REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202505071542
Maria Clara da Silva Guimarães
Alicia Marcela Almeida Gama
Orientadora: Profª. MsC. Mayara Priscila Lima dos Santos
RESUMO
A obesidade configura-se como um distúrbio metabólico e nutricional caracterizado pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, decorrente do desequilíbrio entre a ingestão e o gasto energético. O presente estudo tem como objetivo analisar os principais fatores de risco associados à obesidade e desenvolver estratégias de intervenção nutricional para sua prevenção e tratamento. A metodologia adotada foi uma revisão de literatura, com abordagem qualitativa, fundamentada na análise de artigos científicos e documentos institucionais disponíveis em bases de dados acadêmicas. Foram explorados os fatores comportamentais, ambientais e sociais relacionados à obesidade, bem como diferentes estratégias de intervenção, incluindo programas de reeducação alimentar e incentivo à prática de atividades físicas. Os resultados demonstraram que a obesidade tem causas multifatoriais, englobando aspectos genéticos, socioeconômicos, psicológicos e culturais. O consumo elevado de alimentos ultraprocessados e o sedentarismo foram identificados como fatores determinantes no crescimento da prevalência da obesidade em nível global. Além disso, a obesidade está associada ao desenvolvimento de diversas doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão arterial, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Conclui-se que o enfrentamento da obesidade demanda uma abordagem integrada, combinando educação nutricional, políticas públicas, incentivo à prática de exercícios físicos e suporte psicológico. Estratégias intersetoriais que envolvam o Estado, a sociedade e os profissionais da saúde são essenciais para mitigar os impactos dessa condição e promover hábitos de vida saudáveis.
Palavras-chave: Obesidade, fatores de risco, alimentação saudável, atividade física, saúde pública.
ABSTRACT
Obesity is a metabolic and nutritional disorder characterized by excessive accumulation of body fat, resulting from an imbalance between energy intake and expenditure. This study aims to analyze the main risk factors associated with obesity and develop nutritional intervention strategies for its prevention and treatment. The methodology adopted was a literature review with a qualitative approach, based on the analysis of scientific articles and institutional documents available in academic databases. Behavioral, environmental, and social factors related to obesity were explored, as well as different intervention strategies, including dietary reeducation programs and the promotion of physical activity. The results demonstrated that obesity has multifactorial causes, encompassing genetic, socioeconomic, psychological, and cultural aspects. High consumption of ultra-processed foods and sedentary behavior were identified as key factors in the increasing prevalence of obesity worldwide. Additionally, obesity is associated with the development of various non-communicable chronic diseases, such as hypertension, type 2 diabetes, and cardiovascular diseases. It is concluded that tackling obesity requires an integrated approach, combining nutritional education, public policies, encouragement of physical activity, and psychological support. Intersectoral strategies involving the government, society, and healthcare professionals are essential to mitigate the impacts of this condition and promote healthy lifestyle habits.
Keywords: Obesity, risk factors, healthy eating, physical activity, public health.
1 INTRODUÇÃO
A obesidade é caracterizada como um distúrbio nutricional e metabólico de origem multifatorial, definido por um aumento excessivo no percentual de gordura corporal, resultante de um desequilíbrio entre a ingestão e o gasto energético. Seu desenvolvimento e manutenção estão intimamente associadas a fatores genéticos, emocionais e hábitos de vida (Neves et al., 2021). Na atualidade, a obesidade é reconhecida como um dos principais desafios de saúde pública em escala global, sendo considerada uma epidemia que afeta, de maneira crescente, crianças e adolescentes, devido às mudanças nos hábitos de vida da sociedade (Da Silva et al., 2023).
O excesso de gordura corporal é uma condição crônica cujo aumento tem se dado de maneira rápida em todo o mundo nos últimos anos. A organização mundial da saúde (OMS) declara ser uma das questões de saúde mais sérias enfrentadas atualmente, projetando mundialmente para 2025 um total de 2,3 bilhões de adultos com excesso de peso, dos quais 700 milhões estão classificados como obesos, ou seja, com um índice de massa corporal (IMC) superior a 30 (Lima et al., 2020).
Segundo os estudos de Gonçalves et al., (2025), a obesidade tem se tornado cada vez mais prevalente ao longo das últimas décadas, atingindo proporções preocupantes em diversos países, independentemente de seu nível socioeconômico. Esse crescimento expressivo ocorre em todas as faixas etárias, consolidando a obesidade como um dos maiores desafios para a saúde pública na atualidade.
De acordo com os estudos de Ferreira et al., (2023) a obesidade está ligada a várias condições crônicas não transmissíveis (CCT), como pressão arterial elevada, diabetes, problemas cardíacos, disfunções renais e complicações musculoesqueléticas. Diversos estudos indicam que a obesidade pode elevar o risco de desenvolvimento de vários tipos de câncer em homens e mulheres. Entre os exemplos mais comuns estão o câncer de mama (especialmente após a menopausa), colorretal, adenocarcinoma de esôfago, carcinoma de células renais, câncer do colo do útero, cárdia gástrico, fígado, vesícula biliar, pâncreas, ovário, tireoide e mieloma múltiplo (Queiroz et al., 2022).
A OMS (2004) destaca dois fatores principais como causas do sobrepeso e da obesidade: o aumento do consumo de alimentos altamente calóricos, ricos em gorduras saturadas e açúcares, e a redução dos níveis de atividade física (Da Silva et al., 2021). O avanço da industrialização dos alimentos resultou em um aumento significativo na ingestão calórica por grande parte da população. Paralelamente, com o surgimento da era tecnológica, a busca por refeições rápidas e práticas se intensificou (Cantanhede et al., 2021). Os estudos de De Almeida et al., (2022) a prática regular de atividade física desempenha um papel fundamental no aumento do gasto energético diário. Além de promover diversos benefícios para a saúde, a adoção de um estilo de vida ativo pode contribuir significativamente para a redução das taxas de obesidade.
Monteiro et al., (2018) destaca que a transição nutricional observada no país, é caracterizada pelo aumento do consumo de alimentos ricos em gordura, açúcar e sal, tem sido apontada como um dos principais impulsionadores da obesidade. Além disso, o acesso limitado a alimentos saudáveis em determinadas regiões e grupos populacionais, devido a fatores socioeconômicos, contribui para disparidades na prevalência de obesidade (Brasil, 2020).
A obesidade é, atualmente, um sério problema de saúde pública em escala global. Para Lopes et al., (2021) diversos fatores contribuem para o desenvolvimento do sobrepeso, incluindo predisposição genética, hábitos alimentares inadequados e a falta de atividade física. Diante desse cenário preocupante, é fundamental adotar abordagens abrangentes para prevenir e controlar a obesidade. Estratégias de saúde pública devem visar não apenas a promoção de hábitos alimentares saudáveis e a prática regular de atividade física, mas também a regulação da publicidade de alimentos e a melhoria do acesso a alimentos nutritivos (Brasil, 2020).
