THE USE OF NANOTECHNOLOGY IN THE TREATMENT OF PSORIASIS: INTEGRATIVE REVIEW OF THE LITERATURE
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202411151426
Ana Leiany Lima de Moura1
Anderson Maia dos Santos1
Domingas de Sousa Silva1
Leila Alves Rezende da Silva1
Lucas Rafael da Silva Oliveira1
Luis José de Santana Neto1
Maria Iara da Costa Silva1
Wanderson Silva de Araújo1
Alexsander Frederick Viana do Lago2
RESUMO
A psoríase é uma doença genética crônica mediada pelo sistema imunológico com manifestações sistêmicas e cutâneas que podem deteriorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Tradicionalmente, seu tratamento envolve terapias tópicas, corticosteroides, agentes sistêmicos, fototerapia e terapias biológicas. No entanto, a terapia convencional vem apresentando desvantagens com relação às características farmacocinéticas e efeitos colaterais indesejáveis. Por outro lado, o uso da nanotecnologia apresenta características promissoras que possibilitam a adaptação de veículos farmacêuticos, visando o direcionamento, aumento da eficácia e redução de efeitos colaterais indesejados. Dessa forma, a presente pesquisa tem por objetivo, realizar uma revisão integrativa da literatura à cerca do uso da nanotecnologia aplicada ao tratamento da psoríase. Esta revisão é baseada em artigos selecionados de 2014 a 2023 (últimos dez anos), usando as palavras-chave “psoríase”; “tratamento” e “nanotecnologia” nas bases de dados Scielo, PubMed e ScienceDirect. Foram encontrados duzentos e oitenta e um (281) artigos, mas apenas dezenove (19) atenderam aos critérios estabelecidos. Nanocarreadores como lipossomas, cerossomos, niossomas, nanopartículas lipídicas, dendrímeros e partículas poliméricas estão sendo utilizados para encapsular substâncias anti-psoriáticas. Os principais achados desse estudo estão relacionados à melhora da permeação e penetração na pele e da eficácia terapêutica das nanotecnologias formuladas para o tratamento dessa patologia. Portanto, as nanoformulações tem sido uma ferramenta promissora para o tratamento da psoríase.
Palavras-chave: Psoríase. Tratamento. Nanotecnologia. Nanocarreadores.
ABSTRACT
Psoriasis is a chronic genetic disease mediated by the immune system with systemic and cutaneous manifestations that can significantly deteriorate the quality of life of patients. Traditionally, its treatment involves topical therapies, corticosteroids, systemic agents, phototherapy and biological therapies. However, conventional therapy has presented disadvantages regarding pharmacokinetic characteristics and undesirable side effects. On the other hand, the use of nanotechnology presents promising characteristics that enable the adaptation of pharmaceutical vehicles, aiming at targeting, increasing efficacy and reducing unwanted side effects. Thus, the present research aims to carry out an integrative review of the literature on the use of nanotechnology applied to the treatment of psoriasis. This review is based on articles selected from 2014 to 2023 (last ten years), using the keywords “psoriasis”; “treatment” and “nanotechnology” in the Scielo, PubMed and ScienceDirect databases. Two hundred and eighty-one (281) articles were found, but only nineteen (19) met the established criteria. Nanocarriers such as liposomes, cerosomes, niosomes, lipid nanoparticles, dendrimers and polymeric particles are being used to encapsulate antipsoriatic substances. The main findings of this study are related to the improvement of skin permeation and penetration and the therapeutic efficacy of nanotechnologies formulated for the treatment of this pathology. Therefore, nanoformulations have been a promising tool for the treatment of psoriasis.
Keywords: Psoriasis. Treatment. Nanotechnology. Nanocarriers.
1 INTRODUÇÃO
A psoríase é uma doença inflamatória da pele, imunomediada, caracterizada por placas vermelhas e escamosas que podem acometer qualquer superfície da pele (PARISI et al., 2020). É considerada uma doença sistêmica e está associada a comorbidades psicológicas, metabólicas, artríticas e cardiovasculares, além de ser uma condição estigmatizada que afeta a qualidade de vida das pessoas (DAND et al., 2020). A Organização Mundial da Saúde, em 2014, reconheceu a psoríase como uma doença grave não transmissível e enfatizou a necessidade de entender melhor o fardo global da doença (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2016).
A patogênese da psoríase é multifatorial, com a genética sendo um contribuidor primário, especialmente naqueles com psoríase em placas de início precoce (<40 anos), mas que também, pode estar relacionado a fatores de risco ambientais, como consumo de álcool, tabagismo e exposição ao sol (PASCOAL et al., 2023). A psoríase se manifesta de várias maneiras: psoríase em placas, flexural, gutata, pustulosa ou eritrodérmica. A forma mais comum é a psoríase em placas, que se apresenta como placas rosa salmão bem delimitadas com escamas branco-prateadas, tipicamente em uma distribuição simétrica e afetando as superfícies extensoras (especialmente cotovelos e joelhos), tronco e couro cabeludo (RAHARJA; MAHIL; BARKER, 2021).
