O TRÍCEPS SURAL COMO UMA BOMBA CARDIOVASCULAR

THE TRÍCEPS SURAE AS A CARDIOVASCULAR PUMP

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202412092136


Mateus Rodrigues de Deus1;
Ana Julia Kuhn Zary2;
Mariluce Ferreira Romão3


Resumo

Objetivo: Este estudo visa realizar uma revisão integrativa sobre a anatomia da panturrilha destacando sua função como “segundo coração” e os mecanismos de bomba muscular, bem como as implicações na circulação venosa. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa com seleção de informações publicadas entre 2020 e 2024. A pesquisa foi realizada em bibliotecas virtuais, utilizando os descritores “anatomy”, “calf”, “second heart”, “venous circulation”, “function”. Foram incluídos apenas textos em português e inglês. Resultados: A análise dos dados revelou que a panturrilha funciona como uma bomba muscular, visto que ela é essencial para o retorno venoso da extremidade inferior e influencia a pré-carga e o débito cardíaco. Foi feita uma pesquisa na qual foram analisados 2.728 pacientes adultos, submetidos à pletismografia de strain gauge venoso, excluindo aqueles com condições que poderiam interferir nos resultados. Os resultados mostraram que pacientes com a bomba muscular da panturrilha (CMP) prejudicada eram mais velhos, predominantemente do sexo feminino e apresentavam maior comorbidade. Conclusão: A estrutura muscular e a função da bomba muscular da panturrilha são cruciais para o desempenho físico e para a prevenção de complicações, especialmente em populações idosas e em pacientes com condições crônicas, como insuficiência venosa e claudicação arterial.

Palavras-chaves: Panturrilha, Circulação, Idosos, Fortalecimento muscular.

Abstract

Objective: This study aims to carry out an integrative review on the anatomy of the calf, highlighting its function as a “second heart” and the muscular pump mechanisms, as well as the implications for venous circulation. Methodology: An integrative review was carried out with a selection of information published between 2020 and 2024. The research was carried out in virtual libraries, using the descriptors “anatomy”, “calf”, “second heart”, “venous circulation”, “function”. Only texts in Portuguese and English were included. Results: Data analysis revealed that the calf functions as a muscular pump, as it is essential for venous return from the lower extremity and influences preload and cardiac output. A survey was carried out in which 2,728 adult patients who underwent venous strain gauge plethysmography were analyzed, excluding those with conditions that could interfere with the results. The results showed that patients with impaired calf muscle pump (CMP) were older, predominantly female and had greater comorbidity. Conclusion: The muscular structure and function of the calf muscle pump are crucial for physical performance and the prevention of complications, especially in elderly populations and in patients with chronic conditions such as venous insufficiency and arterial claudication.

Keywords: Calf, Circulation, Elderly, Muscle strengthening.

Introdução

A palavra “panturrilha” tem origem no termo latino sura, que designa a proeminente massa muscular localizada na região posterior da perna (REZENDE, A. M.; BIANCHET, S. B., 2014). Ao considerar sua anatomia, os músculos superficiais do compartimento posterior da perna incluem o tríceps sural e o plantar. O termo “tríceps sural” designa os músculos da panturrilha, que incluem as cabeças lateral e medial do gastrocnêmio e o músculo sóleo. O gastrocnêmio encontra-se mais superficialmente e forma a característica proeminência da panturrilha, enquanto o sóleo, é mais profundo, largo e plano. (TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B., 2023).

A estrutura robusta dos músculos do tríceps sural desempenha um papel crucial na manutenção da circulação venosa dos membros inferiores. A irrigação desses músculos é proveniente da artéria poplítea, já o retorno venoso envolve um sistema de veias dividido em superficiais e profundas. A rede de veias superficiais é composta pelas veias safena, magna e safena parva, estas, encontram-se externas à fáscia muscular e, portanto, não são afetadas pela contração dos músculos. Já as veias profundas, incluindo a poplítea, tibial anterior, tibial posterior e fibular, são comprimidas pela ação muscular, facilitando o retorno do sangue ao coração ‌(BINSTEAD, J. T.; MUNJAL, A.; VARACALLO, M., 2023).

