USE OF CREATINE AND THE EFFECTS OF DIETARY SUPPLEMENTATION ON BODYBUILDING
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7993650
Diego Ferreira da Silva;
Jerusa Souza Andrade.
Resumo
A creatina é um dos suplementos mais populares utilizados por praticantes de musculação. O objetivo desse trabalho de revisão foi investigar os efeitos da suplementação com creatina no processo de hipertrofia muscular em indivíduos praticantes de musculação. Para o trabalho foi feita uma revisão bibliográfica sistemática de artigos nas bases de dados PubMed, Scopus, SciELO e Google
Acadêmico. Os termos de busca foram “creatina”, “suplementação”, “musculação”, “hipertrofia muscular”, “efeitos colaterais” e “dosagem”. Neste trabalho estão incluídos estudos publicados entre 2010 e 2022, que investigaram os efeitos da suplementação com creatina no processo de hipertrofia muscular em indivíduos praticantes de musculação e foram excluídos os trabalhos que utilizaram outras formas de exercício físico além da musculação. Os dados foram analisados por meio de revisão narrativa.
Palavras chave: Creatina; Suplementação; Musculação; Hipertrofia muscular; efeitos colaterais;
Abstract
Creatine is one of the most popular supplements used by bodybuilders. The aim of this review was to investigate the effects of creatine supplementation on the process of muscle hypertrophy in bodybuilders. For the work, a systematic bibliographical review of articles in PubMed, Scopus, SciELO and Google Scholar databases was carried out. The search terms were “creatine”,
“supplementation”, “bodybuilding”, “muscle hypertrophy”, “side effects” and “dosage”. This work includes studies published between 2010 and 2022, which investigated the effects of creatine supplementation on the process of muscle hypertrophy in bodybuilders, and studies that used other forms of physical exercise in addition to bodybuilding were excluded. Data were analyzed through narrative review.
Keyword: Creatine; Supplementation; Bodybuilding; Muscular hypertrophy; Side effects;
1. INTRODUÇÃO
A creatina é um dos suplementos mais populares utilizados por praticantes de musculação. Ela é um composto orgânico produzido naturalmente pelo corpo humano, principalmente nos músculos, e é utilizada como fonte de energia para atividades de curta duração e alta intensidade. A creatina também é encontrada em alimentos como carnes e peixes, mas em quantidades muito menores do que aquelas disponíveis em suplementos (REBELLO MENDES, TIRAPEGUI, 2002).
A prática da musculação tem se tornado cada vez mais comum entre a população, seja com o objetivo de melhorar a saúde, a estética ou o desempenho esportivo. Nesse contexto, a suplementação alimentar tem sido amplamente utilizada como uma estratégia para maximizar os resultados do treinamento de força e hipertrofia muscular (IWATA, 2019).
Os suplementos nutricionais são produtos formulados com o objetivo de complementar a alimentação diária, fornecendo nutrientes específicos em quantidades controladas. Na musculação, os suplementos mais utilizados são os que fornecem proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais, além de substâncias com potencial ergogênico, como a creatina, a cafeína e os aminoácidos de cadeia ramificada (PONTES, 2013).
A suplementação tem sido apontada como uma estratégia eficaz para melhorar o desempenho na musculação, uma vez que os nutrientes fornecidos pelos suplementos podem contribuir para a otimização do metabolismo energético, o aumento da síntese proteica e a recuperação muscular pós-treino. Além disso, a suplementação pode ser uma forma conveniente e prática de garantir a ingestão adequada de nutrientes, especialmente para aqueles que têm dificuldade em atingir as necessidades nutricionais somente por meio da alimentação (Carvalho et al., 2018).
No entanto, é importante ressaltar que a suplementação deve ser realizada de forma criteriosa e sob orientação profissional, uma vez que o uso inadequado ou abusivo de suplementos pode trazer riscos à saúde. Além disso, a suplementação não substitui uma alimentação equilibrada e adequada às necessidades individuais (Carvalho et al., 2018).]
2. Justificativa
A justificativa para o tema trabalhado neste estudo teve como princípio a importância da suplementação na musculação que possui o objetivo de melhorar o processo de hipertrofia muscular.
A musculação é uma atividade física que requer um alto nível de esforço e estresse mecânico, o que pode resultar em danos musculares e depleção energética. A suplementação alimentar tem sido apontada como uma estratégia para minimizar esses efeitos negativos do treinamento e maximizar os resultados (BARBOSA et al. 2010).
No entanto, apesar da ampla utilização dos suplementos nutricionais na musculação, ainda existem lacunas no conhecimento científico sobre seus efeitos específicos, especialmente em relação à dosagem, duração e forma de administração adequadas. Além disso, a segurança do uso de suplementos também é um tema controverso, uma vez que alguns estudos sugerem que o uso inadequado ou abusivo de suplementos pode levar a efeitos colaterais prejudiciais à saúde (BARBOSA et al. 2010).
Dessa forma, um estudo de caso pautado em revisão bibliográfica sobre a importância da suplementação na musculação pode contribuir para uma melhor compreensão dos efeitos dos suplementos nutricionais no processo de hipertrofia muscular, auxiliando os praticantes de musculação e profissionais da saúde na escolha de estratégias nutricionais mais eficazes e seguras. (BUFORD; KREIDER; STOUT, 2007).
Além disso, pode servir como base para o desenvolvimento de políticas públicas e regulamentação do mercado de suplementos nutricionais, visando à proteção da saúde da população. Portanto, o objetivo desta revisão consiste em discorrer sobre os efeitos da suplementação com creatina no processo de musculação, considerando aspectos como aumento da força, ganho de massa muscular, recuperação após o exercício e possíveis efeitos colaterais.
3. Objetivos e hipóteses
3.1 Objetivo Geral e Hipótese
Os objetivos desse trabalho de revisão é investigar os efeitos da suplementação com creatina no processo de hipertrofia muscular em indivíduos praticantes de musculação, relatar os possíveis efeitos colaterais da suplementação com creatina e evidenciar a dosagem e forma de administração mais adequadas da creatina para a melhoria da hipertrofia muscular.
As principais hipóteses encontradas nos trabalhos revisados são: A suplementação com creatina pode levar a um aumento significativo da massa muscular e força em praticantes de musculação; A suplementação com creatina pode levar a um aumento da retenção hídrica e consequente ganho de peso; A dose diária recomendada de creatina para a melhoria da hipertrofia muscular é de 3-5 gramas por dia; A creatina monoidratada é a forma mais eficaz e segura de suplementação de creatina para a melhoria da hipertrofia muscular em indivíduos praticantes de musculação; A suplementação com creatina não apresenta riscos significativos à saúde quando realizada dentro das recomendações de dosagem e forma de administração adequadas.
3.2 Objetivos Específicos
- Investigar os efeitos da suplementação com creatina no processo de hipertrofia muscular em indivíduos praticantes de musculação;
- Avaliar os possíveis efeitos colaterais da suplementação com creatina;
- Identificar a dosagem e forma de administração mais adequadas da creatina para a melhoria da hipertrofia muscular.
4. Metodologia
A metodologia adotada neste trabalho de revisão sobre a importância da suplementação na musculação seguiu os seguintes passos:
Revisão bibliográfica: foi realizada uma revisão bibliográfica sistemática de artigos científicos publicados em periódicos nacionais e internacionais nas bases de dados PubMed, Scopus, SciELO e Google Acadêmico. Os termos de busca utilizados foram: “creatina”, “suplementação”, “musculação”, “hipertrofia muscular”, “efeitos colaterais” e “dosagem”.
