O TRANSTORNO DA SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFESSORES

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8361527


Jozangela Gomes Oliveira
Roberta Lima Cordovil
Samuel Reis1


Resumo- O presente estudo tem o objetivo de analisar a síndrome de burnout  em professores independentemente do nível de ensino, onde se configura como  uma profissão alvo de inúmeros de agentes estressores mentais e emocionas presente no seu contexto de trabalho. A abordagem utilizada na pesquisa será  qualitativa com caráter bibliográfico para entender os seguintes objetivos  específicos: 1) identificar a síndrome de burnout nos professores; 2) analisar os  fatores estressantes aos profissionais da educação; 3) citar alguns meios para  prevenção da síndrome de burnout.  

Palavras-chave: Agentes estressores, professores, síndrome de burnout. 

Abstract- The present work aims to analyze the burnout syndrome in teachers  regarrdless of the level of education, Where it is configured as a target profession  for numerus mental and emotional advisors present at work. The approach used  in the research will be qualitative with a bibliographic character to understand the  following specific objetives: 1) to identify the burnout syndrome in teachers; 2)  analyze the stressin factors for education professionals; 3) cite some ways to  prevent burnout syndrome. 

Keyword: Stressed agentes, teachers, burnout syndrome. 

Introdução 

 Segunda a pesquisa, a síndrome de burnout é considerado um tema de  bastante importância na sociedade contemporânea, nele aborda a classe  docente que tem sido uma das mais afetadas pela síndrome de Burnout, por ter que lhe dar com uma grande exigência psicoemocionais, sociais e pedagógicas  no contexto trabalhista.  

Portanto esse artigo tem o intuito de apresentar os métodos de identificação  e fatores que ajudam a prevenção da síndrome em atividades profissionais. A  literatura tem abordado diferenças entre os níveis de ensino e o contexto laboral  em escolas públicas, pois nestas o desenvolvimento da SB foi associado aos  baixos salários, a jornada excessiva de trabalho, a violência por parte dos alunos,  a indisciplina estudantil, a falta de apoio dois pais e da direção das escolas e a  sobrecarga de trabalho. Nessa pesquisa foi encontrada possíveis resposta sobre  a síndrome de Burnout, é o que leva o profissional a desenvolver e os cuidados  que se deve tomar. 

Os profissionais da educação possuem grandes desafios a enfrentar, pois  além de conviverem diariamente com a situação confiantes no âmbito escolar, é  essencial que apresentem uma adaptação ao meio externo com base nos seus  recursos pessoais, profissionais e socias, desenvolvendo a cada dia sua  capacidade de resiliência, como o propósito de crescer pessoal e  profissionalmente e ao mesmo tempo, de encontrar satisfação no trabalho e  bem-estar pessoal aliados ao compromisso contínuo com a profissão. 

Durante a pesquisa foi observado um crescimento muito alto dessa  síndrome, cada vez mais presente na vida do profissional, gerando mudanças  no comportamento e falta de interesse no trabalho, afetando também no âmbito  familiar. 

Para o bem-estar do indivíduo ele precisa estar bastante preparado  psicologicamente e fisicamente, para poder lidar com essa carga tão pesada  trazendo consigo o número grande de adversidade com um público diversificado. 

Método 

A abordagem utilizada na pesquisa será qualitativa com caráter  bibliográfico. A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de  referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico  inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer  o que já se estudou sobre o assunto. Existem, porém, pesquisas científicas que  se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências  teóricas publicadas com o objetivo de recolher informações ou conhecimentos  prévios sobre o problema a respeito do qual se procura a resposta (FONSECA,  2002, p. 31). 

Procedimento  

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com o recorte temporal  referente aos anos de 2017 A 2022, em pesquisa realizada nas bases de dados  Google Acadêmico, Pepsic e Scielo, usando as palavras-chave “Agentes  estressores, professores e síndrome de burnout”. 

Análise de dados 

O método utilizado na pesquisa para a análise de dados será o descritivo,  que se iniciará com uma leitura exploratória. Para Gil (2002), esta é uma leitura  do material bibliográfico que tem por objetivo verificar em que medida a obra  consultada interessa à pesquisa.  

Discursão 

Transtorno da síndrome de Burnout em professores. 

