O PAPEL DO PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM NA EJA: CONSIDERAÇÕES E CONCEPÇÕES DA APLICAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS NA ESCOLA ESTADUAL JOSÉ MELO DE OLIVEIRA EM CODAJÁS-AM

THE ROLE OF THE PORTUGUESE LANGUAGE TEACHER IN THE TEACHING LEARNING PROCESS IN EJA: CONSIDERATIONS AND CONCEPTIONS OF THE APPLICATION OF NEW TECHNOLOGIES IN THE STATE SCHOOL JOSÉ MELO DE OLIVEIRA IN CODAJÁS-AM

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7428338


Elcilene Araújo da Costa1
Arlindo Costa2
Saiba Magalhães Stein3
Francisco Hermes Cavalcante de Lima4
Leodineia Gama de Andrade5
Daniela do N. Lima Naziazeno6
Joristelma de Souza Queiro7
                                                        Suelen Cristina Marcião Lousada8


RESUMO: A educação se fortifica pela atuação dos professores de maneira consistente e conciliadora, não garantir condições dignas de trabalho e a motivação necessária para um desenvolvimento de base os resultados são totalmente frágeis, sem perspectivas de melhorias no processo ensino aprendizagem. E quando o assunto é a Educação de Jovens e Adultos -EJA, o papel do professor é crucial, principalmente na receptividade e amparo desses alunos, que por motivos diversos estiveram à margem da escola e mesmo com a necessidade de obter a escolarização, a educação não chega a ser uma prioridade em suas vidas, ainda que as condições de adaptabilidade sejam complexas, pois as atribuições, o conflito de horários, interesses de patrões e de companheiros são fragilidades que precisam ser atacadas, e ainda, devido a pouca oferta de tempo para a dedicação ao estudo são presas fáceis da evasão escolar. Por se tratar de um público brotado de conflitos, dependem de muitos fatores para fazer o percurso do início ao fim do curso, e os professores podem auxiliar nessa integração. As estatísticas mostram que o nível de abandono dos alunos da EJA é discrepante e requer empenho para minimizar perdas e gerar aprendizado. Analisar o papel do professor da EJA dentro do processo educacional na procura de uma realidade dentro do ensino de língua portuguesa, acionando as tecnologias aplicadas e as oportunidades na escola pública José Melo de Oliveira de Codajás -AM, a percepção dos fatores de impacto na condução de mudanças significativas para a educação nessa modalidade. A metodologia utilizada é do tipo explicativa cuja natureza é qual quantitativa, delineando as causas, integrando ideias para soluções que promovem a síntese dos resultados. Respondendo aos questionamentos, os resultados mostraram que os professores de língua portuguesa da EJA buscam acolher as novas tecnologias, trazendo-as para o ambiente de trabalho O estudo acercou-se da participação dos docentes na difusão das novas tecnologias, verificou as diferentes maneiras de utilização das novas tecnologias e buscou mecanismos inteligentes de sobrepor as barreiras impostas.

PALAVRAS-CHAVE: Papel do Professor. Ensino. Tecnologias. Desenvolvimento. Educação

ABSTRACT: Education is strengthened by the performance of teachers in a consistent and conciliatory manner, not guaranteeing decent working conditions and the motivation necessary for a basic development results are totally fragile, with no prospects of improvements in the teaching learning process. And when it comes to Youth and Adult Education (EJA), the role of the teacher is crucial, especially in the receptivity and support of these students, who  for various reasons  were on the margins of the school and even with the need to obtain schooling, education  it is not a priority in their lives, even if the conditions of adaptability are complex, because the attributions, the conflict of schedules, interests of employers and companions are weaknesses that need to be attacked, and also, due to the little time available for dedication to study are easy prey of school dropout.  Because it isa public sprouted from conflicts, itdepends on many factors to make the journey from the beginning to the end of the course, and teachers can assist in this integration. Thestatistics show that the level of dropout of EJA students is discrepant and requires effort to minimize losses and generate learning.  Tosmooth the role of the EJA teacher within the educational process in the search for a reality within Portuguese language teaching, triggering the applied   technologies and opportunities in the public-school José Melo de Oliveira de Codajás -AM, the perception of impact factors in the conduction of significant changes for education in this modality. The methodology used is of the explanatory type whose nature is qualiquantitative, outlineing the causes, integrating ideas for solutions that promote the synthesis of results. Responding to the questions, the results showed that the Portuguese-speaking teachers of the EJA sought to welcome the new technologies, bringing them to the work environment The study was close to the participation of teachers in the dissemination of new technologies, verified the different ways of using new technologies and sought intelligent mechanisms to overcome the barriersimposed by the

Keywords: Role of the Professor.  I’m teaching.  It’s a technology. Development. Education

1 INTRODUÇÃO

O valor agregado pelas atribuições pode são ser tão representativos quando se trata do papel do professor na condução e diferenciação do estudo. A escola tem vida e progressão se contar com uma equipe de profissionais consistentes e o professor é, sem dúvidas nenhuma a peça principal

Camargo (2019) diz que o professor possuidor de metas no ensino torna o aluno motivado a aprender, diante da ideia do professor o aluno incorpora exemplos e se conduz para a aprendizagem de maneira significativa.

Por outro lado, o ambiente laboral, as academias e os pais de alunos almejam uma concepção escolar que tornem os jovens capacitados a explanar uma quantidade cada vez maior de conhecimento. 

Para que os alunos recebam um atendimento adequado e atualizado, é primordial, ter interações individuais ou coletivas com os educadores e as novas tecnologias, permitindo e incentivando-os a fazê-lo de maneira dinâmica e diversificada. 

França (2019) destaca que as novas tecnologias de informação e comunicação no contexto educacional das políticas públicas gera possibilidades de lutas e resistências e reforça o fato de que novas tecnologias midiáticas podem ser utilizadas para personalizar o estudo e trazer motivação aos educandos.

