O PROCESSO DE TRABALHO DO ENFERMEIRO NO CUIDADO DA GESTANTE COM DIABETES GESTACIONAL

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.10341078


Regilania Parente de Albuquerque Araújo
Teresa Kécia Vasconcelos
Eliana Kelly Vasconcelos
Dalila Moreira Fernandes
Antonia Bruna Ferreira Braga Freire
Samyla Parente Alcantara
Maria de Lourdes Rodrigues Andrade
Cristiane Rodrigues Andrade
Lair de Vasconcelos Nunes
Elayne Cristina Costa Damasceno
Gyselle Maria Lima Ferreira
Révia de Oliveira Farias
Iana Lara Carvalho Martins Farias


RESUMO

O estudo a seguir teve como principal objetivo identificar e sintetizar as evidências encontradas na literatura de enfermagem relacionadas às implicações da diabetes gestacional,para subsidiar a construção de um plano de cuidados com base na Taxonomia da NANDA-I/NIC/NOC. Os resultados surgiram a partir da seleção dos artigos com usos de palavras-chave como: diabetes, gestação e complicação; diabetes gestação e enfermagem. Ao analisar os artigos, foram encontradas várias complicações da diabetes gestacional, estabelecendo-se os domínios conforme NANDA-I, nos quais temos: Promoção da Saúde, Atividade e repouso, Nutrição, Enfrentamento/tolerância ao estresse, Segurança e proteção. Contudo, é visto que o papel do enfermeiro junto à grávida com diabetes gestacional tem que se focar principalmente na educação em saúde, abordando as seguintes temáticas: tratamento, dietas e prática de atividades físicas.

Palavras-Chave: Diabetes, Gestação, Enfermagem, Diabetes gestacional.

1 INTRODUÇÃO

A proposta deste estudo será avaliar as implicações do diabetes gestacional e elaborar um plano de cuidado voltado para essas pacientes fundamentado na Sistematização da Assistência em Enfermagem (SAE).

A Sociedade Brasileira de Diabetes (2006) afirma que Diabetes Mellitus (DM) é uma situação de hiperglicemia crônica causada por abundantes fatores ambientais e genéticos que comumente atuam juntos, e é caracterizada pela ausência parcial ou total de insulina, causando alterações no metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras.

Calcula-se que no Brasil existem mais de cinco milhões de indivíduos diabéticos, dos quais cerca de 50% não conhecem o diagnóstico. Sua prevalência entre as pessoas com idade entre 30-69 anos que moram na região urbana é de 7,6%. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2008).

Quando se avalia o contexto da Diabetes Gestacional (DG), um estudo realizado em seis capitais brasileiras, o qual envolveu um total de 5.010 grávidas, revelou uma prevalência de 0,3% de DG e de 7,3% de intolerância gestacional à glicose, totalizando 7,6%, com taxas menores em Salvador, enquanto que as prevalências de Fortaleza e Manaus surgiram como as mais altas dentre os centros do estudo. Porto Alegre, São Paulo ficaram em posições intermediárias. (DIABETES, 2001).

Outro estudo evidenciou que, nos dados epidemiológicos coletados em Brasília durante o período de 2005-2006, a prevalência da DG foi 6,6%. No entanto, nos Estados Unidos, com dados de 2002, estimou-se que 8% das mais de 4 milhões de gestações estavam associadas ao diabetes, sendo que, destas, 88% tinham DG e 12% apresentaram diabetes anterior à gestação. (VALLADARES; KOMKA, 2008).

Isso se dá porque no período gravídico sucedem várias modificações no organismo feminino, entre elas as mudanças metabólicas, a fim de dar suporte ao bebê, para que ele cresça e se desenvolva de forma saudável (RYAN, 2003). As alterações do metabolismo da mãe incluem a hipoglicemia de jejum, o catabolismo exagerado dos lipídios com consequente formação de corpos cetônicos e o aumento da resistência à insulina. (REZENDE, 2008).