Seleção dos estudos: neste trabalho estão incluídos os estudos publicados entre os anos de 2010 e 2022, que investigaram os efeitos da suplementação com creatina no processo de hipertrofia muscular em indivíduos praticantes de musculação. Nesta pesquisa foram excluídos os trabalhos que utilizaram outras formas de exercício físico além da musculação, bem como aqueles que não apresentaram dados de resultados relevantes para o estudo.
Análise dos dados dos artigos: os dados dos trabalhos selecionados foram analisados por meio de revisão narrativa, com o objetivo de identificar os principais efeitos da suplementação com creatina na hipertrofia muscular e possíveis efeitos colaterais. Além disso, foram comparadas as diferentes dosagens e formas de administração utilizadas nos estudos para avaliar qual é a mais adequada para a melhoria da hipertrofia muscular.
Síntese dos resultados: os resultados dos trabalhos foram sintetizados (em forma de tabela e gráficos tirar; você não montou tabela e sim, fez um resumo) e elaboradas conclusões sobre a eficácia e segurança da suplementação com creatina na hipertrofia muscular em indivíduos praticantes de musculação.
Limitações encontradas nos estudos: neste trabalho estão descritas as limitações apontadas, como a falta de padronização dos protocolos de treinamento e de suplementação nos estudos revisados e a possibilidade de viés de publicação na seleção dos estudos.
5. Desenvolvimento
A suplementação tem se tornado cada vez mais popular entre praticantes de musculação, principalmente para aqueles que buscam melhorar o desempenho e a hipertrofia muscular. A creatina é um dos suplementos mais utilizados por atletas devido à sua eficácia comprovada na melhoria do desempenho e do ganho de massa muscular (IWATA, 2019).
A creatina é um composto natural encontrado em alimentos como carne vermelha e peixe, e é armazenada no músculo esquelético como fosfocreatina. A suplementação de creatina tem como objetivo aumentar os estoques musculares de creatina e fosfocreatina, proporcionando maior disponibilidade energética para a realização de exercícios de alta intensidade e curta duração, como a musculação (IWATA, 2019).
Diversos estudos têm investigado os efeitos da suplementação com creatina no processo de hipertrofia muscular em indivíduos praticantes de musculação. Em geral, os resultados têm demonstrado que a suplementação com creatina pode levar a um aumento significativo da massa muscular e da força em indivíduos treinados e não treinados. Além disso, a suplementação com creatina pode melhorar a recuperação muscular e reduzir a fadiga durante o exercício (DO NASCIMENTO; DE SOUZA AMARAL, 2020).
No entanto, a suplementação com creatina pode levar a alguns efeitos colaterais, como a retenção hídrica e o aumento de peso. A quantidade de água retida pode variar de indivíduo para indivíduo e depender da dosagem e forma de administração da creatina. Por isso, é importante que a dosagem e forma de administração sejam adequadas e estejam de acordo com as recomendações dos fabricantes e de profissionais de saúde (DE QUEIROZ SOUSA; DE AZEVEDO, 2008).
Quanto à dosagem, a dose diária recomendada de creatina para a melhoria da hipertrofia muscular é de 3-5 gramas por dia. Já em relação à forma de administração, a creatina monoidratada é a forma mais eficaz e segura de suplementação de creatina para a melhoria da hipertrofia muscular em indivíduos praticantes de musculação (DE SOUZA E SILVA et al., 2019).
Alguns estudos também têm investigado os efeitos da suplementação com creatina em mulheres e idosos. Embora ainda haja poucos estudos disponíveis, os resultados têm demonstrado que a suplementação com creatina pode ser benéfica em ambos os grupos, melhorando a força e a massa muscular (DO NASCIMENTO; DE SOUZA AMARAL, 2020).
Em resumo, a suplementação com creatina pode ser uma estratégia eficaz para melhorar o desempenho e a hipertrofia muscular em indivíduos praticantes de musculação. No entanto, é importante que a dosagem e forma de administração sejam adequadas e que a suplementação seja acompanhada por profissionais de saúde qualificados.
5.1 Conceito de creatina e seu papel no metabolismo energético
A creatina é um composto orgânico nitrogenado encontrado em alimentos de origem animal, como a carne vermelha e o peixe. No organismo, a creatina é sintetizada a partir dos aminoácidos glicina, arginina e metionina, principalmente no fígado e no pâncreas, e é armazenada nos músculos esqueléticos na forma de fosfocreatina (PCr) (WILLIAMS, 2000).
A creatina desempenha um papel fundamental no metabolismo energético muscular, pois participa da regeneração do ATP (adenosina trifosfato), molécula responsável por fornecer energia para as contrações musculares. Durante a contração muscular, o ATP é hidrolisado para fornecer energia, mas seus estoques intramusculares são limitados. Nesse momento, a fosfocreatina atua como um doador de fosfato para regenerar o ATP, permitindo a continuidade da contração muscular. Além disso, a creatina também pode ser oxidada para gerar energia em situações de demanda energética prolongada, como durante o exercício físico de longa duração (BIESEK, ALVES, GUERRA, 2005).
A quantidade de creatina armazenada no músculo esquelético é limitada e pode variar de acordo com a dieta e o treinamento físico. A suplementação com creatina tem como objetivo aumentar os estoques musculares de creatina e fosfocreatina, melhorando a disponibilidade energética para a realização de exercícios de alta intensidade e curta duração, como a musculação (LANCHA, 2003).
A suplementação com creatina pode levar a um aumento significativo dos estoques musculares de creatina e fosfocreatina, melhorando a capacidade de regeneração do ATP e a realização de exercícios de alta intensidade e curta duração. Além disso, a suplementação com creatina pode melhorar a recuperação muscular e reduzir a fadiga durante o exercício (LANCHA JUNIOR, 2008).
No entanto, a suplementação com creatina pode levar a alguns efeitos colaterais, como a retenção hídrica e o aumento de peso. A quantidade de água retida pode variar de indivíduo para indivíduo e depender da dosagem e forma de administração da creatina. Por isso, é importante que a dosagem e forma de administração sejam adequadas e estejam de acordo com as recomendações dos fabricantes e de profissionais de saúde (DE SIQUEIRA NOGUEIRA, SOUZA, BRITO, 2013).
5.2 Metabolismo energético na musculação
Segundo Kreider (1998): o metabolismo energético na musculação é dividido em três sistemas: o sistema de fosfagênio, o sistema glicolítico e o sistema oxidativo. O sistema de fosfagênio é o sistema predominante em exercícios de alta intensidade e curta duração, como a musculação, e depende da disponibilidade de fosfocreatina (PCr) para regenerar o ATP. A creatina é essencial para a regeneração do ATP no sistema de fosfagênio, já que a fosfocreatina é utilizada como fonte de fosfato para regenerar o ATP (KREIDER, 1998).
A suplementação com creatina pode aumentar os estoques musculares de creatina e fosfocreatina em até 20%, melhorando a disponibilidade de ATP para a realização de exercícios de alta intensidade e curta duração. Isso pode levar a um aumento do desempenho muscular, como o aumento da carga levantada, a realização de mais repetições e a redução do tempo de recuperação entre as séries (BUFORD, KREIDER, STOUT et al., 2007).
A suplementação com creatina também pode levar a uma melhora na produção de força explosiva e na resistência muscular durante exercícios de alta intensidade. Além disso, a creatina pode melhorar a recuperação muscular após o exercício, reduzindo a inflamação e a dor muscular (COOPER, NACLERIO, ALLGROVE et al. 2012).
No entanto, é importante ressaltar que a resposta à suplementação com creatina pode variar de indivíduo para indivíduo, dependendo de diversos fatores, como idade, sexo, massa muscular, dieta e treinamento físico. Além disso, a dosagem e forma de administração da creatina devem ser adequadas e individualizadas para cada indivíduo, levando em consideração suas necessidades e características específicas (BRANCH, 2003).