A partir das tecnologias, desenvolver novos métodos de ensino, mostrar que existem novas formas de interação social e orientar os alunos a alcançarem a autonomia intelectual, principalmente quando a internet, as novas tecnologias são integradas à vida escolar. 

A informação está disponível no ambiente do aluno, mas corre o risco de se perder por inúmeros aspectos, principalmente pela falta de indicação de utilidade, passando na maioria das vezes voltadas ao entretenimento por si só, não cabe apenas existir tem que ser mostrada razão da existência.

Neste estudo a iniciativa é conhecer o uso das novas tecnologias na Educação de Jovens e Adultos (EJA), com foco no professor mediador, destacando as dificuldades encontradas nas aulas de língua portuguesa pela ausência das mesmas, destacando as possíveis soluções aplicadas pelos professores para subsidiar mudanças e adaptações, da Escola Estadual José Melo de Oliveira, localizada no município de Codajás-Am/Brasil, no período de 2021/2022.

A formação docente tem que ser incentivada com a adoção de novas tecnologias, que a falta de hábito de uso dos elementos tecnológicos fragmenta a educação para uma clientela que vive essa nova corrente.

As TICs oferecem novas maneiras de aprendizagem com uma amplitude muito diversificada. No contexto escolar, os professores, alunos precisam de boas práticas na docência, a ambientação adaptada e funcional são condições unânimes que impactam nas práticas educacionais. Essa combinação deve gerar eficácia nas funções que integram a complementação do ensino como extensão para o orbe exterior do físico da escola.

O problema enfrentado por professores e alunos acerca das dificuldades do uso de tecnologias no processo ensino aprendizagem, é questionado quando os docentes da língua portuguesa se propõem em introduzir as novas tecnologias na disciplina, e como ela pode influenciar na educação do Ensino de Jovens e Adultos-EJA, mas que é impactada, principalmente, por inexistir suporte suficiente. 

As experiências de vida dos alunos da EJA são incorporadas ao procedimento de ensino e consequente aprendizagem, isso valida e justifica a aplicação do estudo que teve a inquietação de percebe a falta de aplicação tecnológica nas aulas no período da pandemia. 

A viabilidade do estudo é notória visto que seus participantes estão nas regiões de acesso à escola e seu alcance se dá pela liberdade de acesso, assim, verificar que nem sempre a vontade de intervir é o que determina as ações, são todos os fatores favoráveis, e sim precisa de um conjunto de elementos que compõem a formação individual de cada estudante, seja da modalidade regular ou EJA, visto que a motivação deve ser unânime para que o aluno entenda seu valor.

Fatores como a qualidade do conteúdo, adequação pedagógica das atividades, fluência da comunicação pedagógica, coerência dos processos de avaliação e acreditação são ações que requerem suporte técnico e motivação de acreditação para as condições de trabalho, o professor por sua vez é o elo da integração e precisa estar atualizado para conduzir os alunos a novas perspectivas.

Trata-se de uma pesquisa descritiva com enfoque qualiquantitativo que teve a incumbência de verificar as informações em base bibliográficas, documentais e na atividade de aplicabilidade dos instrumentos de coleta de dados para destacar os impactos que a ausência dos instrumentos tecnológicos causam nas aulas de língua portuguesa nas aulas da EJA. 

Cabe aos profissionais da educação buscar formação intelectual que embase e certifique, primeiramente o professor, que transfira para ele o compromisso como uma educação libertadora e de inclusão para agir como um vínculo entre a escola e alunos, dando a ambos a satisfação de uma relação de qualidade, equide e de valorização, sendo a difusora de conhecimento, mostrando que o aprendizado pode vir de várias formas e que não tem que ser obrigatoriamente presencial, mas tem que ser com compromisso voltado a progressão e apropriação do saber.

Como resultado é consistente ver a atuação de professores que desafiam o sistema e se posicionam a expandir suas aplicações, o profissional precisa de suporte e valorização para se dedicar cada vez mais a favor da construção de cidadania, mas como se pode ensinar cidadania, se falta para si? Como espelhar motivação se os reflexos dos seus trabalhos não condizem com a realidade idealizada, por isso muitos profissionais mudam suas estratégias e passam a ser meros instrumentos e isso rotula o sistema de ensino que não vê e trata com respeito seu principal ator.

2 A EJA (EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS) 

2.1 Como se efetivou na história essa modalidade? – breve contexto

A EJA, como sistema de integração de pessoas surgiu para promover um resgate no contexto educacional para dar oportunidades às escolas para brasileiros que perderam o fluxo da educação e seguem de forma particular contribuir para a melhoria da educação.

Miranda (2016) destaca que com o fim da ditadura Vargas, o país iniciou uma grande revolução na esfera política e social que passou por momentos de grande crise. Houve algumas críticas em relação aos adultos analfabetos, que chegaram a ser acusados de estarem nessa condição e, assim, atrapalharem o desenvolvimento do país. Começou a buscar a educação para todos para que o desenvolvimento fosse possível, o que tornou a educação de adultos famosa na sociedade.

Movimentos e necessidades sociais incluem grupos minoritários motivaram a formulação de meios de estudos que pudessem incluir o adulto no cenário educacional, as correntes de força para tentar dar dignidade a pessoas que por falta de oportunidades ficaram sem ter acesso à educação e por outro lado endossam uma camada da sociedade que tem dificuldades de ser acionada para auferir a vida com autonomia, tendo em vista da falta do currículo escolar.

Com a promessa de confirmação para os adultos passarem a ser visto como oportunizado para a educação, segundo Da Silva Cuba (2019), em 1947, ocorreu a “Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos” (CEAA), com o objetivo inicial de uma ação de larga escala de apoio à alfabetização de alunos durante três meses, passando então para uma ação faseada, visando à formação profissional e ao desenvolvimento comunitário. 

Na década de 1950, foi lançada a Campanha Nacional de Alfabetização (CNEA), marcando uma nova etapa nas questões para o público mais maduro. A organização entende que a ação de alfabetização não é suficiente, devendo ser priorizada social com distorção idade-série, cuja educação ainda pode significar a mudança de suas condições de vida. 