O retorno do sangue venoso ao coração nos membros inferiores é um processo desafiador, uma vez que o sangue precisa vencer a gravidade. Esse retorno é mediado pela ação de três bombas: cardíaca, respiratória e de músculo esquelético. A bomba musculoesquelética envolve a contração muscular e um importante sistema de válvulas venosas (II, A. F. D.; AGUR, A. M. R., 2024).  As válvulas consistem em dobras da túnica íntima em forma de meia-lua, que se projetam para o interior do lúmen do vaso, elas são compostas de tecido conjuntivo rico em fibras elásticas e atuam de forma unidirecional, evitando o refluxo do sangue. Já a contração do tríceps sural tem a função de comprimir as veias e impulsionar o sangue para cima, em direção ao coração (JUNQUEIRA, L. C. U.; CARNEIRO, J., 2023)

O processo de retorno sanguíneo é dinâmico e varia de acordo com a posição do indivíduo. Em posição ortostática e de repouso as válvulas venosas proximal e distal das pernas estão abertas, permitindo que o sangue flua para cima em direção ao coração.  Ao caminhar é iniciada uma ação denominada de ordenha, que se inicia com a contração dos músculos, que comprimem a veia, impulsionando o sangue pela válvula proximal e, simultaneamente, a válvula distal do segmento não comprimido da veia se fecha ao sentir a pressão. Logo após o relaxamento muscular, a pressão na seção anteriormente comprimida da veia diminui, provocando o fechamento da válvula proximal. Após, a válvula distal se abre, pois a pressão arterial no pé é maior do que na perna, permitindo que a veia se encha com o sangue proveniente do pé. Em seguida, a válvula proximal reabre (TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B., 2023).

A função da bomba musculoesquelética é essencial para o retorno eficaz do sangue ao coração. Em condições normais, quando o indivíduo mantém um estilo de vida ativo, há um funcionamento normal dos sistemas e um equilíbrio entre a irrigação e a drenagem.  No entanto, durante períodos de repouso prolongado, como em longas viagens, sedentarismo ou imobilização, a falta de movimento compromete a bomba muscular da panturrilha, levando a um acúmulo de sangue nas extremidades inferiores e ao aumento da pressão venosa. Esse fenômeno pode resultar em edema, desconforto, formação de varizes e, em casos mais graves, predispor ao desenvolvimento de insuficiência venosa crônica ou trombose venosa profunda, ressaltando a importância da atividade muscular para a manutenção da saúde vascular (HOUGHTON, D. E. et al., 2022).

Desse modo, este trabalho teve como objetivo explorar a anatomia da panturrilha e sua relação com o mecanismo de bomba muscular, destacando sua importância e reconhecimento como o “segundo coração”. A justificativa para essa investigação reside na crescente incidência de problemas circulatórios, relacionados, principalmente, ao sedentarismo e à imobilização, evidenciando a necessidade de promover a saúde vascular. Assim, compreender a função da panturrilha e os seus mecanismos poderá auxiliar na elaboração de estratégias para prevenir complicações como o edema e a trombose venosa profunda, contribuindo para uma melhor qualidade de vida da população.

Metodologia

O presente estudo consiste de uma revisão exploratória integrativa de literatura. A revisão integrativa foi realizada em seis etapas: 1) identificação do tema e seleção da questão norteadora da pesquisa; 2) estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos e busca na literatura; 3) definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados; 4) categorização dos estudos; 5) avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa e interpretação e 6) apresentação da revisão.

Na etapa inicial, para definição da questão de pesquisa utilizou-se da estratégia PICO (Acrômio para Patient, Intervention, Comparation e Outcome). Assim, definiu-se a seguinte questão central que orientou o estudo: Como a panturrilha pode atuar como um “segundo coração” e promover benefícios na circulação do corpo?” Nela, observa-se o P: população em geral; I: prevenção de complicações musculares; C: atividade física comparada a melhora da panturrilha como bomba muscular; O: A mudança de hábitos poderá interferir na qualidade de vida do indivíduo?