Dentre as opções de tratamento da psoríase destacam-se a terapia tópica, fototerapia ou tratamento sistêmico. Terapias tópicas, como análogos da vitamina D (calcipotriol), tacalcitol, dinatrol, tazaroteno ou corticosteroides (betametasona, clobetasol e triancinolona) e a tretinoína são de primeira linha. A terapia de segunda linha inclui fototerapia (radiação ultravioleta B de banda estreita e psoraleno com radiação ultravioleta A) e agentes sistêmicos convencionais (metotrexato, ciclosporina e acitretina) (LING et al., 2016, CONSENSO BRASILEIRO DE PSORÍASE, 2020). Os imunobiológicos também são aprovados para uso na psoríase moderada a grave (adalimumabe, etanercepte, infliximabe, certolizumabe, ustequinumabe, risanquizumabe, guselkumabe, tildrakizumabe, ixequizumabe, secuquinumabe e brodalumabe) (MAHIL et al., 2020, SMITH et al., 2020, DINSHAW et al., 2021).
Diversas pesquisas vêm demonstrando o potencial da nanotecnologia farmacêutica no tratamento, prevenção e diagnósticos de diversas patologias. Os nanocarreadores oferecem inúmeras vantagens, incluindo a capacidade de superar barreiras, melhorar a permeabilidade, prolongar o tempo de residência do medicamento, reduzir a degradação do medicamento, reduzir a frequência de dosagem, melhorar a adesão do paciente, atingir liberação sustentada/controlada e o direcionamento de medicamentos (ONUGWU et al., 2023, LI; CHEN; FU, 2023).
Desse modo, o presente estudo tem como objetivo revisar sistematicamente e fornecer informações sobre o uso da nanotecnologia no tratamento da psoríase nos últimos dez anos (2014 a 2023).
2 METODOLOGIA
Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, ou de forte secundária. Revisões integrativas permitem a inclusão de diversificados estudos, podendo ser quantitativos e qualitativos, experimentais e não experimentais, visando à compreensão ampla do estado do conhecimento de assunto complexo. O método é útil para condensar, de forma sistemática, pesquisas sobre um tema abrangente, sendo considerada a mais ampla abordagem metodológica referente às revisões (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010).
O levantamento bibliográfico foi realizado através de consultas a artigos nos indexadores online: Scientific Eletronic Library Online (SciELO), PubMed (National Library of Medicine) e ScienceDirect (Elsevier) no período de 2014 a 2023. Utilizou-se os descritores: “psoríase/psoriasis”; “tratamento/treatment” e “nanotecnologia/nanotechnology” confirmados nos descritores de ciência da saúde (DeCS), combinados entre si com o operador booleano “e/and”. Utilizou-se como critérios de inclusão: artigos na íntegra, de acesso livre ou disponíveis pela Comunidade Acadêmica Federal (CAFe/Capes), podendo ser produções estrangeiras e/ou brasileiras, publicados entre janeiro de 2014 a dezembro de 2023 (últimos dez anos) e que forneciam informações suficientes ao tema do estudo. Consideramos os estudos de natureza experimental e revisões de literatura. Adotaram-se como critério de exclusão todos os parâmetros que não se adequaram aos critérios de inclusão estabelecidos e que possuíam duplicidade e indisponibilidade de acesso.
A análise foi realizada por meio de leitura e estudo compreensivo dos artigos. Inicialmente os artigos duplicados foram excluídos. Realizou-se a leitura do título, do resumo e das palavras-chave dos artigos e aplicou-se os critérios de inclusão. Os artigos selecionados passaram por uma leitura exploratória e abrangente, excluindo-se aqueles que não se enquadraram na revisão. Os resultados foram agrupados em tabelas e figuras para uma melhor discussão dos dados.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na busca realizada nas bases de dados, obteve-se 281 artigos na fase de identificação, havendo exclusão de 2 artigos por duplicidade, 9 por indisponibilidade de acesso e 253 após aplicação dos critérios estabelecidos. Compuseram a revisão um total de 19 publicações (Figura 1).
Figura 1 – Fluxograma da seleção de artigos em cada etapa da revisão integrativa.
Fonte: Elaborado pelos autores (2024).
Uma visão geral dos artigos selecionados está apresentada na tabela 1.
Observou-se uma predominância de estudos nos últimos 3 anos: 2021 (16%), 2022 (21%) e 2023 (37%). Com relação ao tipo de estudo, 47% são artigos de revisão de literatura e 53% corresponde a estudos experimentais. Vale ressaltar que todos os artigos encontrados foram publicados em periódicos internacionais.
