O PAPEL DA ENFERMAGEM NA PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL NA TERCEIRA IDADE

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th10247271355


Tatiany Ribeiro de Oliveira
Orientador(a): Prof. Esp. Alerrandro Guimarães Silva


RESUMO

A saúde mental diz respeito ao estado em que o indivíduo pode lidar com o estresse diário, manter a produtividade e contribuir significativamente para a sociedade. O Brasil enfrenta um problema prevalente caracterizado por um número substancial de indivíduos que enfrentam transtornos mentais. Objetivou-se descrever a importância da atuação da enfermagem na promoção da saúde mental na terceira idade. Este estudo trata-se de uma revisão de literatura, de abordagem qualitativa. A pesquisa foi realizada entre entre os anos de 2015 a 2024 com artigos obtidos nas bases de dados Scielo, LILACS, MEDLINE e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). O objetivo da enfermagem é suprir e ajudar o indivíduo em suas necessidades, implementar o cuidado e contribuir para a melhora na qualidade de vida do ser humano. No cuidado à saúde mental da pessoa idosa, esses aspectos se sobrepõem em uma assistência especializada, não só no cuidado à doença mas no indivíduo como um todo. A partir dos resultados obtidos neste estudo, conclui-se que a saúde mental é amplamente reconhecida como um tema de extrema importância e significativo na sociedade atual, particularmente quando se trata da população idosa que é altamente suscetível ao aparecimento de doenças mentais em um país com elevada prevalência de tais casos. O envolvimento ativo dos profissionais de enfermagem é essencial no que diz respeito a promover a saúde dos idosos.

Palavras-chave: Saúde Mental. Enfermagem. Cuidado. Idoso. Transtornos Mentais.

OLIVEIRA, Tatiany Ribeiro de. THE ROLE OF NURSING IN THE PROMOTION OF MENTAL HEALTH IN THE ELDERLY. 2024. 40 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) – Faculdade Santa Luzia, Santa Inês – MA, 2024.

ABSTRACT

Mental health refers to the state in which the individual can cope with daily stress, maintain productivity, and contribute meaningfully to society. Brazil faces a prevalent problem characterized by a substantial number of individuals facing mental disorders. The objective of this study was to describe the importance of nursing in the promotion of mental health in the elderly. This study is a literature review with a qualitative approach. The research was carried out between 2015 and 2024 with articles obtained from the Scielo, LILACS, MEDLINE and Virtual Health Library (VHL) databases. The objective of nursing is to meet and help individuals with their needs, implement care and contribute to the improvement of human beings’ quality of life. In the mental health care of the elderly, these aspects overlap in specialized care, not only in the care of the disease but also in the individual as a whole. From the results obtained in this study, it is concluded that mental health is widely recognized as an extremely important and significant topic in today’s society, particularly when it comes to the elderly population that is highly susceptible to the onset of mental illnesses in a country with a high prevalence of such cases. The active involvement of nursing professionals is essential with regard to promoting the health of the elderly.

Keywords: Mental Health. Nursing. Care. Old. Mental Disorders.

1. INTRODUÇÃO

Atualmente, o termo saúde mental se tornou foco de discussões e estudos, destacando sua extrema importância. A saúde mental diz respeito ao estado em que o indivíduo pode lidar com o estresse diário, manter a produtividade e contribuir significativamente para a sociedade. O Brasil enfrenta um problema prevalente caracterizado por um número substancial de indivíduos que enfrentam transtornos mentais.

O Movimento da Reforma Psiquiátrica vem ganhando impulso e apoio no campo da saúde mental ao longo dos anos, atraindo mais aliados e introduzindo novos conceitos no Brasil. Esse movimento desencadeou uma transformação significativa, proporcionou um espaço para amplas discussões em torno da saúde mental, conscientização e novas soluções para enfrentar os desafios enfrentados pelo sistema de saúde mental brasileiro (ALVES et al., 2017).

Durante todo o percurso da história, as abordagens relativas à saúde mental tiveram diversas modificações quanto aos tratamentos e assistência ao indivíduo acometido por alguma perturbação mental. Essas mudanças foram conquistadas por meio da Reforma Psiquiátrica, a qual objetiva promover mudanças no tratamento de desequilíbrios psíquicos, gradualmente extinguiu a hospitalização como forma de exclusão social.

No Brasil, a assistência a indivíduos com transtornos mentais surgiram nos primeiros hospícios/manicômios com total exclusão e expulsão, afastando da sociedade aqueles que eram considerados “loucos”. Essa assistência tinha como ponto central focar apenas na doença, esquecendo de entender o indivíduo (FREITAS, 2018).

O surgimento de transtornos mentais é multifatorial, atribuído externamente ou biologicamente e é considerado uma das principais causas de incapacidade em grupos com idade avançada, desencadeando a maioria das limitações a pessoas idosas no desempenho individual das atividades cotidianas e em diversos aspectos da vida.

No ano de 2006, no “Pacto pela Saúde”, a saúde do idoso foi elencada como uma das seis prioridades na dimensão do “Pacto em defesa da vida”. No mesmo ano, foi alterada e instituída a Portaria n.º 2.528, que instituiu a Política Nacional de Saúde do Idoso (PNSI), cujo objetivo é prestar uma assistência de saúde adequada ao idoso, promover a autonomia e a independência de acordo com os princípios do SUS (ONOFRI JUNIOR; MARTINS; MARIN, 2016).

A assistência de saúde adequada ao idoso é garantida pelo Estatuto da pessoa idosa por intermédio do Sistema Único de Saúde – SUS, que regulamenta e estabelece o fornecimento de um atendimento prioritário, atribuindo medidas voltadas ao direito a uma assistência de qualidade, à cidadania e à dignidade, sendo uma questão social pública.

Todos os dados atuais que falam sobre a saúde mental do idoso afirmam que se refere a um problema que resulta em um grande impacto para esse grupo e que a frequência do sofrimento ou adoecimento mental tende a ser o motivo ou o fator que estimula o adoecimento físico. Dessa forma, as modificações que acontecem no perfil epidemiológico são seguidas por determinadas desordens, como os transtornos mentais comuns – TMC (SOUZA JUNIOR et al., 2021).

No Brasil, o índice de transtornos mentais comuns (TMC) varia entre 29,6% a 47,4%. Pessoas com a idade avançada, sexo feminino, baixa renda, escolaridade reduzida, fumantes, divorciados ou viúvos, de cor negra ou parda e que tenha alguma doença crônica, são os que expressam a maior prevalência de transtorno mental comum (SILVA et al., 2018).

Considerando a grande importância desta área para a sociedade, é imperativo destacar a escassez de pesquisas e trabalhos que abordam e divulgam informacionais sobre a saúde mental de idosos. Esta lacuna no sistema de educação em saúde pode contribuir para o desconhecimento e diagnósticos equivocados.