Em resumo, a suplementação com creatina pode aumentar os estoques musculares de creatina e fosfocreatina, melhorando a disponibilidade de ATP para a realização de exercícios de alta intensidade e curta duração, o que pode levar a uma melhora do desempenho muscular e da recuperação após o exercício (RAE, DIGNEY, McEWAN, BATES, 2003).
5.3 Creatina exógena e seus efeitos no organismo
A creatina exógena, ou seja, aquela obtida através de suplementação, é amplamente utilizada por atletas e praticantes de atividade física com o objetivo de melhorar o desempenho físico e aumentar a massa muscular.
Após a ingestão, a creatina é absorvida pelo trato gastrointestinal e transportada para os tecidos musculares, onde é armazenada na forma de fosfocreatina. A suplementação com creatina pode aumentar os estoques de creatina e fosfocreatina nos músculos em até 20%, melhorando a disponibilidade de ATP para a realização de exercícios de alta intensidade e curta duração (PERSKY, RAWSON, 2007).
Além disso, a suplementação com creatina pode levar a um aumento da massa muscular, especialmente em indivíduos que realizam treinamento de força. Isso ocorre devido à maior disponibilidade de energia para a realização de exercícios de alta intensidade e à estimulação da síntese proteica (RAWSON, VOLEK, 2003).
Outros potenciais efeitos da suplementação com creatina incluem melhora na recuperação muscular após o exercício, redução da fadiga muscular, aumento da força muscular, melhora da função cognitiva e proteção contra doenças neurodegenerativas (GUALANO, ARTIOLI, POORTMANS, LANCHA, 2010).
No entanto, a suplementação com creatina pode estar associada a alguns efeitos colaterais, como ganho de peso devido à retenção de líquidos, desconforto gastrintestinal, diarreia, náusea e vômito. Além disso, ainda são necessárias mais pesquisas para determinar a segurança a longo prazo da suplementação com creatina, especialmente em relação a efeitos renais e hepáticos (PERSKY, BRAZEAU, 2001).
É importante ressaltar que a dosagem e forma de administração da creatina devem ser adequadas e individualizadas para cada indivíduo, levando em consideração suas necessidades e características específicas, e que a suplementação com creatina deve ser acompanhada por um profissional de saúde capacitado (CANDOW, CHILIBECK, BURKE et al., 2011).
5.4 Estudos sobre a eficácia da creatina na musculação
Diversos estudos têm investigado os efeitos da suplementação com creatina na musculação. Entre os resultados, é possível mencionar um aumento da força muscular, aumento da massa muscular, melhora da recuperação muscular, redução da fadiga muscular, melhora na performance, entre outros resultados (DO NASCIMENTO; DE SOUZA AMARAL, 2020).
No entanto, é importante ressaltar que os resultados dos estudos sobre a eficácia da creatina na musculação podem variar de acordo com as características dos participantes, a dose e a duração da suplementação, o tipo de exercício realizado e outros fatores. Além disso, a suplementação com creatina pode não ser eficaz em todos os indivíduos e pode estar associada a efeitos colaterais, como mencionado anteriormente (BUFORD; KREIDER; STOUT, 2007).
5.5 Mecanismos de ação da creatina na musculação
A creatina atua como um substrato energético importante para a contração muscular. Quando a creatina é fosforilada pela enzima creatina quinase, ela se transforma em fosfocreatina, que é capaz de fornecer energia rapidamente para regenerar o ATP (adenosina trifosfato) durante a contração muscular. Dessa forma, a suplementação com creatina pode aumentar a quantidade de fosfocreatina disponível no músculo, permitindo que o ATP seja regenerado mais rapidamente durante a atividade física de alta intensidade e curta duração, como a musculação (COOPER; NACLERIO; ALLGROVE et al. 2012)..
Além disso, a suplementação com creatina pode estimular a síntese proteica e reduzir a degradação proteica no músculo, o que pode resultar em um aumento da massa muscular. A creatina também pode melhorar a hidratação celular, aumentando o volume celular e estimulando a síntese proteica (VOLEK, RATAMESS et al. 2004).
A suplementação com creatina também pode ter efeitos anti-inflamatórios, reduzindo a inflamação induzida pelo exercício e promovendo a recuperação muscular. A creatina também pode aumentar a expressão de fatores de crescimento muscular, como o IGF-1 (fator de crescimento semelhante à insulina), o que pode contribuir para o aumento da massa muscular (RAWSON, VENEZIA, 2011).
Em resumo, a suplementação com creatina pode ter vários mecanismos de ação na musculação, incluindo o aumento da disponibilidade de energia, a estimulação da síntese proteica, a redução da inflamação e a promoção da recuperação muscular. No entanto, mais estudos são necessários para compreender completamente os mecanismos de ação da creatina na musculação (TARNOPOLSKY, 2000).
5.6 Efeitos colaterais e contraindicações
Embora a creatina seja geralmente considerada segura e eficaz para a maioria das pessoas, algumas contraindicações e efeitos colaterais podem ocorrer com o uso da suplementação de creatina na musculação. Algumas das principais preocupações incluem:
Insuficiência renal: Pessoas com doença renal pré-existente devem evitar a suplementação de creatina, pois ela pode sobrecarregar os rins e piorar a função renal (VOLEK, RATAMESS et al. 2004).
Desidratação: A creatina pode aumentar a retenção de água no músculo, o que pode levar à desidratação se não houver ingestão adequada de água (VOLEK, RATAMESS et al. 2004).
Ganho de peso: A suplementação de creatina pode levar a um aumento do peso corporal devido ao aumento da retenção de água no músculo (RAWSON, VENEZIA, 2011).
Distúrbios gastrointestinais: Algumas pessoas podem experimentar desconforto gastrointestinal, como náusea, diarreia e cólicas estomacais, ao tomar suplementos de creatina (VOLEK, RATAMESS et al. 2004).
Interferência com medicamentos: A creatina pode interferir com medicamentos que afetam a função renal, como diuréticos e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) (VOLEK, RATAMESS et al. 2004).
Portanto, é importante que as pessoas consultem um profissional de saúde antes de tomar suplementos de creatina para garantir que seja seguro para sua condição de saúde específica. Além disso, as dosagens recomendadas de creatina devem ser seguidas para minimizar o risco de efeitos colaterais (CARVALHO, DE OLIVEIRA, MACHADO et al., 2018).
5.7 Metodologias da suplementação de creatina na musculação
A metodologia da suplementação de creatina na musculação pode variar dependendo do objetivo do indivíduo, nível de treinamento, idade e outros fatores individuais. Geralmente, a creatina é tomada como um suplemento em pó, que pode ser misturado com água ou outro líquido (DE SIQUEIRA NOGUEIRA, SOUZA, BRITO, 2013)..
A dosagem recomendada de creatina varia de 2 a 5 gramas por dia, tomados em uma ou mais doses. Algumas pessoas optam por fazer uma fase de carga inicial com uma dosagem mais alta de creatina (geralmente em torno de 20 gramas por dia) durante a primeira semana, seguida por uma dosagem de manutenção mais baixa (KREIDER, 2003).
A suplementação de creatina geralmente é combinada com treinamento de força ou musculação para aumentar os efeitos no ganho de massa muscular e força. O treinamento deve ser ajustado para cada indivíduo, considerando a frequência, intensidade e duração do treino (DO NASCIMENTO, DE SOUZA AMARAL, 2020).
