O PAPEL DO ENFERMEIRO E OS DESAFIOS NO ATENDIMENTO DOMICILIAR À PACIENTES IDOSOS: “HOME CARE”

REGISTRO DOI:


Lorena Roas Ribeiro1
Tatiana Francisco Soares2


RESUMO

Introdução: Com o aumento da expectativa de vida, a população idosa vem crescendo mundialmente, este cenário não é diferente no Brasil, e mediante a esse cenário que novas estratégias vem ganhando força no cuidado a essa população. O Home Care termo utilizado para definir ações de promoção à saúde, prevenção, tratamento de doenças e reabilitação, e em prática o atendimento domiciliar, na qual constitui uma tendência mundial que vem sendo implementada como estratégia através do processo de desospitalização. Objetivos: Identificar o papel do enfermeiro no atendimento Home Care e os desafios no cuidado domiciliar a pacientes idosos, caracterizar as principais atividades do enfermeiro no sistema HOME CARE, bem como apontar quais são os dados relevantes marcados pelos beneficios ao paciente HOME CARE. Materiais e Métodos: A elaboração dos materiais e métodos desta pesquisa foram fundamentados em pesquisas bibliográficas em revistas eletrônicas como SCIELO e BDENF, sites como Google Acadêmico, realizado nas bases de dados com assuntos referentes a cuidados de enfermagem. Resultados e Discussão: A amostra desta pesquisa foi composta por Revisão integrativa da literatura de estudos que tratam a respeito do papel do enfermeiro e os desafios no atendimento domiciliar à pacientes idosos: “HOME CARE. Conclusão: A pesquisa pode concluir o quanto se faz relevante o papel na assistência Domiciliar aos pacientes em condição de HOME CARE, assim como pode expor quais são os maiores desafios enfrentados pelos enfermeiros em sua cotidianidade de atendimento aos pacientes nesta configuração.

Palavras-Chave: HOME CARE. Enfermeiro. Desafios.

De acordo com as informações fornecidas pelo Ministério da Saúde em 2002, acreditase que aproximadamente 85% dos idosos brasileiros exibem alguma enfermidade crônica, enquanto 15% podem apresentar no mínimo cinco tipos de enfermidade, o que evidentemente resulta em uma demanda maior para os serviços de saúde e para os atendimentos profissionais a eles vinculados (BRASIL, 2002).

Consequentemente se conclui que as enfermidades terão maior destaque em relação à qualidade de vida vivenciada por esse público, o que logo nos conduz a lógica de que se fará essencial o acréscimo do sistema público de saúde e a inserção de novas formas de atendimento monitorado por profissionais da enfermagem.

Nessa configuração de atendimento é que se destaca como essencial o papel do enfermeiro, quando este passa ocupar um espaço social,vivenciando momentos de fragilidades e estabelecendo momentos de interação com o paciente e familia.

Interessante ressaltarmos que o enfermeiro é uma das classes de profissionais que mais se envolve em um conjunto de ações fundamentado e pautado na teoria e na pratica tendo como meta o bem estar dos seus atendidos.

Diante de tais considerações vale ressaltar que, o enfermeiro é integrante da equipe de saúde e tem como competência também proporcionar uma assistência às pessoas idosas tendo suas atitudes efetivas e de impacto, direcionadas para a educação em saúde e com foco na autonomia desse segmento populacional.

Desta maneira durante a abordagem desta pesquisa se fará apontamentos relevantes para dar amplitude às considerações de qual é o papel do enfermeiro e os desafios no atendimento domiciliar a pacientes idosos HOME CARE.

Em relação a problematização quando se reconhece que se vivencia o fenômeno mundial do envelhecimento, e que esse se constitui em um desafio para se concretizar as necessárias adaptações do sistema de saúde, logo pode se questionar:

Qual importância das habilidades do enfermeiro no atendimento HOME CARE aos pacientes idosos?

Assim esse trabalho teve por objetivo principal descrever quais são os desafios do enfermeiro no desenvolvimento do serviço HOME CARE no atendimento para idosos, tendo em vista a necessidade de se atender a uma sociedade que de forma progressiva está crescendo em quantitativo e que automaticamente necessita de profissionais habilitados para lhes proporcionar melhores condições de vida e saúde, conforme considerações expostas pela Rede Intergeracional de Informações Para a Saúde (RIPSA, 2009), assim como analisar os desafios referentes à intervenção familiar no HOME CARE, caracterizar as principais atividades do enfermeiro no sistema HOME CARE, bem como apontar quais são os dados relevantes marcados pelos beneficios ao paciente HOME CARE.