Para responder a esta pergunta, foi realizada a busca de artigos envolvendo o desfecho pretendido utilizando as terminologias cadastradas nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCs) criados pela Biblioteca Virtual em Saúde desenvolvido a partir do Medical Subject Heading dos Estados Unidos,  National Library of Medicine, que permite o uso da terminologia comum em português, inglês e espanhol. Os descritores utilizados foram: anatomy”; “calf”; “second heart”; “venous circulation” e “function”. Para o cruzamento das palavras chaves utilizou-se os operadores booleanos “and”, “or”, “not”.

Realizou-se um levantamento bibliográfico por meio de buscas eletrônicas nas seguintes bases de dados: Google Scholar; Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scientif Eletronic Library Online (SciELO) e National Library of Medicine (PubMed).

A busca foi realizada no mês de outubro de 2024. Como critérios de inclusão, limitou-se a artigos escritos em qualquer idioma, publicados nos últimos 5 anos (2020 a 2024) que abordassem o tema pesquisado e que estivem disponíveis eletronicamente em seu formato integral. Além disso, foram excluídos os artigos em que o título e resumo não estivessem relacionados ao tema de pesquisa e pesquisas que não tiverem metodologia bem clara.

Após a etapa de levantamento das publicações, foram encontrados 40 artigos, dos quais foram realizados a leitura do título e resumo das publicações considerando o critério de inclusão e exclusão definidos. Em seguida, realizou-se a leitura na íntegra das publicações, atentando-se novamente aos critérios de inclusão e exclusão, sendo que 20 artigos não foram utilizados devido aos critérios de exclusão. Foram selecionados artigos 20 para análise final e construção da revisão.

Posteriormente a seleção dos artigos, foi feito um fichamento das obras selecionadas afim de selecionar a coleta e análise dos dados. Os dados coletados foram disponibilizados em um quadro, possibilitando ao leitor a avaliação da aplicabilidade da revisão integrativa elaborada, de forma a atingir o objetivo desse método.

A Figura 1 demonstra o processo de seleção dos artigos por meio das palavras-chaves de busca e da aplicação dos critérios de inclusão e exclusão citados na metodologia. O fluxograma leva em consideração os critérios elencados pela estratégia PRISMA (Page et al., 2021). EbscoHost.

Figura 1 – Fluxograma da busca e inclusão dos artigos

Fonte: Fonte: Adaptado do Preferred Reporting Items for Systematic review and Meta-Analyses (PRISMA). Page et al., (2021).
Page, M. J., Moher, D., Bossuyt, P. M., Boutron, I., Hoffmann, T. C., Mulrow, C. D., & McKenzie, J. E. PRISMA 2020 explanation and elaboration: updated guidance and exemplars for reporting systematic reviews. bmj, 372. 2021.

Resultados

A Tabela 1 sintetiza os principais artigos que foram utilizados na presente revisão de literatura, contendo informações relevantes sobre os mesmos, como os autores do estudo, o ano de publicação, o título e os achados relevantes.

Tabela 1-Resultados dos principais artigos selecionados no período de 2020 a 2024 sobre a anatomia da panturrilha e sua função como “segundo coração”: mecanismos de bombas muscular e implicações na circulação venosa.