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Analisar os principais fatores de risco associados à obesidade e desenvolver estratégias de intervenção nutricional para prevenção e tratamento desta condição.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Identificar os fatores comportamentais, ambientais e sociais associados à obesidade;
- Avaliar diferentes estratégias de intervenção, como programas de reeducação alimentar e exercícios físico;
- O impacto dos hábitos alimentares e determinantes socioeconômicos na epidemia de obesidade;
- Estratégias integradas no combate à obesidade: programas de reeducação alimentar e atividade física no Brasil;
3 REVISÃO DA LITERATURA
Ao longo da história, a obesidade teve diversas interpretações quanto ao seu significado cultural, social e estético, variando conforme o contexto histórico e as transformações nas sociedades. Durante o período da idade média (séculos V a XV), a obesidade estava associada à riqueza e ao status social elevado, já que corpos volumosos indicavam acesso a abundância alimentar, representando prosperidade e poder. Contudo, com a ascensão do Cristianismo e a valorização dos valores ascéticos no século XIII, a obesidade passou a ser vista como um reflexo de vícios, como a gula, sendo estigmatizada como decadência moral e física, enquanto corpos esbeltos se tornaram o ideal de moderação e disciplina (Pimenta, 2015).
Com a chegada do Renascimento (séculos XIV a XVII), houve uma ressignificação nos padrões estéticos da época, valorizando o corpo humano em sua totalidade. A obesidade, antes vista com estigma, passou a ser valorizada em certas culturas como um indicativo de saúde, beleza e fertilidade, especialmente no contexto da arte e da representação do corpo feminino. Artistas como Peter Paul Rubens, por exemplo, retratam mulheres com corpos mais cheios e voluptuosos, refletindo a ideia de que a gordura era associada à abundância e à capacidade de gerar vida. Durante esse período, a obesidade passou a representar não apenas prosperidade, mas também fertilidade e abundância, contrastando com a perspectiva moralista que prevaleceu na Idade Média (Lemos et al., 2015).
No entanto, com o advento da Revolução Industrial (séculos XVIII e XIX), a obesidade passou a ser associada a um novo conjunto de valores e preocupações. A rápida urbanização, o crescimento das cidades e as mudanças nos hábitos alimentares, impulsionados pela industrialização, resultaram em novos padrões de consumo de alimentos. O que antes, em alguns períodos da história, era considerado um símbolo de beleza, saúde e fertilidade, passou a ser estigmatizado, vinculando a obesidade ao sedentarismo e à falta de autocontrole. Esse fenômeno refletiu uma mudança de perspectiva, na qual o corpo obeso passou a ser visto como um reflexo de preguiça, alimentação inadequada e falta de disciplina (Pimenta, 2015).
No século XXI, a obesidade ultrapassou as barreiras do estigma social e tornou-se uma preocupação global de saúde pública. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a obesidade como uma epidemia, devido ao crescimento alarmante de casos em todo o mundo. Segundo o relatório da OMS de 2023, mais de 1 bilhão de pessoas vivem com obesidade, incluindo 159 milhões de crianças e adolescentes, um reflexo direto das mudanças nos padrões alimentares e do estilo de vida moderno, caracterizado por dietas hipercalóricas e baixo nível de atividade física. O cenário é igualmente preocupante no Brasil. De acordo com dados do Ministério da Saúde (2021), 60,3% da população adulta apresenta excesso de peso, e a prevalência da obesidade cresceu de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2021, com destaque para o aumento entre jovens e crianças.
3.1 OBESIDADE
A obesidade é uma condição clínica multifatorial caracterizada pelo acúmulo excessivo de tecido adiposo, associado a riscos significativos para a saúde física e mental. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), seu diagnóstico baseia-se no Índice de Massa Corporal (IMC), calculado pela divisão do peso (kg) pelo quadrado da altura (m²), sendo valores entre 25,0 e 29,9 kg/m² classificados como sobrepeso e IMC ≥ 30,0 kg/m² como obesidade (Who, 2021).
Contudo, críticas ao IMC destacam sua limitação em diferenciar massa muscular de gordura, reforçando a necessidade de métodos complementares, como a medida da circunferência abdominal e análises de composição corporal (Bray et al., 2017). No contexto brasileiro, a obesidade é reconhecida como um problema de saúde pública crescente, com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019 apontando que 26,8% dos adultos são obesos, percentual que triplicou nas últimas décadas, acompanhando tendências globais (IBGE, 2020). Entre crianças de 5 a 9 anos, 15,9% apresentam obesidade, cenário vinculado ao aumento do consumo de alimentos ultraprocessados e à redução da atividade física, conforme dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan, 2021).
A fisiopatologia da obesidade envolve um desequilíbrio energético crônico, no qual a ingestão calórica supera o gasto, porém sua complexidade transcende a simples equação matemática. Interações entre genética, ambiente e fatores neuroendócrinos desempenham papéis críticos. O tecido adiposo, por exemplo, atua como órgão endócrino, secretando adipocinas como a leptina, que regula o apetite, e a adiponectina, com ação anti-inflamatória (Fruhbeck et al., 2017).
Alterações nesses mecanismos, como a resistência à leptina, estão associadas à hiperfagia e ao acúmulo de gordura visceral, comum em indivíduos obesos (Schwartz et al., 2017). De acordo com Silveira et al., (2018) estudos genéticos brasileiros identificaram polimorfismos no gene FTO (Fat Mass and ObesityAssociated) em populações locais, correlacionando-os à predisposição para obesidade e preferência por dietas hipercalóricas. Além disso, pesquisas recentes destacam o papel do microbiota intestinal na modulação metabólica, com disbioses associadas à maior extração energética de alimentos e inflamação sistêmica, fatores que exacerbam a adipogênese (Tremaroli et al., 2012).
As comorbidades ligadas à obesidade incluem doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e síndrome metabólica, além de transtornos psicológicos, como depressão e ansiedade. O tecido adiposo visceral libera ácidos graxos livres e citocinas pró-inflamatórias (TNF-α e IL-6), que induzem resistência à insulina e dislipidemia, mecanismos centrais na patogênese das doenças crônicas (Després et al., 2006).
No Brasil, estudo longitudinal realizado por Siqueira et al., (2020) demonstrou que indivíduos com IMC ≥ 35 kg/m 2 têm risco 40% maior de desenvolver hipertensão arterial, comparados àqueles com IMC normal. Paralelamente, o estigma social associado à obesidade agrava transtornos mentais, em uma pesquisa conduzida por Almeida et al., (2019) em capitais brasileiras revelou que 68% dos indivíduos obesos relataram discriminação em ambientes de trabalho, impactando sua autoestima e adesão a tratamentos.
Estratégias de prevenção e controle da obesidade demandam abordagens intersetoriais. Políticas públicas brasileiras, como o Guia Alimentar para a População Brasileira, enfatizam a redução do consumo de ultraprocessados e a promoção de alimentos in natura (Brasil, 2014). Programas como o Saúde na Escola (PSE) buscam combater o sedentarismo infantil através de atividades físicas integradas ao currículo escolar (Brasil, 2022).
