O USO IRRACIONAL DE MEDICAMENTOS POR IDOSOS NO BRASIL

THE IRRATIONAL USE OF MEDICINES BY THE ELDERLY IN BRAZIL

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.10702491


Dannila Noelly Rezende Paixão1
Juliana Queiroz dos Santos1
Me. Wesley Falcao Magela2
Dra. Rosa Silva Lima3


Resumo

Introdução: A automedicação e a polifarmácia são problemas comuns entre a população idosa e pode trazer consequências graves, como interações medicamentosas, intoxicações e até mesmo agravamento de doenças já existentes. Objetivo: descrever os efeitos dos medicamentos sobre a saúde dos idosos e a importância do papel do farmacêutico neste contexto: Materiais e métodos: Foi utilizada uma revisão sistemática da literatura com materiais publicados a partir de 2015. Resultados: Foi discutido como o envelhecimento e o surgimento de doenças crônicas podem aumentar a necessidade de medicamentos e, consequentemente, a polifarmácia. No entanto, é importante ressaltar que nem sempre é necessário o uso de tantos medicamentos, e que a avaliação e revisão periódica da prescrição médica podem ser fundamentais para evitar a polifarmácia e seus riscos. As informações apresentadas reforçam a importância de se discutir e conscientizar a população idosa sobre os riscos da automedicação e da polifarmácia, além de ressaltar a importância do acompanhamento farmacêutico e médico para garantir o uso adequado dos medicamentos. Em suma, nota-se que a automedicação e a polifarmácia são problemas sérios que afetam a saúde dos idosos e podem ter consequências graves. É fundamental que a população idosa tenha acesso à informação e que os profissionais de saúde estejam preparados para avaliar e revisar a prescrição medicamentosa de seus pacientes, a fim de garantir um uso adequado e seguro dos medicamentos. A prevenção da automedicação e da polifarmácia é responsabilidade de toda sociedade e deve ser abordada de forma multidisciplinar.

Palavras-Chave: Automedicação; Polifarmácia; Idosos.

Abstract

Introduction: Self-medication and polypharmacy are common issues among the elderly population and can have serious consequences, such as drug interactions, intoxications, and even exacerbation of existing conditions. Objective: To describe the effects of medications on the health of the elderly and the importance of the pharmacist’s role in this context. Materials and Methods: A systematic literature review was conducted using materials published from 2015 onwards. Results: The discussion focused on how aging and the onset of chronic diseases can increase the need for medications and, consequently, polypharmacy. However, it is important to emphasize that the use of so many medications is not always necessary, and the evaluation and periodic review of medical prescriptions can be essential in preventing polypharmacy and its risks. The information presented reinforces the importance of discussing and raising awareness among the elderly population about the risks of self-medication and polypharmacy, as well as highlighting the significance of pharmaceutical and medical monitoring to ensure proper medication use. In conclusion, self-medication and polypharmacy are serious problems that affect the health of the elderly and can have severe consequences. It is crucial for the elderly population to have access to information, and healthcare professionals should be prepared to assess and review their patients’ medication prescriptions to ensure proper and safe medication use. The prevention of self-medication and polypharmacy is a responsibility of society as a whole and should be addressed through a multidisciplinary approach.

Keywords: Self-medication; Polypharmacy; Elderly.

Introdução

A população idosa no Brasil vem aumentando cada dia mais, sendo assim um marco muito importante para a população brasileira, onde há uma maior expectativa de vida; porém o organismo das pessoas idosas vem sofrendo várias alterações tanto físicas, biológicas e psicossociais. É importante ressaltar que com o envelhecimento o organismo vem diminuindo o desempenho dos seus órgãos, sendo assim necessário profissionais e setores qualificados para lidar com maior eficiência, esses problemas relacionados a pessoas idosas. Percebe – se então que com, a chegada do envelhecimento vários prejuízos vem consigo, um deles que acometem a metade da população idosa são as doenças crônicas, que são aquelas de progressão lenta e que duram pra vida toda, como diabetes, hipertensão, câncer, asma e várias outras, surgindo assim a grande necessidade da utilização de vários medicamentos, onde pode se tornar uma polifarmácia (OLIVEIRA NEVES; SILVA; JUNIOR, 2018).

