REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12141379
Jessica Fernanda Codo Berigo,
Orientadora: Josiane Heck
RESUMO
O enfermeiro deve atuar fundamentalmente em melhorar a qualidade de vida do paciente e da família, amenizando o sofrimento causado pela depressão e compreender o problema do paciente. A enfermagem tem como objetivo escutar o paciente com atenção e interesse e, principalmente, valorizar a comunicação não verbal. O objetivo geral deste trabalho será conhecer como os enfermeiros que atuam na Atenção Básica, mais especificamente da Estratégia de saúde da família (ESF) percebem sua capacitação para assistir a pessoa com Transtorno Mental Depressivo e sua família identificar as atividades desenvolvidas por eles. Um questionário estruturado qualitativo, composto por oito perguntas, será utilizado como instrumento de coleta de dados na pesquisa com 6 participantes compostos por Enfermeiros das UBS de Itaipulândia – PR.
Palavras-chave: Enfermagem no acompanhamento; transtorno de depressão; amenizandosofrimento, Estratégia de Saúde da Família.
1 INTRODUÇÃO
Independentemente da forma como o conceito depressão é apresentado, um ponto em comum diz respeito a aspectos relativos as alterações do humor, com repercussões um pouco mais amplas. Nesse sentido, a depressão deve ser entendida como uma síndrome. Essa síndrome é caracterizada por um conjunto de sintomas como alterações no humor (tristeza, culpa), no comportamento (isolamento), nos padrões de pensamento e percepção da pessoa (menos concentração, baixo auto- estima), queixas físicas e com alto risco de suicídio (CAMARGO; RAQUEL 2014).
O enfermeiro ocupa com destaque, dentro dessa função técnica, a responsabilidade pela administração da medicação nestes pacientes depressivos. Essa responsabilidade inclui: conhecimentos farmacológicos sobre as drogas, planejamento de estoque e armazenamento, orientações de funcionários, pacientes e familiares, avaliação do paciente antes e após ser medicado com o preparo e ministração do fármaco (MARCOLAN, 2010).
Dentro da classificação dos transtornos depressivos, está o Transtorno Depressivo Recorrente, caracterizado por episódios repetidos de depressão em que o número e a gravidade dos sintomas permitem determinar três graus de um episódio depressivo: leve (F32.0), moderado (F32.1) ou grave (F32.2 e F32.3) (CID-10 2008). A idade de início e a gravidade, duração e frequência dos episódios de depressão são todas altamente variáveis, mas vale destacar, que são duas vezes mais comuns em mulheres do que em homens (SANTOS,2019).
Apesar disso, a maioria dos pacientes em depressão segue sem diagnóstico ou sem tratamento adequado. Dificuldades diagnósticas como o reconhecimento da bipolaridade em pacientes depressivos e os preconceitos em relação às doenças mentais, por parte da equipe de saúde, devem ser reconhecidas e contornadas na prática clínica (TENG; CEZAR, 2010).
O enfermeiro é, ou deveria ser o profissional de saúde que mais frequentemente entra em contato com o paciente no atendimento primário de saúde. Entretanto, observa-se que enfermeiros, em atividade na rede básica de saúde, não estão preparados para dar a devida atenção ao portador de transtorno mental, apesar de apresentarem conhecimento teórico sobre a doença (SANTOS; SAMILLE 2012).
Concordando as afirmações da OPAS/OMS 2005, verifica-se que os profissionais em atividade na rede, nem sempre estão preparados para depararem-se com o portador de depressão. Isso para qualquer especialidade, mas principalmente nos serviços de atenção primária, emergências e atendimento a grupos mais vulneráveis da população (SMAD; 2005).
Diferente de mudanças no afeto causadas por situações cotidianas, os transtornos mentais são muito prevalentes na sociedade e causam forte sofrimento tanto para os pacientes quanto para seus familiares e pessoas mais próximas, e requerem um tratamento e um acompanhamento adequado. Os Transtornos do Humor estão divididos em Transtornos Depressivos, transtornos Bipolares – transtorno de Humor (PORTO, 1999).