No tratamento clínico, as Diretrizes Brasileiras de Obesidade recomendam intervenções multidisciplinares, combinando dieta, exercício e suporte psicológico, além de farmacoterapias e cirurgia bariátrica são indicadas para casos graves, seguindo critérios estabelecidos pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBOC, 2022). Apesar dos avanços, desafios persistem, como o acesso desigual a serviços de saúde e a influência da indústria alimentícia, fatores que exigem ações contínuas para mitigar uma das maiores crises sanitárias do século XXI.
3.2 CONHECENDO AS CAUSAS DA OBESIDADE
A obesidade é resultado de uma intrincada rede de fatores inter-relacionados, que transcendem a noção simplista de “comer muito e movimentar-se pouco”. Sua etiologia envolve determinantes sociais, ambientais, comportamentais e biológicos, os quais, em conjunto, moldam um cenário propício ao acúmulo excessivo de gordura corporal. No Brasil, assim como globalmente, a transição nutricional, marcada pela substituição de dietas tradicionais, baseadas em alimentos in natura, por produtos ultraprocessados, é um dos pilares explicativos.
Conforme Popkin et al., (2015), esse fenômeno está intimamente ligado à urbanização acelerada e à industrialização, que facilitam o acesso a comidas hiper palatáveis, ricas em açúcares, gorduras e sódio, em detrimento de opções saudáveis. A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2017-2018) do IBGE revelou que 18% das calorias consumidas por brasileiros vêm de ultraprocessados, percentual que chega a 26% entre adolescentes, refletindo mudanças culturais e econômicas profundas (IBGE, 2020).
As desigualdades socioeconômicas também desempenham papel crucial. Estudos brasileiros demonstram que populações de baixa renda estão mais suscetíveis à obesidade devido ao menor custo relativo de alimentos calóricos e à escassez de opções nutritivas em áreas periféricas (Claro et al., 2010). Concomitantemente, o ambiente alimentar urbano, saturado por publicidade de produtos não saudáveis, exerce influência significativa, especialmente sobre crianças. Pesquisa conduzida por Monteiro et al., (2019) em escolas públicas de São Paulo identificou que 70% dos anúncios veiculados nos entornos escolares promoviam refrigerantes, salgadinhos e doces, reforçando padrões alimentares deletérios.
No âmbito comportamental, o sedentarismo emerge como fator central. A Pesquisa Nacional de Saúde (2019) apontou que 47% dos adultos brasileiros não atingem os níveis recomendados de atividade física, com maior prevalência em mulheres e idosos (IBGE, 2020). A disseminação de tecnologias que reduzem a demanda por esforço físico, como transporte motorizado e entretenimento digital, aliada à falta de infraestrutura urbana para práticas esportivas, contribui para esse cenário. Estudo longitudinal realizado por Siqueira et al., (2020) em capitais brasileiras associou o tempo médio diário em frente a telas (≥4 horas) ao aumento de 30% no risco de obesidade infantil, evidenciando a dimensão comportamental do problema.
Silveira et al., (2018) destaca que fatores biológicos, como predisposição genética e alterações metabólicas, também são determinantes. Polimorfismos em genes como FTO e MC4R estão associados à maior propensão ao acúmulo de gordura, conforme demonstrado em cortes brasileiros. Adicionalmente, disfunções endócrinas, como resistência à leptina e à insulina, alteram a regulação do apetite e o metabolismo energético, perpetuando ciclos de ganho de peso (Schwartz et al., 2017). O microbiota intestinal, por sua vez, modula a extração de calorias da dieta e a inflamação sistêmica. Pesquisas recentes com populações brasileiras identificaram que indivíduos obesos apresentam menor diversidade bacteriana intestinal, com predominância de espécies pró inflamatórias (Tremaroli et al., 2012).
O ambiente obesogênico, caracterizado pela disponibilidade excessiva de alimentos hipercalóricos e estímulos ao consumo passivo, completa o quadro causal. A urbanização desordenada, por exemplo, reduz espaços públicos para atividade física e amplia a exposição a fast-foods. No Brasil, estudo de Florindo et al., (2016) em São Paulo revelou que regiões com menor densidade de praças e ciclovias apresentavam taxas de obesidade 25% superiores às demais. Paralelamente, disruptores endócrinos, como ftalatos e bisfenol A, presentes em embalagens plásticas, interferem na regulação hormonal, potencializando o risco de obesidade, conforme alertado por Silva et al., (2017) em análise de amostras populacionais brasileiras.
Políticas públicas inadequadas e conflitos de interesse amplificam esses desafios. Apesar de avanços como a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) e a taxação de bebidas açucaradas, implementada no Brasil em 2018, a influência da indústria alimentícia na formulação de regulamentações persiste como obstáculo. Relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS, 2022) criticou a falta de restrições efetivas à publicidade infantil de alimentos não saudáveis no país, um vácuo que sustenta ciclos intergeracionais de obesidade.
3.3 OBESIDADE E DOENÇAS RELACIONADAS
O sobrepeso e a obesidade presente desde a infância acarretam consequências tanto físicas quanto psicológicas. Crianças com excesso de peso têm maior probabilidade de permanecer obesas na idade adulta e apresentam um risco elevado de desenvolver doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Contudo, algumas condições associadas à obesidade já podem manifestar-se durante a infância e adolescência, como hipertensão arterial sistêmica (HAS), dislipidemias, sofrimento mental, exclusão social, dores articulares, entre outras. Crianças e adolescentes com obesidade enfrentam impactos negativos no curto, médio e longo prazo (Capistrano et al., 2022).
De acordo com De Albuquerque et al., (2019), os problemas associados ao excesso de peso e à obesidade têm se tornado cada vez mais frequentes entre crianças e adolescentes brasileiros. Isso ocorre porque o elevado Índice de Massa Corporal (IMC) é um dos principais fatores de risco para o surgimento de comorbidades. A alimentação dos jovens é frequentemente caracterizada por um alto teor de açúcar, sal, gorduras saturadas e trans, além de um baixo conteúdo de carboidratos complexos e fibras. Paralelamente aos hábitos alimentares inadequados, observa-se um aumento no sedentarismo entre os jovens, que enfrentam precocemente os impactos desse estilo de vida, tendo que lidar com diversas morbidades possivelmente decorrentes do excesso de peso e da obesidade (Corrêa et al., 2020).
Segundo os estudos de De Brito et al., (2019) nas últimas três décadas, a prevalência da obesidade na infância aumentou de forma significativa na América do Norte, resultando em uma série de problemas de saúde. Entre as DCNT, destacam-se a diabetes mellitus tipo 2 (DM2), uma das mais prevalentes, uma condição que anteriormente era observada apenas em idades mais avançadas. A combinação de mudanças nos hábitos de vida, incluindo ajustes na alimentação e a prática regular de atividade física, proporciona benefícios significativos, não apenas no controle glicêmico de pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2), mas também no manejo de outras doenças crônicas. Intervenções alimentares auxiliam na regulação do metabolismo do tecido adiposo, enquanto o exercício físico contribui para o aumento do gasto energético e a melhoria da flexibilidade metabólica nesse tecido (Da Silva et al., 2024).