Conforme Kitzmiller e Davidson (2001), isso é prevalente porque durante a gravidez a placenta produz hormônios em grandes quantidades, como o estrogênio, progesterona e a gonadotropina cariônica, que, mesmo que sejam importantes para o desenvolvimento fetal, podem atrapalhar a ação da insulina no organismo da mãe, agindo como antagonistas da ação da insulina, causando aumento na resistência à insulina nos dois últimos trimestres de gestação. O diabetes gestacional normalmente surge por volta da 26ª semana de gestação, quando a placenta começa a produzir maior quantidade desses hormônios. (TOMBINI, 2002).

Entre os sinais clínicos apresentados pelas gestantes diabéticas estão o ganho de peso, a hiperglicemia, a cetoacidose diabética, a hipertensão induzida pela gravidez e ansiedade. (CAMPAGNOLLO, 2006 apud ESCOTT-STUMP, 2006).

Destacam-se como fatores de risco para o surgimento da DG: idade superior a 25 anos, obesidade ou ganho excessivo de peso na gestação atual, deposição central excessiva de gordura no corpo, síndrome do ovário policístico e outras doenças que levam a um hiperinsulinismo, história familiar, baixa estatura (menor ou igual a 1,51 cm), crescimento fetal excessivo, polidrâmnio, hipertensão ou pré-eclâmpsia na gestação atual e antecedentes obstétricos de morte fetal ou neonatal, de macrossomia fetal ou de diabete gestacional. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2006).

É importante mencionar que,ao ser confirmado o diagnóstico de DG na atenção básica, umas das ações prioritárias é encaminhar a gestante para centros especializados, isto é, para o pré-natal de alto risco (BRASIL, 2003). Logo, torna-se fundamental o acompanhamento da gestação, o qual requer uma equipe multidisciplinar, envolvendo obstetra, endocrinologista, neonatologista, enfermeira, nutricionista e assistente social. E para obter um resultado favorável exige-se comprometimento e participação ativa da mulher e da sua família. (LOWDERMILK; PERRY; BOBAK, 2002).

Nesse contexto, destaca-se a SAE para garantir um cuidado de enfermagem de forma sistemática, organizada e planejada. Com o objetivo de formular princípios que, quando aplicados às atividades de enfermagem, possam ser efetivos na ajuda ao paciente e na melhoria da assistência de enfermagem a este paciente. (SPERANDIO & ÉVORA, 2005).

Para obter uma assistência de enfermagem numa liguagem que todos os profissionais enfermeiros compreendam, é ideal a utilização de taxonomias, como a NANDA-International (NANDA-I), a Nursing Interventions Classification (NIC) e Nursing Outcome Classification (NOC).

Segundo Oliveira et al. (2007), para estabelecer um diagnóstico de enfermagem, a atenção do profissional deve estar voltada não somente para os sinais e sintomas da patologia, mas também para seus efeitos na vida do paciente. Assim, o diagnóstico de enfermagem serve de base para a escolha de intervenções para o alcance dos resultados pelos quais o enfermeiro é o responsável.

Destacando a NANDA-I, que diz:

Um diagnóstico de enfermagem pode ser parte do processo de enfermagem e é um julgamento clínico sobre o indivíduo, família ou experiências / respostas para os problemas reais ou potenciais de saúde / processos de vida da comunidade. Os diagnósticos de enfermagem são desenvolvidos com base em dados obtidos durante a avaliação de enfermagem.
Um diagnóstico real de enfermagem apresenta uma resposta de problema presente no momento da avaliação. (HERDMAN,2012).

 

Para a NIC, uma intervenção de enfermagem consiste em: “qualquer tratamento baseado no julgamento e no conhecimento clínico realizado por um enfermeiro para melhorar os resultados do paciente/cliente”. (DOCHTERMAN, BULECHEK, 2010).

