OBESIDADE E DESNUTRIÇÃO INFANTIL DE 0 A 5 ANOS

OBESITY AND MALNUTRITION IN CHILDREN FROM 0 TO 5 YEARS OLD

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102410211658


Manoel Pinheiro Barbosa Neto¹
Francisca Marta Nascimento de Oliveira Freitas²
Rebeca Sakamoto Figuereido3


RESUMO

Este estudo tem como objetivo relatar sobre a obesidade infantil e sua correlação com a desnutrição infantil em crianças entre 0 a 5 anos, a fim de analisar e compreender a gravidade global que a obesidade e desnutrição acarreta sobre esta população e, concomitantemente, promover meios de intervenções para acentuar o impacto global de obesidade e desnutrição infantil. A desta pesquisa ocorreu através de uma   revisão de literatura, na qual buscou a coleta de obras literárias sobre a temática proposta em bases de dados específicas da área da saúde e multidisciplinares e repositório de estudos originais, como: CINAHL, Cochrane Library, EMBASE, Medline, PubMed, Scielo, BVS, SISVAN, Scopus e Web of Science. Google, Google Scholar e TROVE foram usados para pesquisar literatura em sítios eletrônicos de organizações mundiais como ONU e OMS. Os resultados obtidos destacam que a desnutrição ou um ganho de peso insuficiente durante a gestação pode levar ao baixo peso ao nascer, uma condição que envolve problemas com o crescimento e o desenvolvimento da criança, deficiências imunológicas e uma chance maior de parto prematuro. Portanto, conclui-se que a obesidade pediátrica continua sendo uma séria preocupação de saúde internacional que afeta crianças e adolescentes, ameaçando sua saúde e longevidade adulta. A obesidade pediátrica tem, portanto, sua base em suscetibilidades genéticas influenciadas por um ambiente permissivo que começa no útero e se estende até a infância e adolescência. As etiologias para a obesidade são raras e geralmente são acompanhadas por padrões de crescimento atenuados.

Palavras-chave: Obesidade Infantil, Desnutrição, Gravidade Global, Prevenção.

ABSTRACT

This study aims to report on childhood obesity and its correlation with malnutrition in children aged 0 to 5 years, in order to analyze and understand the global severity that obesity and malnutrition pose to this population, and concurrently promote intervention measures to enhance the global impact of childhood obesity and malnutrition. This research was conducted through a literature review, which sought to collect literary works on the proposed theme from specific health and multidisciplinary databases, as well as repositories of original studies, such as CINAHL, Cochrane Library, EMBASE, Medline, PubMed, Scielo, BVS, SISVAN, Scopus, and Web of Science. Google, Google Scholar, and TROVE were used to search for literature on websites of global organizations such as the UN and WHO. The results obtained highlight that malnutrition or insufficient weight gain during pregnancy can lead to low birth weight, a condition that involves issues with the child’s growth and development, immune deficiencies, and a higher chance of premature birth. Therefore, it concludes that pediatric obesity remains a serious international health concern affecting children and adolescents, threatening their health and adult longevity. Pediatric obesity is thus based on genetic susceptibilities influenced by a permissive environment that begins in the womb and extends through childhood and adolescence. The etiologies of obesity are rare and are generally accompanied by attenuated growth patterns.

Keywords: Childhood Obesity, Malnutrition, Global Severity, Prevention.

1  INTRODUÇÃO

A obesidade infantil é um problema emergente de saúde pública que anteriormente era um índice representativo apenas de países desenvolvidos com altas taxas de sobrepeso e obesidade, mas que recentemente houve uma maior detecção de que esses eventos estão aparecendo cada vez mais precocemente nas diversas populações, inclusive em locais subdesenvolvidos (Sserwanja et al., 2021).

Pode ser definida como um desequilíbrio de ingestão de energia e nutrientes que pode alterar as medidas, composições e funções do corpo. De acordo com Silva e Silva (2021), a obesidade é uma condição crônica que constitui um sério desafio para a saúde coletiva. Essa enfermidade se manifesta por uma leve inflamação crônica no tecido adiposo, além de um quadro de supernutrição, o que resulta em disfunções no sistema hormonal e imunológico.

Esta atividade estimula o aumento dos marcadores inflamatórios secretados pela deposição excessiva de gordura no tecido adiposo e seus efeitos em doenças crônicas como hipertensão, diabetes e dislipidemia. A obesidade infantil, por sua vez, é considerada uma condição que apresenta importantes aspectos nutricionais e tem gerado preocupações não apenas na sociedade contemporânea do Brasil, mas também globalmente (Silva; Silva, 2021).

Caracteriza-se pela violação do estado nutritiva, ligada com o aumento do tecido adiposo na forma do aumento do peso corporal. Alguns estudos sugerem que esse aumento pode ser devido a excessos ou tem alguma doença de base, como hipertensão arterial, Diabetes mellitus tipo 2 e dislipidemia Como resultado, a obesidade alta incidência pode ter impacto na vida futura das crianças que têm implicações sociais, físicas e psicológicas, que vão afetar a vida dos adultos. (Corrêia et al., 2020; Lima et al., 2021).

O gerenciamento e a prevenção da coexistência de baixa estatura com sobrepeso/obesidade e/ou coexistência de sobrepeso/obesidade com deficiência de micronutrientes. Essas condições multifatoriais exigem abordagens integradas e estratégias específicas para garantir o cuidado adequado. No Brasil, o Ministério da Saúde implementou diretrizes da Linha de cuidado do Sobrepeso e Obesidade no Programa Saúde da Família, (Brasil, 2021).

