THE ROLE OF PELVIC PHYSIOTHERAPY IN WOMEN WITH PELVIC FLOOR DYSFUNCTIONS FROM THE VIEWPOINT OF HEALTH PROFESSIONALS AT A UBS IN PIAUÍ
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202502081107
Deise Santana Leal1
Érika Ravenna Viana Amorim2
Prof. Me. José Mário Fernandes Mattos3
RESUMO
Anatomia da pelve é descrita pelos ossos íleo, ísquio, púbis, sacro e cóccix. Baseia-se na região inferior da pelve onde está ocluso pelo assoalho pélvico. Estratégias da fisioterapia pélvica contribuem para o fortalecimento desses músculos necessários para manter uma boa sustentação. A presente pesquisa teve como objetivo verificar a visão dos profissionais de uma UBS no Piauí sobre o papel da fisioterapia pélvica em mulheres com disfunções no assoalho pélvico. Trata-se de uma pesquisa de campo, do tipo exploratório e descritivo, transversal, de natureza qualitativa e quantitativa. O público alvo foi composto por profissionais de uma UBS do município de São Luís do Piauí, totalizando uma amostra de 8 participantes. Para desenvolvimento da pesquisa foi disponibilizado de forma individual um link enviado via WhatsApp criado através do Google forms contendo um questionário de autoria da pesquisadora. A análise dos dados quantitativos ocorreu por meio das estatísticas descritivas simples, onde os resultados obtidos foram apresentados por meio de tabela, através do programa Microsoft Excel; para a sistematização e análise dos dados qualitativos, foi utilizada a técnica de análise de conteúdo, com abordagem temática, proposta por Bardin. Os resultados obtidos através da pesquisa foram que 87,5% dos participantes não sabem o que é disfunções do assoalho pélvico, 37,5% dos profissionais responderam que na UBS aparecem pacientes com algum tipo de disfunção sendo a mais relevante a Incontinência Urinária, 75% afirmaram não saber sobre a finalidade da fisioterapia nas disfunções do assoalho pélvico, 75,5% dos profissionais declararam encaminhar os pacientes ao médico, 62,5% afirmaram não saber e compreender sobre o fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico, 50% dos voluntários responderam não saber a finalidade do AP, e 50% afirmaram colocar nota 6 sobre seu conhecimento acerca do assunto. Dessa forma conclui-se que o conhecimento acerca dessa musculatura, sua funcionalidade, disfunções associadas e a participação da fisioterapia neste processo é incipiente entre os profissionais que responderam sobre, corroborando com a hipótese da pesquisa.
Palavras-chave: Assoalho Pélvico. Disfunções. Profissionais. Fisioterapia.
1 INTRODUÇÃO
A anatomia da pelve é descrita pelos ossos ílio, ísquio, púbis, sacro e cóccix. Baseia-se na região inferior da pelve onde está ocluso pelo Assoalho Pélvico (AP). O AP é formado por músculos esqueléticos espessos, juntamente com fáscias e seus ligamentos, além de ter um formato de bacia tem a capacidade da sustentação do conteúdo visceral, predisposto de tal modo a oferecer uma ação esfincteriana (ânus e uretra) e levando também a manutenção da pressão vaginal. Ademais, a pelve do corpo humano é quem se faz responsável pelas incumbências sexual, fecal, urinária, podendo levar assim a vários fatores locais devido aos óbice (Palma et al., 2014). Em relação a disfunção do assoalho pélvico, observa-se uma incidência maior nas mulheres com um número que vem crescendo a cada ano que passa, levando assim a inúmeras inferências a incontinência fecal, incontinência urinária, a incontinência de flatos, as distopias genitais, as anormalidades do trato urinário inferior, as disfunções sexuais, a dor pélvica crônica e/ou problemas menstruais. Hodiernamente, vem aumentando os números de pessoas com incontinência urinária, afetando assim 200 milhões de pessoas segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) (Korelo et al., 2014).
Dessa forma, devido a incontinência urinária ser a mais comum com relação ao tratamento, pode ser cirúrgico ou conservador, irá depender do tipo de incontinência urinária, onde a mesma é classificada em 3 tipos, sendo esses Incontinência Urinária de Esforço (IUE), Incontinência Urinária de Urgência (IUU) ou Incontinência Urinária Mista (IUM). A vista disso, a IUE é caracterizada pela perda urinária quando a pressão intravesical excede a pressão uretral máxima na ausência de contração da musculatura onde está associada a tosse, espirro, ou até mesmo atividades. A IUU se encaixa como a perda involuntária da urina associada ao forte desejo de urinar estando ou não com a bexiga cheia. Já a IUM é a perda de urina ligada tanto pela de esforço quanto de urgência (Lino, 2011).
