, reportagens, textos da Internet, filmes, imagens e sons. O pesquisador deve buscar ideias relevantes ao estudo, com registro fidedigno das fontes. Pesquisas dessa natureza são bastante úteis para aguçar a curiosidade do pesquisador e despertar inquietações sobre o que está sendo estudado.
Para a elaboração da pesquisa foi selecionado os autores e as obras a serem utilizadas, o levantamento dos dados aconteceu por meio de algumas publicações nacionais com análises de fatos também internacionais, das quais, foram traduzidas para o português visando especialmente debater o tema: quais os
benefícios da atividade física para a saúde de uma pessoa. Tal busca se deu para esclarecer como pessoas de faixa etária diferente podem ser beneficiadas com a prática de uma atividade física.
Foram selecionados diversos temas, revistas e artigos envolvendo a temática. Entres tais temas podemos citar alguns:
- Compreendendo as razões para a prática e seus desfechos psicológicos positivos;
- Atividade física e qualidade de vida na terceira idade;
- Atividade física de idosos e a promoção da saúde nas unidades básicas;
- Diretrizes da OMS para atividade física e comportamento sedentário;
- Guia de atividade física para a população brasileira;
- Benefícios da atividade física para portadores de diabetes tipo I;
- Qualidade de vida em idosos que praticam atividade física – uma revisão sistemática;
- Efeito da atividade física no aparelho locomotor do idoso;
- O impacto da atividade física sobre crianças e adolescentes;
- Benefícios da atividade física na terceira idade para a qualidade de vida;
- Benefícios da atividade física pós-infarto.
Entre tantos outros em destaque que são citados para o levantamento dos relatos apresentados.
Após a escolha dos conteúdos, foi estruturada as seguintes etapas: definição do objeto de pesquisa e definição das fontes de pesquisa a serem utilizadas, buscando estabelecer dois tipos de documentos (dos quais se necessitaria consultar em apoio) a serem consultados e a composição da mesma. É um trabalho envolvendo meses de leitura para que seja feito uma composição harmônica dos conteúdos produzidos em revistas e artigos, com lógica científica das informações que se pretendia pesquisar. Buscou-se concentrar-se nas pessoas de diferentes idades de ambos os sexos. A partir dos dados coletados nas mais diversas referências, foi feito um cruzamento das informações antigas com as mais recentes, referente ao que cada autor colocava sobre o tema. Todo esse processo possibilitou uma melhor clareza para a explanação do tema envolvendo os benefícios adquiridos pela realização de uma atividade física.
As palavras chaves foram: Atividade física. Prática da atividade. Esporte e Saúde. Exercício físico. Os critérios de inclusão foram: Documentos que tratavam especificamente do assunto envolvendo a prática de atividades físicas em diversos campos da vida. Como critérios a serem excluídos temos: Artigos que não abordavam fontes confiáveis sobre o assunto e artigos que mesmo contendo as palavras chaves não detalharam o tema a ser pesquisado. Objetivando uma compreensão sobre a temática dos dados coletados. Foi realizada leituras de vários artigos e por meio dos dados obtidos, foi possível elucidar a problemática envolvendo o tema em questão.
O intuito é elaborar pistas que conduzam a uma compreensão da temática em questão. Compreendendo melhor os resultados obtidos para a saúde, quando se dedica a alguma atividade física.
ANÁLISE E DISCUSSÃO
Atividade física e seus benefícios para a saúde
O resultado de inúmeras pesquisas, têm demonstrado a forte ligação entre a prática de atividades físicas e o desenvolvimento de característica psicológica positiva, mobilizando importantes instituições, de envergadura internacional e representantes da psicologia do esporte, a publicarem documentos destacando os benefícios do exercício (Association for Applied Sport Psychology, n.d; International Society of Sport Psychology, 1992), e tem levado muitos pesquisadores a propor atuação em psicologia do esporte e do exercício físico baseada nos fundamentos da Psicologia Positiva (BRADY; GRENVILLE-CLEAVE, 2018; NAKANO; PEIXOTO, 2020).