De acordo com o relatório de Sistema de Vigilância Alimentar e Nutrição (SISVAN) em 2023 o Brasil tinha 487.666 mil crianças de 0 a 5 anos com peso elevado para idade e 326.737 mil com estatura muito baixa para a idade e 334.319 mil crianças com risco de desnutrição. No amazonas havia 13.753 mil crianças peso elevado para idade e 15.021 mil com estatura muito baixa para a idade.

Conforme o Relatório sobre a Situação da Segurança Alimentar e Nutrição Global de 2023, 148 milhões de crianças com menos de cinco anos enfrentam desnutrição crônica (conhecida como stunting) e 45 milhões estão lidando com desnutrição aguda (wasting). Apesar dos avanços na redução da desnutrição entre crianças, a realidade global sugere que os objetivos estabelecidos não serão atingidos até 2030, (“Centro de Excelência contra a Fome do WFP -Nutrir o Futuro ”, 2024)

Assim, esta pesquisa aborda a problemática envolta dos índices alarmantes e crescentes de obesidade e desnutrição infantil no Brasil e no mundo. Acredita-se que mais de 45 milhões de crianças com menos de 5 anos sofram de desnutrição aguda, o tipo mais grave de desnutrição, resultando em um aumento de até doze vezes no risco de mortalidade infantil. Além disso, cerca de 149 milhões de crianças nessa idade apresentam retardo no crescimento e desenvolvimento devido à carência crônica de nutrientes essenciais, enquanto 39 milhões estão acima do peso (UNICEF, 2022).

Portanto, este estudo se torna relevante para fins de diagnóstico e compreensão da gravidade global que a obesidade e desnutrição incide sobre crianças menores de 5 anos e, consequentemente, destina-se em abordar meios de intervenções para atenuar o impacto global de obesidade e desnutrição infantil.

O objetivo desta pesquisa foi relatar sobre a obesidade e desnutrição infantil em crianças menores de 5 anos, tendo por objetivo específicos destacar os diferentes tipos de desnutrição, supernutrição e desnutrição relacionada a micronutrientes (DRM) em crianças de 0 a 5 anos, relatar os índices de acometimento de obesidade e desnutrição infantil e destacar o estado e consequências da saúde e doença de obesidade e desnutrição em crianças.

2  METODOLOGIA

2.1 Tipo de estudo

Esta pesquisa trata-se de uma pesquisa exploratória com abordagem de revisão bibliográfica, a fim de compreender as conclusões e resultados obtidos de um repositório de estudos originais, a partir da temática norteadora do estudo de obesidade e desnutrição infantil.

2.2  Coleta de dados

As buscas dos dados foram realizadas nos bancos de dados (CINAHL, Cochrane Library, EMBASE, Medline, PubMed, Scielo, BVS, SISVAN, Scopus e Web of Science). Google, Google Scholar e TROVE foram usados para pesquisar literatura em sítios eletrônicos de organizações mundiais como ONU e OMS.

A busca foi realizada com os seguintes descritores, desnutrição e obesidade infantil, insegurança alimentar, distúrbios nutricionais, impacto da desnutrição e obesidade.

Após a busca dos artigos de principal interesse, a seleção ocorrerá por meio dos critérios de elegibilidade e inelegibilidade. Para a elegibilidade, os artigos e demais obras coletadas para este estudo precisaram obter os seguintes critérios, tais como:

  1. Pertencer ao tema norteador da pesquisa, assim como o público-alvo
  2. Publicado entre os períodos de 2020 a 2024; exceto Leis, Decretos e obras de grande relevância acadêmica; e
  3. Destacar as intervenções medicamentosas para tratamento de obesidade e para cada tipo de desnutrição.

Para a inelegibilidade, foram direcionados os critérios como:

a)Não possuir vínculo com a temática;

b) Publicação inferior ao período datado para esta pesquisa – dos últimos 5 anos. c) Outros estudos de Revisão de qualquer tipologia.

2.3  Análise de dados

Este estudo considerou relatórios oficiais da Organização Mundial da Saúde (OMS), dos Fundos de Emergência para Crianças das Nações Unidas (UNICEF), Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Organização para Alimentação e Agricultura (FAO), Relatório Global de Nutrição (GNR), Pesquisa Demográfica e de Saúde (DHS), Scaling up Nutrition (SUN) e vários estudos epidemiológicos descritivos e observacionais baseados na comunidade que mediram a prevalência, tendências e/ou determinantes da obesidade e desnutrição em crianças de 0 a 5 anos, independentemente do sexo da amostra, localização geográfica e ano de publicação recente (limitado a 5 anos).

Desta forma, um total de 30 obras, incluindo pesquisas de campo e relatórios atendeu aos critérios de elegibilidade para a presente revisão de literatura, sendo exemplificados no (Fluxograma 1).

Artigos que estiverem fora do escopo desta revisão foram excluídos. Estes foram: estudos de base comunitária que discutiram apenas deficiências de micronutrientes; estudos que descreveram apenas um tipo de forma autônoma de desnutrição; Dupla Carga de Desnutrição no nível doméstico, revisões, ensaios experimentais ou de intervenção, estudos baseados institucionais e estudos de nível genômico ou molecular; anais de conferências, resumos de políticas, editoriais e capítulos de livros e estudos sobre populações especiais, como crianças com síndrome de Down, etc.

3.  Resultados e Discussão

3.1 Desnutrição

A desnutrição se refere à falta, excesso ou desbalanceamento na ingestão de energia e/ou nutrientes por um indivíduo. De acordo com a OMS (2024), o conceito de desnutrição abrange três grandes categorias de condições.

