- Iana Barreto Gama – Acadêmica de fisioterapia da CEUNI – FAMETRO.
- Douglas Silva Ataíde – Mestre em saúde, sociedade e endemias da Amazônia. Prof. orientador do curso de fisioterapia da CEUNI – FAMETRO.
RESUMO
Introdução: A síndrome da dor patelofemoral é uma das condições ortopédicas que mais afetam a população ativa. Seu tratamento envolve diversos aspectos funcionais, dentre eles, o exercício resistido. O uso de exercício resistido na abordagem dessa patologia, carece de esclarecimentos quanto à periodização de exercícios. Objetivo: Assim está pesquisa tem como objetivo verificar a eficácia do exercício resistido no tratamento da síndrome de dor patelofemoral. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, realizado pesquisas através das bases de dados, Lilacs, Pedro, Pubmed, Scielo, usando os seguintes critérios de inclusão artigos do ano de 2010 a 2020, que abordam sobre o exercício resistido, estudos com ensaios clínicos e randomizados e síndrome de dor patelofemoral. Para critérios de exclusão artigos que não abordava sobre o exercício resistido e com equívocos metodológicos. Resultados: É possível notar uma prevalência positiva em 13 dos estudos revisados que utilizam os exercícios resistido no tratamento da síndrome de dor patelofemoral. Em contrapartida 03 dos autores que restou não obtiveram eficácia usando o protocolo de exercício resistido. Conclusão: Dessa forma fica evidente que o exercício resistido na síndrome de dor patelofemoral se mostra eficaz para a melhora do quadro álgico, ganho de força, mobilidade articular e desempenho funcional.
Palavras-Chave: Fisioterapia, exercícios resistidos, síndrome de dor patelofemoral.
ABSTRACT
Introduction: Resistance exercise is used as a form of treatment for patellofemoral pain, as resistance and weight exercises are performed, such as: single-legged, unilateral squats, training, elliptical, closed kinetic chain exercises, isometric and dynamic squats. Objective: This research aims to verify the effectiveness of resistance exercise in the treatment of patellofemoral pain syndrome. Methodology: This is a literature review, conducted searches through the databases, Lilacs, Pedro, Pubmed, Scielo Medline, using the following inclusion criteria articles from the year 2010 to 2020, which address resistance exercise, studies with randomized clinical trials and patellofemoral pain syndrome. For exclusion criteria, articles that did not address resistance exercise and with methodological mistakes. Results: Resistance exercise proved to be effective for Nakagawa (2012) in improving pain and joint mobility gains, for Marsha (2019), there was effectiveness in gaining strength and functional performance. Conclusion: Thus, it is evident that resistance exercise in patellofemoral pain syndrome is effective for improving pain, strength gain, joint mobility and functional performance.
Keywords: Physiotherapy, resisted exercises, Patellofemoral pain
INTRODUÇÃO
A síndrome de dor patelofemoral ou condromalácia patelar é uma patologia que compromete a articulação do joelho, doença de progressão lenta, é causada por enfraquecimento da cartilagem, alterações muscuesqueleticas, mal alinhamento patelar e traumas adjacentes, alguns indivíduos com essa patologia recorrem a atividades físicas na intenção de ter melhora nas dores. Assim o exercício resistido tem sido um meio de intervenção bastante usado na recuperação da funcionalidade e analgesia, bem como também no ganho de força muscular e condicionamento físico. (MARIA et.al, 2018).
O exercício resistido, também conhecido como treinamento de força ou com pesos, tornou-se uma das formas mais populares de exercício para melhorar a aptidão física e o condicionamento. São tipos de exercício que exige da musculatura corporal que ela se movimente (ou tente se movimentar) contra uma força oposta, geralmente exercida por algum tipo de equipamento. Os indivíduos que participam de programas de treinamento resistido esperam que ele produza determinados benefícios à saúde e aptidão física, tais como aumento de força, aumento da massa magra, diminuição da gordura corporal e melhoria do desempenho físico em atividades esportivas e da vida diária (STEVEN et.al, 2014).
