O PAPEL DA ENFERMAGEM NO ENFRENTAMENTO A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NEGRA: E COMO ENFERMAGEM PODEM AGIR NESSE ENFOQUE

THE ROLE OF NURSING IN ADDRESSING VIOLENCE AGAINST BLACK WOMEN: AND HOW NURSING CAN ACT IN THIS APPROACH.

EL PAPEL DE LA ENFERMERÍA EN EL ABORDAJE DE LA VIOLENCIA CONTRA LAS MUJERES NEGRAS: Y CÓMO LA ENFERMERÍA PUEDE ACTUAR EN ESTE ENFOQUE.

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202411301923


Alice Evelyn Araújo Soares1; Cinthia Teixeira de Lima2; Francisca Emanuele Freire de Oliveira3; Jackeline de Souza Farias4; Maria Rita Pimentel Batalha5; Olivia dos Santos Simões6; Coorientador: Adriano dos Santos Oliveira7;  Coorienatadora: Cleise Maria de Goes Martins8


RESUMO

Este artigo tem como objetivo trata de um assunto de extrema relevância no contexto atual, desta forma iremos apresentar como a violência contra a mulher negra no Brasil, que pode aumentar e como a enfermagem pode contribuir no enfrentamento a violência, e de que maneiras as unidades de saúde podem agir para um melhor atendimento as vítimas de violência.  Com isso foi utilizado na pesquisa artigos, livros bibliográficos, sites da Internet. Verificou-se que ainda ocorre uma discriminação contra a mulher na sociedade brasileira, demonstrado pelos altos índices de violência, e que as mulheres negras são as que mais sofrem violência no Brasil. O objetivo geral: Conhecer e analisar sobre a Violência contra a mulher negra, tendo como objetivo especifico: realizar uma pesquisa sobre o papel da enfermagem no enfrentamento à violência e como as unidades de saúde podem agir nesse enfoque.

PALAVRA CHAVE: O papel da enfermagem, Violência contra a mulher negra, Unidades de saúde.

ABSTRAT

This article aims to address a subject of extreme relevance in the current context, in this way we will present how violence against black women in Brazil can increase and how nursing can contribute to combating violence, and how health units health can act to provide better care for victims of violence.  This was used to research articles, bibliographical books, and Internet sites. It was found that discrimination against women still occurs in Brazilian society, demonstrated by the high rates of violence, and that black women are the ones who suffer the most violence in Brazil. The general objective: To understand and analyze Violence against black women, with the specific objective: to carry out research on the role of nursing in combating violence and how health units can act in this regard.

KEYWORD: The role of nursing, Violence against black women, Health units.

RESUMEN

Este artículo tiene como objetivo abordar un tema de extrema relevancia en el contexto actual, de esta manera presentaremos cómo la violencia contra las mujeres negras en Brasil puede aumentar y cómo la enfermería puede contribuir a combatir la violencia, y de qué manera las unidades de salud pueden actuar para Proporcionar una mejor atención a las víctimas de la violencia.  Esto se utilizó para investigar artículos, libros bibliográficos y sitios de Internet. Se constató que la discriminación contra la mujer todavía ocurre en la sociedad brasileña, como lo demuestran los altos índices de violencia, y que las mujeres negras son las que sufren más violencia en Brasil. El objetivo general: Comprender y analizar la Violencia contra las mujeres negras, con el objetivo específico: realizar investigaciones sobre el papel de la enfermería en el combate a la violencia y cómo las unidades de salud pueden actuar al respecto.

PALABRAS CLAVE: El papel de la enfermería, Violencia contra las mujeres negras, Unidades de salud.

INTRODUÇÃO

Este artigo é resultado de uma pesquisa que tem como objetivo conhecer e o papel da enfermagem no enfrentamento a violência contra a mulher, mostrando como as unidades de saúde podem contribuir para diminuição da violência. O profissional da enfermagem desempenha um papel muito importante dentro da área da saúde pois, é o enfermeiro quem faz o primeiro atendimento na triagem e com isso encaminha o paciente para o consultório médico onde ela irá receber os primeiros atendimentos da consulta

A enfermagem deve estar presente em todas as etapas em que a vítima de violência se sinta amparada e acolhida com isso a vítima irá se sentir segurar e poderá contar e confiar no profissional de enfermagem, o enfrentamento à violência contra a mulher negra, mostra que a prevenção e os cuidados são necessários para que a vítima tenha o mínimo de atenção e conforto durante o atendimento nas unidades de saúde. (ENIAC em Jun 16, 2023).