A utilização desses diversos medicamentos pode trazer benefícios para o paciente, como uma melhora na qualidade de vida, desde que esses medicamentos sejam administrados de forma correta. Entretanto se houver o consumo indevido de medicamentos, pode levar há grandes problemas de saúde, daí a necessidade de procurar um profissional habilitado para que o indivíduo não se acometa a praticar da automedicação, ou seja, o ato de tomar um medicamento por conta própria achando que vai ter melhora nos sintomas e vai trazer benefícios, pelo contrário, a pessoa está correndo um grande risco de vida, pois a partir desse medicamento, o paciente pode ter uma interação medicamentosa ou até mesmo uma intoxicação, sendo um dos maiores prejuízos da automedicação (BARROSO, 2015).  

A automedicação vem se tornando cada dia mais comum entres as pessoas, pois na maioria dos casos vem sendo por indicação de amigos, parentes ou até mesmo passado de geração em geração. A cada dia a automedicação vem crescendo em grande decorrência, dificultando assim a vida do profissional da saúde, pois com isso eles devem ter uma atenção redobrada com seus pacientes, principalmente quando se trata de pessoas idosas,  pois o risco é maior, além deles tomarem várias medicações, pode ocorrer o  risco de esquecer de tomar os medicamentos nos horários corretos ou até mesmo fazer as trocas de medicamentos sem que se perceba (OLIVEIRA, 2018).

Dentro desse cenário, o profissional  farmacêutico tem uma função importante que é a de prevenir a automedicação, fazendo assim um planejamento do uso racional de medicamentos, e até mesmo fazendo um acompanhamento de seus pacientes, por meio de uma consulta clínica onde o paciente informara todos os medicamentos que são utilizados para que o farmacêutico faça uma anamnese e tenha o controle de quais medicamentos podem ser prescrevidos para determinado paciente,  evitando assim o risco das reações adversas (SANTOS; LAGE, 2020). Com base no exposto, este trabalho levantou o seguinte problema de pesquisa: Como o uso de medicamentos de forma irracional pode impactar a saúde da população da terceira idade?

Este trabalho teve por objetivo descrever os efeitos dos medicamentos sobre a saúde dos idosos e a importância do papel do farmacêutico neste contexto. Foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos: Relatar sobre o uso de medicamentos generalizados na terceira idade no Brasil; Compreender as causas em que levam um paciente idoso a realizar a automedicação; Apontar os efeitos adversos do uso irracional de fármacos e a importância do farmacêutico na minimização da automedicação em idosos.

Estado da Arte

Uso irracional de medicamentos e automedicação por idosos no Brasil

O ato de se automedicar é uma ação comum no mundo, embora o papel relevante do consumidor na escolha e consequente uso adequado dos medicamentos não tenha sido suficientemente enfatizado. A automedicação em algumas sociedades tornou-se um problema de saúde pública que está relacionado ao conhecimento inadequado da população, cobertura deficiente, serviços públicos de má qualidade, sistemas de controle de acesso a medicamentos sem prescrição profissional e flexibilidade de quem dispensa o medicamento. As consequências dessa prática são inúmeras. O risco elevado de reações adversas, esses efeitos negativos são gerados em populações onde é fácil tomar a automedicação como via de tratamento, como os idosos (PEREIRA, 2017).

Os benefícios terapêuticos que têm sido alcançados nos últimos tempos com uma série de medicamentos realmente ativas, mas que são frequentemente abusadas e principalmente pelos idosos, devido às suas múltiplas patologias, são indiscutíveis. Parece que os medicamentos tomados correspondem a condições de saúde menos graves (analgésicos, tranquilizantes, laxantes), ou são medicamentos prescritos prévia e repetidamente pelo médico no tratamento de processos crônicos ou na prevenção de fatores de risco (por exemplo, vasodilatadores) (SECOLI, 2019).

Nesse sentido, ao situar essa faixa etária como uma das mais propensas à automedicação, por serem muito mais vulneráveis ao adoecimento, geralmente consomem 2 a 3 vezes mais drogas do que a média da população. O que aumenta o risco de sofrer em interações medicamentosas, sem falar na deterioração causada pela idade, que produz alterações no organismo que podem influenciar na forma de absorver, distribuir, metabolizar e excretar o fármaco. Também faz alusão aos riscos da automedicação, como mascarar a doença, agravá-la ou prolongá-la, resistência aos medicamentos usados ou mesmo chegar à dependência. Não esquecendo que pode ocorrer não só ao tomar medicamentos, mas também ao usar ervas ou misturar esses dois tipos, o que é muito comum na população estudada (OLIVEIRA, 2018).