FonteTítuloAchados principais
1. CEOLIN et al., 2024.New Perspectives in the Association between Anthropometry and Mortality: The Role of Calf Circumference  Circunferência da panturrilha; Sarcopenia; Mortalidade.
2. BINSTEAD; MUNJAL; VARACALLO, 2023Anatomia, Pelve Óssea e Membro Inferior: PanturrilhaAnatomia; Panturrilha; Músculo; Articulação.
3. KANDINATA et al., 2023.Desempenho diagnóstico da circunferência da panturrilha, SARC-F e SARC-CalF para possível triagem de sarcopenia na Indonésia. Sarcopenia; Circunferência da panturrilha; Modalidades de triagem; Indonésia.
4. SIVA et al., 2023Efeitos da massagem terapêutica da panturrilha na função autonômica cardíaca em voluntários saudáveis ​​- um estudo pilotoEquilíbrio autonômico; Pressão arterial; Massagem; Mecânica dos tecidos.
5. WANG et al., 2023Alteração da circunferência da panturrilha e mortalidade por todas as causas entre idosos chineses residentes na comunidadeCLHLS; Circunferência da panturrilha; Idosos chineses; Baseado na comunidade; Mortalidade.
6. HOUGHTON et al., 2022Função reduzida da bomba da panturrilha e incompetência venosa profunda proximal são preditores de trombose venosa profunda ipsilateral.Doença venosa crônica; Trombose venosa profunda; Insuficiência venosa; Tromboembolismo venoso.
7. LANDI et al., 2022Estimativa da massa muscular esquelética apendicular usando circunferência da panturrilha e mortalidade: Resultados do estudo de envelhecimento e longevidade na área geográfica de Sirente (estudo ilSIRENTE).Músculo esquelético apendicular; Circunferência da panturrilha; Idosos frágeis; Mortalidade; Sarcopenia.
8. LEE et al., 2022Relação funcional entre as estruturas anatômicas da panturrilha e a capacidade atlética. Desempenho atlético; Humanos; Músculo; Força muscular; Esquelético/anatomia e Histologia.
9. OZAWA et al., 2022A implicação da circunferência da panturrilha e da força de preensão na osteoporose e na densidade mineral óssea entre pacientes em hemodiálise.Hemodiálise; Osteoporose; Sarcopenia; Densidade mineral óssea;
10. TAN et al., 2022Associação entre circunferência da panturrilha, desempenho físico e depressão na população idosa chinesa: um estudo transversal. Circunferência da panturrilha; Depressão; Idoso; Massa muscular; Desempenho físico; Sarcopenia.
11. AYDIN et al., 2022Effects of inspiratory muscle training versus calf muscle training on quality of life, pain, venous function and activity in patients with chronic venous insufficiencyFunção venosa; Treinamento da panturrilha; Dor.
12. ABREO, BAILEY e ABREO, 2021Associações entre circunferência da panturrilha, coxa e braço e mortalidade cardiovascular e por todas as causas no NHANES 1999-2004Circunferência da panturrilha; Doença cardiovascular; Resultados clínicos.
13. HERSANT et al., 2021Recuperação hemodinâmica da panturrilha e não panturrilha em pacientes com claudicação arterial: Implicação para o treinamento físicoDor na panturrilha; Oximetria de exercício; Claudicação intermitente; Isquemia; Sintomas.
14. SILVA et al., 2021O impacto do treinamento físico na função de bomba da panturrilha, força muscular, amplitude de movimento do tornozelo e qualidade de vida relacionada à saúde em pacientes com insuficiência venosa crônica em diferentes estágios de gravidade: uma revisão sistemáticaAmplitude de movimento articular; Exercício; força muscular; Qualidade de vida; Insuficiência venosa.
15. WU et al., 2021Associações de sarcopenia, força de preensão manual e circunferência da panturrilha com comprometimento cognitivo entre idosos chinesesCircunferência da panturrilha; Comprometimento cognitivo; Força de preensão manual; Idosos; Sarcopenia.
16. ZUJ et al., 2021Compressão intermitente do músculo da panturrilha como contramedida para proteger a pressão arterial e o fluxo sanguíneo cerebral na postura ereta em adultos mais velhosFluxo sanguíneo cerebral; Ultrassom Doppler; Compressão pneumática intermitente; Estresse ortostático; Idosos.
17. GARDNER et al., 2020Associação entre saturação de oxigênio do músculo da panturrilha com função ambulatorial e qualidade de vida em pacientes sintomáticos com doença arterial periféricaTeste de caminhada de 6 minutos; Claudicação; Exercício; Teste de esteira de Gardner-Skinner; Microcirculação; Caminhada.
18. HALKAR et al., 2020Função da bomba muscular da panturrilha como preditor de mortalidade por todas as causas  Bomba muscular da panturrilha; Retorno venoso da extremidade inferior; Pré-carga; débito cardíaco; Sobrevida; Mortalidade; insuficiência cardíaca e Função circulatória.
19. TAURAGINSKII et al., 2020O volume de refluxo é determinado pelo volume de sangue ejetado do reservatório venoso da panturrilhaBomba muscular da panturrilha; Ultrassom duplex; Volume de ejeção; Volume de refluxo; Varizes; Refluxo venoso; parâmetros hemodinâmicos.
20. GAVANDA et al., 2020Low-intensity blood flow restriction calf muscle training leads to similar functional and structural adaptations than conventional low-load strength training: A randomized controlled trialInsuficiência venosa crônica; Treinamento da panturrilha; Circulação