A concepção de uma mulher é inferior ao homem datam desde antes de cristo. Conforme Marcondes Filho (2011), o termo violência tem sua origem no latim violentia, que significa abuso de força, bem como o termo violare, cuja definição é o de violar o respeito devido a uma pessoa (CAVALCANTE, 2008).

De acordo o documento da OMS, como a declaração de Alma Ata e a proposição da estratégia de saúde para todos, desde os anos 70, tem enfatizado a necessidade de proteção e promoção de saúde e segurança no trabalho, mediante a prevenção e o controle dos fatores de risco presentes no ambiente de trabalho. Desta forma a atenção primária de Saúde das mulheres do grupo étnico e racial, que busca pelos serviços e encontram algum tipo de dificuldade, apoio, e falta de orientação em relação a forma de diagnóstico e tratamento. (HAAG; LOPES, 2001).  

A classe social é um fator importante no que dizer, e deve receber atenção especial quando uma mulher e agredida a violência física também é entendida como uma ação que pode implicar no uso da força contra a mulher, a violência doméstica e um dos pontos de maior estatística principalmente quando essa mulher é acometida de agressões e também o abuso nas relações sexuais onde as mulheres são forçadas e maltratadas por seus companheiros sofrem assim todos os tipos de agressões, e que com isso levam a mulher a óbito.  

As mulheres vitimas de maus tratos conjugais apresentam uma alteração em termos de sua identidade, ou seja, em termos de personalidade, passaram a ser mais ansiosas desconfiadas, com um nível de preocupação superior e ainda mais dependentes. Também expressam menores competências cognitivas e maior instabilidade geral em relação ao comportamento (CARVALHO, 2010).

Os trabalhadores de enfermagem no desenvolvimento de suas funções estão expostos a inúmeros riscos ocupacionais causados por fatores químicos, físicos, mecânicos, biológicos, ergonômicos e psicossociais, que podem ocasionar doenças ocupacionais e acidentes de trabalho, conforme citam (MARZIALE E RODRIGUES, 2002).

Metodologia

Trata-se de uma pesquisa qualitativa de revisão bibliográfica, onde foi coletado vasto conteúdo, como artigos científicos, com as temáticas que envolvem a saúde da mulher negra, a violência contra a mulher, o enfrentamento ao racismo, e o papel do enfermeiro, em unidades básicas de saúde, na assistência às mulheres negras vítimas de violência. Estas referências deram robustez ao arcabouço da resposta da pesquisa. As pesquisas foram realizadas dentro das plataformas, SciELO (scientific eletrônic library online), BVSs (biblioteca virtual em saúde), e google acadêmicos, utilizamos as palavras-chaves: mulher negra, violência, racismo, enfermeiro, assistência de enfermagem e atenção primária. Logo após as leituras dos artigos, selecionamos as informações de caráter exclusivo para obtenção das respostas necessárias à nossa pesquisa.

Desenvolvimento

Perspectivas Histórica sobre o Cuidado em Saúde da População Negra

O processo de racialização dá-se nas relações intersubjetivas em que grupos sociais cujas experiências são entendidas como hegemônicas e, portanto, normalizadas, constroem a/o outra/o. Com isso, as subjetividades racializadas, desumaniza e objetifica as pessoas negras, representando-as como não existências legítimas ou, ainda, àquelas não dignas de ser amadas. Tal fato resulta em tensionamentos, uma vez que essas pessoas são levadas a conviverem num constante apagamento de si. 

Segundo OLIVERIA (2001 a 2015) devemos lembrar que, na década de 1980, pesquisadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) destacaram a necessidade de considerar o quesito cor nas análises. Os dados deixaram nítido que, ao analisar as informações nas áreas de educação, trabalho, renda e condições de moradia, desagregados por raça/cor os piores indicadores eram mais frequentes nas populações pretas e pardas, o que cor como aglutinador foi tema da campanha do Censo do IBGE de 1990: “Não deixe sua cor passar em branco”, visando conscientizar as pessoas negras da necessidade de responderem o item sobre cor. (OLIVEIRA 2001, pág. 440.

No percurso histórico da saúde da população negra no Brasil, temos o registro de trânsito Atlântico como uma referência da desterritorialização forçada de negras e negros. Em o dicionário da escravidão, Soares menciona, de acordo com as estatísticas da época, que 10% dos escravos africanos levados por navios para o Rio de Janeiro morriam na travessia ou pouco após o desembarque (a maioria na segunda modalidade), revelando como era alta a taxa de mortalidade no local. 

