O USO DA VALERIANA OFFICINALIS NO TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10199418


Anna Paula Cardoso de Magalhães1
Thiago Freitas Silva2


RESUMO

Introdução: O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é um transtorno crônico que pode ter longa duração e não há remissão de sintomas sem o devido tratamento. Os agentes medicamentosos utilizados com maior frequência no tratamento da TAG são os benzodiazepínicos e não benzodiazepínicos, contudo seu uso é restrito devido os efeitos colaterais e baixa tolerabilidade. Assim, a busca por novas alternativas farmacológicas para o tratamento da TAG se volta para o uso de plantas medicinais e a fitoterápicos. A valeriana é um vegetal perene encontrada na América do Norte, Europa e Ásia. O óleo essencial modula o receptor GABA, produzindo efeito sedativo moderado, controlando a ansiedade, insônia e humor. Objetivo: Analisar a eficácia possíveis interações e efeitos colaterais do uso da Valeriana Officinalis no tratamento da TAG. Metodologia: A pesquisa seguiu a linha de revisão integrativa, com buscas temporais de trabalhos no período de 2013-2023 utilizando as plataformas de busca do Google acadêmico, SicELO, CAPES, Pubmed e LILACS. Os descritores utilizados para busca consistiam em: Valeriana Officinalis, ansiedade, medicamentos fitoterápicos, plantas medicinais, anxiety. Resultados: Alguns estudos clínicos são considerados inconclusivos dadas as suas falhas metodológicas, contudo há outros que comprovam a sua eficiência, seus efeitos colaterais e interações. Conclusão: A valeriana possui eficácia na redução dos sinais e sintomas pertinentes ao transtorno de ansiedade generalizado, ainda que os estudos realizados possuam algumas falhas de delimitação metodológica, assim, é necessário um estudo de amplo espectro populacional a respeito da eficiência da Valeriana Officinalis L. para que haja a indicação clínica.

1. INTRODUÇÃO

O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é um transtorno crônico que pode ter longa duração e não há remissão de sintomas sem o devido tratamento. Nos últimos anos, as incidências deste transtorno têm aumentado no Brasil e no mundo, junto de outras doenças psicológicas, chamando a atenção da comunidade científica para uma maior investigação das suas causas, sintomas e, principalmente, tratamento (MENEZES, MOURA e MAFRA, 2017).

A fisiopatologia da TAG ainda não possui seu mecanismo completamente elucidado, contudo, estudos demonstram que os sistemas serotoninérgicos, no adrenérgicos e outros sistemas de neurotransmissores desempenham uma importante função na resposta do organismo humano ao estresse e suas vias afetadas na ansiedade. (LOPES et al.2021). A etiologia da ansiedade possui um cunho multifatorial, com foco para os fatores genéticos, neurobiológicos e ambientais. Os fatores genéticos denotam que há genes onde seus produtos são responsáveis pela regulação do eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal (HPA) e a sinalização monoaminérgica. As condições neurobiológicas estão associadas a alteração da modulação de emoções e medo, os fatores ambientais estão associados a situações psicossociais e estressantes tais como, violências, abusos, uso ou abstinência de drogas e relato de doenças de ordem psiquiátrica pregressa dentre outros (LIMA et al.2020). O tratamento para a ansiedade, além da psicoterapia, é farmacoterápico (LOPES et al.2021).

Os agentes medicamentosos utilizados com maior frequência no tratamento da TAG são os benzodiazepínicos (BDZ) e não benzodiazepínicos (barbitúricos, propranolol e buspirona) contudo seu uso é restrito devido os efeitos colaterais e baixa tolerabilidade (LIMA et al.2020). Nesse contexto, surgem os Inibidores de Recaptação de Serotonina (IRS) e os Inibidores de Recaptação de Norepinefrina (IRSN). Inicialmente desenvolvido para o tratamento da depressão, os IRS e os IRSN logo foram prescritos para o tratamento da TAG (MURROUGHT et al,2015). Contudo, a utilização dos IRS e IRSN não resolveu o problema da baixa adesão ao tratamento e os IRS esbarram no mesmo problema dos benzodiazepínicos: a pouca responsividade no tratamento da TAG e a rápida dependência (MURROUGHT et al.2015). Assim, a busca por novas alternativas farmacológicas para o tratamento da TAG se volta para o uso de plantas medicinais e a fitoterápicos.