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e a obesidade são condições crônicas que representam desafios consideráveis para os sistemas de saúde globalmente. Os fatores de risco para o desenvolvimento da hipertensão arterial estão diretamente ligados ao estilo de vida, incluindo dietas inadequadas caracterizadas pelo consumo excessivo de sal, gorduras saturadas e trans. O sedentarismo, o uso de tabaco e o consumo de álcool também aumentam a probabilidade de obesidade associada à hipertensão (Do Nascimento Santos et al., 2024). Para prevenir ou controlar a hipertensão arterial sistêmica (HAS), é fundamental adotar um estilo de vida saudável, com ênfase na prática regular de atividades físicas e na manutenção de uma alimentação equilibrada (Mitri et al., 2020).
De forma geral, a obesidade é influenciada por fatores físicos, emocionais e cognitivos, que podem variar de acordo com a faixa etária. As questões neuropsicológicas também desempenham um papel significativo no desenvolvimento e na persistência dessa condição (De Oliveira Rodrigues et al., 2023). Portanto é fundamental enxergá-los de forma integral, considerando os aspectos biopsicossociais e não apenas o biológico. Para isso, diversas estratégias comportamentais aplicadas à nutrição têm sido desenvolvidas, visando promover mudanças duradouras nos hábitos alimentares de adultos (Gomes et al., 2022).
A obesidade é uma condição de saúde multifatorial que, quando associada a comorbidades, resulta em complicações mais graves, tanto no tratamento quanto na evolução clínica. Independentemente de sua gravidade, é fundamental considerar os fatores etiológicos, desencadeantes, predisponentes e perpetuadores envolvidos (Caselli et al., 2021).
3.4 INTERVENÇÕES NA OBESIDADE
A obesidade resulta em repercussões clínicas que podem variar de morbidades leves e moderadas a condições graves com risco de vida a longo prazo. É possível afirmar que seus impactos abrangem aspectos metabólicos, anatômicos, psicológicos e comportamentais (Caldas et al., 2021). O excesso de peso está associado a diversos fatores, como o sedentarismo e os hábitos alimentares. No Brasil, nota-se um aumento no consumo de alimentos ultraprocessados, acompanhado por uma redução na ingestão de alimentos mais nutritivos. Monteiro et al., (2023) destaca que as intervenções nutricionais, têm como objetivo promover estratégias focadas na modificação de comportamentos relacionados aos hábitos alimentares.
Além desses fatores, a ausência de atividade física pode ser um fator determinante nesse contexto. A inatividade física contribui para o aumento do peso corporal, uma vez que o organismo tende a armazenar as calorias não utilizadas na forma de gordura (Gutierrez et al., 2021). O ganho de peso excessivo em um curto intervalo de tempo pode provocar alterações na estatura óssea correspondente à idade, antecipar o início da puberdade e resultar em uma altura final reduzida devido ao fechamento precoce das cartilagens de crescimento. o excesso de peso pode ser identificado por meio da avaliação do Índice de Massa Corpórea (IMC), calculado pela fórmula peso/altura², assim como pela medição das dobras cutâneas (Da Silva et al., 2021).
A redução do consumo de alimentos in natura e o aumento na ingestão de alimentos ultraprocessados contribuem para o ganho de peso, uma vez que esses produtos geralmente contêm quantidades excessivas de sal e açúcar em sua composição. Para De Castro et al., (2021) incentivar hábitos alimentares mais saudáveis e reduzir o excesso de peso, é fundamental que as pessoas sejam devidamente informadas sobre alimentação e nutrição. Além disso, intervenções nutricionais e comportamentais que integrem o controle de peso com a redução de comportamentos associados a transtornos alimentares são fundamentais no tratamento de indivíduos com obesidade e transtornos alimentares graves (Florido et al., 2019).
Muniz et al., (2024) destaca que para enfrentar a obesidade presente desde a infância, que frequentemente leva à obesidade na vida adulta, é fundamental adotar mudanças nos hábitos alimentares e no estilo de vida, combinadas com a prática regular de atividades físicas. Políticas de prevenção devem oferecer suporte adequado às famílias, facilitando a compreensão de como prevenir comorbidades relacionadas à nutrição que podem surgir ainda na infância. É imprescindível ressaltar a importância de aprimorar as práticas de alimentação complementar, pois intervenções nesse campo desempenham um papel essencial na formação e promoção de hábitos alimentares saudáveis desde a infância (De Paula et al., 2022).
A prevenção da obesidade deve ser conduzida de forma sistemática e multifatorial, com o objetivo de impedir a progressão da doença para estágios mais graves e, consequentemente, evitar complicações associadas. Para alcançar eficácia, o tratamento deve ser prolongado, com vigilância constante sobre a prática regular de atividades físicas e o controle da ingestão calórica. Além disso, fatores como apoio social, envolvimento familiar e intervenções de saúde desempenham um papel fundamental na prevenção, especialmente entre crianças e adolescentes. (Dos Santos Guimarães et al., 2021).
4 MATERIAIS E MÉTODOS
A condução deste estudo consiste em uma revisão de literatura, cuja abordagem é qualitativa, fundamentada na análise de estudos científicos e dados secundários disponíveis em bases de dados acadêmicos e institucionais. A revisão de literatura tem como objetivo sintetizar e discutir as principais evidências sobre os fatores de risco e estratégias de intervenção relacionadas à obesidade, com foco em aspectos comportamentais, ambientais e sociais.
A pesquisa foi conduzida por meio da busca sistemática de artigos científicos, relatórios institucionais e dados epidemiológicos em bases de dados como Google Acadêmico, PubMed e SciELO, além de órgãos reconhecidos, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde do Brasil, a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO) e o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).
Foram utilizados descritores em Ciências da Saúde para direcionar a pesquisa e garantir a relevância dos estudos analisados. Os principais descritores incluem: obesidade, fatores associados à obesidade, sobrepeso e obesidade, estratégias nutricionais, atividade física.
Os critérios para inclusão de estudos na revisão foram: artigos em português e inglês, entre os anos de 2016 e 2025, estudos que abordam fatores comportamentais, ambientais e sociais relacionados à obesidade, pesquisas sobre estratégias de intervenção, incluindo programas de reeducação alimentar e atividades físicas, estudos que apresentem dados quantitativos sobre a evolução da obesidade no Brasil e no mundo.
E como critérios de exclusão, optou-se em não utilizar estudos que requerem pagamento para acesso, além de fujam do tangenciamento do tema, estudos como metodologias incoerentes estudos duplicados nas bases de dados.
A revisão de literatura foi organizada em quatro eixos temáticos principais: Obesidade, Conhecendo as causas da obesidade, Obesidade e doenças relacionadas e intervindo na obesidade.
