THE ROLE OF THE NURSE IN THE ASSISTANCE AND PREVENTION OF PRESSURE INJURIES.
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8062382
Ana Beatriz Junqueira de Oliveira1,2
RESUMO:
A lesão por pressão é um tipo de lesão que ocorre na pele, devido à compressão de tecidos em algumas áreas do corpo, podendo levar à necrose tecidual. O presente estudo possui a finalidade de descrever os tipos de lesões, suas causas, os métodos de prevenção e tratamento disponíveis na atualidade. Trata-se de uma revisão bibliográfica, no qual, busca-se evidenciar o papel do enfermeiro no tratamento e manejo clínico das lesões. A assistência do enfermeiro é de extrema relevância, tornando-se essencial para que ocorra uma padronização e sistematização dos serviços oferecidos, como também uma melhoria na qualidade da assistência, atuando de forma preventiva e individualizada, comvistasareduziro risco do desenvolvimento das lesões por pressão LPP.
PALAVRAS-CHAVE: Lesão. Enfermagem. Assistência. Hospital.
ABSTRACT:
Pressure injury is a type of injury that occurs on the skin, due to tissue compression in some areas of the body, which can lead to tissue necrosis. The present study has the purpose of describing the types of injuries, their causes, the methods of prevention and treatment currently available. It is a bibliographic review, in which we seek to highlight the role of nurses in the treatment and clinical management of injuries. Nursing care is extremely important, making it essential for the standardization and systematization of the services offered to occur, as well as an improvement in the quality of care, acting in a preventive and individualized way, with a view to reducing the risk of developing injuries. by LPP pressure.
KEYWORDS: Injury. Nursing. Assistance. Hospital.
1 INTRODUÇÃO
As lesões por pressão são um sério problema de saúde que afetam milhões de pessoas em todo o mundo, são causadas pela pressão constante exercida sobre áreas específicas do corpo, resultando em danos nos tecidos subjacentes. Elas são particularmente comuns em pacientes acamados, idosos, com mobilidade reduzida ou com condições de saúde crônicas, que prejudicam a mobilidade do paciente.
Nesse contexto, a prevenção e a assistência adequada à ocorrência das lesões por pressão tornam-se fundamentais para garantir o bem-estar e a qualidade de vida dos pacientes. O enfermeiro desempenha um papel essencial nesse processo, atuando como um profissional de saúde capacitado e especializado na prevenção, avaliação e tratamento dessas lesões.
O objetivo deste trabalho é discutir o papel do enfermeiro na assistência e prevenção de lesões por pressão, destacando suas responsabilidades e competências no cuidado desses pacientes. Serão abordados temas como a identificação de fatores de risco, a implementação de medidas preventivas, a avaliação contínua da pele, a escolha adequada de dispositivos de suporte e a utilização de técnicas de curativos apropriados.
O enfermeiro desempenha um papel central na promoção da saúde e prevenção de doenças, e sua atuação é de suma importância na prevenção de lesões por pressão. Ao adotar uma abordagem holística, o enfermeiro considera não apenas os aspectos físicos, mas também os emocionais e sociais dos pacientes, visando oferecer cuidados de qualidade e individualizados.
Portanto, é importante compreender e reconhecer a relevância do enfermeiro no contexto da assistência e prevenção de lesões por pressão. A partir do conhecimento científico e das melhores práticas, esse profissional desempenha um papel crucial na redução do risco de lesões, na promoção da cicatrização e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes afetados por essa condição.
No decorrer deste trabalho, serão apresentadas as principais estratégias adotadas pelos enfermeiros para a prevenção de lesões por pressão, além de discutir o impacto do seu envolvimento multidisciplinar, da educação dos pacientes e familiares, e da implementação de protocolos de cuidados específicos.
Compreender o papel do enfermeiro na assistência e prevenção de lesões por pressão é fundamental para garantir a prestação de cuidados de qualidade e contribuir para a redução do número de casos de lesões por pressão, proporcionando uma melhor qualidade de vida aos pacientes afetados.
2. A LESÃO POR PRESSÃO (LPP) E SUAS CLASSIFICAÇÕES.
As lesões por pressão são áreas de danos localizados na pele e/ou tecidos subjacentes, causadas principalmente pela pressão prolongada e constante sobre determinadas regiões do corpo. Essas lesões são mais comuns em pessoas que passam longos períodos de tempo em uma mesma posição, como pacientes acamados, idosos ou indivíduos com mobilidade reduzida. Além da pressão, outros fatores como fricção, cisalhamento e umidade também podem contribuir para o desenvolvimento de lesões por pressão. (MORES, 2021)
A definição de lesão por pressão (LPP) é uma injúria localizada na pele e/ou tecidos moles, de modo geral que recobrem proeminências ósseas, relacionadas à imobilização ou ao uso de dispositivos e artefatos médicos, citado pela Sociedade Brasileira de Estomaterapia (SOBEST, 2017).
