O VÍRUS DA HEPATITE C E A REAÇÃO DO SISTEMA IMUNE NA INFECÇÃO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8011464


Carla Hidemi Saito1
Karina Cesar dos Reis1
Letícia Aparecida Bernardo Vieira1
Nathalia  Cruz de Victo1 


RESUMO 

Este estudo trata-se de uma revisão bibliográfica, que busca aprofundar o conhecimento sobre  a hepatite C e a atuação do sistema imunológico frente a infecção viral. O organismo em  condições normais possui um conjunto de moléculas e células que agem harmoniosamente em  prol a sua proteção. Esta condição é oferecida por meio de uma série de eventos desencadeados  por estruturas próprias e não próprias, as quais podem ser protegidas ou eliminadas  respectivamente. O sistema imune se diferencia em componentes da imunidade inata, que está  presente desde o nascimento e componentes da imunidade adaptativa, que se desenvolvem ao  longo dos anos. Os linfócitos B e T são de origem adaptativa, sendo os linfócitos B agem a  nível humoral e os linfócitos T celular. Desta forma, os linfócitos T são ativados pelos agentes  causadores das hepatites virais. A hepatite C é uma doença transmissível, causada pelo vírus  HCV e se torna um grave problema quando evolui para uma forma crônica, podendo levar a  complicações como cirrose, câncer de fígado, transplantes e óbito. Com o controle das bolsas  de sangue, levamos a uma redução na transmissão das hepatites. A responsabilidade de não  compartilhar materiais contaminados é um grande benefício para a população. Como não á  vacinação ou qualquer outro tipo de medida preventiva após a exposição ao HCV uma avaliação  epidemiológica eficaz é essencial para implantação do programa. A ampliação de pesquisas  com métodos adequados é de grande importância para a redução de casos da hepatite C e seus  fatores de risco. 

Palavras-chave: Sistema imunológico; Imunidade Inata; Imunidade Adaptativa e Hepatite C 

ABSTRACT 

This study is a bibliographic review, which seeks to deepen the knowledge about hepatitis C  and the action of the immune system against viral infection. The organism in normal conditions  has a set of molecules and cells that act harmoniously for its protection. This condition is offered  by means of a series of events triggered by own and non-own structures, which can be protected  or eliminated respectively. The immune system differentiates into components of innate  immunity, which is present from birth and components of adaptive immunity, which develop  over the years. B and T lymphocytes are of adaptive origin, with B lymphocytes act at the  humoral level and cellular T lymphocytes. In this way, T lymphocytes are activated by the  causative agents of viral hepatites. Hepatitis C is a transmissible diasease caused by the HCV  vírus and becomes a serious problem when it evolves to a chronic form, which can lead to  complications such as cirrhosis, liver cancer, transplants and death. With the control of blood  bags, we lead to a reduction in the transmission of hepatitis. The responsibility of not sharing  contaminated materials is a great benefit for the population. As there is no vaccination or any  other type of preventive measure after exposure to HCV, an effective epidemiological evaluation is essential for the implementation of the program. The expansion of research with  appropriate methods is of great importance for the reduction of cases of hepatitis C and its risk  factors.  

Keywords: Immune system; Innate Immunity; Adaptive Immunity and Hepatitis C 

INTRODUÇÃO 

As hepatites virais são doenças transmissíveis e infecciosas com uma evolução aguda  ou crônica. O termo “hepatite” significa inflamação no fígado. Entre elas, encontra-se o vírus  da Hepatite C (HCV) que atualmente tem uma alta taxa de mortalidade e alta demanda com  problemas de saúde pública. A doença possui uma evolução lenta, de curso longo, que se  caracteriza pela ausência de sintomas, mas com uma potencialidade fatal, e é conhecida hoje  como a hepatite mais causadora de óbitos entre as outras. A principal via de transmissão é por  sangue contaminado que pode ocorrer em uma transfusão de sangue, compartilhamentos de  seringas, agulhas, lâminas de barbear e depilar, escova de dente, alicates de unha ou outros  objetos que furam. Também existe a transmissão de mãe para filho durante a gravidez e relações  sexuais com pessoas infectadas. Apesar de haver à contaminação por relação sexual, a hepatite  C não é considerada uma IST (infecções sexualmente transmissíveis) pois em parceiros  heterossexuais a contaminação é rara. (1) 

O HCV é um membro do gênero Hepacivírus na família Flaviviridae; seus únicos  hospedeiros conhecidos são humanos e chimpanzés. As partículas de vírus compreendem um  núcleo (capsídeo), encapsulado pelo envelope viral com glicoproteínas E1 e E2 associadas. O  genoma de RNA de fita simples de sentido positivo de 10 kb contém um sítio de entrada de  ribossomo interno (IRES) na 5′ UTR, permitindo a tradução independente de cap de uma única  poliproteína. As modificações pós-traducionais por proteases celulares e virais geram 3  proteínas estruturais (capsídeo, E1, E2) e 7 não estruturais (p7, NS2, NS3, NS4A, NS4B, NS5A  e NS5B). A replicase de RNA do HCV é propensa a erros e carece de atividade de revisão,  resultando em altas taxas de mutação que produzem milhões de quase-espécies virais de uma  única infecção. Existem 7 genótipos principais do HCV, que são classificados em vários  subtipos. O RNA do HCV adquire mutações que permitem que o vírus escape da resposta  imune, o que contribui para a diversidade e evolução do genoma do HCV. (2) 

