PROPHYLACTIC USE OF DEXMEDETOMIDINE FOR CONTROL OF POSTOPERATIVE DELIRIUM
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202506041410
Lívia Di Santo Salomone1; Millena Santos Cordeiro2; Ytalo Goulart de Souza Vale3; Ana Carolina de Alvarez Pereira4; Leonardo Motta Souza5; Carlos Eduardo Lopes da Cruz6; Ana Cláudia Zon Filippi7
Resumo
Descreve a eficácia do uso profilático da Dexmedetomidina para controle do delirium no pós-operatório, avaliando também o potencial de recuperação dos pacientes ao passar por cirurgias utilizando essa medicação. O estudo tem como objetivos mostrar a efetividade da dexmedetomidina perante o delirium em pacientes, as vantagens dessa medicação no pós operatório e em qual área da anestesiologia é mais empregada atualmente. Esse trabalho teve como abordagem metodológica um compilado de pesquisas bibliográficas e descritivas através de uma revisão de literatura nas bases de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e PubMed. Foram utilizados como descritores “dexmedetomidine”, “delirium” e “anesthesiology”. Além disso, os critérios utilizados para artigos de ensaio clínico controlado e estudo observacional, no intervalo de tempo de 2020 a 2025, excluindo artigos que fugiam do tema abordado. Embora estudos mostrem redução significativa do delirium pós-operatório em algumas cirurgias, como ortopédicas e neurocirúrgicas, outros indicam eficácia limitada, especialmente em cirurgias cardíacas, além de potenciais efeitos adversos. A ação anti-inflamatória do fármaco é destacada como um possível mecanismo preventivo. Por meio da análise dos artigos utilizados como base para essa revisão de literatura, utilizar a Dexmedetomidina para controle do delirium em pacientes em pós operatórios, exige critérios bem definidos, visto que é necessário considerar fatores como comorbidades e tipos de cirurgia, individualizando a indicação. Apesar dos resultados promissores, são necessários mais estudos rigorosos para confirmar a eficácia, a dose e o modo ideal de uso.
Palavras-chave: Dexmedetomidine. Delirium. Anesthesiology.
INTRODUÇÃO
A Dexmedetomidina é um agonista dos receptores α-2 adrenérgicos com alta seletividade e potência. Ademais, esse medicamento possui efeitos analgésicos, amnésicos e sedativos. Nesse sentido, o uso de fármacos com propriedades como as da Dexmedetomidina são fundamentais para o conforto e segurança do paciente no pós-operatório (Joana Afonso, Flávio Reis, 2012).
Os agonistas dos receptores α-2 adrenérgicos causam neuromodulação nos centros nervosos, resultando em efeitos como a sedação, analgesia, vasodilatação e bradicardia. Além disso, promovem poucos efeitos no sistema respiratório. Por esse viés, essas drogas possuem uma alta efetividade na manutenção da segurança do paciente no pós-operatório, controlando complicações como o delirium (Nguyen et al., 2017).
O delirium é uma complicação presente principalmente no pós-operatório de cirurgias em pessoas de idade avançada, cursa com alteração do estado mental aguda, declínio funcional, podendo ser de curto ou longo prazo ( Luiz Fernando Sposito Ribeiro Baltazar et al., 2023). Ademais, vale ressaltar que todos os pacientes estão em risco de delirium, entretanto, há maior vulnerabilidade de determinados grupos como idosos, expostos a estressores, como infecções e determinadas drogas. Nesse sentido, é de suma importância a identificação dos indivíduos em risco e com o delirium, para que haja o manejo das condições que contribuem para a patologia, pois apesar de haver prevenção, o delirium não possui tratamento (Melissa L P Mattison, 2020).
Atualmente a Dexmedetomidina é utilizada em sedação na Unidade de Terapia Intensiva-UTI, departamento de emergência, anestesia regional e geral, neurocirurgia, sedação para procedimentos pediátricos, intubação com fibra óptica acordada, cirurgia cardíaca e cirurgia bariátrica. Nesse sentido, o uso da Dexmedetomidina em tais situações se deve ao fato de o fármaco proporcionar uma sedação com ausência de depressão respiratória. Além disso, a Dexmedetomidina parece ter aplicações diferentes das usuais como protetor cardíaco e neuronal, podendo contribuir como profilático de determinadas patologias. (Joana Afonso, 2012).
