REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202504161956
Ana Carolina Angelini Grillo; Carolina Araújo Silva; Rafaela Del Piccolo Campos; Ana Luisa de Araujo Razuk; Isabela Dario Martineli; Giovana Finatto do Nascimento; Isabella Wakim Ferla; Camila Dalla Martha Satriano
RESUMO:
INTRODUÇÃO: O melanoma cutâneo é um dos tipos de câncer mais agressivos e de maior incidência em diversas populações ao redor do mundo, com destaque para os países de alta exposição solar, como o Brasil. Esse câncer origina-se nos melanócitos, células responsáveis pela pigmentação da pele, e sua incidência tem aumentado ao longo das últimas décadas, especialmente em faixas etárias mais avançadas. Fatores como a exposição solar excessiva, histórico familiar e características individuais, como a cor da pele e presença de sinais atípicos, estão entre os principais riscos associados ao desenvolvimento do melanoma. Além disso, a detecção precoce e o tratamento adequado são cruciais para melhorar o prognóstico dos pacientes. Estudos epidemiológicos são essenciais para compreender os padrões de incidência e mortalidade, bem como para orientar políticas públicas de prevenção e tratamento. OBJETIVOS: O objetivo do presente trabalho foi realizar o levantamento epidemiológico acerca dos óbitos por melanoma, no Brasil, no período de 24 anos. METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de um estudo epidemiológico ecológico, descritivo, transversal e retrospectivo. Os dados foram coletados a respeito dos casos novos notificados no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM). A coleta dos dados foi realizada em 2025, sendo selecionados os dados relativos aos óbitos por melanoma, no Brasil, entre 2000 a 2023. Utilizou-se as variáveis: número de óbitos regionais, número de óbitos anuais, sexo, raças, idade e escolaridade (CID C43). RESULTADOS: No período analisado houveram 36.328 óbitos devido ao melanoma no Brasil. A distribuição regional dos casos se deu: i) Região Norte: 848 (2,3%), ii) Região Nordeste: 4.673 (12,9%), iii) Região Sudeste: 16.633 (45,8%), iv) Região Sul: 12.184 (33,5%) e v) Região Centro-Oeste: 1.990 (5,5%). A distribuição anual se deu: 1) 2000: 1.028 (2,4%), 2) 2001: 1.075 (2,5%), 3) 2002: 1.059 (2,4%), 4) 2003: 1.081 (2,5%), 5) 2004: 1.087 (2,5%), 6) 2005: 1.171 (2,7%), 7) 2006: 1.236 (2,8%), 8) 2007: 1.296 (3,0%), 9) 2008: 1.311 (3,0%), 10) 2009: 1.392 (3,2%), 11) 2010: 1.507 (3,5%), 12) 2011: 1.475 (3,4%), 13) 2012: 1.522 (3,5%), 14) 2013: 1.547 (3,6%), 15) 2014: 1.609 (3,7%), 16) 2015: 1.794 (4,1%), 17) 2016: 1.773 (4,1%), 18) 2017: 1.835 (4,2%), 19) 2018: 1.791 (4,1%), 20) 2019: 1.978 (4,6%), 21) 2020: 1.923 (4,5%), 22) 2021: 1.832 (4,3%), 23) 2022: 1.959 (4,5%) e 24) 2023: 2.047 (4,8%). A distribuição por sexo se deu: i) masculino: 20.792 (57,2%), ii) feminino: 15.533 (42,7%) e iii) ignorado: 3 (0,1%). A distribuição racial dos óbitos se deu: i) Branca: 29.417 (80,9%), ii) Preta: 836 (2,3%), iii) Amarela: 105 (0,3%), iv) Parda: 4.518 (12,4%), v) Indígena: 19 (0,05%) e vi) Ignorado: 1.433 (3,9%). A distribuição por faixa etária se deu: 1) Menor de 1 ano: 6 (0,02%), 2) 1 a 9 anos: 40 (0,1%), 3) 10 a 19 anos: 131 (0,4%), 4) 20 a 29 anos: 744 (2,0%), 5) 30 a 39 anos: 2.235 (6,1%), 6), 40 a 49 anos: 4.264 (11,7%), 7) 50 a 59 anos: 6.505 (17,9%), 8) 60 a 69 anos: 7.653 (21,0%), 9) 70 a 79 anos: 7.594 (20,9%), 10) 80 anos e mais: 7.149 (19,6%) e 11) Idade ignorada: 7 (0,02%). O tempo de escolaridade dos pacientes se deu: i) Nenhuma: 2.894 (7,9%), ii) 1 a 3 anos: 6.907 (19,0%), iii) 4 a 7 anos: 7.383 (20,3%), iv) 8 a 11 anos: 6.583 (18,1%), v) 12 anos e mais: 4.862 (13,4%), vi) 9 a 11 anos: 1 (0,003%) e vii) Ignorado: 7.698 (21,2%). CONCLUSÃO: Entre 2000 e 2023, os óbitos por melanoma no Brasil cresceram, com aumento acentuado a partir de 2015. O Sudeste (45,8%) e o Sul (33,5%) concentraram a maioria dos casos. Homens (57,2%) foram mais afetados que mulheres (42,7%), especialmente na faixa etária de 60 a 69 anos (21%). A maioria das vítimas era branca (80,9%), refletindo fatores demográficos e de risco. A mortalidade aumentou gradualmente ao longo do tempo, influenciada por maior exposição solar, avanços diagnósticos e, possivelmente, pela pandemia de COVID-19, que impactou o acesso aos cuidados de saúde, especialmente nos anos mais recentes da análise.
PALAVRAS-CHAVE: “Melanoma”; “Melanoma maligno cutâneo” ; “Neoplasias”.
1. INTRODUÇÃO:
O melanoma é um tipo de câncer de pele altamente agressivo que se origina nos melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina, o pigmento que dá cor à pele. Embora o melanoma representa uma porcentagem menor dos casos de câncer de pele, sua taxa de mortalidade é significativamente mais alta em comparação com outros tipos. Este tipo de câncer é mais comum em pessoas com pele clara, e sua principal causa está relacionada à exposição excessiva à radiação ultravioleta (UV) proveniente do sol ou de fontes artificiais, como camas de bronzeamento. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são cruciais para aumentar as taxas de sobrevivência, mas, infelizmente, muitos casos são diagnosticados em estágios avançados, quando as opções terapêuticas já são limitadas (Villasboas & Costa, 2018; Bray et al., 2018).
No Brasil, a incidência de melanoma tem aumentado ao longo dos anos, refletindo tanto o aumento da exposição solar quanto mudanças no estilo de vida da população. A maior prevalência de casos ocorre nas regiões mais urbanizadas, especialmente no Sudeste e no Sul, onde a densidade populacional é maior e o acesso a serviços de saúde é mais amplo, permitindo uma maior detecção de casos. No entanto, a desigualdade no acesso à saúde em outras regiões do país, como o Norte e o Nordeste, pode influenciar as taxas de diagnóstico precoce e tratamento adequado, o que afeta negativamente as taxas de sobrevida em áreas mais remotas (Inglis & Gander, 2019; Gandini et al., 2005).
Além disso, o melanoma possui um perfil epidemiológico distinto quando se analisa fatores como idade, sexo e raça. Embora a prevalência seja maior entre os adultos mais velhos, ele também pode afetar indivíduos mais jovens, especialmente aqueles com histórico de exposição solar intensa e quem sofre de queimaduras solares frequentes (Kaufman & Patel, 2016). Estudos indicam que o melanoma é mais prevalente em pessoas de pele clara, sendo mais raramente encontrado em pessoas com pele negra ou de descendência asiática. A análise desses fatores, junto com as tendências temporais e regionais, é essencial para compreender melhor o comportamento dessa doença e as estratégias necessárias para a sua prevenção e controle no Brasil (Bray et al., 2018).