Assim, o cuidado em saúde mental exige que os enfermeiros atuem como agentes terapêuticos. Porém, sustentar o lugar de agente terapêutico requer uma postura em que se prioriza a construção de relação terapêutica, entendida como uma tecnologia de cuidado de enfermagem permitindo o reconhecimento das experiências de vida do paciente, as causas da produção de sintomas e na tomada das decisões terapêuticas (GARCIA et al., 2017).

Tendo em vista a importância do cuidado à saúde mental do idoso e os fatores que contribuem para o impacto na qualidade de vida desses indivíduos, o objetivo deste estudo é caracterizar a importância da assistência de enfermagem na busca de ações que colaborem para que o idoso viva com saúde sendo ela física e mental.

2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
  • Descrever a importância da atuação da enfermagem na promoção da saúde mental na terceira idade.

2.2 Objetivos específicos

  • Analisar fatores que contribuem para o adoecimento mental do idoso.
  • Apresentar os principais transtornos mentais comuns que atingem os idosos.
  • Demonstrar a assistência de enfermagem na saúde mental do idoso.
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Conceitos e contexto histórico

A saúde mental é um termo utilizado para definir um indivíduo que é capaz de aproveitar a vida, trabalhar e contribuir para o ambiente em que vive, enquanto administra suas emoções. Em outras palavras, ela consegue lidar com as emoções positivas e negativas e ao mesmo tempo realizar suas atividades do dia a dia e conviver em sociedade.

Em 1948, a OMS criou um novo conceito de saúde, que ia além da ausência de doença. Essa definição, diz que a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social. Tal conceito muda a forma de pensar sobre saúde, enfatizando os aspectos do bem-estar: físico/biológico, psicológico/mental e social/cultural. Como resultado, o cuidado à saúde foi direcionado a uma abordagem mais abrangente que inclui prevenção de doenças, promoção da saúde e reabilitação (TAVARES; CASABURI; SCHER; 2019).

A saúde mental do idoso pode ser afetada por diversos fatores. Na velhice alguns sintomas comuns que surgem com o avanço da idade, a fragilidade associada ao envelhecimento e a perda da autonomia, são fatores de risco que auxiliam na alteração da saúde mental dos idosos.

De acordo com Abrantes et al., (2019) o envelhecimento é um processo natural da vida que consiste em uma série de alterações fisiológicas, morfológicas, bioquímicas e emocionais inter-relacionadas, que são gradativas e marcadas pelas mudanças físicas, perdas motoras e sensoriais, que tornam o indivíduo mais vulnerável e suscetível a doenças.

À medida que os indivíduos vão envelhecendo, tornam-se mais suscetíveis e vulneráveis a uma série de doenças, isso por influência das alterações fisiológicas normais do ser humano. Muitos indivíduos pelas mudanças fisiológicas os incapacitam de certa forma e para algumas pessoas, ver essas mudanças pode ser algo difícil de lidar e afetar a saúde mental.

Observa-se que ao decorrer da história da saúde mental, houve uma grande mudança em relação às formas de tratamento a pessoa com transtornos mentais.

Anos atrás, antes da Reforma Psiquiátrica, a forma de tratamento consistia em manter os indivíduos que possuíam algum tipo de transtorno psiquiátrico fora da sociedade, pois eram considerados “loucos”.

A Reforma Psiquiátrica Brasileira é uma mudança cultural no sentido de tratar a doença mental com compreensão. Busca reinventar os serviços de saúde mental e as experiências de quem os utiliza, promovendo o respeito às diferenças individuais e ao sofrimento humano. A Reforma Psiquiátrica tenta excluir os cuidados de asilo, reduzindo danos e desvantagens sociais que trazem o confinamento associado aos transtornos mentais (RAMOS; PAIVA; GUIMARÃES, 2019).

Após todos os acontecimentos da Reforma Psiquiátrica Brasileira, surgiram novas formas de cuidados direcionadas a pessoas com transtornos mentais e novas práticas terapêuticas. Modificou-se o sistema de tratamento da doença mental, e na atenção voltada ao indivíduo proporcionando uma qualidade de vida melhor, o tornando também parte da sociedade, e tornando o cuidado à saúde mental como prioridade de forma humanizada.

3.2 Fatores contribuintes para o adoecimento mental

Existem inúmeros fatores que contribuem para o desenvolvimento de condições que afetam a saúde mental dos idosos, que os tornam dependentes de cuidados. Como resultado, estes fatores podem afetar de maneira significativa a qualidade de vida e a saúde desses indivíduos.

Souza et al., (2022) afirma que os fatores que contribuem para problemas de saúde mental em idosos são: isolamento social, falecimento de entes queridos, presença de múltiplas doenças, além da baixa escolaridade, principalmente mulheres. Os profissionais de saúde devem estar preparados para atuar com essa população de forma interdisciplinar, com foco na promoção do bem-estar geral para combater essas questões.

O estado de saúde da população idosa manifesta-se principalmente em três categorias de problemas de saúde: doenças crônicas, problemas de saúde agudos causados por fatores externos e exacerbação de doenças crônicas. Isto significa que muitos idosos sofrem de doenças crônicas e correm risco de morte e de doenças súbitas devido a problemas inesperados ou agudos (BRASIL, 2022).

O surgimento de transtornos mentais está associado a vários fatores, alguns idosos recorrem ao isolamento social devido a acontecimentos como traumas emocionais ou pelo surgimento de patologias que vêm com o tempo, ocasionando tristeza, o medo e outras emoções negativas que podem auxiliar na evolução de transtornos mentais comuns.

Outro fator importante são as alterações cognitivas que os idosos vivenciam à medida que envelhecem, levando a déficits de memória e redução do desempenho em atividades diárias como: leitura, raciocínio lógico e abstrato, habilidades espaciais e habilidades de linguagem. Existem três tipos de alterações cognitivas: envelhecimento cognitivo normal, comprometimento cognitivo e demência (OLIVEIRA et al., 2019).

Observa-se que durante a chegada da terceira idade, devido ao declínio natural do corpo do ser humano, as condições de saúde e aos fatores externos, existe uma influência direta no surgimento de transtornos mentais. Muitos desses fatores contribuem para a confusão mental, portanto, o cuidado e a promoção da saúde mental do idoso são fundamentais para manter o bem-estar, incluindo atenção e empatia vinda dos profissionais de saúde, da família e da sociedade.

3.3 Transtornos mentais comuns que atingem os idosos

A população idosa é um grupo que é suscetível a uma variedade de transtornos mentais comuns que resultam no aumento das limitações, dependência e na necessidade de cuidados a este grupo. Em destaque os mais comuns incluem transtornos depressivos, demência, transtorno de ansiedade entre outros.