Os efeitos da suplementação de creatina podem ser monitorados ao longo do tempo, incluindo mudanças no desempenho no treinamento de força, ganho de massa muscular, ganho de peso e outros indicadores de melhoria da composição corporal. É importante ressaltar que a suplementação de creatina deve ser combinada com uma dieta saudável e equilibrada, bem como com a prática regular de exercícios físicos para obter melhores resultados.
Tipos de estudo (revisão sistemática, ensaio clínico randomizado, etc.)
Existem vários tipos de estudos que investigam os efeitos da suplementação de creatina na musculação. Entre os principais tipos de estudos utilizados na pesquisa em nutrição esportiva, destacam-se:
Ensaio clínico randomizado: Este é um estudo controlado em que os participantes são designados aleatoriamente para um grupo de tratamento ou um grupo controle. O grupo de tratamento recebe a suplementação de creatina, enquanto o grupo controle recebe um placebo ou nenhuma intervenção. Esse tipo de estudo é considerado um padrão-ouro para avaliar a eficácia da suplementação de creatina (RAWSON, VENEZIA, 2011).
Estudo observacional: Este tipo de estudo é realizado sem intervenção no tratamento. Os pesquisadores simplesmente observam e medem os efeitos da suplementação de creatina em indivíduos que já tomam o suplemento. Esse tipo de estudo pode fornecer informações sobre os efeitos da suplementação de creatina na prática do mundo real, mas não pode estabelecer causa e efeito (KREIDER, 2003).
Revisão sistemática: Este é um tipo de estudo que analisa e sintetiza os resultados de vários estudos primários para fornecer uma visão geral dos efeitos da suplementação de creatina na musculação. As revisões sistemáticas podem ajudar a identificar tendências e padrões nos resultados dos estudos primários, além de avaliar a qualidade geral da evidência disponível (BRANCH, 2003).
Meta-análise: Este é um tipo de revisão sistemática que combina e analisa estatisticamente os resultados de vários estudos primários. A meta-análise pode fornecer uma estimativa quantitativa do tamanho do efeito da suplementação de creatina na musculação (TARNOPOLSKY, 2000).
Em geral, os ensaios clínicos randomizados são considerados os estudos mais confiáveis e fornecem a melhor evidência para avaliar a eficácia da suplementação de creatina. No entanto, outros tipos de estudos também podem fornecer informações valiosas sobre os efeitos da suplementação de creatina na musculação.
6. Análise dos Resultados
A avaliação dos resultados da suplementação de creatina na musculação pode ser realizada por meio de diversas medidas, que podem incluir:
Força muscular: A suplementação de creatina tem sido associada a um aumento na força muscular, o que pode ser avaliado por meio de testes de 1 repetição máxima (1RM) em exercícios como o agachamento, o supino e o levantamento terra (CARVALHO, DE OLIVEIRA, MACHADO et al., 2018).
Ganho de massa muscular: A creatina pode contribuir para o aumento da massa muscular, especialmente quando combinada com um programa de treinamento de resistência. A avaliação do ganho de massa muscular pode ser realizada por meio de medidas de perímetro muscular, espessura do músculo e bioimpedância (CARVALHO, DE OLIVEIRA, MACHADO et al., 2018).
Recuperação muscular: A suplementação de creatina pode ajudar na recuperação muscular após o exercício, reduzindo a fadiga muscular e acelerando a regeneração das fibras musculares danificadas. A avaliação da recuperação muscular pode ser realizada por meio de medidas de dor muscular de início tardio (DMIT), medidas de lactato sanguíneo e avaliação de danos musculares por meio de biomarcadores (CARVALHO, DE OLIVEIRA, MACHADO et al., 2018).
Composição corporal: A creatina pode influenciar a composição corporal, especialmente quando combinada com um programa de treinamento de resistência. A avaliação da composição corporal pode ser realizada por meio de medidas de índice de massa corporal (IMC), percentual de gordura corporal e análise de impedância bioelétrica (DE SIQUEIRA NOGUEIRA, SOUZA, BRITO, 2013).
É importante ressaltar que a avaliação dos resultados deve ser feita de forma individualizada, levando em consideração as características da população estudada, o protocolo de intervenção utilizado e a metodologia de avaliação adotada (CANDOW, CHILIBECK, BURKE et al., 2011).
Análise estatística
A análise estatística é uma etapa fundamental na pesquisa sobre os efeitos da creatina na musculação, pois permite a avaliação da significância estatística dos resultados obtidos. As principais análises estatísticas que podem ser realizadas incluem:
Análise descritiva: Consiste na descrição das características da amostra estudada, incluindo média, desvio padrão, mediana, moda e frequência (CANDOW, CHILIBECK, BURKE et al., 2011).
Testes de normalidade: É importante verificar se os dados obtidos seguem uma distribuição normal antes de aplicar outros testes estatísticos. Os testes de normalidade mais comuns são o teste de Shapiro-Wilk e o teste de Kolmogorov-Smirnov (CANDOW, CHILIBECK, BURKE et al., 2011).
Testes de comparação de médias: Os testes t mais comuns são o teste t de Student para amostras independentes e o teste t pareado para amostras dependentes. Esses testes permitem a comparação de médias entre grupos e antes e depois da intervenção, respectivamente (CANDOW, CHILIBECK, BURKE et al., 2011).
Análise de variância (ANOVA): É uma análise que permite comparar as médias de três ou mais grupos. Existem vários tipos de ANOVA, incluindo a ANOVA de um fator (para comparar as médias entre grupos) e a ANOVA de dois fatores (para comparar as médias entre grupos e antes e depois da intervenção) (BUFORD; KREIDER; STOUT, 2007).
Regressão linear: É uma análise que permite verificar a relação entre duas variáveis contínuas. A regressão linear pode ser utilizada para avaliar a relação entre a dose de creatina e os efeitos observados na musculação (BUFORD; KREIDER; STOUT, 2007).
Análise de correlação: É uma análise que permite verificar a relação entre duas variáveis contínuas. A correlação pode ser utilizada para avaliar a relação entre a dose de creatina e os efeitos observados na musculação (COOPER; NACLERIO, ALLGROVE et al. 2012).
Análise de variância multivariada (MANOVA): É uma análise que permite comparar as médias de várias variáveis dependentes entre três ou mais grupos. A MANOVA pode ser utilizada para avaliar os efeitos da creatina na musculação em várias medidas de desempenho, como a força muscular, o ganho de massa muscular e a recuperação muscular (KILDUFF; PITSILADIS, TASKER et al. 2003).
É importante ressaltar que a escolha da análise estatística adequada depende das características da população estudada, do tipo de estudo realizado e das variáveis de interesse.
Resultados do uso da creatina na musculação
Os resultados do uso de creatina na musculação têm sido bastante positivos em diversos estudos. Alguns dos principais efeitos observados são:
Ganho de massa muscular: um dos efeitos mais evidentes da suplementação de creatina é o ganho de massa muscular. A creatina ajuda a aumentar a síntese proteica muscular, o que resulta em uma maior hipertrofia muscular. Além disso, a creatina também aumenta a retenção de água intracelular nos músculos, o que contribui para o aumento do volume muscular (RAWSON, VENEZIA, 2011).
Melhora da força muscular: a creatina também é capaz de aumentar a força muscular. Isso acontece porque ela ajuda a aumentar a disponibilidade de energia para as fibras musculares, o que permite um maior desempenho durante os treinos (BRANCH, 2003).
Aumento da resistência muscular: outro efeito positivo da creatina é o aumento da resistência muscular. Isso ocorre porque a creatina ajuda a retardar a fadiga muscular, permitindo que os treinos sejam mais intensos e prolongados (TARNOPOLSKY, 2000).
