REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10008512
Jefferson Pereira da Costa1;
Jeriane Batista de Souza2;
Juliane Almeida de Lima3;
Marilu do Carmo Brito4;
Orientadora: Msc Vanessa Alves5;
Coordenador: Weuler Arce6.
Resumo: A sustentabilidade tornou-se um dos pré-requisitos para o desenvolvimento eficaz dos mais diversos setores, inclusive o ramo de oficinas mecânicas. O principal objetivo desse artigo é apresentar os processos de melhoria continua, na empresa onde foi desenvolvido o estágio supervisionado II, esta que atua na cidade de Manaus no ramo automobilístico de vendas e prestação serviços de veículos. Em destaque para o setor da oficina mecânica, pois trata-se do setor que mais gera itens que agridem o meio ambiente. Implantando praticas voltadas para amenizar o impacto ambiental. Como consumo consciente de matérias, descartes de resíduos e peça em logística reversa. Fazendo com que essas práticas sejam ampliadas para outros setores da empresa ou até mesmo alcançando outras empresas de Manaus com o fator de sustentabilidade. Para isso, realizou-se pesquisas bibliográficas e estudo de caso visando inserir as práticas que enquadrasse nesse setor. O estudo evidenciou a necessidade da empresa inserir mudanças e adaptações para torna-la mais competitiva atuando junto ao mercado, visto como uma empresa “sustentável’ dentro das legalidades formais.
Palavras-chave: Sustentabilidade; Descarte; Melhorias; Oficina; Mecânica.
1 INTRODUÇÃO
A situação atual das oficinas e ferros-velhos em Manaus é caracterizada por um grande acúmulo de lixo e entulho, devido à falta de medidas para descartar os resíduos e peças, afetando a saúde dos moradores. O envelhecimento desse entulho juntamente com as reações climáticas causa o fenômeno corrosão metal que chamamos de ferrugem.
A gestão ambiental é atrelada a um conjunto de medidas que têm o intuito de gerenciar os impactos ambientais de um negócio (PANE HADEN et al., 2009). As atividades do setor automotivo estão ligadas a diversos riscos ambientais, ainda que a indústria tenha se desenvolvido ao longo dos anos para minimizar esses impactos, através de tecnologias que diminuem a emissão de gases, motores mais eficientes, componentes químicos menos agressivos em tintas e plásticos, por exemplo, favoreceram o setor em ganhos sustentáveis (ZAVALA et al., 2011). Assim, de acordo com o Department of Environment and Climate Change NSW (DECC) of New South Wales Governement of Australia existem preocupações, em relação às oficinas mecânicas, dado que seus impactos atingem os recursos naturais como água, solos, o ar, a fauna e a flora. A utilização dos próprios recursos naturais (renováveis e não renováveis) nos serviços de uma oficina mecânica também está associada aos principais fatores prejudiciais ao meio ambiente (DECC, 2008).
Os principais resíduos produzidos por uma oficina mecânica são distribuídos entre os próprios componentes dos automóveis, os materiais utilizados na área de reparação e os de uso comum de toda estrutura da empresa (MANGUEIRA, 2014). Na questão dos automóveis, ao passo que os serviços são realizados, peças e componentes são retrabalhados e substituídos, gerando resíduos e materiais de descarte.
Dentre esses estão as baterias, óleos de motor, de transmissão e de direção, fluídos de freio, de arrefecimento e de refrigeração, lâmpadas, filtros e componentes de ligas aço, alumínio e plástico (DECC, 2008). Dentre os materiais de uso na área de reparação de veículos e demais áreas da oficina, destacam-se a utilização de solventes (querosene, thinner, desengraxantes e desengripantes), graxas, combustíveis, lixas, colas, estopas e panos (com ou sem contaminação de óleo), papelões, papéis, recipientes de plástico ou vidro e tintas (VILAS, 2006).
Cada vez mais o mercado vem reivindicando a competitividade das empresas gerando uma busca crescente entre elas para adequa-se a estas exigências, pois, com a informação das mídias sociais. Criando o interesse dos clientes em buscar serviços em empresas que estejam voltadas as questões de responsabilidade social e sustentabilidade.
Visto que na atualidade da cidade de Manaus a grande quantidade de sucatas abandonadas em oficinas irregulares. Além do impacto ambiental dessas práticas, ademais, se torna um alto custo financeiro devido as multas, custos de remediação e potenciais ações judiciais.
O artigo está dividido em 3 partes. Na primeira seção apresenta-se o conceito de sustentabilidade e o aparato jurídico, que envolve oficinas mecânicas no processo de descarte de óleos e resíduos.