Figura 1- formação de Lesões por pressão
Fonte: Feridas Crônicas, 2020.
De acordo com Moro (2019), este tipo de lesão pode ocorrer em pele íntegra, ou apresentar-se em úlcera aberta, de modo geral extremamente dolorosa. Ocorrem em pele íntegra ou podem apresentar-se como úlcera aberta, em locais de pressão excessiva ou que permaneçam comprimidos por período de tempo prolongado sem a mudança de decúbito adequada, associado a fatores como o cisalhamento, tração ou outros fatores como nutrição, idade avançada, perfusão e algumas comorbidades que afetam a mobilidade ativa do paciente.
O mecanismo de desenvolvimento das lesões por pressão está estreitamente ligado à exposição de proeminências ósseas e à pressão destas sobre os capilares locais, gerando áreas de isquemias, dificultando a perfusão tecidual, consequentemente a nutrição e oxigenação destes tecidos, desencadeando as lesões por isquemia vascular (GOMES et al., 2011; NPUAP, 2016).
Sobre seus locais de incidência, Souza, Oliveira e Lima (2016) mencionam:
Uma das áreas mais comumente afetadas é o sacro, localizado na base da coluna vertebral. Quando uma pessoa fica sentada ou deitada por longos períodos, a pele sobre o osso sacro fica sujeita a pressão constante, o que pode resultar em danos e no surgimento de úlceras.
Da mesma forma, Pachá (2018) fala que os ísquios, também conhecidos como ossinhos do quadril, são vulneráveis à lesões por pressão, especialmente em pacientes com mobilidade reduzida ou que permanecem sentados por longos períodos.
Os calcâneos, popularmente conhecidos como calcanhares, são outra região suscetível a lesões por pressão, especialmente em pacientes acamados. A pressão exercida quando os pés estão em contato direto com a superfície da cama ou colchão pode levar à formação de úlceras nos calcanhares. Além disso, os cotovelos são propensos a lesões por pressão em pacientes que passam muito tempo apoiados nessa área, como aqueles acamados ou em cadeiras de rodas. (MENDONÇA, 2018; TEIXEIRA, 2019).
Otto (2019) menciona que as orelhas também são locais que merecem atenção, especialmente em pacientes que permanecem deitados de lado por longos períodos. A pressão exercida pela superfície de apoio, como o travesseiro ou colchão, pode restringir o fluxo sanguíneo para as orelhas, resultando em danos à pele e na formação de úlceras.
Figura 2 – Locais de formação de Lesões por Pressão
Fonte: Feridas Crônicas, 2020.
Estudos apontam que o aumento na prevalência das LPP pode estar relacionado a um processo de inversão na pirâmide etária, de modo especial no Brasil, com o aumento da expectativa de vida, melhorias na qualidade assistencial de algumas patologias, antes consideradas intratáveis, internações por períodos de tempo mais prolongado, o que gera uma possível conexão com o surgimento das LPPs (MORAES, et .al, 2016).
Um outro fator muito importante a ser considerado é que no idoso a elasticidade da pele e a frequência de renovação celular também diminuem,o que contribui para o aumento do trauma tecidual, segundo Coqueiro et al., (2013), sabe-se que pacientes idosos, de modo geral exigem um tempo maior de internação, e geralmente ficam internados em unidade de terapia intensiva (UTI), uma vez que necessitam de cuidados especiais quanto à profilaxia da LPP, relacionados ao longo tempo de internação, imobilidade, problemas circulatórios e a complexidade dos quadros clínicos que apresentam em suas patologias (CONSTANTIN et al., 2017).
Estudos apontam que 71 % dos pacientes adultos internados em Unidade de Terapia Intensiva apresentaram LP com uma média de 10 dias de internação, o que determina que o planejamento assistencial e a prevenção devem ser realizados primeiras 24 horas internações desses pacientes, estabelecendo uma sistematização da assistência de enfermagem SAE, adotando medidas preventivas ao desenvolvimento das lesões (BORGHARDT et al., 2016).
O National Pressure Ulcer Advisory Board (NPUAP) é um órgão internacional para atendimento ao trauma, trata-se de uma organização dos Estados Unidos dedicada ao estudo e desenvolvimento de protocolos detalhados sobre lesões, cuidados assistenciais e medidas preventivas, com vistas a minimizar a ocorrência de LPP, o que é considerado um evento adverso.
No ano de 2016, esta organização realizou estudos e atualizou a nomenclatura anteriormente utilizada nesta área, criando o termo “lesão por pressão” anteriormente conhecido como “úlcera por pressão”. Essa mudança ocorre porque as lesões podem ocorrer em estágios iniciais que não necessariamente se introduzem como uma lesão tipo úlcera. Outras atualizações também foram lançadas (MORAES et al., 2016).