Discussão

A panturrilha, ou sura, é a porção posterior da perna, composta pelos músculos gastrocnêmio e sóleo. O gastrocnêmio, mais superficial, possui duas cabeças (medial e lateral), que se unem em um ventre muscular. Ambas as cabeças originam-se dos côndilos femorais e formam o tendão calcâneo, conhecido como tendão de Aquiles, inserido no osso calcâneo. Esses músculos realizam a flexão plantar do tornozelo e são inervados pelo nervo tibial. O sóleo, localizado abaixo do gastrocnêmio, é um músculo grande e plano. Já o músculo plantaris, menor, possui um tendão longo que pode ser confundido com um nervo e, em alguns casos, está ausente na população. Seu tendão desce entre o gastrocnêmio e o sóleo, unindo-se ao tendão calcâneo (BINSTEAD; MUNJAL; VARACALLO, 2023).

Esse conjunto muscular funciona como uma bomba, visto que ele é essencial para o retorno venoso da extremidade inferior e influencia a pré-carga e o débito cardíaco. Assim, diversos estudos analisam a relação entre a funcionalidade do tríceps sural e a hemodinâmica dos participantes. Houghton et al. (2022) identificaram uma relação positiva entre a função da bomba da panturrilha, incompetência venosa profunda e trombose. Os pesquisadores Tauraginskii et al., (2020) utilizaram em sua investigação a medida da área transversal das veias femoral comum e safena magna, além de parâmetros hemodinâmicos durante a insuflação do manguito e a relação entre o volume de sangue ejetado do reservatório venoso da panturrilha e o volume de refluxo (VR).

Essas medidas foram obtidas em membros com veia safena magna incompetente, utilizando uma manobra de insuflação e desinsuflação automática do manguito. Os resultados mostraram que o VR se correlacionou com o volume de ejeção (VE) e o fluxo de refluxo, enquanto VE e VR variaram significativamente com diferentes pressões do manguito. A razão entre VR e VE (índice de refluxo, IR) foi semelhante em todas as pressões. Desse modo, concluíram que o refluxo é predominantemente influenciado pelo volume de ejeção, e participantes com maior grau de doença venosa na panturrilha refletiram em maiores valores de IR e VR (TAURAGINSKII et al., 2020)

Nesse sentido, Hersant et al., (2021) também investigaram parâmetros circulatórios ao analisar o tempo de recuperação hemodinâmica da panturrilha em pacientes com claudicação arterial, testando a hipótese de que a recuperação, medida pela oximetria transcutânea (TcpO2), levaria menos de 10 minutos. Foram monitoradas as alterações de oxigenação nas nádegas, coxas e panturrilhas durante e após um teste de esteira. Analisaram-se os tempos necessários para alcançar 50% e 90% do valor mínimo de recuperação (DROPm) após o exercício. Dos 132 pacientes, apenas 0,4% e 2,9% dos tempos de recuperação excederam 10 minutos para 50%RT e 90%RT, respectivamente (HERSANT et al., 2021).

Uma correlação fraca foi observada entre o DROPm e os tempos de recuperação. O menor DROPm e o índice de massa corporal (IMC) foram associados a tempos de recuperação mais rápidos, enquanto idade, sexo e uso de betabloqueadores não influenciaram. A pesquisa conclui que a recuperação da frequência cardíaca depende tanto da gravidade da isquemia quanto da capacidade de difusão dos membros inferiores, porém, a localização da isquemia nem sempre prediz o tempo de recuperação, sugerindo que outros locais devem ser considerados em avaliações de tratamentos e efeitos do exercício (HERSANT et al., 2021).