Costa (2018) sugere que a mobilização popular foi exigindo que fosse tomada atitudes para que fosse edificada condições de aparelhamento da estruturação do ensino adulto e nessa corrente já advém Paulo Freire que apresentou o PNA.

As novas diretrizes educacionais convergiam para a edificação de um novo modelo de educação e que a valorização de pessoas e o posicionamento social era para tecer a iniciativa de estender o atendimento a todos, integrando-os.

Segundo Lisboa (2020), o PNA propus um movimento de alfabetização que leva em conta o contexto de cada comunidade. No entanto, João Goulart, então presidente, foi submetido a uma intervenção militar no Brasil, e Freire, por suas ideias serem vistas como derrubadoras do novo governo, foi exilado.

Nesse ponto a reflexão da educação como aporte de ascensão social remete a uma inversão de valores, o Brasil prega a inclusão mais devido sua pluralidade cultural, não percebe essa realidade, a educação é um instrumento de libertação se for capacitadora e de reclusão se for mediada a dosagens mínimas de conhecimento.

Segundo Soares (2020) diante de um grave problema de analfabetismo no Brasil e pressões externas, desde 1967, o governo militar lançou o MOBRAL – Movimento pela Alfabetização Brasileira, ganhou projeção no território nacional, substituindo a mudança de seu comportamento. 

A indicação de inserção de novos meios de inclusão e ensino não vieram por méritos simples, foram aflorados mediante pressão popular que forçou o governo a se posicionar e que ainda na iniciativa de conter o poder, construiu possibilidades.

Souza (2007) apud Maria (2021) sugerem que esse movimento resistiu ao longo da operação militar, minguando com o fim da ditadura, seguido da Fundação Educar e do Plano Nacional de Literatura e Cidadania, ambos extintos durante vários anos, antes que os objetivos almejados fossem alcançados. 

Já em 1995, surgiu no roteiro nacional da EJA com o Programa de Alfabetização Solidária, que indiciava uma parceria para realização das aulas. O programa de alfabetização solidária tem sido criticado por especialistas em educação, que o interpretam como uma tentativa de transferir a responsabilidade do setor público para o privado.

E transitou pelos meios políticos e movimentos sociais a constituição da EJA, foram lutas que possibilitaram chegar nos anos de 1995 com a identificação da EJA, se efetivando como um programa de educação solidária e que conta com diversos vieses que o mantém atuante na sociedade.

A EJA ainda é um modelo de ensino muito incerto, suas aplicações têm muitas variações e com a incidência da pandemia da COVID 19 dificultou ainda mais o ajuste de seus papeis, mas hoje essa modalidade de ensino já se faz efetiva no país, inclusive na esfera privada que o MEC subsidia condições das escolas promoverem a formação na EJA que pode ser presencial e a distância.

2.2 O que a Legislação assegura para a EJA na atualidade

Por se tratar de uma modalidade de ensino que inclui pessoas que nem sempre são motivadas, a EJA é flexível e tende a se ajustar aos modelos sociais e tendências recorrentes, cabe ao conjunto de atores a incumbência de sancionar os melhores caminhos para estudantes, professores e toda a sociedade para a validação da EJA como meio de inclusão social, a Legislação Brasileira evolui e se projeta nos diferentes caminhos possíveis.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9.394/96) que, trata da educação de jovens e adultos no Título V, capítulo II como modalidade da educação básica, superando sua dimensão de ensino supletivo, regulamentando sua oferta a todos aqueles que não tiveram acesso ou não concluíram o ensino fundamental. Dessa forma Campos (2020) assegura perfis e mostra a acurácia da Lei para posicionar a EJA nos moldes de sucesso a que se propõe

“Artigo 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. Parágrafo 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. Parágrafo 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si. Artigo 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular. Parágrafo 1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão: I – no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos: II –no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos. Parágrafo 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames”. (CAMPOS, 2020, p. 47096).

A conciliação de elementos compósitos para que a Lei no seu efetivo âmbito possa abarcar o máximo possível de requisitos favoráveis ao cidadão, mas cabe sobretudo ao cidadão a iniciativa de estar recebendo o suporte e interagir com ele, senão passa a ser um sistema de faz de conta e gera analfabetos funcionais.

Dos Santos (2021) destaca que as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação de Jovens e Adultos (Parecer CNE/CEB 11/2000 e Resolução CNE/CEB 1/2000) – devem ser observadas na oferta e estrutura dos componentes curriculares dessa modalidade de ensino, estabelece que: – Como modalidade destas etapas da Educação Básica, a identidade própria da Educação de Jovens e Adultos considerará as situações, os perfis dos estudantes, as faixas etárias e se pautará pelos princípios de equidade, diferença e proporcionalidade na apropriação e contextualização das diretrizes curriculares nacionais e na proposição de um modelo pedagógico próprio.

E quanto aos professores? De acordo com os Parâmetros do Currículo Nacional – PCN, Almeida (2022) diz que os educadores devem dar aos alunos oportunidades para que os alunos sejam ativos, criativos e autônomos em seu aprendizado, pois isso é necessário para que as crianças participem de uma aprendizagem e promover o conhecimento situacional.

Dentro desse campo de possibilidades que traduz a capacidade de proporcionar um ajustamento no processo ensino aprendizagem é que definido como um método efetivo. 

De Lima (2020) enfatiza que a Educação de Jovens e Adultos (EJA) encontra-se na LDB 9.394 /96. A Lei Nacional de Instrução e Fundamentos da Educação (Lei 9.394 /96) estabeleceu no capítulo II, parte V.

O artigo 37 estipula: “A educação de adolescentes e adultos será ministrada por aqueles que não lograram acesso ou estão impossibilitados de frequentar o ensino de maneira consorciada em diferentes níveis de ensino. 