Grupo 1. Desnutrição, que engloba perda de peso (baixo peso em relação à altura), estatura reduzida (baixa estatura em relação à idade) e peso inadequado (baixo peso para a idade);

Grupo 2. Desnutrição ligada a micronutrientes, que engloba carências de micronutrientes essenciais (como vitaminas e minerais) ou excesso desses nutrientes; e

Grupo 3. Obesidade, sobrepeso e enfermidades não contagiosas ligadas à alimentação (como doenças cardíacas, acidente vascular cerebral, diabetes e alguns tipos de cânceres).

Há quatro tipos principais de desnutrição: desperdício, atrofia, peso baixo e carências de vitaminas e minerais. A desnutrição expõe especialmente as crianças a um maior risco de doenças e óbitos (OMS, 2024).

O baixo peso por altura é conhecido como desperdiçamento. Costuma-se associar a perda de peso recente e significativa à falta de alimento suficiente para o indivíduo e/ou à presença de uma doença infecciosa, como a diarreia, que contribui para essa perda. Quando se trata de uma criança pequena que apresenta uma condição de desnutrição moderada ou severa, o risco de mortalidade é elevado, mas existem opções de tratamento que podem ser aplicadas (OMS, 2024).

Baixa altura para a idade é conhecida como atrofia. Trata-se de uma desnutrição persistente ou crônica, comumente ligada a condições socioeconômicas desfavoráveis, má saúde materna e nutricional, doenças frequentes e/ou alimentação e cuidados impróprios para bebês e crianças pequenas nos primeiros anos de vida. A atrofia impossibilita que os pequenos explorem seu potencial físico e cognitivo (OMS, 2024; Swinburn et al., 2020). Crianças que possuem peso abaixo do recomendado para a idade são classificadas como abaixo do peso. Uma criança com peso inferior a um determinado limite pode ser atrofiada, desperdiçada ou ambas as coisas. Essas crianças podem experimentar danos físicos e cognitivos irreparáveis que acompanham o crescimento excessivo. Os impactos destrutivos da estatura reduzida podem persistir por toda a vida e até impactar a próxima geração (OMS, 2023).

Desnutrição rouba todo o seu potencial das crianças, com consequências para as crianças, as nações e o mundo. A baixa estatura é o resultado devastador da má nutrição no útero e na primeira infância. As crianças que sofrem de baixa estatura podem nunca atingir toda a sua altura possível e seus cérebros podem nunca se desenvolver em todo o seu potencial cognitivo. Essas crianças começam suas vidas em desvantagem acentuada: enfrentam dificuldades de aprendizagem na escola, ganham menos quando adultas e enfrentam barreiras à participação em suas comunidades (OMS, 2020).

Na desnutrição associada a micronutrientes, as deficiências na ingestão de vitaminas e minerais, frequentemente chamadas de micronutrientes, podem ser agrupadas. Esses micronutrientes têm um papel crucial, possibilitando ao corpo a produção de enzimas, hormônios e várias substâncias vitais para um crescimento e desenvolvimento saudáveis (OMS, 2024). As crianças são mais suscetíveis a carências de macro e micronutrientes devido à elevada necessidade energética durante o seu desenvolvimento, sendo a desnutrição vista como o resultado mais grave da insegurança alimentar (Morais, et al., 2020; A l m e i d a , et al.,2021). Segundo Duarte (2021), parece que a falta de vitaminas e minerais (micronutrientes) é mais grave do que a falta de proteínas, carboidratos e gorduras (macronutrientes).                                                                                                    

Este fenômeno e suas repercussões numéricas são conhecidos como fome oculta, caracterizada pela ausência constante de certos componentes nutricionais na dieta diária. A ausência desses micronutrientes fundamentais prejudica o bem-estar e o funcionamento do organismo, impactando frequentemente, de maneira silenciosa, indivíduos de todas as idades, gêneros, raças e status social (Soccol et al., 2021).

Iodo, vitamina A e ferro são fundamentais para a saúde pública mundial; sua falta constitui uma séria ameaça à saúde e ao progresso da população global, particularmente de crianças e mulheres grávidas em nações de renda baixa (OMS, 2024).

Em relação ao sobrepeso e à obesidade, o excesso de peso e a obesidade ocorrem quando um indivíduo está acima do peso para a sua estatura. O excesso ou acúmulo anormal de gordura pode causar danos à saúde. A obesidade pode ser diagnosticada a partir do Índice de Massa Corporal (IMC), esse é classificado em três graus e, a partir dessa separação em escalas, é possível realizar uma avaliação nutricional de forma padrão. (Assis et al., 2023). O Índice de Massa Corporal (IMC) é um parâmetro de peso dividido pela altura, frequentemente utilizado para categorizar o sobrepeso e a obesidade. A Organização Mundial da Saúde definiu como o peso de um indivíduo em quilogramas dividido pelo quadrado de sua altura em metros (kg/m2), conforme definido pela OMS em 2024.

Em indivíduos adultos, o sobrepeso é caracterizado por um IMC de 25 ou mais, enquanto a obesidade se caracteriza por um IMC de 30 ou mais. De acordo com o Departamento de Saúde dos Estados Unidos, indivíduos que se encontram na faixa da obesidade (IMC > 30 kg/m²) enfrentam um risco de mortalidade prematura de 50% a 100% superior em comparação com aqueles que possuem um IMC entre 20 e 25 kg/m² (Frank, et al., 2022). A detecção de obesidade infantil pode ser feita por meio das medições de peso, altura, data de nascimento e sexo. Com essas informações, determina-se o IMC (peso dividido pela altura2) e, posteriormente, classifica-se a condição nutricional da criança ou adolescente, levando em conta a idade e o sexo (BRASIL, 2022).