Segundo Florestan Fernandes a transição do trabalho escravo para o trabalho livre foi relativamente mais fácil para a mulher negra. As mulheres da “casa grande” possuíam mais chances conseguir um emprego de serviço doméstico, pois durante muito tempo aprenderam sobre a administração de uma casa, de cozinhar a costurar. Com um contingente […].” Muitos homens passaram a negligenciar seu interesse em ‘ganhar a vida’, convertendo-se em dependentes sistemáticos da mulher em matéria de alimentação, alojamento e pequenas despesas cotidianas (FERNANDES, 1965, p.63).

No que hoje conhecemos por Pequena África2, localizado no centro do município fluminense, tivemos entre os séculos XVII e XVIII um período de maior fluxo de chegada de milhares de pessoas escravizadas, fato que marca as primeiras impressões relacionadas ao cuidado em saúde desse contingente entendido como mercadoria. 

Porém, na visão das lideranças, essa dinâmica social está fundamentada no racismo estrutural a partir da compreensão de superação da lógica do racismo, enquanto fenômeno individual, sustentado por questões éticas, psicológicas e morais, para uma análise do racismo enquanto regra, e não exceção, que historicamente, vem constituindo as relações políticas, econômicas e jurídicas, e de onde derivam comportamentos individuais e funcionamentos institucionais (ALMEIDA, 2017).

A intelectual negra Sueli Carneiro, em Escritos de uma vida, retoma que a violência racial brasileira tem uma caracterização mais sutil, mas não menos violenta, que consiste na sistemática criação e reprodução da desigualdade entre os grupos racializados, alcançando todos os aspectos da vida social. 

Segundo os estudos analisados descrevem a importância de medidas chaves para ações afirmativas em saúde, a operação racial mostra a desumanização da pessoa, mesmo que os negros cumpram todos os deveres sociais, estes não tem garantidos seus direitos humanos o que é notado pela presença do racismo até mesmo em saúde (SOUZA, 2001, p.1-8).  

A violência racial, tal como se manifesta no Brasil, não se restringe aos corpos de pessoas negras contados pelos institutos médico-legais; não se restringe à arbitrariedade e impunidade das agressões policiais contra pessoasnnegras tratadas a priori como suspeitas; não se restringe aos projetos de controle da natalidade da população negra. Essas ações expressam, na verdade, as formas-limites que o racismo e a discriminação atingem no Brasil.

Segundo BERNARDO as mulheres negras advêm de uma experiência histórica diferenciada, marcada pela perda de poder de dominação do homem negro por sua situação de escravo, pelo exercício de diferentes estratégias de resistência e sobrevivência. Enquanto a relação convencional de dominação e subordinação social da mulher tem como complementariedade a eleição do homem como provedor, temos o homem negro castrado de tal poder enquanto escravo e posteriormente alijado do processo de industrialização crescente (BERNARDO, 1998, p. 43).

A (PNSIPN) política nacional de saúde da população negra, instituída em 2009 pelo ministério da saúde, tem como objetivo:” promover a saúde integral da população negra, priorizando a redução das desigualdades étnico-raciais, o combate ao racismo e a discriminação nas instituições e nos serviços de saúde“.

Hoje se buscam formas de suprir as necessidades de atendimentos dessas mulheres que são “esquecidas “tanto nas lacunas das esferas de educação como na segurança e saúde. Falasse muito sobre igualdade, mas na realidade sabemos que existe grupos que estão sendo ignorados e que vivem em condições totalmente abaixo dos níveis aceitáveis de uma boa qualidade de vida.

O sistema único de saúde (SUS) propõe ações de saúde dirigida para o atendimento global das necessidades prioritárias de grupos populacionais  específicas, articulando esforços do governo federal, dos estados e municípios, propondo a universalidade considerando rodas as fases da vida; assegura o direito de assistência dos níveis menos complexos( UBS, e postos de saúde) aos mais completos ( hospitais terciários e quaternários), propõem que a atenção a saúde respeite as especificidades das populações com maior vulnerabilidade; e que se trate igualmente a todos , de forma a promover a justiça e a equidade ( Brasil 2010; Batista; Monteiro, 2010; Barros; Souza Campos; Fernandes,2014).

Isso causa a baixa procura dessas unidades tornando ainda mais difícil o diagnóstico precoce das doenças que são predominantemente dessa etnia. Fazendo que se torne custoso para o (SUS), anos à frente, pois a doença que poderia ser evitada ou diagnóstica precocemente agora terá que ser tratada na atenção terciária por falha da atuação da (APS). 