O transtorno depressivo é uma condição comum encontrada em grupos de idade avançada, definido pela presença de humor deprimido ou irritável. Aplica-se a diminuição de energia, desinteresse, incluindo pensamentos negativos. Os sintomas da depressão são acompanhados por: diminuição da qualidade de sono, danos cognitivos, modificações no apetite e alterações no comportamento, sendo importante observar que, sem tratamento pode durar por meses ou anos (SILVA et al., 2019).

A depressão atualmente é classificada como um dos transtornos mais prevalentes entre os idosos, afetando diretamente a qualidade de vida. Forlenza (2023) diz que o transtorno depressivo é conhecido por ter um impacto significativo na qualidade de vida geral daqueles indivíduos que são afetados por ele, bem como suas famílias. No caso dos idosos, também pode contribuir para acelerar a perda da capacidade de realizar as tarefas do dia a dia sem auxílio. Fatores biológicos como o surgimento de doenças e a vivência do luto, são umas das causas que contribuem para o surgimento da depressão.

Com o processo de envelhecimento a demência é uma doença frequente, caracterizada por déficits cognitivos afetando diretamente a memória, a capacidade de raciocínio e a consciência em tempo espaço. Em estágios avançados, a demência pode se tornar mais grave, comprometendo a capacidade cognitiva e tornando o indivíduo totalmente dependente (NASCIMENTO; FIGUEREDO, 2019).

A demência afeta principalmente pessoas com idade avançada, assim como outras doenças mentais, que podem potencialmente afetar a qualidade de vida do indivíduo. Em idosos, a demência em particular, dificulta a capacidade de um indivíduo realizar tarefas diárias, cuidados ou higiene pessoal, tornando-o dependente de terceiros.

O transtorno de ansiedade geralmente prejudica a qualidade de vida, pois muitos indivíduos deixam de realizar suas atividades diárias por em certas situações sentirem medo das crises ou sintomas causados por ele. As situações que desencadeiam a ansiedade são suportadas com dificuldade afetando a vida e diminuindo o grau de independência (COSTA et al., 2019).

Os casos de transtornos comuns atingem uma maior prevalência na população idosa, os transtornos depressivos, quadros psicóticos e a demência, dentre outros são os principais tipos que podem surgir no processo de envelhecimento tendo um impacto significativo e diminuindo a capacidade cognitiva, mental e física desses indivíduos.

Em todo o mundo, a depressão é um transtorno mental frequente que afeta cerca de 350 milhões de indivíduos. Em 2013, foi a segunda maior causa de anos vividos com incapacidade (YLDs), afetando entre 5% e 10% da população adulta global. À medida que os indivíduos envelhecem, se tornam mais vulneráveis à depressão devido a vários fatores, como perda de entes queridos, uso de medicamentos e a aparição de doenças, podendo afetar a saúde mental do idoso, tornando-o mais suscetível à depressão (CORRÊA et al., 2020).

Grupos de idade avançada ou acima dos 60 anos são propensas a terem complicações psicológicas e cognitivas. Inúmeros fatores estão interligados para o surgimento de um quadro depressivo, pois a fase de envelhecimento pode trazer consigo problemas que podem contribuir no processo de adoecimento mental.

Siewert et al., (2021) afirma que atualmente, existem mais de 46 milhões de pessoas em todo o mundo que vivem com demência e que esse número crescerá para 131.5 milhões em 2050. A demência é considerada um problema de saúde pública, pois é a principal causa de dependência entre os idosos em todo o mundo. Isso resulta em uma carga emocional e financeira significativa para as famílias. A demência é responsável por 11,9% dos anos que os idosos vivem com alguma deficiência.

Os quadros psiquiátricos podem surgir em grupos com a idade avançada sendo comum nessa fase da vida, acometendo cerca de um terço dos idosos. A terceira idade é classificada como o grupo que está mais suscetível aos transtornos psiquiátricos quanto os mais jovens com uma incidência de 40% de distúrbios neuróticos, 18% de transtornos afetivos e 6% de registros de abuso de álcool, além das demências e síndromes psico-orgânicas presentes em 36% dos casos (SOUSA et al., 2019).

Observa-se que a população idosa é frequentemente acometida por transtornos mentais, ambos são caracterizados por trazerem condições que resultam na necessidade de cuidados, tornando-os prevalentes na sociedade atual. Grande parte dos transtornos mentais conhecidos contribuem para a perda de papéis sociais do idoso e autonomia, impossibilitando o indivíduo de viver de forma independente.

3.4 Dados epidemiológicos

Entre 2002 e 2012, o Brasil teve um aumento na população idosa, sendo um aumento de 40,3% no número de idosos no país. Indivíduos que atingiram 60 anos ou mais são classificados como idosos. A população idosa está expandindo a um ritmo acelerado. A transição demográfica teve um impacto significativo. No ano de 2010, a população idosa do país atingia um total de 20,5 milhões de indivíduos, representando cerca de 39 indivíduos para cada 100 jovens. No entanto, as projeções indicam que até 2040, a população idosa representará aproximadamente 23,8% da população total do país, resultando numa mudança significativa para quase 153 idosos por cada 100 jovens (SILVA et al., 2022).

Em meio ao crescimento da população idosa, existe um aumento significativo de casos de transtornos mentais nesta população. À medida que o envelhecimento avança, assim como as doenças, incapacidades e limitações, esses fatores contribuem para o surgimento dos TM, o que requer mais atenção e cuidado para esta população.

A principal consequência do envelhecimento da população é o aumento da ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), que são os principais fatores por trás da mortalidade e incapacidade globais. Estas doenças são responsáveis por 38 milhões de mortes todos os anos, ¾ desse total ocorrem em países de baixa e média renda como o Brasil. Além disso, é neste grupo de países que ocorre o maior número de mortes prematuras, uma vez que o acesso a cuidados de saúde preventivos e tratamentos para estas condições é limitado, resultando numa diminuição da expectativa de vida (SILVA et al., 2017).

A população idosa está particularmente suscetível às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Estas doenças atuam frequentemente como princípios contribuintes e têm um impacto profundo na saúde mental dos indivíduos mais velhos. A presença de Doenças Crônicas também aumenta a probabilidade de desenvolvimento de transtornos mentais.

Na população idosa, os problemas de saúde mental merecem um maior destaque, devido ao surgimento de doenças, incapacidades e isolamento social. Uma pesquisa realizada na região Nordeste do Brasil revelou que os transtornos mentais eram prevalentes em 55,8% da população idosa. Os principais sintomas relatados foram: se assustar facilmente, se sentir nervoso, tenso ou preocupado, sendo associados a depressão (SOUZA et al., 2022).

Estes fatores e sintomatologias são decorrentes, por isso, a atenção integrada à saúde física e mental é essencial para promover o bem-estar geral dos idosos, uma vez que estes fatores se ligam diretamente com um dos principais motivos do surgimento de transtornos mentais, caracterizando a população idosa com a mais acometida por tais problemas.