Trata-se de um vírus envelopado de ácido ribonucleico de forma esférica medindo 50nm  de diâmetro e tem como característica um RNA positivo, de fita única, que tem como alvo a  degradação do fígado e é o causador de outras doenças como cirrose hepática e carcinoma hepatocelular. Com o ataque do vírus aos hepatócitos, o sistema imune gera o que chamamos  de “resposta imune” onde são ativados linfócitos TCD4+ que procuram lizar os hepatócitos  infectados com proteínas em sua superfície (3). A Hepatite C ainda é a única que não existe  vacina como meio de prevenção e seu tratamento é feito por antivirais que tem 95% de taxa de  cura (4). 

Em 1972 já com o conhecimento dos vírus da hepatite A e B os cientistas Michael  Houghton, Harvery Alter e Charles Rice perceberam que os pacientes que não eram portadores  desses vírus ainda tinham complicações no fígado após as transfusões de sangue, eles então se  dedicaram a descoberta de um novo vírus. Foi em 1989 depois de muitos estudos, que o vírus  da Hepatite C foi descoberto. Com esse achado, os cientistas foram condecorados com o prêmio  Nobel de 2020 que é o prêmio mais desejado por cientistas no mundo (5). 

A hepatite C é a causa mais comum de transplante de fígado atualmente, com a alta taxa de mortalidade da doença é importante abordar esse tema para a identificação de um diagnóstico  precoce e para evitar transmissões ou avanço da doença. (colocar referência) Podemos Atualmente com o controle das bolsas de sangue levando a uma redução na forma de  transmissão de hemoderivados, a responsabilidade de não compartilhar material contaminado  torna-se crítica para toda a população. (6) 

 No estado de São Paulo, estima-se que 500 mil pessoas tenham hepatite C, no Brasil,  cerca de 1,7 milhões, a maior parte na faixa etária de 45 anos. Como não há vacinação ou  qualquer outro tipo de medidas preventivas após a exposição ao HCV, uma avaliação  epidemiológica eficaz é essencial para a implementação do programa. (7) 

Os avanços no diagnóstico da Hepatite C permitem a utilização de meios altamente  sensíveis e específicos para melhor diagnóstico da doença, sua melhor avaliação em pacientes  imunossuprimidos e detecção da progressão da doença na fase aguda é um desejo da  medicina.(8) Há necessidade de ampliar a pesquisa com métodos adequados para reduzir a  prevalência da hepatite C e seus fatores de risco para implementar medidas de controle,  prevenção e alocação de recursos para combater a infecção por hepatite C. (9) E assim o  principal exame para diagnóstico da doença é a pesquisa de anticorpos contra o vírus VHC, que  consiste em testes rápidos para detecção, chamado imuno – rápido HCV, se o resultado for  positivo o paciente é encaminhado para exames complementares. (10) 

JUSTIFICATIVA 

O presente estudo foi desenvolvido a partir de revisão bibliográfica básica e narrativa,  com o objetivo de elucidar os mecanismos da resposta imune contra a infecção viral da Hepatite C, detalhando as respostas imune inata e adaptativa. Sabe-se que a hepatite viral é um  importante problema de saúde pública com morbidade e mortalidade, nesse sentido, uma das  estratégias, para intensificar e aprimorar as ações de prevenção para um maior e desse modo  ajudando a um melhor conhecimento da doença. 

Sendo assim, podendo agregar conhecimento ao público da área da saúde e informações  básicas a todos, qual tenham curiosidade, dúvidas e aqueles que são acometidos da infecção  viral. Esperamos atrair a atenção para o tema e contribuir para a descoberta de novas hipóteses  de tratamento da Hepatite C. 

METODOLOGIA 

O presente trabalho foi desenvolvido a partir de revisão bibliográfica básica e narrativa.  O levantamento dos dados para a pesquisa deu-se através de publicações acessíveis no formato  de revistas científicas, artigos acadêmicos, livros e de bases dados como: SciElo, Biblioteca  Virtual em Saúde MINISTÉRIO DA SAÚDE, CNN, Google acadêmico e sites de instituições  de saúde relevantes, publicados nos últimos 10 anos. 

A pesquisa nas bases eletrônicas foi realizada por meio das palavras chaves: hepatite  C, sistema imunológico, imunidade inata e imunidade adaptativa. 