O treinamento com exercícios resistidos deve ser constante em todos os casos, para que efetive efeitos ambicionados no corpo e que o indivíduo consiga manter os resultados obtidos. Não adianta interromper, após alcançar o objetivo, pois com o decorrer do tempo tudo será perdido e a patologia poderá retornar ao seu estágio inicial. Este princípio determina que o indivíduo deve ser submetido a constantes estímulos (FOSHINI et.al, 2010). Assim a saúde e qualidade de vida dos indivíduos aparentemente saudáveis podem ser preservada com a pratica regular de exercícios físicos e melhorada para alguns tipos de patologias e lesões muscuesqueleticas (OLIVEIRA et.al, 2018).
Portanto o presente estudo tem como objetivo verificar a eficácia do uso de exercício resistido como forma de tratamento para síndrome de dor patelofemoral.
METODOLOGIA
Este estudo trata-se de uma revisão de literatura, realizado através da pesquisa de artigos originais disponíveis nas seguintes bases de dados: LILACS, PUBMED, SCIELO E PEDRO, tendo sido incluídos, em sua maioria, ensaios clínicos randomizados e estudos experimentais. As buscas foram artigos publicados entre os anos de 2010 a 2020, em língua portuguesa ou inglesa e os descritores: dor patelofemoral (Patellofemoral pain), fisioterapia (Physiotherapy) e exercícios resistidos (resisted exercises).
Os artigos identificados pela estratégia de busca inicial foram avaliados independentes dos autores, conforme os seguintes critérios de inclusão: intervenção (exercícios resistidos), tipos de estudo (experimentais e randomizado), síndrome patelofemoral, aqueles aprovados eram incluídos no estudo. Foram excluídos dos estudos artigos com equívocos metodológicos e que não atendiam a proposta do estudo. Após serem incluídos no estudo, os ensaios clínicos foram avaliados pela escala Physiotherapy evidence database (Pedro), que analisa a qualidade metodológica por meio de 11 itens com escores de 0 a 10. A pontuação da escala não foi utilizada como critério de inclusão/exclusão dos artigos, mais sim como indicador de evidencia cientifica.
RESULTADOS
Após as buscas realizadas sobre o tema foram encontrados 277 artigos, sendo selecionados 100 para triagem. Após a leitura dos títulos foram excluídos 95 e na sequencia excluídos 55 resumos. Foram avaliados para leitura 27 e, por fim incluídos 16 artigos nesta revisão de literatura.
Tabela 1: Resultado encontrado pelos autores acerca do tratamento da síndrome de dor patelofemoral através do exercício resistido.
AUTOR/ANO | METODOLOGIA | RESULTADO |
Kieran O. et al., (2012) | Estudo observacionais, onde foram realizados 04 exercícios de sustentação de peso (supino na parede, queda pélvica, step-up-naover e agachamento unilateral) | Não houve diminuição de dor, nem ganho de função e mobilidade. |
Keyas et al., (2016) | Estudo coorte, focando em fortalecimento e alongamento de quadríceps, no período de 1 mês durante 3 anos, com objetivo de redução de dor e ganho funcional. | Apresentou eficácia na redução da dor e função e qualidade de vida. |
Khayambashi et.al, (2014) | Estudo randomizado, com 36 participantes sendo 18 mulheres e 18 homens, realizou durante 08 semanas o fortalecimento da musculatura póstero lateral de quadril versus fortalecimento de quadríceps. | O fortalecimento de póstero lateral do quadril se mostra mais eficaz para ganho de força e mobilidade. |
Baldon et.al, (2014) | Estudo randomizado, 31 mulheres, realizou no período de 08 semanas o treinamento de estabilização funcional (controle motor, tronco e quadril), fortalecimento de quadríceps, prancha para isquiotibiais, e propriocepção pra glúteo. | Eficácia para ganho de força, diminuição de dor e mobilidade foi o treinamento de estabilização funcional. |
Nakagawa T, et al., (2012) | Estudo de laboratório transversal, avaliar a cinemática do tronco, pelve, quadril e joelho e a ativação dos músculos do glúteo durante o agachamento unipodal, objetivo de ganho funcional e redução de dor. | Apresentou eficácia na redução de dor e ganho de mobilidade. |
Ismail et.al, (2013) | Estudo de caso controle usando a terapêutica de exercícios fortalecimento em cadeia cinética fechada, com ênfase em abdutores e rotadores externos de quadril, 3 vezes por semana, por 24 dias. | Não houve melhora significativa na dor e função. |