O sobrepeso e a obesidade surgem de um desequilíbrio entre o consumo excessivo de energia e o gasto insuficiente. Em todo o mundo, as pessoas estão optando por alimentos e bebidas mais energéticos (ricos em açúcares e gorduras) e praticando menos exercícios físicos (OMS, 2024).

Em 2022, estima-se que cerca de 390 milhões de adultos de 18 anos ou mais no mundo estavam abaixo do peso, enquanto 2,5 bilhões estavam acima do peso, incluindo 890 milhões que sofriam de obesidade. Entre os jovens de 5 a 19 anos, 390 milhões apresentavam sobrepeso, sendo 160 milhões portadores de obesidade. Outros 190 milhões viviam com magreza (IMC para idade mais de dois desvios padrão abaixo da mediana de referência) (OMS, 2024).

Em 2022, prevê-se que 149 milhões de crianças com menos de 5 anos foram afetadas pela atrofia, enquanto 37 milhões apresentavam sobrepeso ou obesidade. A desnutrição é responsável por quase metade das mortes em crianças com menos de 5 anos. Estes são predominantes em nações de renda baixa e média (OMS, 2024). Em 2022, o Brasil registrou 2.754 internações de crianças com menos de um ano devido à desnutrição, suas consequências e carências nutricionais. Os dados espelham as terríveis estatísticas de 2021, quando ocorreram 2.979 internações, o nível mais baixo em 13 anos. Segundo o Observatório de Saúde da Infância (Observa Infância), mantido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os dados de 2022 representam sete internações diárias (BRASIL, 2023).

Deste modo, segundo dados da OMS de 2024, os fatores de risco são afetados por uma ou mais formas de desnutrição. Enfrentar a desnutrição em todas as suas manifestações é um dos principais desafios mundiais na área da saúde. Portanto, mulheres, recém-nascidos, crianças e adolescentes apresentam um risco particular de desnutrição. Melhorar a nutrição nos primeiros anos de vida – incluindo os primeiros 1000 dias, desde a gestação até o segundo aniversário de um filho – assegura o melhor início de vida possível, com vantagens a longo

prazo. Indivíduos de baixa renda tendem a ser mais afetados por várias formas de desnutrição. A origem da desnutrição é multifacetada, englobando elementos biológicos, sociais, econômicos e políticos. É responsável por 30% dos óbitos de crianças menores de 60 meses, atingindo 50% nos países em desenvolvimento (Silveira, et al., 2020)

Os fatores mais comumente associados à desnutrição infantil englobam o baixo peso ao nascer, a ausência de aleitamento materno, a anemia materno-infantil, a desnutrição e baixa escolaridade materna, a renda familiar insuficiente, a ausência de higiene básica, falhas no pré-natal, o aumento do número de crianças e a ausência de monitoramento adequado dos serviços de saúde para as crianças que fazem parte do grupo de risco (Katoch, 2021)

A pobreza amplifica os riscos da desnutrição. As pessoas pobres são mais propensas a serem afetadas por diferentes formas de desnutrição. No Brasil, é um grande desafio para a saúde pública, particularmente em áreas socioeconomicamente vulneráveis, que impactam negativamente o desenvolvimento infantil e elevam a probabilidade de complicações a longo prazo, como prejuízo cognitivo e maior predisposição a enfermidades infecciosas. (Xavier et al., 2022).

De acordo com a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) de 2020, proclamou-se de 2016 a 2025 a Década de Ação das Nações Unidas em Nutrição. A Década é uma oportunidade sem precedentes para abordar todas as formas de desnutrição. Estabelece-se um cronograma concreto para a implementação dos compromissos assumidos na Segunda Conferência Internacional de Nutrição (ICN2) para atingir um conjunto de metas globais de nutrição e metas de DCNT relacionadas à dieta até 2025, bem como metas relevantes na Agenda para o Desenvolvimento Sustentável até 2030 – em particular, Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS)2 (acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhorar a nutrição e promover a agricultura sustentável) e o ODS 3 (assegurar vidas saudáveis e promover o bem- estar para todos em todas as idades) (OMS, 2024).

A OMS usa seu poder de convocação para ajudar a definir, alinhar e defender prioridades e políticas que promovam a nutrição globalmente; desenvolve orientações baseadas em evidências com base em estruturas científicas e éticas robustas; apoia a adoção de orientações e a implementação de ações nutricionais eficazes; e monitora e avalia a implementação de políticas e programas e os resultados nutricionais (OMS, 2024).

3.2  Obesidade Infantil

A obesidade infantil e juvenil é uma enfermidade crônica e multifatorial, afetada por elementos fisiológicos, psicológicos, ambientais, socioeconômicos e genéticos (Rethink Obesity, 2022).

A obesidade e o sobrepeso são definidos como um acúmulo anormal ou excessivo de gordura que representa um perigo para a saúde (OMS, 2023).

Vários elementos podem favorecer o surgimento da obesidade, tais como a genética, a idade, o modo de vida, o consumo de medicamentos, problemas hormonais, bem como influências culturais e ambientais (Perreault; Bessesen, 2022; Frantzides; Carlson; Tieken, 2022). Durante muito tempo, a obesidade foi caracterizada como a incapacidade do indivíduo de manter o peso adequado. No entanto, agora está comprovado que a obesidade é uma doença crônica de origem multicausal, levando em conta aspectos genéticos, fisiológicos, ambientais, sociais e psicológicos. (Biagi; Moreira; Amaral, 2020).

A obesidade é parte da dupla carga da desnutrição, e atualmente há mais pessoas obesas do que com baixo peso em todas as regiões, exceto no Sudeste Asiático. Embora antigamente fosse vista como um problema exclusivo de países ricos, hoje muitas nações de renda média apresentam algumas das maiores taxas de sobrepeso e obesidade globalmente. (OMS, 2023).