DESENVOLVIMENTO 

O fígado é a maior glândula do corpo humano e apresenta várias funções essenciais para  o funcionamento do organismo, ele faz parte do sistema digestório ajudando no metabolismo  de carboidratos, proteínas e lipídeos. O fígado também ajuda nos fatores de coagulação, secreta  sais biliares para o intestino ajudando na absorção dos nutrientes e na filtração e decomposição  de resíduos tóxicos do sangue. (11) 

Atualmente uma das doenças hepáticas que mais afetam o fígado é a hepatite. A hepatite  é uma inflamação nas células parenquimatosas do fígado, conhecidas como hepatócitos.  Existem 5 tipos de hepatites virais A, B, C, D e E sendo as mais comuns no Brasil A, B e C.  (11) 

A hepatite C, que foi descoberta definitivamente em 1989. Ao longo dos anos, antes da  sua descoberta cientistas notaram inflamações no fígado que não eram correspondentes aos  vírus da hepatite A e B, a inflamação então era tratada pelo nome de “não A, não B”, ao passar  dos anos Michael Houghton conseguiu isolar o material genético do vírus e finalmente  identificou o vírus da hepatite C (HCV). No entanto, os pesquisadores envolvidos precisavam  provar se o HCV era capaz de se replicar e causar complicações sozinho. Foi em 1997 que Charles Rice decidiu clonar o vírus e ver se a sua nova versão seria capaz de se replicar e causar  doenças, ele injetou o patógeno geneticamente modificado no fígado dos chimpanzés e  confirmou a infecção. (12) 

Desde a sua aparição o vírus se tornou um dos principais causadores de transplante  hepático no mundo. A estimativa é que 71 milhões de pessoas estejam infectados com o HCV  ao redor do mundo e que 400 mil vão a óbito anualmente. As complicações dessa doença são  cirrose e câncer no fígado. A hepatite C aguda se apresenta com poucos sintomas ou  assintomática, ela costuma ser descoberta na sua fase crônica, quando o vírus insistentemente  permanece no organismo por mais de 6 meses depois da infecção aguda. (13) 

Características do vírus 

Após o HCV infectar o indivíduo, ele fica alojado no fígado se reproduzindo e  perpetuando. O vírus da hepatite C vem da família Flaviviridae, com características marcantes  por terem um núcleo icosaedro de diâmetro entre 30 a 35nm, composto por várias cópias de  uma proteína do capsídeo. O capsídeo termina com uma única cadeia de RNA positivo, sendo  essa cadeia linear e infecciosa, com entorno de 12.000 nucleotídeos, é um vírus que contém um  núcleo encapsulado pelo envelope viral com E1 e E2 associados a glicoproteínas. E1 e E2 são  extremamente glicolisadas e tem 30 e 70 kDa (figura1). (11) 

Figura 1: Estrutura viral da hepatite C e proteínas traduzidas do seu genoma

As proteínas estruturais contêm núcleo, envelope 1 (E1) e E2. NS2, NS3, NS4A, NS4B, NS5A e NS5B  são proteínas não estruturais (NS, pela singla em inglês), a maioria das quais são alvos da terapêutica  antiviral de ação direta. 

Fonte: Adaptado de Elberry, M.H., Darwish, N.H.E. & Mousa, S.A. Hepatitis C virus management:  potential impact of nanotechnology. Virol J 14, 88 (2017). (14) 

 O principal meio de transmissão do VHC é por contato com sangue contaminado, que pode  ocorrer por transfusão de sangue, instrumentos odontológicos e cirúrgicos, laminas de barbear  que já tenham sido usadas e agulhas não esterilizadas para piercings e tatuagens. Existem  também a transmissão sexual e materno-fetal que são menos frequentes. (13) 

Replicação e infecção viral 

Como já sabemos o sistema imune é a principal defesa do corpo, ele é composto por  diversos mecanismos que ajudam a identificar mais rápido uma infecção, como é o caso do  vírus da hepatite C. Ao romper as barreiras de proteção inicial o vírus entra na célula dos  hospedeiros com o intuito de se multiplicar, isso acontece através das fases: 

– Adsorção: ligação de uma molécula presente na superfície da partícula viral com os  receptores específicos da membrana celular do indivíduo.  

– Penetração: fase em que o vírus passa para o interior de uma célula hospedeira. 

– Desnudamento: É o processo em que o ácido nucleico de um vírus é liberado e fica  exposto no interior de uma célula hospedeira.  

– Transcrição: Nessa fase é feita a “cópia” das informações contidas no DNA para o  RNA.  

– Tradução: O ácido ribonucleico codificando apenas duas proteínas, uma polimerase  para replicação do ácido nucleico e uma proteína do capsídeo viral.  

– Maturação: Formação das partículas virais completas ou virions.  

– Liberação: O vírus é liberado devido à lise da célula, ou se envelopado pode brotar da  célula. (15).  

O vírus tem sua maneira de se defender do sistema imunológico usando os seus  mecanismos de escape que “enganam” as células de defesa do corpo. (15) Ele tem o poder de  mascaramento de epítopos, interferência viral nas vias de sinalização de IFN e da resposta  imune inata, exaustão e anergia de células T, supressão de resposta imune por ação das células  T regulatórias ou ação de citocinas, todos esses mecanismos permitem que a sua replicação seja feita sem a percepção das células de defesa do sistema imunológico, dessa forma ocorre a  infecção e replicação viral. (16)  

Figura 2: Ciclo replicativo do vírus da hepatite C (HCV) 

(a) Contato de internalização do vírion na célula; (b) Liberação do RNA viral no citoplasma; (c)  Tradução e processamento da poliproteína viral; (d) replicação do RNA viral; (e) Empacotamento do  RNA viral e montagem da partícula; (f) Maturação do vírion e liberação. 