Planta medicinal é toda e qualquer planta que possua em qualquer de suas partes ou órgãos substâncias que podem ser utilizadas para finalidade de tratamento ou profilaxia de enfermidades (GADELHA et al. 2013). A definição de fitoterápicos veio na RDC de nº26 de 13 de maio de 2014 que diz que fitoterápicos são produtos obtidos de matéria-prima vegetal ativa com evidência clínica e eficácia e segurança comprovadas (BARBOSA e NAVARRO,2019). Essas matérias primas passam por um processo de industrialização para a sistematização das quantidades e qualidade via purificação de micro organismos e de substâncias estranhas garantindo uma maior segurança no uso (ESTEVES, et al.2020) Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso de plantas medicinais está presente em 80% dos países, em especial nos países emergentes, onde os medicamentos sintéticos apresentam elevado custo em relação ao poder aquisitivo dessas populações (OLIVEIRA, FILHO, PORFIRO,2020).

A valeriana é um vegetal perene pertencente ao gênero Valeriana da família Valerianaceae e é encontrada na América do Norte, Europa e Ásia (NANDHINI, NARAYANAN, ILANGO,2018). O termo Valeriana provém do latim Valere cujo conceito é saúde ou bem estar (NANDHINI, NARAYANAN, ILANGO,2018). O uso da Valeriana data desde a antiguidade sendo usada na Grécia e Roma. Seus efeitos foram descritos como cura para a insônia e ansiedade (RODRIGUES, Et al., 2021). A porção mais utilizada da Valeriana officinalis é seu óleo essencial volátil que se encontra em sua raiz. A Valeriana tem em sua composição 0,3 a 0,7% de óleo essencial formado por acetato de carbonila e sequisterpenóides, ácidos valerênicos, ácido valerenólico e ácido acetoxivalerenóico. O óleo essencial modula o receptor GABA, produzindo efeito sedativo moderado, controlando a ansiedade, insônia e humor (SANTI e ESQUIVI,2021).

Dentre os fitoterápicos com característica ansiolítica e popular, a valeriana possui um destaque notório, assim, faz-se necessário um estudo de literatura de amplo espectro acerca de sua eficácia possíveis interações e efeitos colaterais.

2. METODOLOGIA

Para delimitação desta pesquisa foi escolhida a revisão integrativa, cuja linha de pesquisa permite a pluralidade de estudos publicados para análise e sua posterior síntese. As buscas temporais de trabalhos foram limitadas no período de dez anos (2013-2023). As plataformas de busca utilizadas foram o Google acadêmico, Scientific Eletronic Library Online (SicELO), CAPES, National Library of Medicine (NLM/Pubmed) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) nos idiomas de português, espanhol e inglês. Os descritores utilizados para busca consistiam em: Valeriana Officinalis, ansiedade, medicamentos fitoterápicos, plantas medicinais, anxiety. Foram excluídos das buscas teses, monografias, resumos incompletos, artigos pagos e artigos em duplicata. Foram incluídos trabalhos que em seu título, resumo ou corpo dissertassem sobre Valeriana Officinalis e Valeriana Officinalis no tratamento de ansiedade.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

As buscas pelos descritores em combinação no espaço tempo definido resultaram num total de 37.886 artigos, somadas as plataformas do Google acadêmico, SicELO, CAPES, Pubmed/Medline e LILACS devendo ser levado em conta que este número não se configura como absoluto pois as buscas levam a duplicidade de trabalhos publicados. Destas plataformas foram pré-selecionados de acordo com os critérios de inclusão 28 artigos do Google acadêmico, 4 da SciELO, 3 da plataforma CAPES, 2 do Pubmed, 2 da base LILACS totalizando 38 artigos. Após leitura e análise dos artigos pré-selecionados, foram escolhidos 15 artigos do Google acadêmico, 1 da SciELO, 1 do CAPES, 2 do Pubmed, 1 da LILACS.Totalizando 20artigos para estudo conforme mostra o fluxograma abaixo e a compilação dos artigos estudados na tabela subsequente.