O Enfermeiro é o profissional considerado agente terapêutico, onde o relacionamento que se forma entre paciente e profissional é a base dessa terapia. O objetivo principal deste profissional é baseado em proporcionar qualidade de vida ao indivíduo com doença mental, além de auxiliar no diagnóstico clínico do mesmo (ANDRE; PEDRÃO, 2005).
Desse modo, o objetivo do estudo é ter uma análise do papel da enfermagem no atendimento e acompanhamento a pacientes com diagnóstico de Transtorno Depressivo Recorrente, tendo como base que, a enfermagem precisa então, oferecer apoio e orientações necessárias a avaliação em relação ao acompanhamento de pacientes depressivos em Itaipulândia-PR.
1.1 PROBLEMA
Sabe-se que o enfermeiro tem o papel fundamental no tratamento de transtorno mental, a depressão é uma doença incapacitante onde afeta o psicológico e o comportamento do indivíduo. Vem causando em todo mundo prejuízos comportamentais, sociais e físicos maiores do que qualquer outra doença que vem afetando a população (MIRANDA, 2019).
O indivíduo que tem transtorno depressivo luta contra a angústia que esse provoca, mas também luta contra o preconceito e frequentemente tenta esconder o que sente. Na sociedade em geral, o transtorno é visto como uma doença, afetando ainda mais os pacientes que chega em uma UBS para tratamento (SMAD 2005).
Sendo assim, a presente pesquisa pretende responder a seguinte questão: Qual o papel do enfermeiro no acompanhamento de pacientes depressivos?
1.2 JUSTIFICATIVA
Uma das estratégias por Waidman (2012) é que o enfermeiro possa criar táticas de grupos para permitir troca de experiência. Bem como orientação sobre como lidar e conviver com a pessoa depressiva, desenvolvendo atividades de grupo, havendo um aproveitamento dessa ocasião para promover e recuperar a saúde mental.
A esta colocação, Silva (2015) acrescenta que, entre os trabalhadores da saúde, os profissionais de enfermagem estão no grupo dos mais propensos aos problemas de saúde mental. Isso porque lidam constantemente com o sentimento humano, incluindo o sofrimento, a dor, a alegria, tristeza, sendo incumbidos de ofertar ajuda àqueles que necessitam de cuidados.
Este tipo de pesquisa é de fundamental importância para área de enfermagem, para ajudar a construir um conhecimento estável. Além de contribuir para que esses profissionais possam executar uma assistência com maior qualidade.
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
O objetivo da presente pesquisa é: a atuação da enfermagem na avaliação do paciente com diagnóstico de Transtorno Depressivo Recorrente em pacientes depressivos de todas as Unidades de Saúde do município de Itaipulândia – PR.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
O presente trabalho tem como objetivos específicos: Discutir, o processo de trabalho voltado à prevenção e as ações realizadas pelo enfermeiro para a prevenção da Depressão.
Analisar possíveis sintomas que caracterizam a depressão, perceber as dificuldades e divergências sentidas pelo paciente.
3 METODOLOGIA
3.1 TIPO DE ESTUDO
Esta pesquisa foi realizada de uma abordagem qualitativa, que é aquela que não se pode mensurar apenas com números e dados obtidos por meio de um questionário, é uma pesquisa focada em entender aspectos mais subjetivos, como ponto de vista, entre outros e descritiva, tem como objetivo identificar as características de algo, de forma mais clara e objetiva.
3.2 LOCAL DO ESTUDO
O presente estudo foi realizado no município de Itaipulândia – PR, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Estratégia da Saúde da Família (ESF). Itaipulândia é um município brasileiro localizado no estado do Paraná e, segundo dados do IBGE (2020), possui uma população de 11.385 habitantes.