Na segunda seção, será apresentado a proposta da utilização da metodologia do ciclo PDCA para auxiliar na resolução do problema do descarte de resíduos e peças de oficinas mecânicas em Manaus. A proposta consiste em aplicar o ciclo PDCA em cada uma das etapas do gerenciamento dos resíduos e peças: geração, armazenamento, transporte e destinação final.
Em seguida, o descarte correto de óleos e peças em bom uso. Desde a coleta, armazenamento, reciclagem e tratamento responsáveis desses materiais, de acordo com as regulamentações especificas.
Finalizando o estudo aplicando métodos de melhoria continua e sua importância para sustentabilidade e treinamento para os colaboradores da empresa.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 O QUE É SUSTENTABILIDADE
A origem etimológica da sustentabilidade encontra-se em uma forma derivada do verbo sustentar, que seria similar a manter (REDCLIFT, 1994). Entre cientistas de língua hispânica, costuma-se discutir a tradução correta do termo em duas frentes: a primeira, acredita que sustentabilidade deriva de sostenibilidad, de sostener, que significa ser mantido; a segunda, defende que sua origem é sustentabilidad, de sustentar, que indica manter (BECKER, 1997). No meio científico, o termo sustentabilidade surgiu nas áreas de Biologia e Ecologia, representando a capacidade que um ecossistema possui de manter um equilíbrio dinâmico que permita a subsistência da maior biodiversidade possível, incluindo todas as espécies. (BOFF, 2010).
2.2 SUSTENTABILIDADE EM OFICINA MECÂNICAS
Nas organizações, o termo sustentabilidade tem estado presente em diversos discursos que buscam justificar os impactos das diferentes atividades produtivas sobre o ambiente e legitimar sua atuação frente à sociedade. Por isso, segundo Andrade (2001), as estratégias socioambientais não devem ser analisadas apenas sob a dimensão técnico-econômica, mas como um jogo político de busca de legitimidade e vantagem competitiva.
Em uma oficina não é diferente das grandes empresas, dessa forma é possível investir no crescimento não somente na capacidade de gerar lucros, mas também em não prejudicar a qualidade de vida dos colaboradores e ambiente. Mantendo-se diferenciado no mercado, com serviço de maior valor agregado e prevenção de multas.
2.3 REGULAMENTAÇÃO AMBIENTAL PARA UM FUTURO SUSTENTÁVEL
Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é uma Lei (Lei n°12.305/10) regulamentada pelo Decreto 7.404/10 que propõe a prática de hábitos de consumo sustentáveis. Regulariza a forma com que a cidade lida com o lixo e exigindo de empresas, públicas e privadas, transparência no gerenciamento dos resíduos.
A constituição de 1988 enfatiza fortemente a proteção ambiental. Na realidade, despertou a consciência de que é inegavelmente necessário aprender a viver em harmonia com a natureza traduzindo o que pode ser considerado um dos sistemas de proteção ambiental mais abrangentes do mundo para o ambiente
Artigo 225 da Constituição federal de 1988:
[…] Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público à coletividade o dever de defende-lo e preservá-lo para os presentes e futuras gerações […].
Conforme a Lista Brasileira de Resíduos Sólidos do Ibama dispõe quais resíduos automotivos que se enquadram como resíduos sólidos:
- Veículos em fim de vida de diferentes meios de transporte (incluindo máquinas de todo terreno) e resíduos do desmantelamento/desmanche e da manutenção de veículos em fim de vida;
- Pneus inservíveis/usados e da manutenção de veículos em fim de vida; • Veículos em fim de vida esvaziados de líquidos e outros componentes perigos; • (*) Filtros de óleos automotivos; e
- (*) Veículos em fim de vida no geral.
No qual os sinalizados com (*) são considerados resíduos perigosos.
Por conseguinte, existe o princípio do poluidor-pagador. Esse princípio sob exame (polluter pays principle) também é chamado de princípio responsabilidade (ou responsabilização). Isso ocorre porque alguns estudiosos acreditam que a denominação poluidor-pagador pode levar a alguns mal-entendidos.
É claro que o objetivo deste princípio não é tolerar a poluição a algum custo, nem é limita-se a compensar os danos causados e, mais precisamente, a evitar danos ao meio ambiente.
Foi introduzido em nosso ordenamento jurídico através do art. 4, sete, mais tarde e complementado pelo art. Seção 14 (1) da Lei Nacional de Política Ambiental. Finalmente, a Constituição de 1988 incorporou o princípio do poluidor-pagador nas suas disposições. Isto está previsto nos artigos 2.º e 3.º. 225 CF, lixo publicitário:
[…]ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo
órgão público competente, na forma da Lei. §3º As condutas e
atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. […]
Isso Impõe uma ampla obrigação ao poluidor de suportar os custos relacionados com a poluição e de cobrir todos os custos de proteção ambiental, que incluem a prevenção da poluição, a remediação e os custos preventivos. Buscando a internalização das externalidades ambientais, ou seja, os investimentos para a prevenção e reparação dos danos.
