THE THROMBOTIC POTENTIAL RELATED TO THE USE OF COMBINED ORAL CONTRACEPTIVES: A LITERATURE REVIEW
EL POTENCIAL TROMBÓTICO RELACIONADO CON EL USO DE ANTICONCEPTIVOS ORALES COMBINADOS: UNA REVISIÓN DE LA LITERATURA
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202412141619
Antonia Revanha Da Silva Nascimento1;
Katlley Lorrany Cardoso Coelho2;
Carolinne de Oliveira Marquez3
Resumo
Os contraceptivos orais combinados (COCs) são amplamente empregados como uma opção popular de contracepção. Contudo, estudos recentes têm levantado preocupações significativas acerca do potencial trombótico desses medicamentos, especialmente no que diz respeito ao risco de tromboembolismo venoso (TEV). O presente estudo busca não apenas investigar essa relação, mas também fornecer uma análise aprofundada dos fatores de risco, mecanismos biológicos e implicações clínicas envolvidas. Por meio de revisão bibliográfica e análise crítica dos dados disponíveis, procuramos elucidar os mecanismos subjacentes ao aumento do risco trombótico associado ao uso de COCs. Além disso, objetivamos destacar a importância de uma abordagem individualizada no manejo contraceptivo, levando em consideração os diversos fatores que podem influenciar a resposta de cada paciente a esses medicamentos. Ao promover uma melhor compreensão dos riscos e benefícios dos contraceptivos orais combinados, esperamos contribuir para uma prática clínica mais informada e para a adoção de estratégias terapêuticas mais seguras e eficazes.
Palavras-chave: Contraceptivos orais combinados; Trombose; Risco trombótico; Segurança; Conscientização.
Abstract
Combined oral contraceptives (COCs) are widely used as a popular contraceptive option. However, recent studies have raised significant concerns about the thrombotic potential of these medications, especially regarding the risk of venous thromboembolism (VTE). This study aims not only to investigate this relationship but also to provide an in-depth analysis of the risk factors, biological mechanisms, and clinical implications involved. Through literature review and critical analysis of available data, we seek to elucidate the underlying mechanisms behind the increased thrombotic risk associated with the use of COCs. Additionally, we aim to highlight the importance of an individualized approach in contraceptive management, taking into account the various factors that may influence each patient’s response to these medications. By promoting a better understanding of the risks and benefits of combined oral contraceptives, we hope to contribute to a more informed clinical practice and the adoption of safer and more effective therapeutic strategies.
Keywords: Combined oral contraceptives; Thrombosis; Thrombotic risk; Security; Awareness.
Resumen
Los anticonceptivos orales combinados (COC) son ampliamente utilizados como una opción anticonceptiva popular. Sin embargo, estudios recientes han generado preocupaciones significativas sobre el potencial trombótico de estos medicamentos, especialmente en lo que respecta al riesgo de tromboembolismo venoso (TEV). Este estudio tiene como objetivo no solo investigar esta relación, sino también proporcionar un análisis en profundidad de los factores de riesgo, mecanismos biológicos e implicaciones clínicas involucradas. A través de una revisión bibliográfica y análisis crítico de los datos disponibles, buscamos elucidar los mecanismos subyacentes detrás del aumento del riesgo trombótico asociado con el uso de COC. Además, nuestro objetivo es resaltar la importancia de un enfoque individualizado en la gestión anticonceptiva, teniendo en cuenta los diversos factores que pueden influir en la respuesta de cada paciente a estos medicamentos. Al promover una mejor comprensión de los riesgos y beneficios de los anticonceptivos orales combinados, esperamos contribuir a una práctica clínica más informada y a la adopción de estrategias terapéuticas más seguras y efectivas.
Palabras clave: Anticonceptivos orales combinados; Trombosis; Riesgo trombótico; Seguridad; Conciencia.
A trombose é uma condição médica que pode ter consequências graves, afetando milhões de pessoas ao redor do mundo. Compreender os fatores que contribuem para a formação de trombos e as complicações associadas é essencial para a prevenção e tratamento eficazes. Este estudo explora o potencial trombótico e as diversas influências que podem aumentar o risco dessa condição (Tua Saúde, 2024).