3.5 Promoção à saúde mental do idoso

A promoção à saúde mental do idoso prestada pela enfermagem é baseada por estratégias que são utilizadas para garantir o bem-estar mental do idoso, as estratégias de cuidado de enfermagem envolvem uma escuta ativa e o acolhimento do indivíduo, indo além dos métodos convencionais.

Para Sousa (2019) o cuidado à pessoa com transtorno mental inclui aspectos emocionais, físicos, espirituais, sociais e familiares para garantir que sua saúde seja acompanhada, promovida, mantida e restaurada, além de auxiliá-la na sua reinserção na sociedade, levando em conta seus direitos de cidadania.

O objetivo da enfermagem é suprir e ajudar o indivíduo em suas necessidades, implementar o cuidado e contribuir para a melhora na qualidade de vida do ser humano. No cuidado à saúde mental da pessoa idosa, esses aspectos se sobrepõem em uma assistência especializada, não só no cuidado à doença mas no indivíduo como um todo.

A atuação do enfermeiro no campo da saúde mental envolve sua instrumentalização na prática de cuidado efetivo e de apoio à relação terapêutica. Assim, capacitar esses profissionais em diversas estratégias proporciona maior capacidade de cuidado em saúde mental não apenas no manejo da doença e sofrimento psíquico, mas também na promoção e prevenção da saúde (ROSCOCHE; SOUSA; AGUIAR, 2019).

Para auxiliar no tratamento terapêutico, no manejo das doenças e do sofrimento mental do público idoso, recomenda-se qualificação para que os profissionais possam prestar assistência adequada. Desta forma, por meio de ações de promoção, acompanhamento e orientação, o enfermeiro pode auxiliar no alívio de diversas condições que podem impactar negativamente na saúde mental do idoso.

4. METODOLOGIA
4.1 Tipo de Estudo

O seguinte trabalho consiste em uma revisão de literatura do tipo exploratória descritiva de caráter qualitativo realizada a partir das bases de dados Scielo (Scientific Electronic Library Online), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), abordando temas relacionados ao objetivo da pesquisa.

4.2 Período do Estudo

A pesquisa foi realizada entre o mês de fevereiro de 2023 a agosto de 2024.

4.3 Amostragem

Foram utilizados 21 artigos e 2 livros, relevantes para o tema da pesquisa.

4.4 Critérios de seleção

4.4.1 Inclusão

Foram incluídos todos os trabalhos cujo títulos, resumos e integrantes tinham relação direta com o tema e objetivo do trabalho, envolvendo diferentes pesquisas, onde as buscas foram realizadas em 2023 e 2024, foram encontrados 30 artigos. Dessa maneira, por meio das buscas dos descritores, foram selecionados 21 artigos e 2 livros digitais.

4.4.2 Não inclusão

Foram excluídos 18 trabalhos cujo os títulos, resumos e o total não tinham relações com o tema e o objetivo deste trabalho, bem como revisão de literaturas, teses e monografia e publicações inferiores a 10 anos, sendo assim foram usados artigos publicados a partir de 2015.

4.5 Coleta de dados

Após a definição do tema, iniciou-se uma busca ativa de artigos nas bases de dados escolhidas: SCIELO (Scientific Electronic Library Online), BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), por serem bases reconhecidas no contexto científico com um grande acervo para pesquisa. Descritores utilizados: Enfermagem; Saúde Mental; Idoso; Foram elegíveis os artigos, revisões que abordaram o tema central relacionado ao objetivo da pesquisa.

4.5.1 SCIELO

Nesta base de dados foram utilizados os descritores: Enfermagem, Saúde Mental e Idoso. A partir da busca inicial, foi aplicado o filtro para o idioma português. Também foi aplicado o filtro para artigos e artigos de revisões, finalizando com um total de 20 artigos para análise. Após a leitura dos artigos, foram excluídos 5 artigos com tema central divergente do proposto na pesquisa.

4.5.2 LILACS

Nesta base de dados foram utilizados os descritores: Enfermagem, Saúde Mental e Idoso. A partir da busca inicial, foi aplicado o filtro para o idioma português, aplicado o filtro para Intervalo de ano de publicação: últimos 10 anos, finalizando com um total de 8 artigos para análise. Após a leitura dos artigos, foram excluídos 4 artigos cujo tema central não se encaixava na proposta da pesquisa.

4.5.3 BVS

Nesta base de dados foram utilizados os descritores: Enfermagem, Saúde Mental e Idoso. A partir da busca inicial, foi aplicado o filtro para para o idioma em português, filtro para intervalo de ano de publicação: últimos 10 anos, finalizando com um total de artigos para análise. Após a leitura dos artigos, foram excluídos 4 artigos cujo tema central não se encaixava na proposta da pesquisa.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Como resultado das buscas entre os anos de 2015 a 2024, foram selecionados 21 artigos e 2 livros presentes nas bases de dados Scielo, LILACS, MEDLINE e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Ao analisar os artigos utilizados no presente trabalho, os pontos abordados e os objetivos centrais do trabalho, observa-se que ambos apresentaram significativa relevância sobre o tema.

O ano de publicação dos artigos encontrados tem relevância ao ser analisado, por se tratar de um tema com grande importância, principalmente na área científica. Vale ressaltar que o ano que apresentou maior número de publicações utilizadas neste estudo foi 2019 com um total de 9 publicações.

É possível afirmar que os artigos selecionados fornecem uma visão abrangente dos principais aspectos relativos ao foco central do estudo. Cada artigo investiga os principais aspectos da saúde mental, visando a população idosa, e explora o papel da enfermagem na promoção do bem-estar mental durante a velhice, alinhando-se com os objetivos principais da pesquisa.

Em relação aos resultados quantitativos dessa revisão é possível afirmar que dentre os artigos selecionados, de acordo com o quadro acima, nota-se que 56,5% corresponde a artigos da base de dados SCIELO, 8,7% correspondem a livros, 13% a base de dados LILACS, MEDLINE 8,7% e 8,7% de outras bases de dados (Ministério da Saúde, Archives of health sciences e Semana Acadêmica Revista Científica).

Com relação aos periódicos, os que mais apareceram no estudo foram a revista “Ciência & Saúde Coletiva”, totalizando sete publicações utilizadas; e em seguida a “Revista Brasileira De Geriatria E Gerontologia”, com três publicações utilizadas, as demais aparecem com menos frequência na revisão.

Com base nos artigos selecionados, pode-se concluir que todos os trabalhos citados referentes ao quadro 1 e ao tema proposto do estudo, consistem em pesquisas voltadas para saúde mental, enfermagem em saúde mental e psiquiatria, sendo estes os principais pontos da pesquisa.