Quando se analisa que a população brasileira, vêm vivenciado inúmeras situações que conduzem para possíveis alterações de saúde, e que isso tem sido uma situação agravante com o avançar da idade e do estilo de vida, logo identificamos que surgiram demandas relevantes tanto para as famílias, como também para o sistema de saúde, o que pressiona a busca por novas alternativas que sejam capazes de reduzir gastos, que, entretanto possam atender as necessidades da população.

O cuidado domiciliar é uma estratégia de atenção à saúde desenvolvida desde os tempos mais remotos, no Brasil tal estratégia esteve quase sempre relacionada à área de Saúde Coletiva, mais especificamente aos programas materno-infantil e ao controle das doenças infectocontagiosas. Apenas na última década, o cuidado domiciliar está voltando-se para o atendimento, principalmente, de pacientes portadores de agravos de longa duração, incapacitantes ou terminais (PAZ e SANTOS, 2003).

Partindo destes pressupostos é que a abordagem desta se justifica pela relevância de esclarecer quais são habilidades e competências do enfermeiro neste modelo de atendimento, oferecendo informações relevantes para o público que optar por esse serviço passando confiabilidade no exercicio deste profissional da área da saúde.

MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, método esse, que permite a formulação de conclusões gerais a respeito de determinada área do conhecimento, mediante uma síntese de estudos publicados na perspectiva em estudo, realizado nas bases de dados com assuntos referentes a cuidados de enfermagem, cuidadores, serviços de assistência domiciliar, idoso e saúde do idoso.

Como critério de inclusão para formulação dos resultados, foram selecionados artigos originais, de estudo brasileiros e que respondesse à temática norteadora. Foram excluídos artigos duplicados, relato de caso, resumos, teses, dissertações e artigos que não se encontravam indexados nas revistas mencionadas.

A estruturação partiu sobre O Papel do Enfermeiro e os Desafios no Atendimento domiciliar á pacientes idosos HOME CARE.

As reflexões aqui problematizadas partiram da leitura e análise dos autores à luz da literatura pertinente à temática de pesquisa, uma vez que esse delineamento auxilia no embasamento de debates teóricos científicos e colaborativos. A pesquisa foi realizada no mês de março de 2023 e, por se tratar de um tema recente, foi definido um período de tempo específico para a publicação, sendo entre 2018 a 2023.

O processo de seleção dos estudos foi realizado por meio da leitura minuciosa de títulos e resumos. Optou-se por não definir um idioma para a busca dos artigos, objetivando reunir o maior número de publicações a respeito do tema em estudo. Para cada publicação excluída, foi avaliado e descrito o motivo de exclusão, sendo por fim separado os motivos em: estudos de outra natureza, fuga do tema proposto, estudos repetidos e estudos incompletos.

A busca nas bases de dados resultou em 1.440 artigos estudos, após a leitura dos títulos obtivemos 415 artigos que se mostraram dentro dos parâmetros que buscávamos.

Foram utilizadas estratégias de busca tendo três palavras chaves às quais foram: ENFERMEIRO, Home CARE e Idoso após a aplicação dos critérios de inclusão, exclusão e a leitura dos artigos, foram selecionados para utilizarmos em nossos estudos como resultado final.

Na revista LILACS, BDENF Enfermagem foram identificados 52 estudos que, após todas as análises, e leitura dos resumos 11 artigos foram selecionados, e consequentemente após as análises restaram 05 artigos se encontravam compatíveis com os métodos de inclusão do estudo, considerados relevantes para a revisão integrativa (FIGURA 1).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A amostra desta pesquisa foi composta por Revisão integrativa da literatura de estudos que tratam a respeito do papel do enfermeiro e os desafios no atendimento domiciliar à pacientes idosos: “HOME CARE”.

Logo podemos colocar que diante das considerações do Caderno de Atenção Domiciliar (BRASIL,2012), que aborda a respeito das Diretrizes para a Atenção Domiciliar dentro da proposta de Atenção Básica, compreendemos a importância do que é a humanização nas relações de atendimentos. Neste sentido, vale ressaltar que a Política Nacional de Humanização (BRASIL, 2004) apresentada pelo Ministério da Saúde, tem como proposta trazer melhorias para a qualidade das relações de trabalho ofertadas na saúde.

Acreditamos que uma das relevantes atribuições do enfermeiro é poder trazer o conforto do alivio da dor de seu paciente, neste sentido se valoriza o importante desempenho deste profissional no sistema HOME CARE.

