REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8014872
Hellen Dos Santos Silva;
RESUMO
A obesidade infantil e adulto é uma enfermidade crônica caracterizada pelo excesso de gordura corporal que vem aumentando em proporções alarmantes, tanto no Brasil, quanto nos demais países. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é o excesso de gordura corporal, que trás prejuízos à saúde. Uma alimentação inadequada das crianças e adultos podem trazer vários problemas de saúde e sobrepeso. O estilo de vida sedentário das crianças e adultos, são considerados as causas mais relevantes do aumento da obesidade da população mundial. Para orientar as pessoas sobre uma alimentação saudável, foi desenvolvida a pirâmide alimentar, o primeiro modelo foi criado em 1991 pela Agência Regulamentadora de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos da América (FDA). Baseados nos conceitos da pirâmide, foram lançados vários modelos por diferentes instituições, cada uma com um propósito, porém na pirâmide tradicional, a base é composta pelos alimentos energéticos como carboidratos, logo acima dos alimentos devem estar os alimentos reguladores, que fornecem os micronutrientes necessários para o nosso organismo e os construtores, que fazem parte das estruturas musculares. No topo da pirâmide estão os alimentos que são fonte de gorduras, que devem ser ingeridos com cautela. A atividade física também deve estar associada à dieta, auxiliando a perda e a manutenção do peso. Recomenda-se a prática de exercícios de intensidade moderada. Desta maneira, hábitos alimentares saudáveis e estilo de vida mais ativo devem ser metas essenciais de programas de prevenção e tratamento de obesidade que é um problema mundial.
Palavras-chave: Obesidade infantil. Nutricionista. Alimentação saudável. Hábitos alimentares. Doenças.
1 INTRODUÇÃO
A obesidade é uma doença provocada pelo excesso de gordura corporal, tanto em crianças, quanto em adultos. Percebe-se que a obesidade é um problema de saúde pública, que tem como consequências diversos fatores genéticos, fisiológicos e psicológicos. Independentemente da idade, a obesidade, é um grande fator de risco para diversas doenças, pois a pessoa obesa tem mais predisposição em desenvolver problemas como diabetes tipo II, doenças coronárias, aumento da incidência de certas formas de câncer, complicações respiratórias e problemas osteomioarticulares.
Nota-se que os fatores ligados a obesidade são desde o consumo de alimentos industrializados a falta de atividades físicas, a redução das horas de sono, estilo de vida familiar, condição socioeconômico, fatores psicológicos e etnia. Na infância o manejo se torna mais difícil que na fase adulta, pois está relacionado a hábitos alimentares que são disponibilizados pelos pais.
A definição de obesidade é muito ampla tendo em vista que o visual do corpo é um grande elemento a ser aplicado. A quantidade total de gordura, o excesso de gordura em gordura visceral são pontos que estão associados a acontecimento de doenças e também uma maior taxa de mortalidade.
Sendo assim, é de extrema importância a prevenção da obesidade desde a infância. Os pais representam uma forte influência sobre a ingestão de alimentos pelas crianças. É fundamental frisar que as crianças e adolescentes seguem padrões paternos, se esses não forem mudados em conjunto não haverá sucesso. Contudo na infância, recomenda-se que os pais ofereçam as crianças alimentos saudáveis, ricos em nutrientes adequados e que concedam qualidade alimentar.
A adversidades em estipular um bom controle de saciedade é um grande fator de risco para desenvolver obesidade, tanto na infância quanto na fase adulta. O aumento da obesidade infantil no Brasil e no mundo devem ser considerados os vários fatores que influenciam o comportamento alimentar, sedentarismo, má alimentação, grandes consumos de alimentos industrializados e fatores externos. A existência de crianças e adolescentes com doenças pre existente está cada vez maior, diante disso foram adotados programas educacionais inovadores, planejado para ampliar conhecimento sobre nutrição e saúde, tal como para influenciar de modo afirmativo a dieta, a atividade física e a redução da inatividade. Diante do exposto surge a pergunta da pesquisa: como identificar aspectos que contribuem para o aumento da obesidade infantil? O objetivo geral do trabalho é verificar os fatores que influenciam no aumento da obesidade infantil, destacando o papel do nutricionista a frente desse agravante.