Como a enfermagem é uma profissão que atende o paciente de forma sistematizada e completa, aparece a NOC, que enfatiza o uso de uma linguagem clara e útil, capaz de avaliar os cuidados por meio do emprego dos resultados de enfermagem. Dessa forma, os resultados de enfermagem descrevem: o estado, os comportamentos e as percepções ou sentimentos do paciente em resposta ao cuidado que lhe foi prestado. (MOORHEAD et al., 2010).

Para Cunha (2007), o ser enfermeiro possui diversas competências que lhe são confiadas em relação à aplicação de suas práticas, principalmente devido à bagagem de conhecimentos técnico-científicos que possui. Seu plano de cuidar mostra-se voltado para a busca de ações que beneficiem o desenvolvimento de práticas que visam auxiliar os pacientes.E, em se tratando do tratamento do paciente com diabetes, suas atividades se intensificam principalmente no que se refere à conscientização e à educação continuada de saúde, possibilitando, assim, que suas atribuições se tornem efetivas como apoio aos pacientes, que, na maioria das vezes, se veem não tão confiantes de que podem ter, mesmo com a confirmação da doença, uma vida ativa.

Em vista disso, temos que esclarecer a importância da educação em saúde para o tratamento da diabetes, pois é a partir dela que a pessoa com diabetes poderá incorporar cuidados em seu dia a dia. As ações educativas desenvolvidas com este grupo de pessoas precisam estar voltadas para a motivação das mesmas na perspectiva de que estas venham a adquirir conhecimentos, desenvolver habilidades que lhes possibilitem viver uma vida mais saudável. Assim como, proporcionar condições adequadas para conviver com situações que se apresentam no convívio com este distúrbio crônico. Devem oferecer apoio social, emocional, psicológico, sempre buscando a participação efetiva do cliente e da família. (DESG, 2000).

No entanto, tais atividades podem ser difíceis de serem seguidas, mesmo por gestantes conhecedores da patologia e das repercussões que ela pode trazer. Logo, esta foi a principal motivação para a realização desta pesquisa, pois, na disciplina de Obstetrícia, no oitavo semestre, tive a possibilidade de estudar tal patologia e conhecer suas complicações e fatores de riscos. Entretanto isso não foi suficiente para eu conseguir evitar a ocorrência da doença e conseguir controlá-la, após a descoberta.

Sendo assim, o trabalho apresenta como questões norteadoras: Quais as implicações apresentadas pela paciente com diabetes gestacional? Como o enfermeiro pode, a partir desse contexto, elaborar um plano de cuidados com base na Taxonomia da NANDA-I/NIC/NOC para essa situação clínica?

Diante disso, procura-se aperfeiçoar o conhecimento da missão ativa do enfermeiro no acompanhamento da gestante com diabetes gestacional, para promover assistência eficiente, visando à qualidade de vida e à autoestima dessas mulheres.

2  OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Identificar e sintetizar as evidências encontradas na literatura de enfermagem relacionadas às implicações da diabetes gestacional para subsidiar a construção de um plano de cuidados com base na Taxonomia da NANDA-I/NIC/NOC.

2.2 Objetivos Específicos

Elaborar um plano de cuidados para essa situação, utilizando a Taxonomia da NANDA-I/NIC/NOC.

3 METODOLOGIA

3.1 Tipo de estudo

O estudo em questão foi uma pesquisa metodológica. Segundo Polit e Beck (2011), este tipo de pesquisa tem como finalidade a elaboração, validação e avaliação de instrumentos e técnicas de pesquisa. Centra-se no desenvolvimento de ferramentas específicas de coleta de dados com vistas a melhorar a confiabilidade e validade desses instrumentos.

  No entanto, vai ser elaborado um plano de cuidados para essas pacientes, subsidiado pela taxonomia NANDA-I, NIC, NOC.

Foram levantadas todas as implicações da DG para a vida da mulher. De posse desses resultados, a pesquisadora selecionaram os Domínios da NANDA-I que foram evidenciados na Revisão e, a partir disso, identificaram quais Diagnósticos de Enfermagem poderiam ser elaborados, com base na referência mais atualizada na NANDA-I (HERDMAN, 2012).