A classificação das lesões por pressão é amplamente baseada na escala de Estadiamento de Pressão, proposta pelo National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP). Essa escala categoriza as lesões em quatro estágios, cada um com características específicas:
Estágio 1: Nesse estágio, a lesão é superficial e afeta apenas a epiderme. Apresenta-se como uma área de pele intacta, geralmente com vermelhidão, que não desaparece quando a pressão é aliviada.
Figura 2 – Lesão por Pressão estágio 1.
Fonte: NPUAP, 2020.
Estágio 2: Nessa fase, a lesão se estende além da epiderme e atinge a derme. É caracterizada por uma ferida superficial, com perda parcial da espessura da pele, podendo apresentar bolhas ou úlceras abertas.
Figura 3 – Lesão por Pressão Estágio 2
Fonte: NPUAP, 2020.
Estágio 3: Nesse estágio, a lesão atinge a camada subcutânea, chegando aos tecidos adiposos. A ferida se aprofunda, apresentando uma cratera ou cavidade visível, com bordas bem definidas.
Figura 4 – Lesão por Pressão Estágio 3
Fonte: NPUAP, 2020.
Estágio 4: Esse é o estágio mais avançado da lesão por pressão. A ferida atinge tecidos mais profundos, como músculos, ossos ou tendões. Pode apresentar necrose, exposição de estruturas ósseas e extensa destruição tecidual.
Figura 5– Lesão por Pressão Estágio 43
Fonte: NPUAP, 2020.
Na lesão por pressão não estadiável, ocorre a perda completa da espessura da pele e do tecido subjacente, sendo que a extensão do dano tecidual no interior da úlcera não pode ser confirmada devido à presença de esfacelo ou escara (Figura 5). Caso o esfacelo ou escara seja removido, a lesão por pressão poderá ser classificada como estágio 3 ou 4.
Figura 6 – Lesão por Pressão não Estadiável
Fonte: NPUAP, 2020.
Na lesão por Pressão Tissular Profunda a descoloração vermelho escura, marrom ou púrpura, persistente e que não embranquece. Essa lesão é causada pela aplicação de forças de pressão intensa e prolongada, juntamente com cisalhamento, na região entre osso e músculo. A ferida pode evoluir rapidamente, revelando a verdadeira extensão do dano tecidual, ou pode cicatrizar sem perda de tecido. Quando tecido necrótico, subcutâneo, tecido de granulação, fáscia, músculo ou outras estruturas subjacentes são visíveis, isso indica uma lesão por pressão de espessura completa (não estadiável, estágio 3 ou 4).
Figura 7 – Lesão por Pressão Tissular Profunda
Fonte: NPUAP, 2020.
Considerando as condições citadas anteriormente, associadas a um período de internação prolongado, pacientes internados em UTI’s possuem um risco aumentado de desenvolver LPP, decorrente principalmente da dificuldade de reposicionamento destes pacientes, que em sua maioria não possuem nível de consciência adequada para fazê-lo de forma espontânea, ou voluntária mais frágil e menos resistente a pressões, o que aumenta o risco de lesões por pressão. (CORREIA, 2019)
Para Soares (2018) o’enfermeiro possui um papel fundamental na prevenção das LP, através do planejamento assistencial, estipula o período de reposicionamento de decúbito corporal periódico, cuidados com hidratação e higiene da pele, observação quanto ao estado de nutrição/ hidratação do paciente, e prescreve os cuidados assistenciais e todas medidas de prevenção a serem executadas por ele e por sua equipe de enfermagem.
As LPP podem desenvolver- se em 24 horas ou levar até cinco dias para se manifestar, deste modo, é de responsabilidade do enfermeiro e de todos os profissionais de saúde a prevenção da LPP. Estes devem estar familiarizados com principais fatores de risco para sua formação, de modo especial, nos indivíduos que ficam impossibilitados de se movimentar, quando ocorrem pressões excessivas que fazem capilares se colapsaram e em consequência, o fluxo de sangue e de nutrientes é interrompido, o que pode levar à isquemia dos tecidos e, eventualmente, à necrose celular, desencadeando a formação da LPP (WADA; FERREIRA, 2020)
A pressão para esta situação é de 12 a 32 mmHg. Há que se considerar que o paciente com diminuição da percepção sensorial pode não ser capaz de identificar o desconforto pelo excesso de pressão (DOMANSKY; BORGES, 2014).
A NPUAP, por meio de seus constantes estudos e atualizações, traz recomendações para minimizar os pontos de pressão no corpo do paciente, como a utilização de métodos que permitam o reposicionamento como estratégia de prevenção, associada à utilização de uma superfície de redistribuição da pressão, a mudança de decúbito a cada 4 horas quando da utilização do o colchão viscoelástico e a cada 2 horas quando o colchão não permitir esta redistribuição da pressão. Salienta-se que o enfermeiro deve determinar a frequência do reposicionamento de acordo com o quadro clínico do paciente, sendo que este deve proporcionar conforto e bem estar; e evitar o cisalhamento (DOMANSKY; BORGES, 2014).