Autor(es)/AnoLinha de estudo adotadaConstituintes identificadosIndicação Terapêuticas
Borrás, Solís e Ríos (2021)Revisão bibliográfica
Insônia e ansiedade
Buedo e Giagante  (2015)Revisão bibliográficaInsônia e ansiedade
Ciniglia, Fiorelli, Vianna  (2020)Revisão narrativaValepotriatos, compostos fenólicos e aminoácidos
Insônia e ansiedade
Correa et al.  (2022)Revisão Bibliográfica exploratóriaInsônia e ansiedade
Kenda et al  (2022)Revisão BibliográficaIridóides, flavonóides e óleos essenciais contendo monoterpenos e sesquiterpenosTensão nervosa leve e distúrbios do sono
Lima et al.  (2020)Revisão bibliográficaÁcido valerênico, valerona, valeranol, vatrato, didrovaltrato, acevaltrato, volvalerenal, ácido volvalerênico, volvalerelactona A e B e valeneomerinAnsiedade
Lopes et al. (2021)Revisão de literaturasesquiterpenos de óleo volátil (ácido valérico), iridóides (valepotriatos), alcalóides, furanofurano, lignanas e aminoácidos Relaxamento do SNC, diminuir o estresse e a ansiedade e melhorar o sono 
Medeiros, Pereira e Santos (2022)
Revisão sistemáticaMonoterpenos bicíclicos (valpotriatos – valtrato e dihidrovaltrato), óleos voláteis (valeranona, valerenal e ácidos valerênicos)Ansiedade
Moura et al.  (2022)Revisão de Literatura IntergrativaSedativa, hipnótica e ansiolítica, Transtorno de Ansiedade Generalizada Transtorno de Ansiedade Social (TAS)
Oliveira (2021)Revisão de literaturaMonoterpenos bicíclicos (valpot riatos valtrato e dihidrovaltrato), óleos voláteis (valeranona, valerenal e ácidos valerênicos), sesquiterpenos, lignanas e alcalóidesAnsiedade, sedação
Penido e Andrade (2023) Pesquisa descritiva explicativa. Ácido valerênico e ácido isovaléricoReduzir a ansiedade, a insônia e outros distúrbios do sono
Pessolato  (2021)Exploratório Insônia, ansiedade e stress
Rocha e Arakawa (2022)Revisão bibliográficaSesquiterpenos (ácido valérico), iridoides (valepotriatos), alcaloides, lignanas e aminoácidosRelaxamento do SNC, stress, ansiedade, insônia, anticonvulsivante, sedação, anti-histeria, palpitações cardíacas
Rodrigues et al  (2021)Revisão BibliográficaÓleos essenciais, ácido valerênico e valenol, valepotriatos e alcaloides.Ansiedade e insônia 
Santos, silva e Vasconcelos (2021)Pesquisa bibliográficaÓleo essencial, ácido valerênico, alcaloides, iridoides e derivadosAnsiedade, insônia e calmante
Santi e   Esquivi  (2021)Revisão BibliográficaÓleo essencial, sequiterpenóides, ácido valerênicos, ácido valerenólico e ácido acetoxivalerenólicoAnsiedade
Shinjyo Waddel e Green (2020)Revisões sistemáticas e meta-análisesValepotriatos (valtrato, isovaltrato, didrovaltrato e acevaltrato), óleos essenciais, incluindo monoterpenos, sesquiterpenos (valerenal, ácido valerênico), ácido valérico / isovaléricoInsônia e ansiedade
Silva et al.  (2020)QuantitativoAnsiedade e insônia 
Sousa, Oliveira e Calou (2018)Pesquisa bibliográfica descritivaInsônia e ansiedade
Vidal e Toledo  (2015)Revisão LiteráriaMonoterpenos bicíclicos (valpotriatos – valtrato e dihidrovaltrato), óleos voláteis (valeranona, valerenal e ácidos valerênicos), sesquiterpenos, lignanas e alcalóides. Insônia e ansiedade