A idade avançada é caracterizada pela inter-relação entre o processo de envelhecimento e as doenças crônico-degenerativas, que muitas vezes aparecem de forma imperceptível e para as quais o uso de medicamentos pode ser prejudicial. Cada pessoa, cada idoso, pode responder de forma diferente a um medicamento, essa diferença pode ser quantitativa (a mais frequente) ou qualitativa, ou seja, o efeito resultante pode ser insuficiente, exagerado ou totalmente diferente. Alterações Fisiológicas: referem-se às alterações produzidas pelos efeitos das drogas em idosos, sendo nestas as modificações farmacocinéticas e farmacodinâmicas (PEREIRA, 2017).

Causas em que levam um paciente idoso a realizar a automedicação.

Inúmeros fatores podem levar a prática do uso irracional de medicamentos e da automedicação entre a população idosa. Entre alguns fatores principais é possível elencar alguns que tem maior influência na prática da automedicação, sendo estes expostos ao longo do desenvolvimento do artigo.

Os fatores socioculturais são uns dos mais importantes quando se fala neste tema. Estes fatores podem ser definidos como comportamentos ou atitudes normais dentro de um ambiente, criando hábitos, formas de agir e pensar. Por sua vez, esses fatores influenciam significativamente a automedicação, pois a maioria das pessoas se automedica por considerar os medicamentos um elemento muito familiar para ser utilizado por iniciativa própria ou por sugestão de familiares, amigos ou farmacêutico, com o objetivo de sanar os sinais e sintomas. Essa ação também é facilitada pela facilidade de acesso aos anti-inflamatórios não esteroide (AINEs), uma vez que a maioria desses medicamentos é considerada sem prescrição, o que significa que são obtidos mais rapidamente e evitam longas esperas nos centros de saúde (PAIM et al., 2016).

A publicidade também é uma das grandes causa do consumo de fármacos na terceira idade. Desta forma é muito comum ver, ouvir ou ler vários anúncios propondo soluções mágicas produzidas por determinados analgésicos, antigripais e antidiarreicos. Da mesma forma, existem também muitas propagandas que convidam ao uso de um conjunto de produtos para redução de peso, comprimidos para recuperar a vitalidade e energia sexual, onde a responsabilidade pelo uso só é atribuída a quem os consome (VERNIZI; DA SILVA, 2016).

A propaganda de medicamentos está influenciando cada vez mais o público. O que pode gerar riscos à saúde da população. Esse tipo de publicidade omitiria informações sobre eventos adversos ou incluiria indicações não aprovadas pela autoridade sanitária. Estimularia até mesmo uma grande parcela da população a adquirir, manter em casa e consumir indiscriminadamente remédios de venda livre, mesmo aqueles com prescrição médica (OLIVEIRA NEVES; SILVA; JUNIOR, 2018).

A automedicação é influenciada pela falta de acesso e disponibilidade limitada de informações. Isso permite que as farmacêuticas divulguem informações tendenciosas, incentivando a população a consumir medicamentos supostamente seguros. Essa situação é agravada pela falta de educação em saúde no Brasil (PAIM et al., 2016).

O aumento constante e acelerado nos últimos anos do consumo (muitas vezes desnecessário), da oferta e demanda de psicofármacos, em uma sociedade confusa e sem as informações necessárias, impede a conscientização da população em relação a esse problema, porém os especialistas os recomendam e abastecem seus pacientes, e isso sem controle adequado e periódico, nada mais faz do que criar abusos em quem os consome, até que cheguem a um vício permanente, com tudo o que isso implica para a saúde da população (SANTOS; LAGE, 2020).