O termo “trombótico” está relacionado à formação de trombos, que são coágulos sanguíneos que se formam dentro dos vasos sanguíneos. O potencial trombótico refere-se à capacidade de formação de trombos em determinadas situações ou condições. Essa capacidade pode ser influenciada por uma série de fatores, incluindo condições médicas subjacentes, estilo de vida, e até mesmo predisposição genética (Tavares & Salgado, 2023).
A formação de trombos pode ser uma resposta normal do corpo a lesões nos vasos sanguíneos, ajudando a estancar sangramentos. No entanto, quando ocorre de forma descontrolada ou em situações inadequadas, pode levar a sérias complicações, como oclusão dos vasos sanguíneos, resultando em eventos cardiovasculares graves, como infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral (AVC) (Tavares & Salgado, 2023).
Alguns dos fatores que podem aumentar o potencial trombótico incluem as certas condições médicas, como aterosclerose, diabetes, hipertensão arterial, obesidade e distúrbios do sangue (como trombofilias hereditárias), podem aumentar o risco de formação de trombos. O estilo de vida, como tabagismo, inatividade física e uma dieta rica em gorduras saturadas e alimentos processados, podem contribuir para o aumento do risco de trombose e não se pode esquecer de alguns medicamentos, como contraceptivos orais, terapia de reposição hormonal e certos medicamentos para tratamento de câncer, podem aumentar o risco de formação de trombos (Rodriguez, 2020).
A trombose é um processo complexo que envolve a formação de um coágulo sanguíneo dentro de um vaso sanguíneo. Este processo se inicia com uma lesão no revestimento interno do vaso, o endotélio, que provoca a ativação das plaquetas e da cascata de coagulação. As plaquetas aderem ao local da lesão, formando um plugue inicial, enquanto a fibrina é depositada para consolidar o coágulo. Com o tempo, o coágulo passa por um processo de organização e eventual dissolução. A gravidade da trombose depende da localização e do tamanho do coágulo, podendo resultar em complicações graves como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) ou embolia pulmonar (Rodriguez, 2020).
Os contraceptivos hormonais são opções contraceptivas que são consideradas reversíveis. Eles contêm hormônios que são naturalmente produzidos pelo corpo das mulheres e são capazes de controlar a ovulação e impedir o processo de fecundação. Os contraceptivos reversíveis mais utilizados são os Anticoncepcionais Conjugados Orais (ACOs), que combinam formas sintéticas dos hormônios estrogênio e progestogênio, semelhantes aos produzidos pelos ovários (Gonçalves, Castro & Maciel,2022).
O uso de contraceptivos orais combinados (COCs) também pode estar relacionado à trombose venosa profunda (TVP), na qual há a formação de coágulos sanguíneos nas veias profundas, resultando na obstrução parcial ou total dos vasos. Além da TVP, pode ocorrer também a trombose venosa cerebral (TVC), caracterizada pela formação de coágulos nos seios venosos e nas veias cerebrais. Essa condição clínica é pouco comum e frequentemente subdiagnosticada (Machado, et al., 2022).
Os contraceptivos orais combinados são uma forma popular de controle de natalidade que contêm uma combinação de estrogênio e progestina. Embora sejam eficazes na prevenção da gravidez, eles também apresentam um risco potencial de aumentar a coagulação sanguínea, o que pode levar à formação de trombos (coágulos sanguíneos) e potencialmente causar complicações trombóticas (Bovo, et al., 2023).
O potencial trombótico relacionado ao uso de contraceptivos orais combinados é uma preocupação importante em saúde pública e tem sido objeto de estudos e revisões científicas. O mecanismo exato pelo qual os contraceptivos orais combinados aumentam o risco de trombose ainda não é completamente compreendido, mas acredita-se que envolva uma série de efeitos sobre o sistema de coagulação sanguínea (Ortega, et al., 2020).