A apresentação da revisão aconteceu de forma clara e completa para permitir ao leitor avaliar criticamente os resultados, buscou-se proporcionar uma visão ampla sobre os determinantes da obesidade e as estratégias mais eficazes para seu controle e prevenção.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 IDENTIFICAR OS FATORES COMPORTAMENTAIS, AMBIENTAIS E SOCIAIS ASSOCIADOS À OBESIDADE
Tabela 1. Fatores comportamentais e ambientais relacionados à obesidade
ESTUDO | METODOLOGIA | ACHADOS CLÍNICOS | REFERÊNCIA |
Aspectos psicológicos em indivíduos com sobrepeso e obesidade | Trata-se de um estudo transversal de caracterização de amostra, descritivo e quantitativo. | Foram analisados 184 participantes, variando entre 18 e 79 anos. 80,4% eram mulheres e 19,6% eram homens, a maioria dos participantes apresentava sobrepeso ou obesidade, sendo predominante a obesidade grau I. Foi identificada presença significativa de sintomas leves a moderados de depressão, ansiedade sugerindo impacto psicológico associado à obesidade. | Scotton et al., 2019 |
A influência da publicidade nos hábitos alimentares e na obesidade infantil | Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica e conceitual, baseada na análise de literatura científica sobre obesidade infantil e a influência do marketing alimentar nos hábitos alimentares das crianças. A abordagem adotada é qualitativa e descritiva | O estudo revelou que estratégias de marketing influenciam diretamente o comportamento alimentar das crianças, moldando suas preferências e escolhas desde cedo. A publicidade confunde a distinção entre necessidade e desejo, levando o público infantil a associar certos alimentos ultraprocessados. | Lima et al., 2022 |
Os fatores de risco envolvidos na obesidade no adolescente: Uma revisão integrativa | Trata-se de um estudo de revisão integrativa de literatura (RIL), no campo da saúde, a RIL se baseia na sumarização de achados científicos, no intuito de identificar e compreender problemas, situações e vulnerabilidades relacionadas à população. | Estudos indicam que a obesidade varia entre sexos e etnias, sendo mais prevalente em adolescentes do sexo masculino em algumas culturas. O sedentarismo, o tempo de tela e a menor atividade física escolar contribuem para o sobrepeso, enquanto fatores como educação materna, tipo de escola e hábitos familiares também influenciam | Neves et al., 2021 |
Aspectos Físicos, Psicológicos, Comportame ntais e Terapêuticos de Pacientes com Sobrepeso e Obesidade | Foi conduzido um estudo de corte transversal, descritivo e exploratório para identificação dos hábitos de vida e característica clínicas e farmacoterapêuticas de pacientes com sobrepeso e obesidade | O estudo aponta o aumento da obesidade e do sobrepeso no Brasil, afetando diversas faixas etárias e sociais. Sedentarismo, consumo de álcool e má alimentação são fatores-chave, além da relação com transtornos psicossomáticos, como ansiedade e depressão, que agravam distúrbios alimentares | Silva et al., 2021 |
A tabela 1 tem como objetivo apresentar uma análise de estudos sobre os fatores comportamentais e ambientais relacionados à obesidade, com ênfase nas influências psicológicas, familiares, sociais e ambientais. Na Tabela 1, observa-se uma diversidade de estudos que analisam diferentes aspectos da obesidade, abrangendo fatores psicológicos, comportamentais, ambientais e terapêuticos. Os achados reforçam a complexidade da obesidade, evidenciando sua relação com aspectos emocionais, sociais e hábitos de vida inadequados.
Os estudos de Scotton et al., (2019) e Rocha et al., (2017) destacam o impacto psicológico da obesidade, apontando a prevalência de ansiedade, depressão e insatisfação com a imagem corporal, fatores que podem agravar o quadro e dificultar a adesão a estratégias de intervenção. Além disso, o estigma e a exclusão social são mencionados como agravantes da condição. Ainda de acordo com Scotton et al., (2019) é necessário considerar fatores comportamentais, sociais e ambientais ao examinar tanto a origem quanto a persistência desse fenômeno. Nesse contexto, indivíduos com obesidade podem apresentar aspectos emocionais e psicológicos que desempenham papéis como causadores, mantenedores ou contribuintes para o agravamento da condição.
No que diz respeito à obesidade infantil, a pesquisa de Lima et al., (2022) ressalta a influência do marketing alimentar na formação dos hábitos alimentares das crianças, mostrando que a publicidade pode distorcer a percepção de necessidade e desejo, levando ao consumo excessivo de ultraprocessados. Esse fator é um agravante, pois a obesidade adquirida na infância tende a persistir na vida adulta. Em crianças, os impactos da obesidade tendem a ser mais intensos, pois essa fase da vida é crucial para o desenvolvimento físico e psicológico.
Os estudos de Neves et al., (2021) e Silva et al., (2021) apontam a relevância do sedentarismo e da redução das atividades físicas no ambiente escolar como fatores de risco para o aumento da obesidade entre adolescentes e adultos. A falta de atividade física e o tempo excessivo nas redes sociais, e jogos interativos em frente a televisão podem contribuir para o acirramento do problema. Além disso, o nível educacional materno e os hábitos familiares também foram identificados como determinantes no comportamento alimentar e no risco de sobrepeso.
Além dos fatores já mencionados, Silva et al., (2021) ressalta que o excesso de peso provoca uma série de alterações no corpo humano que comprometem as atividades cotidianas do indivíduo. A obesidade é uma condição complexa e multifatorial, o que implica que pessoas obesas necessitam de acompanhamento especializado, com uma abordagem multiprofissional.
Segundo pesquisas realizadas por De Andrade et al., (2023) a vertente comportamental tem uma forte relação com o ganho de peso, pessoas que demonstravam resistência à prática de atividades esportivas tendiam a preferir alimentos ricos em gorduras. Nesse contexto, os fatores sociais também desempenham um papel relevante. O aumento da presença de redes de fast-food, tem influenciado mudanças significativas nos padrões alimentares.
De acordo com os estudos de Marques et al. (2020) o consumo de alimentos industrializados, demonstram consequências de sua ingestão à saúde, incluindo o ganho de peso, devido a ingestão de alimentos ricos em gordura saturadas, açúcares e sódio, além da baixa ingestão de frutas e legumes, resultando também em deficiência de vitaminas e minerais. Outro fator relevante para o aumento da obesidade no Brasil foi a pandemia da Covid-19, a qual exacerbou essa situação e teve um impacto negativo na alimentação e nos níveis de atividade física das crianças, adolescentes e adultos (Santos et al., 2023).
Em pessoas obesas, questões psicossociais e comportamentais podem surgir, de maneira a dificultar em seu desempenho físico e psíquico, impactando negativamente em sua imagem corporal não desejada. Assim, problemas como depressão, ansiedade e dificuldade de ajuste social, podem ser ponderados nestas pessoas, sejam eles causados pela ingestão alimentar exacerbada ou não. Por conseguinte, torna-se evidente que as condições psicológicas desempenham um papel fundamental na evolução e conservação da obesidade, devendo, consequentemente, ser levadas em consideração em sua intervenção (Souza, 2019).