Em suma, a Dexmedetomidina é um agonista dos receptores α-2 adrenérgicos, muito utilizado para fins anestésicos, porém há poucos estudos sobre os efeitos no delirium pós-operatório.Nesse sentido, o objetivo desta revisão de literatura é avaliar o uso profilático da Dexmedetomidina para o controle do delirium pós-operatório.
METODOLOGIA
Este estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura, no qual foram selecionados ensaios clínicos controlados e estudos observacionais disponibilizados nas plataformas National Library of Medicine e Biblioteca Virtual em Saúde Portal Regional. A busca pelos artigos foi realizada utilizando-se das palavras-chave dexmedetomidine AND delirium AND anesthesiology. Os critérios de inclusão utilizados foram respectivamente: artigos publicados nos últimos 5 anos (2020-2025) e artigos cujos estudos eram do tipo ensaio clínico controlado e estudo observacional. Foram excluídos artigos que não atendiam ao tema da pesquisa.
RESULTADOS
A Busca resultou em um total de 482 trabalhos. Foram encontrados 468 artigos na base de dados PubMed e 14 na Biblioteca Virtual de saúde (BVS). Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 18 artigos na base de dados PubMed e 2 na BVS como demonstrado no fluxograma.
FLUXOGRAMA:
Foram avaliados os artigos selecionados e construído um quadro comparativo, no qual é composto pelo nome dos autores, ano de publicação, título, tipo de estudo e suas principais conclusões acerca da temática em questionamento, conforme pode ser observado na TABELA 1.
Tabela 1. Caracterização dos artigos conforme primeiro autor, ano de publicação, tipo de estudo e principais conclusões





DISCUSSÃO
O delirium pós-operatório (DPO) é uma complicação neuropsiquiátrica aguda, caracterizada por distúrbios de consciência, atenção e cognição, com início súbito e curso flutuante. É mais comum em idosos e cirurgias de grande porte, especialmente cardíacas e ortopédicas. Está associado a aumento da morbimortalidade, prolongamento da internação, risco de institucionalização e declínio funcional e cognitivo persistente. Fatores de risco incluem idade avançada, demência, polifarmácia e uso de sedativos. A prevenção é fundamental, pois o tratamento tem eficácia limitada.( Inouye et al., 2014, Marcantonio, 2017)
Dentre os esforços preventivos, a dexmedetomidina tem se destacado como uma opção promissora na profilaxia do delirium pós-operatório (DPO), especialmente em populações vulneráveis, como idosos e pacientes submetidos a grandes cirurgias devido ao seu perfil farmacológico peculiar: sedação consciente, mínima depressão respiratória, propriedades analgésicas, ansiolíticas e neuroprotetoras (Su et al., 2016; Afonso & Reis, 2012).
A dexmedetomidina atua como agonista dos receptores α2- adrenérgicos, especialmente no locus coeruleus, onde inibe a liberação de norepinefrina. Esse mecanismo promove uma sedação que mimetiza o sono fisiológico, além de conferir efeitos analgésicos e ansiolíticos, com o diferencial clínico de não causar depressão respiratória, uma vantagem significativa em relação a sedativos tradicionais como o midazolam e o propofol ( ( Nelson et al, 2003).
No entanto, os resultados clínicos ainda não são homogêneos. Estudos como o de Shin et al. (2023) demonstraram que a dexmedetomidina foi superior ao propofol na redução da incidência de DPO em idosos submetidos à cirurgia ortopédica com raquianestesia. De forma similar, Li et al. (2023) evidenciaram uma redução de 50 % na incidência de DPO em pacientes submetidos à ressecção de tumor cerebral com infusão profilática intraoperatória. Esses achados são coerentes com a hipótese de que a modulação simpática e o perfil anti-inflamatório do fármaco possam atuar na prevenção da desregulação neuroquímica típica do delirium.
Por outro lado, alguns estudos lançam dúvidas sobre sua eficácia universal. Momeni et al. (2020) e Wang et al. (2023) mostraram que, em pacientes submetidos a cirurgias cardíacas, a dexmedetomidina não reduziu significativamente o risco de DPO, e, no caso do estudo de Wang, houve ainda comprometimento da função renal. Isso sugere que o tipo de cirurgia, a dose utilizada e o momento da administração (intra vs. pós-operatório) influenciam fortemente os desfechos. Essa variabilidade também foi observada por Fondeur et al. (2022) em uma revisão sistemática, que destacou a heterogeneidade metodológica dos estudos e apontou a necessidade de padronização de protocolos.