Crianças e adolescentes com obesidade enfrentam os efeitos a curto, médio e longo prazo. (Ginani, Bortoloni e Feldenheimer, 2021). Além de potencializar disfunções musculoesqueléticas nessa importante fase de crescimento do corpo humano e problemas como fadiga, dores musculares ou mesmo outras comorbidades desencadeadas em decorrência do excesso de peso corporal também poderão exercer impactos negativos nos níveis de adaptação psicossocial destes indivíduos (PEIXOTO, 2020; CARLEVARO et al., 2021)

Está associado a múltiplas complicações relacionadas ao peso e, em alguns casos, morte prematura na idade adulta. Em 2022, mais de 390 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 19 anos estavam com sobrepeso. A prevalência de sobrepeso (incluindo obesidade) nesse grupo etário subiu significativamente, de 8% em 1990 para 20% em 2022. Esse aumento foi semelhante entre meninos e meninas, com 19% das meninas e 21% dos meninos apresentando sobrepeso em 2022. (OMS, 2024).

A obesidade infantil e adolescente tem consequências psicossociais adversas; afeta o desempenho escolar e a qualidade de vida, agravados pelo estigma, discriminação e bullying. Crianças com obesidade são muito propensas a serem adultos com obesidade e correm maior risco de desenvolver DNTs na idade adulta (OMS, 2024).

Acredita-se que, em 2022, 37 milhões de crianças com menos de 5 anos estavam acima do peso ideal. A obesidade durante a infância e a adolescência impacta a saúde imediata de crianças e jovens, estando ligado a um risco elevado e início mais precoce de diversas DCNT, como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares (OMS, 2024).

De acordo com o SISVAN foi registrado 2.110.381 crianças de 0 a 4 anos com excesso de peso no ano de 2023 no Brasil, esses números demostram que mesmo com políticas voltadas a uma boa alimentação na primeira infância, o excesso de alimentos ultraprocessados continua a chegar com felicidade as crianças brasileiras. Segundo o estudo de Capistrano et al. (2022), de cada 5 crianças obesas, 4 continuarão obesas quando adultas, se não forem submetidas a uma intervenção nutricional adequada. Sem essa ação, o futuro dessas crianças pode apresentar sérias implicações.

Programas de saúde e políticas públicas vigentes, mesmo com boas intenções, frequentemente não conseguem atingir toda a população impactada ou gerar resultados duradouros a longo prazo (Machado; Miranda, 2024). Levando em consideração a vasta possibilidade de compra, o valor inferior dos alimentos ultraprocessados e as ações publicitárias intensas, o padrão alimentar se modificou mediante às facilidades de consumo, contribuindo para o aumento alarmante dos casos de excesso de peso e obesidade na faixa etária infantil (Jesus, 2020; Veneziano; Silva, 2021).

Indivíduos com sobrepeso ou obesidade apresentam maior chance de manter essas condições na fase adulta, além de serem mais propensos a contrair doenças crônicas, como diabetes, complicações cardíacas, hipertensão e certos tipos de câncer, o que pode diminuir sua expectativa de vida (UNICEF, 2023).

O tratamento é intrincado, duradouro e requer uma mudança de hábitos de vida, focando no tratamento nutricional, exercícios físicos, intervenções psicológicas, terapias medicamentosas ou cirúrgicas (ABESO, 2022)

Assim, há necessidade de várias abordagens para ajudar adolescentes com obesidade com controle de peso a longo prazo. Sabendo de incapacidade de uma criança discernir sobre

o que é melhor para sua saúde, é tarefa dos seus responsáveis o conhecimento sobre a necessidade de proporcionar uma melhor qualidade de vida aos filhos, no empenho à adoção de práticas e hábitos saudáveis, associado à escolha de alimentos saudáveis e diminuição do estilo de vida sedentário (Heinz et al.,2022).

Avaliar o IMC dos adolescentes é mais complicado do que para os adultos, porque muda à medida que crescem e amadurecem. Além disso, os padrões de crescimento diferem entre meninos e meninas. Ademais, os padrões de desenvolvimento variam entre os gêneros. Assim, o Índice de Massa Corporal deve ser sempre analisado no contexto dos percentis de sexo e idade (Rethink Obesity, 2022)

Primeiro, você deve calcular o IMC da criança e, em seguida, plotá-lo no gráfico de percentil de IMC por idade específica de gênero, para encontrar o status de peso da criança. O peso da criança pode ser classificado da seguinte forma:20–23

  • Sobrepeso: IMC no percentil 85 a 95 para sexo e idade • Obesidade: IMC ≥percentil 95 para sexo e idade
  • Obesidade grave: IMC ≥120% do percentil 95 para sexo e idade ou IMC ≥35 kg/m2 (Rethink Obesity, 2022)

Para crianças menores de 5 anos de idade:

  • sobrepeso é peso para estatura maior que 2 desvios-padrão acima da mediana dos Padrões de Crescimento Infantil.
  • e obesidade é o peso para estatura maior que 3 desvios-padrão acima da mediana dos Padrões de Crescimento Infantil (OMS, 2024).

Crianças em países de baixa e média renda são mais vulneráveis à nutrição inadequada de pré-natais, lactentes e crianças pequenas. Ao mesmo tempo, essas crianças são expostas a alimentos ricos em gordura, açúcar, sal, ricos em energia e pobres em micronutrientes, que tendem a ser de menor custo, mas também de menor qualidade de nutrientes. Esses padrões alimentares, em conjunto com níveis mais baixos de atividade física, resultam em aumentos acentuados na obesidade infantil (OMS, 2024).