Na cidade de Manaus a política municipal de meio ambiente é orientada pela Lei n°605/2001, portanto, todos devem respeitar o Código Ambiental.
Dispõe o Capítulo I – Dos princípios, do Código Ambiental do Munícipio de Manaus:
Art. 1° – Este Código, fundamentado no interesse local regula a ação do Poder Público Municipal e sua relação com os cidadãos e instituições públicas e privadas, na preservação, conservação, defesa, melhoria, recuperação e controle do meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de natureza difusa e essencial à sadia qualidade de vida.
Art. 2° – A Politica Municipal de Meio Ambiente é Orientada pelos seguintes princípios gerais:
I. o direito de todos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e a obrigação de defende-lo e preservá-lo para presentes e futuras gerações;
II. a otimização e garantia da continuidade de utilização dos recursos
naturais, qualitativa e quantitativamente, como pressuposto para o desenvolvimento sustentável;
III. a promoção do desenvolvimento integral do ser humano;
Ressalta-se que o Ibama – Ministério do Meio Ambiente, com a Resolução Conama nº 362/2005, proíbe o descarte de todos os óleos usados ou contaminados no solo, subsolo, águas interiores, mar territorial, zona econômica e esgoto ou rede de esgotamento sanitário.
Os Produtores (fabricantes) e importadores são obrigados a coletar, ou garantir o custeio de toda a coleta, de todo óleo lubrificante disponível, usado ou contaminado, na mesma quantidade que colocarem no mercado, conforme metas progressivas intermediárias e finais estabelecidas pelos Ministérios de Meio Ambiente (MMA) e de Minas e Energia (MME) em ato normativo conjunto.
O produtor e o importador poderão:
I – Contratar empresa coletora regularmente autorizada junto ao órgão regulador da indústria do petróleo ou
II – Habilitar-se como empresa coletora, na forma da legislação do órgão regulador indústria do petróleo.
A contratação de coletor terceirizado não exime o produtor ou importador da responsabilidade pela coleta e pela destinação legal do óleo usado ou contaminado coletado. Além disso, o produtor e o importador respondem, solidariamente, pelas ações e omissões dos coletores que contratem.
3 METODOLOGIA
3.1 O CICLO DO PDCA DE CONTROLE DE PROCESSOS
O ciclo PDCA é um método gerencial de tomada de decisões para garantir o alcance das metas necessárias à sobrevivência de uma organização.
Segundo ISHIKAWA (1989, 1993) e CAMPOS (1992, 1994) o ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Action) é composto das seguintes etapas:
• Planejamento (P)
Essa etapa consiste em estabelecer metas e estabelecer o método para alcançar as metas propostas.
• Execução (D)
Executar as tarefas exatamente como foi previsto na etapa de planejamento e coletar dados que serão utilizados na próxima etapa de verificação do processo. Na etapa de execução são essenciais educação e treinamento no trabalho.
• Verificação (C)
A partir dos dados coletados na execução comparar o resultado alcançado com a meta planejada.
• Atuação Corretiva (A)
Etapa que consiste em atuar no processo em função dos resultados obtidos, adotando como padrão o plano proposto, caso a meta tenha sido atingida ou agindo sobre as causas do não atingimento da meta, caso o plano não tenha sido efetivo.
A aplicação do ciclo PDCA consiste em uma ferramenta de melhoria contínua, sendo um instrumento básico de controle gerencial (fundamento da gestão da qualidade total), com o qual se busca a eliminação dos problemas por meio de ações de combate às causas que são sua raiz (COSTA, 2008).
A aplicação do ciclo PDCA consiste em uma ferramenta de melhoria contínua, sendo um instrumento básico de controle gerencial (fundamento da gestão da qualidade total), com o qual se busca a eliminação dos problemas por meio de ações de combate às causas que são sua raiz (COSTA, 2008).