Essa significação de EJA elucida a potencialidade educacional compensatória e inclusiva dessa modalidade de ensino. Quando foi instituída na LBD, a EJA se consolidou e se tornou uma política estatal, com o governo do Brasil acomete e promove essa modalidade de ensino como possibilidade de aumentar o índice de escolaridade da população do País, principalmente daqueles que a citaram.

Nenhum acesso ou capacidade vai além de representar uma política educacional, a EJA também é uma política social. Permitirá que os alunos melhorem as condições de trabalho, melhorem sua qualidade de vida e, assim, ganhem respeito no meio social. 

A EJA garante que a inclusão de jovens e adultos é uma política social que vem sendo implementada com o objetivo de promover melhorias no processo educacional, em combinação à EJA muitas pessoas têm conseguido dar continuidade aos seus estudos. e acessar novas possibilidades na vida.

2.3 Tecnologias educacionais e a EJA

Silva (2021) mostra que as tecnologias aplicadas no meio educacional e com característica profissional integrada à EJA facilitam a capacitação profissional, uma vez que o indivíduo por suas necessidades e capacidades retoma sua vida escolar e se integra numa carreira mais ajustada.

Quando a expressão é a formação profissional existe uma lacuna entre as prioridades que se aplicam ao processo educacional uma vez que as políticas educacionais não se fundamentam nas necessidades das escolas e dos educandos e sim para satisfazer a critérios de uma adequação pela exigência mínima da aplicação da Lei.

De acordo com o Censo Escolar INEP 2017, no Brasil, a abordagem da EJA conta com 3,6 milhões de alunos nos níveis fundamental e médio, apresentando um aumento significativo de 3,5% no ensino médio. Em relação à educação profissional, todo o país teve 1,8 milhão de alunos matriculados no mesmo ano, 58,8% deles em escolas públicas. O ensino médio técnico cresceu 0,9% em 2017, e na rede pública, 2,2%. (SILVA, 2021, p. 2).

A EJA é uma oportunidade de adequação dos brasileiros que de alguma forma tiveram que focar em suas vidas para atividades que não convergem com a educação e isso espelha que a escolarização como um direito nato dos brasileiros não tem atingido a parcela da educação que na idade escolar tem que se subsidiar ao estudo e por falta de condições adere para outras atividades. 

Muitos são os esforços que fazem da EJA uma modalidade que tem que se adaptar aos moldes da educação vigente um fator de muito impacto, uma vez que o ensino da EJA tem diferentes perfis de aplicação e uma clientela muito diversificada. A maioria dos alunos da EJA não entende como ensinar como algo prioritário, para eles devem apenas fechar o ciclo e seguir a vida.

2.4 AS TICS E A EJA

A EJA é um modelo de ensino que pode se valer de inúmeros meios metodológicos devido sua flexibilidade de aplicações. O estudante da EJA quase sempre está em jornada dupla devido ter que conciliar a vida profissional e o estudo. 

O tempo é um grande obstáculo para um aluno da EJA e ele busca constatar que o fluxo de atividades da escola depende de muitos fatores para se manter contínuo e eficiente.

De Almeida (2021) aponta que educação é sinônimo de libertação que sempre foi o objetivo do professor Paulo Freire, um pensador de muito fulgor que se tornou patrono da educação no Brasil. Acredita-se também que a emancipação pela educação é uma oportunidade muito grande de libertação, porém, para que a educação pratique essa prática liberal, ela deve ser vista como um ato para o povo, e não simplesmente prover para o povo.

A educação, especialmente a EJA, tem uma preocupação particular com as implicações de correr o risco de não surtir o efeito desejado, por isso é necessário mensurar as expectativas ambientais da EJA.

Definições que deixam claro que empregar métodos tradicionais, ultrapassados, não colabora e nem valoriza a EJA. Pela indicação de Freire, o/a educador/a da EJA tem que ser um diferencial na entrega do produto, tem que ter a capacidade de incluir a reflexão, levando a voltar-se com seus talentos para a sociedade e levar utilidade às pessoas, para avistar o lugar que ocupa na sociedade e assim passar a fazer seu papel de cidadania e valor social. 

A sociedade tem certas amarras e se firma dentro de uma busca de superar limites, assim não se prende a fatores amarrados e permite novas aquisições, nesse sentido as TICs aparecem como elemento de contribuição dentro de uma perspectiva de melhorias.

Pereira (2012) afirma que as TICs são aliadas no desenvolvimento da educação com impacto nas relações sociais, comerciais e institucionais.

A utilização das TICS é um sinal que a escola está se firmando para entender a condição do aluno, que busca sincronizar as diferentes maneiras de ensinar pelo preceito da autonomia.

2.5 PERSPECTIVA QUE SE ESPERA DO ALUNO DA EJA

O papel esperado dos educadores, incluindo escolas e professores, é estarem atentos e dispostos a moldar os alunos para a vida, com habilidades, competências, tecnologias e responsabilidades. Sensibilizar o aluno para sua cidadania requer um conhecimento codificado. Hoje, a escola tenta se encaixar e validar a EJA para ter mais amplo potencial, atualizar conhecimentos metodológicos e possibilitar a que as aulas sejam reformuladas com um punhado de inovação tecnológica.

De Amorim (2019) destaca que as práticas de letramento dos estudantes da EJA no espaço escolar surtam novas expectativas que tem no sujeito da transformação um ser que já vivenciou alguns dessabores da vida e que numa busca integrada vem de encontro ao seu resultado.

Um obstáculo que os professores enfrentam é ter que atualizar e trazer para a vida escolar de uma forma que se adapte às novas tecnologias.

Silva (2020) aponta que contribuintes de um memorial de formação, os professores da EJA têm a expectativa de animar sua experiência com práticas realizadas pelo nível adequado de seu esforço, os professores tendem a conduzir os alunos, que, em alguns aspectos, têm motivações conflitantes e com cada variação você certamente pode largar seus estudos.

A aprendizagem é realizada eficazmente e manifesta externamente no universo escolar, facilitando o dia a dia dos alunos; por exemplo, manipular caixas eletrônicos em uma agência bancária, que parecia impossível, e é assim que surge a necessidade de avançar na pesquisa, quando os alunos entendem que aprender abre caminho para algo melhor e mais merecedor.