As empresas a cada ano que se passa vão investindo em marketing de seus produtos e levando aos públicos, mas distante e com a correia do dia a dia compra alimentos semipreparados vem sendo a prioridades dos pais, pela facilidade e praticidade de prepará-los. O surgimento do sobrepeso e da obesidade tem sido moldado, pelo menos em parte, pelo marketing da indústria e pelo maior acesso a alimentos processados, juntamente com menores níveis de atividade física (OMS,2020)

3.3  Principais achados sobre a obesidade e desnutrição infantil de 0 a 5 anos

Os achados desta revisão sugerem que a idade materna jovem e a baixa altura materna podem aumentar o risco de coexistência de atrofia com sobrepeso/obesidade. Cada diminuição de centímetro na altura materna está associada a uma diminuição na altura da prole. Além da atrofia, a baixa altura materna produz um efeito drástico no peso ao nascer, no tamanho do nascimento, no perduo muscular e na morte (Brasil, 2022).

Portanto, a desnutrição ou o ganho de peso insuficiente durante a gravidez podem resultar em baixo peso ao nascer, condição que implica em danos no crescimento e no desenvolvimento da criança, além de deficiências imunológicas. Além disso, aumentam as possibilidades de um parto precoce (Brasil, 2022).

Os riscos de atrofia entre os descendentes de mães adolescentes foram oito vezes maiores do que os descendentes de mães adultas e o próprio atrofiamento aumenta as chances de excesso de peso/obesidade e as crianças nascidas de mães adolescentes geralmente têm baixo peso ao nascer e têm crescimento atrofiado. Com isso, compreende-se que na gravidez adolescente, a mãe e o feto em crescimento competem por nutrientes, e essa competição nutricional resulta em consequências adversas à saúde, parto prematuro, anemia, eclâmpsia, sepse e outras complicações relacionadas à gravidez. De acordo com a UNICEF (2023), metade dos casos de desnutrição crônica em crianças menores de 2 anos ocorre durante a gestação e nos primeiros seis meses de vida.

Assim, como alternativa de atenuar os índices, a legislação global e sua execução adequada contra as práticas de casamentos precoces e gravidezes na adolescência podem reduzir as consequências intergeracionais da obesidade infantil e desnutrição. Descobriu-se do mesmo modo que certos fatores produzem um efeito protetor na coexistência de atrofia com sobrepeso/obesidade. É evidente a partir desta revisão que a urbanização reduz o risco de todos os tipos de desnutrição e a coexistência de atrofia com sobrepeso/obesidade.

Foi estabelecido anteriormente que a urbanização está associada à supernutrição (sobrepeso/obesidade), enquanto viver em áreas pastorais está ligada à desnutrição. A maioria dos estudos revisados para apoiar um efeito de redução de risco da urbanização na coexistência de atrofia com sobrepeso/obesidade, embora os mecanismos para um efeito da urbanização rápida não sejam claros, pesquisas são necessárias para entender a relação de

vários tipos de obesidade infantil e desnutrição com diferentes tipos de formas autônomas (Zhou et al., 2020).

As crianças que sofrem de baixa estatura podem nunca atingir toda a sua altura possível e seus cérebros podem nunca se desenvolver em todo o seu potencial cognitivo (OMS, 2020). Esta pesquisa, portanto, identificou dois estudos que avaliaram a relação de vários tipos de suplementação de alimentos e micronutrientes com a obesidade infantil/desnutrição. Em geral, nenhuma associação de obesidade com a ingestão de alimentos específicos foi relatada.

Há um influxo global de sobrepeso/obesidade, juntamente com desnutrição e deficiência de micronutrientes no nível individual, doméstico e comunitário, devido a mudanças nos hábitos alimentares de alimentos com baixo teor de gordura e alto teor de fibras, alimentos com alto teor calórico, não nutritivo, baixo teor de fibras e alimentos com alto teor de gordura (Batista et al., 2020).

Estudos realizados anteriormente mostraram que o consumo de proteína pode ser efetivamente aumentado para o manejo de crianças com desnutrição moderada aguda e desnutridas gravemente de forma aguda. Da mesma forma, frutas e vegetais são ricas fontes de fibras, vitaminas e minerais que protegem um indivíduo de deficiências de micronutrientes. Tais micronutrientes são, portanto, essenciais para o crescimento, nutrição e funções corporais apropriadas, e sua deficiência resulta em uma ampla gama de distúrbios neuro cognitivos e físicos, como raquitismo em crianças e osteomalácia em adultos (Peters et al., 2020).

Para reduzir a obesidade infantil e desnutrição, é essencial saber sobre a necessidade calórica e os benefícios dietéticos de todos os tipos de alimentos para aliviar tais fatores, juntamente com a desnutrição e/ou supernutrição (Peters et al., 2020). A introdução de líquidos e sólidos antes do preconizado, restringe a eficácia da lactação e gera ampliação da morbimortalidade infantil,em razão de não ingerir nutrientes valiosos, oriundos em grande concentração do leite materno, como o ferro (Murari et al., 2021). Somente aos seis meses deve-se começar a alimentação complementar, na qual passará a ser ofertado alimentos com textura pastosa como, papa salgada e papa de fruta, até que atinja à alimentação da família, a qual comumente realiza-se aos oito meses, adjacente à amamentação até os dois anos ou mais (Tinôco et al., 2020). Segundo o Ministério da Saúde (2023), a amamentação exclusiva até os 6 meses, seguida de uma dieta complementar equilibrada e a continuidade da amamentação até os 2 anos, é um dos principais métodos para evitar a desnutrição.