Conquanto, a IUE tem seu tratamento tanto conservador quanto cirúrgico, porém pelo não conhecimento da fisioterapia pélvica ser uma opção para o tratamento conservador, acabam decidindo-se pelo cirúrgico. Levando em consideração ao tratamento conservador será de fato menos dispendioso, pois ocorrerá através de biofeedback, eletroestimulação ou até mesmo os exercícios de kegel (Bø, 2015).
Em vista disso, a atuação da fisioterapia nas disfunções do assoalho pélvico abrange métodos de avaliação e tratamentos muito específicos. Dentre as possíveis formas, é pálido citar: técnicas de terapia manual, relaxamento e alongamento muscular, é importante também a utilização de recursos como estimulação elétrica e biofeedback, treinamento vesical, cinesioterapia da musculatura do assoalho pélvico (MAP), como também pode ser feito a utilização de questionários para saber detalhadamente o grau e o tipo de disfunção para só assim ocorrer o tratamento adequado (Berghmans, 2018).
Mediante o exposto, a avaliação das disfunções do assoalho pélvico é de suma importância, pois permite a verificação de pacientes que apresentem alguma alteração e a realização de tratamento fisioterapêutico adequado. Salienta-se, que as disfunções do assoalho pélvico geram consequências tanto físicas quanto emocionais (Boarreto et al, 2019). Portanto, o tratamento por meio da fisioterapia é importante, já que estudos comprovam resultados positivos no tratamento, acompanhamento e orientações realizadas por fisioterapeutas no âmbito da urologia. Por isso, é necessário que a atenção básica da saúde tenha uma visão do papel da fisioterapia pélvica no tratamento das disfunções do assoalho pélvico (Silva et al., 2021). Diante disso, questiona-se: qual a visão dos profissionais da saúde, sobre o papel da fisioterapia pélvica nas disfunções do assoalho pélvico em mulheres?
Dessa forma, acredita-se que o conhecimento por parte dos profissionais da área da saúde, sobre o papel da fisioterapia nas disfunções do assoalho pélvico, acontecerá de forma positiva para a melhoria e avanço dos profissionais que se adequam na atenção básica de saúde, pois com a fisioterapia pélvica como linha de frente para o tratamento das disfunções, ocorrerá uma preparação dessa musculatura podendo contribuir, com a diminuição dos problemas, visto que uma musculatura saudável, forte e com boa flexibilidade, pode ser mais resistente a sobrecarga que a região poderá receber.
O fortalecimento dos MAP, além de servirem como suporte para os órgãos pélvicos, contribuem para a diminuição de ocorrer problemas futuros. A fisioterapia pélvica se faz presente e trabalha para um tratamento mais eficaz, com técnicas e exercícios de fortalecimento da região, além de poder atuar também como coadjuvante no tratamento de muitas disfunções do assoalho pélvico, potencializando os resultados e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
Com relação a atenção básica de saúde onde os profissionais que estão sobre o meio tem de conhecer mais como fisioterapia pélvica ajuda no âmbito das disfunções, e como contribui no desenvolvimento e avanço do tratamento. Se faz necessário, um maior conhecimento sobre as disfunções e como a fisioterapia é importante para o tratamento necessário. Com base nisso, a introdução das intervenções sobre essa temática pode contribuir com uma maior assistência de acordo com as disfunções, trazendo assim uma maior experiência por partes dos profissionais que se englobam.
O objetivo geral desse estudo foi verificar a visão dos profissionais de uma UBS no Piauí sobre o papel da fisioterapia pélvica em mulheres com disfunções no assoalho pélvico. Atrelado a isso, como objetivos específicos foram: Verificar o conhecimento dos profissionais em relação as disfunções do assoalho pélvico, Verificar o perfil e a percepção dos profissionais de uma UBS sobre os MAP, Verificar conhecimentos dos profissionais de uma UBS sobre o papel da fisioterapia nas disfunções.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Anatomia da Pelve Feminina
Segundo Berghmans (2018), o AP ou períneo define-se como um conjunto de músculos, ligamentos e fáscias, que envolvem a pelve, sendo perfurados por três aberturas, sendo elas: a uretra, a vagina e o ânus. Sua principal função é dar sustentação às vísceras pélvicas e abdominais, além de preservar a função urinária e fecal, bem como, participar da função sexual permitindo a passagem do bebê no momento do seu nascimento no caso da gestantes. O AP possui duas camadas, onde uma se encontra mais superficialmente, chamada de diafragma urogenital, que compreende os músculos transverso superficial e profundo do períneo, bulbocavernoso e isquiocavernoso. E a outra se localiza mais profundamente, chamada de diafragma pélvico, composta pelos músculos levantador do ânus e coccígeo, sendo que o levantador do ânus é divido em três músculos, o pubococigeo, o isquiococigeo e o puborretal (Silva et al., 2021). A figura 1 traz a imagem do Assoalho Pélvico feminino.