Fonte: Adaptado de MORADPOUR; PENIN; RICE, 2007 (17) 

Estudos mostraram que as glicoproteínas estruturais E1 e E2 exibem um papel  específico em distintas etapas do ciclo de replicação do vírus, exercendo de forma necessária  para a entrada, ligação ao receptor e fusão com a membrana da célula hospedeira. Já as proteínas  não estruturais: p7, NS2, NS3, NS4A, NS4B, NS5A E NS5B são expressas nas células  infectadas, mas não são encorpadas na partícula viral. Elas servem pra coordenar os aspectos  intracelulares da replicação do HCV, incluindo a síntese de RNA, modulação dos mecanismos  de defesa do hospedeiro e montagem da partícula viral. (18) 

Sistema Imunológico  

O sistema imunológico é um conjunto de órgãos, tecidos, células e moléculas que estão  presentes no corpo humano e estão sempre em alerta para defender o corpo do que ele considera  uma invasão que possa colocar em risco a vida. (19)

A função principal do sistema imune é identificar as estruturas próprias do organismo e  proteger, bem como identificar as não próprias e combatê-las. A resposta imunológica está  relacionada ao agente patogênico, ele responde de formas diferentes para cada invasor, sejam  bactérias, protozoários, fungos, helmintos ou vírus como é o caso do HCV. Este sistema é  composto por dois tipos de imunidade a inata e adaptativa. (20) 

A imunidade inata é aquela que está presente quando nascemos e é caracterizada como  a primeira linha de defesa contra micro-organismo e células lesadas, os principais componentes  são as barreiras físicas e químicas, são mais úteis na proteção contra micróbios que se  encontram nas superfícies epiteliais, fungos e parasitas multicelulares. Os granulócitos, o  sistema complemento, as células Natural Killers (NK) e alguns outros são componentes  celulares importantes desta imunidade. (21) 

 A imunidade adaptativa ou adquirida é desenvolvida no decorrer da vida, quando  estamos em contato direto ou indireto com determinados antígenos capazes de induzir resposta  imunológica. Mediada por células chamadas linfócitos, que expressam receptores que possuem  a capacidade de reconhecer antígenos, como os linfócitos B e linfócitos T. Existem dois tipos  de respostas, a humoral, qual é mediada por moléculas no sangue e secreções mucosas, que são  produzidas pelos linfócitos B que amadurecem e se diferenciam em plasmócitos, secretando os  anticorpos. Esses anticorpos reconhecem e neutralizam antígenos microbianos e os preparam  para serem eliminados, sendo o principal mecanismo de defesa contra micro-organismos  extracelulares e suas toxinas. (21) 

A imunidade celular da resposta imune adaptativa é mediada por linfócitos T (CD4+ e  CD8+). As TCD8+ promovem a destruição de micro-organismos intracelulares, como vírus e  algumas bactérias que sobrevivem e proliferam no interior de fagócitos, ou a destruição das  células infectadas para eliminar os reservatórios da infecção. A TCD4+ são células especificas  para a maioria das infecções oportunistas e tem como função recrutar e ativar os fagócitos e  leucócitos que destroem os microrganismos intracelulares e alguns extracelulares, também é de  grande ajuda na produção de anticorpos. (22) 

Resposta celular da imunidade inata frente ao vírus da hepatite C  

As infecções virais agudas são dominadas pela ação do interferon tipo I (INF-I) ou das  células NK que são secretadas pela ativação celular. A maioria das células infectadas  reconhecem a cadeia de RNA viral do HCV e responde com a produção de INF-I α e β. O INF I tem algumas ações antivirais, como a manifestação de proteínas do complexo principal de histocompatibilidade (MHC) que ajudam no reconhecimento do vírus e ativam as células macrófagos e NK com o objetivo de matar células infectadas e impedir diretamente a replicação  do HCV. As células NK conseguem reconhecer células infectadas, pois o vírus bloqueia a  expressão de MHC da classe I, as ausências dessas classes liberam as NK de um estado normal  de inibição. (23) 

Resposta celular da imunidade adaptativa frente ao vírus da hepatite C 

A imunidade adquirida contra o HCV é medida por anticorpos, os quais impedem a  ligação dos vírus nas células do hospedeiro, por linfócitos TCD8+ que destroem o foco da  infecção por meio da destruição das células infectadas e por linfócitos TCD4+ que são células  especificas para a maioria das infecções oportunistas e tem como função recrutar e ativar os  fagócitos e leucócitos que destroem os microrganismos intracelular e alguns extracelulares,  também é de grande ajuda na produção de anticorpos. Os anticorpos feitos só são eficazes  durante o estágio extracelular da vida dos vírus. Anticorpos virais funcionam principalmente  como anticorpos neutralizantes para impedir a ligação do vírus. A destruição do vírus que está  dentro das células é mediada por CTLs, que exercem como função a vigilância contra a infecção  viral. Os seus efeitos antivirais também incluem a morte da célula infectada, ativação de  nucleases os quais eliminam o genoma viral e produção de citocinas. (24)