Os objetivos específicos são: a) Identificar os fatores que levam a obesidade infantil; b) Ressaltar as mudanças a serem feitas acerca da obesidade infantil; c) Exaltar a importância do profissional nutricionista nesse processo de reeducação de hábitos alimentares.
Portanto, buscar estratégias tem sido primordial para a diminuição da obesidade, já que afeta praticamente todas as faixas etárias e grupos socioeconômicos. Destaca-se também que ações familiares contribui de forma integra na diminuição da obesidade, conduzindo a ter hábitos alimentares bons e na prática de atividade física. Nessas circunstancias a atuação da Equipe de Saúde torna-se fundamental nesse processo, através de programas de educação alimentar e na prevenção da obesidade como um todo.
Diante disso o presente trabalho tem como objetivo maior apresentar método que agrega diretamente na mudança de hábitos alimentares, e ações que atuam na descoberta sobre as causas sócias, ambientais, econômicas e políticas, destacando o papel do Nutricionista frente a esse agravante e sua contribuição para que se tenha um estilo de vida mais saudável.
Para a elaboração da pesquisa foi feito um quadro com o Cronograma de execução das atividades do Projeto e do Trabalho de Conclusão de Curso mostrando cada etapa da pesquisa e tempo previsto de conclusão do presente trabalho.
2 Metodologia
O presente trabalho refere-se de um estudo de retificação de literatura. Os períodos dos artigos pesquisados serão de 2003 a 2019, nos idiomas inglês e português. Os estudos foram realizados no Scientific Electronic Library Online (SciELO), PubMed (Nacional Library of Medicine) e Google Acadêmico, de acordo com o tema escolhido. Para a realização desse estudo, a abordagem utilizada foi a Revisão Bibliográfica, sendo que o tipo de pesquisa utilizada foi a pesquisa qualitativa, consultando fontes de dados na internet, artigos científicos, revistas, livros e bibliotecas, para enriquecer ainda mais o trabalho através de buscas em vários bancos de dados. Para tentar entender um pouco mais sobre a obesidade infantil e adulto e a importância do profissional de Nutrição, frente a esse agravante. Para a elaboração da pesquisa foi feito um quadro com o Cronograma de execução das atividades do Projeto e do Trabalho de Conclusão de Curso mostrando cada etapa da pesquisa.
2.1 Resultados e Discussão
De acordo com Enes (2010), os efeitos da obesidade infantil em idade precoce poderão ser notados ainda em longo prazo, tendo sido relatado na literatura um risco de mortalidade aumentado, especialmente por doenças coronariana, nos adultos que foram obesos durante a infância e a adolescência. Portanto uma das principais causas também do aumento da obesidade a correria do dia a dia tanto dos adultos, quanto das crianças, que são influenciadas pelo modo de vida que estão expostas, a comodidade e os avanços tecnológicos induzidas ao sedentarismo deixando as crianças sem atividade físicas (FREITAS, 2007).
De acordo com o autor, os alimentos com alto teor de gordura e doces habitualmente são servidos em contextos positivos, como recompensas e celebrações fazendo com que as crianças tenham uma associação positiva na aceitação desses alimentos. Por outro lado, são forcadas a ingerir os alimentos mais saudáveis causando na maioria das vezes a recusa desses alimentos. As preferencias alimentares são determinantes na escolha dos alimentos e um fator de grande relevância da obesidade é o habito alimentar da criança e da família e o tipo de alimentação implementada no 1 º ano de vida. (ACCIOLY; SAUNDERS; LACERDA,2009).
Sendo assim, o sobrepeso e a obesidade contribuem com o surgimento de doenças crônicas e incapacidades, afetando a saúde e a qualidade de vida do indivíduo e da sua família. A obesidade está associada com uma grande variedade de alterações no organismo, como: Endócrinas, dermatológicas e psicossociais (DINIZ e PROENCA,2009).