A ansiedade é descrita por um quadro emocional onde o indivíduo, passa a vivenciar uma gama de sentimentos e como consequência desenvolve preocupações, nervosismo, estresse e medo. Passa a ser considerado um distúrbio de ordem psiquiátrica quando o indivíduo não consegue desenvolver suas competências, afetando a sua vida como um todo (SANTOS, SILVA e VASCONCELOS,2021). Os transtornos de ansiedade são condições crônicas e geralmente incapacitantes com alto estresse psicológico, que manifestam sintomas mentais de preocupação excessiva e dificuldades de foco e sintomas fisiológicos como tensão muscular e insônia (MEDEIROS, PEREIRA e SANTOS,2022).

Aproximadamente 3% da população declara que sente algum tipo de transtorno de ansiedade, sendo que 4,6% prevalecem em mulheres, e 2,6 % em homens. No Brasil cerca de 9% da população sofre com transtornos de ansiedade (SANTOS, SILVA e VASCONCELOS,2021). Para Rocha e Arakawa (2022) a explicação fisiológica da ansiedade é a ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, que acarreta em sintomas neurovegetativos, como insônia, taquicardia, palidez, tensão muscular, hiperventilação, tremor, tontura, desordens intestinais e outros sintomas associados. No mecanismo de mediação da ansiedade, participam diferentes vias de neurotransmissão, com mais destaque os sistemas gabaérgico, serotoninérgico, dopamínico, neuropeptidíco, entre outros.

O tratamento para a ansiedade inclui a psicoterapia, realização de atividades físicas, e tratamento medicamentoso. Os medicamentos utilizados para o tratamento da ansiedade e insônia, são os inibidores de recaptação de serotonina (IRS) e os benzodiazepínicos, que são os mais prescritos para este fim, como por exemplo, alprazolam, diazepam, clonazepam, flurazepam, lorazepam, dentre outros(VIDAL e TOLEDO 2015). Rocha e Arakawa (2022) afirmam que os benzodiazepínicos provocam sedação, amnésia, dependência e crise de abstinência além de interagirem com os depressores do SNC.

Sousa, Oliveira e Calou (2018) asseguram os efeitos adversos causados pelo benzodiazepínicos e expõe a necessidade pela busca por novas substancias com potencial ansiolítico, assim, as pesquisas com produtos naturais desponta em um cenário promissor especialmente nas pesquisas a respeito da Valeriana officinalis L. que é um dos vegetais mais empregados no Brasil para tratamento da ansiedade (OLIVEIRA 2021).

A Valeriana officinalis é uma planta pertencente à família Valerianaceae, também conhecida como erva-de-amassar, erva-de-gato, erva-de-são-jorge, heliotrópio-de-jardim, valeriana-menor, valeriana-selvagem, valeriana-silvestre e valerian (ROCHA e ARAKAWA, 2022). É uma planta perene com flores brancas ou rosadas com odor doce que florescem no verão. A espécie é composta por rizomas e muitas raízes fasciculadas e estalões que emergem o rizoma. Possui cor castanho-acinzentado e castanho amarelado, podendo alcançar até 5,0cm de comprimento e 3,0cm de diâmetro (OLIVEIRA,2021).

Há mais de 250 espécies de Valeriana, porém as mais utilizadas para fins terapêuticos é Valeriana Officinalis L., apesar da Valeriana Edulis e Valeriana Wallichii também serem utilizadas (PESSOLATO,2021). A valeriana é composta de 0,3 a 0,7% de um óleo essencial localizado na raiz da planta cujos componentes derivam monoterpenos, Sesquiterpenos, valpotriatos, lignanas, flavonóides e entre outros (SANTI e ESQUIVI,2021). A Valeriana Officinalis L. é utilizada como fitoterápico desde a época da Grécia e Roma antiga. Suas ações farmacológicas foram definidas como ansiolítico e sedativo, cura para a insônia e ansiedade (RODRIGUES et al. 2021).