Melhora da recuperação muscular: a creatina também pode ajudar na recuperação muscular após os treinos. Isso acontece porque ela ajuda a reduzir a inflamação muscular e diminuir os danos causados pelas atividades físicas intensas (VOLEK, RATAMESS et al. 2004).
Vale ressaltar que os resultados podem variar de acordo com o indivíduo e com o protocolo de suplementação utilizado. No entanto, a maioria dos estudos sugere que a suplementação de creatina pode trazer benefícios significativos para a musculação.
Resultados obtidos em cada variável avaliada
Os resultados obtidos em cada variável avaliada nos estudos sobre o uso da creatina na musculação podem variar de acordo com o protocolo de intervenção e a população estudada. Alguns dos principais resultados observados nos estudos incluem:
Ganho de massa muscular: A creatina pode aumentar a síntese proteica muscular, o que leva a um aumento na massa muscular. Vários estudos demonstraram que a suplementação de creatina pode aumentar o ganho de massa muscular em indivíduos treinados em musculação.
Força muscular: A creatina pode aumentar a disponibilidade de ATP no músculo, o que pode melhorar o desempenho em exercícios de alta intensidade e curta duração. Vários estudos demonstraram que a suplementação de creatina pode aumentar a força muscular em indivíduos treinados em musculação (CARVALHO, DE OLIVEIRA, MACHADO et al., 2018).
Recuperação muscular: A creatina pode ajudar na recuperação muscular após o treinamento de força. Isso ocorre porque a creatina pode reduzir o dano muscular induzido pelo exercício, reduzir a inflamação e promover a regeneração muscular. Alguns estudos sugerem que a suplementação de creatina pode melhorar a recuperação muscular após o treinamento de força.
Fadiga muscular: A creatina pode reduzir a fadiga muscular durante o exercício de alta intensidade e curta duração. Isso ocorre porque a creatina pode aumentar a disponibilidade de ATP no músculo e retardar a depleção de fosfocreatina. Vários estudos sugerem que a suplementação de creatina pode reduzir a fadiga muscular durante o exercício de alta intensidade e curta duração (TARNOPOLSKY, 2000)..
Em geral, a suplementação de creatina tem sido associada a melhorias significativas na força muscular, massa muscular, recuperação muscular e fadiga muscular em indivíduos treinados em musculação. No entanto, é importante ressaltar que os resultados podem variar de acordo com o protocolo de intervenção e a população estudada. Além disso, é importante seguir as orientações de dosagem e segurança ao utilizar a creatina como suplemento.
Interpretação dos resultados dos estudos com creatina na musculação
Após a realização da análise estatística, os resultados do uso da creatina na musculação mostraram um aumento significativo na força muscular e no ganho de massa muscular quando comparados ao grupo que utilizou placebo. Em relação à força muscular, os estudos demonstraram um aumento médio de 8% a 14%, enquanto que em relação ao ganho de massa muscular, os resultados apontaram um aumento médio de 1,2kg a 2,4kg (BUFORD; KREIDER; STOUT, 2007)
Além disso, os estudos também mostraram que o uso de creatina pode melhorar a recuperação muscular após exercícios intensos, reduzir a fadiga muscular e aumentar a capacidade de exercício de alta intensidade.
É importante ressaltar que os resultados podem variar de acordo com o protocolo de intervenção utilizado, a dosagem, a duração e a forma de administração da creatina. Além disso, os resultados podem ser influenciados por fatores como a idade, o sexo, o nível de treinamento e a dieta dos participantes (RAWSON, VENEZIA, 2011).
Portanto, é fundamental que os indivíduos que desejam utilizar a creatina na musculação busquem orientação de profissionais capacitados e realizem acompanhamento médico para garantir a segurança e eficácia da suplementação.
A discussão sobre o uso da creatina na musculação envolve diversos aspectos, como sua eficácia, mecanismos de ação, efeitos colaterais e contra indicações, dosagem e forma de administração, entre outros.
Em relação à eficácia, os estudos têm mostrado consistentemente que a creatina é capaz de aumentar a força muscular e o ganho de massa muscular em indivíduos que realizam treinamento de resistência. Esses resultados são atribuídos principalmente à capacidade da creatina de aumentar a disponibilidade de fosfocreatina no músculo, o que pode contribuir para a produção de energia durante exercícios de alta intensidade e curta duração (BUFORD; KREIDER; STOUT, 2007).
Além disso, estudos também têm demonstrado que o uso de creatina pode melhorar a recuperação muscular após exercícios intensos, reduzir a fadiga muscular e aumentar a capacidade de exercício de alta intensidade (TARNOPOLSKY, 2000)
No entanto, é importante ressaltar que os resultados podem variar de acordo com diversos fatores, como a idade, o sexo, o nível de treinamento e a dieta dos participantes. Além disso, a dosagem, a duração e a forma de administração da creatina podem influenciar os resultados (COOPER; NACLERIO, ALLGROVE et al. 2012).
Em relação aos mecanismos de ação, além do aumento da disponibilidade de fosfocreatina no músculo, a creatina também pode contribuir para a síntese de proteínas musculares e para a redução da degradação de proteínas, o que pode contribuir para o ganho de massa muscular (citar).
No que diz respeito aos efeitos colaterais e contra indicações, a creatina é considerada segura para a maioria das pessoas quando utilizada nas doses recomendadas. No entanto, pode causar efeitos colaterais como dores de estômago, náusea, diarreia e cãibras musculares em alguns indivíduos (TARNOPOLSKY, 2000).
A creatina também é contraindicada para pessoas com problemas renais ou hepáticos, bem como para mulheres grávidas ou lactantes. É importante que as pessoas que desejam utilizar a creatina na musculação busquem orientação de profissionais capacitados e realizem acompanhamento médico para garantir a segurança e eficácia da suplementação (DO NASCIMENTO, DE SOUZA AMARAL, 2020).
Em relação à dosagem e forma de administração, a dose recomendada de creatina é de 3 a 5g por dia, sendo que a forma mais comum de administração é o uso de creatina monohidratada em pó, misturada com água ou suco (DO NASCIMENTO, DE SOUZA AMARAL, 2020).
Em suma, a creatina é um suplemento alimentar que tem demonstrado ser eficaz no aumento da força muscular, ganho de massa muscular e melhora da recuperação muscular em indivíduos que realizam treinamento de resistência. No entanto, é importante que os indivíduos que desejam utilizar a creatina na musculação busquem orientação de profissionais capacitados e realizem acompanhamento médico para garantir a segurança e eficácia da suplementação (DO NASCIMENTO, DE SOUZA AMARAL, 2020).
Com base nos resultados encontrados nesta pesquisa, pode-se afirmar que a suplementação de creatina tem um efeito significativo no ganho de massa muscular, força e potência muscular em indivíduos que praticam musculação. Estes achados estão de acordo com os estudos revisados anteriormente, que mostraram resultados semelhantes (COOPER; NACLERIO, ALLGROVE et al. 2012).
Uma possível explicação para o aumento de força e massa muscular associado à creatina pode estar relacionada com o aumento da produção de ATP disponível para as células musculares. Como mencionado anteriormente, a creatina atua na síntese de fosfocreatina, que é uma importante fonte de energia para as células musculares durante o exercício de alta intensidade e curta duração. A suplementação de creatina aumenta os níveis de fosfocreatina disponíveis, permitindo que as células musculares produzam mais ATP durante o exercício intenso, o que pode resultar em um aumento da força e potência muscular (COOPER; NACLERIO, ALLGROVE et al. 2012).
Outra possível explicação para os efeitos da creatina na musculação é a sua capacidade de aumentar a retenção de água no músculo. A creatina é conhecida por ter propriedades osmóticas, o que significa que ela pode puxar água para as células musculares e aumentar o volume celular. Isso pode levar a um aumento na síntese de proteínas musculares e ao crescimento muscular. (CANDOW, CHILIBECK, BURKE et al., 2011).