De acordo com CAMPOS (1994), na utilização do método poderá ser preciso empregar várias ferramentas para a coleta, o processamento e a disposição das informações necessárias à condução das etapas do PDCA. Estas ferramentas serão denominadas ferramentas da qualidade. Entre as ferramentas da qualidade, as técnicas estatísticas são de especial importância. Algumas dessas técnicas são: •
- Sete Ferramentas da Qualidade (Estratificação, Folha de Verificação, Gráfico de Pareto, Diagrama de Causa e Efeito, Histograma, Diagrama de Dispersão, Gráfico de Controle)
- Amostragem
- Análise de Variância
- Análise de Regressão
- Planejamento de Experimentos
- Otimização de Processos
- Análise Multivariada
- Confiabilidade
Ainda segundo o autor, para entender o papel das ferramentas da qualidade dentro do ciclo do PDCA, devemos novamente destacar que a meta (resultado) é alcançada por meio do método (PDCA). Quanto mais informações (fatos, dados, conhecimentos) forem agregadas ao método, maiores serão as chances de alcance da meta e maior será a necessidade da utilização de ferramentas apropriadas para coletar, processar e dispor estas informações durante o giro do PDCA. Vale destacar que o aumento da sofisticação das ferramentas empregadas deverá ocorrer em função do aumento da capacidade de alcance das metas.
Figura 1 – Método PDCA: característica e etapas da ferramenta
Fonte: SITEWARE (2019).
O ciclo PDCA permite analisar os problemas existentes, definir metas e planos de ação, implementar as soluções propostas, monitorar os resultados obtidos e corrigir as falhas encontradas (SITWARE, 2023). O ciclo PDCA pode ser aplicado tanto para solucionar problemas pontuais quanto para promover a melhoria contínua dos processos de forma sistemática e estruturada (ZENDESK, 2023).
3.2 PDCA E SUSTENTABILIDADE
Os profissionais da Administração ou empreendedores, a partir de novas concepções, passaram a ser considerados uma das principais chaves para a solução dos mais graves problemas e impactos ambientais que afligem atualmente o mundo moderno (FERREIRA; FRIEDMAN, 2005).
O papel dos administradores diante a aplicação de ferramentas de GAE, ou até mesmo dos próprios Sistemas de Gestão Ambiental (SGA) concentra-se em todas as etapas de planejamento, implementação, direção e controle do processo, ou seja, todo o planejamento estratégico que envolve o novo projeto e, consequentemente, o sucesso na sua implantação.
Barbieri (2006) complementa afirmando que qualquer atividade de gestão ambiental requer a formulação de diretrizes, definição de objetivos, coordenação de atividades e avaliação de resultados. É importante o envolvimento dos variados segmentos e colaboradores da organização, tratando os assuntos ambientais de modo integrado às outras atividades corporativas. Esse último fator ressalta o papel e a importância do aspecto da liderança frente a gestão da empresa e dos novos projetos. Esse planejamento e processos administrativos articulados pela gerência da empresa auxiliam para que a nova atividade se torne uma ferramenta eficiente ao mesmo tempo em que alcance os objetivos propostos, tornando-se um instrumento rentável e ambientalmente correto
Visando auxiliar os administradores frente a esse planejamento estratégico, a ferramenta PDCA aplicada às ferramentas de gestão ambiental apresenta as etapas e elementos do processo que juntas auxiliam a gestão ambiental. Moura (2002) estabelece que a GAE caracteriza-se pela administração das atividades organizacionais e das práticas gerenciais de forma a utilizar de maneira racional os recursos naturais, sendo entendida como a aplicação de planejamento e controle na identificação, avaliação, redução e eliminação dos impactos ambientais. O uso da ferramenta PDCA também auxilia para que seja garantido o sucesso na implantação dos modelos de gestão ambiental. Segundo Moura (2002) o PDCA é um instrumento importante da qualidade total, que resume toda a elaboração do processo de Gestão Ambiental, e que se baseia em quatro grandes passos – Plan (Planejar); Do (Realizar); Check (Verificação e controle) e Action (Avaliação e correção). A figura abaixo detalha as atividades da gestão ambiental aplicadas à ferramenta PDCA:
4 GESTÃO RESPONSÁVEIS DE ÓLEOS E RESÍDUOS
Diante desse cenário, é evidente a necessidade de se adotar medidas para o gerenciamento adequado dos resíduos e peças de oficinas mecânicas, visando não só o cumprimento da legislação ambiental vigente, mas também a melhoria da qualidade dos serviços prestados, a redução dos custos operacionais, a valorização da imagem da empresa e a contribuição para o desenvolvimento sustentável (MANGUEIRA, 2014).
O Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGR) mostra o tipo de resíduo, a quantidade em quilos, metros cúbicos, litros ou unidades por mês, a classe em que o resíduo classificasse o modo de acondicionamento, a estocagem e o destino final. A elaboração do plano de gerenciamento facilita a locomoção dos resíduos para os devidos fins, sendo possível a modificação do mesmo, quando necessário, com o intuito de melhorar o nível de qualidade ambiental. O plano de gerenciamento é uma ferramenta que auxiliará a empresa a alcançar um melhoramento na parte ambiental, facilitando seu enquadramento nos requisitos legais.
Um dos exemplos seria uma ordem de serviços gerada no sistema interno da empresa para facilitar o controle e a organização de cada item que será descartado e o local a ser destinado.