Para que ocorra a promoção da segurança do paciente, a prevenção de lesão por pressão tem sido foco de preocupação de gestores e profissionais de saúde. Somando- se a isso, as instituições de saúde além de prover atendimento de qualidade, necessitam otimizar custos assistenciais e reduzir ao máximo o tempo de internação (INOUE; MATSUDA, 2016).
2.1 FORMAS DE PREVENÇÃO DE LPP
O posicionamento do paciente com elevação a 30º é uma medida preventiva utilizada para reduzir a pressão em determinadas áreas do corpo e prevenir o desenvolvimento de lesões por pressão. Essa técnica é especialmente aplicada em pacientes acamados ou com mobilidade limitada, que estão expostos a um maior risco de desenvolver tais lesões (DOMANSKY; BORGES, 2014)
Segundo Moraes, Borges e Lisboa (2016) , ao posicionar o paciente com elevação a 30º, o enfermeiro busca promover uma distribuição mais uniforme da pressão sobre as áreas de contato com a superfície de apoio, como colchão ou cama. Essa elevação parcial do tronco ajuda a aliviar a pressão nas regiões do sacro (região do cóccix), ísquios (ossos da região glútea), calcanhares e ombros, que são áreas comuns de desenvolvimento de lesões por pressão.
Figura 8 – posicionamento do paciente a 30º
Fonte: Feridas Crônicas, 2021.
É importante ressaltar que o ângulo de 30º é uma referência geral e pode variar de acordo com as necessidades individuais do paciente. O enfermeiro deve avaliar a tolerância e conforto do paciente durante o posicionamento, levando em consideração fatores como condições médicas, limitações de mobilidade, presença de dispositivos médicos, entre outros (INOUE; MATSUDA, 2016).
Luz (2017) fala que além do posicionamento com elevação a 30º, outras medidas preventivas devem ser implementadas de forma complementar, como a realização de mudanças de posição periódicas, uso de superfícies de apoio adequadas, avaliação e cuidado regular da pele, além de promover a mobilização e atividade física dentro das limitações do paciente.
É fundamental que o enfermeiro siga as melhores práticas e protocolos estabelecidos, além de fornecer educação e orientação ao paciente e seus cuidadores sobre a importância do posicionamento adequado como parte integrante do plano de prevenção de lesões por pressão. (INOUE; MATSUDA, 2016).
O uso de dispositivos como coxins, colchões piramidais, hidratantes e outros dispositivos de conforto e proteção desempenha um papel essencial na prevenção de lesões por pressão. Esses dispositivos são projetados para aliviar a pressão nas áreas de maior risco, proporcionando suporte adequado e distribuição de peso. (DOMANSKY; BORGES, 2014)
De acordo com Luz (2017) , os coxins são almofadas especiais que ajudam a reduzir a pressão nas áreas vulneráveis, como o sacro e os ísquios, quando colocados sob as regiões de contato com a superfície de apoio. Eles ajudam a promover uma distribuição mais uniforme da pressão e a prevenir o desenvolvimento de lesões. Os coxins são feitos de materiais macios e flexíveis, como espuma de alta densidade, gel, ar ou combinações desses materiais. Eles são projetados para se ajustar às curvas do corpo e oferecer suporte confortável em áreas específicas, reduzindo a pressão nas proeminências ósseas e outras regiões propensas a desenvolver lesões por pressão. (INOUE; MATSUDA, 2016).
Figura 9 – Coxins
Fonte: Governo da Paraíba, 2021.
O enfermeiro desempenha um papel crucial na avaliação e seleção dos coxins mais adequados, bem como na educação do paciente e cuidadores sobre seu uso correto. Os coxins são uma parte importante do plano de prevenção de lesões por pressão e podem contribuir significativamente para o conforto e a segurança do paciente, reduzindo o risco de desenvolvimento de úlceras de pressão (MOLNLYCKE, 2018).
Luz (2017) ainda fala que os colchões piramidais são projetados com uma superfície texturizada em forma de pirâmides que ajudam a dissipar a pressão. Essa superfície proporciona maior área de contato com o corpo, reduzindo o risco de pontos de pressão excessiva.
Figura 10 – Colchão piramidal
Fonte: NG2 Medical
A principal função dos colchões piramidais é reduzir a pressão sobre as áreas vulneráveis do corpo, como o sacro, ísquios, calcanhares e ombros, que são locais comuns para o desenvolvimento de lesões por pressão. As pirâmides presentes no colchão ajudam a dissipar a pressão nessas áreas, permitindo uma melhor circulação sanguínea e ajudando a prevenir o desenvolvimento de lesões (MORAES, 2021).
Além disso, Sobest (2016) menciona que os colchões piramidais também auxiliam na redução do atrito e do cisalhamento, que são fatores que podem contribuir para o desenvolvimento de lesões por pressão. A superfície texturizada das pirâmides ajuda a minimizar a fricção entre o paciente e o colchão, reduzindo o risco de danos à pele.