Segundo informaçoes fornecidas pelo Ministério da Saúde (2002) no Brasil são observados o crescimento acelerado da parcela de idosos na população o que tem gerado um aumento substancial de condições crônicas que requer maior atenção domiciliar, ficou evidente uma variação entre 3% e 28%, dos casos atendidos que necessitam de atendimento continuo dependendo de características do modelo assistencial, também fica caracterizado que a atenção domiciliar foi associada ao sexo feminino, baixo poder socioeconômico, doenças crônicas, incapacidade funcional e quedas.

De acordo com a Revista Brasileira de Enfermagem (2002) os países com uma média alta de produto interno bruto (PIB) os serviços de saúde são de cobertura universal com base nos impostos cobrados, como ocorre no Reino Unido, nos países escandinavos, no Canadá, Austrália e Nova Zelândia, favorecendo o Sistema HOME CARE.

Podemos destacarmos que a discussão que mais se evidencia no papel do enfermeiro no atendimento HOME CARE se caracteriza pelos desafios referente a falta de investimento na qualificação dos profissionais, assim como a carência de equipamentos e infraestrutura adequada, ou ainda a limitação nos procedimentos utilizados pelos profissionais por falta de suporte técnico o que impossibilita melhor atendimento domiciliar.

Vale destacarmos que o profissional de enfermagem necessita estar atento a todas as colocações a respeito do Código de Ética ou seja, conhecer a Lei nº 7.498/86, regulamentada pelo Decreto nº 94.406/87, que trata do Exercício Profissional, e na Resolução COFEN Nº 464/2014 que normatiza a atuação da equipe de enfermagem na atenção domiciliar.

Segundo Maeda (2011) quando nos referimos a assistência domiciliar engloba logo necessitamos compreender que essa requer toda uma estrutura para o atendimento, e esse atendimento tem início no hospital ou clínica para então se estender para o domicilio do paciente, compete ao médico decidir pela alta hospitalar do paciente assim como indicar a assistência domiciliar para o paciente, a Assistência domiciliar tem sido referência tanto no tratamento quanto na redução de leitos hospitalares e custos com os pacientes.

Ainda de acordo com Maeda (2011) existem algumas exigências para ocorrer a Assistência domiciliar, sendo uma delas a questão de que deve haver um local apropriado para guardar equipamento e medicações tento por intuito salvaguardara qualidade do atendimento do paciente, outro ponto relevante é que o paciente possa ser acompanhado por uma equipe multiprofissional.

E o autor também destaca a importância de haver um cuidador sendo esse um profissional ou um membro da família habilitado para realizar alguns procedimentos como higienização, administrar as medicações e habilidade se possível de comunicação com o paciente se este estiver apto para esse processo.

As considerações de Dias (et., al 2010) destaca a respeito do que consiste a capacidade funcional, que abrange a aptidão e capacidade do ser humano para a realizar atividades diárias básicas sem necessitar da ajuda de terceiros, que seriam atividades como a higienização pessoal, preparar e ingerir os alimentos, manter limpo o local onde vive, entre outros afazeres, sendo assim logo podemos compreender que quando o indivíduo perde essa capacidade funcional possivelmente irá necessitar de um atendimento mais adequado.

Algumas imputações do enfermeiro na Assistência Domiciliar, são expostas na a Resolução 464/2014 (BRASIL, 2014) a qual destaca:

Art. 3º A Assistência Domiciliar de enfermagem deve ser executada no contexto da Sistematização da Assistência de Enfermagem, sendo pautada por normas, rotinas, protocolos validados e frequentemente revisados, com a operacionalização do Processo de Enfermagem, de acordo com as etapas previstas na Resolução COFEN nº 358/2009, a saber: I – Coleta de dados de (Histórico de Enfermagem); II – Diagnóstico de Enfermagem; III – Planejamento de Enfermagem; IV – Implementação; e V – Avaliação de Enfermagem Art. 4º Todas as ações concernentes à atenção domiciliar de enfermagem devem ser registradas em prontuário, a ser mantido no domicílio, para orientação da equipe. § 1º Deverá ser assegurado, no domicílio do atendimento, instrumento próprio para registro da assistência prestada de forma contínua.

Diante tais considerações observamos que as atribuições do profissional de enfermagem são pautadas em ações que visam o bem-estar do paciente, entre elas: Efetivar ações como auxiliar o banho do paciente, realizar os cuidados pós-cirúrgicos, ministrar os medicamentos, entre outras funções.