5.2 AVALIAR DIFERENTES ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO, COMO PROGRAMAS DE REEDUCAÇÃO ALIMENTAR E EXERCÍCIOS FÍSICOS
Tabela 2: Comparação de Estudos sobre a Eficácia de Programas de Educação Alimentar e Exercício Físico na Prevenção e Controle da Obesidade
ESTUDO | METODOLOGIA | ACHADOS CLÍNICOS | REFERÊNCIA |
Estratégias nutricionais na gestão da obesidade: Revisão integrativa das intervenções mais eficazes | O estudo é uma revisão integrativa, a análise dos dados foi realizada de forma qualitativa e quantitativa. O objetivo foi identificar e analisar as intervenções nutricionais mais eficazes na gestão da obesidade, com foco em estudos publicados nos últimos dez anos. | Os achados clínicos indicam que as intervenções nutricionais e de atividade física são eficazes na gestão da obesidade, as estratégias baseadas em dietas equilibradas e hipocalóricas resultaram em uma redução média do IMC entre 2 a 4 kg, já as intervenções combinadas de atividade física e dieta resultaram em uma perda média de 2,5 kg no IMC em 12 semanas, esses resultados reforçam a importância de abordagens multifatoriais, que envolvem reeducação alimentar, incentivo à prática de exercícios e participação ativa da família para garantir mudanças sustentáveis no estilo de vida. | Mesquita et al., 2024 |
Eficácia de um programa de reeducação alimentar e prática de exercício físico na obesidade | O estudo retrospectivo, transversal e quantitativo analisou os efeitos de um programa de emagrecimento aplicado em uma clínica especializada no noroeste do Paraná. Foram avaliados 23 participantes que seguiram o método por três meses. A coleta de dados incluiu medidas como IMC, idade corporal, porcentagem de massa muscular e gordura corporal, circunferência da cintura e quadril, além da taxa de metabolismo basal. | O estudo demonstrou que o programa de emagrecimento teve efeitos positivos nos participantes, com uma perda média de 15,22kg, redução do IMC de 31,3 para 26,1 e diminuição significativa da gordura corporal de 44,2% para 35,1% e visceral de 9,3 para 6,7. A circunferência da cintura melhorou, com 10 indivíduos alcançando CC ≤ 80 cm, reduzindo o risco metabólico. Houve aumento da massa muscular de 24,1% para 28,1%, enquanto a TMB caiu de 1546,3 para 1409,7. Além disso, o número de indivíduos com peso adequado subiu de 2 para 9, enquanto obesidade grau I reduziu de 10 para 2 e nenhum participante permaneceu em obesidade grau II, evidenciando o impacto positivo da reeducação alimentar e da atividade física no controle da obesidade. | Christinelli et al., 2020 |
Estado Nutricional, Consumo Alimentar e Prática de Atividade Física em Adultos no Nordeste Brasileiro | A pesquisa é transversal e utiliza dados secundários extraídos do inquérito epidemiológico da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2019, abrangendo nove capitais nordestinas brasileiras: Aracaju, Fortaleza, João Pessoa, Maceió, Natal, Recife, São Luís, Salvador e Teresina. A pesquisa investigou variáveis como prevalência de sobrepeso e obesidade, consumo de frutas e hortaliças, e prática de atividade física. | A pesquisa revelou que o excesso de peso foi mais comum nas mulheres (65,1%), com a obesidade afetando 68,7% delas, e a prevalência nos homens foi mais baixa, variando de 2,7% a 4,7% nas capitais analisadas. As mulheres apresentaram maior consumo de frutas e hortaliças, mas a prática de exercícios físicos foi baixa, com apenas 12,1% dos entrevistados atingindo a recomendação de atividade física. Esses dados destacam a necessidade de programas de educação alimentar e incentivo à atividade física para prevenir e controlar a obesidade, com a combinação de estratégias interdisciplinares, como apoio nutricional e psicológico, sendo essencial para a redução do peso e a melhoria da saúde. | De Melo et al., 2022 |
A tabela 2 tem como objetivo comparar estudos sobre a eficácia de diferentes estratégias de intervenção na prevenção e no controle da obesidade, com ênfase em programas de educação alimentar e atividade física. As pesquisas analisadas exploram abordagens diversas, incluindo intervenções nutricionais, suporte psicológico e políticas públicas, destacando a importância de estratégias integradas para alcançar resultados sustentáveis.
Os estudos analisados na tabela 2 demonstram que tanto os programas de educação alimentar quanto os de atividade física são eficazes na prevenção e no controle da obesidade. Os resultados mostram que intervenções combinadas de dieta e atividade física têm mostrado bons resultados, como redução significativa do IMC e melhora nos indicadores de saúde dos participantes. O tratamento da obesidade abrange uma variedade de abordagens que considera não apenas os aspectos físicos e nutricionais, mas também os fatores emocionais e comportamentais, a maior efetividade é alcançada quando essas estratégias são combinadas com abordagens interdisciplinares, como suporte psicológico e políticas públicas voltadas para a promoção de ambientes saudáveis.
A educação nutricional se destaca como um elemento essencial em estratégias eficazes para o combate à obesidade. Programas que incluem orientações sobre alimentação saudável não apenas influenciam positivamente os hábitos alimentares, mas também contribuem para ampliar o conhecimento e proporcionam às pessoas o conhecimento e as habilidades necessárias para fazer escolhas alimentares saudáveis (Mesquita et al., 2024).
O estudo de Caldeira et al., (2024), que revisa as intervenções nutricionais no tratamento da obesidade pediátrica, destaca a importância de uma abordagem integrada, combinando educação nutricional, exercício físico e apoio psicossocial para tratar e prevenir a obesidade infantil. Essa abordagem é reforçada pelos achados de Araújo et al., (2023), que evidenciam que programas de educação alimentar não só ajudam as crianças, mas também envolvem as famílias, capacitando-as a fazer escolhas alimentares mais saudáveis. A prática regular de atividade física, por sua vez, é essencial, trazendo benefícios físicos e emocionais que promovem uma melhor saúde mental e física.
A pesquisa realizada por De Melo et al., (2022), realizada nas capitais nordestinas brasileiras, revela que o excesso de peso é mais prevalente entre as mulheres, com 68,7% delas afetadas pela obesidade. A pesquisa também apontou uma baixa adesão à prática de atividade física, com apenas 12,1% dos participantes atingindo as recomendações de exercícios. Esses dados reforçam a necessidade de estratégias interdisciplinares, como programas de educação alimentar e incentivo à atividade física, para prevenir e controlar a obesidade.
O estudo de Christinelli et al., (2020) evidenciou os impactos positivos de programas de emagrecimento, com uma perda média de 15,22 kg e redução da gordura corporal, o que reforça os benefícios de um programa estruturado que combine mudanças alimentares e aumento da atividade física. A terapia nutricional, o suporte psicológico, a prática de exercícios físicos e, em alguns casos, a intervenção cirúrgica desempenham um papel essencial. No entanto, a estratégia mais eficaz para o manejo da obesidade continua sendo a adoção de hábitos de vida saudáveis, incluindo uma alimentação equilibrada, a prática regular de atividade física e a redução do estresse diário, fatores diretamente relacionados ao desenvolvimento e à progressão da obesidade.