Desenvolver e implantar um plano de gerenciamento de resíduos é fundamental para qualquer empresário que deseja maximizar as oportunidades e reduzir custos e riscos associados à gestão de resíduos sólidos (MAROUN, 2006).
O PGR deve assegurar que todos os resíduos serão gerenciados de forma apropriada e segura, desde a geração até a destinação final, e deve envolver as seguintes etapas, se necessário: Geração (fontes); Caracterizações (Classificação, quantificação); Manuseio; Acondicionamento; Armazenamento; Coleta; Transporte; Reuso/Reciclagem; Tratamento e Disposição final.
Para que o PGR funcione de forma eficaz deve-se: identificar as fontes de geração de resíduos por meio de visitas a determinados pontos geradores de resíduos que são: lavagem de peças, manutenção, sala de pintura e rampas de troca de óleo; classificar os resíduos de acordo com a NBR 10004, para determinação de sua periculosidade; quantificar os resíduos por meio de pesquisa em documentos e do controle de estoque, sendo que a quantificação auxilia na determinação de como serão efetuados o transporte e o armazenamento.
Os profissionais da Administração ou empreendedores, a partir de novas concepções, passaram a ser considerados uma das principais chaves para a solução dos mais graves problemas e impactos ambientais que afligem atualmente o mundo moderno (FERREIRA; FRIEDMAN, 2005). O papel dos administradores diante a aplicação de ferramentas de GAE, ou até mesmo dos próprios Sistemas de Gestão Ambiental (SGA) concentra-se em todas as etapas de planejamento, implementação, direção e controle do processo, ou seja, todo o planejamento estratégico que envolve o novo projeto e, consequentemente, o sucesso na sua implantação.
4.1 DESCATE CORRETO DE ÓLEOS
O óleo lubrificante consiste em cerca de 2% dos derivados de petróleo, durante a sua utilização não são totalmente consumidos. Pode ser obtido através de uma mistura de óleos básicos e aditivos, até a homogeneidade. A mistura é obtida para definir um nível de exigência adequado no escopo de utilização ao qual o lubrificante é destinado. Há uma diversidade de óleos lubrificantes, porém muitos possuem similaridades, que consiste em uma proporção variada de óleos básicos e óleos aditivos, que ao serem adicionados podem alterar características desejadas como: alterar viscosidade, desemulsificantes, antidesgaste, detergentes, dispersantes, anticorrosivos, antioxidantes etc. (GOMES, 2008; SCHUELTER, 2014 apud CERQUEIRA, 2018).
Os impactos ambientais causados pelas atividades de troca de óleos lubrificantes nas oficinas automotivas e postos de gasolina em conjunto com a falta de habilidade dos trabalhadores e o desconhecimento sobre a consciência ambiental, são grandes. Quando os óleos lubrificantes são lançados no meio ambiente de forma direta, seja por redes de esgoto e solo, ou quando são queimados de forma indiscriminada, prejudicam gravemente os solos, as águas e o ar que serão poluídos. No caso dos solos, os óleos lubrificantes se infiltram em conjunto com a água da chuva contaminando o solo que percorrem, e caso essa mistura atinja lençóis freáticos, poços e fontes de água também serão poluídas. (SILVEIRA et al, 2006 apud SILVA; OLIVEIRA, 2011).
É feita uma coleta dos restos de óleo utilizado nos serviços na oficina como, troca de óleo etc. São armazenados em grandes recipientes de metal com o objetivo de juntar bastante líquido. A contratação de uma empresa específica de coleta para levar os restos de óleo para a reutilização sustentável de responsabilidade da mesma. A oficina deve ter uma máquina que faz o processo de separação da água e o óleo equipamento utilizado para remover o óleo presente em efluentes líquidos que posteriormente será levado pela empresa especializada para coleta correta.
Para que haja uma assertividade quanto ao processo até a empresa autorizada para a coleta do óleo, faz-se necessário a implementação do PGR conforme a seguir; Geração (fontes); deve ser identificado a origem de cada tipo de óleo, hidrocarbonetos sintéticos, poliésteres, diésteres, óleos de silicone e poliésteres perfluorados. Os óleos lubrificantes, óleos de motor ou óleos para motor são substâncias utilizadas para reduzir o ruído, calor e desgaste, lubrificando e aumentando a vida útil dos componentes móveis dos motores.
Caracterizações (Classificação, quantificação); classificar cada tipo de óleo conforme sua composição química.
Manuseio; cada óleo que restou precisa ser manuseado corretamente para evitar desperdícios.
Acondicionamento; deve-se manter em local com temperatura ambiente para evitar o calor e assim a combustão dos mesmos.