Em relação a cidadania o pensador negro Milton Santos diz: O respeito ao indivíduo é a consagração da cidadania, pela qual uma lista de princípios gerais e abstratos se impõem como um corpo de direitos concretos individualizados. A cidadania é uma lei da sociedade que, sem distinção, atinge a todos e investe cada qual com a força de se ver respeitado contra a força em qualquer circunstância. (p.61). 

Neste sentido, Oliveira (2003) considera de imprescindível importância a “inclusão de práticas de promoção e educação em saúde da população negra nas rotinas assistências e facilitação do acesso em todos os níveis do sistema de saúde. Se faz necessário entender que fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais influências na ocorrência dessas problemáticas. Torne-se mais difícil ser mulher negra por questões de cor e ser de uma classe social que por séculos foi submetida a escravidão. 

Ao situar os processos saúde-doença em uma relação integrada com as dinâmicas históricas, políticas, econômicas, culturais das estruturas sociais, essas concepções de saúde, de algum modo, encontram convergência com a noção de determinação social do processo saúde-doença, cunhado pelo campo acadêmico da saúde coletiva e parte central da elaboração política do MRSB (GARBOIS et al, 2017).

A subsistência da mulher negra e diária e consistente, pois a comunidade a qual ela está inserida, só a ver como uma mulher que só serve para procriar, organizar o lar e cuidar dos filhos, muitas das vezes, pela educação recebida foram doutrinadas, e em suas próprias concepções elas aceitam que só servem para esse fim. Como sua educação e pouca, elas têm a dificuldade de entender que (APS), vai muito além de atendimento básico buscado por elas, pela falta de orientação e informações precisas elas abandonam ou até mesmo deixam de realizar o tratamento e de fazer os exames especializados das consultas de rotina. 

Da mesma forma, o racismo institucional que se refere às políticas, práticas e normas dentro das instituições resulta em diferentes resultados para diferentes grupos raciais (Munanga, 2009). No setor da saúde, este se manifesta de várias maneiras, incluindo o acesso desigual aos serviços de saúde, discriminação no atendimento e a falta de representatividade de profissionais de saúde negros (Oliveira; Magalhães, 2022).

O papel do enfermeiro no enfrentamento à violência contra a mulher negra nas USF’s.

  Sabemos como essa temática é importante para a nossa sociedade e comunidade, e como o enfermeiro é relevante para o combate dá violência contra a mulher, porém ainda encontramos muitas dificuldades e estigmas para vencer a mesma. Tanto por parte dos profissionais da saúde que não sabem muitas vezes como agir e como opor-se nessa situação com tamanha intensidade em relação a como fazer o acolhimento dessa vítima seja com orientações palavras de apoio e força, seja com incentivo a uma denúncia formal para as autoridades competentes.

Por conta disso vimos a urgência em estudar e debater o tema, em realizar pesquisas bibliográficas que nos orientem e nos inspirem a ser os profissionais do futuro que irão acolher, apoiar, incentivar, buscar métodos para ajudar essa vítima que precisa do nosso total apoio, sem julgamentos e apontamentos, e sim encorajar a mulher/vítima a fazer uma denúncia contra a violência sofrida, temos que lhe mostrar que ela é forte o suficiente para vencer os amedrontamentos que as afligem, com isso no artigo “ CONHECIEMNTO DE ENFERMEIRAS EM UNIDADES DE SAÚDE SOBRE A ASSISTÊNCIA À MULHER VÍTIMA DA VIOLÊNCIA” por Santos Joselito, Andrade Roberta, Reis Luciana, Duarte Stênio.

Dentre as enfermeiras entrevistadas, 70% disseram que na sua unidade de saúde, integram a violência contra a mulher no planejamento e ações de assistência da unidade; 40% relataram que nunca realizaram cursos de capacitação e atualização em violência contra a mulher. Entretanto, 85% das coordenadoras que relataram ter participado de capacitação, informaram que houve mudanças na assistência à mulher vítima de violência após a realização do curso. Dificuldades da equipe para lidar com a temática foram relatadas por 70% das participantes da pesquisa.

Como relatado e mostrado acima, vemos um déficit no quesito preparo para lidar com um relato e denúncia de violência, muitos profissionais não sabem como agir e se sentem inseguros em fazer certas orientações e até mesmo uma acusação formal, por diversos motivos, mas isso necessita de mudança, as unidades de saúde precisam ser uma porta de entrada tanto para a descobertas de doenças precocemente.