A valeriana está abarcada em quase todos os produtos fitoterápicos apresentados como tranquilizantes e indutores do sono. (SOUZA, OLIVEIRA e CALOU, 2018). Os medicamentos fitoterápicos à base de valeriana são preparados com extratos aquosos, etanólicos, tintura, extrato aquoso ou com o extrato seco padronizado de suas raízes e rizomas devendo ser ingerido diariamente, pois a ação da valeriana dependerá do seu conteúdo e das concentrações de vários tipos de constituintes (ROCHA e ARAKAWA 2022).

Diante de um cenário pandêmico de COVID-19, parte da população sofreu mudanças na sua rotina pois as medidas de contenção viral exigiram o isolamento e o distanciamento social, o que acarretou na expansão e agravamento de problemas mentais (MOURA et al2022). Frente a isso, foi apurado o desenvolvimento de transtornos de ansiedade, insônia e stress ocasionando a busca por uma terapia acessível financeiramente, sem a necessidade de prescrição médica e com facilidade de acesso, a valeriana despontou como alternativa para o tratamento dos sintomas de ansiedade, insônia e stress uma vez que suas propriedades são indicadas para combater estas manifestações em substituição ao tratamento com benzodiazepínicos (PESSOLATO, 2021). O mecanismo de ação das propriedades da valeriana ainda é muito ponderado e alguns autores tentam elucidá-los plenamente.

Para Rodrigues et al. (2021) Os efeitos ansiolíticos da Valeriana Officinalis são conferidos pela a constituição fitoquímica da planta cuja a presença do ácido valerênico sesquiterpenóide ansiolítico e seus precursores biossintéticos valerenal e valerenadieno, bem como ao sesquiterpenóide anti-inflamatório β-cariofileno mediariam esse efeito. Para Oliveira (2021), os constituintes da valeriana inibem o sistema enzimático de degradação do ácido gama-aminobutírico (GABA) e reduzindo a atividade do SNC promovendo a diminuição da atividade neuronal provocando o relaxamento e calma. Rodrigues et al (2021) corrobora com o estudo de Oliveira (2021) sugerindo que o ácido valêrenico poderia aumentar a modulação do GABA no cérebro, onde essa interação com os receptores GABA se assemelhariam os efeitos depressores dos barbitúricos.

Segundo Santi e Esquivi (2021), cada constituinte fitoquímico da Valeriana possuiria uma ação farmacológica. Valepotriatos: efeito estabilizante, restaurando o equilíbrio autônomo- fisiológico; Sequisterpenos: inibição da enzima que metaboliza o GABA transaminase aumentando os níveis desse regulador no SNC propiciando o efeito tranquilizante e sedativo; Ligana: efeito sedativo. Medeiros, Pereira e Santos, (2022) completa o estudo dos autores supracitados reafirmando o GABA como um neurotransmissor inibitório do SNC, embora os efeitos ansiolíticos e sedativos sejam principalmente atribuíveis à ação GABAérgica, o mecanismo de ação não foi totalmente estudado em humanos.

Lima et al. (2020) fomenta o proposto por Medeiros, Pereira e Santos, (2022) em seu estudo para a avaliação teórica das propriedades Valeriana Officinalis o ácido valerênico de forma isolada não seria capaz de promover o efeito ansiolítico no SNC via GABA-A, contudo, as moléculas de valerona e valeranol se correlacionaram a alvos presentes no SNC como o receptor GABA-B, e o transportador de serotonina que possuem relação com a manifestação da ansiedade. Os autores concluem seu estudo enfatizando que seus resultados são avaliações preliminares e insuflam a necessidade de novas pesquisas no que se refere a atividade da Valeriana Officinalis.