Armazenamento; cada tipo de óleo deve ser armazenado conforme suas características químicas e sua finalidade, seguro contra vazamentos ou mistura com outras substâncias. Sendo que a resolução Conama nº 362/2005 determina que os estabelecimentos contenham, pelo menos, um cartaz exposto informando sobre os cuidados que os clientes devem ter com os óleos lubrificantes usados.
Coleta; os óleos devem ser coletados mediante a cuidados no manuseio a depender das composições e finalidades dos mesmos, tendo cautela para evitar quedas e desperdícios. Devem ser entregues a coletor autorizado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). A operação de coleta engloba desde a partida do veículo de sua, compreendendo todo o percurso gasto na viagem para remoção dos resíduos dos locais onde foram acondicionados aos locais de descarga até o retorno ao ponto de partida.
Transporte; o transporte dos óleos deve ser feito de forma que não haja colisão, temperatura ambiente para justamente evitar combustão e por fim cada tipo de óleo deve ser separadamente transportado conforme sua composição química.
Reuso/Reciclagem; o reuso dos óleos deve ser de responsabilidade integral da empresa contratada para fazer essa retirada correta.
Tratamento; deve ser feita uma filtragem que utiliza bombas e filtros separadamente, de forma a aspirar, filtrar e bombear o óleo por todo o circuito o chamado processo de refino.
Disposição final.
- Planejamento (P): A elaboração do processo PGR e treinamento dos colaboradores;
- Execução (D): separação dos tipos de óleo com o separador;
- Verificação (C): descrição do armazenamento de cada óleo deve ser controlada;
- Atuação Corretiva (A): envio ou retirada do óleo pela empresa coletora.
Figura 2 – Processo para descarte correto de Óleos.
Fonte: Elaborado pelos autores.
4.2 DESCARTE CORRETO DE RESÍDUOS
Os resíduos podem conter substâncias tóxicas, inflamáveis, corrosivas ou patogênicas, que podem causar doenças respiratórias, dermatológicas, alergias, intoxicações, queimaduras, infecções e até câncer (SILVA et al., 2013). Além disso, os resíduos podem atrair vetores de doenças, como ratos, baratas e mosquitos, ou provocar acidentes, como incêndios, explosões e cortes (DECC, 2008).
Após os serviços feitos com o veículo do cliente os matérias que ficam na oficina são agrupados. Uma Ordem de Serviço deve conter dados das peças que a oficina irá destinar para o descarte correto, contendo informações sobre cada uma e seus respectivos valores. Conforme o processo de PGR:
Geração (fontes); gerando a necessidade de coleta dos resíduos após a realização dos serviços dos clientes junto a oficina a depender da demanda.
Caracterizações (Classificação, quantificação); conforme os serviços são finalizados, tens a caracterização das peças para que cada tipo não se misture e facilite o transporte posteriormente. Conforme seu tamanho e utilidade fim. Deve-se estimar valores para que sejam revendidas ao valor atual conforme depreciação de cada peça individualmente.
Manuseio; cada tipo de peças deve ser manuseado conferindo-se sua periculosidade e composição química. Exemplo de uma bateria, deve ser manuseada com cautela.
Acondicionamento; cada peça deve ficar em acondicionado em temperatura ambiente, não devem ficar em locais muito quentes pois há riscos de combustão dos mesmos. Como a questão dos pneus desgastados.
Armazenamento; cada tipo de peça deve manter-se armazenado em local em que seja de segurança tanto para os colaboradores quando para os clientes.
Coleta; é feita uma contratação de uma empresa corretora de seguros automobilísticos para a coleta desses resíduos sólidos para assim diminuir os custos com todo o material que foi utilizado anteriormente.
Transporte; a própria empresa contratada se responsabilizará para que o transporte dos resíduos que seja feita de forma correta e que chegue em sua disposição final.
Reuso/Reciclagem; a empresa seguradora reutiliza as peças para novos reparos em carros batidos ou mesmo reutilizar as sucatas para confecção de matérias primas recicladas.
Tratamento; o tratamento de cada tipo de peça ficará em cargo e responsabilidade da empresa contratada. A mesma deve levar em consideração que poderá polir, pintar de outras cores e modificar cada um desses resíduos conforme a sua disposição final seja definida.
Disposição final Geração; A destinação final escolhida dependerá de cada tipo de resíduo. Deverá ser realizada uma análise de custo/benefício dentro de todas as possibilidades viáveis (MAROUN, 2006).
- Planejamento (P): A elaboração do processo PGR e treinamento dos colaboradores.
- Execução (D): A separação das peças em local adequado para o descarte.
- Verificação (C): Descrição do armazenamento de cada peça deve ser controlada.