Resposta humoral da imunidade inata e adaptativa frente ao vírus da hepatite C 

A resposta imune humoral à infecção envolve a produção de anticorpos por células  plasmáticas derivadas dos linfócitos B, a ligação desses anticorpos ao patógeno e a eliminação  do patógeno por células fagocíticas e moléculas do sistema imune humoral. Anticorpos IgM  são produzidos logo no início de uma infecção por células B convencionais, ou células B-2, e  também são produzidos na ausência de infecção por subpopulações de células B não  convencionais em determinadas localizações (anticorpos naturais). A IgM tem papel importante  na proteção contra a infecção na corrente sanguínea, e os isótipos secretados mais tarde na  resposta imune adaptativa, como a IgG, difundem-se para os tecidos. Antígenos com  determinantes antigênicos altamente repetidos e que contém mitógenos – denominados  antígenos TI – podem induzir a produção de IgM e de alguma IgG, independentemente do  auxílio de células T. Isso proporciona uma resposta imune protetora precoce. (21) 

Os anticorpos que se ligam com alta afinidade a sítios críticos em toxinas, vírus e  bactérias podem neutralizá-los. Porém, os patógenos e seus produtos são destruídos e  removidos do corpo principalmente por meio da captação pelos fagócitos e da degradação dentro dessas células. Os anticorpos que revestem os patógenos se ligam a receptores Fc nos  fagócitos, que, então, são ativados para engolfar e destruir o patógeno. Os anticorpos também  podem iniciar a destruição de patógenos pela ativação do sistema do complemento. Os  componentes do complemento podem opsonizar patógenos para a captação por fagócitos,  recrutar fagócitos aos locais de infecção e destruir diretamente os patógenos criando poros na  superfície de suas membranas. (21) 

Em geral, receptores para os componentes do complemento e receptores Fc atuam  sinergicamente na ativação da captura e da destruição de patógenos e complexos imunes. A  resposta imune humoral é dirigida a patógenos infecciosos por meio da produção de anticorpo  específico; entretanto, as ações efetoras desse anticorpo são determinadas pelo seu isotipo de  cadeia pesada, o qual determina sua classe, e são as mesmas para todos os patógenos ligados a  um anticorpo de uma determinada classe. (25) 

Detecção da fase aguda e crônica da hepatite 

A fase aguda da hepatite C é considerada nos primeiros seis meses da infecção, para a  detecção é realizado exames de sangue para observar o funcionamento das atividades hepáticas  e se existem lesões no fígado. Os testes medem os níveis de enzima e de outras substâncias  produzidas pelo fígado. Os exames de sangue podem identificar parte do vírus específico  (antígeno) e anticorpos específicos que estão sendo produzidos para lutar contra a infecção  viral. A presença do anticorpo contra a hepatite C sugere que o indivíduo tenha sido infectado  em algum momento da vida e não significa que ele ainda esteja infectado. O teste para RNA do  vírus é feito para determinar se a infecção é atual ou se ocorreu no passado. (26)  

A fase crônica da hepatite C é considerada logo após os seis meses passados da fase  aguda. A detecção também é feita através de exames de sangue para medir os níveis de enzimas  e substâncias produzidas pelo fígado, é realizado a verificação para ver se tem a presença do  vírus da hepatite B e |C, pois os dois podem causar hepatite crônica. Logo após o diagnóstico  de hepatite C crônica podem ser realizados alguns exames para a determinação do grau de lesão  hepática como por exemplo, uma biópsia hepática, exames de imagem especializados como,  elastografia por ultrassom e elastografia por ressonância magnética, entre outros. (27)  

Diagnostico 

O diagnóstico da hepatite C é feito com a ajuda de marcadores presentes no sangue,  soro, plasma ou fluido oral do indivíduo infectado por meio de imunoensaios ou na detecção  do ácido nucleico viral implantando técnicas de biologia molecular. As técnicas de imunoensaio são com base na detecção do antígeno viral ou anticorpos específicos, como as  imunoglobulinas da classe M (IgM) que são as primeiras a surgirem e determinarem uma  infecção aguda. As imunoglobulinas da classe G (IgG) que aparecem logo após as IgM e podem  ficar de forma indeterminada servindo como marcador de infecções passadas e mostram o  contato rápido com o HCV. (28) 

O diagnostico geralmente é descoberto na fase crônica da doença devido as  características peculiares do vírus. Os testes sorológicos baseiam-se na detecção de anticorpos  dirigidos contra antígenos virais (estruturais e não estruturais) no plasma do indivíduo  infectado. São divididos em duas categorias triagem e confirmatório. Os testes de triagem são  imunoensaios que detectam anticorpos anti-HCV de forma genérica, sem a distinção dos  antígenos que são reconhecidos. Existem testes que são classificados em dois grupos,  enzimáticos colorimétricos (ELISA) e enzimáticos quimioluminescence (CIA). Os testes  confirmatórios diferenciam os anticorpos presentes no soro/plasma. Existe 1 teste  comercialmente disponível: Imunoblote recombinante (RIBA). (28) 

ELISA: O teste consiste na captura de anticorpos ou antígenos virais do soro ou do  plasma nos poços de microplacas, pela utilização de anticorpos ou antígenos  específicos. Os complexos antigeno-anticorpo são revelados na sequência, através de  reação colorimétrica enzimática. O teste é considerado positivo quando o índice for  superior a 1,0. Entretanto, existe a recomendação da realização de testes  complementares quando o índice for menor do que 3,8. (28) 