Reed F, et.al, (2015) | Estudo randomizado controlado, comparando o fortalecimento do quadril versus os abdutores e flexores do joelho, usando protocolo KNNE e HIP, de 06 semanas com variáveis de força muscular e resistência central. | O HIP (quadril) se mostrou eficaz na diminuição de dor e ganho de força, o KNNE (joelho), eficaz apenas para diminuição de dor. |
Liang C, et al., (2015) | Estudo controlado, treinamento elíptico fora do eixo, com 18 exercícios para membros inferiores, objetivo de obter redução na dor patelofemoral | Um programa de treinamento elíptico fora do eixo foi eficaz em aumentar o controle nos planos frontal e transversal, reduzindo a dor e melhorando a função do joelho |
Lachlan G, et al (2017) | Estudo duplo cego-randomizado, fortalecimento de quadríceps com baixa carga de BRFT, exercícios de leg press e leg extension, objetivo ganho de força e diminuição de dor. | Protocolo de leg press mostrou-se eficaz na diminuição da dor a curto prazo. Leg extension eficaz para ganho de força. |
Khalil K, et al (2014) | Estudos de controle comparativo, exercícios de fortalecimento muscular do póstero lateral do quadril (abdutor e rotador externo) versus fortalecimento de quadríceps, 3 vezes por semana durante 8 semanas). | Os exercícios do músculo póstero lateral do quadril sem mostrou mais eficaz em relação a dor e ganho de força a curto e longo prazo. |
Alain, J, et.al., (2011) | Ensaio clinico, aquecimento dinâmico, no fortalecimento de quadríceps e flexibilidade de isquiotibiais, O objetivo deste estudo foi comparar os efeitos agudos de um aquecimento de alongamento estático na flexibilidade muscular, força e salto vertical | melhorou a força do quadríceps excêntrico e a flexibilidade dos isquiotibiais |
Maria M, et al., (2018) | Estudo qualitativo, foram usados exercícios resistidos juntamente com a bicicleta ergométrica, tendo como objetivo o ganho de mobilidade, diminuição de dor e Fortalecimento. | Os exercícios resistidos obteve eficácia quanto a ganho de mobilidade, diminuição de dor e fortalecimento a curto prazo. |
Eduardo lazzan, (2018) | Estudo de caso onde as sessões de treinos foram constituídas por exercícios de agachamento isométricos e dinâmicos com ângulos de flexão de joelho de 20º, 40º, 60º e angulação de proteção, o intuito deste estudo é avaliar a influência do exercício de agachamento isométrico dinâmico na alteração da sensação da dor. | Este programa de treinamento reduziu à sensação da dor a curto prazo. |
Marsha et.al, (2019) | Estudo de laboratório, realizado protocolo de VCI (instrução de controle em valgo), realizou salto simples, triplo e cruzado associado ao agachamento unipodal, para fortalecimento de abdutor e rotador externo do quadril. | Foi eficaz para ganho de força e desempenho funcional. |
Lilian, R., et.al., (2011) | Estudo experimental, com atividades musculares do quadril, tempo de início e cinemática durante 4 diferentes exercícios (agachamento unilateral na parede, descida lateral e descida frontal) em indivíduos com fraqueza GMED (glúteo médio). | O agachamento unilateral mostrou-se eficácia no fortalecimento de glúteo médio, para diminuição de dor e ganho funcional |
Alexandra Hott et.al, (2020) | Ensaio cínico randomizado, intervenção de comparação, durante 06 semanas, indivíduos realizaram exercícios isolados, exercícios tradicionais e atividade física livre, com foco em quadril e joelho. | Não houve diferença entre os protocolos de tratamento. |
DISCUSSÂO
Estudo de laboratório controlado com desenho transversal, Oitenta indivíduos foram distribuídos em 4 grupos: mulheres com SDFP, controles do sexo feminino, homens com SDFP e controles do sexo masculino. A cinemática do tronco, pelve, quadril e joelho e a ativação dos músculos glúteos foram avaliadas durante o agachamento unipodal. A abdução do quadril e a força excêntrica da rotação externa foram medidas em um dinamômetro isocinético. As diferenças entre os grupos foram avaliadas por meio de uma análise multivariada de variância de 2 vias. Ao realizar um agachamento unilateral. Indivíduos com PFPS também tiveram 18% menos abdução do quadril e 17% menos força de rotação externa do quadril. Em comparação com os controles do sexo feminino, as mulheres com SDFP tiveram mais rotação interna do quadril (P <0,05) e menos ativação muscular do glúteo médio (P = 0,017) durante o agachamento unipodal. Conclui-se que realizando o fortalecimento e ativação dos músculos do glúteo, pode ter a redução de dor e ganho de mobilidade (NAKAGAWA, T, et.al., 2012).