De maneira geral, o que esses autores sugerem é que a a psicologia do esporte e do exercício, pode vir a se beneficiar da aplicação da Psicologia Positiva, pois ainda podemos explorar muito em relação às potencialidades da prática de exercícios físicos para a promoção do bem-estar, da saúde mental e do desenvolvimento positivo de uma pessoa, bem como em relação a variáveis relacionadas ao engajamento e manutenção dessas atividades ao longo da vida (BRADY; GRENVILL-CLEAVE, 2018).
Dentre os fenômenos psicológicos associados à adesão da prática de exercícios físicos, têm sido destacadas razões positivas para que essas sejam parte da vida diária das pessoas, uma vez que a mesma proporciona uma condição positiva de bem-estar. Quando se tem conhecimento das razões pelas quais as pessoas se exercitam, isso pode ajudar os estudiosos a compreender os fatores motivacionais associados a esse comportamento, o que por sua vez pode levar a intervenções e programas de exercícios mais oportunos às características dos participantes e, portanto, mais eficazes. Tais esforços nessa direção tornam-se mais relevantes ao se constatar que embora sejam amplamente divulgados os efeitos positivos do exercício físico sobre a saúde física e psicológica, uma esmagadora porcentagem da população nas sociedades industrializadas leva uma vida sedentária (i.e., cerca de 70%) ou abandona a prática nos primeiros seis meses (i.e., cerca de 50%) dando a entender que esses benefícios não são razões suficientes para que se façam exercícios (PEIXOTO, 2021).
Por outro lado, sabe-se que o declínio estrutural do sistema nervoso central (SNC), tem início a partir da terceira década de vida, o que por si só seria uma boa razão para se começar a praticar algum tipo de atividade física. De forma natural, com o passar dos anos, o nosso cérebro tende a apresentar maior atrofia nas regiões do hipocampo, córtex frontal, parietal e temporal. Regiões tradicionalmente relacionadas com funções de memória, motricidade, planejamento motor e associação de informações. Essa atrofia está associada a perdas teciduais e a mudanças na mielinização das fibras nervosas, resultando na redução no volume de substância branca. Logo, o processo de envelhecimento neural implicaria, entre outros fatores, um provável declínio na velocidade de processamento de informações e de memória (SUGIURA, 2016).
Uma maneira que tem sido apontada de retardar o envelhecimento do sistema nervoso (SN) e combater possíveis situações envolvendo casos demenciais e neurodegenerativos ligados à idade, seria o engajamento do indivíduo na prática regular de atividades físicas. As descobertas têm demonstrado que a prática de exercícios ou atividades físicas contribui significativamente no tratamento das doenças crônico-degenerativas, além de ter efeito neuroprotetor e preventivo no surgimento de doenças neurais. Além disso, já foi claramente estabelecido que os exercícios físicos são uma forma eficaz de se prevenir o declínio da capacidade funcional das pessoas de mais idade (RAICHLEN; ALEXANDER, 2017).
Os efeitos positivos da prática de exercícios físicos na funcionalidade de idosos incluem maior independência em atividades de autocuidado, melhoria da autoestima, melhor qualidade de vida, maior expectativa de vida, redução do risco de quedas e da mortalidade (GALLOZA et al., 2017).
Depressão e atividade física
Quando falamos sobre depressão estamos nos referindo a um tipo de transtorno comum, porém, sério e que interfere na vida diária, capacidade de trabalhar, dormir, estudar, comer e aproveitar a vida. Ela pode ser causada por uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos.
Segundo alguns pesquisadores a prática de atividade física contribui para a formação de veiculos sociais, proporciona índices menores de depressão, produz melhora na autoestima, no aspecto emocional, na redução da tensão, do mal humor e da ansiedade. Fica evidente que quanto mais envelhecemos, menores são nossos níveis de autoestima o que sem dúvida contribui para níveis elevados de depressão. Portanto vale ressaltar que a prática de atividade física regular e direcionada é útil tanto quando o assunto é prevenção de quadros depressivos quanto na melhora de sintomas já instalados, sendo de grande relevância o aprofundamento desses estudos, diante dos quadros depressivos e de outras doenças que atingem as pessoas à medida que envelhecem (TELES; QUIRINO, 2020).