Após ampla discussão, foram listados os diagnósticos prioritários para esse contexto e, partir daí, com base na literatura também específica sobre a temática, foram formulados os resultados esperados (R?) e intervenções necessárias (R?).

O resultado desta etapa permitiu a construção do plano de cuidados direcionado a pacientes com Diabetes Gestacional, de forma a ser utilizado pelo enfermeiro no contexto clínico.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO DA ETAPA 1

4.1 Estabelecimento da hipótese ou da questão de pesquisa

O tema da presente revisão é “Diabetes gestacional”. Diante disso, a pergunta norteadora desta revisão integrativa é: Quais as implicações da diabetes gestacional para a vida da mulher?

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO DA ETAPA

Ao analisar as implicações da diabetes gestacional, e fazendo um paralelo com os domínios da NANDA-I, foi possível identificar que algumas das situações apresentadas pelas mulheres eram também problemas de enfermagem e dessa forma poderiam ser abordados pelos profissionais Enfermeiros.

No Quadro 1 a seguir, estabeleceu-se a relação entre os domínios da NANDA-I e as complicações da Diabetes Gestacional.

Quadro 1 –Domínios, implicações e diagnósticos de enfermagem

DomínioImplicaçõesDiagnósticos de Enfermagem
Promoção da SaúdeDificuldade no controle da alimentação.Comportamento de saúde propenso a risco.
NutriçãoObesidades;     Ganho de peso;     Hipoglicemia.Nutrição desequilibrada: mais que as necessidades corporais. Risco de nutrição desequilibrada: mais que as necessidades corporais. Risco de glicemia instável.  
Atividade e repousoDeficit no autocuidado relacionado a sono e repouso; Deficit no autocuidado relacionado a atividade fisica.Padrão de sono prejudicado. Fadiga.  
9- Enfrentamento/ Tolerância ao estresseAnsiedade; Sentimento de negação; Medo; Preocupação.Ansiedade.
11-Segurança/ ProteçãoInfecção urinária.Risco de infecção.

Destaca-se que as situações de hipertensão e pré-eclampsia são situações clínicas em que o enfermeiro não pode elaborar diagnósticos específicos seus, logo o mesmo vai trabalhar para evitar complicações nestas alterações clínicas.

Diante dos resultados encontrados, elaborou-se um novo Quadro 4 que permitiu a visualização de um plano de cuidado para mulheres com diabetes gestacional baseado nas taxonomias NANDA-I, NIC e NOC.

Quadro 2 –Domínios, diagnósticos de enfermagem, resultados de enfermagem, intervenções de enfermagem

(Continua)

DomínioDiagnóstico de EnfermagemResultados de EnfermagemIntervenções de Enfermagem
Promoção da saúdeComportamento de saúde propenso a risco.Conhecimento: gravidezEducação para a saúde; Aconselhamento na pré-concepção; Cuidados no pré-natal; Educação para a saúde.
NutriçãoNutrição desequilibrada: mais que as necessidades corporais.  Controle do peso  Assistência para reduzir o peso; Modificação do comportamento; Aconselhamento nutricional.
Risco de nutrição desequilibrada: mais que as necessidades corporais.Controle do pesoControle da nutrição; Controle de Peso; Promoção de exercícios; Estabelecimento de metas mútuas.
Risco de glicemia instável.Controle da glicemiaControle da hipoglicemia; Controle da hiperglicemia.

Quadro 3 –Domínios, diagnósticos de enfermagem, resultados de enfermagem, intervenções de enfermagem

(Continuação)

DomínioDiagnóstico de EnfermagemResultados de EnfermagemIntervenções de Enfermagem
4. Atividade e RepousoPadrão de sono prejudicado.  Bem-estar pessoal SonoMelhora do enfrentamento; Melhora do sono; Suporte emocional; Promoção de exercícios.
Fadiga.  Conservação da energia ResistênciaControle de energia; Controle de energia; Identificação de riscos; Terapia com exercícios; Controle do Humor.
9. Enfrentamento/ Tolerância ao estresseAnsiedade.Autocontrole da ansiedade EnfrentamentoMelhora do Enfrentamento; Redução da ansiedade; Orientação Antecipada; Suporte Emocional.  
11-Segurança/ ProteçãoRisco de infecção.Gravidade da infecçãoCuidados na gravidez de alto risco; Cuidados na retenção urinária.