Nota-se que a prevenção da obesidade infantil se faz pelo consumo pouco frequente de alimentos de elevado valor calórico e de baixo valor nutricional, de que é exemplo paradigmático a fast food, a qual inclui hambúrgueres, batatas fritas, pizzas, cachorros e etc. Para além daquilo que se deve ou não comer, convém salientar a importância de comer devagar, sempre sentado à mesa com companhia, conversando no decorrer da refeição, evitando outras atividades de ver televisão. As famílias devem habituar-se a planear a compra de alimentos com lista, em função da prévia planificação das refeições, na qual as crianças devem participar ativamente (SANCHO, 2006).
As bases fundamentais para o tratamento da obesidade infantil são unanimes entre os especialistas, pelo fato que através de mudança no plano alimentar, no comportamento e na realização de atividade física a criança possa se conscientizar e se reeducar. O fato é para que exista esta modificação e melhoria dos hábitos diários o mesmo não é o do dia para a noite mais sim a longo prazo tornando se elemento de conscientização e reformulação auxiliando a criança e seu meio social sobre a qualidade de vida, os melhores resultados de tratamento só obtém sucesso quando se tem um trabalho em equipe entre pais, crianças, escola e profissionais de saúde (PETROSKI, 2003).
A escola por sua vez sendo um espaço onde praticamente toas as crianças e adolescentes tem acesso, pode e deve contribuir para conscientização sobre os males da obesidade e necessidade de incluir em sua rotina diária a pratica da atividade física. Segunda as Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCE) da disciplina de Educação física, na qual o corpo é entendido como um todo, o ser humano é seu corpo (sente, pensa e age). E que o mesmo é ferramenta de trabalho e objetivo de consumo. Entre os benefícios físicos estão o estimulo ao desenvolvimento mais harmônico, possivelmente livre do fantasma da obesidade e todas as doenças associadas. Um adolescente fisicamente ativo com hábitos de vida saudáveis tem mais possibilidades de se tornar um adulto igualmente ativo. (PARANÁ,2009).
A obesidade deve ser reconhecida e tratada como uma doença, devendo o obeso entender que a perda de gordura corporal tem o propósito de redução da morbidade e mortalidade relacionada à obesidade, e não apenas a melhora estética. Com perdas de 5 a 10 % do peso corporal podem-se observar reduções expressivas dos níveis da pressão arterial, glicemia e lipídios (WADDEN e FOSTER, 2000).
As medidas de incentivo à pratica de atividade física devem, no entanto, observar as necessidades de crianças e adolescentes. As atividades devem despertar o interesse dos jovens e serem adequadas ao nível de desenvolvimento físico e cognitivo, bem como às suas preferências. Além disso, devem ser respeitas as diferenças entre atividades realizadas por crianças e adultos e, também, a variabilidade cultural entre meninos e meninas (SILVA; COSTA,2011).
Sabe-se que os fatores causais da obesidade estão ligados à excessiva ingestão de energia, ao reduzido gasto ou à alterações na regulação deste balanço energético (SSIGULEM et al,2016). “Para o tratamento da obesidade é muito importante a abordagem multidisciplinar, conhecendo que não existe nenhum tratamento eficaz isoladamente. Qualquer que seja o tratamento escolhido, deve-se associar mudanças no estilo de vida”. O tratamento irá depender da gravidade do problema, das complicações existentes e das características próprias do indivíduo como afirma (FERREIRA, 2005).
Portanto, o aumento da obesidade infantil e adulto e a qualidade de vida das crianças obesas, vai ao encontro das “teorias ambientalistas”, uma vez que, nas últimas décadas, não ocorreram alterações substancias nas características genéticas das populações, enquanto que as mudanças de hábitos foram enormes (ESCRIVÃO et al., 2000, p. 306).
Através dos estudos, verificou-se que as mudanças de hábitos alimentares e a alimentação inadequada das crianças e adultos, podem trazer vários problemas, como mostrado na figura 2 abaixo. Podemos verificar através da figura que esses são os lanches preferidos por crianças e adolescentes, tanto em casa, quanto nas escolas, podendo ser um grande agravante, muito prejudicial à saúde pois, uma alimentação saudável é determinante no desenvolvimento emocional, mental, físico e social de um indivíduo. Portanto a falta ou excesso de alimentos pode levar a várias doenças como a desnutrição, anemias, obesidade, diabetes, hipertensão, dentre outras, como afirma (ORNELLAS, 1995).