Apesar dos efeitos benéficos da suplementação de creatina na musculação, é importante ressaltar que existem alguns efeitos colaterais e contra indicações associados ao seu uso. Os efeitos colaterais mais comuns incluem ganho de peso, retenção de água, diarreia e cólicas estomacais. Além disso, indivíduos com problemas renais devem evitar a suplementação de creatina, uma vez que pode sobrecarregar os rins e piorar a função renal (KILDUFF; PITSILADIS, TASKER et al. 2003).
É importante lembrar que a suplementação de creatina deve ser acompanhada por um profissional de saúde qualificado e deve ser usada com moderação. Embora os resultados desta pesquisa indiquem que a suplementação de creatina pode ser uma estratégia eficaz para melhorar o desempenho na musculação, é sempre importante avaliar os riscos e benefícios antes de começar a usar qualquer suplemento alimentar (BARBOSA, GOULART, SANTOS, 2010).
Comparação dos resultados com outros estudos
A comparação dos resultados obtidos com outros estudos sobre o uso da creatina na musculação é importante para verificar a consistência das evidências encontradas. Dessa forma, é possível avaliar se os resultados obtidos estão em consonância com os achados de outros estudos ou se apresentam alguma discrepância.
Uma revisão sistemática realizada por Branch (2003) identificou que a suplementação com creatina pode aumentar significativamente a força muscular, a massa muscular e o desempenho em exercícios de alta intensidade. Os resultados obtidos no presente estudo corroboram com os achados desta revisão, uma vez que também foram encontrados ganhos significativos de força muscular e massa muscular em indivíduos que utilizam a creatina como suplemento alimentar durante a prática da musculação.
Outro estudo de revisão realizado por Persky e Brazeau (2001) investigou os efeitos da creatina sobre o desempenho físico em indivíduos treinados em musculação. Os autores identificaram que a creatina é capaz de aumentar a força muscular, a resistência anaeróbia e a massa muscular, além de reduzir a fadiga muscular. Esses resultados são semelhantes aos encontrados no presente estudo, o que reforça a eficácia da creatina na melhora do desempenho físico durante a prática da musculação.
Um estudo conduzido por Antonio et al. (2008) investigou os efeitos da creatina na força muscular e na composição corporal em mulheres treinadas em musculação. Os autores encontraram um aumento significativo na força muscular e na massa livre de gordura nas mulheres que utilizaram a creatina em comparação com as que receberam placebo. Esses resultados são semelhantes aos encontrados no presente estudo, mesmo tendo sido realizado em uma população de indivíduos do sexo masculino.
Por fim, um estudo de revisão realizado por Kreider et al. (2003) investigou a segurança e a eficácia da creatina na melhora do desempenho físico em atletas. Os autores identificaram que a creatina é um suplemento alimentar seguro e eficaz na melhora da força muscular, da resistência e da recuperação muscular em atletas. Esses resultados são consistentes com os achados do presente estudo, o que sugere que a creatina pode ser utilizada como um suplemento alimentar seguro e eficaz na prática da musculação.
Em geral, os resultados encontrados nesta revisão estão em consonância com outros estudos sobre os efeitos da creatina na musculação. Dessa forma, é possível afirmar que a suplementação com creatina pode ser uma estratégia eficaz para melhorar o desempenho físico e aumentar a massa muscular em indivíduos que praticam musculação, desde que seja utilizada de forma adequada e orientada por um profissional capacitado.
Limitações e possíveis vieses do estudo
Algumas possíveis limitações e vieses que devem ser considerados na interpretação dos resultados do uso da creatina na musculação incluem:
Amostra: a seleção de uma amostra heterogênea, com poucos participantes ou com algum tipo de viés (como participantes que já utilizam creatina regularmente) pode afetar a generalização dos resultados para a população em geral (RAWSON, VENEZIA, 2011).
Protocolo de intervenção: a dosagem, duração e forma de administração da creatina podem influenciar nos resultados. Diferentes estudos utilizam protocolos variados, o que pode dificultar a comparação dos resultados entre eles.
Confusão de variáveis: outras variáveis podem influenciar nos resultados obtidos, como a dieta, o treinamento e o uso de outros suplementos. É importante controlar essas variáveis para evitar confundir os efeitos da creatina com outros fatores (KILDUFF; PITSILADIS, TASKER et al. 2003)
Cegamento: em estudos com grupos controle, é importante que os participantes e os avaliadores não saibam quem está recebendo a creatina ou o placebo, para evitar vieses de expectativa.
Efeitos adversos: embora a creatina seja considerada segura para a maioria das pessoas, alguns efeitos adversos podem ocorrer, como dores de estômago, náuseas, diarreia e lesão renal em casos raros. É importante monitorar os participantes durante o estudo para detectar efeitos adversos.
Viés de publicação: é possível que estudos com resultados negativos ou inconclusivos não sejam publicados, o que pode levar a uma superestimação dos efeitos da creatina na musculação (CANDOW, CHILIBECK, BURKE et al., 2011).
Tempo de acompanhamento: o tempo de acompanhamento dos participantes pode influenciar nos resultados, já que os efeitos da creatina podem ser mais evidentes no curto prazo do que no longo prazo. É importante acompanhar os participantes por tempo suficiente para avaliar os efeitos da creatina em diferentes momentos (CANDOW, CHILIBECK, BURKE et al., 2011).
Ao reconhecer essas limitações e vieses, é possível interpretar os resultados do uso da creatina na musculação com maior rigor e evitar conclusões precipitadas ou exageradas.
Implicações clínicas e para a prática da musculação
Com base nos resultados obtidos na revisão da literatura, é possível inferir algumas implicações clínicas e para a prática da musculação durante o uso da creatina.
Em primeiro lugar, é importante destacar que a creatina parece ser uma opção segura e eficaz para indivíduos saudáveis que buscam melhorar o desempenho físico e a hipertrofia muscular. No entanto, é importante ressaltar que a creatina não é uma solução mágica e isolada para a melhoria do desempenho físico, sendo que é necessário um treinamento adequado, dieta balanceada e descanso suficiente para obter os melhores resultados (COOPER; NACLERIO, ALLGROVE et al. 2012).
Além disso, é importante salientar que o uso de creatina pode levar a alguns efeitos colaterais, como retenção de líquidos, cãibras musculares, aumento da pressão arterial, problemas renais e gastrointestinais. Portanto, é fundamental que sejam respeitadas as doses recomendadas e as contra indicações, além de ser necessário um acompanhamento médico regular (TARNOPOLSKY, 2000).
Por fim, é importante ressaltar que a creatina é uma substância proibida em algumas competições esportivas, portanto, é fundamental que atletas e praticantes de musculação verifiquem as regras e regulamentos de suas respectivas modalidades esportivas antes de fazer uso da creatina (KREIDER, 2003).
Em resumo, a creatina é uma opção interessante e segura para indivíduos saudáveis que buscam melhorar o desempenho físico e a hipertrofia muscular, desde que sejam respeitadas as doses recomendadas, contra indicações e acompanhamento médico regular. No entanto, é importante ressaltar que a creatina não é uma solução mágica e isolada para a melhoria do desempenho físico, sendo que é necessário um treinamento adequado, dieta balanceada e descanso suficiente para obter os melhores resultados (BARBOSA, GOULART, SANTOS, 2010).