Tabela 1 – Descrição dos artigos incluídos na revisão integrativa da literatura, segundo título, autor/ano, periódico e tipo de estudo.
Fonte: Levantamento bibliográfico (2024).
Existem muitos tratamentos convencionais já disponíveis no mercado para a psoríase, que são considerados eficazes na redução dos sintomas e da dor, mas a maioria deles apresentam várias limitações. Atualmente, todos os tratamentos orais, sistêmicos e tópicos tem resultados bem estabelecidos, no entanto, diferentes pesquisas sugeriram que apenas 26–27% dos pacientes estão satisfeitos com os tratamentos antipsoriáticos. A grande incidência de efeitos colaterais e alívio sintomático de curto prazo é a principal queixa de insatisfação (HAZARI et al., 2023).
Considerando os objetivos de reduzir os efeitos colaterais e a frequência de dosagem, aumentar a eficácia, ter uma excelente biocompatibilidade e biodegradabilidade, degradação natural e a não toxicidade, uma variedade de transportadores coloidais de nanotecnologia tem se popularizado para tratar e controlar a psoríase (ZHU et al., 2022, LI et al., 2022). A figura 2 mostra os principais nanocarreadores incorporados em medicamentos destinados ao tratamento da psoríase, de acordo com o levantamento bibliográfico realizado.
Figura 2 – Principais nanocarreadores incorporados em medicamentos para terapia da psoríase.
Fonte: Elaborado pelos autores (2024).
Nesse contexto, Fereig e colaboradores (2020) mostraram em sua revisão os sistemas de administração de medicamentos para tratamento tópico da psoríase usando nanopartículas poliméricas, a exemplo da tretinoína que incorporada em nanocápsulas de PCL (policaprolactona) de núcleo lipídico promoveu diminuição da permeação cutânea e da fotodegradação; o metotrexato (agente sistêmico mais comumente utilizado) em nanogel PolyNIPAM-co-BA (poli N-isopropilacrilamida cobutilacrilato) e o propionato de clobetasol em nanopartículas de lecitina-quitosana promoveram uma melhor acumulação da substância na pele com tempo de latência mínimo, além de minimizar os efeitos colaterais transdérmicos. Cabe mencionar que as terapias tópicas são, de longe, as mais utilizadas no tratamento da psoríase (Mascarenhas-Melo et al., 2022).
De acordo com Hazari et al. (2023) as nanopartículas lipídicas sólidas (NLS) apresentam muitas vantagens em relação à terapia convencional para a administração de medicamentos tópicos, pela sua capacidade de proteger o medicamento da deterioração, fornecer estabilidade e promover a liberação prolongada. A combinação de metotrexato e etanercepte para uso tópico da psoríase já foram encapsulados em NLS, mostrando uma redução da viabilidade celular e melhor permeação através da pele (in vitro), além de apresentar baixa toxicidade, quando comparados ao tratamento convencional.
Em uma nova abordagem, Dinshaw et al. (2021) propuseram que as nanoemulsões com biossurfactantes à base de lipídios como estabilizadores são vistos como uma das abordagens alternativas para o tratamento da psoríase. Segundo os autores em uma nanoemulsão antipsoriática, os biossurfactantes da classe dos glicolipídios são mais adequados para uso devido às suas propriedades de melhoria da pele. Corroborando com o estudo anterior, Li et al. (2022) esclarecem que a aplicação tópica de medicamentos antipsoriáticos na forma de nanopartículas à base de lipídios é considerada o tratamento mais seguro para a psoríase.
Estudos experimentais
Os estudos experimentais sobre a psoríase são essenciais para compreender a patogênese dessa doença autoimune e para o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas. Esses estudos costumam incluir modelos pré-clínicos, como experimentos em animais e ensaios clínicos em humanos. Por meio dessas pesquisas, os cientistas não apenas visam aliviar os sintomas, mas também investigar a origem da condição, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes (Hashemi et al., 2022). Em sequência, será apresentado uma discussão, a partir do levantamento bibliográfico, sobre os estudos experimentais envolvendo o uso da nanotecnologia no tratamento da psoríase.
Abdelgawad et al. (2017) mostraram que o encapsulamento do tazaroteno em cerossomos (sistemas de fosfolipídios vesiculares dopados com ceramida) foi capaz de aumentar o aprisionamento da substância, diminuir sua liberação, enquanto aumentava sua deposição na pele. A nanotecnologia testada em humanos promoveu redução significativa da lesão após 8 semanas de tratamento, além de reduzir seu potencial de irritação, correlacionando-se com melhor resultado terapêutico clínico em comparação ao produto comercializado tópico (Actinaz). No mesmo período, Kaur et al. (2017) desenvolveram um gel nanoemulsionado com propionato de clobetasol e calcipotriol para tratamento tópico da psoríase. A formulação revelou atividade antipsoriática significativamente maior que à formulação comercializada, com redução da irritação cutânea e maior concentração tópica local quanto testados em camundongos BALB/c psoriáticos induzidos por imiquimode.