Os hidratantes são utilizados para manter a pele adequadamente hidratada, o que é essencial para a integridade da pele e prevenção de lesões. A pele seca é mais suscetível a danos e lesões, portanto, a aplicação regular de hidratantes ajuda a manter a pele saudável e resistente (INOUE; MATSUDA, 2016).
A pele saudável desempenha um papel importante na proteção do corpo contra agressões externas, como atrito, pressão e fricção. Quando a pele fica seca e desidratada, sua função de barreira é comprometida, tornando-a mais vulnerável a danos. Isso é especialmente relevante em pacientes acamados, que estão expostos a pressão constante nas áreas de apoio, aumentando o risco de desenvolvimento de lesões por pressão (MOLNLYCKE, 2018).
Os hidratantes são formulados para repor a umidade e os lipídios da pele, ajudando a restaurar sua função de barreira e protegê-la contra a perda excessiva de água. Eles ajudam a manter a pele macia, flexível e hidratada, prevenindo o ressecamento e a descamação.
Ao aplicar um hidratante na pele, é importante escolher um produto adequado, especialmente formulado para uso em pacientes vulneráveis a lesões por pressão. Os hidratantes devem ser livres de fragrâncias e corantes irritantes, e preferencialmente hipoalergênicos, para minimizar o risco de reações alérgicas e irritações na pele sensível (MENDONÇA, 2018).
De acordo com Moraes (2021) a aplicação regular de hidratantes na pele do paciente acamado é uma prática fundamental na prevenção de lesões por pressão. A hidratação adequada ajuda a manter a integridade da pele, melhorando sua resistência e capacidade de recuperação. Além disso, os hidratantes também podem proporcionar alívio de desconforto e coceira, que são comuns em pacientes com pele seca.
Para Sobest (2016) a mudança de decúbito é uma prática fundamental na prevenção de lesões por pressão. O enfermeiro realiza a mudança da posição do paciente em intervalos regulares, geralmente a cada duas horas, para aliviar a pressão nas áreas de risco. Isso ajuda a estimular a circulação sanguínea, reduzir a pressão prolongada e prevenir a formação de úlceras de pressão.
Figura 11 – Relógio para mudança de decúbito.
Fonte: Ampar Home Care, 2021.
Existem diferentes posições de decúbito que podem ser alternadas durante a mudança, como decúbito dorsal (de costas), decúbito lateral (de lado), decúbito ventral (de barriga para baixo) e posição semi-Fowler (com a cabeceira da cama elevada a 30 a 45 graus).
Ao realizar a mudança de decúbito, o enfermeiro deve adotar técnicas adequadas para minimizar o atrito e o cisalhamento, evitando assim danos à pele do paciente. Além disso, é importante garantir que a transferência e reposicionamento sejam realizados de forma segura, com a utilização de equipamentos de apoio, como lençóis deslizantes ou almofadas de transferência, quando necessário (MOLNLYCKE, 2018).
Os benefícios da mudança de decúbito são diversos. Ao aliviar a pressão nas áreas de risco, reduz-se a compressão dos tecidos moles entre o corpo do paciente e a superfície de apoio, permitindo que a circulação sanguínea seja restabelecida e que as áreas afetadas tenham tempo para se recuperar. Além disso, a mudança de decúbito também ajuda a prevenir o desenvolvimento de úlceras por pressão, melhorar o conforto do paciente, reduzir a rigidez muscular e promover a mobilidade articular(INOUE; MATSUDA, 2016).
Nos termos de Moro (2019) a avaliação regular da pele é essencial para identificar precocemente qualquer alteração ou desenvolvimento de lesões:
O enfermeiro realiza a inspeção visual da pele do paciente, verificando áreas de vermelhidão, abrasões, escaras ou qualquer sinal de danos. Isso permite a intervenção precoce e a implementação de medidas preventivas adequadas. A massagem de conforto é uma técnica utilizada para promover o relaxamento e o bem-estar do paciente.
Além de proporcionar conforto, a massagem adequada também pode ajudar a melhorar a circulação sanguínea e reduzir a rigidez muscular, contribuindo indiretamente para a prevenção de lesões por pressão. Cuidados adequados com a roupa de cama do paciente também são essenciais na prevenção de lesões (TEIXEIRA, 2019).
Otto (2019) alega que o enfermeiro deve garantir que a roupa de cama esteja limpa, seca e livre de rugas, o que ajuda a reduzir a fricção e o cisalhamento durante as movimentações e mudanças de decúbito.
Quando a roupa de cama está úmida, seja devido à transpiração do paciente, vazamento de fluidos corporais ou qualquer outra fonte de umidade, cria-se um ambiente propício para o desenvolvimento de lesões por pressão. A umidade constante pode amaciar a pele, tornando-a mais suscetível a danos causados pela pressão e fricção (INOUE; MATSUDA, 2016).