De acordo com Valle e Euclydes (2003), a infância é o período de formação dos hábitos alimentares. Porém, nessa fase surgem fatores que possibilitam a elaboração de processos educativos, que são determinantes para mudanças no padrão alimentar das crianças. No intuito de orientar as populações sobre uma alimentação saudável, foi desenvolvida a pirâmide alimentar (Figura 2). Sendo que o primeiro modelo foi criado em 1991 pela Agência Regulamentadora de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos da América (FDA). Desde então, baseados nos conceitos da pirâmide, foram lançados vários modelos por diferentes instituições, cada uma com um propósito (VALLE & EUCLYDES, 2003).
Na pirâmide tradicional, a base é composta pelos alimentos energéticos (grãos como trigo, milho, arroz e tubérculos como batata, mandioca, cará e pão), que devem compor a maior parte de nossa alimentação e ser consumidos de 5 a 9 porções por dia. Logo acima dos alimentos energéticos devem estar os alimentos reguladores, que são os vegetais e as frutas; esses alimentos fornecem os micronutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo. O consumo diário dos alimentos desse grupo deve ser de 4 a 5 porções de verduras e legumes e 3 a 5 porções de frutas (GONÇALVES et al, 2008). Acima dos vegetais e frutas estão os alimentos fontes de proteínas, eles são nutrientes construtores do nosso organismo, e fazem parte das estruturas musculares, vísceras, pele e, enfim, compõem o organismo de uma maneira geral. Sendo que o consumo deve ser de 1 a 2 porções diárias, (HERCULANO et al, 2010).
Lá encima, no topo da pirâmide estão os alimentos que são fonte de gorduras, que devem ser ingeridos com cautela, não pode passar de 2 porções por dia, pois necessitamos de pouca quantidade deles. A ingestão de gorduras deve fazer parte de nossa dieta diária por nos fornecer as vitaminas A, D, E, K e os ácidos graxos essenciais. Devemos ficar atentos ao consumi-las, pois necessitamos de pequenas quantidades e qualquer excesso nos fornecerá calorias a mais, aumentando nosso peso, pois as gorduras possuem mais que o dobro de calorias que os carboidratos (HERCULANO et al, 2010), como mostrado na pirâmide alimentar a seguir:
A educação nutricional é um fator de extrema importância, visto que a alimentação das crianças e adolescentes nos dias atuais é constantemente influenciada pelo ambiente e pelo contexto no qual estão inseridas. A exemplo disso está a escola, a família e os meios de comunicação exercem um total poder de incentivar tais jovens, crianças e adolescentes a cria hábitos de alimentação saudável. Sendo assim são esses os principais responsáveis pela construção das práticas alimentares saudáveis. Vale ressaltar que os hábitos alimentares aprendidos na infância determinam o comportamento na vida adulta, como afirma (ODGEN, 2003).
A alimentação saudável nas escolas está diretamente ligada à questão da Educação Nutricional, a qual envolve todos os segmentos da comunidade escolar (CAMOSSA et al, 2005, p. 349). A Educação nutricional exige um tempo de ação e a escola faz parte desse processo de conhecimento de comportamento alimentar mais saudável com orientação direta sobre a alimentação escolar. A escola, tem o papel de estimular atividades relacionadas à educação e saúde e, portanto, à educação nutricional, pois, uma vez que é dirigida às crianças, pode contribuir para a aquisição de hábitos alimentares saudáveis (VALLE & EUCLYDES, 2003).
Promover o incentivo à educação nutricional, aos hábitos alimentares saudáveis e a saúde no ambiente escolar, vem sendo recomendada por órgãos internacionais (BIZZO & LEDER, 2005, p. 4). De acordo com esses órgãos “a escola é um importante espaço de ensino e aprendizagem, convivência e crescimento, no qual se adquire valores fundamentais, este se torna o lugar ideal para o desenvolvimento de programas de promoção de Educação e Saúde de amplo alcance e repercussão”.