CIA: Esse teste é um imunoensaio de terceira geração que utiliza 3 antígenos  recombinantes (C-22-3, C-200 e NS5), ele apresenta uma semelhança com o teste Elisa,  diferenciando-se apenas na etapa da revelação da presença dos complexos antígeno anticorpo, onde a reação enzimática é quimioluminescente e a luz produzida é avaliada  por um luminômetro. Os resultados são quantificados conforme a luz emitida e  convertidos em valores que variam de 0 à 30. São considerados negativas amostras que  apresentam entra 0,9 e 1,0 e positivo superior a 1,0. (28) 

RIBA: O Riba é um teste complementar e pode ser utilizado na confirmação de  resultados positivos ou inconclusivos por Elisa e Cia. Este ensaio detecta anticorpos  específicos, utilizando-se tiras de nitrocelulose impregnadas de antígenos virais em  locais pré-determinados. Reações positivas tem como característica o aparecimento de pontos coloridos em posições especificas das tiras e a interpretação pode ser visual ou  automatizada. O resultado é considerado positivo quando duas ou mais bandas são  detectadas na fita de nitrocelulose, representando uma reação antígeno-anticorpo  especifica, e considerado indeterminado quando a reação gera somente uma banda na  fita de diagnostico. (29) 

MOLECULARES: São utilizados para identificar a presença dos ácidos nucleicos  (DNA e RNA) sendo divididos entre qualitativos, quantitativos e genotipagem. 

Qualitativos- O RNA do HCV pode ser detectado no sangue utilizando as técnicas de amplificação, como a reação em cadeia da polimerase (PCR) e a amplificação  mediada pela transcrição (TMA). No caso do HCV é necessário a realização inicial  de uma transcrição reversa (RT) do RNA, com auxílio da enzima transcriptase  reversa, sintetizando o DNA complementar (cDNA) Logo em seguida esse cDNA  pode ser amplificado pelas técnicas de PCR e TMA. (30) 

Quantitativos: A determinação da carga viral na infecção pelo HCV é importante  para a definição do tratamento e monitoramento da resposta durante a após a terapia.  Os testes quantitativos mais utilizados são o RT-PCR competitivo e o bDNA por  estão disponíveis no formato de kits comerciais. (30) 

Genotipagem: A taxa de resposta ao tratamento preconizado é diretamente  influenciada pelo genótipo do HCV infectante. No tratamento de hepatite crônica  pelo HCV o conhecimento do genótipo viral é fundamental para predição da  resposta sustentada e para a determinação da duração da terapia antiviral. As  genotipagens mais utilizadas são RT-PCR seguido de análise do polimorfismo de  tamanho dos fragmentos de restrição, hibridização reversa e sequenciamento direto.  Características comum a estas diferentes metodologias é a análise preferencial da  região alvo 5ÚTR que, devido ao alto grau de conservação, permite a detecção e  discriminação dos 6 genótipos principais de HCV. A técnica de RFLP baseia-se na  digestão de amplicons de RT-PCR com endonuclease de restrição que reconhece  sítios específicos para cada genótipo. Os fragmentos resultantes são separados por  eletroforese em gel e cada genótipo é reconhecido pelo seu padrão de digestão  exclusivo. Essa técnica é bem estabelecida ára genotipagem de HCV, tendo sido  utilizada em diversos estudos epidemiológicos realizados no mundo e no Brasil. (30)

 Esses testes são de extrema importância para a detecção do vírus da hepatite C. Com eles é  possível a confirmação da doença e a busca por um tratamento eficaz para o paciente.  

Tratamento 

O tratamento da hepatite C é feito com os chamados antivirais de ação direta (DAA),  que apresentam taxas de cura de mais 95% e são realizados, geralmente, por 8 ou 12 semanas.  Os DAA revolucionaram o tratamento da hepatite C, e possibilitam a eliminação da infecção.  (31) 

Todas as pessoas com infecção pelo vírus da hepatite C (HCV) podem receber o  tratamento pelo SUS. O médico, tanto da rede pública quanto suplementar, poderá prescrever  o tratamento seguindo as orientações do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para  Hepatite C e Coinfecções. Pacientes em fase inicial da infecção podem ser tratados nas unidades  básicas de saúde, sem a necessidade de consulta na rede especializada para dar início ao  tratamento. (32) 

O tratamento da hepatite C objetiva deter a progressão da doença hepática pela inibição  da replicação viral. A redução da atividade inflamatória costuma impedir a evolução para  cirrose e carcinoma hepatocelular, havendo também melhora na qualidade de vida dos  pacientes. A precocidade do diagnóstico nos leva a tratar pacientes frequentemente  assintomáticos, impedindo que quase a metade deles evoluam para fases sintomáticas da doença  hepática, de mais difícil controle. (33) 

Prevenção e Vacina 

Não existe vacina para a prevenção da hepatite C, mas existem outras formas de  prevenção primárias e secundárias. As medidas primárias visam à redução do risco para  disseminação da doença e as secundárias à interrupção da progressão da doença em uma pessoa  já infectada. Dentre as medidas de prevenção primária, destacam-se: triagem em bancos de  sangue e centrais de doação de sêmen para garantir a distribuição de material biológico não  infectado; triagem de doadores de órgãos sólidos como coração, fígado, rim e pulmão; triagem  de doadores de córnea ou pele; cumprimento das práticas de controle de infecção em hospitais,  laboratórios, consultórios dentários, serviços de hemodiálise (6). 