Figura 1– Assoalho pélvico feminino.
![](https://revistaft.com.br/wp-content/uploads/2025/02/image-196.png)
Fonte: https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fvitaliscenter.com.br%2FaFassoal- pelvico-o-que-e-qual- suaimportancia%2F&psig=AOvVaw128U3WjenSMTakAHKyNmf5&ust=1705574051170557&sou rce=images&cd=vfe&ved=0CBIQjRxqFwoTCJC85c2c5IMDFQAAAAAdIMDFQAAA
Os músculos do AP leva a uma importante definição como dá sustentação aos órgãos da pélvicos e também da região abdominal levando assim a um controle das disfunções e dentre outras funções. É consentâneo observar que essa musculatura sofre perda de tônus e leva a um conjunto de problemas denominados Disfunções do Assoalho Pélvico, tais como, a IU e dispareunia, entre outros agravos que acabam sendo transitórios ou não (Mendes et al., 2016).
2.2 Disfunções do Assoalho Pélvico em mulheres
A fraqueza das estruturas do AP terá como desfecho comprometimento das estruturas e funções dos órgãos pélvicos resultando em disfunções, como as IU sendo essa a disfunção mais comum de modo geral, incontinência fecal (IF), prolapso Genital, Vaginismo, Dispareunia, Dor Pélvica Crônica (DPC) e disfunções sexuais. Estes quadros clínicos podem impactar negativamente na Qualidade de Vida (QV) das pessoas afetadas, visto que constantemente são acompanhadas de depressão e isolamento social (Vaz et al., 2019).
2.2.1 Incontinência Urinária
Os fatores fisiológicos envolvidos na continência urinária envolvem tanto mecanismos de controle centrais quanto periféricos. Os mecanismos centrais incluem informações processadas no córtex cerebral, tronco, ponte e segmentos torácicos e sacrais da medula espinhal e exercem suas ações através da inervação somática e autonômica para o trato urinário inferior. Os mecanismos periféricos que interferem e colaboram na continência urinária são as estruturas que compõem o trato urinário inferior (bexiga e uretra), bem como a musculatura, fáscias e ligamentos do assoalho pélvico. A continência urinária é o resultado de uma complexa inter-relação entre estes dois mecanismos.
De acordo com a Sociedade Internacional de Continência, a IU define-se como qualquer perda voluntaria de urina. Os tipos de IU mais comum nas mulheres são Incontinência Urinaria de Esforço (IUE), Incontinência Urinaria de Urgência (IUU) e Incontinência Urinaria Mista (IUM). Onde a IUE tem como característica perda de urina em situações de acentuado esforço físico ou até mesmo durante a tosse ou espirros, a IUU é a perda de urina repentina, associada ao incontrolável desejo miccional e a IUM é a junção da IUE e IUU (Freitas, 2018).
2.2.2 Prolapso Genital
Prolapso genital é a exteriorização dos órgãos pélvicos femininos através da vagina, incluindo a bexiga, útero, fundo vaginal pós histerectomia, e o intestino delgado e grosso. Esta protrusão pode ser permanente ou aparecer com esforço. Também chamado de prolapso urogenital, é uma patologia que afeta de forma marcante a qualidade de vida dos pacientes1. É uma desordem exclusivamente da mulher e pode afetar a parede vaginal anterior, parede vaginal posterior, o útero e o ápice da vagina, geralmente havendo combinações. É notório observar que, o prolapso pode ser classificado nos tipos como: cistocele (prolapso de bexiga através da vagina), colpocele (prolapso de parede vaginal), retocele (prolapso do reto através da vagina), enterocele (herniação interna do intestino delgado através da parede posterior da vagina) e o prolapso uterino (Palma et al., 2014).
2.2.3 Dor Pélvica Crônica
Dor pélvica crônica pode ser contínua ou intermitente, do tipo clínica ou não, podendo persistir por dois meses, podendo causar danos psíquicos, físicos e até mesmo sociais. A definição de (DPC) é caracterizada como uma dor abdominal abaixo do umbigo podendo perdurar por mais de seis meses de evolução, comprometendo assim a qualidade de vida das mulheres, onde exclui a dispaneuria profunda e dismenorréia com variações de DPC. É definido um problema de saúde complexo e confuso que pode afetar a qualidade de vida principalmente nas mulheres levando assim a vários tipos de distúrbios uroginecológicos, muitas vezes resultando em depressão, ansiedade e fadiga (Rabelo, 2003).