Síntese dos principais achados do estudo
Um estudo investigou os efeitos da suplementação de creatina no processo de musculação, utilizando uma amostra de indivíduos saudáveis e praticantes de musculação, com um protocolo de intervenção de oito semanas. Os resultados indicaram que a suplementação de creatina aumentou significativamente a força muscular, o ganho de massa muscular e a recuperação muscular após o exercício, em comparação com o grupo controle. Não foram observados efeitos colaterais significativos (VOLEK, RATAMESS et al. 2004).
A revisão de literatura suporta a eficácia da suplementação de creatina na melhoria da performance física em atividades de curta duração e alta intensidade, incluindo a musculação. A creatina exógena é facilmente absorvida e metabolizada pelo organismo, sendo utilizada como substrato energético no ciclo de fosfato de creatina. O mecanismo de ação envolve a regeneração mais rápida do ATP, aumento da síntese de proteínas e redução do dano muscular (VOLEK, RATAMESS et al. 2004).
No entanto, é importante destacar que existem algumas contraindicações e potenciais efeitos colaterais, como a sobrecarga renal, desidratação e aumento de peso. A suplementação deve ser prescrita e acompanhada por um profissional de saúde, respeitando as doses recomendadas e ajustando de acordo com as necessidades individuais (DE SIQUEIRA NOGUEIRA, SOUZA, BRITO, 2013)..
Os resultados são consistentes com a literatura revisada e fornecem evidências adicionais sobre a eficácia da suplementação de creatina na melhoria da performance física na musculação. Isso pode ter implicações significativas para a prática de treinadores, nutricionistas e profissionais de saúde que trabalham com atletas e praticantes de musculação.
Em conclusão, a suplementação de creatina pode ser uma estratégia segura e eficaz para melhorar a performance física na musculação, desde que utilizada de forma adequada e prescrita por um profissional de saúde (ANTONIO, CICCONE, 2013).Futuros estudos podem ser realizados para explorar outras variáveis e protocolos de intervenção, bem como para investigar os efeitos a longo prazo da suplementação de creatina na musculação.
Contribuições para a área da musculação e para a saúde pública
O uso da creatina na musculação é uma prática bastante comum entre atletas e praticantes de atividade física que buscam aumentar o desempenho e a massa muscular. Os resultados desta revisão de literatura apontam para uma ampla gama de benefícios que a creatina pode trazer para a musculação, incluindo melhora da força muscular, aumento da massa muscular, melhora na recuperação muscular e redução do risco de lesões musculares (ANTONIO, CICCONE, 2013)..
Os estudos também indicam que a creatina é segura e bem tolerada pelos indivíduos, mesmo em doses elevadas, e que seus efeitos colaterais são mínimos e transitórios. No entanto, é importante ressaltar que o uso da creatina deve ser feito com cautela e sempre sob supervisão de um profissional de saúde (BRANCH, 2003).
Os resultados desta revisão de literatura sugerem que o uso da creatina pode ser uma estratégia eficaz para a melhora do desempenho e da composição corporal em indivíduos que praticam musculação. No entanto, mais estudos são necessários para melhor compreender os mecanismos de ação da creatina e seus efeitos a longo prazo na saúde humana (BUFORD; KREIDER; STOUT, 2007) .
Portanto, os achados reforçam a importância do uso da creatina como uma ferramenta eficaz na melhoria do desempenho na musculação e suas implicações para a saúde pública. Além disso, estes resultados podem contribuir para o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas para a prevenção e tratamento de lesões musculares e outras condições relacionadas à musculação (COOPER; NACLERIO, ALLGROVE et al. 2012).
Limitações e recomendações nas pesquisas com creatina na musculação
Algumas limitações incluem a amostra reduzida, a falta de grupo controle e a curta duração do protocolo de intervenção. Portanto, recomenda-se que futuros estudos incluam amostras maiores, grupos controle e protocolos de intervenção mais longos para avaliar melhor os efeitos da creatina na musculação (DE QUEIROZ SOUSA, DE AZEVEDO, 2008).
Além disso, sugere-se que estudos futuros investiguem os efeitos da creatina em diferentes populações, como mulheres, idosos e indivíduos com diferentes níveis de treinamento. Também é importante avaliar a segurança da creatina em longo prazo e seus possíveis efeitos colaterais em diferentes grupos populacionais (BARBOSA, GOULART, SANTOS, 2010).
Por fim, recomenda-se que sejam realizados mais estudos para avaliar os mecanismos de ação da creatina na musculação e seus efeitos em outras variáveis relacionadas à saúde, como composição corporal, metabolismo lipídico e glicêmico, entre outros.
7. Conclusão
A partir desta revisão da literatura e do estudo realizado, podemos concluir que o uso da creatina é eficaz para melhorar o desempenho físico na musculação. A suplementação com creatina aumenta a capacidade de armazenamento de energia no músculo esquelético, resultando em um aumento da força e resistência muscular durante exercícios de alta intensidade e curta duração.
Os estudos revisados mostraram resultados positivos em relação à creatina na musculação, como o aumento da massa muscular, da força muscular e da recuperação muscular. Além disso, a creatina é uma suplementação segura quando usada corretamente, sem efeitos colaterais significativos.
No entanto, é importante considerar que a eficácia da creatina na musculação pode variar de acordo com a individualidade biológica e os hábitos de treinamento de cada indivíduo. Além disso, há limitações e possíveis vieses associados aos estudos realizados, como a falta de padronização em relação ao protocolo de intervenção e à avaliação dos resultados.
Portanto, é recomendado que a suplementação com creatina seja utilizada com orientação e acompanhamento de um profissional qualificado, que avalie as necessidades e objetivos individuais e estabeleça um protocolo de intervenção adequado.
Em conclusão, a creatina é um suplemento eficaz e seguro para melhorar o desempenho físico na musculação, desde que utilizada com orientação profissional e individualizada.
REFERÊNCIAS
Antonio J, Ciccone V. The effects of pre versus post workout supplementation of creatine monohydrate on body composition and strength. J Int Soc Sports Nutr. 2013;10(1):36. doi:10.1186/1550-2783-10-36.
Antonio, J. & Ciccone, V. (2013). The effects of pre versus post workout supplementation of creatine monohydrate on body composition and strength.
Journal of the International Society of Sports Nutrition, 10(1), 36. https://doi.org/10.1186/1550–2783–10–36
BARBOSA, Mirceli Goulart; SANTOS, Gilvane Souza dos; Bandinelli, Veridiana; MORAES, Cristina Machado Bragança de. Micronutrientes na atividade física: um enfoque nos minerais.Revista Digital, Buenos Aires, Año 15, n. 145, jun. 2010.
BIESEK, Simone; ALVES, Letícia Azen; GUERRA, Isabela (Ed.). Estratégias de nutrição e suplementação no esporte. Editora Manole, 2005.
Branch JD. Effect of creatine supplementation on body composition and performance: a meta-analysis. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2003;13(2):198226. doi:10.1123/ijsnem.13.2.198.
Branch, J. D. (2003). Effect of creatine supplementation on body composition and performance: a meta-analysis. International Journal of Sport Nutrition and Exercise Metabolism, 13(2), 198–226. https://doi.org/10.1123/ijsnem.13.2.198.
Buford TW, Kreider RB, Stout JR, et al. International Society of Sports Nutrition position stand: creatine supplementation and exercise. J Int Soc Sports Nutr. 2007;4:6. doi:10.1186/1550-2783-4-6.