Segundo Barbosa e Chaves(2021), essa analogia é crucial para alertar a população sobre o risco de trombose relacionado ao uso de contraceptivos orais combinados. Essa conscientização é essencial para promover a segurança dos usuários, permitindo-lhes identificar sinais precoces de trombose e discutir fatores de risco individuais com seu médico, para reduzir os riscos, assegurar a eficácia do tratamento e fomentar a saúde pública.
Os contraceptivos hormonais são opções contraceptivas que são consideradas reversíveis. Eles contêm hormônios que são naturalmente produzidos pelo corpo das mulheres e são capazes de controlar a ovulação e impedir o processo de fecundação. Os contraceptivos reversíveis mais utilizados são os Anticoncepcionais Conjugados Orais (ACOs), que combinam formas sintéticas dos hormônios estrogênio e progestogênio, semelhantes aos produzidos pelos ovários (Luz, Barros & Branco, 2021).
De acordo com informações da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), cerca de 100 milhões de mulheres utilizam esses medicamentos. Portanto, é possível afirmar que compreender e analisar os procedimentos relacionados à pílula é crucial para a saúde coletiva (Von Rondow, 2022).
Este artigo tem como objetivo demonstrar por meio de dados científicos, o potencial trombótico relacionado ao uso de contraceptivos orais combinados. Mediante a disseminação desses dados, procura-se sensibilizar a comunidade sobre os perigos desse relacionamento, com o intuito de incentivar uma terapia medicamentosa mais segura e eficiente.
O uso de contraceptivos orais combinados (COCs) também pode estar relacionado à trombose venosa profunda (TVP), na qual há a formação de coágulos sanguíneos nas veias profundas, resultando na obstrução parcial ou total dos vasos. Além da TVP, pode ocorrer também a trombose venosa cerebral (TVC), caracterizada pela formação de coágulos nos seios venosos e nas veias cerebrais. Essa condição clínica é pouco comum e frequentemente subdiagnosticada (Febrasgo, 2016).
2. Metodologia
Esta pesquisa adotará uma abordagem qualitativa para explorar o potencial trombótico relacionado ao uso de contraceptivos orais combinados no período de 2019 a 2024. A metodologia qualitativa permite uma compreensão aprofundada do fenômeno estudado, buscando insights e interpretações ricas em relação às experiências e percepções dos indivíduos envolvidos.
O processo de pesquisa será conduzido em várias etapas, utilizando conhecimentos, métodos e técnicas científicas. A revisão integrativa e explicatória da literatura será realizada para coletar informações relevantes sobre o tema. Serão utilizadas palavras-chave como “Contraceptivos”, “anticoncepcionais”, “trombose”, ‘‘potencial trombótico’’, ‘‘risco trombose’’, “Contraceptives”, ” thrombosis”, “thrombotic potential’’, para identificar estudos e artigos pertinentes. Para a coleta de dados, serão utilizados os recursos disponíveis nos portais da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e do Ministério da Saúde, ou bases de dados disponíveis na web, além de pesquisas em artigos, documentos, bancos de dados governamentais e sites oficiais. Será realizada uma análise detalhada dos dados coletados, buscando padrões, tendências e informações relevantes relacionadas ao potencial trombótico.
Após a coleta de dados, os materiais serão cuidadosamente examinados e categorizados de acordo com os temas e questões de pesquisa. As técnicas de análise de conteúdo serão empregadas para identificar padrões e tendências relevantes nos dados, buscando insights e compreensões adicionais sobre o potencial trombótico associado ao uso de contraceptivos orais.
Os resultados serão interpretados à luz do conhecimento científico existente sobre o tema, incorporando descobertas anteriores e teorias relevantes. Os dados adquiridos proporcionarão uma compreensão mais ampla dessa interação e poderão oferecer suporte para o desenvolvimento de estratégias e diretrizes que favoreçam uma farmacoterapia mais segura e eficiente.
Por fim, os resultados serão comunicados de maneira clara e concisa, destacando os principais achados da pesquisa. Será enfatizada a relevância prática dos resultados, ressaltando a importância de conscientizar profissionais de saúde e a população sobre o potencial trombótico associado ao uso de contraceptivos orais combinados visando promover uma abordagem mais segura e eficaz no uso dessas substâncias.