Wielewski (2019) cita que a formação continuada de professores promove melhor alcance aos alunos que têm necessidade de receber estimulo para que encontrem valor em progredir estudando.

A educação pelo viés tecnológico promove satisfação nos alunos que se sentem mais felizes e mais dispostos a viver e prosperar de várias maneiras.
O aluno aceita a responsabilidade de assistir às aulas com entusiasmo, porque sabem que há esperança de autoaperfeiçoamento para aproveitarem as oportunidades que não tiveram até então. 

A EJA é uma oportunidade conjunta e promove novos ares para aqueles que já não tinham esperança para dignificar sua vida pela educação, uma vida onde as coisas mais simples tivessem que ser feitas por outra pessoa; A EJA muda isso, porque motiva e estimula o aluno a querer viver e prosperar como pessoa, como profissão, como cidadão.

3 MATERIAL E MÉTODOS

Para convergir com a perspectiva e ação dos professores da EJA com relação ao ensino de língua portuguesa na Escola Estadual José Melo de Oliveira, localizada no Município de Codajás-Am/Brasil, no período de 2021/2022. A abordagem metodológica estabelece a pesquisa bibliográfica e de campo, como ponto de partida, a partir do estudo de referenciais teóricos que balizam o estabelecimento da pesquisa, fazendo conexões com a prática do campo experimental. 

Segundo Pedro (2019) a abordagem metodológica contempla uma triangulação de métodos que situa uma abordagem mista que confere vários caminhos para efetivar os resultados. E Alves (2018) sugere que por ser um estudo pedagógico, segue procedimentos etnográficos e analíticos aplicados a um determinado grupo de alunos, a EJA. 

Devido ao caráter do estudo que enfatizou a implementação de métodos integrativos no processo educacional, identificou-se uma abordagem mista descritiva e qualitativa para um grupo de professores, alunos e pais de alunos, totalizando cinco (05) professores/amostra e com 60 alunos da Escola Estadual José Melo de Oliveira, localizada no Município de Codajás-Am/Brasil, no período de 2021/2022.

O lócus da pesquisa é o município de Codajás localizado no interior do estado do Amazonas, situado à margem esquerda do Rio Solimões numa escola estadual denominada “José Melo de Oliveira” uma homenagem a um político do estado.

Trata-se de uma pesquisa descritiva e bibliográfica, cuja ideia é mostrar as causas das dificuldades do ensino de língua portuguesa na EJA e identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. 

Este é um estudo interpretativo, cuja ideia é mostrar as causas das dificuldades no ensino de português na EJA capaz de identificar todos os fenômenos que fazem dessa modalidade de ensino uma força que está se firmando resgatando vidas. A pesquisa descritiva destina-se principalmente a identificar os fatores que contribuem ou atuam como a causa de um problema. 

A pesquisa descritiva visa descrever características de uma população, amostra, contexto ou fenômeno. Normalmente são usadas para estabelecer relações entre construtos ou variáveis nas pesquisas quantitativas. 

Segundo Gil (2017) pesquisas que buscam “levantar a opinião, atitudes e crenças de uma população. Essas pesquisas, normalmente de caráter quantitativo, buscam a identificação e descrição de características de grupos de pessoas ou de fenômenos. Quando feitas de forma qualitativa, tendem a utilizar mapas, modelos ou quadros descritivos para categorizar características. De modo geral, essas pesquisas buscam aprofundar fenômenos já explorados nas pesquisas exploratórias, buscando características e modelos que melhor os descrevam”. (GIL, 2017, p. 25). 

A iniciativa do estudo é explicar o porquê das coisas e possibilitar ampliar e detalhar os eventos e suas reações. A Pesquisa se faz pela observação dos fenômenos e todos os meios de ação fazem dessa corrente uma busca para entender como as tecnologias podem atuar para melhorar a vida das pessoas.

O presente estudo utiliza uma pesquisa com abordagem qualitativa-quantitativa mista, que é o veículo básico da atividade do pesquisador, pois oferece algumas possibilidades para estudar fenômenos relacionados ao homem e suas relações sociais em diferentes ambientes. relevantes, na sala de aula de um aluno da EJA. 

Freitas (2017), diz que a abordagem qualitativa se baseia no conjunto de abordagens interpretativas que focam na compreensão do significado das ações humanas, nas quais podem trabalhar com paradoxos, incertezas, dilemas éticos e ambiguidade”. 

Nesse contexto, pode-se dizer que a pesquisa qualitativa busca explicar o conhecimento vivenciado diante da realidade individual. 

A admissão de que as operações estão comprometidas pela ausência de uma nova arquitetura tecnológica mostra fragilidade, e isso tem se justificado diante dos desafios. 

Minayo (2013) argumenta que a pesquisa qualitativa responde às suas próprias questões. Essa é a extensão da realidade nas ciências sociais que não pode ou não deve ser quantificada. Ou seja, trabalha com o universo de significados, motivações, aspirações, crenças, valores e atitudes. 

Estudos de fatores cruzados tendem a confirmar variáveis de representação da informação que têm o potencial de lançar luz sobre questões que incorporam a validação de importantes fatores de pesquisa. 

A pesquisa qualitativa torna-se conectada, busca compreender o que seja condizente com sua natureza ou com o conjunto de fenômenos pelos quais o indivíduo vive. 

A abordagem qualitativa segundo Biklen (1994) demonstra que os dados permitem compreender os comportamentos do ponto de vista do sujeito, uma vez que os dados são gerados são ricos em detalhes descritivos sobre pessoas, lugares, conversas e processamento estatístico complexo” (BIKLEN, 1994, p.16). 