Além da alimentação, estimular a prática regular de atividades físicas é fundamental para o controle do peso e a promoção da saúde física e mental. Segundo Rabelo et al., (2024) crianças e adolescentes que se envolvem em práticas esportivas tendem a regular melhor o peso e apresentam menor risco de desenvolver obesidade. A prática regular e adequada de exercícios contribui para a perda de peso, melhora da composição corporal e prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, o incentivo a um estilo de vida ativo favorece o desenvolvimento de hábitos saudáveis, refletindo positivamente na saúde física e mental (Leal et al., 2024).
A cirurgia bariátrica é uma opção para o tratamento da obesidade em casos graves, quando outras intervenções não foram eficazes. Almeida et al., (2023) destaca que esta abordagem envolve a modificação anatômica ou fisiológica do sistema digestivo para reduzir a capacidade de ingestão de alimentos ou a absorção de nutrientes. A decisão de encaminhar um paciente para cirurgia bariátrica deve ser baseada em uma avaliação abrangente, levando em consideração fatores como índice de massa corporal (IMC), comorbidades associadas, histórico médico e preferências do paciente (Andrade et al., 2023).
As emoções influenciam a alimentação de diversas maneiras, sugerindo que alguns indivíduos podem estar em maior risco de adotar práticas alimentares não saudáveis. Os estudos de Da Silva et al., (2022) relatam que é necessário compreender que a perda de peso vai além de simplesmente cortar ou adicionar alimentos, envolve o desenvolvimento de habilidades. Todo esse processo abrange formas de agir, pensar e sentir em resposta aos estressores da vida, que podem ou não contribuir para o controle do peso. A junção de terapias comportamentais com outras estratégias de tratamento, como farmacoterapia, intervenções nutricionais e exercícios físicos, pode potencializar os benefícios do tratamento e aprimorar a qualidade de vida dos pacientes com obesidade (Hanna et al., 2023).
A prevenção da obesidade exige uma abordagem integrada, que envolva iniciativas em nível individual, familiar e governamental. Programas de educação nutricional, intervenções familiares para estimular hábitos saudáveis e a restrição da publicidade de alimentos ultraprocessados voltada ao público infantil e ao público jovem têm se mostrado estratégias eficazes (De Carvalho et al., 2025). É fundamental ressaltar que isso deve ser realizado em conjunto com a adoção de hábitos saudáveis e após uma avaliação minuciosa da condição clínica do paciente. Portanto, é necessário intervenções que visem modificar os padrões de comportamento alimentar e os hábitos de vida. O suporte psicológico, o acesso a uma equipe multidisciplinar e a abordagem centrada no paciente são elementos fundamentais para o sucesso a longo prazo (Da Silva et al., 2023).
5.3 O IMPACTO DOS HÁBITOS ALIMENTARES E DETERMINANTES SOCIOECONÔMICOS NA EPIDEMIA DE OBESIDADE
Considerado um problema de saúde pública, a obesidade é um dos principais fatores de risco para diversas doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial sistêmica, doenças cardiovasculares e dislipidemias. Sua fisiopatologia é caracterizada por um acúmulo excessivo de tecido adiposo, resultante de um desequilíbrio entre o consumo e o gasto energético, associado a processos inflamatórios crônicos de baixo grau, resistência à insulina, alterações hormonais e metabólicas, que comprometem o funcionamento de diversos sistemas do organismo (Machado et al., 2023).
O gráfico a seguir apresenta a evolução da prevalência da obesidade no Brasil entre os anos de 2006 e 2025, evidenciando o crescimento expressivo dessa condição ao longo do tempo. Os dados, baseados em levantamentos da ABESO e do Vigitel, mostram um aumento significativo na taxa de obesidade entre a população adulta, refletindo mudanças nos hábitos alimentares, no estilo de vida e nos fatores socioeconômicos que influenciam esse cenário.
Gráfico 1 – Evolução da Obesidade no Brasil (2006 – 2025)

De acordo com dados de 2019 da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade), a OMS projeta que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estarão acima do peso, e 700 milhões apresentando obesidade, com índice de massa corporal (IMC) superior a 30. No Brasil, os dados reforçam a gravidade da situação: entre 2006 e 2023, a prevalência de obesidade passou de 11,8% para 24,3% da população adulta (Brasil, 2019). Tal crescimento está intimamente relacionado às mudanças no padrão alimentar, marcadas por um consumo maior de alimentos ultraprocessados e pela redução na ingestão de alimentos naturais e minimamente processados.
Os hábitos alimentares inadequados são apontados como um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da obesidade. Com o avanço da modernização e a crescente urbanização nas últimas décadas, houve uma profunda transformação nos padrões alimentares, marcada pela maior disponibilidade de alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares, gorduras saturadas e sódio. Essas mudanças foram impulsionadas pelo aumento da industrialização e da globalização, que facilitaram o acesso a produtos alimentícios de preparo rápido e de baixo custo. No entanto, esses alimentos possuem alta densidade calórica e baixo valor nutricional, levando ao desequilíbrio entre o consumo energético e o gasto calórico (Monteiro et al., 2022).
De acordo com guia alimentar para a população Brasileira (2014), uma alimentação equilibrada deve priorizar alimentos in natura e minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, grãos integrais e proteínas magras. No entanto, o padrão alimentar atual, influenciado pela urbanização e pela publicidade, frequentemente negligencia essas orientações, resultando em um consumo insuficiente de fibras e micronutrientes essenciais. Além disso, o excesso de bebidas açucaradas e fast food é especialmente prejudicial, especialmente entre crianças e adolescentes, grupos vulneráveis ao ganho de peso excessivo e suas consequências metabólicas (Pastrana et al., 2021).
A obesidade infantil é outro aspecto preocupante. Dados publicados pelo site da ABESO (2019) revelam que 12,9% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos apresentam obesidade, bem como 7% dos adolescentes de 12 a 17 anos (Brasil, 2020). Esses números evidenciam a necessidade de intervenções precoces, considerando que hábitos alimentares inadequados adquiridos na infância tendem a se perpetuar na vida adulta.
Em relação à população adulta, observa-se que, entre as mulheres, a prevalência de obesidade diminui com o aumento da escolaridade. Essa aparência pode ser explicada pela maior conscientização sobre práticas alimentares saudáveis e o acesso a alimentos de melhor qualidade entre as mulheres com maior nível de instrução (Vigitel, 2019). De forma semelhante, indivíduos com maior escolaridade tendem a ter mais acesso a informações sobre nutrição e saúde, o que influencia positivamente a adoção de hábitos alimentares equilibrados e estilos de vida ativos.