3. Resultados e Discussão
Os contraceptivos orais, comumente referidos como pílulas anticoncepcionais, representam métodos confiáveis que, além de prevenir a concepção, têm sido recomendados para outros propósitos, tais como o manejo do hiperandrogenismo (aumento dos níveis de hormônios masculinos), tratamento da acne, alívio da dismenorreia (cólicas menstruais), controle da menorragia (excesso de sangramento menstrual) e mitigação da tensão pré-menstrual (Carrias, 2019).
Os contraceptivos orais, apesar de sua eficácia comprovada, estão sujeitos a um escrutínio constante devido aos potenciais riscos à saúde das mulheres. Recentemente, estudos têm levantado preocupações sobre os efeitos dos contraceptivos hormonais combinados na coagulação sanguínea e no risco de trombose. A relação entre o uso desses contraceptivos e o aumento do risco de tromboembolismo venoso (TEV) tem sido objeto de debates e investigações. Alguns pesquisadores observaram que os contraceptivos orais combinados contendo progestinas de terceira geração podem apresentar um risco trombótico mais elevado em comparação com outras formulações (Smith & Garcia, 2024).
As pílulas anticoncepcionais representaram um grande progresso na prevenção da gravidez, contribuindo para uma considerável autonomia feminina. Esses fármacos podem ser categorizados de acordo com sua composição em combinados (contendo estrógenos e progestágenos) e não combinados (compostos apenas por progestagênios) (Oliveira & Trevisan,2021).
Apesar da comprovada efetividade dos contraceptivos orais, episódios de falha contraceptiva têm sido correlacionados à inconsistência na administração das doses. A falta de aderência ao esquema de uso por parte das mulheres é identificada como uma causa dessa lacuna, levando a uma diminuição da eficácia do tratamento (Carrias, 2019).
Métodos contraceptivos hormonais combinados, que incluem estrogênio e progesterona, são os meios de prevenção da gravidez mais comuns, utilizados por mais de 100 milhões de mulheres. Entretanto, há alternativas aos contraceptivos hormonais combinados orais, como o anel vaginal combinado e contraceptivos injetáveis, que proporcionam vantagens semelhantes e podem facilitar a aplicação (Chaveiro & Vitorino, 2020).
Segundo Pimentel, et al., (2022), os contraceptivos hormonais combinados (COC) possuem diversas categorias, incluindo os contraceptivos orais combinados contendo 50 mg de etinilestradiol (EE), considerados de primeira geração. As pílulas anticoncepcionais combinadas de segunda geração possuem doses mais reduzidas de estradiol (20, 30 ou 35 mg).
As pílulas contraceptivas combinadas de terceira geração contêm progestinas desogestrel e gestodeno, formuladas para terem menor atividade androgênica que a segunda geração. As pílulas contraceptivas de quarta geração, incluindo a progestina drospirenona derivada da espironolactona, têm propriedades antiandrogênicas, entre outras (Pimentel, et al., 2022).
Os anticoncepcionais orais combinados disponíveis comercialmente incluem uma mistura de um estrogênio, mestranol ou etinilestradiol, e um progestogênio. As primeiras pílulas aprovadas continham 150 mg de mestranol. No entanto, constatou-se que o mestranol (50 mg) era equivalente àqueles contendo 35 mg de etinilestradiol (De Sousa, 2019).
Por isso, a quantidade de estrogênio nos anticoncepcionais orais combinados foi reduzida nas últimas décadas com o intuito de diminuir os efeitos adversos associados a eles, uma vez que grandes quantidades de mestranol aumentavam os riscos de desenvolvimento de trombose venosa profunda (Ferreira & Paixão, 2021).
Os métodos contraceptivos podem ser classificados como reversíveis, abrangendo métodos comportamentais, dispositivos de barreira, terapias com pílulas hormonais, Dispositivo Intrauterino (DIU) e contracepção de emergência (pílula do dia seguinte), ou podem ser métodos definitivos por meio de abordagens cirúrgicas ou esterilização. Os contraceptivos influenciam a viscosidade do sangue e a estrutura das paredes vasculares. Portanto, o risco associado ao uso desses medicamentos está relacionado ao aumento dos níveis sanguíneos dos fatores de coagulação II, VII, IX e X, além da redução dos níveis de antitrombina III e do aumento de monômeros de fibrina no plasma (Figueiredo, Rodriguez, Lima & Nagata, 2022).