Ao decorrer da leitura e seleção dos artigos, observou-se que a enfermagem desempenha um papel vital na promoção da saúde. Essa promoção em específico pode desencadear a melhora e mudança na qualidade de vida dos pacientes. Os estudos selecionados destacam a importância das intervenções de enfermagem para atingir esses objetivos.

Quadro 1. Relação de artigos e livros selecionados para a pesquisa entre os anos de 2016 a 2023.

 TítuloAutorAnoBase de dadosTipo de estudoPeriódico
1Atenção à saúde do idoso na Estratégia Saúde da Família e a presença de transtornos mentais comuns.ONOFRI JÚNIOR, V. A.; MARTINS, V. S.; MARIN, M. J. S.2016ScieloEstudo descritivo e transversalRevista Brasileira De Geriatria E Gerontologia
2Indicadores qualitativos de satisfação em saúde mental.ALVES, P. F. et al.2017ScieloEstudo de caso avaliativo, participativo.Saúde Em Debate
3Processo de enfermagem na saúde mental: revisão integrativa da literatura.GARCIA, A. P. R. F. et al.2017ScieloRevisão integrativa da literatura.Revista Brasileira De Enfermagem
4Doenças crônicas não transmissíveis e fatores sociodemográficos associados a sintomas de depressão em idosos.SILVA, A. R. et al.2017LILACSEstudo transversalJornal Brasileiro De Psiquiatria
5Prevalência de transtornos mentais comuns e fatores associados entre idosos de um município do Brasil.SILVA, P. A. DOS S. DA. et al.2018MEDLINEEstudo epidemiológi co de corte transversalCiência & Saúde Coletiva
6A EVOLUÇÃO DA SAÚDE MENTAL NO BRASIL: REINSERÇÃO SOCIAL.FREITAS, B. L. DE.2018Revisão bibliográfica de literaturaSemana Acadêmica Revista Científica
7Sintomas depressivos em idosos na atenção básica à saúde.ABRANTES, G. G. DE et al.2019ScieloPesquisa descritivo-ex ploratóriaRevista Brasileira De Geriatria E Gerontologia
8Prevalência de ansiedade e fatores associados em adultos.COSTA, C. O. DA. et al.2019ScieloEstudo transversal de base populaciona lJornal Brasileiro De Psiquiatria
9Demência, familiares cuidadores e serviços de saúde: o cuidado de si e do outro.NASCIMENTO, H. G. DO.; FIGUEIREDO, A. E. B.2019ScieloEstudo qualitativo descritivo-an alíticoCiência & Saúde Coletiva
10Pesquisa qualitativa no contexto da Reforma Psiquiátrica Brasileira: vozes, lugares, saberes/fazeres.RAMOS, D. K. R.; PAIVA, I. K. S. DE; GUIMARÃES, J.2019ScieloRevisão integrativa da literatura científicaCiência & Saúde Coletiva
11O nível de atividade física como um fator interveniente no estado cognitivo de idosos da atenção básica à saúde.OLIVEIRA, D. V. DE. et al.2019LILACSEstudo epidemiológi co descritivoCiência & Saúde Coletiva
12Artes visuais no cuidado de enfermagem em saúde mental: uma revisão integrativa.ROSCOCHE, K. G. C.; SOUSA, A. A. S. DE; AGUIAR, A. S. C. DE.2019Archives of health sciencesRevisão Integrativa da literaturaArquivos de Ciências da Saúde
13Prevalência de sintomas depressivos e fatores associados em idosos atendidos em um centro de referência.SILVA, P. O.; AGUIAR, B. M.; VIEIRA, M. A.; et al.2019ScieloEstudo transversal e analítico com abordagem quantitativaRevista Brasileira De Geriatria E Gerontologia
14Competências de enfermagem na promoção da saúde do idoso com transtorno mental.SOUSA, V. L. P. et al.2019LILACSRevisão integrativa da literaturaRevista Enfermagem UERJ
15Saúde mental e cuidado de enfermagem em psiquiatria.TAVARES, Luiz O.; CASABURI, Luiza E.; SCHER, Cristiane R.2019Minha BibliotecaE-bookEditora Grupo A
16Depressão em idosos de uma região rural do Sul do Brasil.CORRÊA, M. L.; et al.2020MEDLINEEstudo transversal de base populacionalCiência & Saúde Coletiva
17IDOSOS COM DEMÊNCIA INSTITUCIONALIZADOS: VIVÊNCIAS E PERCEPÇÕES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM.SIEWERT, J. S. et al.2021ScieloPesquisa qualitativaTexto & Contexto Enfermagem
18Associação entre transtorno mental comum e qualidade de vida de pessoas idosas.SOUZA JÚNIOR, E. V. DE. et al.2021ScieloEstudo seccionalRevista Da Escola De Enfermagem Da USP
19Perspectivas acerca do conceito de saúde mental: análise das produções científicas brasileiras.ALCÂNTARA, V. P.; VIEIRA, C. A. L.; ALVES, S. V.2022ScieloCiência & Saúde Coletiva
20Saúde da Pessoa Idosa.BRASIL2022Ministério da Saúde.Assuntos do Ministério da SaúdeSaúde de A a Z.
21Dinâmica temporal e espacial e fatores relacionados à mortalidade por suicídio entre idosos.SILVA, I. G. DA. et al.2022ScieloEstudo ecológicoJornal Brasileiro De Psiquiatria
22Ações de promoção e proteção à saúde mental do idoso na atenção primária à saúde: uma revisão integrativa.SOUZA, A. P. DE et al.2022ScieloRevisão IntegrativaCiência & Saúde Coletiva
23Transtornos mentais no idoso: guia prático.FORLENZA, Orestes V.; LOUREIRO, Júlia C. PAIS, Marcos V.2023Minha BibliotecaE-bookEditora Manole
Fonte: Autoral, 2024

De acordo com Onofre Júnior (2016), é fundamental destacar a relevância da atenção à saúde mental dos idosos, pois essa faixa etária enfrenta necessidades específicas devido à cronicidade e complexidade de suas condições de saúde e que embora o Brasil tenha implementado políticas públicas como a Política Nacional do Idoso e o Estatuto do Idoso a atenção à saúde mental na Estratégia Saúde da Família e nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família enfrentam lacunas e desafios, como a falta de profissionais especializados.

A escassez de profissionais especializados na área da enfermagem tem impacto significativo na promoção da saúde mental dos idosos. Esta questão está intimamente relacionada com o papel crucial que a enfermagem desempenha na abordagem das necessidades de saúde mental. Além disso, a falta de formação dos profissionais agrava ainda mais os desafios na prestação de cuidados especializados aos idosos.