Dentro da engrenagem eficiente e lucrativa da saúde, a produção e o consumo de medicamentos constituem um dos eixos mais importantes. Não é por acaso que nos Estados Unidos o termo bigpharma (grande farmacêutico) foi cunhado para se referir ao complexo industrial que reúne os maiores produtores de medicamentos do mundo. A indústria farmacêutica é projetada precisamente para atingir as pessoas comuns. Não importa se uma boa porcentagem dos negócios é realizada em grande escala, seja com instituições públicas da área ou com sistemas de seguros; em última análise, o produto deve satisfazer o usuário individual (SANTOS; LAGE, 2020).

É essa lógica, então, que determina suas estratégias de produção e marketing. A publicidade de medicamentos, tanto os adquiridos sob prescrição quanto os de acesso livre, têm experimentado um crescimento vertiginoso nas últimas décadas. As políticas de marketing corporativo amplamente conhecidas são baseadas em várias estratégias (SILVA, 2019).

Por um lado, existem aqueles que visam diretamente os profissionais de saúde e o seu ambiente imediato: presentes pessoais a prescritores e vendedores, financiamento de formação e atualização profissional, apoio financeiro a vários tipos de eventos sociais que incluem viagens de lazer, divulgação de informação favorável à a indústria, o investimento em centros de ensino superior e, por último, a participação direta nas empresas (SANTOS; LAGE, 2020).

Atenção farmacêutica na redução da automedicação em idosos.

Efeito adverso é definido como qualquer resposta nociva, não esperada, que apareça nas doses utilizadas no homem para tratamento, profilaxia ou diagnóstico de doenças. Da mesma forma, é descrito que: ao tomar mais de um medicamento simultaneamente, podem ocorrer efeitos de interação medicamentosa, pois um medicamento pode alterar a farmacocinética de outro, diminuindo ou aumentando o resultado nos diferentes mecanismos de absorção, distribuição, metabolismo ou eliminação (BARROSO, 2015).

Por isso o farmacêutico, ao cuidar de um idoso que esteja tomando medicamentos, seja no hospital, no centro geriátrico, no posto de saúde ou em casa, deve estar atento e principalmente valorizar qualquer mudança no comportamento deste, ou o aparecimento de qualquer sinal indicando que o tratamento está causando algum efeito indesejável (SILVA, 2019).

Além dos efeitos adversos, destaca-se também os efeitos colaterais que podem ocorrer em função da idade. O efeito colateral refere-se à ação que um medicamento tem, além de sua qualidade curativa, que não é a desejada ou tem caráter negativo. Um exemplo bem conhecido é o ácido acetilsalicílico, que se destina a ajudar a eliminar a dor, a febre e a inflamação, mas que em excesso provoca mal-estar estomacal. Na verdade, o estado de saúde, o histórico médico e o histórico familiar podem determinar a eficácia e a conveniência de um tratamento (SILVA et al., 2021).

Ao nível do Sistema Nervoso, podem ser descritos alguns efeitos colaterais, ansiolíticos, que têm um efeito sedativo e são usados como tranquilizantes ou indutores do sono. O grupo mais utilizado são os benzodiazepínicos, entre os quais estão diazepam, buspirona, cetazolam, lorazepam, midazolam e alprazolam. Eles exigem uma receita médica de controle especial, devido  ação dessas drogas, que reduzem a atividade do sistema nervoso, levando aos seguintes efeitos colaterais: sonolência, falta de força, cansaço muscular, sensação de cansaço sem ter exercido esforço físico, falta de clareza de pensamento, dor de cabeça, boca seca, falta de produção de saliva, constipação gerada por baixa atividade neuronal, que desencadeia baixa mobilidade intestinal, vício que leva à dependência física ou mental da droga (devido ao uso prolongado ou altas doses), entre muitos outros efeitos (OLIVEIRA, 2018).

É importante destacar que os farmacêuticos ocupam uma posição única para fornecer suporte e aconselhamento ao público em geral, especialmente aos idosos que fazem uso de múltiplos medicamentos e frequentam frequentemente as farmácias hospitalares ou comunitárias. Comparado a outros profissionais de saúde, os farmacêuticos têm um papel crucial em garantir o uso seguro e adequado de medicamentos. A combinação de localização e acessibilidade significa que a maioria dos consumidores tem acesso imediato a uma farmácia onde o aconselhamento de um profissional de saúde está disponível mediante pedido. Um alto nível de confiança do público na capacidade dos farmacêuticos de aconselhar sobre medicamentos sem prescrição é concedido aos farmacêuticos comunitários (NASCIMENTO; NUNES; LEÃO, 2016).