O profissional de enfermagem também pode trabalhar ações educativas com os familiares cuidadores, assim como dar opinião para proporcionar melhorias no ambiente tornando-o mais acolhedor para o idoso, como acessibilidade e ambientes adaptados.

Conforme colocações de Duarte (2002), podemos mencionar que uma das atribuições do profissional de enfermagem no Atendimento Domiciliar aos idosos consiste em adaptar esse atendimento de forma que haja parâmetros de educação em saúde, e consequentemente proporcionar autonomia aos seus atendidos, despertando nestes o potencial para a realização de atividades cotidianas.

Neste sentido, Duarte (2002) afirma que:

A enfermagem desenvolve procedimentos na assistência domiciliar, tais como: cuidados com as necessidades fisiológicas básicas; tratamento de curativos; administração de medicamentos; administração de quimioterapia; cuidados e controles de pacientes com aparelhos; orientações, cuidados e controles de pacientes pós operatórios, com doenças transmissíveis, a família do paciente terminal; e capacitação do paciente e família para autocuidado. (DUARTE 2002, p.127).

Logo podemos destacar que quando o profissional de enfermagem incentiva seu paciente a ter autonomia, estará lhe capacitando também para uma condição de desenvolver o autocuidado.

Essa colocação de Duarte (2002) também é reforçada por Barros( 2011), ao expor que, as atuações do profissional de enfermagem estão diretamente interligadas à promoção da saúde, e na forma preventiva de tratamento das pessoas idosas, quando se reforça a importância do autocuidado, e da valorização do trabalho em equipe.

De acordo com as colocações de Anjos Filho e Souza (2017) através do trabalho em equipe é possível se estabelecer vínculos que geram troca de experiências e vivências profissionais, promovendo articulações que colaboram para a interdisciplinaridade.

Esse trabalho em equipe se concretiza quando ocorre, uma troca de saberes tendo como objetivo o mesmo fim, como destaca Anjos e Filho (2017) ajustar o atendimento integralizador ao paciente, em especial aos atendidos pelo Home Care.

Campos (1995) expõe que, a abordagem em equipe deve ser comum a toda a assistência à saúde. Isso porque o principal aspecto positivo da atuação em equipe é a possibilidade de colaboração de várias especialidades que denotam conhecimentos e qualificações distintas.

Em todas as situações vivenciadas pelos enfermeiros o trabalho multidisciplinar demonstrou o quanto foi importante a colaboração de todos os profissionais envolvidos, Minghelli et al (2020) e Guimarães (2020) destacam que dos demais profissionais são essenciais no atendimento domiciliar.

Lima (2020) coloca que a grande maioria dos profissionais costuma trabalhar de forma isolada, o que pode ocasionar dificuldades quando o contexto apresenta um risco de saúde eminente e não há troca de informações, sendo assim o autor destaca a importância do trabalho multidisciplinar.

Torna-se assim evidente que, trabalhar de forma isolada não é algo que venha acrescentar conhecimentos ou vivencias, mas que todo o conhecimento somado a novas experiências qualifica e capacita para o pleno desenvolvimento profissional.

Para melhor compreensão, convém observarmos a configuração destes resultados, expostos no quadro abaixo, com informações referentes as obras e autores em que essa pesquisa buscou fundamentação, bem como retrata os resultados obtidos.

QUANTO AO PAPEL DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA DOMICILIARHOME CARE”
TítuloAutor/AnoAnoRevistaResultados/Conclusão
Pressupostos das boas práticas do cuidado domiciliar ao idoso: revisão sistemáticaRODRIGUES, Rosalina Aparecida Partezani et al., 20192019SCI- ELOO papel do enfermeiro em gerontologia na atenção domiciliar, segundo as evidências, depende fundamentalmente de constantes planejamentos e reorganizações, para que sejam de fato inclusivas e contextualizadas. Dessa forma, a produção do cuidado será fundamentada e orientada ao idoso, com base em suas necessidades específicas e globais, o que favorece um processo de envelhecimento saudável e ativo.
Práticas de cuidado realizadas por pessoas que convivem com o câncerMINUTO et al.,2021BDENFForam entrevistadas 11 pessoas, sendo seis do sexo feminino. A maioria possuía mais de 60 anos e ensino fundamental incompleto. Seis dos participantes descobriram a doença havia menos de seis anos, nove realizavam tratamento convenal, ofertado pelos serviços de saúde, cirurgia, quimioterapia e radioterapia, entre outras práticas de cuidado. Um dos participantes realizava tratamento paliativo e aguardava judicialmente para receber medicação para tratar o câncer; e outro optou por tratar somente com homeopatia e fitoterapia, com uma pessoa do sistema informal de saúde.
Idosos vinculados à atenção domiciliar da atenção primária de saúde: caracterização morbidades e acesso aos serviçosRAMOS, et al2020SCI- ELOA média de idade da amostra foi de 82,8(±9,2) anos. Dos 124 idosos, 94 (75,8%) eram do sexo feminino, 99 (79,8%) aposentados e 104 (83,9%) não residiam sozinhos. Além disso, apresentavam em média três morbidades, 63 (50,8%) não apresentavam déficit cognitivo, 77 (62%) tinham cuidador, 62 (50%) eram visitados uma ou mais vezes por mês, 66 (53,2%) não possuíam plano de saúde e 90 (72,6%) recebiam exclusivamente VD. A idade média da amostra foi semelhante a outros estudos, tanto de âmbito nacional quanto internacional, com idosos que recebem assistência domiciliar (12-13). No entanto, estudos nacionais com idosos em geral da comunidade