Já no estudo de Ismail et al, (2013), foram selecionados 32 participantes com idade entre 18-30 anos, para realizar 3 vezes por semana durante 24 dias exercícios de fortalecimento e alongamento de quadríceps em cadeia cinética aberta, com ênfase em fortalecer abdutores e rotadores externos do quadril. No qual não apresentou melhora significativa na dor e função. E no estudo observacional feito por Kieran et.al, (2012), os exercícios de sustentação de peso (supino na parede, queda pélvica, step-up-and-over e agachamento unilateral para fortalecimento do glúteo médio, não obtiveram eficácia na diminuição de dor, nem ganho de mobilidade e função.
Este estudo de coorte prospectivo compreendeu 4 fases de tratamento, incluindo um ensaio randomizado durante a 1 semana. Trinta e sete pacientes (55 joelhos) de uma coorte original de 41 pacientes (60 joelhos) com SDPF foram acompanhados por 3 anos após o encaminhamento por médicos para participar deste estudo. pacientes receberam 4 tratamentos: tratamento local com foco no fortalecimento do quadríceps, alongamento do quadríceps e bandagem pela quinzena 1, complementado com tratamento global individualizado com foco na postura dos membros inferiores e padrões de movimento pela quinzena 2, seguido por autogerenciamento contínuo, sete medidas de resultado, avaliadas em 4 pontos no tempo, foram força do quadríceps, comprimento do quadríceps, controle excêntrico do joelho e 4 medidas da dor. As medidas de longo prazo incluíram o retorno à atividade esportiva, recorrência da dor. Concluindo que apresenta eficácia na redução da dor, ganho de funcionalidade e melhora na qualidade de vida (KEAYS, et.al.,
2012).
Para Khayambashi et al, (2014) e Baldon et al, (2014), mostra-se um efeito maior para redução de dor, ganho de força quando o fortalecimento da musculatura quadríceps é associado a alongamentos de isquiotibiais, banda iliotibial, iliopsoas, gastrocnêmico e sóleo, assim como a estabilização e fortalecimento da musculatura póstero lateral do quadril.
Ensaio clínico controlado randomizado, Pacientes com SDPF foram aleatoriamente designados para um protocolo KNEE ou HIP de 6 semanas, para comparar a dor, função, força muscular do quadril e joelho e resistência muscular, asvariáveis primárias foram a escala analógica visual autorreferida e as medidas da escala anterior de dor no joelho, que foram realizadas semanalmente. As variáveis secundárias foram a força muscular e a resistência central medidas no início do estudo e às 6 semanas. Ambos os protocolos de reabilitação HIP e KNEE produziram melhorias na PFP, função e força ao longo de 6 semanas. Embora os resultados tenham sido semelhantes, o protocolo HIP resultou na resolução mais precoce da dor e maiores ganhos gerais de força em comparação com o protocolo KNEE (REED, F, et.al., 2015).