Desta forma para evitar que uma violência contra a mulher tenha um fim trágico para a vida da mesma, e isso começa com educação em saúde para essas mulheres, com rodas de conversa nas USF’s, orientação sexual voltada para o entendimento dessa mulher que “não é não” mesmo que seja para o seu cônjuge, pois nenhuma mulher deve ser forçada ou obrigada a realizar o que não deseja, mas sem qualificação isso fica cada vez mais distante de ser conquistado.

No artigo: VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: UM ESTUDO REFLEXIVO SOBRE AS PRINCIPAIS CAUSAS, REPERCUSSÕES E ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM, por Delmoro Isabela, Vilela Sueli.

As consequências da violência contra a mulher acarretam na procura, pela vítima, de um serviço de saúde, o que permite que o enfermeiro identifique e estabeleça um vínculo com essa mulher com o intuito de investigar as possíveis causas, além de trabalhar na prevenção de novos episódios, bem como, no tratamento de suas queixas. No entanto, a inexistência de uma rede de serviços estruturada e vinculada complexifica e dificulta a assistência. Dessa maneira, a investigação dos casos de violência de gênero, muitas vezes, é recusada pelos profissionais de saúde, sendo observada como um problema social, de atribuição de outros campos de ação; quando reconhecidos os episódios de violência, a assistência se confina exclusivamente ao tratamento de injúrias físicas.

Observando o artigo e analisando, o nosso embasamento ganha força, ainda ocorre um despreparo por parte dos profissionais de saúde que atuam diretamente com as vítimas, e podemos ver uma complexidade maior em relação as mulheres negras, pois elas se sentem invalidadas e com menos credibilidade que as demais, essas mulheres em alguns casos tendem a ter uma percepção de menor importância como se tivessem que aceitar as situações que passam sem murmuração e reclamações e acabam não sentindo a devida segurança em relatar a violência sofrida.

Segundo a Universidade de juiz de fora (UFJF): Os dados são da quarta edição da pesquisa “Visível e invisível” sobre a vitimização de mulheres ocorrida em 2022. O levantamento foi encomendado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública junto ao Instituto Datafolha. Os dados apontam que em comparação com anos anteriores, todas as formas de violência contra a mulher apresentaram crescimento. Para se ter uma ideia, no último ano, 50.962 mulheres sofreram violência por dia em 2022 – um número equivalente a um estádio lotado. 

A pesquisa ainda aponta que a prevalência relatada é superior entre mulheres pretas (48% desse grupo populacional), principalmente aquelas com ensino fundamental (49%), com filhos (44,4%), divorciadas (65,3%), atingindo o ápice na faixa etária de 25 a 34 anos (48,9%). Dentre as mulheres que afirmaram sofrer violência no último ano, 65,6% eram negras, 29% brancas, 2,3% amarelas e 3% indígenas. Quanto à prevalência, mulheres negras experimentaram níveis mais elevados de violência (29,9%) do que as brancas (26,3%). 

O enfermeiro e um agente que atua nas mudanças do cuidado a essas populações vulneráveis, agindo de forma ordeira e fazendo planejamentos antecipados baseando-se nos dados e informações das estatísticas que demonstram o acesso a saúde das mulheres negras. Então visualizando o déficit o enfermeiro deve entrar com as ações, estratégias e práticas dos cuidados para a população negra, tendo em mente a sua ética profissional e as atividades que são de sua competência identificando as suas atribuições e até onde vai seu limite assistencial a essa clientela, para garantir os recursos necessários visando a melhoria dessa população de forma indiscriminada.

Segundo o Blog; (SAMI, 2021). O enfermeiro tem papel-chave na promoção da saúde das pessoas. É o profissional que lida diretamente com o paciente e com seus familiares. O primeiro contato de um paciente que chega a um hospital, por exemplo, costuma ser com um enfermeiro. Será ele o responsável por realizar o processo de triagem e coletar as informações básicas necessárias para o médico.