Atualmente, a cidade conta com seis Unidades Básicas de Saúde. As Unidades de Saúde têm o funcionamento das 07:30hrs às 11:30hrs – 13:00hrs às 16:30hrs, mas a UBS Jeni Basso tem horário estendido das 07:00 hrs às 19:00hrs, com diversos profissionais e especialidades disponíveis (PREFEITURA DE ITAIPULÂNDIA, 2023)
O estudo foi feito com alguns enfermeiros do Município de Itaipulândia, onde ocorre aassistência de enfermagem. O local de estudo foi escolhido para saber do atendimento do enfermeiro com os pacientes com transtorno depressivos.
3.3 AMOSTRA
O estudo foi apontado para os enfermeiros das Unidades de Saúde, de Itaipulândia – PR. Foi considerado para a participação do estudo, seis enfermeiros que atendemnas UBS`s e ESF no ano de 2024 em Itaipulândia – PR.
3.4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
Foram incluídos nesse estudo, enfermeiros que atuam nas Unidades Básicas de Saúde no município Itaipulândia – PR com idade maior de 18 anos, que atendem semanalmente esses pacientes com Transtorno Mental de Depressão, que aceitaram participar da pesquisa e assinaram o Termo de Consentimento Livre e esclarecido (TCLE).
3.5 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
Foram excluídos deste estudo, os profissionais que não fazem parte da enfermagem e que não aceitaram participar da pesquisa e não assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
3.6 BENEFÍCIOS
Os benefícios para os seis enfermeiros foram na aquisição de atuar na contribuição da adesão e evolução da qualidade de vida dos pacientes com Transtorno depressivo, em cada Unidade Básica de Saúde do município de Itaipulândia, sendo o principal autor para os auxiliarem em seu efetivo tratamento e até mesmo em sua reabilitação.
Ainda, os benefícios envolvem o enfermeiro poder administrar os medicamentos e oferecer o suporte emocional adequado e para o paciente receber o melhor atendimento.
3.7 RISCOS
A presente pesquisa apresentou riscos mínimos, existiu a possibilidade de haver importunação para o pesquisado durante asobservações e questionamentos. O participante do estudo foi questionado sobre a necessidade de interromper apesquisa, sem qualquer prejuízo, sendo cessada imediatamente quando solicitado.
Qualquer informação que foi obtida, foi retirada do conjunto dos dados que foram utilizados na avaliação dos resultados. O pesquisador garante a privacidade e o sigilo dos participantes em todas as etapas da pesquisa e de futura publicação dos resultados. Os dados pessoais nunca serão associados aos resultadosdessa pesquisa.
3.8 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Foi utilizado como instrumento de coleta de dados um questionário estruturado qualitativo, composto por oito perguntas referente sobre o papel do enfermeiro no acompanhamento de pacientes no município de Itaipulândia – PR.
As perguntas foram elaboradas pela pesquisadora com caráter exploratório e buscam compreender a assistência da enfermagem com os cuidados com os pacientes depressivos, como se sentem, o que leva para os pensamentos de transtornos.
Antes da aplicação do questionário, os participantes da pesquisa deverão assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), relativo à execução desta pesquisa, que foi devolvida após a assinatura. No TCLE, constará informações sobre eventuais riscos durante a participação da pesquisa como a possibilidade de importunação para o participante durante as observações e questionamentos.
O pesquisado foi informado que em qualquer momento, poderia desistir de participar da pesquisa sem qualquer prejuízo. Para isso, foi informado, por qualquermodo que lhe foi possível, que poderia deixar de participar da pesquisa e qualquer informação que tenha prestado será retirada do conjunto dos dados que serão utilizados na avaliação dos resultados.
O participante também recebeu informações que não receberia nenhum valor para participar do estudo, no entanto, teve direito ao ressarcimento de despesas decorrentes de sua participação. Caso ocorresse algum transtorno ao pesquisado, decorrente de sua participação em qualquer etapa dessa pesquisa, os pesquisadores providenciariam acompanhamento e assistência imediata, integral e gratuita.