Embora haja um movimento global geral para liberalizar os mercados de isenção de prescrição, as farmácias em muitos países ainda são os principais fornecedores de medicamentos sem prescrição. Os farmacêuticos estão, portanto, em posição de facilitar o autocuidado e a automedicação do consumidor, que precisam ser desenvolvidos e explorados (NEGRÃO, 2019).

O papel do farmacêutico na automedicação na população idosa consiste, como em todos os casos, em aumentar a eficácia e segurança do tratamento medicamentoso. No balcão da farmácia comunitária, o farmacêutico pode atuar de diversas formas, como por exemplo, direcionar e corrigir a automedicação. Antes de qualquer solicitação, sem prescrição de medicamentos, o farmacêutico deve primeiro verificar se trata de automedicação ou se é contaminação por tratamento ou prescrição telefônica (DE ARAÚJO et al., 2020).

Materiais e Métodos

Trata-se de uma revisão bibliográfica sistemática, de caráter exploratório, descritivo explicativo, a partir de um levantamento bibliográfico eletrônico, em diferentes bases de dados.

As bases dados utilizadas para a busca de materiais foram o Google Acadêmico a base de dados da SciElo, entre outras descritas a seguir que possuem inúmeros trabalhos indexados.

Destaca-se ainda que o trabalho consiste em uma revisão da literatura, considerando artigos, teses e dissertações publicadas entre os anos de 2015 e 2022 além de livros, sendo estes de qualquer período.

Variáveis do estudo

 No rastreio realizado nas bases de dados foram extraídos artigos, dissertações e teses publicadas entre 2015 e 2022, que apresentem dados e informações acerca do uso irracional de medicamentos pela população idosa do Brasil, expondo os fatores que contribuem para reduzir os efeitos da doença.

Coleta de dados

Os dados coletados, utilizaram os termos: “Automedicação”; “Idoso”; “Uso irracional” e “Medicamentos”. As bases de dados utilizadas foram: SciELO, Bireme, LILACS e Web of Science.

Limite de tempo e idioma

Inserimos neste estudo, artigos publicados escritos exclusivamente Português conforme encontrados nas bases de dados disponíveis, considerando publicações entre os anos de 2015 e 2022 para artigos, teses e dissertações.

Critérios de inclusão

Foram incluídos artigos científicos que tragam em seu título, objetivo e conclusões estudos que contenham em seu título as palavras descritas no tópico anterior, trabalhando com o assunto em questão e que foram publicados nas bases de dados.

Critérios de exclusão

Artigos que não apresentaram em seu título, objetivo e/ou conclusão, temática relacionada ao tema proposto em questão, que não estavam incluídos entre o intervalo temporal estipulado ou que já foram rastreados em outras bases de dados – em duplicata, foram excluídos. Também se excluiu materiais que não possuem cunho científico – sem ISSN ou DOI.

Análise de dados

Realizada através de uma leitura crítica com o foco de organizar informações contidas nos estudos selecionados que se relacionem com os objetivos propostos na presente revisão. Sendo os artigos que serão citados durante a revisão bibliográfica expostos em forma de quadro conforme o tema.

Aspectos éticos

Os aspectos éticos desse estudo instalaram-se na confiabilidade dos dados encontrados nos estudos pesquisados, as citações dos devidos autores, e descrição de dados fidedignos.

Não sendo necessário o parecer do comitê de ética em pesquisa ou dos autores dos estudos publicados nas bases de dados, atentando para normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para trabalhos acadêmicos.

Resultados

De acordo com a pesquisa realizada para composição deste artigo chegou-se aos seguintes resultados onde um dos fatores que é um problema é a polifarmácia, caracterizada como um fator comum entre os idosos, que muitas vezes utilizam múltiplos medicamentos para tratar diversas condições de saúde. Isso pode levar a efeitos colaterais indesejados e interações medicamentosas, que aumentam o risco de complicações de saúde.