A deficiência nutricional nos primeiros dois anos de vida pode danificar permanentemente o corpo e o cérebro de crianças em desenvolvimento acelerado, impactando sua educação, expectativas de trabalho e futuro (UNICEF, 2021).

A prevenção da obesidade infantil é essencial quando envolve a família em que a criança está inserida. É crucial que os familiares recebam orientações de um nutricionista na

atenção primária à saúde, com o objetivo de desenvolver estratégias que auxiliem na formação de hábitos alimentares saudáveis e previnam fatores de risco que possam resultar no surgimento da obesidade (Azevedo et al., 2023).

Assim, salienta-se que as tendências na prevalência de desnutrição relacionada a micronutrientes e obesidade ao longo do tempo relatadas em estudos recentes destacam uma coexistência de atrofia com sobrepeso/obesidade e relata a tendência para a coexistência de desperdício com atrofia (OMS, 2020). Tais tendências de coexistência de baixo peso com o despedimento, com atrofia e a coexistência do baixo peso com o despedimento e atrofia foram relatadas por outros estudos, em virtude do alto índice de acometimentos, trazendo uma alta relevância do assunto para a comunidade científica e acadêmica (OMS, 2020).

Em 2020, a emaciação afetou 45,4 milhões de crianças com menos de 5 anos, das quais 13,6 milhões foram gravemente prejudicadas (OMS, 2021).

É importante considerar a área onde se reside e a disponibilidade de uma boa alimentação e condições de vida. Crianças de 6 a 23 meses que vivem em regiões rurais ou em famílias de baixa renda apresentam um risco maior de terem uma alimentação imprópria em comparação com as que vivem em cidades urbanizadas. No ano de 2020, a porcentagem de crianças que recebiam a quantidade mínima de grupos de alimentos recomendados era duas vezes maior nas zonas urbanas (39%) em comparação com as rurais (23%) (UNICEF, 2021).

Assim, a baixa estatura é o resultado devastador da má nutrição no útero e na primeira infância. As crianças que sofrem de baixa estatura podem nunca atingir toda a sua altura possível e seus cérebros podem nunca se desenvolver em todo o seu potencial cognitivo. Essas crianças começam suas vidas em desvantagem acentuada: enfrentam dificuldades de aprendizagem na escola, ganham menos quando adultas e enfrentam barreiras à participação em suas comunidades (OMS, 2020).

Através da Tabela 1, é possível comparar os dados dos estudos dos autores, bem como seus resultados e considerações finais.

Tabela 1 – Principais achados sobre a obesidade

Autor (Ano)ResultadosConsiderações Finais
Batista et al.(2020)A prevalência do excesso de peso entrecrianças brasileiras tem alcançado dados alarmantes, cerca de 2 em cada 10 crianças brasileiras, menores de 5 anos e cerca de 3 em cada 10, com idade entre 5 e 9 anos, apresentavam excesso de peso em 2019.Alimentos como os ultra processados são de fácil acesso, sendo eles os vilões como os fast foods e outros, a obesidade é fator de risco, podendo progredir para obesidade mórbida, indo muito além da infância.
Farah et al.(2021)A prevalência geral de OSC foi de 1,99%(IC 95%, 1,57–2,53). As chances de CSO foram significativamente maiores em crianças na região agrária em comparação com suas contrapartes na região pastoral (AOR = 1,51). Outros fatores significativos incluem; não ter melhorado a instalação do banheiro (AOR = 1,94), ter menos de 12 meses (AOR = 4,22), não ter histórico de infecção (AOR = 1,83) e não ter tomado comprimido de desparasitação nos seis meses anteriores (AOR = 1,49).Este estudo forneceu evidências sobre a coexistência de atrofia e sobrepeso/obesidade entre bebês e crianças pequenas na Etiópia. Portanto, identificar crianças em risco de crescimento lisonjeiro e ganho de peso excessivo fornece políticas e programas nutricionais na Etiópia e além com a oportunidade de intervenções precoces por meio da melhoria do saneamento, da qualidade alimentar, visando crianças menores de cinco anos de idade e aquelas que vivem em regiões agrárias da Etiópia se fez necessária.
Hawks et al.(2020)A base de evidências permanece pequena, e há pouca pesquisa sobre potenciais riscos de longo prazo associados à suplementação precoce.Este estudo encontrou indicações de aumento dos marcadores de risco cardiometabólico na meia-idade. Nesse ponto, compreende- se que essa base de evidências precisa ser expandida, particularmente à luz dos últimos avanços na composição de tais suplementos e das idades cada vez mais jovens em que o sobrepeso e a obesidade podem se desenvolver em sistemas alimentares em rápida mudança.
Popkin, B.M.; Corvalan, C.,Grummer- Strawn (2020)O artigo mostra que a DBM aumentou nos LMICs mais pobres, principalmente devido ao aumento do sobrepeso/obesidade.A Indonésia é o maior país que experimenta níveis graves de DBM, mas muitos outros países asiáticos e da África Subsaariana também enfrentam esse problema.
Zhou et al.(2020). Houve diferenças regionais estatisticamente significativas na altura e peso médios para meninos em todas as faixas etárias. As meninas seguiram as mesmas tendências, exceto pela altura quando tinham 15-18 anos. As diferenças de residência urbano- rural foram encontradas em relação à prevalência de atrofia e ao estado de peso. Sujeitos em áreas rurais pobres (15,43%) e áreas rurais comuns (15,34%) tiveram taxas mais altas de atrofia em comparação com seus colegas urbanos.Foi revelado um fardo duplo substancial de desnutrição entre crianças e adolescentes na Província de Henan. As diferenças urbano-rurais no estado nutricional foram encontradas. O atrofiamento era mais prevalente nas áreas rurais do que nas áreas urbanas. Em contraste, embora o problema crescente da obesidade infantil e adolescente ainda exista na cidade grande, também encontramos um grande aumento na obesidade nas cidades de pequeno e médio porte.
(SSERWANJA et al., 2021Os meninos eram mais propensos a ter sobrepeso ou obesidade (OR = 1,81; IC 95% 1,24 a2,64) em comparação com as meninasExiste uma relação entre fatores socioeconômicos, familiares, comportamentais, psicossociais com a frequência de sobrepeso infantil. É importante notar que outros pontos pouco discutidos de forma mais geral, como a questão do sono, foram associados com uma maior taxa de aumento de peso na idade infantil, principalmente quando se trata da faixa etária entre 2 a 5 anos.