A pesquisa foi realizada com 6 (seis) participantes, no horário entre as 8h00às 17h00. O questionário foi respondido presencialmente e de forma virtual em email digital pelos enfermeiros, durante em algum momento em que eles não estavam em atendimento. Pesencialmente a pesquisadora fez as perguntas e respondeu de forma descritiva no artigo imprersso. De forma virtual, foi enviado pelo email digital para os enfermeiros depois de autorizado e os mesmos responderam, foi enviado depois de finalizado. Durante a realização da pesquisa, o pesquisador esteve à disposição do participante para qualquer esclarecimento que considerasse necessário e ao término, o questionário foi devolvido ao pesquisador para a execução da análise dos dados.
3.9 ANÁLISE DOS DADOS
A análise dos dados foi elaborada a partir da utilização de análise de discurso constante da elaboração de entrevistas. Também, através da descrição das situações apresentadas pelos participantes. Esta etapa é realizada após a análise criteriosa das respostas aos questionamentos efetivados aos enfermeiros.
3.9.1 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS
Para a execução do projeto, foram respeitadas as diretrizes da Resolução 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde, que trata das normas regulamentadoras e dos aspectos éticos das pesquisas envolvendo seres humanos. O projeto foi encaminhado para avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa. Todos aqueles que
aceitaram participar, assinaram juntamente com o pesquisador, em duas vias, oTermo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice F), sendo que uma via assinada ficou em posse do participante da pesquisa e a outra em posse do pesquisador responsável aceito pelo Comitê de Ética.
4 CRONOGRAMA
O cronograma da presente pesquisa segue abaixo.
Tabela 1: Cronograma da pesquisa o papel do enfermeiro no acompanhamento de pacientes depressivos no município de Itaipulândia-PR que ocorrerá no ano de 2024 após aprovação pelo Comitê de Ética.
ETAPAS | Nov/23 | Dez/23 | Jan/24 | Fev/24 | Mar/24 | Abr/24 |
Revisão de literatura | X | X | ||||
Elaboração do projeto de pesquisa | X | X | ||||
Envio do projeto de pesquisa ao CEP | X | |||||
Coleta de dados | X | X | ||||
Tabulação de dados | X | X | ||||
Escrita | X | X | ||||
Revisão Final | X | X | ||||
Apresentação | X |
5 ORÇAMENTO
O orçamento previsto para os recursos físicos e materiais que serão ou poderão ser utilizados durante a realização da coleta de dados será financiado por recursos próprios do pesquisador.
Tabela 2: Orçamento da pesquisa intitulada O papel do enfermeiro no acompanhamento de pacientes depressivos no município de Itaipulândia-PR que ocorrerá no ano de 2024 após aprovação pelo Comitê de Ética.
Recursos | Valor total estimado |
Deslocamento na cidade | R$ 100,00 |
Impressões | R$ 50,00 |
Canetas | R$ 5,00 |
Total estimado | R$ 155,00 |
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Unidade Básica de Saúde (UBS) é a principal porta de entrada para atender as necessidades da população em geral. A depressão se estabelece como uma das principais causas de depressão e, caso persista a incidência desse transtorno, que em breve estará em segundo lugar no mundo dentre as principais enfermidades. A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que 450 milhões das pessoas que procuram serviços primários à saúde tenham problemas mentais não corretamente diagnosticados e tratados. Mesmo quando reconhecidos não recebem o manejo adequado. Diante dessa problemática, os enfermeiros que atuam nas UBS necessitam entrar em ação para intervirem de forma positiva nas demandas e necessidades dos portadores desta patologia, pois há um espantoso número e risco de suicídio perante ela. O objetivo geral foi apresentar o papel do enfermeiro acerca da depressão acometida em usuários da UBS (BRASILIAN JOURNAL OF DEVELOPMEN 2021).
A pesquisa desenvolvida em cima de 08 questões abertas, realizada com 6 (seis) enfermeiros sendo todas do sexo feminino que trabalham nas UBS e ESF localizadas no Município de Itaipulândia. As questões tem como objetivo principal entender as dificuldades do enfermeiro no atendimento e acompanhamento de pacientes Depressivos.
Com base nas respostas obtidas pelos enfermeiros, foram selecionadas as respostas que destacam que não é investido na atenção primária em ações de prevenção dos agravos, a necessidade que temos de ter profissionais enfermeiros para tal função.