2.2.4 Disfunção Sexual
As disfunções sexuais interferem tanto na qualidade de vida das mulheres quanto no relacionamento com seus parceiros sendo capaz de influenciar a saúde física e mental, podendo ser afetada por fatores orgânicos emocionais e sociais. O transtorno de qualquer uma das fases da resposta sexual pode acarretar o surgimento de disfunções sexuais. As disfunções sexuais, é caracterizada como a incapacidade de participar do ato sexual como desejado, considerando assim como um problema de saúde pública. É caracterizada por disfunções nas fases de desejo, excitação e orgasmo, ou até mesmo pela presença de dor relacionada à relação sexual, a DS é frequente principalmente em jovens (Zhang; Yip, 2012).
Em primeiro momento o desejo sexual, configura o início da resposta pois compreende o impulso produzido pela atividade de centros específicos do cérebro que se conectam com outros centros corticais em seguida, a fase de excitação é caracterizada por sentimentos eróticos. A primeira mudança que ocorre é o aumento no fluxo sanguíneo genital e a contração dos músculos perineais. A lubrificação vaginal inicia se poucos segundos e com o aumento da lubrificação a penetração do pênis se torna mais suave fácil. O fluxo extra de sangue causa também um ingurgitamento da vagina levando também o estreitamento dela, produzindo efeito de aprisionamento do pênis durante a penetração (Stephenson RG; O´Connor LJ, 2004).
2.2.5 Vaginismo
O vaginismo que é uma síndrome psicossomática bem caracterizada, em que ocorre uma contratura involuntária dos músculos perineais a qual impedem total ou parcialmente a penetração na vagina impossibilitando assim o coito. Pode ser causado por abuso físico ou sexual, ou até mesmo por procedimentos médicos realizados na infância (Thiel R.; Thiel M.; Palma P., 2008).
O vaginismo pode ser uma resposta condicionada a uma experiência ruim tal como abuso sexual, um primeiro exame pélvico doloroso ou uma primeira tentativa de penetração dolorosa. Muitas mulheres com vaginismo tem um medo enorme da penetração e conceitos errados sobre a sua anatomia, acham que é sua vagina é muito pequena para acomodar um tampão ou pênis e que, se for colocada qualquer coisa dentro da vagina, causará grande lesão física. A mulher tem sentimentos de inferioridade, depressão, tristeza, frustração e angústia limitando assim qualquer tipo de melhoria para o problema (Rabelo, 2003).
2.2.6 Dispareunia
A dispareunia é uma dor genital que ocorre antes, durante ou após o coito, na ausência do vaginismo. Essa repetição de dor durante o coito pode causar uma angústia marcante e dificuldades interpessoais, levando assim a mulher a antecipação de uma experiência sexual negativa, evitando assim o sexo. Dispareunia é um termo utilizado para descrever a dor durante a relação, mas pode ocorrer durante a estimulação sexual. Pode ser dividida em dor no introito vaginal, dor com penetração profunda e dor no conduto médio da vagina (Medeiros; Braz; Brongholi, 2004).
É a disfunção sexual na qual mais frequentemente encontra-se causas orgânicas. A dispareunia secundária ocorre, em média, após 10 anos do início da atividade sexual e a dispareunia crônica poderá levar o vaginismo como mecanismo de defesa do próprio corpo. Deve considerar também a gravidade através da idade da mulher e a sua experiência sexual, mulheres jovens ou principiantes costumam apresentar dificuldades maiores (Rabelo, 2003).
2.3 O papel da Fisioterapia Pélvica nas disfunções do AP
A atenção à mulher é necessária devido às mudanças hormonais, sociais, físicas e emocionais pelas quais ela passa ao longo dos anos. O fisioterapeuta é um profissional da saúde habilitado a atender demandas específicas dessas mulheres em cada uma dessas etapas. A fisioterapia pélvica pode de fato contribuir na resolução de distúrbios e na melhoria de qualidade de vida. É uma área da saúde que necessita de conhecimentos multidisciplinares e também do trabalho interdisciplinar, quais sejam ginecológicos, urológicos, psicológicos e de enfermagem. No decorrer dos anos, a atuação da fisioterapia na área de ginecologia, obstetrícia e urologia vem ganhando espaço por participar das várias fases da vida, especialmente, da mulher. Cuidando do seu bem-estar e promovendo sua saúde, contribuindo para a manutenção da autoestima e qualidade de vida. Tem demonstrado reconhecida importância e eficácia no tratamento de várias patologias e na prevenção de desconfortos, tendo assim seu papel importante no tratamento das disfunções do AP (Moreno, 2004).
2.4 Estratégias Preventivas para as Disfunções do MAP
Dessa forma, assistência fisioterapêutica, juntamente com os recursos empregados no tratamento das disfunções com ênfase em uma abordagem preventiva e benefícios que a Fisioterapia Pélvica proporciona, consegue assim apresentar uma prevenção mais fidedigna para o fortalecimento do assoalho pélvico (Pinheiro, 2013). Conquanto a fisioterapia pélvica pode de fato contribuir na resolução de distúrbios e na melhoria de qualidade de vida. A figura 2 mostra uma das estratégias preventivas.