Rocha e Arakawa (2022), sugestiona que os sesquiterpenos (ácido valerênico) possua vultuosa participação nos efeitos farmacológicos da Valeriana, contudo, há a possibilidade de que os constituintes da valeriana atuem de forma alinhada para estimular a resposta clínica. Lopes et al. (2021) ratifica o apontamento feito por Rocha e arakawa (2022) ao reiterar que a ação dos valepotriatos, sesquiterpenos e lignanas promovem ações símeis às dos tranquilizantes, hipnóticos e sedativos e que as propriedades medicinais da Valeriana Officinalis são atribuídas aos seus óleos voláteis, valepotriatos e seus precursores.

Segundo Shinjyo, Waddell e Green (2020) o mecanismo de ação dos valepotriatos na eficiência terapêutica ainda não foram desvendados, as evidências pré-clínicas indicam que os valepotriatos possam desempenhar ação ansiolítica análogo aos antidepressivos provavelmente por intermédio da neurotransmissão dopaminérgica e noradrenérgica. Estes neurotransmissores atuariam diretamente nas causas da ansiedade e depressão. Os autores finalizam sua analise concluindo que os valepotriatos podem prevenir distúrbios neuropsiquiátricos induzidos pelo estresse, incluindo ansiedade e depressão, bem como disfunções cognitivas, restaurando o equilíbrio endócrino-imune. Ainda que o mecanismo de ação da valeriana não esteja totalmente claro, alguns estudos práticos demonstra a eficiência terapêutica da valeriana no tratamento da ansiedade e seus distúrbios associados.

Santos, Silva e Vasconcelos (2021) em seu trabalho discorrem sobre uma pesquisa realizada com 32 pacientes com transtorno de ansiedade generalizada, onde foi utilizado o extrato de Valeriana Officinalis com o Valepotriato como composto ativo divididos em três grupos: o grupo placebo, grupo da Valeriana, e o grupo de Diazepam. O tratamento foi aplicado por quatro semanas. Diante do proposto, os pacientes demonstraram uma diminuição da ansiedade, não obstante, o grupo placebo e Diazepam evidenciaram diferença no fator psíquico levando a inconclusão do estudo.

Sousa, Oliveria e Calou (2018) em análise da pesquisa supracitada reforçam a inconclusão do estudo salientando que caso o grupo placebo fosse excluído do estudo, seria possível demonstrar a eficácia da Valeriana Officinalis como sendo similar aos benzodiazepínicos e possuir efeito ansiolítico, os autores sugerem ainda que novos estudos cuja metodologia deverá possuir maior rigor devem ser realizados afim de se obter a comprovação do efeito ansiolítico da planta. Vidal e Toledo (2015), corroboram para a afirmativa dos dois autores anteriores pois os dados disponíveis seriam insuficientes, pois a comprovação da eficácia estaria restrita aos resultados paradoxais dos estudos analisados e suas limitações metodológicas, os resultados obtidos são considerados fracos para uma indicação clínica.

Oliveira (2021), faz referência a um estudo realizados com mulheres que apresentavam tensão pré-menstrual (TPM). Foram selecionadas 100 estudantes do sexo feminino que apresentavam sintomas de TPM. As estudantes foram divididas em dois grupos: um grupo recebeu placebo o outro grupo recebeu comprimidos de raiz de Valeriana Officinalis. Os grupos deveriam fazer a ingestão dos comprimidos recebidos diariamente nos últimos dias do ciclo, por três ciclos menstruais. Os resultados foram positivos, pois a ingestão dos comprimidos de Valeriana Officinalis reduziu os sintomas emocionais e físicos e comportamentais desencadeados pela TPM. O autor conclui seu estudo avaliando positivamente a Valeriana Officinalis como potencial fitoterápico no tratamento do transtorno de ansiedade e insônia.