Para (GONÇALVES et al, 2008). A escola, na promoção de hábitos alimentares, precisa integrar a questão da nutrição nas atividades pedagógicas de um modo geral, ou seja, relacionar essa temática a diversas disciplinas. Portanto o ambiente escolar deve trabalhar incentivando, conscientizando e convencendo os alunos a mudarem sua postura alimentar, cumprindo então com seu verdadeiro papel de socializadora, pois esse trabalho pode ser disseminado entre as famílias dos educandos e na comunidade. A escola tem capacidade de estimular hábitos alimentares saudáveis através do desenvolvimento de programas de incentivos que promovendo modificações nos alimentos comercializados na cantina, explicando o porquê das alterações realizadas e incentivando a substituição e não simplesmente a proibição (HERCULANO et al, 2010, p. 3).
A escola, precisa funcionar como uma ponte entre a família e a sociedade. Ela deve reforçar a necessidade de um cardápio variado e que contemple os nutrientes vitais para o adequado desenvolvimento da criança. Assim, a alimentação saudável assimilada nas atividades pedagógicas pode também ser aplicada fora da escola, de maneira que os alunos se tornem agentes promotores de sua saúde, de sua família e da comunidade em geral. Ainda nesse contexto, para Domene (2008, p.8), “o professor de Ciências tem o papel de articulador na esfera escolar, provendo a seus alunos, um conhecimento amplo a respeito dos hábitos alimentares saudáveis”. Vale ressaltar que, agindo como articulador, o professor estará também criando meios de construção e divulgação da educação nutricional, ao passo que estará instigando crianças e adolescentes a
Nessa direção, Ribeiro (2013, p. 24) afirma: “A educação nutricional pode promover o desenvolvimento da capacidade de compreender práticas e comportamentos. Os conhecimentos ou as aptidões resultantes desse processo contribuem para a integração do adolescente com o meio social”. Dessa forma proporcionando ao indivíduo, condições para que possa tomar decisões para resolver tais problemas.
Sendo assim, o professor pode exercer uma influência positiva sobre os alunos, durante as aulas de ciências, propor discussões sobre o tema alimentação. Conduzir seus alunos a terem mais consciência sobre os alimentos que fazem bem à saúde. Considerável parcela dos alunos traz conhecimentos prévios sobre os alimentos, sejam aqueles mais simples ou mais elaborados, oriundos de suas vivências familiares e sociais. Estes conhecimentos podem ser utilizados pelo professor para suscitar discussões sobre os tipos de alimentos mais saudáveis, a utilização dos nutrientes pelo organismo, as consequências advindas de hábitos alimentares inadequados, entre outros aspectos.
Dessa forma, o aluno irá dispor de elementos significativos para decidir sobre os alimentos que consumirá. A obesidade deve ser reconhecida e tratada como uma doença, devendo o obeso entender que a perda de gordura corporal tem o propósito de redução da morbidade e mortalidade relacionada à obesidade, e não apenas a melhora estética. Com perdas de 5 a 10 % do peso corporal podem-se observar reduções expressivas dos níveis da pressão arterial, glicemia e lipídios (WADDEN e FOSTER, 2000).
As medidas de incentivo à pratica de atividade física devem, no entanto, observar as necessidades de crianças e adolescentes. As atividades devem despertar o interesse dos jovens e serem adequadas ao nível de desenvolvimento físico e cognitivo, bem como às suas preferências. Além disso, devem ser respeitas as diferenças entre atividades realizadas por crianças e adultos e, também, a variabilidade cultural entre meninos e meninas (SILVA; COSTA,2011).
Sabe-se que os fatores causais da obesidade estão ligados à excessiva ingestão de energia, ao reduzido gasto ou à alterações na regulação deste balanço energético (SSIGULEM et al,2016). “Para o tratamento da obesidade é muito importante a abordagem multidisciplinar, conhecendo que não existe nenhum tratamento eficaz isoladamente. Qualquer que seja o tratamento escolhido, deve-se associar mudanças no estilo de vida”. O tratamento irá depender da gravidade do problema, das complicações existentes e das características próprias do individuou (FERREIRA, 2005).
Portanto, o aumento da qualidade de crianças obesas vai ao encontro das “teorias ambientalistas”, uma vez que, nas últimas décadas, não ocorreram alterações substancias nas características genéticas das populações, enquanto que as mudanças de hábitos foram enormes (ESCRIVÃO et al., 2000, p. 306).