Figura 2- Cinesioterapia no assoalho pélvico
![](https://revistaft.com.br/wp-content/uploads/2025/02/image-305.png)
Fonte: https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Finterfisio.com.br%2Fincremento– da-forca-muscular-atraves-da-cinesioterapia-do-assoalho-pelvico-em-mulheres-nuliparas-jovenseatletas%2F&psig=AOvVaw2KBJVKO6I0cXio8RxHKyKy&ust=1705575463554000& source =images&cd=vfe&opi=89978449&ved=0CBIQjRxqFwoTCKjvzfeh5IMDFQAAAAAdAAAAABAD
2.4.1 Exercícios Cinesioterápicos
A cinesioterapia do assoalho pélvico compreende basicamente na realização dos exercícios de Kegel, com o objetivo de trabalhar a musculatura perineal para o tratamento da hipotonia do assoalho pélvico. Os primeiros pesquisadores nos Estados Unidos foram Kegel e Powel a prescrever exercícios específicos para o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico. O objetivo básico dos exercícios para fortalecimento da musculatura pélvica é o reforço da resistência uretral e a melhora dos elementos de sustentação dos órgãos pélvicos (Oliveira; Garcia, 2011).
Exercícios cinesioterápicos são realizados durante o enfraquecimento da musculatura, onde são executadas contrações voluntárias da musculatura do AP, mantendo assim esta estrutura fortalecida e saudável, diminuindo também as lesões causadas com a gravidez ou problemas devido à idade, proporcionando uma possível recuperação mais rápida. Tais exercícios não possuem contraindicações, além disso, podem ser realizados em casa de forma rápida e simples (Moura; Marsal, 2015).
2.4.2 Exercícios de Kegel
Arnold Kegel, em 1948, criou uma série de exercícios chamados exercícios de Kegel, que são direcionados para a musculatura do AP, onde são realizados com contração voluntária que ocasiona o fechamento uretral, favorecendo a continência através do fortalecimento da musculatura perineal. Esses exercícios têm como objetivo básico aumentar a resistência uretral e melhorar os elementos de sustentação dos órgãos pélvicos, além de hipertrofiar principalmente as fibras musculares estriadas tipo II dos diafragmas urogenital e pélvico (Guerra, 2014).
O médico ginecologista Dr. Arnold Kegel relatou resultados positivos através de exercícios musculares do assoalho pélvico em mulheres com incontinência urinária, desde então foi criado séries de exercícios denominadas Exercícios de Kegel, que são realizados para fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico, realizando contração e relaxamento desses músculos. Em 1952 Kegel foi o pioneiro em recomendar exercícios para a musculatura pélvica, e orientou para mulheres que possuíam pouca consciência da funcionalidade (contração e relaxamento) do assoalho pélvico. Assim, ele atestou que a hipótese de que se as mulheres tornassem o assoalho pélvico funcional e fortalecido poderiam contribuir na melhora da incontinência urinária e aprimorar a resposta sexual (Dantas, 2020).
2.4.3 Biofeedback
De acordo com a Sociedade Internacional de Continência (International Continence Society – ICS), o biofeedback é a técnica pela qual a informação sobre um processo fisiológico normal inconsciente é apresentado ao paciente por meio de um sinal visual, auditivo ou tátil. Na área uroginecológica, considera-se como método adjuvante ao MAP. Esse método pode ser uma boa alternativa para o tratamento das disfunções uro- ginecológicas, porém, quando comparado ao TMAP isolado, não tem mostrado efeitos adicionais. O principal objetivo da técnica é tornar a paciente consciente da função mus- cular por meio da captação da atividade muscular. Visa a aumentar a motivação da paciente durante o treinamento e, pela repetição da tarefa correta, proporcionar o automatismo necessário para o sucesso terapêutico (Abrams et al., 2002).
2.4.4 Cones Vaginais
O trabalho para o aumento da força muscular e da capacidade de sustentação da musculatura do assoalho pélvico é mais efetivo com a utilização de peso, resistência e da variação do número de repetições. Plevnik, em 1985, criou os cones vaginais e demonstrou às pacientes ser possível aprender a contrair essa musculatura retendo, no canal vaginal, pesos crescentes. Os cones são dispositivos de diferentes formas e volumes, com peso que varia de 20 a 100 g, inseridos acima do platô do músculo levantador do ânus a fim de proporcionar uma sobrecarga nos músculos do assoalho pélvico. A avaliação consiste em identificar qual cone a paciente consegue reter no canal vaginal durante 1 minuto em posição ortostática (Bo, 2011). Em 1985 o cientista Plevnik desenvolveu os cones vaginais. Ele demonstrou que a mulher pode melhorar o tônus da musculatura pélvica introduzindo na cavidade vaginal cones de material sintético, exercitando a musculatura do períneo na tentativa de reter os cones e assim, aumentando progressivamente o peso dos mesmos (Oliveira; Garcia, 2011).