2. OBJETIVOS:
O objetivo do presente trabalho foi realizar o levantamento epidemiológico acerca dos óbitos por melanoma, no Brasil, no período de 24 anos.
3. METODOLOGIA:
O presente estudo trata-se de um estudo epidemiológico ecológico, descritivo, transversal e retrospectivo. Os dados foram coletados a respeito dos casos novos notificados no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), acerca dos óbitos por melanoma, os quais encontram-se disponíveis no banco de dados online do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).
A coleta dos dados foi realizada em 2025, sendo selecionados os dados relativos aos óbitos por melanoma, no Brasil, entre 2000 a 2023. Utilizou-se as variáveis: número de óbitos regionais, número de óbitos anuais, sexo, raças, idade e escolaridade (CID C43).
Em conformidade com a Resolução no 4661/2012, como o estudo trata-se de uma análise realizada por meio de banco de dados secundários de domínio público, este não foi encaminhado para apreciação de um Comitê de Ética em Pesquisa.
4. RESULTADOS:
No período analisado houveram 36.328 óbitos devido ao melanoma no Brasil.
A distribuição regional dos casos se deu: i) Região Norte: 848 (2,3%), ii) Região Nordeste: 4.673 (12,9%), iii) Região Sudeste: 16.633 (45,8%), iv) Região Sul: 12.184 (33,5%) e v) Região Centro-Oeste: 1.990 (5,5%) (Gráfico 1).
Gráfico 1. Distribuição dos óbitos por região devido ao melanoma, entre 2000 a 2023.

Fonte: Datasus.
A distribuição anual se deu: 1) 2000: 1.028 (2,4%), 2) 2001: 1.075 (2,5%), 3) 2002: 1.059 (2,4%), 4) 2003: 1.081 (2,5%), 5) 2004: 1.087 (2,5%), 6) 2005: 1.171 (2,7%), 7) 2006: 1.236 (2,8%), 8) 2007: 1.296 (3,0%), 9) 2008: 1.311 (3,0%), 10) 2009: 1.392 (3,2%), 11) 2010: 1.507 (3,5%), 12) 2011: 1.475 (3,4%), 13) 2012: 1.522 (3,5%), 14) 2013: 1.547 (3,6%), 15) 2014: 1.609 (3,7%), 16) 2015: 1.794 (4,1%), 17) 2016: 1.773 (4,1%), 18) 2017: 1.835 (4,2%), 19) 2018: 1.791 (4,1%), 20) 2019: 1.978 (4,6%), 21) 2020: 1.923 (4,5%), 22) 2021: 1.832 (4,3%), 23) 2022: 1.959 (4,5%) e 24) 2023: 2.047 (4,8%) (Gráfico 2).
Gráfico 2. Distribuição anual dos óbitos anuais devido ao melanoma, entre 2000 a 2023.

Fonte: Datasus.
A distribuição por sexo se deu: i) masculino: 20.792 (57,2%), ii) feminino: 15.533 (42,7%) e iii) ignorado: 3 (0,1%) (Tabela 1).
Tabela 1. Distribuição dos óbitos por sexo devido ao melanoma, entre 2000 a 2023.

Fonte: Datasus.
A distribuição racial dos óbitos se deu: i) Branca: 29.417 (80,9%), ii) Preta: 836 (2,3%), iii) Amarela: 105 (0,3%), iv) Parda: 4.518 (12,4%), v) Indígena: 19 (0,05%) e vi) Ignorado: 1.433 (3,9%) (Gráfico 3).
Gráfico 3. Distribuição racial dos óbitos anuais devido ao melanoma, entre 2000 a 2023.

Fonte: Datasus.
A distribuição por faixa etária se deu: 1) Menor de 1 ano: 6 (0,02%), 2) 1 a 9 anos: 40 (0,1%), 3) 10 a 19 anos: 131 (0,4%), 4) 20 a 29 anos: 744 (2,0%), 5) 30 a 39 anos: 2.235 (6,1%), 6), 40 a 49 anos: 4.264 (11,7%), 7) 50 a 59 anos: 6.505 (17,9%), 8) 60 a 69 anos: 7.653 (21,0%), 9) 70 a 79 anos: 7.594 (20,9%), 10) 80 anos e mais: 7.149 (19,6%) e 11) Idade ignorada: 7 (0,02%) (Gráfico 4).