Os autores observam outras características importantes da abordagem de dados adotada, entre as quais sugerem que na pesquisa qualitativa sejam destacadas concepções que mostrem a real condição da natureza do objeto de estudo.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A ausência sentida é reflexo de uma política educacional falha que não consegue acompanhar o aluno na sua totalidade, a crise se abateu nas famílias, a busca de subsistência obriga-o a se dedicar ao trabalho ou outra atividade que agrega recursos e a escola, se não demonstrada com valor fica para depois.

A escola conhecendo essa realidade deve tomar providências com seu corpo técnico e gestão e deve tomar precauções, como habilitar os canais de comunicação como sendo o primeiro passo, com buscas de listas e muitas divergências. 

O que se constata é que as escolas não estão preparadas para essas práticas e além disso,  não dispõem de recursos próprios para atuarem na intervenção desses problemas, pois a educação é uma proposta para a inclusão de todos.

A oportunidade de fazer despertar no aluno o seu interesse está também na reciprocidade que a escola oferece, a mediação com aparato tecnológico que precisa ser mostrado na sua totalidade e o aluno possa ganhar autonomia para interagir com o sistema proposto. De fato, muitas das vezes não é a falta de tecnologia para a aplicação das aulas, mas a visão da comunidade escolar de não saber aproveitar os insumos que estão disponibilizados no seu cotidiano. 

Os alunos começaram a interagir e com a devida instrução, passaram a se envolverem mais, mas com com o passar do  tempo, a participação foi diminuindo, o sistema aula em casa demonstrou grande influência de imediato e ficou menos engajado à medida que faltou uma ponte de conexão para motivar os alunos a interagir mais fortemente. 

A Figura 1 destaca atividade dos professores que mobilizam os alunos para a abordagem da aula. O planejamento tem que viabilizar o aluno, fazer conhecer a necessidade de adequar-se a utilizar as ferramentas úteis para se integrar à vida escolar. Por essa razão, por iniciativa própria ou coletiva os professores passam a contatar os alunos pelas redes sociais e expandem as formas de divulgação pelos canais onde os alunos transitam e respondem.

Figura 1- Professores contatando alunos para as aulas remotas

Fonte: próprio (2021)

A necessidade de acompanhamento para as atividades dentro de canais que não eram convencionais chama a atenção para o trabalho executado, pois é nessa demanda que a educação, na modalidade EJA, sente o maior impacto, uma vez que com o distanciamento o aluno percebe que perdeu o ano letivo porque não respondeu, uma ou duas atividades e muitos professores fazem a questão de enfatizar que o mesmo perdeu e isso move o desinteresse pelo estudo. 

O professor tem que ter e expertise para não expurgar o aluno ao descaso, tem que motivá-lo a lançar mão dos recursos disponíveis para atuar em sua formação com segmento.

A necessidade de estímulos para a participação das aulas não finda nos detalhes impressos no clamor dos professores, mas que falta recursos para o acompanhamento, os Alunos procuram interagir, mas falta condições, ou até orientações, para que eles consigam integrar-se às aulas nas novas comandas existentes.

Dos sessenta alunos que foram aludidos para a pesquisa 62% deles disseram encontrar dificuldades para ter acesso às aulas por falta de aparelhos, internet e outros problemas. Constatou-se que à medida em que a escola exigia que os alunos interagissem, ela precisava saber da condição de acesso desses alunos. 

Sendo assim, fica desproporcional determinar prazos e não enxergar a necessidade dos mesmos, que por inúmeras situações o aluno fala que tem que emprestar o aparelho do vizinho, do pai, da mãe para responder as atividades escolares.

A realidade escolar como relatada pelos alunos refletem o problema que tange essa pesquisa, a escola em si precisa entender o seu contexto, as ações não se desenvolvem exclusivamente dentro da sala de aula elas vem juntamente com as necessidades de vivência de cada aluno e aos professores a noção de que a ausência de instrumentos ou aporte deve ser satisfeita pela adoção de diferentes estratégias de modo que o aluno possa ser visibilizado e apoiado em suas necessidades.   

A figura 2 traz uma perspectiva de resposta dos alunos sobre o uso de tecnologias para o aprimoramento das aulas. O questionamento foi acerca do esclarecimento sobre a otimização da aplicação das tecnologias educacionais e o entendimento das necessidades de sua utilização. 

Figura 2- As novas tecnologias na sala de aula da EJA na Escola José Melo

Fonte: própria (2021)

Quando os alunos foram questionados sobre a nova tecnologia em sala de aula, os resultados nas duas turmas foram heterogêneos, dos 60 alunos que responderam, cerca de 27 deles disseram que conhecem as novas tecnologias e sua aplicação, ou seja, de promover o aprendizado. 

Andrade (2021) aponta que as tendências na EJA são de aumento das taxas de evasão e participação, a educação ainda precária no ensino regular e na EJA, fato bastante importante e que mesmo com grandes esforços, o trabalho do professor continua precarizado e que as condições de melhoria dependem, fortemente, do próprio professor que tem que fazer mudar as limitações impostas. 

Na aplicação do questionário o pesquisador deve suprir a lacuna material e econômica, pois deve entender que a educação é um processo contínuo e coerente, pelo qual o aluno espera que a educação passe por etapas dependendo de um conjunto de atitudes, mas sobretudo, na vontade dos alunos de interagir com o conteúdo, cabe aos professores selecionar metodologias e opções dinâmicas de aprendizagem para aprender. Os alunos sentem-se motivados a voltar a intensificar seus saberes. 

A figura 3 mostra uma aula no formato tradicional, como os alunos em seus lugares e a professora na sua posição de destaque. Ainda que utilize a projeção multimídia, a escola tem que subsidiar as condições necessárias para que a sala de aula se sinta incorporada nas atividades, não se deve esquecer do papel do professor mediador dentro do cenário educacional.