Portanto esse tema precisa ser debatido dia após dia, necessitamos combater a violência contra a mulher em todas as áreas da nossa vida tanto pessoal, quanto profissional, pois as mesmas contam nosso apoio, nossa voz e defesa, temos que trabalhar em prol de todos e para todos aqueles que muitas vezes tem as unidades de saúde como uma válvula de escape do sofrimento e angustia que enfrentam, as violências que enfrentam, que cada vez mais possamos ter a capacitação necessária para enfrentam essas batalhas por essas  mulheres com isso os enfermeiros devem ter uma atenção aguçada para observar o que acontece com está mulher ao adentrar a uma unidade básica de saúde e também ele deve ter também o conhecimento principal que são de tais competências são:

1.  Ouvir mulheres negras;
2. Reconhecer as experiências históricas e conhecimentos de mulheres negras e de suas famílias;
3. Prestar atendimento por meio de uma estrutura de justiça reprodutiva;
4. Separar as práticas de cuidado das crenças racistas na medicina moderna;
5. Substituir a supremacia branca e o patriarcado por um novo modelo de cuidado;
6. Capacitar todos os pacientes com alfabetização e autonomia em saúde;
7. Capacitar e investir em equipes de apoio à/ao profissional;
8. Reconhecer que acesso não é sinônimo de atendimento de qualidade. 

Embora essas recomendações sejam de um contexto específico e para a população de mulheres negras, é possível adaptá-las para a realidade da enfermagem brasileira, considerando-se os aspectos técnicos e éticos da prestação desse tipo de cuidado. Na assistência, a enfermagem pode identificar pontos frágeis na atuação com as pessoas negras, sistematizar suas necessidades, discutir limites e dificuldades com as equipes e demandar de profissionais da gestão medidas e ações estratégicas que alcancem diferentes níveis do cuidado para que ações de redução das iniquidades em saúde sejam efetivadas. 

É importante ressaltar a importância da enfermagem na organização de ambientes acolhedores e ações resolutivas. Sobre isso, é fundamental efetivar uma comunicação institucional sobre a saúde, necessidades e posicionamentos antirracistas nos setores do trabalho, fazendo da ambiência uma prática cotidiana e estratégica no combate ao racismo institucional. 

Conhecimento de Enfermeiras em Unidades de Saúde sobre a Assistência à Mulher Vítima de Violência

A desigualdade racial tem uma influência muito forte e determinante na saúde principalmente durante o atendimento de mulheres negras que precisam ser avaliadas quando se refere as doenças e agressões, as mulheres negras tem dificuldades para conseguir atendimento. A discriminação em saúde está envolvida com as relações sociais e econômicas, que determinam no processo de saúde e doença, e o acesso aos serviços de saúde pois, o sistema de saúde não é capaz de atingir as peculiaridades das mulheres negras, neste sentido temos que buscar a promoção da equidade racial, étnica e de gênero. 

A sensibilização dos profissionais da área da saúde é fundamental para reduzir a mortalidade das mulheres negras, começando pelo atendimento na atenção primaria. O acesso aos serviços de qualidade começa primeiramente, na coleta de dados onde todas as informações são necessárias para que a mulher tenha como ser atendida, pois é preciso a conscientização dos profissionais da saúde, para que estes atendimentos sejam realizados, desta forma cada informação tem como objetivo preservar a saúde tendo em vista os aspectos de igualdade, com isso é essencial para avançar em direção à equidade e igualdade na saúde.

Identifica-se a necessidade urgente de esses profissionais adquirirem maiores informações. Significa também que é preciso fortalecer a política de assistência por meio dos treinamentos e das capacitações em violência contra a mulher. (Joselito Santos, Roberta Leal de Andrade, Luciana Araújo dos Reis, Stênio Fernando Pimentel Duarte Pag. 268).

Práticas em Saúde e Cuidados de Enfermagem para a População Negra Estratégias e Protocolos

Programa de Saúde da Família; desde 1998, o Programa de Saúde da Família está implantado em Vitória da Conquista, com 38 equipes que prestam assistência integral e contínua à saúde da população urbana e rural. Cada equipe é composta por médicos, enfermeiros, odontólogos, auxiliares de enfermagem, auxiliares de saúde bucal e agentes comunitários de saúde. 

Procedimentos Éticos e Coleta; a coleta de dados foi autorizada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FAINOR, com a Certidão de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE) n. 18414913.1.000.5578. A abordagem foi realizada nas unidades de saúde, e os questionários foram aplicados após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). 

Classificação como Problema de Saúde Pública: a violência contra a mulher é amplamente reconhecida como um problema de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com a agressão por parceiro íntimo sendo o tipo mais comum. A violência pode provocar lesões físicas, infecções, depressão e transtornos mentais. 

Com isso, de acordo com o estudo, 35% de todas as mulheres devem sofrer violência em casa ou fora dela, em algum momento de suas vidas. Para Minayo (2006), a violência tornou-se um problema de saúde pública pelo fato de ser um fenômeno sócio-histórico, pois não é, em si, uma questão de saúde pública e nem um problema médico típico, mas afeta, fortemente, a saúde. (Joselito Santos, Roberta Leal de Andrade, Luciana Araújo dos Reis, Stênio Fernando Pimentel Duarte Pag. 261).