A síndrome de burnout (SB), ou síndrome do esgotamento profissional,  constitui-se em uma resposta psicológica ao estresse laboral crônico de caráter  interpessoal e emocional. Caracteriza-se pelo comprometimento cognitivo e  afetivo, o que pode gerar condutas de indiferenças, distanciamento interpessoal  e/ou sentimento de culpa, principalmente em profissionais que lidam diretamente  com pessoas e que estão expostos a fatores estressantes intensos (MAGALHÃES; VIERA; HAIKAL; NASCIMENTO; BRITO; PINHO; VOLKER e  SILVEIRA, 2017). 

Costa et al. (2013) ressaltam que a prevalência da SB em professores,  segundo as estimativas, pode estar entre 10% e 30%. No Brasil a literatura sobre SB em professores ainda é escassa, dificultando a comparação com  outros estudos nacionais. É clara a influência dos aspectos culturais e do  contexto laboral sobre os resultados da SB. Portanto, é relevante a realização  de pesquisas nacionais que contribuam para o diagnóstico, a intervenção e a  prevenção desta patologia ocupacional (OLIVEIRA e PORTO, 2019). 

Conforme Tamayo e Tróccoli ( 2009), a síndrome de burnout possui também três componentes: exaustão emocional, despersonalização e  decepção no trabalho. O primeiro componente compreende sentimentos de  desgaste físico e emocional, gerados pela sensação do indivíduo de ser exigido  emocionalmente mais do que ele pode tolerar. O segundo está associado às  atitudes negativas de distanciamento excessivo na relação dos profissionais  com os beneficiários do seu serviço, como insensibilidade, indiferença, falta de  preocupação. E, por fim, o terceiro componente decepção com trabalho refere-se a sentimentos de incompetência nas atividades realizadas (SILVA e  OLIVEIRA, 2019). 

Segundo Gomes e Quintão (2011), a SB afeta as mais diversas  profissões, o seu estudo concentra-se, principalmente, nas áreas da saúde e  ensino, por serem atividades que envolvem intenso contato com pessoas,  tornando os profissionais dessas áreas mais vulneráveis ao estresse laboral,  porém, Costa, Gil, Possobon e Ambrosano (2013), ressaltam que os estudos  têm demonstrado que docentes constituem grupo de risco, talvez maior até do  que o dos profissionais da área da saúde, justificando o crescente número de  pesquisas sobre a SB na carreira docente, visando inclusive o estabelecimento  de medidas preventivas (SILVA e OLIVEIRA, 2019). 

Segundo Silveira et. al. (2005), o termo Burnout tem origem inglesa e  designar algo que deixou de funcionar por exaustão de energia. Pode-se dizer  que o termo descreve uma sindrome com características associadas que  representam uma resposta aos estresses laborais crônicos (SOUZA e FILHO,  2018).  

Sendo assim, o objetivo deste estudo foi analisar a síndrome de burnout  em professores onde é uma das profissões mais afetada com esstrese das  atividades, onde tem cobraças de todos os lados no trabalho, deixando esses profissionais exaustos, fisicamente e mentalmente. 

Fatores estressantes aos profissionais da educação. 

Segundo Vidal (2017), no trabalho podem ocorrer situações de extrema  pressão, conflitos e pouco ou nenhum reconhecimento, estes e outros fatores  estressores, uma vez cronificados, podem levar o indivíduo a apresentar um  fenômeno psicossocial conhecido como Síndrome de Burnout (BARRETO;  REIS; JÚNIOR; PORTELA; BELASCO e PASSOS, 2019). 

Em revisão sistemática realizada por Carlotto (2010), apontava-se que,  apesar de ter tido crescimento na públicações, ainda havia certa instabilidade.  Quanto aos fatores que se associavam a SB, foi identificado um perfil  constituido de professores mais jovens, do sexo feminino, com maior carga  horária e maior número de alunos contatados diariamente, com menores  satisfação com o trabalho e recolhecimento do resultados obtidos neste  (DALCIN e CARLOTTO, 2017). 

A realidade dessa categoria profissional tem fomentado pesquisas  visando conhecer os aspectos geradores da síndrome e o planejamento de  intervenções objetivando a saúde e bem-estar. É consenso entre estudiosos  que as causas são uma combinação de fatores individuais, organizacionais e  sociais (Tamayo & Tróccoli, 2009; Neves et al., 2014), o que recebe apoio desse  estudo ao investigar aspectos individuais e organizacionais. Embora o foco  deste estudo tenha se concentrado nesses aspectos, não é possível desprezar  o impacto das condições econômicas no trabalho de docentes da rede privada  de ensino superior, onde o vínculo empregatício é frágil, colocando o professor  em situação de insegurança (SILVA e OLIVEIRA, 2019). 