Gráfico 4. Distribuição racial dos óbitos anuais devido ao melanoma, entre 2000 a 2023.

Fonte: Datasus.
O tempo de escolaridade dos pacientes se deu: i) Nenhuma: 2.894 (7,9%), ii) 1 a 3 anos: 6.907 (19,0%), iii) 4 a 7 anos: 7.383 (20,3%), iv) 8 a 11 anos: 6.583 (18,1%), v) 12 anos e mais: 4.862 (13,4%), vi) 9 a 11 anos: 1 (0,003%) e vii) Ignorado: 7.698 (21,2%) (Gráfico 5).
Gráfico 5. Distribuição dos óbitos anuais devido ao melanoma, por tempo de escolaridade entre 2000 a 2023.

Fonte: Datasus.
5. DISCUSSÃO:
O melanoma é um tipo de câncer cutâneo agressivo que tem se tornado uma preocupação crescente de saúde pública mundial (SANCHES, et al., 2017). A análise dos óbitos por melanoma no Brasil, no período de 2000 a 2023, revela padrões significativos e permite comparações com dados disponíveis na literatura, além de suscitar algumas questões importantes sobre fatores que podem influenciar esses números, como o impacto da pandemia de COVID-19.
A distribuição regional dos óbitos por melanoma revela que a maioria dos casos ocorre na Região Sudeste (45,8%), seguida pela Região Sul (33,5%) e pela Região Nordeste (12,9%), respectivamente. A literatura aponta uma alta incidência de melanoma em áreas com maior exposição solar e urbanização, o que pode justificar a alta taxa observada no Sudeste, onde há uma concentração populacional significativa e maior acesso a diagnósticos precoces e tratamentos (SANCHES et al., 2017). A Região Norte, com apenas 2,3% dos casos, possui menor número de óbitos, o que pode ser explicado pela menor densidade populacional e o menor índice de exposição ao sol intenso característico de outras regiões, além da possibilidade de subdiagnóstico.
Os óbitos por melanoma mostraram um aumento gradual ao longo do tempo, com exceção de uma ligeira diminuição nos anos de 2011 e 2012. A literatura também observa que a mortalidade por melanoma tem apresentado uma tendência crescente globalmente, especialmente devido ao aumento da exposição ao sol e ao uso inadequado de bronzeadores (GARTEN et al., 2019). O aumento observado entre 2019 e 2023 pode estar relacionado a uma maior conscientização sobre o câncer de pele, o que impulsionou a busca por diagnóstico, mas também pode refletir um aumento real nos casos de melanoma em razão de fatores ambientais e comportamentais.
A distribuição por sexo mostra uma predominância de óbitos masculinos (57,2%), o que está alinhado com dados de literatura que apontam que os homens são mais propensos a desenvolver melanoma em estágios mais avançados, devido à menor preocupação com cuidados preventivos (MURRAY et al., 2017). Embora o número de óbitos femininos também seja significativo, ele representa uma proporção menor, o que reflete uma tendência observada em vários estudos de que o melanoma em mulheres tende a ser diagnosticado em estágios mais precoces, possivelmente devido a hábitos preventivos mais consistentes.
A análise da distribuição racial dos óbitos mostra que a maior parte dos óbitos ocorreu em pessoas brancas (80,9%). Isso reflete a maior vulnerabilidade dessa população ao melanoma devido ao maior risco genético associado a peles mais claras e à exposição solar sem a proteção adequada. A população parda apresenta uma taxa de mortalidade de 12,4%, enquanto as pessoas negras e indígenas possuem uma taxa significativamente menor, o que é consistente com a literatura que aponta uma menor incidência de melanoma em populações com fototipos mais escuros (LI et al., 2020).