Conhecimento sobre Políticas: percebe-se que cerca de 75% das enfermeiras conhecem a política de proteção à mulher, e 100% sabem sobre a notificação compulsória em casos de violência. 

Identificação e Procedimentos: cerca de 60% dos enfermeiros identificam casos de violência em suas unidades de saúde, com a violência física e psicológica sendo as mais comuns. No entanto, 40% das participantes mencionaram que nenhum procedimento foi adotado devido ao medo de represálias. 

Treinamento e Protocolos: a criação de um protocolo claro e a capacitação dos profissionais são estratégias recomendadas para melhorar o atendimento as mulheres vítimas de violência. Esse protocolo deve detalhar os procedimentos a serem seguidos de forma correta e coerente, e a formação deve abordar tanto a teoria do abuso quanto a prática clínica. Com isso podemos destacar as recomendações que são utilizadas:

Implementar Treinamentos Regulares: realizar capacitações contínuas para todos os profissionais de saúde, com foco na identificação de violência e no manejo adequado. 

Desenvolver Protocolos Eficientes: criar e adotar protocolos claros e detalhados para o atendimento e a notificação de casos de violência. 

Fortalecer a Assistência Multidisciplinar: integrar diversos profissionais (médicos, psicólogos, assistentes sociais) para fornecer um atendimento holístico às vítimas. 

Promover a Sensibilização e a Educação: investir em programas educativos sobre questões de gênero e violência para desmantelar estigmas e preconceitos. 

Fatores de Violência: Mulheres e meninas negras, jovens e de minorias étnicas sofrem violências de maneiras similares às outras mulheres. Isso inclui assédio e abuso na infância, violência sexual, tráfico e exploração, violência por parceiro íntimo, entre outras.

Causas Identificadas: A maioria das coordenadoras identificou as questões de gênero como a principal causa da violência contra a mulher, embora o uso de drogas também seja um fator relevante. A violência é vista como um fenômeno socioeconômico e cultural que está profundamente enraizado em papéis e relações de poder.

A Desigualdade na Saúde da Mulher Negra e as Diferenças na Equidade Social

As desigualdades de gênero e raça tem uma influência muito forte e determinante na saúde e doença da população, podendo assim identificar maior prevalência e evolução patológica em determinadas etnias. A falta de debates sobre a desigualdade racial e dos grandes responsáveis pelo dano a população negra, que enfrenta problemas como mortalidade materna. A discriminação em saúde está envolvida em relações sociais e econômicas que determinam no processo de saúde e doença e o acesso aos serviços de saúde. 

Desigualdades Raciais e de Gênero: “As mulheres negras carregam consigo a diferença acompanhada por fatores que se entrelaçam com  a classe da qual pertencem, a desigualdade de gênero e, claro, a desigualdade racial […] A história de vida da mulher negra passou por mudanças nas questões de gênero e raça”. (introdução Pg. 193).

A diferença esmagadora entre os grupos étnicos revela que somente a universalidade do sistema de saúde não e capaz de atingir as peculiaridades das mulheres negras, neste sentido temos que buscar a promoção da equidade racial, étnica e de gênero. Fato que leva a necessidade de ações afirmativas em saúde que compreendam a saúde reprodutiva da mulher negra como uma questão política sob a ótica da opressão racial. 

É fundamental para o melhor alcance da equidade a redução da mortalidade materna e a implementação de qualidade pessoal para o reconhecimento dos sinais indicativos. Os problemas de saúde e doença da mulher negra deve ser abordado como problema de saúde, tendo assim a necessidade de maiores pesquisas e políticas especificas para a população vulnerável. E necessário que os profissionais de saúde, especialmente os enfermeiros, tenham conhecimento sobre o racismo para elaboração de um histórico de enfermagem que abranja as reais necessidades da população negra.

É fundamental desenvolver políticas públicas que contemplem as desigualdades raciais e étnicas, incluindo a implementação de discussões sobre a temática da saúde da população negra nas grades curriculares de cursos técnicos e superiores. As desigualdades históricas e o racismo institucional interferem negativamente na saúde da mulher negra, que muitas vezes pertence a baixa classe social e não possui o conhecimento necessário para sua auto defesa e luta por direitos humanos. 