Dentre as medidas de prevenção secundária, podemos definir: tratamento dos indivíduos  infectados, quando indicado; abstinência ou diminuição do uso de álcool, não exposição a  outras substâncias hepatotóxicas. Controle do peso, do colesterol e da glicemia são medidas que visam a reduzir a probabilidade de progressão da doença, já que estes fatores, quando  presentes, podem ajudar a acelerar o desenvolvimento de formas graves de doença hepática. (6) 

CONCLUSÃO 

O objetivo geral desse trabalho foi trazer mais conhecimento sobre hepatite C e como o  sistema imunológico reage frente a uma infecção viral. A partir dos resultados encontrados  nesta pesquisa, concluímos que o sistema imunológico tem diversos mecanismos de defesa  frente ao vírus da hepatite C. As imunidades inatas e adaptativas apesar de suas diferenças se  complementam para tornar a defesa do corpo humano mais eficaz e reagem a qualquer estímulo  de corpos estranhos, no nosso caso, uma infecção viral. Contudo, mostramos a importância de  sempre se atentar as formas de infecção da hepatite C e como prevenir contaminações para  evitar a doença que mais causa transplantes hepáticos no mundo. 

REFERÊNCIAS – 

1. Rodrigues Neto J, Cubas MR, Kusma SZ, Olandoski M. Prevalência da hepatite viral  C em adultos usuários de serviço público de saúde do município de São José dos Pinhais Paraná. Revista Brasileira de Epidemiologia. 2012;15:627–38. Disponível em:  https://doi.org/10.1590/S1415-790X2012000300016 

2. Stuart JD, Salinas E, Grakoui A. Immune system control of hepatitis C virus infection.  Current Opinion in Virology. 2021;46:36–44. Disponível em:  https://doi.org/10.1016/j.coviro.2020.10.002 

3. Mukherjee R, Burns A, Rodden D, Chang F, Chaum M, Garcia N, et al. Diagnosis and  management of hepatitis C virus infection. SLAS Technology. 2015;20(5):519–38. Disponível  em: https://doi.org/10.1177/2211068214563794 

4. Pol S, Lagaye S. The remarkable history of the hepatitis C virus. Genes & Immunity.  2019;20(5):436–46. Disponível em: https://doi.org/10.1038/s41435-019-0066-z 

5. Laugi H. Discovery of hepatitis C virus: 2020 Nobel Prize in Medicine. Euroasian  Journal of Hepato-Gastroenterology. 2020;10(2):105. Disponível em:  https://doi.org/10.5005/jp-journals-10018-1326 

6. Brasil. A, B, C, D, E de hepatites para comunicadores. Ministério da Saúde Brasília,  DF; 2005. [internet] disponível em:  https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/hepatites_abcde.pdf 

7. GODOY FFM, MARTIN N, NAKASHIMA F, MACHADO CS, dos Santos SASAKI  NSG, BUENO SM, et al. ATUAÇÃO DO SISTEMA IMUNOLÓGICO FRENTE ÀS  HEPATITES VIRAIS _. Disponivel em: http://unilago.edu.br/revista-medicina/artigo/2017/6- atuacao-do-sistema-imunologico-frente-as-hepatites-virais.pdf

8. Ansaldi F, Orsi A, Sticchi L, Bruzzone B, Icardi G. Hepatitis C virus in the new era:  perspectives in epidemiology, prevention, diagnostics and predictors of response to therapy.  World journal of gastroenterology: WJG. 2014;20(29):9633. Disponivel em:  https://doi.org/10.3748/wjg.v20.i29.9633 

9. Preciado MV, Valva P, Escobar-Gutierrez A, Rahal P, Ruiz-Tovar K, Yamasaki L,  Vazquez-Chacon C, Martinez-Guarneros A, Carpio-Pedroza JC, Fonseca-Coronado S, Cruz Rivera M. Hepatitis C virus molecular evolution: transmission, disease progression and  antiviral therapy. World J Gastroenterol. 2014 Nov 21;20(43):15992-6013. Disponivel em: https://doi:10.3748/wjg.v20.i43.15992 

10. Lima JC de. Validação de kit imunocromatográfico rápido para diagnóstico da Hepatite  C. 2019; Disponivel em: https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/12046 

11. Pozza R, Hill C, Hefner AM, Vawter B, Hassanein T. Hepatitis C infection: Updates on  treatment guidelines. Nurse Pract. 2017 May 12;42(5):14-23. Disponivel em: https://doi:10.1097/01.NPR.0000515423.38284.28. PMID: 28379888 

12. Gonçalves TAR, Matuo R, de Freitas Silva BK, Cintra P, Leitão MM, Oliveira VS.  Prevalência das hepatites virais no Brasil em paralelo às medidas estabelecidas pela  Organização Mundial Da Saúde, com foco nos tipos B e C. Brazilian Applied Science Review.  2021;5(2):867–77. Disponivel em: https://doi.org/10.34115/basrv5n2-018 