Fonte: Elaborado pelo autor (2024)

DISCUSSÃO

Batista et al. (2020) destacam a alarmante prevalência do excesso de peso entre crianças brasileiras, com 20% das crianças menores de 5 anos e 30% das que têm entre 5 e 9 anos apresentando essa condição. O fácil acesso a alimentos ultraprocessados, como fast foods, está diretamente relacionado ao aumento da obesidade, que pode levar a doenças crônicas na vida adulta (Silva et al., 2022). Além disso, estudo de Lima e Ferreira (2021) corrobora essa ideia, ressaltando que a exposição a dietas ricas em açúcar e gordura durante a infância está associada a um aumento significativo no risco de obesidade na adolescência e idade adulta.

Farah et al. (2021) enfatizam a coexistência de atrofia e sobrepeso em crianças etíopes, destacando a importância de fatores como saneamento e desparasitação. A identificação de crianças em risco de desnutrição e obesidade sugere a necessidade de intervenções focadas em políticas públicas para melhorar as condições de vida e alimentação. De acordo com Rojas et al. (2023), a falta de acesso a cuidados de saúde e a educação nutricional em áreas rurais contribui para essa dualidade na saúde infantil.

Hawks et al. (2020) alertam para os potenciais riscos associados à suplementação nutricional precoce, observando um aumento nos marcadores de risco cardiometabólico na meia-idade. A necessidade de mais pesquisas nesse campo é corroborada por Martins et al. (2022), que apontam que intervenções nutricionais inadequadas durante a infância podem ter consequências duradouras, incluindo aumento do risco de doenças metabólicas.

Popkin, Corvalan e Grummer-Strawn (2020) discutem o aumento da Dupla Carga de Malnutrição (DBM) em países de baixa e média renda, onde a obesidade convive com a desnutrição. Esse fenômeno é bem documentado em países asiáticos e africanos, como a Indonésia, que enfrenta níveis alarmantes de DBM (Nguyen et al., 2023). Oliveira e Santos (2022) acrescentam que essa situação exige uma abordagem integrada, considerando fatores econômicos, sociais e culturais na formulação de políticas públicas.

Zhou et al. (2020) trazem uma perspectiva regional ao analisar diferenças de estado nutricional entre áreas urbanas e rurais na Província de Henan. O estudo revela taxas mais altas de atrofia em áreas rurais, enquanto a obesidade está em ascensão nas áreas urbanas. Estudos recentes, como o de Ferreira et al. (2023), confirmam que essas disparidades refletem não apenas o acesso a alimentos saudáveis, mas também a educação e os recursos disponíveis nas diferentes comunidades.

Por fim, Sserwanja et al. (2021) mostram que meninos têm maior probabilidade de apresentar sobrepeso ou obesidade em comparação com meninas, enfatizando o papel de fatores como a idade e o estado nutricional das mães. Essa conclusão é apoiada por pesquisas como a de

Pereira e Oliveira (2022), que discutem a influência do ambiente familiar e dos hábitos alimentares na saúde nutricional das crianças.

CONCLUSÃO

A obesidade e a desnutrição infantil permanecem como uma grave preocupação de saúde pública em nível mundial, afetando crianças e adolescentes e comprometendo sua saúde e longevidade. Essa questão complexa se origina de susceptibilidades genéticas que são amplificadas por um ambiente permissivo, que se desenvolve desde a gestação até a infância e adolescência. As causas da obesidade são frequentemente multifatoriais e podem incluir padrões de crescimento prejudicados, comorbidades pediátricas e complicações de saúde a médio e longo prazo, que se tornam evidentes durante a triagem de condições associadas à obesidade e à desnutrição. Além disso, o impacto psicológico dessas comorbidades é significativo, exigindo atenção e triagem para problemas de saúde mental, bem como aconselhamento adequado para prevenir a evolução dessas patologias.

Assim, deve-se priorizar a promoção de estilos de vida saudáveis, que incluem uma alimentação balanceada, exercícios físicos e espaços saudáveis. A prevenção pode ser dividida em três etapas: a primária, voltada para a educação em saúde; a secundária, destinada a prevenir o avanço da obesidade e o aparecimento de doenças crônicas; e a terciária, que engloba medidas de reabilitação. Esta estratégia unificada e proativa é crucial para assegurar um futuro saudável e uma vida de maior qualidade para as crianças, rompendo o ciclo intergeracional de desnutrição e obesidade.

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¹Graduando do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: neto.pinheiromp@gmail.com.

² Orientadora do TCC, Doutora em Biotecnologia pela Universidade Federal do Amazonas. Docente do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: francisca.freitas@fametro.edu.br

3 Co-orientador(a) do TCC, Mestre Ciênciada Saúde pela Universidade Federal do Amazonas. Docente do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: rebeca.figueiredo@fametro.edu.br