Desde o início, os direitos humanos cultivam a ambiguidade de criar pertença em duas grandes coletividades. Uma é a coletividade supostamente mais inclusiva á humanidade, daí os direitos humanos. A outra é uma coletividade muitos mais restrita, a coletividade dos cidadãos de um determinado estado. Esta tensão tem desde então assombrado os diretos humanos […] os direitos humanos surgem como o patamar mais baixo de inclusão, um movimento descendente da comunidade mais densa de cidadãos para a comunidade mais diluída da humanidade. (SANTOS, 2014, P. 35). 

A mortalidade materna e duas vezes maior entre as mulheres negras, as doenças prevalentes na população negra dependem da posição social e podem ser controladas com acesso de qualidade aos serviços de saúde. Além do conhecimento sobre as patologias mais prevalentes, é urgente a melhoria das informações estatísticas por meio de coletas de dados que evitem o sub registro do quesito cor e a ampliação de divulgação das pesquisas referentes a população negra.  

Expectativa de Vida: “A expectativa de vida das mulheres negras é de 66 anos, enquanto para as mulheres brancas é de 71 anos. Esse dado serve para ilustrar como a discriminação e a falta de atendimento de saúde de forma adequada ou acolhedora pode ser um fator patogênico”. (Pag. 197).

Desta forma a atenção primaria nessa perspectiva configura-se como a primeira instancia de cuidado, na qual essa promoção precisa ser consolidada em consonância com princípios doutrinários do SUS, pois a incompreensão da sua magnitude pode envolver as devidas mudanças operacionais que podem comprometer a assistência prestada a população negra, onde somente as demandas comumente relacionadas a existência social das pessoas. 

Considerações Finais 

Neste artigo constatou-se que ainda falta muito a ser feito pois a diversas formas de violência contra a mulher negra no Brasil, embora os dados sejam alarmantes desta forma podemos mostrar dentro deste artigo, a discriminação envolve uma série de questões no processo saúde doença, o acesso ao serviço, as dificuldades encontradas.

Desta forma a falta de mão de obra humana e humanizada, pois a maioria dessas mulheres vem as unidades básicas com múltiplas sequelas não só de doenças mais de agressões físicas e verbais e isso tudo advindo de dentro dos seus lares, causadas por maridos, filhos, pais ou algum parente próximo. 

Precisamos de enfermeiros que atuem com o conhecimento de racismo pessoal e não deixar que o racismo tome conta de nossas mentes, devemos mostra que somos profissionais e que respeitamos a individualidade com isso podemos acrescentar o entendimento de que o racismo é um lado errôneo de pensamento, e também devemos observar que as instituições devem ensinar aos seus alunos tais conhecimentos ainda dentro de sua formação, em sala e aula, que eles se habilitem na compreensão dos graves problemas que afetam a saúde da população negra.

Referências 

ALMEIDA, S. Racismo Estrutural. São Paulo: Jandaíra, 2019.

BATISTA LE,Rattner D, Kalckmann S. Humanização na atenção à saúde e as desigualdes raciais: uma proposta de intervenção. Saúde soc.2016 [acesso em 2021 nov17]; 25(3):689-702. Disponível em https://dói.org/10.1590/50104-12902016146290.

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1Acadêmica de enfermagem, E-mail:aliceevelyn46@gmail.com, Orcid: 0009-0003-0075-3977;
2Acadêmica de Enfermagem, E-mail:carismática.32@hotmail.com, Orcid: 0009-0003-4891-4397;
3Acadêmica de Enfermagem, E-mail:emanueleoliveira20@gmail.com, Orcid: 0009-0006-9027-7653;
4Acadêmica de Enfermagem, E-mail:jackeline.carmin38@gmail.com, Orcid:0009-0008-7285-8635;
5Acadêmica de Enfermagem, E-mail: mariabatalha3133@gmail.com, Orcid: 0009-0007-1817-8041;
6Acadêmica de Enfermagem, E-mail:oliviaekaculas@gmail.com, Orcid:0009-0005-7637-6324;
7Coorientador – Docente do Curso de Enfermagem. Adrinao.oliveira@fametro.edu.br, Orcid: 009.0000.6528.7020;
8Co-orienatadora – Docente do Curso de Enfermagem – Fametro, cleisegoes@gmail.com , ORCID 0000-0003-2533-7411, Instituição de Formação Graduação: Universidade Federal do Amazonas – Especialização: 1. Enfermagem Obstétrica (UFAM), 2. Gestão de Políticas de Saúde Informadas por Evidência (Sírio Libanês), 3. Mestrado Enfermagem em Saúde Pública (UEA).