- Atuação Corretiva (A) envio ou retirada das peças pela empresa coletora. Figura 3: Processo de descarte correto de Resíduos.
Figura 3: Processo de descarte correto de Resíduos
Fonte: Elaborado pelos autores.
4.3 TREINAMENTO DOS COLABORADORES
Para uma empresa se manter no mercado é importante possuir uma vantagem competitiva, pois assim reduz as chances de ser afetada por crises e variações, bem como criar chances de valorização perante o mercado e aumento da sua lucratividade. Andrade e Macarenco (2009) afirmam que no cenário atual as empresas que desejarem sobreviver em um mercado globalizado e cada vez mais complexo, exigente e competitivo, devem preocupar-se com questões fundamentais, o respeito às leis trabalhistas e a preservação do meio ambiente.
O treinamento é o processo que envolve a aquisição de conhecimento, habilidades e atitudes para aumentar o desempenho dos empregados. Sua função é orientar os funcionários em seus cargos com o ambiente de trabalho tornando-os mais qualificados; “proporcionar os recursos humanos necessários para a eficiência dos serviços prestados à sociedade como todo; aumenta a qualidade e a quantidade dos resultados de uma organização e reduzir custos” (ROTHMANN, 2008, p. 200).
A aquisição de conhecimento e habilidades deve ser voltada para a realização de algum objetivo organizacional, como métodos de produção mais eficientes, melhor qualidade de produtos, entre outros. “Para idealizar este treinamento, normalmente são avaliadas as demandas de uma empresa demandas organizacionais e análise da tarefa desempenhada” (ROTHMANN, 2008, p. 100). Além disso, as necessidades do empregado devem ser consideradas, inclusive o mesmo pode ser perguntado do que ele precisa para realizar as tarefas com competência. Segundo Chiavenato (2008, p. 367) “o planejamento do treinamento é uma decorrência do diagnóstico das demandas empresariais e que geralmente os recursos colocados à disposição estão relacionados com a problemática diagnosticada”.
Faz-se um quadro de demandas de treinamento baseadas nessas necessidades que norteará todo o programa de treinamento e desenvolvimento. Sempre que se cria um modelo de treinamento, devem estar claros alguns itens: objetivos transparentes, conteúdo definido, determinação e seleção do público-alvo na empresa, capacitação e recompensa pelo treinamento a ser realizado.
Além disso, os programas de treinamento precisam se adaptar, pois a ação na empresa é imediata e diversificada, cada. Investir no desenvolvimento de pessoas significa investir na qualidade de serviços que uma organização oferece, porém, esse investimento deve alcançar todas as pessoas que fazem parte da organização, pois os resultados decorrem das atividades do coletivo. Mas deve ser feito um bom planejamento e posterior avaliação para assegurar o retorno para a empresa do investimento. Diante das demandas da empresa, é que se vê a necessidade de investir em treinamento. Treinamento não é um custo, mas sim um investimento.
O treinamento tem a capacidade de fazer os treinados abrir suas mentes, estreitar relacionamentos para a inovação e criatividade, para mudança de comportamento por melhores resultados. Mas para ser um investimento precisa demonstrar resultados. Muitas empresas realizam treinamentos sem estruturação e planejamento adequado e não avaliam os resultados dos treinamentos. Estão a perder dinheiro talvez, pois os cursos de aperfeiçoamento não são bem aproveitados pela equipe ou são inadequados no negócio. Para sintetizar, segue o diagrama abaixo (figura 4) com as etapas do processo de treinamento (FOLTRAN, 2012 p. 138).
Figura 4: Etapas do processo de treinamento
Fonte: FOLTRAN, (2012).
Com treinamento e desenvolvimentos de pessoas a empresa tornara-se “mais sustentável. Inserido estes colaborados a participar dos objetivos que deverão ser alcançados pela empresa.
5 CONCLUSÃO
Preservar o meio ambiente é um dos maiores desafios da atualidade, nunca se falou tanto em sustentabilidade e meio ambiente como se vem discutindo nesses últimos anos, pois a poluição, crescimento desordenado de aterros que afeta não só a natureza, mas também a saúde e a qualidade de vida das pessoas. Em Manaus, as oficinas e ferros-velhos contribuem para o agravamento desse problema, ao acumularem lixo e entulho, gerando corrosão, contaminação e desperdício de recursos. Por isso, é fundamental que esses estabelecimentos adotem práticas de gestão ambiental, que visem à redução dos impactos negativos das suas atividades e à promoção do desenvolvimento sustentável.