3 CONCLUSÃO
Ao término dessa pesquisa percebe-se que a obesidade infantil e adulto, é uma doença provocada pelo excesso de gordura corporal que atinge tanto em crianças, quanto em adultos, sendo um problema de saúde pública, que tem como consequências diversos fatores genéticos, fisiológicos e psicológicos. Independentemente da idade, a obesidade, é um grande fator de risco para diversas doenças, pois a pessoa obesa tem mais facilidade em desenvolver doenças como diabetes tipo II, doenças coronárias, aumento da incidência de câncer, complicações respiratórias e problemas dentre outros.
Portanto os objetivos tanto gerais quanto específicos do trabalho foram alcançados, uma vez que o intuito da pesquisadora era verificar os fatores que influenciam no aumento da obesidade infantil, destacando o papel do nutricionista a frente desse agravante. E os objetivos específicos eram identificar os fatores que levam a obesidade infantil; ressaltar as mudanças a serem feitas acerca da obesidade; exaltar a importância do profissional nutricionista nesse processo de reeducação de hábitos alimentares. Diante dessa problemática identificar os aspectos que contribuem para o aumento da obesidade infantil.
Nota-se que os fatores ligados ao aumento da obesidade são desde o consumo de alimentos industrializados, a falta de atividades físicas, a redução das horas de sono, estilo de vida familiar, condição socioeconômico, fatores psicológicos. Na infância o manejo se torna mais difícil que na fase adulta, pois está relacionado a hábitos alimentares que são disponibilizados pelos pais, aumentando então a quantidade de gordura, sendo que o excesso de gordura está associado ao surgimento de várias doenças associadas a obesidade.
Metodologicamente o trabalho foi elaborado em várias etapas, foi feito um estudo sobre a obesidade infantil e adulto pesquisando artigos e bancos de dados. Os períodos dos artigos pesquisados foram de 2003 a 2019, nos idiomas inglês e português. Os estudos foram realizados no Scientific Electronic Library Online (SciELO), PubMed (Nacional Library of Medicine) e Google Acadêmico, foi feito uma Revisão Bibliográfica, sendo uma pesquisa qualitativa, consultando fontes de dados na internet, artigos científicos e revistas. Para entender sobre a obesidade infantil e adulto e a importância do profissional de Nutrição, frente a esse agravante.
Para a elaboração da pesquisa foi feito um quadro com o Cronograma de execução das atividades do Projeto e do Trabalho de Conclusão de Curso mostrando cada etapa da pesquisa. Ao finalizar o trabalho verificou-se que tem aumentado bastante o número de pessoas com obesidade. Sendo assim, é de extrema importância a prevenção da obesidade desde a infância. E os pais representam uma forte influência sobre a ingestão de alimentos as crianças e adolescentes que seguem seus padrões, se esses não forem mudados em conjunto não haverá sucesso.
Contudo na infância, recomenda-se que os pais ofereçam as crianças alimentos saudáveis, ricos em nutrientes adequados e que concedam qualidade alimentar. O aumento da obesidade infantil no Brasil e no mundo devem ser considerados os vários fatores que influenciam o comportamento alimentar, sedentarismo, má alimentação, grandes consumos de alimentos industrializados e fatores externos. A existência de crianças e adolescentes com doenças pre existente está cada vez maior, diante disso foram adotados programas educacionais inovadores, planejado para ampliar conhecimento sobre nutrição e saúde, tal como para influenciar de modo afirmativo a dieta, a atividade física e a redução da inatividade.
Portanto, buscar estratégias tem sido primordial para a diminuição da obesidade, já que afeta todas as faixas etárias e grupos socioeconômicos. Destaca-se também que ações familiares e escolares contribui de forma integra na diminuição da obesidade, conduzindo a ter hábitos alimentares bons e na prática de atividade física. No entanto, uma proposta da pesquisadora é que os profissionais nutricionistas possam atuar nas escolas públicas e particulares. Pois conclui-se que uma equipe de saúde como os nutricionistas, torna-se fundamental nesse processo, orientando e atuando através de programas de reeducação alimentar nas escolas e na prevenção da obesidade de crianças e adolescentes como um todo.
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