6.1 COMO OS ENFERMEIROS TEM ATUADO NO CUIDADO DOS PACIENTES COM DEPRESSÃO
Segundo as respostas dos enfermeiros participantes, o enfermeiro é quem faz o acolhimento na consulta de enfermagem estratifica o risco do paciente e direciona para rede de atenção. Pacientes diagnosticadas(os) com depressão são avaliados pela clínica geral da Unidade, após encaminhados para a terapia com psicólogo e em alguns casos para psIquiatra. Mas que poucos enfermeiros atuam nesses casos agravados.
Enf. 1: “Passar por avaliação do enfermeiro, onde é feito uma avaliação para saber como estão, direcionar para uma consulta com o psicologo, quando à indicação”
Enf. 3: “A enfermagem faz o acompanhamento de receitas e situações de risco que possam ocorrer no período de tratamento”
6.2 CONHECIMENTO DE QUANTOS USUÁRIOS ESTÃO EM TRATAMENTO EM CADA TERRITÓRIO
Enf. 1: “Aproximadamente 40 pessoas”
Enf. 2: “Cerca de 343 pessoas” Enf. 3: “Não tem conhecimento” Enf. 4: “Cerca de 288 pessoas”
Enf. 5: “Estamos em processo nominal de todos os pacientes portadores do diagnóstico de depressão”
Enf. 6: Não sabe.
6.3 PARTICIPAÇÃO DA ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE MENTAL DOS PACIENTES
Enf. 4: “Realizar estratificação de risco na consulta de enfermagem, em conjunto com a médica da Unidade ou Agente comunitária de saúde”
Enf. 6: “Não”
Conclui-se que as ações desenvolvidas envolvem grupos de escuta e acolhimento, convivência, atividades de leitura e apoio matricial do Nùcleo De Apoio à Saúde da família (NASF) e como fragilidades destaca-se a dificuldade da aplicação do instrumento de estratificação de risco, excesso de encaminhamentos para especialistas e falta de tempo e afinidade em saúde mental. REVISTA DE SAÚDE PÙBLICA DO PARANÁ (2019)
6.4 DIFICULDADES QUE O ENFERMEIRO ENFRENTA NO ATENDIMENTO AO PACIENTE COM DIAGNÓSTICO DE DEPRESSÃO
Com base nas respostas obtidas, um dos enfermeiros apontam que nota-se que o enfermeiro enfrenta dificuldades no atendimento devído aos pacientes que apresentam resistência para tratamentos. Encontramos uma grande dificuldade no Município de Itaipulândia que é a Falta de vagas com a Profisssional Psicóloga para continuidade do tratamento e depois que melhoram muitos pacientes abandonam o tratamento, as vezes tomam a medicação a mais do que é prescrito, quando estão em crise de ansiedade vão até a unidade em desespero e querem atendimento imediato de psicóloga e psiquiatra, mas em seguida esquivam-se pois possuem medo do tratamento e receio das medicações causarem dependência.
Enf. 1: “A construção de vínculo com os mesmos, uma vez que por conta de seu humor deprimido tendem a confiar pouco e não verbalizar o seu sofrimento, segundo o conhecimento e preparo para poder ofertar uma assistência de maior qualidade”
Enf. 2: “Aceitação que eles tem de tomar medicação, e fazer acompanhamneto com a psiquiatra e psicologo”
6.5 COMO O ENFERMEIRO SE SENTE AO PARTICIPAR DO PLANO TERAPÊUTICO DOS PACIENTES COM DEPRESSÃO
Enf. 3: “Sim. Devido ao tempo de atuação na atenção básica, grande conhecimento em medicações, bem como o direcionamento adequado para outros profissionais”
Enf. 5 “Na grande maioria, sim”
A interação enfermeira-paciente é muito importante pois é através de um bom relacionamento que firmamos um vínculo de confiança, capaz de ajudar o paciente nas duas fases distintas, com planos de cuidados individualizados. Como os comportamentos depressivos e maníacos da paciente e as técnicas terapêuticas utilizadas em cada fase. SCIELO BRASIL 1999
6.6 FLUXO DE ATENDIMENTO DO PACIENTE DEPRESSIVO DENTRO DA ATENÇÃO BÁSICA NO QUAL O ENFERMEIRO FAZ PARTE
Com base nas respostas obtidas é agendado as consultas para atendimento médico, de enfermagem para estratificação de risco, após isso são encaminhados para a Coordenadora do NASF ela organiza a fila tanto para atendimento com a psicóloga quanto a psiquiatra. A cada 60 dias os pacientes realizam a renovação de receita, sem necessariamente precisarem ir para consulta médica, casos específicos que não seguem o tratamento, tomam a medicação errada, são agendados para serem reavaliados. As estratificação de risco são realizadas anualmente e conforme as mudanças dos sintomas apresentados pelo paciente.