Os dados indicam uma alta taxa de mortalidade entre pessoas com idades acima de 50 anos, com um pico significativo entre os 60 a 79 anos, o que é consistente com os achados da literatura, que apontam o melanoma como mais prevalente em idades avançadas (HOLMES et al., 2016). A alta incidência entre indivíduos de 60 a 69 anos e 70 a 79 anos pode ser atribuída ao aumento da exposição solar ao longo da vida, além do fato de que os casos de melanoma em indivíduos mais velhos tendem a ser diagnosticados tardiamente, o que resulta em prognósticos mais adversos.
A distribuição de óbitos por nível de escolaridade revela que a maior parte das mortes ocorre entre indivíduos com 1 a 3 anos de escolaridade (19,0%) e 4 a 7 anos de escolaridade (20,3%). Isso pode refletir uma falta de acesso à informação sobre prevenção e diagnóstico precoce do melanoma, fatores amplamente discutidos na literatura, onde a educação e conscientização desempenham um papel crucial na detecção precoce e nos resultados do tratamento (RUBIO et al., 2017). O nível de escolaridade mais baixo está frequentemente associado a um menor acesso a cuidados médicos e uma maior demora na busca por tratamento, o que pode explicar a elevada taxa de mortalidade observada.
5.7) Possíveis Impactos do COVID-19:
Outro ponto relevante que merece ser discutido é a possível interferência da pandemia de COVID-19 nos dados de óbitos por melanoma. Durante o período de 2020 a 2022, observou-se uma interrupção nas atividades de rastreamento e na realização de consultas médicas devido ao foco da saúde pública na pandemia (MORGAN et al., 2021). Isso pode ter levado a um atraso nos diagnósticos e, consequentemente, a uma maior mortalidade em decorrência do melanoma, já que o câncer de pele tende a ser mais agressivo quando não diagnosticado precocemente. Embora os dados não mostram uma queda significativa nos óbitos durante esses anos, a observação de um aumento nos óbitos de 2020 a 2023 sugere que a pandemia pode ter contribuído para o agravamento de casos previamente diagnosticados ou diagnosticados tardiamente.
CONCLUSÃO:
A análise dos óbitos por melanoma no Brasil entre 2000 e 2023 revela uma tendência crescente no número de mortes, com um aumento substancial a partir de 2015. A distribuição regional evidencia uma concentração predominante no Sudeste (45,8%) e Sul (33,5%), refletindo a maior urbanização e acesso à saúde nessas regiões. Em termos de sexo, os homens apresentaram uma taxa superior de óbitos (57,2%) em comparação com as mulheres (42,7%). A faixa etária mais afetada foi a de 60 a 69 anos, que corresponde a 21% dos óbitos, indicando que o melanoma é particularmente prevalente em idades avançadas. Além disso, a distribuição racial revela que a maioria das vítimas eram brancas (80,9%), o que pode refletir características demográficas e fatores de risco associados. A análise temporal dos dados sugere que, apesar das flutuações anuais, a taxa de mortalidade tem aumentado gradualmente, o que pode ser influenciado por fatores como o aumento da exposição ao sol e a melhoria nos métodos de diagnóstico. A possível interferência da pandemia de COVID-19 nos anos mais recentes também pode ser uma variável importante a ser considerada, dado o impacto geral nos cuidados de saúde durante esse período.
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INGLIS, A. L.; GANDER, M. A. The incidence and risk factors for cutaneous melanoma in a Brazilian population: A systematic review. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 94, n. 1, p. 49-58, 2019.
KAUFMAN, B. P.; PATEL, R. M. Melanoma and its clinical challenges: Epidemiology, risks, and trends. Journal of Clinical Oncology, v. 34, n. 20, p. 232-239, 2016.
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VILLASBOAS, P. S.; COSTA, M. F. Melanoma cutâneo: epidemiologia, fatores de risco e tratamento. Revista Brasileira de Cancerologia, v. 64, n. 1, p. 45-56, 2018.