Fonte: Johnson et al., 2009; Dochterman et al., 2010; Herdman.,2012.

Conforme explicitado anteriormente, a SAE é um processo de trabalho que facilita a organização, o planejamento e a evolução do cuidado prestado ao paciente assistido pelo enfermeiro. Por isso, o profissional deve fazer uso de linguagem única e padronizada, para favorecer o processo de comunicação entre os enfermeiros, transmitindo a todos os mesmos significados, e que a eficácia desejada na comunicação seja atingida. (CUNHA, 2005).

Ao utilizar a SAE acredita-se que assistência prestada pelo enfermeiro à gestante diabética será organizada por meio de um grupo de ações para a saúde, visando à conscientização e à modificação de comportamento frente à sua problemática. Logo, a finalidade é levá-la a atuar preventivamente, diminuindo os agravos provenientes da evolução natural da patologia, investindo no desenvolvimento da capacidade e das habilidades que indivíduo possui para o autocuidado. (SCHIRMER 1989, p.20-21).

Diante disso, a sistematização do atendimento deve ser o foco do cuidar de enfermagem. Encontrando problemas e desenvolvendo diagnósticos específicos da nossa área, criando planos de cuidar, visando melhorar e prevenir complicações causadas pela diabetes gestacional.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O intuito inicial desta pesquisa era sintetizar as informações encontradas em estudos já publicados sobre os cuidados de enfermagem a pacientes com diabetes gestacional, mas infelizmente não foi encontrado um número significativo de estudos para a elaboração da pesquisa. Isso mostra que a enfermagem necessita de aperfeiçoamento na assistência à gestante com diabetes gestacional. Por esse motivo, sintetizei as complicações causadas pela diabete gestacional, e elaborei o plano de cuidados baseado em NANDA-I, NIC, NOC.

Logo, é visto que o papel do enfermeiro junto à grávida com diabetes gestacional tem que se focar principalmente na educação em saúde, abordando as seguintes temáticas: tratamento, dietas e prática de atividades físicas. Ou seja, na conscientização, orientação e informação da paciente acerca da importância da realização do tratamento em busca da recuperação de sua autoestima e bem-estar.

Advoga-se, portanto, que a atuação do enfermeiro não se deve limitar à assistência no uso de insulina e sim voltar-se à prevenção e promoção da saúde da mulher, procurando meios de convivência que ajudem a gestante a vencer os obstáculos encontrados durante a gestação, por causa da diabetes gestacional.

Assim, ao resumir todas as complicações e ao utilizar as taxonomias NANDA-I, NIN, NOC, conseguiu-se criar um plano de cuidado para a gestante com diagnóstico de diabetes gestacional. Dessa forma, espera-se que o atual estudo possa contribuir para a assistência de enfermagem à paciente com DG. Além disso, que outros pesquisadores se interessem pelo o assunto e coloquem em prática o que está descrito aqui, valorizando o papel principal da enfermagem, que é sistematizar a assistência.

Acredita-se que o presente estudo limitou-se por seu desenho metodológico, uma vez que não foram incluídos artigos de outras nacionalidades, o que pode ter reduzido o número das complicações e implicações da DG encontradas. Além disso, o plano de cuidados foi elaborado somente pela autora do estudo e por sua orientadora e, portanto, necessita ser validado por outros profissionais da área, para que possa ser utilizado no contexto clínico.

No mais, novas pesquisas devem ser realizadas com essa clientela, tanto para conhecer melhor o seu perfil, como pesquisas de intervenções direcionadas a reais necessidades que as pacientes apresentem.

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