Para Carlotto et al. (2012), o profissional docente apresenta-se, no atual  contexto de trabalho, exposto a uma grande quantidade de estressores psicossociais que, se persistentes, podem conduzir ao burnout. Além de  ministrar as aulas, o docente deve fazer, concomitantemente, os trabalhos  administrativos, planejar as suas atividades letivas, reciclar-se e orientar os  alunos. Deve ainda participar das reuniões de coordenação, seminários,  conselhos de classe e preenchimento de relatórios individuais relativos às dificuldades de aprendizagem de alunos (OLIVEIRA e PORTO, 2019). O desgaste profissional não aparece repentinamente e as manifestações  da SB são respostas aos agentes estressores do seu cotidiano laboral, que  podem se dar por sinais e sintomas físicos, psíquicos, comportamentais ou  defensivos e repercutir na produtividade na forma do absenteísmo e do aumento  de licenças médicas, o que ocasiona grandes prejuízos para o sistema  educacional (MAGALHÃES; VIERA; HAIKAL; NASCIMENTO; BRITO; PINHO;  VOLKER e SILVEIRA, 2017). 

Nesse contexto, os profissionais da educação possuem grandes desafios  a enfrentar, pois, além de conviverem diariamente com situações conflitantes no  âmbito escolar, é essencial que apresentem uma adaptação ao meio externo  com base nos seus recursos pessoais, profissionais e sociais, desenvolvendo a  cada dia a sua capacidade de resiliência, com o propósito de crescer pessoal e  profissionalmente e, ao mesmo tempo, de encontrar satisfação no trabalho e  bem-estar pessoal aliados ao compromisso contínuo com a profissão  (MAGALHÃES; VIERA; HAIKAL; NASCIMENTO; BRITO; PINHO; VOLKER e  SILVEIRA, 2017). 

Para Petean e Guimarães (2012), equilibrar a interação trabalho-família,  também, tem sido alvo de estudos, especialmente em mulheres, pois além de  desenvolver as atividades da sua vida laboral, elas ainda executam as tarefas  famíliares portanto, observa-se que a dupla jornada de trabalho pode ocasionar  conflitos. De acordo com Arroyo (2000), poucos trabalhos se identificam tanto  com a vida pessoal do trabalhador quanto a do professor. Neste sentido, o  trabalho docente é altamente exigente, e acaba por comprometer o tempo de  lazer e convívio familiar ( DALCIN e CARLOTO, 2018). 

Sendo assim, esses profissionais pocuram meios para não mistura sua  vida pessoal ao trabalho, assim tendo um bom relacionamento e uma vida mais  saúdavel com a família, onde diminui o peso da rotina e de suas atividades e  criam formas para um novo meio de resolver as questões de trabalho sem  estress. Porém nem todos conseguem separa sua rotina de trabalho com sua  vida pessoal se tornando mais propcio a adqurirem a sindrome de Burnout. 

Prevenção da síndrome de burnout  

Carlotto (2014), relata que, as ações voltadas a prevenir e reduzir o  burnout são de grande importância, não só no que diz respeito à qualidade de  vida das pessoas afetadas ou com riscos potenciais, mas também para prevenir  as perdas econômicas que vêm como resultado do absenteísmo, rotatividade e  aposentadorias precoces, realidade presente nas instituições educacionais (OLIVEIRA e PORTO, 2019). 

Segundo Kourmousi e Alexopoulos (2016), o estresse no ensino nao  pode ser eliminado, no entanto, pode ser reduzido a níveis controláveis para  que os professores sejam capazes de operacionalizarem suas atividades de  forma eficiente mantendo sua saúde mental. Nesse sentido, é importante  capacitar professores sobre temas como equilibrio entre as demandas do  trabalho e vida pessoal, sobre o estabelecimento de metas realistas e como  desenvolver estratégias de enfrentamentos ao estresse ocupacional. (DALCIN  e CARLOTTO, 2018). 

Sendo assim, a profissão de docentes é uma profissão que tem um  grande nivel de estress, onde deveria ser uma profissão mais reconhecida e  entendida, mais elogios menos criticas, além de um salario justo. 

Melo et al. (2015), ressalta que vista como uma espécie de stress  ocupacional, a Síndrome de burnout (SB) afeta profissionais na prática de  serviços assistenciais. Constantemente a SB e o estresse são associados, a  diferenciação entre eles é clara. O estresse é uma sensação ou exteriorização  que pode desaparecer após um período de pausa ou descanso, a SB mostra se com uma condição duradoura do estresse experienciado no local de trabalho  não minimizando com repouso ou temporada de distanciamento provisório do  ambiente de trabalho, por ser precisamente este seu ambiente de  desenvolvimento (OLIVEIRA e PORTO, 2019). 