trazem uma média de idade inferior à apresentada (6,14). Ressaltase que a amostra deste estudo possui características específicas, como o fato de receber AD, que frequentemente é demandada por idosos mais velhos
Gestão do cuidado domiciliar por cuidadores familiares de idosos após a alta hospitalarSILVA, e al2020SCI- ELOConstruíram-se duas categorias: Gerência da multiplicidade de cuidados pelo cuidador e Relação entre cuidador familiar e rede de atenção à saúde. Ações assistenciais e gerenciais realizadas rotineiramente provocam mudanças significativas na vida do cuidador familiar. Este não percebe planejamento, periodicidade de assistência domiciliar nem apoio em procedimentos requeridos.
Queda domiciliar de idosos: implicações de estressores e representações no contexto da COVID19SANTOS, et al2021SCI- ELOIdentificaram-se fatores ambientais para queda no domicílio, medo diante das atividades de vida diária e perda da acuidade visual. Sentimentos e comportamentos mencionados no possível núcleo central justificaram a modulação de comportamentos. Categorias de análise: 1) Representação da (in)adaptabilidade do ambiente domiciliar; 2) Representação e superação de limitações advindas das fragilidades.
Tecnologia educacional para banho/higiene do idoso em domicílio: contribuição para o saber-fazer dos cuidadoresSOUZA, et al2021SCI- ELONa validação de conteúdo e aparência, os especialistas atribuíram o Índice de Validade de Conteúdo global de 0,92. Já para avaliação da adequação do material, a cartilha foi classificada como “superior”, com média de 90%. Na validação dos cuidadores, o Índice de