Jenabikordi, Zadeh & Rezaie (2021) desenvolveram lipossomas carregados de metformina (estudos clínicos demonstraram que pacientes com psoríase em uso da substância têm uma melhor resposta ao tratamento do que aqueles que não usam) e gengibre (anti-inflamatório) para o tratamento tópico da psoríase. A formulação foi testada em camundongos psoriáticos induzidos por imiquimode e os resultados indicaram que a co-entrega de metformina com a concentração mais alta de gengibre tratou lesões de psoríase após 21 dias e nenhum sinal de lesões foi encontrado, além da nanotecnologia melhorar a barreira da pele.
Com o intuito de obter uma formulação tópica eficaz de metotrexato (MTX) como tratamento de primeira linha para psoríase, Hashemi et al. (2022) formularam adesivos nanofibrosos eletrofiados carregados com MTX compostos de dois polímeros, a policaprolactona e o Eudragit L100. As formulações exibiram melhor permeação da pele e promoveu a liberação controlada do fármaco, permitindo uma maior duração na pele, com consequente redução da frequência de dosagem (in vitro). Resultados semelhantes foram obtidos por Maiti et al. (2023) ao formularem nanopartículas lipídicas sólidas de MTX para atividade antipsoriática. Os dados sugeriram que o MTX da formulação foi liberado lentamente e completamente permeado pela pele abdominal de ratos Wistar.
Uma inovação recente, realizada por Hatem e El-Kayal (2023), desencadeou o encapsulamento de Luteolina em transportadores lipídicos nanoestruturados, como uma abordagem promissora no tratamento tópico da psoríase. Os transportadores lipídicos nanoestruturados otimizados provaram preservar a atividade anti-inflamatória da luteolina, bem como a funcionalidade. O estudo realizado confirmou que a aplicação tópica da formulação possuía forte potencial anti-inflamatório contra a psoríase quando testados em ratos albinos psoriáticos induzidos por imiquimode.
No estudo de Rahmanian-Devin et al. (2023) foi preparado formulações de nanopartículas lipídicas sólidas encapsulados em noscapina (composto alcaloide benzilisoquimolina com efeito anti-inflamatório) e avaliar sua eficácia em um modelo de psoríase induzida por imiquimode nas orelhas de camundongos. O tratamento tópico com a formulação mostrou melhora na estrutura epidérmica e nos sintomas de psoríase, com redução significativa da espessura, do comprimento, da vermelhidão e a descamação das orelhas dos animais. Seguindo a mesma linha metodológica, Sultana et al. (2023) desenvolveram uma formulação de emulgel à base de óleo de espinheiro-marítimo para terapia de psoríase no mesmo modelo de animal. A investigação revelou claramente uma melhor atividade anti-psoriática com redução na vermelhidão, descamação e inflamação nos camundongos.
Wang et al. (2023) converteram o creme tópico a base de Indigo naturalis (um medicamento à base da planta Indigofera tinctoria frequentemente usado para tratar a pele psoriática) para nanofibras eletrofiadas, com o intuito de melhorar a eficiência transdérmica limitada da substância e redução de manchas escuras. Em pacientes com lesões psoriáticas houve uma redução na vermelhidão e escamas após 2 semanas de aplicação, além de não verificar irritação ou desconforto regional relatado durante todo o período de tratamento, e nenhum traço de manchas escuras na pele.
4 CONCLUSÃO
Em suma, buscamos oferecer a partir dessa revisão integrativa da literatura, uma visão abrangente sobre a aplicação da nanotecnologia no tratamento da psoríase. Ficou evidente que as formulações tópicas antipsoriáticos tradicionais estão se tornando limitadas, por oferecem problemas com a baixa absorção e muitos efeitos colaterais. Nesse sentido, novos sistemas de entrega de medicamentos antipsoriáticos estão sendo desenvolvidos (maioria de uso tópico), a exemplo dos nanocarreadores (lipossomas, cerossomos, nanopartículas lipídicas e partículas poliméricas), mostrando um aumento no potencial terapêutico das formulações tanto em testes experimentais quanto em estudos clínicos. Esses sistemas mostraram melhorar a eficácia do tratamento, diminuir a toxicidade e a dosagem necessária, além de possibilitar uma entrega mais direcionada do medicamento.
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1Discentes do Curso de Farmácia da Associação de Ensino Superior do Piauí
(AESPI). Teresina/PI, Brasil.
2Farmacêutico. Docente da Associação de Ensino Superior do Piauí (AESPI). Mestre em Biotecnologia e Atenção Básica à Saúde pelo Centro Universitário UNIFACID.
Teresina/PI, Brasil