 “Eu não me imaginava professor da EJA, eu tinha uma visão diferente da realidade desses alunos, eu sempre pensei com um ponto marginalizado, que pessoas dispensaram a oportunidade de estudar pela opção de querer uma vida fácil. Mas na verdade eu estava errada, a escola tem que acolher o aluno da EJA e cada aluno tem uma história de lutas e desencontros e a escola tem que ser esse acesso de resgate, poderia pensar tudo menos de acreditar que o aluno da EJA é um ser que busca refazer uma história e as aulas cansativas e pouco atrativas podem ser muito danosas para o aluno que já vem com autoestima abalada e que não se sente acolhido com uma metodologia que degenera sua forma de pensar. É preciso dar voz aos alunos, ouvir suas dores e determinar pontos que o façam valorizados e isso vai promover nos mesmos a concepção de valor e de credibilidade, primeiramente consigo mesmo e depois com o ambiente onde está inserido.”

Entrevista com a professora MEL. em 13.10.2021- Professora de língua Portuguesa

Figura 3- aula dialogada com uso de tecnologia de midia

Fonte: Próprio (2021)

Note que mesmo sendo uma aula no molde tradicional, a professora projeta as informações no quadro negro o que evidencia que a professora consegue associar a tecnologia ao foco do problema.

Alves (2019) cita que o método tradicional não cativa mais a atenção dos alunos que estão conectados com as mídias digitais, as aulas tradicionais são enfadonhas e cansativas.

Por essas e outras razões que o ensino tem que vir permeado por mudanças que possam surtir efeito no social, a escola passa por reformulações na sua maneira de aplicabilidade e os alunos ao que se trata da disciplina que procuram meios de ajustar soluções.

De Evangelho (2021) ressalta que a tecnologia digital é uma ferramenta de aprendizagem nas aulas de matemática e que permite a criação de aplicativos com assuntos relacionados às aulas.

A importância da estruturação dos métodos e da forma como as aulas são ministradas é que permite ao professor buscar soluções óbvias para a mudança de paradigmas, que a escola aprenda a inserir técnicas integradoras.

Piedade (2019) cita que a exploração das mídias sociais podem ser um avanço no ensino, devido ao aproveitamento de objetos disponíveis na internet de acesso gratuito e que pode ser indicado para que o aluno consiga caminhar sozinho para descobrir novos meios de busca de conhecimento.

O estudo permite identificar métodos atuais de utilização de tecnologias que podem ser como um laboratório que explica que novas metodologias podem ser alvo de mudanças e amadurecimento de papéis dentro do universo da educação. 

O uso do Kahoot mostrou que a escola tem integralidade e opções entrelaçadas, mas para isso deve primeiro identificar o grupo de clientes e confirmar o papel, bem como sua taxa de aprendizagem. Por outro lado, muitos alunos não têm consciência da importância da adoção de novas tecnologias em sua vida escolar e acabam não dando muita importância a isso. 

Hees (2019) apontou que a introdução da tecnologia digital em sala de aula na prática docente exige a adequação e aplicabilidade de diversos recursos, sendo os professores responsáveis por tornar a atividade específica ferramenta para seus alunos. 

A modificação do processo de ensino aprendizagem é uma condição que precisa ser amadurecida principalmente pelos profissionais em campo, nesse caso os professores que têm a incumbência de demonstrar sua percepção do mundo e acompanhar as tendências da sociedade com as novas ferramentas disponíveis para aplicação em entretenimento e que pode ser convertido em ferramentas educacionais de alto valor associado.

A instrumentação de ferramentas digitais reproduz reprodutibilidade, como mencionou Bezerra (2021), trata-se de reunificar professores e em tempos de pandemia, sendo cada vez mais necessário promover a liberação de informações, contando com ferramentas integradas e adaptativas. Tecnologia para melhorar a educação. 

A tecnologia, certamente, deve ser uma ferramenta para os professores, e a mediação é feita para que os alunos mostrem a verdadeira intenção de usar uma ferramenta elétrica, os alunos estejam ativamente trazendo o olhar divertido e o professor mostrando o caminho e pronto para a mudança. 

Em relação às tecnologias mais adequadas para o ensino de Língua Portuguesa na EJA, o cenário deve ser entendido além das expectativas, o professor deve saber vincular a intenção com a aplicação da nova tecnologia. 

Guerreiro (2019) diz que quando refletimos não apenas sobre as inovações que percebemos por meio das tecnologias, mas também sobre como elas podem se efetivar como oportunidades de recursos, em especial é que na escola pública de ensino, certamente nos deparamos com alguns desafios.

A EJA acolhe as diferentes formas de nova tecnologia, “a aula em casa” foi uma experiência que validou a ausência de recursos pendentes para a aplicação de conceitos específicos com a plataforma do centro de mídias da SEDUC-AM. 

A exposição de que a escola não está preparada para situações que exijam uso de meios adicionais, abre uma discussão acerca dos recursos que são aplicados nas escolas. Qualquer que seja a implementação de recursos que tendem a buscar melhorias na escola passa, necessariamente, pela formação do professor. Por outro lado, a escola não incorpora em seu projeto político pedagógico os elementos necessários para a inclusão de novas tecnologias e isso evidencia a ausência de uma formação concisa de profissionais atualizados e a maioria dos professores que fazem uso de novas tecnologias, a fazem por alternativas próprias e subsidiadas com seus próprios recursos e que mostra que a educação precisa visualizar as peculiaridades da educação em sua essência e não como uma tendência macro.  

Dentro dessa demanda que mostra o Aula em casa como uma proposta inovadora, Piedade (2019) descreve que a inovação com meios tecnológicos possibilita inventar e criar soluções como mapas conceituais, esquemas combinados de metodologias inteligentes para atrair o aluno para a interação nas atividades.

Ainda que se tenha planejado o alcance, as novas tecnologias enfrentam barreiras que limitam a percepção dos alunos, principalmente quando se trata de material de suporte. Às vezes o aluno tem o telefone celular e não tem internet, o celular não opera como dispositivo de edição de textos e outros. Essas limitações devem ser previstas no rol das possibilidades de aplicação de novas tecnologias na escola. 

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O professor é um agente de transformação e na EJA é fácil criticar ou fazer observações pejorativas, mas a importância está no fazer por razão simples, retomada de ações do indivíduo.