13. Rahat M, Israr M, Hassan I, Islam M, Ali A, Khan M, et al. Episódio de infecção viral  por Hepatite C no povo de Swat, Paquistão. Brazilian Journal of Biology. 2022;82. Disponivel  em: https://doi.org/10.1590/1519-6984.243283 

14. Mostafa H. Elberry, Noureldien H. E. Darwish e Shaker A. Mousa. Hepatitis C virus  management: potential impact of nanotechnology 2017;88 Disponível em:  https://doi.org/10.1186/s12985-017-0753-1 

15. Sun J, Rajsbaum R, Yi M. Immune and non-immune responses to hepatitis C virus  infection. World J Gastroenterol. 2015 Oct 14;21(38):10739-48. Disponivel em: https://doi:  10.3748/wjg.v21.i38.10739 

16. Tomer S, Arora SK. A juggernaut of innate & adaptive immune cells in chronic hepatitis  C. Indian J Med Res. 2020 Apr;151(4):279-286. Disponivel em: https://doi:  10.4103/ijmr.IJMR_1387_17 

17. Cunha.L. Importância das técnicas de Biologia Molecular para diagnóstico e  acompanhamento da Hepatite C. Disponível em: https://docs.bvsalud.org/biblioref/2019/08/1014978/tcc-lia-lory-g-cunha-2019.pdf 

18. Chigbu DI, Loonawat R, Sehgal M, Patel D, Jain P. Hepatitis C Virus Infection:  Host⁻Virus Interaction and Mechanisms of Viral Persistence. Cells. 2019 Apr 25;8(4):376. Disponivel em: https://doi: 10.3390/cells8040376

19. Urbanowicz A, Zagożdżon R, Ciszek M. Modulation of the Immune System in Chronic  Hepatitis C and During Antiviral Interferon-Free Therapy. Arch Immunol Ther Exp (Warsz).  2019 Apr;67(2):79-88. Disponível em: https://doi: 10.1007/s00005-018-0532-8 

20. Stuart JD, Salinas E, Grakoui A. Immune system control of hepatitis C virus infection.  Curr Opin Virol. 2021 Feb;46:36-44. Disponível em: https://doi: 10.1016/j.coviro.2020.10.002 

21. Murphy K. Imunobiologia de Janeway-8. Artmed Editora; 2014.

22. Scutti J. Fundamentos da Imunologia. Rideel Editora; 2016. 

23. Soares.E. Aspectos fenotípicos celulares da imunidade inata e adaptativa em portadores  de hepatite C crônica com e sem insuficiência renal. [Internet]. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS6XQQPK/1/eric_bassetti_soares.pdf 

24. Natália M. Fabiana N. Carla M. Natália S. Silvia B. Ana Iara F. ATUAÇÃO DO  SISTEMA IMUNOLÓGICO FRENTE ÀS HEPATITES VIRAIS; Disponível em: //unilago.edu.br/revista-medicina/artigo/2017/6-atuacao-do-sistema-imunologico-frente-as hepatites-virais.pdf  

25. Barardi.C. Carobrez.S. Pinto.A Imunologia; Disponível em: https://an tigo.uab.ufsc.br/biologia//files/2020/08/Imunologia.pdf 

26. Kumar S. Hepatite C, aguda [Internet]. Manual MSD Versão Saúde para a Família.  Manuais MSD; 2021. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt br/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/hepatite/hepatite-c aguda 

27. Kumar S. Hepatite C crônica [Internet]. Manual MSD Versão Saúde para a Família.  Manuais MSD; 2022 [cited 2023 May 19]. Disponivel em: https://www.msdmanuals.com/pt br/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/hepatite/hepatite-c cr%C3%B4nica 

28. MINISTÉRIO DA SAÚDE Brasília -DF 2018 DIAGNÓSTICO DAS HEPATITES VI RAIS [Internet]. Disponivel em: https://qualitr.paginas.ufsc.br/files/2018/08/manual_tec nico_hepatites_08_2018_web.pdf 

29. Brandão AB de M, Fuchs SC, Silva MA dos A, Emer LF. Diagnóstico da hepatite C na  prática médica: revisão da literatura. Revista Panamericana de Salud Pública [Internet]. 2001  Mar 1;9:161–8. Disponivel em: https://www.scielosp.org/article/rpsp/2001.v9n3/161-168/pt/ 

30. Sueli M. GENOTIPAGEM DO VÍRUS DA HEPATITE C POR PCR EM  TEMPOREAL COM BASE NA ANALISE DA REGIAO NS5B; Disponivel em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5147/tde-30012009-162159/publico/SueliNakatani.pdf 

31. Ministério da Saúde (BR). Hepatite C [Internet]. Ministério da Saúde (BR); 2022 Jul 22  [cited 09 Abr 23]. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a z/h/hepatites-virais/hepatite-c-. Portuguese.

32. Strauss E. Hepatite C. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.  2001;34:69-82. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0037-86822001000100011 

33. Hepatites Virais HEPATITES VIRAIS Características clínicas e epidemiológicas [In ternet]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0044_M2.pdf


1Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU, Av. Santo Amaro,  1239, Vila Nova Conceição, São Paulo, SP, CEP 04505-002