Liang C, et al, (2015), realizou um estudo controlado utilizando o treino elíptico fora do eixo, com 18 exercícios para membros inferiores nos planos frontais e transversais, teve eficácia para redução do quando álgico e função do joelho. Já o autor Lachalan et al, (2016), fez estudo duplo cego-randomizado para fortalecimento de quadríceps utilizando treinamento de baixo fluxo sanguíneo (BRFT) e exercícios de leg press e leg extension, o leg press eficaz a curto prazo para diminuição de dor e leg extension para ganho de força.
Estudo randomizado, quarenta e cinco voluntários foram designados aleatoriamente para um grupo de controle, aquecimento dinâmico e aquecimento de alongamento estático, todos os participantes andaram em bicicleta ergométrica por 5 minutos e completaram um protocolo de aquecimento de 10 minutos. Durante esse protocolo, o grupo aquecimento dinâmico realizou corrida, o grupo 2 realizou alongamento estático e o grupo 3 descansou. As variáveis dependentes foram medidas imediatamente antes e após o protocolo de aquecimento. Um inclinômetro digital mediu a flexibilidade (graus) dos músculos isquiotibiais, quadríceps e flexores do quadril. Dentro disso conclui-se que não facilitou nenhuma mudança positiva ou negativa na flexibilidade muscular, força, potência ou salto vertical (ALAIN, J, et.al., 2011).
De acordo com Maria et.al, (2019), em um estudo clinico randomizado , quanto ao estilo de treinamento foi realizado com exercícios de mobilidade articular de quadril e de joelho, pois, auxilia na manutenção das articulações, tendões e ligamentos, após era realizada a parte aeróbica na bicicleta com duração de 15 a 20 minutos, já que a paciente não conseguia caminhar na esteira ou fazer o elíptico devido às dores, sempre realizando regulação correta da altura da cela da bicicleta, e ao final realizávamos um alongamento para relaxar sua musculatura. É crucial destacar que o programa de treinamento seguiu as recomendações médicas, respeitando os princípios da individualidade, e no final do estudo conclui-se que obteve eficácia na redução de dor, ganho de força a curto prazo.
Estudo de laboratório controlado, sessenta e quatro jogadoras de voleibol amadoras de nossa universidade (idade, 18-25 anos) com SDFP e anos iguais de experiência em exercícios foram divididas aleatoriamente em VCI (n = 32; idade, 22,1 ± 5,88 anos) e controle (n = 32; idade, 23,1 ± 6,49 anos) grupos. Função (salto simples, triplo e cruzado), força (abdutor do quadril e rotadores externos), dor (escala visual analógica) e ângulo valgo do joelho (agachamento unipodal) foram avaliados no início e após a intervenção, o programa VCI melhora o desempenho, o ângulo de valgo dinâmico do joelho e a força em participantes com PFPS (MARSHA, et.al., 2019).
Um ensaio clínico randomizado e simples-cego incluiu 112 pacientes com idade entre 16-40 anos (média de 27,6 anos) com diagnóstico clínico de PFP ≥3 meses (média de 39 meses) e dor ≥3 / 10 em uma escala visual analógica. Os pacientes foram randomizados para uma intervenção baseada em exercícios de 6 semanas que consiste em exercícios isolados com foco no quadril (n = 39), exercícios tradicionais com foco nos joelhos (n = 37) ou atividade física livre (n = 36). Após 1 ano, não houve diferença na eficácia do exercício de joelho, exercício de quadril ou atividade física livre, quando combinado com a educação do paciente na PFP (ALEXANDRA, H, et.al., 2020)
CONCLUSÃO
Este trabalho possibilitou entender de que forma o exercício resistido pode ser usado como protocolo de tratamento na síndrome de dor patelofemoral, através de variados exercícios de alongamento, agachamento unipodal, agachamento unilateral, cadeia cinética aberta e fechada, treino elíptico, atividades livres e agachamentos estáticos e dinâmicos, com ênfase em fortalecimento de quadríceps e complexo póstero lateral do quadril.
Diante disso observou-se que o resultado da pesquisa apresenta o uso do exercício resistido eficaz para a diminuição do quadro álgico, ganho de mobilidade articular, ganho de força, desempenho funcional e melhora na qualidade de vida de indivíduos portadores da síndrome de dor patelofemoral.
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