Validade de Conteúdo global foi de 1,0.
Pressupostos das boas práticas do cuidado domiciliar ao idoso: revisão sistemáticaRODRI- GUES, et al2019SCI- ELODe um total de 453 artigos identificados, 16 foram incluídos na revisão: sete qualitativos e nove quantitativos, publicados entre 1996 e 2015. A síntese dos dados identificados como melhores práticas evidencia como pressupostos o cuidado centrado no idoso e a inclusão do idoso, da família e dos enfermeiros como agentes deste cuidado.
Risco de lesões por pressão em idosos no domi- cílioVANDER- LEY, et al2021BDENFobservaram-se associações entre o risco de desenvolvimento de Lesão por Pressão e a escolaridade (p=0,001), renda (p=0,024), idosos acamados (p<0,001), portadores de Síndrome de Imobilidade (p<0,001), diagnóstico de úlcera vascular (p<0,001), Acidente Vascular Encefálico (p=0,009) e Demência (p<0,00).
Risco de quedas em idosos: estratégia cuidativa – educacional para cuidadores para adoção de medidas preventivasCOUTI- NHO, et al2021BDENFEvidenciaram – se, nos encontros, os temas: As quedas causam muitos prejuízos para os idosos; O ambiente pode ser causador de quedas em idosos
Processo de transição do familiar para O papel de cuidador familiar de um idoso Dependente: uma revisão integrativaOLIVEIRA e CALDAS2021BDENFApós a avaliação, 23 artigos foram selecionados por atenderem a questão de pesquisa e 374 excluídos. Os resultados da pesquisa, foram organizados em três categorias: “condicionantes inibidores da transição saudável ao tornar-se cuidador de um idoso dependente”, “condicionantes facilitadores da transição saudável ao tornar-se cuidador de um idoso dependente” e; “intervenções terapêuticas de enfermagem para uma transição saudável”.
Doença de Alzheimer na pessoa idosa/família: Potencialidades, fragilidades e estratégiaMARQUES, et al2022SCI- ELOGeraram nove categorias – quatro referentes às fragilidades/dificuldades; um referente às potencialidades/ oportunidades vivenciadas pelos familiares/cuidadores; e quatro referentes às estratégias utilizadas pelos familiares/ cuidadores.
Competência de idosos cuidadores informais de pessoas em assistência domiciliarSANTOS, et al2022SCI- ELOParticiparam do estudo 101 idosos cuidadores informais, e as estimativas condicionais das competências cognitiva e relacional apresentaram maior correlação com adaptação e o preparo. O melhor conhecimento estima maior desenvolvimento da competência psicomotora e cognitiva nas práticas de cuidado.
Idosos a cuidar de idosos: um desafio à organização dos cuidados domiciliáriosBENTO, et al2021SCI- ELOCuidadores com mais de 75 anos foram prevalentes, 15,6% com mais de 80 anos, são mulheres e cônjuges, não apresentando, em muitos casos, capacidade para assegurar os cuidados necessários ao dependente.
Gestão do cuidado domiciliar por cuidadores familiares de idosos após a alta hospitalarSILVA, et al2020SCI- ELOConstruíram-se duas categorias: Gerência da multiplicidade de cuidados pelo cuidador e Relação entre cuidador familiar e rede de atenção à saúde. Ações assistenciais e gerenciais realizadas rotineiramente provocam mudanças significativas na vida do cuidador familiar. Este não percebe planejamento, periodicidade de assistência domiciliar nem apoio em procedimentos requeridos.
Adesão ao regime terapêutico medicamentoso e aspectos biopsicossociais dos idosos integrados em cuidados continuados domiciliáriosMONTER- ROSO, et al2017SCI- ELOVerifica-se que 49% dos idosos não adere ao regime terapêutico medicamentoso e que o nível de adesão apresentou associação estatisticamente significativa, com estado de nutrição (p=0,002), autonomia instrumental (p=0,030) e isolamento social (p=0,046).

Quadro 1

Caracterização da produção científica sobre o papel do enfermeiro e os desafios no atendimento domiciliar à pacientes idosos: “HOME CARE”. Fonte: Elaborado pelos autores, 2023.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização deste estudo possibilitou compreender a percepção dos enfermeiros em relação ao seu papel na assistência Domiciliar aos pacientes em condição de HOME CARE, assim como pode expor quais são os maiores desafios enfrentados em sua cotidianidade de atendimento aos pacientes nesta configuração.

Através da pesquisa se tornou evidente que gerir cuidados aos pacientes em atendimento domiciliar vai muito além de prover e disponibilizar tecnologias de saúde, entretanto este visa o bem-estar, segurança e autonomia.

Espera-se dentro desta pesquisa mostrar a grande importância o que é o HOME CARE, oferecendo informações relevantes para o público que optar por esses serviços, de forma que possam tomar a decisão com mais segurança, bem como ao apresentar que o modelo de HOME CARE contribui de forma significativa no atendimento de pacientes idosos com necessidades de cuidados referentes a sua demanda ou o monitoramento e atendimento médico e dos profissionais de enfermagem.

A pesquisa possibilitou apresentarmos que a transição entre modelos assistenciais com a transferência dos cuidados hospitalares para o domicílio do paciente idoso, demonstra a necessidade de uma análise pormenorizada e da relevância de investimento em estudos que possam ampliar o campo de visão desta gestão do cuidado domiciliar ao idoso, assim como salientou qual é o papel da família, do profissional de enfermagem, quando este se apropria de seus conhecimentos teóricos e de práticas na oferta de cuidados básicos, assim como poder aplicar seus instrumentais e especialidades.

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  1. Enfermeira coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Jaru-RO. Docente na Faculdade de Educação de

Jaru (FIMCA-UNICENTRO). Mestranda na Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Graduada em Didática e

Metodologia do Ensino Superior pela Faculdade de Educação de Jaru (FIMCA-UNICENTRO), Estratégia Saúde da

Família pela Faculdade Venda Nova do Emigrante (FAVENI) e Gestão Pública pela Faculdade Educacional da

Lapa (FAEL) – E-mail: lorena_roas@hotmail.com

  1. Acadêmica do curso de enfermagem pela Faculdade de Educação de Jaru (FIMCA-UNICENTRO).