Para prevenir a síndrome de burnout os profissionais da educação tem  que evitar levar trabalho para casa, e aproveitar mais a familia nas horas vagas,  assim como praticar atividades físicas, evitar situações desgastante como  conflitos com alunos, pais e até mesmo colegas de trabalho, assim evitando  uma exaustão física e mental.

Considerações finais 

O interesse pelo assunto, por parte das pesquisadoras, surgiu a partir de  uma pesquisa relacionado ao transtorno da sindrome de Burnout, onde  podemos ver que a classe dos professores é uma das mais afetadas pelo  transtorno, onde passam por diversos fatores extressantes como combraças de  país, alunos, direção da escola e até mesmo através de conflitos com seus  colegas de trabalho, onde acaba se tornando uma grande ameaça a saúde  mental desses profissionais. 

É importante sabermos que a sindrome de Burnout em professores e  causada por várias situaçoes desgastante como excesso de burocracias e  exigências, falta de autonomia, excesso de tarefas e horas de trabalhos, onde  muitos ainda acabam levando trabalho para casa e também nos finais de  semana, entre outros fatores que afetam cada vez mais o docente chegando a  ter um esgotamento físico e mental, chegando a uma exaustão extrema a ponto  de abandonar o trabalho. 

É de mera importância também sabermos que esses profissionais que  adquiduirem a sindrome de Burnout chegam a uma insatisfação muito grande  com seu trabalho e a vida pessoal e estão mais propicio a adquirirem uma  depressão, uma baixa qualidade de vida até mesmo tendências suicidas. Sendo  assim, a sindrome de Burnout se torna um fator preocupante para a saúde  mental dos proficionais da educação, é muito importante esses profissionais  procurarem ajuda para garantir sua saúde mental e seu bem-estar, evitando  siatuações desgastante e também praticando atividades que diminuam o  extresse. 

Os professores estão exposto a uma carga muito grande de extresse e  cobranças por ambas partes, onde está sendo muito comum vermos esses  profissionais com a sindrome de Burnout que é o esgotamento profissional,  onde os docentes apresentam sintomas de um distubio emocional e uma  exaustão extrema por conta de uma grande demanda de responsabilidade.

Referências 

BARRETO, Natacha Oliveira; REIS, Andrey Souza; JÚNIOR, Gerson  Scherrer; PORTELA, Odete Terezinha; BELASCO, Angelica Gonçalves Silva;  PASSOS, Kleyton Góes- Síndrome de Burnout em professores da escola Rui  Barbosa no município de Cruzeiro do Sul, Acre – Brasil, Educação e  linguagem, 2019. 

DALCIN, Larissa; CARLOTTO, Mary Sandra- A avaliação de efeito de  uma intervenção para a síndrome de Burnout em professores; Artigo  psicologia escola e educação; CIELO- Abril 2018. 

FONSECA, João José Saraiva- Metodologia da pesquisa científica; universidade do Ceará 2002. 

GIL, Antônio Carlos- Como elaborar projetos de pesquisa- 4.ed. São  Paulo, editora: Atlas, 2022. 

MAGALHÃES, Tatiana Almeida; VIERA, Marta Raquel Mendes; HAIKAL,  Desiree Sant’ana; NASCIMENTO, Jairo Evangelista; BRITO, Maria Fernanda  Santos Figueiredo; PINHO, Lucinéia; VOLKER, Valéria e SILVEIRA, Marise  Fagundes- Prevalência e fatores associados à síndrome de burnout entre  docentes da rede pública de ensino: estudo de base populacional; artigo de  pesquisa- Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 2021. 

OLIVEIRA, Francisca Janicleide Viera; PORTO, Necienne de Paula  Carneiro- Prevalência da síndrome de burnout em professores de  odontologia no alto sertão da paraíba, temas em saúde v.19- 2019. 

SILVA, Scheila Maria Ferreira; OLIVEIA, Áurea de Fatima- Burnout em  professores universitários do ensino particular; Universidade Federal de  Uberlândia- Minas Gerais; Psicologia Escolar e Educacional, v.23- 2019. 

SOUZA, Stanley Anderson Gomes; FILHO, José Morais Souto- Síndrome  de Burnout: um alerta parar professores de educação física no Brasil;  Revista eletrônica de extensão da URI, vol.14, CIELO- MAIO 2018.


1Orientador