O efeito anti-inflamatório da dexmedetomidina é uma das principais justificativas fisiopatológicas para seu uso na profilaxia do DPO. Tang et al. (2022) demonstraram que o fármaco regula positivamente a IL-10 e reduz citocinas pró-inflamatórias como TNF-α e IL-1β, contribuindo para um ambiente neuroprotetor. Liu et al. (2013) identificou níveis significativamente elevados de biomarcadores inflamatórios, como IL-6, IL-1β, IL-10, TNF-α, CRP e GFAP, em pacientes que desenvolveram DPO. Esses achados sugerem que a inflamação sistêmica desempenha um papel crucial na fisiopatologia do DPO, que pode estar relacionado a um estado de neuroinflamação exacerbada. Ainda neste estudo, Liu et al. (2013) mostrou que a administração de dexmedetomidina durante o procedimento reduziu significativamente os níveis intraoperatórios e pós-operatórios de citocinas inflamatórias, incluindo IL-1β, TNF-α e IL-10. Esses estudos corroboram a evidência de que a dexmedetomidina exerce efeitos anti-inflamatórios significativos, modulando tanto citocinas pró-inflamatórias quanto anti-inflamatórias, o que pode ser particularmente benéfico na prevenção do delirium pós-operatório, associado a estados de neuroinflamação sistêmica exacerbada.
Além disso, abordagens inovadoras como o uso intranasal da dexmedetomidina em pediatria também mostraram resultados animadores. Liao et al. (2024) e He et al. (2023) observaram redução significativa do delirium emergente em crianças, com boa tolerabilidade e sem eventos adversos graves. O uso combinado com esketamina mostrou-se ainda mais eficaz na redução de alterações comportamentais no pós-operatório imediato.
Importante ressaltar que a eficácia da dexmedetomidina pode variar de acordo com o estado emocional pré-operatório do paciente, especialmente em contextos de ansiedade acentuada, Bartoszek et al. (2023) observaram redução significativa do delirium emergente em pacientes com ansiedade prévia, reforçando a necessidade de conduta anestésica personalizada com base no perfil psicológico do paciente.
Por fim, o uso rotineiro e indiscriminado da dexmedetomidina deve ser evitado. Evidências como as de Pal et al. (2021) sugerem uma possível associação entre sua administração e desfechos adversos em pacientes submetidos a cirurgias cardíacas. Embora tais achados não sejam definitivos, eles destacam a importância de estudos adicionais que avaliem, de forma robusta, a segurança e a relação custo-benefício do fármaco em diferentes contextos clínicos.
CONCLUSÃO
Em conclusão, o uso profilático da dexmedetomidina mostrou potencial significativo na profilaxia do delirium no pós-operatório, mas exige critérios bem definidos. Fatores como tipo de cirurgia, idade, comorbidades, estado inflamatório e histórico emocional devem ser considerados para individualizar a indicação. Ainda que os resultados da literatura sejam encorajadores, o uso racional e embasado em evidência permanece essencial, ocorrendo ainda a necessidade de mais estudos de alta qualidade metodológica, para estabelecer sua eficácia em diferentes populações, bem como definir a melhor via, dose e duração da administração.
REFERÊNCIAS
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1 Discente de Medicina pela Universidade de Vassouras. Vassouras-RJ. ldssalomone@gmail.com
2 Discente de Medicina pela Universidade de Vassouras. Vassouras-RJ. lopesdacruzcarlos@gmail.com
3 Discente de Medicina pela Universidade de Vassouras. Vassouras-RJ. goulart.ytalo@gmail.com
4 Discente de Medicina pela Universidade de Vassouras. Vassouras-RJ. Carolpereira1@hotmail.com
5 Discente de Medicina pela Universidade de Vassouras. Vassouras-RJ. leonardomottaca14082001@gmail.com
6 Discente de Medicina pela Universidade de Vassouras. Vassouras-RJ. millenasmes@hotmail.com
7 Docente de Medicina pela Universidade de Vassouras. Vassouras-RJ. Mestre em mestrado profissional ( UNIRIO). anazon@bol.com.br