Ciniglia, Fiorelli e Viana (2020), apresenta mais alguns pontos e contrapontos a respeito da eficácia da Valeriana Officinalis. Os autores dissertam envolvendo 138 pacientes com sintomas de ansiedade concluíram os efeitos ansiolíticos e modulação do sono atribuídos ao sistema GABAérgico. Outro ensaio realizado com doze pessoas não foi possível uma conclusão do efeito ansiolítico da Valeriana, ao que foi atribuído a redução da amostragem aos resultados. Os autores descreveram ainda um estudo realizado com pacientes portadores do Virus da Imunodeficiência Humana (HIV) em tratamento com Efavirenz, onde um grupo fez uso de doses diárias de 530mg de Valeriana por um período de quatro semanas. A resposta ao tratamento foi otimista pois os pacientes relataram significativa melhora da ansiedade, qualidade do sono e regressão nos pensamentos suicidas.

Shinjyo, Waddell e Green (2020), citam alguns estudos, dentre eles a utilização do extrato padronizado de valeriana 600 mg por dia durante 1 semana que promoveu a redução da reatividade ao estresse psicológico e fisiológico em adultos saudáveis. Em outra situação, o uso de 81,3 mg por dia de valepotriatos durante 4 semanas reduziu a pontuação de HAM-A em pacientes com transtorno de ansiedade generalizada sugerindo os valepotriatos como constituintes ansiolíticos ativos. Os autores concluem seu trabalho dizendo que a valeriana não seria um simples agente hipnótico ou ansiolítico e que a valeriana pode ser uma erva segura e útil sozinha ou em combinação no tratamento de sono, ansiedade e comorbidades associadas, em especial no tratamento do sono onde os níveis de ansiedade se mostram mais elevados.

Para Borrás, Martínez-Solís e Ríos (2021), na narrativa de um ensaio clínico que avaliou a atividade da valeriana em pacientes de ambos gêneros, cujos resultados demonstrando assertiva efeitos da valeriana em proporcionar aos pacientes o conforto e relaxamento necessários, sem sedação e com menos sonolência do que o midazolam, medicamento de referência utilizado, a valeriana possui um efeito ansiolítico e, como consequência melhora a qualidade e o tempo de sono, embora sejam necessários mais estudos antes que esta planta possa ser recomendada em um contexto clínico. Afirmativa essa já feita por outros autores.

Segundo Kenda et al (2022) em um ensaio clínico duplo-cego, randomizado, controlado por placebo de quatro semanas com 64 voluntários que sofriam de estresse psicológico e fizeram uso de cápsulas de 100mg de extrato de raiz de valeriana contendo aproximadamente 0,8% de ácido valerênico ou placebo três vezes ao dia, deduziu uma melhora significativa sobre os aspectos psicológicos relacionados a ansiedade e estresse em comparação ao grupo placebo onde foram avaliados os efeitos sobre os fatores psicológicos relacionados à ansiedade e ao estresse.

Lopes et al (2021) dissertam sobre o uso da valeriana em pacientes com indicação cirúrgica de exodontia bilateral de terceiros molares inferiores. No dia do procedimento os pacientes receberam cápsulas com 100mg de valeriana ou 15mg de midazolam, via oral uma hora antes do procedimento. após procedimento os pacientes preencheram um questionário para uma auto avaliação dos níveis de ansiedade. Os resultados obtidos indicaram que a valeriana não causou amnesia retrograda a nenhum paciente, em comparação ao midozalam que causou esse efeito. Alguns pacientes preferiram a administração da valeriana para a cirurgia. Estes resultados sugeririam o potencial da valeriana para causar aos pacientes o melhor conforto e relaxamento necessário sem sedação e menor nível de sonolência em relação ao midazolam.

Habitualmente alude-se a respeito do uso prolongado da valeriana, bem como seus efeitos adversos, contra indicações e suas interações. A esses questionamentos a algumas possibilidades. Apesar de ser uma alternativa ao combate a ansiedade, seu uso cauteloso, pois todo medicamento mesmo sendo fitoterápico necessita de uma dosagem correta para consumo, particularmente este, que apresenta interações com outros fármacos que potencializam seus efeitos depressivos sob o sistema nervoso central, seu uso na dosagem correta é quase isenta de efeitos colaterais o que não ocorre na utilização de benzodiazepínicos (RODRIGUES et al.2020).