Enf. 1: “O paciente chega até a unidade ou a enfermeira vai até o paciente quando ele, familiares ou ACS´S percebem que o paciente apresenta sinais e sintomas depressivos. Após isso é acolhido pelo enfermeiro que busca criar vinculo e mostrar para esse paciente que ele precisa de cuidados”
Enf. 2: “Nas consultas de rotinas, e nas altas hospitalar que são agendados para avaliação com o enfermeiro fazer o acompanhamento e avaliação pós alta hospitalar”
6.7 O ENFERMEIRO SE SENTE APTO PARA REALIZAR O ATENDIMENTO INDIVIDUALIZADO OU EM GRUPO DOS PACIENTES DEPRESSIVOS
Nessa perspectiva, nota-se que os enfermeiros apresentam dificuldades para realizar o acolhimento a pacientes em sofrimento psíquico nas unidades de emergências, há um despreparo por parte dos mesmos, pela pouca formação e capacitação da enfermagem para promover a assistência em saúde mental neste serviço ARTIGO SANTOS (2022)
Enf. 3: “Sim. No entanto a enfermagem não é reconhecida, multifunções impostas nessa profissão”
Enf. 4: “Atendimento individual é mais fácil, o paciente relata as queixas e fica mais facil para orientar, para saber o que abordar, quais as atividades realizar e quais objetivos propostos para o grupo”
6.8 AÇÕES QUE PODERIAM SER REALIZADAS POR PARTE DOS GESTORES PARA MELORAR A QUALIDADE DO ATENDIMENTO PRESTADO AOS PACIENTES DEPRESSIVOS
Enf. 6: “Um centro específico para estes pacientes”
Enf. 1: “Primeiramente a capacitação, para que nos sintamos mais preparados para prestar assistencia a saúde desse grupo de pacientes, segundo aumentar o número de profissionais da equipe multiprofissional em especial psicologos e estruturar uma equipe especifica para matrificiamento e suporte aos casos em que hà somente a equipe mínima da atenção básica não da conta de gerenciar.
Evidenciou-se que as demandas de saúde mental estão presentes em várias queixas expostas pelos usuários da Unidade Básica, porém, percebe-se que muitos enfermeiros não estão preparados nem capacitados para atender às necessidades dos pacientes depressivos. Contatou-se ainda que os mesmos não conseguem identificar pacientes com sintomatologia depressiva, sendo assim, a assistência a estes pacientes fica prejudicada, não alcançando os pressupostos da intregalidade que inclui a promoção, prevenção e reabiliação da saúde. Assim, esperamos que este estudo disponha uma contribuição para assistência e ensiono de enfermagem, promovendo, sensibilizando e tornando cientes os enfermeiros. Vol. 7 No. (2021)
Sousa et al (2020) corroboram o contexto pois para o usuário, o papel fundamental do enfermeiro é procurar prestar de forma clara e coesa informações, tento em mente que existe uma imensa dificuldade em alguns pacientes absorverem as informações. O conhecimento sobre os protocolos no atendimento pelo enfermeiro é fundamental.
Quanto as estratégias utilizadas pelos enfermeiros para o rastreamento e acompanhamento de pacientes depressivos Amarante et al. (2011) dizem que para que os enfermeiros apresentem resultados positivos eles devem utilizar diversas estratégias com o objetivo de resolver os problemas expostos, investindo continuamente no desenvolvimento de proximidade com a comunidade.