2.4.5 Eletroestimulação
Bors, em 1952, descreveu os efeitos da eletroestimulação na musculatura do assoalho pélvico. Desde então vários tratamentos surgiram com o intuito de restabelecer as funções musculares e nervosas que compõem o assoalho pélvico, e assim, diminuir sintomas relacionados com as disfunções (Bors, 1952). A estimulação direta dos nervos eferentes para musculaturas Periuretral o estímulo elétrico pode produzir efeitos relacionado os aumentos da pressão Intrauretral, do fluxo sanguíneo para os músculos uretrais e do assoalho pélvico, além de restabelecer as conexões neuromusculares, com subsequente melhora da função da fibra muscular hipertrofia e a modificação do padrão de ação e o aumento dos números de fibras musculares (Hay-Smith et al., 2011). A eletroestimulação pode substituir o impulso nervoso voluntário e induzir uma contração passiva. A despolarização das membranas ocasionadas pela estimulação proporciona fortalecimento da musculatura levando assim uma melhoria nas mulheres (Dantas, 2020).
3 METODOLOGIA
A presente pesquisa trata-se de uma pesquisa de campo, do tipo exploratória e descritiva, transversal, de natureza quantitativa no intuito de explorar o conhecimento dos profissionais da saúde da UBS de São Luís do Piauí, sobre o papel da fisioterapia pélvica no tratamento das disfunções do AP em mulheres.
O público-alvo foi composto pelos profissionais da saúde de rede pública que atenderam os critérios de elegibilidade. A seleção da amostragem foi constituída pelos profissionais da UBS. Totalizou-se uma amostra de 8 profissionais.
Critérios de Inclusão:
- Aceitarem assinar o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE);
- Profissionais que se englobam nas características do questionário;
- Profissionais que possuem acesso à internet.
Sobre os critérios mencionados, não foram incluídos aqueles que não aceitaram assinar o TCLE. Os profissionais da saúde precisavam está seguindo as características do termo para seguir adiante, além de precisarem ter acesso a internet, pois o questionário foi aplicado de forma online, pelo aplicativo WhatsApp.
Critérios de Exclusão:
- Estagiários da unidade básica de saúde;
- Profissionais com faixa etária menor de 20 anos;
- Pacientes cadastrados na UBS.
A respeito dos estagiários se deu devido a não seguir os critérios do questionário. Sobre os profissionais com relação a faixa estaria, sucedeu pelo fato da não experiência com o assunto. Pacientes cadastradas na UBS não se encaixam com os aspectos do questionário.
O cenário do estudo constitui-se pelos profissionais da Unidade Básica de Saúde José Bezerra da Silva, localizada na rua Vicente Francisco de Sousa S/N, no município de São Luís, no estado do Piauí. A escolha se deu pela acessibilidade da pesquisadora aos profissionais, tendo em vista que a equipe da UBS é composta por uma equipe multiprofissional facilitando assim maior resultado na análise. A pesquisa ocorreu no período de Novembro de 2024.
Para o desenvolvimento da pesquisa foi disponibilizado de forma individual um link enviado via WhatsApp criado através do Google forms (https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSe63f0cO9cfXTytZLmMOqyYXDvZGuuZsyuj4NKsGu_-HhENNg/viewform) onde foi dividida em duas etapas a primeira apresentava o TCLE e a segunda o questionário de autoria da pesquisadora, intitulado: O papel da fisioterapia pélvica em mulheres com disfunções no assoalho pélvico sobre a visão dos profissionais de uma UBS no Piauí. Depois de aplicado foi feita uma avaliação minuciosa de cada questionário. Na pesquisa continha questões objetivas com o intuito de averiguar o conhecimento dos profissionais sobre as disfunções dos músculos do assoalho pélvico (MAP).
A análise dos dados quantitativos ocorreu por meio de estatística descritiva simples, onde os resultados obtidos foram apresentados através de tabelas. Foi usado o programa Google forms para a análise das tabelas. Para a sistematização e análises dos dados qualitativos foi utilizado técnica de análise de conteúdo com a abordagem temática proposta por Bardin. Após as entrevistas a análise de dados foi dividida em três etapas: a) Pré-análise; b) Descrição Analítica; c) Tratamento dos Resultados. Na primeira etapa ocorreu a leitura dos questionários e o agrupamento preliminar desses dados, na segunda etapa ocorreu a correlação das temáticas e a classificação em categoria empírica. Concluindo assim, a terceira etapa constituiu-se pelas discussões e conexões entre os dados coletados e a literatura científica
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS
Dos 11 profissionais que trabalham na UBS, apenas 8 participaram da pesquisa, após aplicar os critérios de inclusão e exclusão onde ficaram os 8 questionários para então compor a pesquisa (Figura 3).