Segundo Santi e Esquivi (2021), O uso de Valeriana Officinalis não poderia ultrapassar o tratamento de 2 meses. A superdosagem pode causar bradicardia, arritmias, e problemas intestinais. Silva et al. (2020) agrega mais alguns sintomas a essa lista: náuseas, cefaleia, tontura, sonolência e excitabilidade. Mesmo sendo considerada praticamente isenta de efeitos adversos o uso da veleriana deve ser monitorado pois possui potencial de interação com outros fármacos atuantes no SNC podendo gerar efeitos adicionais, efeitos sinérgico ou antagônico, potencializando ou reduzindo os efeitos de sedação destes fármacos (ROCHA e ARAKAWA,2022).

Santos, Silva e Vasconcelos (2021) retrata a interação da valeriana com outros medicamentos alegando que suas propriedades sedativas são potencializadas quando são administradas em conjunto com benzodiazepínicos, barbitúricos, narcóticos, álcool e anestésicos, essas interações aumentariam o tempo de sedação dos usuários. Lopes et al. (2021), sugere que a valeriana não potencializa os efeitos do álcool ou de depressores do SNC, não interferindo na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas. Porém não descartam o proposto de Santos, Silva e Vasconcelos no que diz respeito a interação da valeriana com outros fármacos depressores.

No que remete a contra indicação, a contra indicação do uso da veleriana, alguns grupos se encaixariam nesse espectro: Usuários de medicamentos depressores do sistema nervoso central citados anteriormente; pacientes em tratamento de doenças hepáticas, a interação poderia desencadear reações adversas como tontura, dor de cabeça, reações alérgicas, indisposição gastrointestinal (SANTOS, SILVA e VASCONCELOS,2021). E por fim mulheres gravidas e em lactação (SILVA et al,2020). Uma das razões para a não utilização da valeriana por mulheres gestantes justifica-se através de um estudo realizado com camundongos fêmeas gravidas, onde concluiu-se a queda significativa das quantidades de zinco no cérebro dos fetos. essa deficiência no desenvolvimento fetal aumentaria os riscos de deficiências neurocomportamentais acarretando em déficits de aprendizagem, atenção e memória (CORREA et al, 2022).

4. CONCLUSÃO

O presente trabalho objetivou avaliar a eficiência do uso da Valeriana Officinalis no tratamento do transtorno de ansiedade generalizado, assim como sua possível interação com outros compostos e reações adversas. Através do levantamento bibliográfico realizado e posterior síntese é possível dizer que a valeriana possui eficácia na redução dos sinais e sintomas pertinentes a TAG, ainda que os estudos realizados possuam algumas falhas de delimitação metodológica como foi exposto e explanado ao longo do trabalho, assim, é necessário um estudo de amplo espectro populacional a respeito da eficiência da Valeriana Officinalis L. para que haja a indicação clínica do referido fitoterápico em substituição aos benzodiazepínicos e inibidores de recaptação de serotonina e norepinefrina, fornecendo uma alternativa terapêutica e acessível para os pacientes.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, A. K. S. e NAVARRO, A. C. Fitoterápicos sobre a função hepática presentes no memeto fitoterápico: farmacopéia brasileira. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, São Paulo, v. 13, n. 79, p. 357-362, maio/junho 2019. DOI ISSN 1981- 9919. Disponível em: http://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/944. Acesso em: 15 ago. 2023

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1 Discente do Curso Superior de Bacharelado em Farmácia do Instituto de Saúde da UNAMA campus Alcindo Cacela. E-mail: annapaulamagalhaes09@gmail.com

2 Docente do Curso Superior de Bacharelado em Farmácia do Instituto de Saúde UNAMA campus Alcindo Cacela. Mestre em ciências farmacêuticas (PPGCF). E-mail: tfsilvafarma@gmail.com