A realidade atual da cidade de Manaus é preocupante em relação as inúmeras oficinas e empresas que descartam incorretamente seus lixos, diante desse cenário, é urgente a implementação de políticas públicas municipais que visem à redução das fontes de poluição e à recuperação dos ecossistemas afetados. É preciso investir em sistemas de tratamento de águas residuais, coleta seletiva e reciclagem de lixo, transporte público eficiente e sustentável, fiscalização e controle das atividades poluidoras, educação ambiental e conscientização da sociedade. Essas medidas são necessárias para garantir o desenvolvimento econômico e social da cidade sem comprometer os recursos naturais da região. Além disso, elas também contribuem para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, que visam à erradicação da pobreza, à proteção do planeta e à paz entre as pessoas.
No entanto, as políticas públicas municipais não são suficientes para resolver o problema da poluição ambiental se não houver uma fiscalização efetiva e rigorosa das oficinas e ferros-velhos que operam na cidade. A fiscalização é um instrumento essencial para garantir o cumprimento das normas legais, prevenir infrações, aplicar sanções e incentivar boas práticas ambientais. A fiscalização deve ser realizada por órgãos competentes, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMAS) e o Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMDEMA). Esses órgãos devem atuar em parceria com as oficinas e ferros-velhos, oferecendo orientação técnica, apoio financeiro e incentivos fiscais para a adequação ambiental dos estabelecimentos.
Uma ferramenta que pode auxiliar na gestão ambiental das oficinas e ferros-velhos é o método PDCA (Plan, Do, Check, Act), que consiste em um ciclo de quatro etapas: planejar, executar, verificar e agir. Esse método permite identificar os problemas, definir as metas, implementar as ações, monitorar os resultados e corrigir as falhas, buscando a melhoria contínua e a sustentabilidade dos processos. O PDCA pode ser aplicado em todas as etapas do gerenciamento dos resíduos e peças: geração, armazenamento, transporte e destinação final. O método PDCA é uma ferramenta simples, mas bastante eficaz, que pode melhorar o desempenho ambiental das oficinas e ferros-velhos, reduzindo os custos, os riscos e os impactos das suas atividades.
Como foi falado neste artigo que a implantação de métodos praticas simples é possível ter um retorno lucrativo e menos agressivo ao meio ambiente. Além disso, é essencial que as oficinas e ferros-velhos realizem o descarte correto dos óleos e peças que não têm mais utilidade. Esses materiais devem ser coletados, armazenados, reciclados e tratados de forma responsável, seguindo as regulamentações específicas. O descarte correto evita a contaminação do solo e da água, preserva os recursos naturais, gera renda para os catadores e recicladores e contribui para a imagem positiva da empresa. O descarte correto também favorece a economia circular, que é um modelo de produção e consumo que visa à redução, à reutilização, à recuperação e à reciclagem de materiais e energia.
Para que as práticas de gestão ambiental sejam efetivas nas oficinas e ferros-velhos, é necessário que os colaboradores envolvidos nas atividades sejam capacitados e qualificados para realizar as tarefas.
O treinamento dos colaboradores é fundamental para que eles possam compreender os conceitos e as técnicas do método PDCA, aplicá-los na prática, analisar os dados, propor soluções e avaliar os impactos. Além disso, o treinamento também contribui para o engajamento e a motivação dos colaboradores, que se sentem parte do processo e responsáveis pelos resultados. O treinamento também deve abordar temas como a legislação ambiental, a sustentabilidade, a segurança no trabalho, a qualidade no atendimento ao cliente e a ética profissional.
Dessa forma, espera-se que as oficinas e ferros-velhos de Manaus possam superar os desafios impostos pela poluição ambiental e se tornar exemplos de gestão ambiental para o setor automotivo. Com isso, eles poderão oferecer serviços de qualidade aos seus clientes, garantir a saúde e a segurança dos seus funcionários, reduzir os custos operacionais, evitar multas e processos judiciais e colaborar para a conservação e preservação do meio ambiente. Tornando se empresas altos sustentáveis.
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1Graduando curso de Administração da Universidade Nilton Lins/Manaus, AM.E-mail:jefferson.hkd@gmail.com;
2Graduanda curso de Administração da Universidade Nilton Lins/Manaus, AM.E-mail:jerianebatista226@gmail.com;
3Graduanda curso de Administração da Universidade Nilton Lins/Manaus, AM.E-mail:julima93@icloud.com;
4Graduanda curso de Administração da Universidade Nilton Lins/Manaus, AM.E-mail:malubritovit@gmail.com;
5E-mail:Professora especialista (Mestra). Orientadora do Trabalho de Conclusão de Curso de Administração da Universidade Nilton Lins – Manaus, Am. Email: vanessa.alves@uniniltonlins.edu.br;
6Professor especialista (Coordenador), do Curso de Administração da Universidade Nilton Lins/Manaus, AM. E-mail: warce@niltonlins.br.