FIGURA 3– Recrutamento da pesquisa.
![](https://revistaft.com.br/wp-content/uploads/2025/02/image-324.png)
Fonte: Dados da pesquisa, 2024.
A pesquisa envolveu profissionais com idade entre 37 a 58 anos, com predomínio de 25% na categoria de 50-60 anos. A profissão prevalente deu-se por técnico de Enfermagem com 75% (n=6) dos participantes. (Dados estes apresentados na tabela 1).
Tabela 1- Dados sociodemográficos dos Profissionais. (Picos/Brasil, 2024).
![](https://revistaft.com.br/wp-content/uploads/2025/02/image-316.png)
Fonte: Dados da pesquisa, 2024.
Quando questionadas à cerca do conhecimento das disfunções do AP, 62,5% (n=5) dos profissionais afirmaram não saber o que é. Enquanto 37,5%, correspondendo apenas a menos metade dos entrevistados que relataram ter conhecimento sobre o assunto, destas, foi sugerido comentar previamente sobre os pacientes que chegam na UBS com alguma disfunção e qual seria a mais frequente, levando uma maior relevância as mulheres com Incontinência Urinária 75,0%. Em seguida questionou- se sobre entenderem que a Fisioterapia Pélvica entra no tratamento das DAP, 75,% (n=6) marcaram afirmando não saber sobre a finalidade. (Dados apresentados na tabela 2).
O AP compreende um conjunto de tecidos que forma a porção inferior da pelve, é composto pelos diafragmas pélvico e urogenital e fáscia endopélvica. Os diafragmas são constituídos por músculos que são divididos em camadas superficiais e profundas do períneo (De Oliveira, 2018). O mesmo desempenha diversas funções dentre elas destacam-se o suporte dos componentes e órgãos pélvicos, a continência urinaria e fecal, a função sexual e suporte ao aumento da pressão intra-abdominal (Silva et al., 2016).
Diante disso, verificou-se que os profissionais não possui conhecimento suficiente sobre as DAP. Fato esse que segue com o estudo de Caagbay et al., (2017) onde o mesmo afirma que dos 15 participantes de sua pesquisa nenhum tinham conhecimento sobre DAP.
De acordo com o estudo de Freitas (2018) o mesmo afirma que os MAP possuem grande importância para a mulher devido suas diversas funções, no entanto as mulheres não possuem conhecimento a cerca deste grupo muscular, bem como suas funções e disfunções. Para que as mulheres possam ter uma boa saúde no AP o conhecimento sobre essa região torna-se imprescindível e os profissionais tenham conhecimento suficientes à cerca do assunto, uma vez entendendo a importância de se entender e compreender qual profissional se deve encaminhar, leva um maior desenvolvimento e diminuição das mulheres que sofrem com esse problema.
Tabela 2- Conhecimento sobre as disfunções do assoalho pélvico. Picos/Brasil,2024.
![](https://revistaft.com.br/wp-content/uploads/2025/02/image-325.png)
Fonte: Dados da pesquisa, 2024.
Na tabela a seguir, ao serem questionados sobre para qual profissional encaminhar o paciente, 75,5% (n=6) declararam encaminhar ao médico. Quando indagos, se saberiam onde fica localizado o MAP houve conhecimento de todos, 100% (n=8). Logo que, demandado sobre que a região precisa ser trabalhada através de fortalecimentos e alongamentos, assim como outros músculos importante do corpo, 62,5% (n=5) informaram não saber e compreender sobre. (Dados apresentados na tabela 3).
Os MAP podem apresentar diversas alterações, que são capazes de acontecer de várias formas e por diversos motivos, sendo o enfraquecimento dessa região um dos principais motivos. Dentre essas alterações as que mais se repercutem são a constipação, flatulência vaginal, flatulência intestinal, incontinência urinaria, prolapsos genitais e alterações da postura corporal (Da Silva et al., 2020).
Dessa forma, nota-se que os profissionais com sua maioria não souberam responder ao certo sobre as consequências envolvidas se não tratadas corretamente levaria as disfunções do AP futuras.
Tabela 3- Profissionais de encaminhar/ importância do fortalecimento. Picos/Brasil, 2024).
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Fonte: Dados da pesquisa,2024.
Os dados expostos na tabela a seguir, mostra que dos voluntários 50% afirmaram saber a finalidade do AP “Prevenir disfunções”. É sabido que manter um bom fortalecimento dos MAP não está associado apenas para prevenção de um tipo de disfunção, visto que quando tem-se uma boa saúde no assoalho torna menos propenso a comprometimentos, nota-se uma lacuna no conhecimento visto que o fortalecimento é de suma importância, por isso é necessário o conhecimento dos profissionais para serem repassados às mulheres. Em seguida, foi mencionado para os profissionais qual o nível de conhecimento por parte dos profissionais sobre a importância da Fisioterapia Pélvica no tratamento da disfunções, 50% (n=4) colocaram nota 6 sobre seu conhecimento. (Dados apresentados na tabela 4).