Além disso, Sobest (2016) diz que a umidade também pode contribuir para o crescimento de bactérias e fungos, aumentando o risco de infecção. Além da umidade, rugas e dobras na roupa de cama podem criar pontos de pressão excessiva sobre a pele do paciente. Esses pontos de pressão podem restringir a circulação sanguínea e causar danos aos tecidos, levando à formação de lesões por pressão.
Portanto, é importante garantir que a roupa de cama esteja bem esticada e livre de qualquer irregularidade que possa contribuir para o desenvolvimento de lesões. A frequência da troca da roupa de cama depende das necessidades individuais do paciente. Em geral, recomenda-se trocar a roupa de cama regularmente, especialmente quando estiver úmida, suja ou amarrotada (OTTO, 2019)
Figura 12 – Troca de Roupa de Cama de Paciente Acamado
Fonte: Instituto Sênior, 2018.
Pacientes com incontinência urinária ou fecal podem exigir trocas de roupa de cama mais frequentes para manter a higiene adequada e prevenir o acúmulo de umidade. Durante a troca da roupa de cama, é importante seguir boas práticas de higiene, como lavar as mãos antes e depois do procedimento (MOLNLYCKE, 2018).
Sobest (2016) menciona que os profissionais de saúde devem utilizar técnicas adequadas para mover o paciente, minimizando o atrito e o cisalhamento, especialmente em pacientes com fragilidade da pele. O uso de lençóis macios e tecidos de baixa fricção pode ajudar a reduzir o atrito durante a movimentação do paciente.
A Escala de Braden é uma ferramenta de avaliação amplamente utilizada na prática clínica para identificar pacientes em risco de desenvolver lesões por pressão. Essa escala foi desenvolvida por Barbara Braden e Nancy Bergstrom em 1987 e tem sido amplamente validada e utilizada em diversos cenários de cuidados de saúde (INOUE; MATSUDA, 2016).
A escala é composta por seis subescalas que avaliam diferentes fatores de risco relacionados ao desenvolvimento de lesões por pressão. Cada subescala recebe uma pontuação de 1 a 4, totalizando uma pontuação máxima de 23. Quanto menor a pontuação obtida, maior é o risco de desenvolver lesões por pressão.
Figura 13 – Escala de Braden
Fonte: Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. Liga Acadêmica de Feridas, 2020.
Há, ainda as subescalas da Escala de Braden, que de acordo com a Liga Acadêmica de Feridas (2020) são as seguintes:
- Percepção sensorial: Avalia a capacidade do paciente de perceber a dor e a pressão. Pacientes com alterações sensoriais, como diminuição da sensibilidade, têm maior risco de desenvolver lesões por pressão.
- Umidade: Avalia a umidade da pele e sua exposição a fontes de umidade. Pacientes com pele constantemente úmida, devido a incontinência urinária ou fecal, por exemplo, têm maior risco de desenvolver lesões por pressão.
- Atividade: Avalia o nível de atividade física do paciente. Pacientes com mobilidade limitada ou confinados a uma cama têm maior risco de desenvolver lesões por pressão.
- Mobilidade: Avalia a capacidade do paciente de mudar de posição. Pacientes com restrições de mobilidade, como aqueles que são imobilizados ou sedados, têm maior risco de desenvolver lesões por pressão.
- Nutrição: Avalia o estado nutricional do paciente. Pacientes desnutridos ou com ingestão inadequada de nutrientes têm maior risco de desenvolver lesões por pressão.
- Fricção e cisalhamento: Avalia o impacto da fricção e do cisalhamento na pele do paciente. A fricção ocorre quando a pele é esfregada contra uma superfície, enquanto o cisalhamento ocorre quando as camadas de tecido deslizam uma sobre a outra. Ambos os fatores aumentam o risco de desenvolvimento de lesões por pressão.
A pontuação total obtida na Escala de Braden classifica o paciente em diferentes categorias de risco, como baixo risco, risco moderado ou alto risco. Com base nessa classificação, são implementadas medidas preventivas adequadas para reduzir o risco de desenvolvimento de lesões por pressão (OTTO, 2021)
A utilização da Escala de Braden permite uma avaliação sistemática e padronizada do risco de lesões por pressão, auxiliando os profissionais de saúde na identificação precoce e na implementação de estratégias preventivas. Além disso, essa escala facilita a comunicação entre os membros da equipe de saúde, permitindo uma abordagem multidisciplinar na prevenção e no manejo de lesões por pressão.
2.2 O PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO
O enfermeiro desempenha um papel crucial na prevenção de lesões por pressão, sendo responsável por identificar fatores de risco, implementar medidas preventivas e monitorar a pele dos pacientes de forma contínua. Sua atuação baseia-se em conhecimentos científicos e melhores práticas, visando garantir a segurança e o bem-estar dos indivíduos em risco (INOUE; MATSUDA, 2016).