Foi organizado um sistema de plano de ação que levou ao conhecimento da comunidade escolar para auxiliar na aplicação dos instrumentos capazes de subsidiar acesso aos alunos a outras aplicações com instrumentos que estão ao seu alcance, uma forma de valorização do simples para espelhar o sofisticado. 

A aplicação da pesquisa mostrou um fator de dificuldade, os alunos não querem participar do uso da tecnologia e isso prejudica a aplicação. A escola é responsável pelo acompanhamento, embora seja muito fragmentário, pois os alunos não estão habituados a interagir, deve-se motivar, vinculando o elemento de avaliação com o pedido de acesso.

Por isso o programa aula em casa monitorava o sistema e abriu acesso a grupos no WhatsApp onde os professores tinham momentos de monitorais, batendo papo com os alunos, baixando links e compartilhando informações de interesse das aulas.

Houve ganhos significativos, pois abriu mais uma maneira de difusão da informação, o processo ganhou estrutura, mas adquirir a cultura de aplicação e reciprocidade de conhecimento vem com o tempo e o aluno da EJA não tem esse tempo requerido, ele está numa escala de subsidiar múltiplas funções e faz dessa clientela muito fragilizada para um sistema de educação que requer autonomia.

O valor do certificado não pode ser maior que o conhecimento adquirido, a internet na atualidade satisfaz a oferta de informações de diferentes níveis para a sociedade, mas deve ser triado para não ser infundado e esse papel está muito distante no universo dos profissionais da EJA, que tem pouco tempo dedicado aos estudos.

Este estudo se aplica à reflexão da importância das TICs e outras metodologias que promovam a educação que foi afetada no período da pandemia e não como está preparado o sistema para aceitar mudanças e adaptações. Deve-se fazer o dever de casa e ajustar as possibilidades de melhorias no ensino das disciplinas mediadas por tecnologias dentro das aulas da EJA. 

O papel dos educadores, incluindo escolas e professores, é de prestar atenção e se preparar para moldar os talentos e habilidades dos alunos, tecnologia e responsabilidades de vida. A pesquisa vislumbrou certas dificuldades com alguns professores que na ausência de seus alunos não tomaram atitudes e por não terem certas intimidades com as mídias passaram a aceitar como normal a ausência e desistência de alunos nas escolas.

Sensibilizar o aluno para sua cidadania requer um conhecimento codificado. Hoje o desafio para professores e escolas é estruturar o processo de ensino-aprendizagem, atualizar conhecimentos metodológicos e possibilitar a introdução de novas tecnologias em sala de aula. 

Um impedimento é que os professores continuem atualizando-os e introduzindo-os ao meio escolar com um design inovador e tecnológico e, como tendem a aplicá-las, enfrentam limitações devido à falta de novas tecnologias, dispositivos eletrônicos e a Internet. 

Este estudo teve como objetivo identificar e destacar os passos que escolas e educadores devem tomar para preparar plenamente seus alunos, para que em um futuro próximo possam atender às necessidades do mercado, trabalho e conhecimento fundamentam suas atividades.  

O professor, na sua ampla maioria consegue aliar as novas tecnologias às metodologias tradicionais, porém falta uma incisiva campanha por parte das secretarias de educação para que não seja uma luta de um ou mais professores, mas que seja uma política de estado, o que pode ser validado como certo, o ensino não fica comprometido porque professores não se manifestam para  se emancipar, mas porque falta um suporte macro de política de estado no contexto educacional que potencialize a vida das pessoas com soluções integradoras e a educação

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 1Mestra em Ciências da Educação pela Universidad de La Integración de Las Américas – UNIDA – PY.; Professora na Secretaria de Estado de Educação e Desporto – SEDUC/AM. E-mail: lenearaujo997@gmail.com

 2Doutor em Ciências da Educação (UPAP); mestrado em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (1994); Graduação em Biologia – Fundação Faculdade Estadual de Filosofia Ciências E Letras de Cornélio Pr (1986); atuou como consultor na Proposta Curricular da BNCC pela SEED-SC/MEC na área de Ciências da Natureza (2019); atualmente é professor na Universidade do Estado de Santa Catarina, Centro de Educação do Planalto Norte – UDESC-CEPLAN. Docente da Proposta Curricular na área de Ciências da Natureza (2014) pela Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina. Docente e palestrante para Ensino Médio Inovador, Pedagogia de Projetos, Avaliação e Currículo. E-mail: Arlindo.costa62@clara

3Mestra em Ciências da Educação pela na Universidad de La Integración de Las Américas – UNIDA – PY. Pós graduada em Org. de Iniciativa Sociais, letramento, Professora da Secretaria Municipal de Educação, Manaus, Amazonas, Brasil. E-mail: saibahbarroso@hotmail.com

4Mestrando em Ciências da Educação pela na Universidad de La Integración de Las Américas – UNIDA – PY. Professor da Secretaria de Estado de Educação e Desporto, Manaus  Amazonas, Brasil. hermes_cavalcante@hotmail.com

5Mestra em Ciências da Educação pela na Universidad de La Integración de Las Américas – UNIDA – PY, Professora; Secretaria de Estado de Educação e Desporto, Urucurituba, Amazonas, Brasil.  leodineia202039@gmail.com.

6Mestranda em Ciências da Educação pela na Universidad de La Integración de Las Américas – UNIDA – PY. Professora da Secretaria de Estado de Educação e Desporto, presidente Figueiredo  Amazonas, Brasil. hermes_cavalcante@hotmail.com

7Mestra em Ciências da educação na Universidad de La Integración de Las Américas – UNIDA – PY o pela  Professora da Secretaria de Estado de Educação e Desporto, Manacapuru, Amazonas Brasil. joristelmaqueiroz@yahoo.com.br

8Mestranda em Ciências da Educação pela na Universidad de La Integración de Las Américas – UNIDA – PY Professora da Secretaria de Estado de Educação e Desporto, Manaus, Amazonas, Brasil. sc-lousada@bol.com.br.