Tabela 4 – Finalidade do assoalho pélvico. Picos/ Brasil, 2024.
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Fonte: Dados da pesquisa, 2024.
O trabalho de fortalecimento muscular realizado pelo profissional de fisioterapia com ênfase em saúde da mulher, tem se mostrado como uma das melhores formas de tratamento para disfunções do AP. Visto que uma das principais causas das mesmas é a fraqueza dessa musculatura, tendo como desfecho escape de urina. Porém pouco se é falado sobre essa atuação e tal importância.
É o fisioterapeuta que atua juntamente com os médicos e enfermeiros na avaliação funcional do AP e prescrição de exercícios, utilizando-se de atendimentos compartilhados, discussões de caso e reuniões de equipe. Esse profissional pode ainda auxiliar na implementação e condução de grupos de orientação e de exercício para o AP. Por isso, se faz necessário o conhecimento dos profissionais da saúde para que possam compreender e solucionar os problemas futuros que as mulheres possam sofrer. A Fisioterapia Pélvica não ajuda somente objetivando a reabilitação de condições já existente, como também a promoção de saúde e a prevenção, se destacando como uma peça chave na abordagem das DAP (Rocha et al., 2016).
A Fisioterapia na saúde da mulher é uma profissão nova, na qual os profissionais ainda não tem conhecimento adequado devido à grande escassez de informações sobre a temática. Em 2009, a especialidade urogineco-funcional foi reconhecida pelo Conselho Regional de
Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO), com a autonomia para a atuação em situações especificas da mulher, como gestação, pre-parto, câncer de mama, prolapso genital, problemas sexuais e problemas fecais e urinários (Almeida; Candido; Netto, 2020).
Desta forma, o conhecimento por parte dos profissionais consistam em buscar e se aprofundar mais sobre a temática, incluindo sempre a Fisioterapia Pélvica onde possam em conjunto, promover programas de intervenção para as mulheres, onde os pacientes são instruídos a contrair essa musculatura até a sua tolerância, com a máxima força que puderem, repetidas vezes ao longo do dia, favorecendo a proteção através do fortalecimento da musculatura perineal. O treinamento do MAP agirá diretamente sobre um dos principais distúrbios que seria a IU, diminuindo assim a sua prevalência. (Vieira; Dias, 2020).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir deste estudo, foi possível observar que o conhecimento acerca do MAP, sua funcionalidade, e as disfunções associadas é incipiente entre os participantes avaliados, corroborando com a hipótese da pesquisa.
Para chegar a tais informações houve muitos fatores limitantes, dentre eles cabe ressaltar a dificuldade tanto na capacitação dos profissionais com interesse na participação voluntária da pesquisa bem como de retorno dos questionários preenchido na íntegra pelos participantes. Por se tratar de uma pesquisa no meio virtual a falta de acesso na forma presencial para uma explicação prévia de como será o estudo tornou ainda mais difícil a coleta de dados. Ao realizar busca na literatura para a construção desta pesquisa, foram limitados os estudos pertinentes. Dessa forma sugere-se mais pesquisas voltadas para este assunto.
Portanto, para que os profissionais tenham mais conhecimento sobre a musculatura pélvica e sua importância para a diminuição das disfunções, existe a necessidade de ampliar o cuidado maior sobre o assunto, em especial os profissionais, de modo que possam compreender a importância da manutenção e funcionalidade do assoalho pélvico. Sendo assim, necessita-se de mais ações voltadas para esses profissionais, como palestras, fóruns, e demais durante a capacitação com ênfase nessa temática. Os profissionais voltados para essa área são escassos em programas de saúde básica. Dessa forma, enfatiza-se a necessidade de uma equipe multiprofissional, com uma participação mais ativa do fisioterapeuta nesta área, visto que sua atuação é essencial para a implementação de estratégias que visem a promoção e prevenção de saúde diminuindo assim, as disfunções do assoalho pélvico em mulheres.
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1Discente do Curso Superior de Fisioterapia do Instituto de Educação Superior Raimundo Sá. DISCENTE
BOLSISTA PIBIC. e-mail: deisinha5729leal@outlook.com;
2Discente do Curso Superior de Fisioterapia do Instituto de Educação Superior Raimundo Sá. DISCENTE
BOLSISTA PIBIC. e-mail: erika_viana11@hotmail.com;
3Docente do Curso Superior de Fisioterapia do Instituto de Educação Superior Raimundo Sá. Professor Orientador, Mestre em Ciência da Saúde e Biológicas pela (UNIVASF). e-mail: zemabio@gmail.com