Silva et al., (2017) aponta que o papel do enfermeiro na assistência psiquiátrica passa a aderir a uma dinâmica global, oferece um ambiente físico seguro e a relação profissional-paciente, permitindo ao enfermeiro assistir o cliente em todo seu aspecto, participando de ações comunitárias em prol da saúde mental, planejando a assistência, a fim de promover e recuperar a saúde do paciente e contribuindo para a inclusão social do paciente com transtorno mental.

Através da criação de um ambiente seguro e do cultivo de uma ligação terapêutica com os pacientes, os enfermeiros desempenham um papel fundamental na promoção do bem-estar mental. Além disso, a sua participação ativa em iniciativas comunitárias demonstram um compromisso firme com o bem-estar geral da população.

Para Alves et al., (2017) o foco está na influência significativa do Movimento de Reforma Psiquiátrica no Brasil, especificamente no seu impacto na saúde mental e no estabelecimento de serviços de saúde mental. Esses serviços, conhecidos como Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), estão enraizados nos princípios da atenção psicossocial. O artigo explora a necessidade de avaliar estes serviços, com ênfase no papel da satisfação do usuário como um indicador chave de qualidade.

Os artigos demonstram que a introdução da Reforma Psiquiátrica trouxe transformações no âmbito da saúde mental. Garcia et al., (2017) e Ramos (2019) ressaltam a profunda influência da Reforma Psiquiátrica Brasileira, levando a uma reorganização nos papéis dos profissionais de saúde, incluindo os enfermeiros. Vários autores afirmam que os métodos de tratamento adotados após a reforma, produziram resultados notáveis, caracterizados pela sua eficácia e abordagem centrada no paciente.

Maftum (2017) afirma que a Reforma Psiquiátrica é um marco na política de assistência à saúde mental, e um processo de transformações assistenciais, culturais, políticas, econômicas e conceituais que garantem a cidadania dos portadores de TM desmistificando o estigma da loucura. Neste conjunto de mudanças é que se pensa na construção de novos discursos que possibilitem novas formas de entender, conviver e tratar o portador de transtorno mental.

É importante ressaltar que as mudanças das práticas de tratamento e abordagens de cuidado entre as pessoas com transtornos mentais através de um movimento, tornou-se parte importante da equipe de enfermagem, estando ela envolvida no cuidado, e buscando proporcionar um tratamento diferenciado e especializado e humanizado aos pacientes.

Alcântara (2022) refere-se a vários entendimentos e interpretações do conceito de saúde mental em contextos de saúde e científicos, destacando a falta de consenso sobre o que realmente significa saúde mental, e discute o impacto da evolução do tratamento da doença mental desde desde o confinamento em manicômios até a reforma psiquiátrica.

Silva et al., (2017) e Silva et al., (2018) discutem a prevalência e o impacto dos Transtornos Mentais Comuns (TMC), que afetam aproximadamente um terço da população (mulheres, idosos, pessoas com baixa renda e baixa escolaridade), apresentando sintomas como ansiedade, insônia e irritabilidade. Embora esses transtornos não sejam tão graves quanto distúrbios psicóticos, eles têm impactos significativos no bem-estar pessoal e social do indivíduo.

Conforme o destaque de fatores relacionados aos TM, Silva et al., (2018) afirma que situações como abandono, isolamento social, incapacidade de retorno à atividade produtiva entre outros, são fatores que comprometem a qualidade de vida e podem aumentar a exposição dos idosos às morbidades psíquicas.

Relacionado a isto, é destacado pelos autores os principais transtornos mentais que afetam os idosos: a depressão: caracterizada por tristeza profunda persistente e aversão a atividades, ansiedade: um estado psíquico de apreensão ou medo provocado pela antecipação de uma situação e a demência: deterioração da memória, do pensamento, do comportamento e da capacidade de realizar atividades do dia a dia.

Semelhante à população adulta, a ansiedade é generalizada entre os indivíduos mais velhos. É mais prevalente em mulheres e pessoas com níveis mais baixos de escolaridade ou doenças físicas existentes. A presença de transtornos de ansiedade traz alterações que impactam significativamente a qualidade de vida dos idosos, levando a limitações em suas interações sociais e ao declínio gradual da independência (MACHADO et al., 2016).

A prevalência de depressão em idosos na literatura varia de pouco mais de 2 a 50%, dependendo da escala utilizada, da faixa etária incluída e do local onde foi conduzido o estudo. Os fatores de risco associados incluem pertencer ao sexo feminino, ter baixo nível socioeconômico, viver sozinho, consumir bebida alcoólica excessivamente, ser portador de doença física crônica e referir história pessoal ou familiar de depressão (GULLITH; DURO; CESAR; 2016).

Essa prevalência é evidenciada pelos autores citados, a depressão atualmente é amplamente reconhecida e classificada como uma das doenças que mais acometem a população idosa com mais de 60 anos, sendo ela um tipo de transtorno causador do isolamento, humor deprimido por exemplo causando um déficit na qualidade de vida da maioria da população.

Corrêa et al., (2020) também discute a prevalência e os fatores relacionados à depressão entre idosos, destacando sua frequência global e os efeitos do envelhecimento, como uso de medicamentos, perdas e doenças. Discute as variações na prevalência usando estudos com diferentes taxas. Aponta aspectos sociais, psicológicos e biológicos que contribuem para a depressão, como idade, sexo, escolaridade, tabagismo, sedentarismo e condições de saúde.

Siewert et al., (2021) aborda a crescente prevalência da demência no mundo e como ela é a principal causa de dependência entre idosos, o que leva muitas famílias a escolher o cuidado em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs). Ele destaca a rotina de cuidados nessas instituições, como a alta prevalência de doenças crônicas e o uso de medicamentos entre os idosos institucionalizados.

A demência é considerada um problema de saúde pública, em 2015, cerca de 47 milhões de pessoas em todo o mundo tinham demência, e espera-se que este número cresça para 131 milhões até 2050, sendo a DA a mais comum, entre o espectro de demência, seguido por Demência Vascular (DV) (SILVA et al., 2018).

Costa et al., (2019) destaca a prevalência de transtornos de ansiedade em uma amostra de pessoas, bem como os fatores que os conectam, concentrando-se nos transtornos de ansiedade e fornece estatísticas sobre a prevalência desses transtornos com base em estudos anteriores e examinar os fatores que estão relacionados a esses transtornos.

De acordo com Costa et al., (2023) a ansiedade geriátrica vem se tornando mais prevalente como um dos mais graves problemas de saúde mental na velhice, que varia de 15% a 52% em todo o mundo. Embora possa ocorrer em quase todas as fases da vida, os quadros de ansiedade são propensos a mostrar maior sensibilidade, com desfecho comumente debilitante para idosos com idade avançada.

Liandro (2018) destaca a mudança da política de saúde mental no Brasil, desde a exclusão dos pacientes em hospícios/manicômios até a reforma psiquiátrica, que prioriza o tratamento adequado e o acompanhamento dos pacientes por meio da desinstitucionalização, com a criação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).