Os contraceptivos orais à base de antiandrogênios têm a capacidade de inibir os efeitos biológicos dos andrógenos, que podem contribuir para o desenvolvimento do TEV (Tromboembolismo Venoso) quatro vezes mais do que os contraceptivos orais contendo levonorgestrel, um contraceptivo de emergência. Assim, o uso de contraceptivos combinados com hormônios progestágeno e estrogênio está correlacionado com o efeito e a intensidade dos eventos tromboembólicos. O hormônio levonorgestrel está associado a um menor risco de TEV (Couto, et al., 2020).
O comprimido anticoncepcional representa a forma mais comum de contracepção disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Este método contraceptivo pode apresentar diversos riscos à saúde da mulher; contudo, isso não implica necessariamente que se deva sempre recomendar o uso de contraceptivos contendo levonorgestrel. É prudente, no entanto, estar ciente dos riscos de TEV, bem como dos benefícios adicionais de cada progestagênio, de acordo com as características individuais da paciente, a fim de elaborar uma prescrição adequada às necessidades específicas (Sampaio, et al., 2019).
O impacto dos COC no risco de trombose varia conforme o progestagênio empregado e a quantidade de etinilestradiol. Os COCs que incluem progestagênios de terceira geração apresentam um risco trombótico mais elevado em comparação com outras formulações. Tanto a adiposidade quanto a utilização de COCs são elementos de risco para eventos tromboembólicos. Os estrógenos externos podem intensificar a coagulação sanguínea e ativar a porção vasoconstritora do sistema renina-angiotensina, ampliando o risco de trombose de dois a quatro vezes em usuários de COCs (Lucas, et al., 2024).
4. Conclusão
Baseado nos dados encontrados na pesquisa, observamos a necessidade crítica de conscientização pública sobre os riscos trombóticos associados ao uso de contraceptivos orais combinados. Este estudo destaca a importância de uma compreensão aprofundada dos mecanismos trombóticos induzidos por estes contraceptivos para facilitar uma abordagem mais informada e segura no manejo contraceptivo. Reconhecendo os benefícios dos contraceptivos orais na autonomia reprodutiva e controle de natalidade, é vital equilibrar essas vantagens com a conscientização dos riscos potenciais de eventos tromboembólicos, especialmente em mulheres com fatores de risco preexistentes.
Os resultados do estudo enfatizam a necessidade de uma avaliação cuidadosa dos fatores de risco individuais antes da prescrição de contraceptivos orais e a importância da educação dos pacientes sobre sinais e sintomas de complicações trombóticas. Isso é crucial para a detecção precoce e o manejo adequado de possíveis eventos adversos, promovendo assim uma estratégia contraceptiva mais segura e eficaz.
Diante do exposto, a pesquisa aponta para a necessidade de estudos futuros que possam elucidar ainda mais os mecanismos biológicos por trás da relação entre contraceptivos orais combinados e o aumento do risco de trombose, com o objetivo de desenvolver formulações mais seguras que minimizem esse risco enquanto mantêm a eficácia contraceptiva. Assim, este trabalho contribui significativamente para o campo da saúde reprodutiva, oferecendo insights valiosos para a prática clínica e a formulação de políticas públicas orientadas para a saúde e segurança das mulheres.
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1 ORCID: https://orcid.org/00009-0004-1730-7444
Faculdade Integrada Carajás, Brasil
E-mail: Revanhanascimento880@outlook.com
Graduanda em Farmácia
2ORCID: https://orcid.org/0009-0006-2126-7822
Faculdade Integrada Carajás, Brasil
E-mail: Kathey.102030@gmail.com
Graduanda em Farmácia
3ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6556-5094
Faculdade Integrada Carajás (FIC)
E-mail: carolzinhaoliveiramarquez@yahoo.com.br Farmacêutica e docente do curso de Farmácia