De acordo com Sobest (2016) uma das primeiras responsabilidades do enfermeiro é identificar os fatores de risco presentes em cada paciente, a fim de implementar medidas preventivas adequadas. Esses fatores podem incluir imobilidade, idade avançada, desnutrição, incontinência, fragilidade da pele, entre outros. Através de uma avaliação criteriosa, o enfermeiro determina o nível de risco de cada indivíduo e desenvolve um plano de cuidados personalizado.
Com base na avaliação de risco, Soares (2018) diz que o enfermeiro implementa medidas preventivas específicas para cada paciente. Essas medidas podem incluir a redistribuição adequada da pressão através de mudanças de posição frequentes, o uso de dispositivos de alívio de pressão, como colchões e almofadas especiais, e a educação do paciente e familiares sobre a importância da prevenção de lesões por pressão. Além disso, o enfermeiro orienta sobre a importância da boa nutrição, hidratação adequada e cuidados com a pele.
Moraes (2021) menciona:
O enfermeiro desempenha um papel fundamental na educação do paciente e familiares sobre a prevenção de lesões por pressão. Isso envolve fornecer informações sobre os riscos associados, às medidas preventivas a serem adotadas e a importância da adesão às orientações fornecidas. Através da educação, o enfermeiro capacita o paciente e seus cuidadores a desempenharem um papel ativo na prevenção e cuidado da pele, promovendo a autonomia e o autocuidado.
O enfermeiro desempenha um papel crucial na seleção e uso adequado de dispositivos de suporte para prevenção de lesões por pressão. Isso inclui a escolha de colchões, travesseiros e almofadas com características específicas de alívio de pressão, de acordo com as necessidades individuais de cada paciente. O enfermeiro também orienta sobre a correta utilização desses dispositivos, incluindo a importância de ajustá-los de acordo com as recomendações do fabricante e realizar inspeções regulares para garantir sua eficácia (INOUE; MATSUDA, 2016).
Assim, conforme trata Sobest (2016) o enfermeiro realiza um monitoramento contínuo da pele dos pacientes em risco, a fim de identificar precocemente qualquer sinal de lesão por pressão. Isso envolve a inspeção regular da pele, observando áreas suscetíveis, como proeminências ósseas, e verificando a presença de vermelhidão, abrasões
4 MATERIAIS E MÉTODOS
A presente pesquisa possui caráter de revisão bibliográfica, qualitativa e descritiva. No qual, foram utilizados materiais de diversas fontes, como biblioteca virtual da Faccrei, Google Acadêmico, Sciello e BVS. Por meio dessas, foi estudado os conceitos dos principais autores da área da saúde assistencial.
Assim, houve a pesquisa de artigos, revistas eletrônicas e manuais sobre a prevenção da lesão por pressão publicados no período de 10 anos (2013-2023).
A metodologia usada é considerada descritiva, com a finalidade de descrever o papel do enfermeiro na assistência e prevenção das lesões por pressão. Diante disso, é necessário compreender o tema e contribuir com a comunidade acadêmica e profissionais da área.
O presente estudo visa tratar sobre o conhecimento científico relativo ao papel do enfermeiro na assistência e prevenção de lesões por pressão. Os resultados obtidos podem fornecer insights sobre as melhores práticas e intervenções utilizadas pelos enfermeiros nesse contexto, auxiliando na melhoria dos cuidados prestados aos pacientes em risco de desenvolver essas lesões.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os conteúdos acerca das lesões por pressão abordam diversos tratamentos, prevenções. Como descrito anteriormente, as lesões por pressão possuem diversos estágios, e trazem problemas para o paciente, visto que seu tempo de interação pode aumentar e consequentemente ficar mais vulnerável às infecções hospitalares.
Foram consultados 12 artigos, e esses autores trazem os conceitos sobre as lesões e seu surgimento. Entretanto, a respeito dos tratamentos e prevenções das lesões por pressão, principalmente no uso da técnica da escala de Braden, os autores destacam que é de extrema importância uma padronização de atendimentos e diversos serviços (OTTO, 2021; SOARES, 2018)
Os resultados desta pesquisa destacaram o papel fundamental desempenhado pelos enfermeiros na assistência e prevenção de lesões por pressão. Estes desempenham um papel central na identificação de pacientes em risco, implementação de medidas preventivas e no manejo adequado das lesões existentes. Através de uma abordagem holística, os enfermeiros avaliam constantemente a condição da pele dos pacientes, identificam áreas de risco e implementam intervenções adequadas para minimizar a ocorrência de LPP (MENDONÇA, 2018; MORO, 2019).