Resultados que corroboram com Hersant et al. (2021) também foram encontrados por Gardner et al. (2020). Os autores estabeleceram relação entre a saturação de oxigênio da hemoglobina no músculo da panturrilha (Sto2), durante um teste de esteira, e a função ambulatorial e qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS), em pacientes com doença arterial periférica (DAP) sintomática. A hipótese era que um rápido declínio na Sto2 durante a caminhada estaria associado a uma função ambulatorial e QVRS prejudicadas, independentemente do índice tornozelo-braquial (ITB). Foram analisados 151 pacientes, com medições de Sto2 e parâmetros funcionais, como tempo de pico de caminhada e pontuações de um questionário de incapacidade de caminhada (GARDNER et al., 2020).  

Os dados mostraram que a média obtida pelos participantes foi de uma Sto2 de 52% em repouso, com declínio para 9% após uma média de 87 segundos de caminhada. O tempo de exercício até o valor mínimo de Sto2 apresentou associações significativas com várias medidas de desempenho ambulatorial e QVRS, mesmo após ajustes para fatores demográficos e comorbidades. Concluiu-se que um declínio rápido na Sto2 da panturrilha é um preditor importante da função ambulatorial e da qualidade de vida de pacientes com DAP sintomática (GARDNER et al., 2020).

Em relação à qualidade de vida, autores exploraram a conexão entre o funcionamento da bomba muscular da panturrilha (BMP) e índices de mortalidade. Halkar et al. (2020) analisaram 2.728 pacientes submetidos à pletismografia de strain gauge venoso, excluindo aqueles com condições que interferissem nos resultados. Pacientes com BMP prejudicada eram mais velhos, majoritariamente mulheres e com mais comorbidades, apresentando mortalidade maior em 5, 10 e 15 anos. Além disso, a BMP prejudicada foi associada a pior sobrevida em insuficiência cardíaca. Concluiu-se que a BMP prejudicada é um preditor de mortalidade, indicando impacto negativo na função circulatória ou fragilidade (HALKAR et al., 2020).

Abreo, Bailey e Abreo (2021) avaliaram a relação entre a circunferência da panturrilha, coxa e braço com a mortalidade cardiovascular e geral em uma coorte de 11.871 pacientes do National Health and Nutrition Examination Survey (1999-2004). Cada centímetro adicional na circunferência da panturrilha reduziu o risco de mortalidade em 12% em mulheres e 8% em homens. A circunferência da coxa também foi associada a menor mortalidade, enquanto a do braço não apresentou relação significativa. Os resultados sugerem que as medidas da panturrilha e coxa são importantes indicadores prognósticos e destacam a necessidade de estudos futuros (ABREO, BAILEY e ABREO, 2021).

Outros autores que, assim como os anteriores, estabeleceram relação positiva entre circunferência da panturrilha (CP) e mortalidade foram Wang et al. (2023) e Ceolin et al. (2024).  Wang et al. (2023) realizaram um estudo de coorte retrospectivo de 906 participantes com delimitação temporal de 2014-2018. Participantes com circunferência da panturrilha estável ao longo do tempo tiveram menor risco de morte, reforçando a importância de monitorar essas medidas em idosos (WANG et al., 2023). Ceolin et al., (2024) recrutaram 192 idosos, com idade média de 82,8±7,0 anos, para um estudo retrospectivo entre setembro de 2021 e março de 2022. Os autores concluíram que o critério CP foi eficaz na previsão da mortalidade em longo prazo, após analisar massa muscular, CP e sarcopenia (CEOLIN et al., 2024).

Além do risco de mortalidade, as medidas relacionadas ao trípice sural podem prever outros desfechos negativos, principalmente na população idosa.  A associações entre sarcopenia, força de preensão manual e circunferência da panturrilha com comprometimento cognitivo foi tabulada em 2.525 idosos chineses. O comprometimento cognitivo foi medido pelo Chinese Mini-Mental State Examination. Os critérios avaliados, mostraram-se um fator de risco significativo para comprometimento cognitivo, sendo que indivíduos sarcopênicos apresentaram 2,55 vezes mais chances de declínio na cognição (WU et al., 2021).