Para Cabrera (2016) os enfermeiros deparam-se com grandes problemas em identificar pacientes com sintomas de depressão, portanto, terminam por não avaliarem esses indicadores no paceintes por eles atendidos.
Silva et al (2015) afirmam ainda que a maioria dos profissionais que atuam nas UBS não apresentam qualificação na área de saúde mental tornando o desenvolvimento da assistência mais complexo.
Diante destas discussões, almejamos que haja uma conscientização para os envolvidos, tanto o profissional quanto a família e usuário, e que seja uma reflexão acerca de maiores abordagens sobre o tema durante o curso de graduação, de educação continuada, atualizações e outros aperfeiçoamentos, pois vivemos num momento de muitas incertezas que vêm se agravando cada vez mais. REVISTA brazilian journal (2021)
A falta de conhecimento é um aspecto que contribui negativamente para a recuperação do paciente com depressão, é necessário uma maior qualificação do enfermeiro nessa área, já que a maior parte dos profissionais não apresentam conhecimento suficiente sobre depressão e também saúde mental.
7 CONCLUSÃO
Conclui-se que através da identificação dos estudos o cuidar da enfermagem ao paciente com depressão se faz extremamente importante, já que o enfermeiro é o profissional que lida diretamente com o paciente em todos os estágios da sua vida e é quem pode servir como ferramenta para auxilio do diagnóstico correto da doença, assim como seu tratamento e a possível reabilitação do paciente. RIOS (2017)
O presente estudo teve como discutir as ações realizadas pelos enfermeiros, tendo uma base de assistência da enfermagem voltada para os pacientes que procuram atendimento para depressão.
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
FERNANDES, V. S. et al. Cuidados com a depressão sob a ótica da enfermagem. Revista Multidisciplinar 2021/02.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/busca.html?searchword=populacao+brasileira>.Acesso em: maio de 2023.
LIMA, S. J. V. Cuidados de enfermagem à pessoa com a depressão atendida na atenção primária de saúde. 2017
MARCOLAN, J. F. et al. Orientações básicas para os enfermeiros na ministração de psicofármacos. Scielo 5 Brazil Out 1998.
RODRIGUES, A. R. et al. O papel do enfermeiro acerca dos usuários depressivos na unidade básica de saúde: uma revisão literária. 2021
SANTOS, S. S. A importância do enfermeiro na assistência ao paciente com depressão. 05, 07, 2012.
SMAD, Ver. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog. (Ed. Port.) v. 1 n.2 Ribeirão Preto ago. 2005.
SCIELO 5 BRAZIL. A assistência de enfermagem às pessoas com transtornos mentais e às famílias na Atenção Básica. Acta paul. Enferm. 2012.
IBANEZ, Grazielle; VEDANA, Kelly Graziani Giacchero; MIASSO, Adriana Inocenti. Adesão e dificuldades relacionadas ao tratamento medicamentoso em pacientes com depressão. 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reben/a/BrK35KKWLzK4fKWLkN5Wvng/?lang=pt. Acesso em: 06 jun. 2024.
MARTINS, Luciana Monteiro Mendes. Assitência de enfermagem a pacientes com desordem bipolar e sentimentos da estudante de enfermagem: estudo de caso. 1999. SciELO – Brasil.
PAIANO, Marcelle; MIGUEL, Maria Emília Grassi Busto; SALCI, Maria Aparecida. Percepção dos enfermeiros sobre estratificação de risco em saúde mental e as ações de enfermagem. 2019. Disponível em: http://revista.escoladesaude.pr.gov.br/index.php/rspp/article/view/185.
RODRIGUES, Rosângela de Aguiar; SOARES, Bruna Santana de Souza; SILVA, Cristhianny Almeida e. O papel do enfermeiro acerca dos usuários depressivos na unidade básica de saúde: uma revisão literária / The role of nurses about depressive users in the basic health unit: a literary review. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view