Diante de um mal como a ansiedade, depressão, sobrepeso entre outros, que podem ser amenizados por meio de alguma atividade ligada à prática de exercícios, surge em 2018, o cenário internacional que se apresenta de modo positivo quanto à capacidade de intervenção em prol da melhoria da qualidade de vida da população. Inclusive a Organização Mundial da Saúde capitaneia o Plano de Ação 2018 – 2030, visando mostrar aos países uma maneira de tentar reduzir a inatividade em adultos e adolescentes em 15% até 2030. A proposta é criar movimentos junto às sociedades com o objetivo de torná-las mais ativas e que possibilitem às pessoas de todas as idades, habilidades de passar mais tempo andando de bicicleta, praticando esportes ou lazer criativo, dançando e brincando a fim de evitar os inúmeros problemas relacionados ao sedentarismo (GARWOOD et al., 2018).
Hoje mais do que nunca, sabemos que a atividade física regular é um fator chave de proteção para prevenção e controle das doenças não transmissíveis (DNTs), como as doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e vários tipos de cânceres. A atividade física tem um papel importante no bem-estar de nossa saúde mental, incluindo prevenção do declínio cognitivo e sintomas de depressão e ansiedade, podendo contribuir para a manutenção da vida e da saúde do indivíduo de um modo geral. As estimativas globais indicam que 27,5% dos adultos e 81% dos adolescentes não atendem às recomendações da OMS de 2010 para atividade física, com praticamente nenhuma melhora observada durante a última década. Há também desigualdades acentuadas: os dados, por exemplo, mostram que, na maioria dos países, meninas e mulheres são menos ativas do que meninos e homens, e que as diferenças são significativas nos níveis de atividades físicas entre grupos econômicos de alta e baixa renda, e entre países e regiões (CAMARGO; ANEZ, 2020).
As inúmeras evidências já abordadas indicam que a prática regular de alguma atividade física por parte das pessoas, tem benefícios imensuráveis em diversos campos de nossa vida.
No entanto, esse estudo mostra que essa temática ainda possui muitos aspectos a serem analisados, abrindo campo para várias outras pesquisas relacionadas a esse tema. Pois, como se percebeu nesta pesquisa, há inúmeros fatores de ordem biológica, genética, social e cultural envolvidos. Sugeriram-se mais pesquisas e investimentos na compreensão dos benefícios ligados à prática de atividade física para a saúde das pessoas em diferentes estágios e períodos de suas vidas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto, foi possível concluir que pessoas que praticam alguma atividade física apresentam melhor qualidade de vida se comparado com aqueles que vivem de forma sedentária, a prática de AF permite que pessoas criem círculo de amizades, onde na grande maioria, com o avanço da idade o indivíduo se depara com a solidão e o isolamento social. Em se tratando da pessoa idosa, esse é um dos principais motivos para praticarem atividade física e se manter motivado o que também é um forte aliado no combate de sintomas ligados a depressão, já que a atividade física tem o poder de elevar a autoestima das pessoas, aumentar a autoconfiança, auxiliar de forma positiva no tratamento de doenças crônicas como é o caso da hipertensão.
Existem inúmeros motivos para nos exercitarmos e um leque gigantesco de possibilidades de como se pode fazer isso, independente do poder aquisitivo, qualquer pessoa consegue ter acesso a alguma atividade ou exercício físico. É preciso admitir que qualidade de vida e longevidade andam de mãos dadas com a prática regular de atividades físicas. Durante toda a vida é possível ser recompensado com os benefícios que ela proporciona, sabendo que nunca é tarde para começar a colher os resultados benéficos que ela pode trazer.
Mesmo apresentando resultados animadores, há inúmeras dúvidas quanto à melhor forma de prescrever e de se executar. Hoje por exemplo, há uma tendência cada vez maior de associar exercícios aeróbicos com aqueles que podem fortalecer os músculos conforme foi abordado. Lembrando sempre, que os programas de exercícios devem ser individualizados conforme as necessidades específicas do praticante e levando em consideração sua idade e condição física. Portanto, é conhecido que a aderência a longo prazo de uma atividade é necessária para se beneficiar ou manter os ganhos adquiridos por praticar uma determinada atividade física.
REFERÊNCIAS
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1Pós Graduando em Psicologia do Esporte/Atividade Física
Faculdade Facuminas