É relevante destacar também a importância da medida de CP, que pode ser utilizada como base para cálculos de outros parâmetros. Na pesquisa de Landi et al. (2022) foi avaliado o impacto da baixa massa muscular esquelética apendicular (MMEA) no risco de mortalidade por todas as causas em idosos com 80 anos ou mais, em uma coorte de 364 participantes. Foi utilizando a circunferência da panturrilha para estimar a MMEA. Ao longo de 10 anos, 245 mortes foram registradas, com uma taxa significativamente maior entre aqueles com ASM baixa (85,3%) em comparação aos com MMEA normal (65,1%). Os resultados sugerem que a avaliação da MMEA pela circunferência da panturrilha pode ser relevante na prática clínica, e intervenções para melhorar a massa muscular em idosos podem ajudar a prevenir resultados negativos para a saúde (LANDI et al., 2022).

Nesse sentido, é importante o estabelecimento de modelos de triagem que utilizem esse parâmetro. Kandinata et al. (2023) avaliaram a eficácia de diferentes ferramentas (CC, SARC-F, SARC-CalF) para diagnosticar sarcopenia em idosos indonésios. Embora a prevalência da sarcopenia tenha sido alta (50,25%), nenhuma das ferramentas apresentou desempenho diagnóstico satisfatório, sugerindo a necessidade de adaptações culturais e pontuações de corte específicas para a população indonésia. O estudo destaca a necessidade de validação em contextos culturais diversos e sugere que a triagem para sarcopenia deve ser adaptada às características específicas da população. (KANDINATA et al., 2023).

 Outra variável relacionada a funcionalidade da panturrilha, analisada por alguns autores, é o desempenho físico, que pode ser de grande importância para populações como atletas e idosos. Lee et al. (2022) analisaram a relação entre a anatomia da panturrilha e o desempenho físico em 51 indivíduos. Através de ultrassonografia, os autores correlacionaram o comprimento, espessura e ângulo do músculo gastrocnêmio com a potência muscular. Os resultados indicaram que maior comprimento e espessura muscular estão associados a maior potência, sugerindo que a estrutura anatômica da panturrilha influencia diretamente a capacidade de exercício. Assim, o desenvolvimento muscular da panturrilha influencia a potência anaeróbica, podendo servir como um preditor da habilidade atlética, permitindo que treinadores avaliem o potencial atlético com base nas características físicas do atleta (LEE et al., 2022).

No trabalho de Tan et al. (2022), os autores investigaram a relação entre circunferência da panturrilha, desempenho físico e depressão em idosos, utilizando dados do Chinese Longitudinal Healthy Longevity Survey (CLHLS), entre 12.227 idosos, com idade média de 83,4 anos. Indivíduos com depressão apresentaram menor massa muscular e pior desempenho físico. Essa combinação aumentou em 2,21 vezes o risco de depressão, indicando uma relação bidirecional entre saúde física e mental. As análises de sensibilidade confirmaram a robustez dos resultados (TAN et al., 2022)

Além de fatores como a resistência física, foi observada relação entre o tríceps sural e osteoporose. Ozawa et al., (2022) avaliaram 136 pacientes com histórico de hemodiálise, em relação a massa muscular, força e osteoporose, destacando a importância desses fatores na prevenção. Os resultados mostraram que cada cm a menos na circunferência da panturrilha e cada kg a menos na força de preensão estavam associados a um aumento do risco de osteoporose e a uma menor densidade mineral óssea (DMO) no colo do fêmur e na coluna lombar. Dessa maneira, a massa muscular e a força são fatores importantes a serem considerados no manejo da osteoporose em pacientes em hemodiálise, sugerindo que estratégias para melhorar a força muscular podem ser benéficas (OZAWA et al., 2022).