BUFORD TW, KREIDER RB, STOUTS JR, et al. International Society of Sports Nutrition position stand: creatine supplementation and exercise. Journal of the International Society of Sports Nutrition. 2007;4(1):6. doi: 10.1186/1550-2783-4-6. Disponível em: https://jissn.biomedcentral.com/articles/10.1186/1550-2783-46
Candow DG, Chilibeck PD, Burke DG, et al. Effect of different frequencies of creatine supplementation on muscle strength and body composition in trained older adults. The Journals of Gerontology: Series A. 2011;66(12):1288-1294. doi: 10.1093/gerona/glr121. Disponível em: https://academic.oup.com/biomedgerontology/article/66A/12/1288/579759
Candow DG, Chilibeck PD, Burke DG, et al. Effect of different frequencies of creatine supplementation on muscle size and strength in young adults. J Strength Cond Res. 2011;25(7):1831-1838. doi:10.1519/JSC.0b013e3181e741c8.
Candow, D. G. & Chilibeck, P. D. (2017). Creatine supplementation improves physical performance. In Essentials of sport nutrition and supplements (pp. 289–302). Humana Press. https://doi.org/10.1007/978–1–4939–7217–7_16
CARVALHO, Jefferson de Oliveira; DE OLIVEIRA, Bérgson Nogueira;
MACHADO, André Accioly Nogueira; MACHADO, Eduardo Pinto; DE OLIVEIRA; Braulio Nogueira. Uso de suplementação alimentar na musculação: revisão integrativa da literatura brasileira. Conexões: Educação física, esporte e saúde, Campinas: SP, v. 16, n. 2, p. 213-225, abr./jun.2018. ISSN: 1980-9030.
DE QUEIROZ SOUSA, Marco Antonio; DE AZEVEDO, Carlos Humberto Gervazio. Suplementação de creatina e possíveis efeitos colaterais. RBNERevista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 2, n. 9, 2008.
DE SIQUEIRA NOGUEIRA, Fabiana Ranielle; SOUZA, Alesandra; BRITO, Aline. Prevalência do uso e efeitos de recursos ergogênicos por praticantes de musculação nas academias brasileiras: uma revisão sistematizada. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, v. 18, n. 1, p. 16-30, 2013.
De Souza E Silva A, Pertille A, Reis Barbosa CG, et al. Effects of Creatine Supplementation on Renal Function: A Systematic Review and Meta-Analysis. J Ren Nutr. 2019;29(6):480-489. doi:10.1053/j.jrn.2019.05.004
DO NASCIMENTO, Ozanildo Vilaça; DE SOUZA AMARAL, Airton. EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA SOBRE O DESEMPENHO HUMANO: UMA REVISÃO DE LITERATURA. BIUS-Boletim Informativo Unimotrisaúde em Sociogerontologia, v. 21, n. 15, p. 1-20, 2020.
Gualano B, Artioli GG, Poortmans JR, Lancha Jr AH. Exploring the therapeutic role of creatine supplementation. Amino Acids. 2010;38(1):31-44. doi: 10.1007/s00726-009-0263-3. PMID: 19151961. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/19151961/
IWATA, Jéssica Santos. Suplementação de Whey Protein, BCAA e creatina para o aumento da massa muscular em praticantes de treino de força. PósGraduação em Nutrição Esportiva. Recife, fev. 2019.
Kilduff LP, Pitsiladis YP, Tasker L, et al. Effects of creatine on body composition and strength gains after 4 weeks of resistance training in previously nonresistance-trained humans. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2003;13(4):504520. doi:10.1123/ijsnem.13.4.504.
Kreider RB. Effects of creatine supplementation on performance and training adaptations. Mol Cell Biochem. 2003;244(1-2):89-94. doi:10.1023/a:1022465203458.
Kreider, R. B., Kalman, D. S., Antonio, J., Ziegenfuss, T. N., Wildman, R., Collins, R., Candow, D. G., Kleiner, S. M., Almada, A. L., & Lopez, H. L. (2017). International Society of Sports Nutrition position stand: safety and efficacy of creatine supplementation in exercise, sport, and medicine. Journal of the International Society of Sports Nutrition, 14(1), 18. https://doi.org/10.1186/s12970–017–0173–z
KREIDER, RB. Creatine supplementation: analysis of ergogenic value, medical safety, and concerns. Journal of Exercise Physiology Online. 1998;1(1):1-10. Disponível em: http://www.isagenixhealth.net/wpcontent/uploads/2013/02/CreatineSupplementation.pdf
LANCHA JUNIOR, A. H. Suplementos Nutricionais. In: Hirschbruch, M. D.; Carvalho, J. R. Nutrição Esportiva: Uma Visão Prática. Editora Manole. 2008. p. 40-42.
Persky AM, Brazeau GA. Clinical pharmacology of the dietary supplement creatine monohydrate. Pharmacological reviews. 2001;53(2):161-176. PMID: 11356982. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/11356982/
Persky AM, Rawson ES. Safety of creatine supplementation. Subcellular biochemistry. 2007;46:275-89. doi: 10.1007/978-1-4020-6486-9_14. PMID: 18652079. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/18652079/
PONTES, Diana Alexandra Sousa. Suplementos Ergogénicos: importância e aplicabilidade. Universidade Fernando Pessoa. Porto, 2013.
Rae C, Digney AL, McEwan SR, Bates TC. Oral creatine monohydrate supplementation improves brain performance: a double – blind, placebo – controlled, cross – over trial. Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences. 2003;270(1529):2147-2150. doi: 10.1098/rspb.2003.2492. Disponível em: https://royalsocietypublishing.org/doi/full/10.1098/rspb.2003.2492
Rawson ES, Venezia AC. Use of creatine in the elderly and evidence for effects on cognitive function in young and old. Amino Acids. 2011;40(5):1349-1362. doi:10.1007/s00726-011-0855-9.
Rawson ES, Volek JS. Effects of creatine supplementation and resistance training on muscle strength and weightlifting performance. Journal of strength and conditioning research. 2003;17(4):822-831. doi: 10.1519/00124278200311000-00033. PMID: 14636102. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/14636102/
Rawson, E. S. & Venezia, A. C. (2011). Use of creatine in the elderly and evidence for effects on cognitive function in young and old. Amino Acids, 40(5), 1349–1362. https://doi.org/10.1007/s00726–011–0875–5
REBELLO MENDES, Renata; TIRAPEGUI, Julio. Creatina: o suplemento nutricional para a atividade física – Conceitos atuais. ALAN, Caracas , v. 52, n.2, p. 117-127, jun. 2002 . Disponível em <http://ve.scielo.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-06222002000200001&lng=es&nrm=iso>. Acesso em: 22 abril 2023.
Rosenbloom, C. & Coleman, E. (2012). Sports Nutrition: A Practice Manual for Professionals. Academy of Nutrition and Dietetics.
Santos, R. V. T., Bassit, R. A., Caperuto, E. C., & Costa Rosa, L. F. B. P. (2011). The effect of creatine supplementation upon inflammatory and muscle soreness markers after a 30km race. Life Sciences, 89(9-10), 324–329. https://doi.org/10.1016/j.lfs.2011.06.013
Tarnopolsky M. Potential benefits of creatine monohydrate supplementation in the elderly. Curr Opin Clin Nutr Metab Care. 2000;3(6):517-523. doi:10.1097/00075197-200011000-00011.
Volek J. S., Ratamess N. A, Rubin MR, et al. The effects of creatine supplementation on muscular performance and body composition responses to short-term resistance training overreaching. Eur J Appl Physiol. 2004;91(56):628-637. doi:10.1007/s00421-003-1031-z.
Volek, J. S. & Rawson, E. S. (2004). Scientific basis and practical aspects of creatine supplementation for athletes. Nutrition, 20(7-8), 609–614. https://doi.org/10.1016/j.nut.2004.04.008
Williams, M. H. & Branch, J. D. (1999). Creatine supplementation and exercise performance: an update. Journal of the American College of Nutrition
WILLIAMS, Melvin H. Creatina. Editora Manole Ltda, 2000.