Os resultados também destacaram a importância do uso de dispositivos de conforto e proteção, como coxins e colchões especiais, na prevenção de lesões por pressão. (TEIXEIRA, 2019) Os coxins fornecem uma superfície de apoio adequada, distribuindo a pressão de forma mais uniforme e reduzindo os pontos de pressão excessiva. Da mesma forma, os colchões piramidais foram identificados como uma opção eficaz na redução da pressão sobre áreas específicas do corpo, como o sacro e os calcanhares. Esses dispositivos auxiliam na prevenção de LPP, proporcionando conforto e alívio da pressão nos pontos críticos (WADA; NETO, 2020)
A hidratação da pele foi identificada como um aspecto essencial nos cuidados de prevenção de LPP. A manutenção de uma pele saudável e hidratada é fundamental para prevenir a formação de úlceras. Os enfermeiros desempenham um papel importante na aplicação de cremes hidratantes e no estabelecimento de rotinas adequadas de cuidados com a pele, especialmente em pacientes com maior predisposição ao ressecamento da pele. A hidratação adequada ajuda a manter a integridade da pele, tornando-a mais resistente aos danos causados pela pressão prolongada (MORAES, 2021).
A prática da mudança de decúbito regular foi identificada como uma medida crucial na prevenção de LPP. A mudança frequente de posição do paciente ajuda a redistribuir a pressão sobre diferentes áreas do corpo, reduzindo o risco de pontos de pressão excessiva. Os enfermeiros desempenham um papel ativo na orientação e auxílio aos pacientes na mudança de posição, especialmente para aqueles com dificuldade de mobilidade. Além disso, a mudança de decúbito também permite a inspeção regular da pele, possibilitando a detecção precoce de áreas de risco e a implementação de medidas preventivas adequadas (CORREIA, 2019; MENDONÇA, 2018; OTTO, 2019)
A avaliação regular da pele foi identificada como uma prática essencial na prevenção de lesões por pressão. Os enfermeiros realizam avaliações sistemáticas da pele dos pacientes, identificando áreas de vermelhidão, como orelhas, calcanhares, glúteos, irritação ou danos, que podem indicar o início de uma lesão por pressão. Essa avaliação contínua permite a intervenção precoce e o manejo correto do paciente (LUZ, 2017; MÖLNLYCKE, 2020).
Em suma, os resultados desta pesquisa destacam a importância do papel do enfermeiro na assistência e prevenção de lesões por pressão. Através da implementação de medidas preventivas, como o uso de dispositivos de conforto, a hidratação da pele, a mudança de decúbito regular e a avaliação criteriosa da pele, os enfermeiros desempenham um papel crucial na redução da incidência e gravidade das LPP.
Além disso, a prática da massagem de conforto e os cuidados adequados com a roupa da cama contribuem para um cuidado integral e confortável aos pacientes. Essas evidências reforçam a importância de capacitar os enfermeiros com conhecimentos e habilidades adequadas para a prevenção e manejo de LPP, garantindo a qualidade e segurança dos cuidados de saúde.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante esta pesquisa, foi possível analisar que existem diversas estratégias e intervenções adotadas pelos enfermeiros para prevenir as LPP. Os dispositivos de conforto, como os coxins e colchões piramidais, têm sido amplamente utilizados para redistribuir a pressão e minimizar os pontos de pressão excessiva.
Além disso, a mudança de decúbito regular, o uso de colchões de poliuretano e a hidratação da pele são medidas fundamentais para a prevenção das lesões. A avaliação criteriosa da pele, utilizando ferramentas como a Escala de Braden, permite a identificação de pacientes em risco e a implementação de estratégias preventivas individualizadas.
A massagem de conforto, além de promover a circulação sanguínea, proporciona relaxamento e bem-estar aos pacientes. Os cuidados adequados com a roupa de cama, como a troca regular, a manutenção da limpeza, secura e ausência de rugas, desempenham um papel essencial na prevenção de LPP.
Essas medidas contribuem para minimizar a umidade, o atrito e o cisalhamento, fatores de risco importantes. Ao longo desta pesquisa, fica evidente que a prevenção de LPP requer uma abordagem holística e individualizada.
Os enfermeiros desempenham um papel fundamental na identificação dos fatores de risco, na implementação de estratégias preventivas e no monitoramento contínuo da pele dos pacientes. No entanto, é importante destacar que a prevenção de LPP é uma responsabilidade de toda a equipe de saúde. A colaboração entre profissionais, a educação dos pacientes e cuidadores, e a implementação de políticas e protocolos adequados são igualmente importantes para garantir a eficácia das medidas preventivas.
Concluindo, a prevenção de LPP é um desafio contínuo na prática clínica. Através de uma abordagem abrangente, que inclua a utilização de dispositivos de conforto, a mudança de decúbito, a avaliação da pele, a massagem de conforto, os cuidados com a roupa de cama e outras intervenções adequadas, os enfermeiros desempenham um papel fundamental na redução da incidência e gravidade dessas lesões. Ao promover um ambiente de cuidado seguro, confortável e centrado no paciente, os enfermeiros contribuem para a qualidade e segurança dos cuidados de saúde.
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1Estudante do curso de Enfermagem, da Faculdade Cristo Rei – FACCREI. E-mail: anabeatrizjunqueira21@gmail.com
2Docente do Curso de Enfermagem da Faculdade Cristo Rei- FACCREI.