Portanto, é possível perceber a relação entre esses músculos e diversos fatores que identificam qualidade de vida, assim, autores discutem medidas para melhorar a ação da bomba da panturrilha. Silva, K. L. S. et al., (2021) relata que o treinamento físico (TF) é uma intervenção eficaz no tratamento da insuficiência venosa crônica (IVC), uma vez que promove melhorias na bomba da panturrilha, na força muscular e na amplitude de movimento do tornozelo. A revisão de 11 estudos sobre TF em pacientes com IVC demonstrou melhora na função muscular e em alguns parâmetros hemodinâmicos. Em casos leves, o TF também reduziu o refluxo venoso e melhorou a qualidade de vida. No entanto, em IVC avançada, os benefícios foram menos consistentes, com evidências limitadas sobre a redução do refluxo venoso e melhora da qualidade de vida. São necessárias mais pesquisas para elucidar a eficácia do TF em estágios avançados da doença (SILVA, K. L. S. et al., 2021).

Outros autores que também relacionaram o treinamento dos músculos da panturrilha e a melhora de condições circulatórias foram Aydin et al. (2022) e Gavanda et al. (2020). Aydin et al. (2022) evidenciaram, em um estudo randomizado, que o treinamento muscular da panturrilha, combinado com terapia de compressão, melhorou significativamente a função venosa e a qualidade de vida em pacientes com IVC (AYDIN et al., 2022). Gavanda et al. (2020) examinaram os efeitos do treinamento com restrição de fluxo sanguíneo em um ensaio clínico randomizado, observando que essa modalidade trouxe ganhos na espessura muscular e na função da panturrilha, promovendo adaptações circulatórias similares ao treinamento de alta intensidade e sendo uma alternativa para pacientes com limitações físicas (GAVANDA et al., 2020).

É valido ressaltar também que podem-se obter benefícios terapêuticos de outras intervenções, além do exercício físico, como a massagem. O trabalho de Silva et al. (2023) revelou que 20 minutos de massagem aumentaram a variabilidade da frequência cardíaca e reduziram a frequência cardíaca, pressão arterial sistólica e diastólica. Esses resultados sugerem que a massagem pode promover uma resposta de relaxamento, aumentando o tônus vagal e diminuindo a atividade simpática. Apesar das limitações do estudo, como a falta de grupo controle e um tamanho de amostra pequeno, os achados indicam que a massagem terapêutica pode ter um impacto positivo na saúde cardiovascular e no equilíbrio autonômico, podendo ser utilizada como complemento a tratamentos médicos (SIVA et al., 2023).

Conclusão

A panturrilha desempenha uma função essencial na saúde geral e na funcionalidade do corpo, influenciando diversos aspectos, desde o retorno venoso até a capacidade atlética e a saúde cognitiva. A estrutura muscular e a função da bomba muscular da panturrilha são cruciais para o desempenho físico e para a prevenção de complicações, especialmente em populações idosas e em pacientes com condições crônicas, como insuficiência venosa e claudicação arterial.

Pode-se observar que há indicativos de que a circunferência da panturrilha e a força muscular estão fortemente correlacionadas a indicadores de mortalidade, função cardiovascular e comprometimento cognitivo. A intervenção através de treinamento físico e outras práticas, como a massagem terapêutica, pode melhorar significativamente a função muscular e a qualidade de vida da população.

Portanto, a avaliação e o fortalecimento da musculatura da panturrilha devem ser priorizados nas estratégias de saúde, especialmente em idosos, para prevenir fraquezas musculares e suas consequências. Assim, o desenvolvimento de programas de intervenção que visem melhorar a saúde da panturrilha pode ser benéfico, não apenas para o desempenho físico, mas também para a saúde geral e o bem-estar da população.

Referências            

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1https://orcid.org/0009-0009-0623-0476
Centro Universitário de Patos de Minas, Brasil
E-mail: Mateusrd@unipam.edu.br

2https://orcid.org/0009-0009-9564-4995
Centro Universitário de Patos de Minas, Brasil
E-mail: anajkz@unipam.edu.br

3https://orcid.org/0000-0002-8426-3793
Centro Universitário de Patos de Minas, Brasil
E-mail: marilucef@unipam.edu.br