Como mencionado, houve uma mudança significativa no foco do tratamento após a Reforma Psiquiátrica Brasileira, priorizando o paciente ao em vez de apenas a doença. Isso resultou na adoção de novos métodos de tratamento, que buscam atender às necessidades individuais de cada paciente, em contraste com abordagens mais antigas que se concentram apenas nos sintomas da doença.

Costa et al., (2019) trata sobre a importância de discutir a depressão, um distúrbio mental comum com vários sintomas que podem ter um impacto na qualidade de vida das pessoas. No contexto do envelhecimento, o declínio da saúde física é um fator importante de risco para a depressão, tornando-a uma das doenças crônicas mais comuns na velhice.

Silva et al., (2019) também fala sobre a depressão entre os idosos, que é o distúrbio de humor mais prevalente nessa faixa etária. Discute os sintomas, o diagnóstico e a prevalência da depressão, assim também os sub-diagnósticos e suas consequências. Aponta a variação na prevalência no Brasil, bem como os fatores relacionados, como sexo, idade, escolaridade e condições de saúde. Destaca a conexão entre sintomas depressivos e fragilidade relacionada ao envelhecimento.

Nascimento (2019) enfatiza o envelhecimento populacional e a prevalência crescente da demência como prioridade de saúde pública têm impactado significativamente a dinâmica do cuidado e os sistemas de saúde. A demência, associada ao envelhecimento, é caracterizada por prejuízos cognitivos que afetam a memória, o raciocínio e a capacidade de julgamento, o que pode levar à dependência total.

Segundo Lippert et al., (2018) para o ano de 2050, a expectativa no Brasil, assim como em todo o mundo, o número de idosos ultrapassará o número de crianças menores de 15 anos. No entanto, este aumento na expectativa de vida é acompanhado por um declínio na qualidade de vida devido ao aumento de doenças crônicas que afetam particularmente as pessoas à medida que envelhecem.

Semelhantemente, Souza Júnior et al., (2021) aborda o notável aumento da população idosa em todo o mundo e os problemas associados ao envelhecimento, particularmente em relação à saúde mental. Ele fala sobre os transtornos mentais comuns (TMC) em pessoas mais velhas e como eles afetam a qualidade de vida. O artigo apresenta dados de pesquisa que destacam a prevalência desses problemas em várias partes do mundo, incluindo o Brasil, e discute os fatores associados.

Silva et al., (2022) e Souza et al., (2022) tratam sobre o rápido crescimento da população idosa no Brasil nos últimos anos e sua relação com o aumento das mortes autoprovocadas nessa faixa etária. Destacam que as taxas de suicídio entre os idosos são mais altas em comparação com outras faixas etárias e fatores que contribuem para isso, como o declinio da saúde física e mental, a falta de capacitação dos profissionais de saúde.

Esse aumento da população também destacado em dados epidemiológicos no estudo, pode significar o surgimento ou agravamento de doenças, uma ocorrência comum. O bem-estar mental dos indivíduos mais velhos está ligado a fatores físicos e psicológicos. A independência e a autonomia desempenham papéis cruciais na manutenção de uma vida saudável, e a ausência destes elementos pode levar a desafios significativos, particularmente em termos de saúde mental.

Oliveira et al., (2019) aborda as mudanças físicas e cognitivas que acompanham o processo de envelhecimento. Isso inclui alterações na composição corporal, perda de força muscular, flexibilidade e capacidade funcional, além de declínio cognitivo. Destaca-se a importância da prática regular de atividade física na melhoria da aptidão física e da função cognitiva em idosos, com evidências de que o exercício pode aumentar o desempenho cognitivo, atenção seletiva e memória de curto prazo.

Pesquisas mostram a importância de serviços focados na prevenção de doenças crônicas e no investimento no cuidado multidisciplinar. Isso exige repensar o paradigma biomédico hegemônico como um modelo socioambiental que considere as doenças em termos de contexto de vida, comorbidades e a manutenção da saúde física, cognitiva e emocional/mental dos idosos (MINAYO, 2019).

Rosroche (2019) aborda o papel do enfermeiro na saúde mental, enfatizando a importância da capacitação desses profissionais em estratégias diversificadas para fornecer cuidado efetivo e apoiar o relacionamento terapêutico. Ele destaca as diretrizes da Política Nacional de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, que reforçam a assistência plural e integral, onde o enfermeiro desempenha um papel indispensável.

Nesta perspectiva, torna-se evidente que a contribuição da enfermagem se destaca em promover o desenvolvimento de intervenções e cuidados específicos que incentivem o bem-estar para prevenir incapacidades, limitações físicas, promover autonomia e independência, além de proporcionar uma melhor qualidade de vida, envelhecimento ativo e saudável.

Em relação a potencializar a independência dos idosos, os enfermeiros priorizam a sua autonomia física, principalmente no que diz respeito às atividades básicas do dia a dia. O objetivo específico destas intervenções é promover a autonomia. Para melhorar a qualidade geral dos cuidados, é crucial compreender e diferenciar completamente estes dois aspectos (LIMA et al., 2022).

O papel crucial da enfermagem na promoção da independência desempenha um papel vital no desenvolvimento de abordagens ou estratégias de cuidados direcionados aos idosos. A ênfase está na prevenção de incapacidades e na promoção da autonomia, capacitando os idosos para assumirem o controle da sua saúde, mesmo na presença de doenças.

Sousa et al., (2019) discute sobre a atenção à saúde mental dos idosos, enfatizando que os transtornos mentais são mais comuns nessa faixa etária e como os fatores biológicos, emocionais, sociais e econômicos afetam o envelhecimento, os efeitos da reforma psiquiátrica brasileira nos modelos de atenção à saúde mental e destaca o papel dos enfermeiros na promoção da saúde mental e na reintegração social dos pacientes psiquiátricos.

De acordo com a análise dos autores, existem multifatores que podem desencadear os transtornos mentais, incluindo fatores externos e biológicos e são considerados as reais causas de incapacidade no idosos, destacando o isolamento social, traumas emocionais, o luto, surgimento de doenças ao longo da vida que favorecem as limitações físicas por exemplo.

Para promover o bem-estar da população idosa que sofre de transtornos mentais, diversas abordagens podem ser empregadas. O exercício físico pode ser incentivado, junto com a promoção de atividades de relaxamento como meditação e ioga. Além disso, promover a interação social é crucial. O enfermeiro desempenha um papel vital na implementação destas estratégias, adaptando-as às necessidades específicas de cada indivíduo, contribuindo para a saúde global do idoso.