Outros fatores que afetam o aumento da obesidade são os aspectos sociais e econômicos, que exercem uma forte influência sobre os padrões alimentares e os índices dessa condição. Em contextos de maior vulnerabilidade econômica, o consumo de alimentos ultraprocessados, que são mais baratos e acessíveis, é significativamente mais alto. Essa relação reflete o impacto das desigualdades socioeconômicas na escolha e disponibilidade alimentar. Ao mesmo tempo, a falta de tempo e o trabalho em jornadas extensas, frequentemente associadas a baixos rendimentos, dificultam o preparo de refeições saudáveis, contribuindo para a prevalência de hábitos alimentares inadequados (Machado et al., 2023).
Os Estudos de Santos et al., (2020) apontam que a influência social é um fator determinante no aumento da obesidade, já que práticas alimentares e padrões de consumo são moldados não apenas por fatores econômicos, mas também por hábitos culturais e sociais. O bombardeio de publicidade, especialmente voltado para crianças e adolescentes, incentiva o consumo de produtos ultraprocessados, estabelecendo padrões alimentares inadequados desde cedo. Essa exposição contínua, somada à falta de orientação nutricional, favorece comportamentos que promovem o ganho de peso e aumentam o risco de obesidade ao longo da vida (Monteiro et al., 2022).
Nesse contexto, as políticas públicas são essenciais para enfrentar a obesidade, abordando não apenas a educação nutricional, mas também a regulamentação da publicidade de alimentos ultraprocessados e o incentivo ao acesso a alimentos saudáveis. Além disso, novas pesquisas são fundamentais para compreender as nuances dos hábitos alimentares em diferentes contextos e promover intervenções direcionadas, capazes de reverter a prevalência crescente da obesidade e suas consequências na saúde da população. O enfrentamento dessa epidemia exige ações integradas que promovam mudanças sustentáveis no comportamento alimentar e nas condições sociais e econômicas.
5.4 ESTRATÉGIAS INTEGRADAS NO COMBATE À OBESIDADE: PROGRAMAS DE REEDUCAÇÃO ALIMENTAR E ATIVIDADE FÍSICA NO BRASIL
As estratégias de intervenção integradas, como programas de reeducação alimentar e incentivo à prática de atividades físicas, desempenham um papel crucial na redução dos índices de obesidade e no controle de suas comorbidades. Esses programas têm como objetivo não apenas melhorar a qualidade de vida dos indivíduos, mas também reduzir o impacto econômico e social associado às complicações da obesidade.
No Brasil, o Ministério da Saúde implementa programas abrangentes, como o Programa Academia da Saúde, que incentiva a prática de exercícios físicos e a adoção de hábitos dinâmicos em espaços públicos, promovendo a interação comunitária e a melhoria da qualidade de vida. Além disso, o Guia Alimentar para a População Brasileira orienta a população sobre a escolha de alimentos saudáveis, destacando os benefícios dos alimentos naturais e minimamente processados para a saúde e o controle do peso (Brasil, 2014). Outra iniciativa relevante é o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Sobrepeso e Obesidade, que fornece orientações aos profissionais de saúde sobre o manejo clínico da obesidade, abordando estratégias de intervenção e acompanhamento individualizado (Brasil, 2022).
Os programas de reeducação alimentar muitas vezes envolvem equipes multidisciplinares, incluindo nutricionistas, psicólogos e outros profissionais de saúde, para oferecer suporte abrangente aos participantes. Uma das estratégias mais utilizadas é a educação nutricional, que ensina os indivíduos a interpretar rótulos de alimentos, planejar refeições e adotar práticas alimentares saudáveis. Estudos indicam que essas intervenções aumentam significativamente o conhecimento alimentar, contribuindo para mudanças positivas no comportamento e redução no peso corporal (Nunes et al., 2022).
Além disso, o incentivo à prática regular de exercícios físicos é uma ferramenta essencial em programas de combate à obesidade. A atividade física promove a queima de calorias, melhora a sensibilidade à insulina, reduz a inflamação crônica de baixo grau e regula os níveis hormonais, favorecendo o equilíbrio metabólico. As disciplinas que combinam exercícios aeróbicos e treinamento de resistência muscular apresentam os melhores resultados, não apenas na redução do peso corporal, mas também na preservação da massa magra e na melhoria da qualidade de vida dos participantes (Christinelli et al., 2020).
A Estratégia de Prevenção e Controle da Obesidade Infantil é outro destaque, voltado especificamente para crianças e adolescentes, promovendo ambientes escolares mais seguros e intervenções precoces para prevenir o excesso de peso. Essas ações são complementadas por ferramentas tecnológicas, como o aplicativo conecte SUS, que auxilia no monitoramento e na conscientização sobre peso saudável, e capacitações para profissionais de saúde, disponibilizadas por plataformas como UNA-SUS e ASUS (Brasil, 2022).
Esses programas não oferecem apenas suporte integral ao indivíduo, mas também buscam impactar a saúde pública em larga escala, promovendo mudanças comportamentais sustentáveis. A combinação dessas ações é essencial para prevenir o avanço da obesidade no Brasil, contribuindo para a redução dos índices da doença e a melhoria da saúde geral da população, além de mitigar os impactos sociais e econômicos associados a essa condição.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A obesidade se apresenta como um dos mais desafiadores problemas de saúde pública da atualidade, sendo impulsionada por uma complexa interação de fatores comportamentais, ambientais e socioeconômicos. A evolução dos hábitos alimentares, caracterizada pelo aumento do consumo de alimentos ultraprocessados e pela redução da ingestão de alimentos in natura, aliada ao sedentarismo e à influência de determinantes socioeconômicos, têm contribuído significativamente para o crescimento da prevalência da obesidade no Brasil e no mundo.
Constatou-se com esta revisão que a obesidade não é apenas uma questão individual, mas também um reflexo das condições sociais, econômicas e culturais que moldam os padrões alimentares e de atividade física. Populações em situação de vulnerabilidade econômica enfrentam maiores dificuldades no acesso a alimentos saudáveis e à prática regular de atividades físicas, tornando-se mais suscetíveis à doença. Além disso, o papel da publicidade e do marketing de produtos alimentícios industrializados tem influenciado, de maneira expressiva, os hábitos alimentares de crianças e adolescentes, aumentando o risco de ganho excessivo de peso desde a infância.
Diante desse cenário, fica evidente a necessidade de estratégias integradas no combate à obesidade. Programas de reeducação alimentar e incentivo à prática de atividades físicas têm se mostrado eficazes na prevenção e no controle da doença. No Brasil, iniciativas como o Programa Academia da Saúde, o Guia Alimentar para a População Brasileira e diretrizes clínicas específicas reforçam a importância de intervenções baseadas em educação nutricional e adoção de estilos de vida saudáveis.
O combate à obesidade requer uma abordagem multidisciplinar e intersetorial, envolvendo ações governamentais, educação em saúde, regulação de produtos alimentícios e promoção de ambientes que favoreçam escolhas saudáveis. Além disso, pesquisas contínuas são essenciais para compreender a os aspectos do problema e desenvolver políticas mais eficazes
Dessa forma, a obesidade deve ser tratada como uma prioridade em saúde pública, demandando ações coordenadas para reverter sua crescente incidência e minimizar seus impactos na qualidade de vida da população.
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