Um estudo realizado em 2013 pela Universidade de São Paulo (USP) mostrou que 56% dos idosos entrevistados utilizavam cinco ou mais medicamentos regularmente. Na mesma linha, o estudo de Mengue et al., (2016) intitulado “Perfil de utilização de medicamentos por idosos brasileiros, conforme a condição de saúde e socioeconômica”, cerca de 75% dos idosos brasileiros utilizam pelo menos um medicamento, sendo que a média é de 3,9 medicamentos por pessoa. Além disso, o uso de medicamentos é maior entre as mulheres e aumenta com a idade.

Outro estudo, publicado em 2016 na Revista de Saúde Pública, mostrou que a prevalência de polifarmácia entre idosos atendidos na atenção primária à saúde em Belo Horizonte era de 67,4% (SILVA CUENTRO et al., 2016).

As interações medicamentosas são um problema comum em idosos, que muitas vezes possuem diversas condições de saúde e utilizam múltiplos medicamentos. Um estudo publicado por Freire et al., (2015), mostrou que 56,9% dos idosos internados em um hospital universitário em São Paulo apresentavam pelo menos uma interação medicamentosa potencialmente perigosa.

Neste sentido, a automedicação é outro problema comum entre os idosos, que muitas vezes utilizam medicamentos por conta própria, sem orientação médica. Isso pode levar a reações adversas e complicações de saúde, especialmente em idosos, que têm uma maior fragilidade e menor capacidade de metabolizar os medicamentos.

Um estudo, realizado em 2017 pela Universidade de São Paulo (USP), mostrou que a automedicação estava associada a um risco maior de hospitalização em idosos (LUTZ; MIRANDAS; BERTOLDI, 2017).

Os medicamentos mais utilizados pelos idosos no Brasil incluem analgésicos, anti-hipertensivos, hipoglicemiantes, anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), antiácidos, benzodiazepínicos e antidepressivos. Além disso, alguns estudos também mostram o uso frequente por idosos de poli vitamínicos e suplementos alimentares, que também podem impactar a saúde quando utilizados de forma inadequada (OLIVEIRA et al., 2021).

De acordo com um estudo realizado em 2021 com uma amostra representativa 450 brasileiros mostraram que os medicamentos mais utilizados por eles são os analgésicos (41,4%), seguidos pelos anti-hipertensivos (31,5%) e os hipoglicemiantes (17,8%) (NASCIMENTO et al., 2021).

Já em um estudo de revisão sistemática publicado em 2020 identificou que os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), como o ibuprofeno e o diclofenaco, são os medicamentos mais utilizados pelos idosos no Brasil, seguidos pelos anti-hipertensivos e os hipoglicemiantes (FERNANDES et al., 2020).

Outra pesquisa realizada em 2019, com idosos em uma cidade do interior de São Paulo, mostrou que além dos medicamentos prescritos pelos médicos, 69% dos participantes também faziam uso de medicamentos por conta própria, principalmente analgésicos e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) (PEREIRA et al., 2019).

O uso irracional de medicamentos por idosos pode trazer diversas consequências negativas para a saúde e para o sistema de saúde. Além dos efeitos colaterais e interações medicamentosas, pode levar a uma piora na qualidade de vida e a um aumento dos custos de saúde. Um estudo publicado em 2016 na Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia mostrou que as internações relacionadas a eventos adversos a medicamentos em idosos custam cerca de R$ 700 milhões por ano ao Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro. A tabela 1 traz os principais medicamentos e seus efeitos colaterais.

Tabela 1 – Medicamentos mais utilizados pelos idosos sem receita médica e seus efeitos colaterais

MedicamentosEfeitos Colaterais
Estatinas (atorvastatina, sinvastatina, rosuvastatina, etc.)Dor muscular, fraqueza, dor de cabeça, náusea, diarreia, elevação das enzimas hepáticas
Anti-hipertensivos (inibidores da ECA, bloqueadores dos canais de cálcio, diuréticos, etc.)Hipotensão, tontura, fadiga, tosse, impotência, reações alérgicas
Anti-inflamatórios não esteroidais (ibuprofeno, naproxeno, diclofenaco, etc.)Dores de estômago, úlceras, hemorragias gastrointestinais, aumento do risco de eventos cardiovasculares
Hipoglicemiantes orais (metformina, gliclazida, glimepirida, etc.)Hipoglicemia, náusea, diarreia, dor abdominal
Anticoagulantes (varfarina, dabigatrana, rivaroxabana, etc.)Sangramento, hematoma, hemorragia gastrointestinal, acidente vascular cerebral
Ansiolíticos e hipnóticos (clonazepam, lorazepam, zolpidem, etc.)Sonolência diurna, tontura, fraqueza, confusão, dependência, diminuição da coordenação motora
Inibidores da bomba de prótons (omeprazol, pantoprazol, esomeprazol, etc.)Dores de estômago, náusea, diarreia, deficiência de vitamina B12, aumento do risco de infecções gastrointestinais
Antidepressivos (fluoxetina, sertralina, paroxetina, etc.)Náusea, diarreia, dor de cabeça, insônia, sonolência, aumento do risco de eventos cardiovasculares
Sedativos e relaxantes musculares (diazepam, baclofeno, carisoprodol, etc.)Sonolência diurna, tontura, fraqueza, confusão, dependência, diminuição da coordenação motora

Fonte: Elaborado pelos autores a partir das análises dos estudos.

Discussão

Neste tópico são discutidas as principais informações obtidas a partir da pesquisa realizada, considerando aqui que o uso excessivo de medicamentos em idosos é um problema crescente na área da saúde, resultado do envelhecimento da população e do aumento no consumo de fármacos por essa faixa etária. A polifarmácia, tem sido frequentemente observada em idosos, o que pode levar a efeitos colaterais, interações medicamentosas e piora na qualidade de vida. Sendo a polifarmácia definida como o uso concomitante de cinco ou mais medicamentos, prescritos ou não (CARVALHO et al., 2017).

É importante destacar que a assistência farmacêutica pode ser de grande auxílio na prevenção da automedicação em idosos. Além disso, ele pode orientar o paciente sobre a importância de seguir as prescrições médicas e os riscos da automedicação. A presença do farmacêutico na equipe de saúde também pode contribuir para a redução de erros e aumentar a adesão dos pacientes ao tratamento (FERREIRA et al., 2021).

Um dos fatores que contribuem para a polifarmácia em idosos é a prescrição excessiva de medicamentos, que muitas vezes é feita sem levar em consideração as particularidades do paciente. Além disso, a automedicação é um comportamento comum entre idosos, o que pode aumentar ainda mais o número de medicamentos utilizados. Por isso, é fundamental que os médicos e profissionais de saúde revejam periodicamente a terapia medicamentosa dos pacientes idosos, ajustando as doses e retirando os medicamentos que não estão mais indicados. Intervenções educacionais podem ajudar os idosos a entender os riscos e benefícios de seus medicamentos, além de incentivá-los a seguir corretamente as instruções de dosagem (NASCIMENTO et al., 2021).

A falta de adesão do paciente ao tratamento prescrito também contribui para este problema. Muitos idosos podem se esquecer de tomar seus medicamentos conforme prescritos ou podem decidir parar de tomar um medicamento por conta própria, o que pode levar a problemas de saúde ainda maiores. Além disso, muitos idosos podem estar tomando medicamentos desnecessariamente ou por um período mais longo do que o necessário, o que também pode levar ao uso excessivo de diferentes medicamentos (OLIVEIRA, 2018).

Uma das estratégias para reduzir o uso de múltiplos medicamentos em idosos é a revisão periódica da medicação, feita por farmacêuticos e médicos, com o objetivo de avaliar a necessidade de manter ou descontinuar determinado medicamento. O farmacêutico pode revisar a terapia medicamentosa do paciente e identificar medicamentos desnecessários ou que podem estar causando efeitos colaterais. Além disso, é importante que os idosos recebam informações claras e precisas sobre a medicação, incluindo os possíveis efeitos colaterais e interações com outros medicamentos e alimentos (SECOLI, 2019).

Outra medida importante para evitar a polifarmácia em idosos é a promoção da adesão à terapia medicamentosa. Para isso, os profissionais de saúde podem utilizar estratégias como a simplificação do esquema terapêutico, o uso de medicamentos de ação prolongada e a utilização de dispositivos de administração de medicamentos (OLIVEIRA et al., 2021).

A automedicação em idosos é uma questão crítica de saúde pública que tem sido amplamente debatida na literatura científica recente. De acordo com estudos, o aumento da expectativa de vida e a maior prevalência de doenças crônicas nesta faixa etária podem levar ao uso inadequado de medicamentos. O envelhecimento fisiológico causa mudanças na absorção, distribuição, metabolismo e eliminação de fármacos, o que pode resultar em efeitos colaterais e interações medicamentosas prejudiciais à saúde do idoso. Portanto, é fundamental que os profissionais de saúde estejam vigilantes à prática de automedicação e forneçam orientação adequada aos pacientes sobre o uso correto de medicamentos (PEREIRA, 2019).

A assistência farmacêutica desempenha um papel fundamental no cuidado à saúde dos idosos, especialmente no manejo da polifarmácia. O farmacêutico é um profissional capacitado para identificar potenciais interações medicamentosas e propor ajustes na terapia medicamentosa, além de orientar os pacientes sobre os riscos da automedicação e a importância de seguir as prescrições médicas. Sua presença na equipe de saúde pode contribuir para a redução de erros e aumentar a adesão dos pacientes ao tratamento (SILVA et al., 2016).

É essencial identificar medicamentos que possam ser desnecessários ou que possam estar causando efeitos colaterais, além de ajudar os idosos a entender por que estão tomando cada medicamento e como devem tomá-los corretamente. Isso pode aumentar a probabilidade de aderência ao tratamento prescrito (DE ARAÚJO et al., 2020).

Além disso, intervenções educacionais podem ajudar os idosos a entender os riscos e benefícios de seus medicamentos e a importância de seguir as instruções de dosagem corretamente. Muitos idosos podem não estar cientes dos riscos de tomar vários medicamentos ou podem não saber como tomar seus medicamentos de maneira adequada. A educação em saúde pode contribuir para a conscientização e adesão adequada ao tratamento (FERREIRA et al., 2021).

A polifarmácia e a automedicação em idosos requerem uma abordagem multidisciplinar para serem resolvidas. Os profissionais de saúde devem trabalhar em conjunto para desenvolver planos de tratamento individualizados que levem em consideração a idade, a condição médica e outras condições de saúde de cada idoso. Além disso, a revisão regular da medicação, a educação em saúde e a coordenação do cuidado podem ajudar a reduzir a polifarmácia em idosos e melhorar a qualidade de vida desses pacientes. É importante destacar que a assistência farmacêutica é um componente crucial dessa abordagem multidisciplinar e deve ser valorizada na equipe de saúde (FERNANDES et al., 2020).

Outro aspecto relevante a ser considerado é a capacidade do idoso em lidar com o uso de medicamentos. Muitos idosos têm dificuldades para seguir corretamente a prescrição médica, seja por problemas de memória, dificuldades cognitivas, falta de alfabetização ou mesmo pela falta de informação sobre o uso dos medicamentos, e por serem pessoas de idade mais avançadas alguns costumam se negar a tomar os medicamentos no horário prescrito, muitas das vezes por teimosia, dessa forma acabam deixando de seguir corretamente a prescrição médica. Por isso, é importante que os profissionais de saúde estejam atentos a essas dificuldades e orientem os pacientes sobre o uso adequado dos medicamentos, facilitando o entendimento das informações e a adesão ao tratamento.

Considerações finais

A população idosa brasileira apresenta alta prevalência de doenças crônico fisiológica. Além disso, a automedicação é um comportamento comum entre idosos, o que pode aumentar o risco de interações medicamentosas e efeitos colaterais.

A assistência farmacêutica é uma ferramenta importante na prevenção da automedicação em idosos. O farmacêutico pode identificar potenciais interações medicamentosas, propor ajustes na terapia farmacológica e orientar o paciente sobre a importância de seguir as prescrições médicas. Além disso, a presença do farmacêutico na equipe de saúde pode contribuir para a redução de erros e aumentar a adesão dos pacientes ao tratamento.

Portanto, é essencial que os profissionais de saúde estejam atentos à prescrição de medicamentos aos idosos, levando em consideração suas particularidades fisiológicas e condições de saúde. A assistência farmacêutica pode contribuir para a redução da automedicação em idosos e prevenção de efeitos adversos decorrentes do uso irracional de fármacos, melhorando assim a qualidade de vida desses pacientes.

Referências

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1Aluna do Curso de Farmácia
2Professor Mestre colaborador SEDUC-GO.
3Professora Doutora do Curso de Farmácia
Contato: rosa.lima@fibra.edu.br