A promoção da independência e autonomia dos idosos depende da preservação das capacidades cognitivas, pois pode efetivamente impedir ou adiar o início do declínio cognitivo. A Gerontologia, como ciência e prática de assistência ao idoso, pode e deve trabalhar para esse benefício. O seu foco deve ir além da mera prevenção ou retardamento de doenças, mas deve abranger também a promoção do envelhecimento saudável fortalecendo as funções físicas e psíquicas do idoso (CASEMIRO et al., 2016).

Dessa forma, o cuidado de enfermagem deve ser pautado na teoria cultural do cuidado, visando cada indivíduo ou grupo, respeitando suas características e tomando ações condizentes com os valores e necessidades identificadas para cada situação (COUTO; CALDAS; CASTRO; 2018).

Os cuidados de enfermagem vão além do simples tratamento da doença, caracterizam-se no bem-estar holístico do indivíduo, melhorando a sua qualidade de vida e incentivando a estimulação cognitiva em relação à saúde mental e o envolvimento ativo no cuidado dos idosos.

Nesse contexto, a equipe de Enfermagem desempenha um papel significativo e é um potencial importante no cenário da reabilitação, pois o cuidado de enfermagem baseado na singularidade é fundamental para a pessoa psicótica, uma vez que permite a escuta, o acolhimento, o vínculo, a corresponsabilização e apoio emocional (BOSSATO et al., 2021).

Brasil (2022) aborda uma variedade de questões relacionadas à saúde mental, enfatizando a complexidade dessa doença e como ela está ligada a vários fatores individuais e sociais. Enfatiza a importância das políticas públicas e redes para promover a saúde mental das pessoas, questões como estigma e discriminação, Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) sendo uma ferramenta importante para oferecer cuidados em saúde mental.

Tavares (2019) e Forlenza (2023) abordam as ações da enfermagem na saúde mental após a reforma psiquiátrica, como planejar, implementar e avaliar todo o tratamento, incluindo a participação da família nos serviços de atenção, ambulatorial, domiciliar e hospitalar, destacando as síndromes comuns que os profissionais de saúde frequentemente encontram ao prestar cuidados à população idosa.

Os aspectos citados sobre as ações de enfermagem, afirmam que o enfermeiro na promoção da saúde mental do idoso demanda uma abordagem multifacetada e sensível. Esses fatores incluem não apenas a capacidade de entender os problemas biológicos, emocionais, sociais e econômicos associados à saúde mental, mas também a capacidade de incorporar esses aspectos em cada etapa da assistência ao indivíduo mais velho.

Portanto, a prevalência de problemas de saúde mental entre os idosos é uma preocupação premente que tem sido amplamente estudada sendo um assunto de extrema relevância. A enfermagem desempenha um papel crucial na abordagem desta questão, pois envolve a implementação de estratégias eficazes para mitigar os efeitos negativos que os transtornos mentais podem causar.

6. CONCLUSÃO

A partir dos resultados obtidos neste estudo, conclui-se que a saúde mental é amplamente reconhecida como um tema de extrema importância e significativo na sociedade atual, particularmente quando se trata da população idosa que é altamente suscetível ao aparecimento de doenças mentais em um país com elevada prevalência de tais casos.

Os idosos enfrentam frequentemente vários obstáculos emocionais e psicológicos, incluindo sentimentos de isolamento, problemas de saúde e alterações no seu nível de independência. A enfermagem desempenha um papel crucial na oferta de assistência emocional, na transmissão de conhecimentos e na implementação de medidas terapêuticas com o objetivo de promover o equilíbrio emocional.

O envolvimento ativo dos profissionais de enfermagem é essencial no que diz respeito a promover a saúde dos idosos. Ao prestar cuidados especializados e priorizar as necessidades dos pacientes com transtornos mentais, os enfermeiros têm a capacidade de melhorar significativamente o bem-estar emocional e psicológico dos indivíduos mais velhos. O estabelecimento de confiança e relação entre profissionais de enfermagem e idosos contribuem para a sua saúde em geral.

REFERÊNCIAS

ABRANTES, G. G. DE et al. Sintomas depressivos em idosos na atenção básica à saúde. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, João Pessoa, v. 22, n. 4, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1981-22562019022.190023. Acesso em: 10 mai. 2023.

ALCÂNTARA, V. P.; VIEIRA, C. A. L.; ALVES, S. V. Perspectivas acerca do conceito de saúde mental: análise das produções científicas brasileiras. Ciência & Saúde Coletiva, Ceará, v. 27, n. 1, p. 351–361, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-81232022271.22562019. Acesso em: 10 mai. 2023.

ALVES, P. F. et al. Indicadores qualitativos de satisfação em saúde mental. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v. 41, n. spe, p. 50–59, mar. 2017. Disponível em: http://DOI: 10.1590/0103-11042017S05. Acesso em: 20 mar. 2024.

BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde de A a Z. Saúde da Pessoa Idosa. Brasília, 2022.

BOSSATO, H. R. et al. Nursing and the leading role of the user in the CAPS: a study from the constructionist perspective. Revista Gaúcha de Enfermagem, Rio de Janeiro, v. 42, n. spe, p. e20200082, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1983-1447.2021.20200082. Acesso em: 9 abr. 2024.

CASEMIRO, F. G. et al. Impacto da estimulação cognitiva sobre depressão, ansiedade, cognição e capacidade funcional em adultos e idosos de uma universidade aberta da terceira idade. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rio de Janeiro, v. 19, n. 4, p. 683–694, jul. 2016. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1809-98232016019.150214. Acesso em: 9 abr. 2024.

CORRÊA, M. L. et al. Depressão em idosos de uma região rural do Sul do Brasil.Ciência & Saúde Coletiva, Rio Grande do Sul, v. 25, n. 6, p. 2083–2092, jun. 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232020000602083 & script= sci_arttext & tlng=en. Acesso em: 8 mai. 2023.

COSTA, C. O. DA. et al. Prevalência de ansiedade e fatores associados em adultos.Jornal Brasileiro de Psiquiatria, Rio Grande do Sul, v. 68, n. 2, p. 92–100, abr.2019. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/jbpsiq/v68n2/1982-0208-jbpsiq-68-02-0092.pdf. Acesso em: 8 mai. 2023.

COSTA, P. DE A. et al. Associações entre ansiedade e incapacidade funcional em pessoas idosas: estudo transversal. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rio Grande do Norte, v. 26, p. e230073, ago. 2023. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1981-22562023026.230073.pt. Acesso em: 9 abr. 2024.

COUTO, A. M. DO .; CALDAS, C. P.; CASTRO, E. A. B. DE. Family caregiver of older adults and Cultural Care in Nursing care. Revista Brasileira de Enfermagem,

v. 71, n. 3, p. 959–966, maio 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0105. Acesso em: 9 abr. 2024.

FREITAS, B. L. DE. A EVOLUÇÃO DA SAÚDE MENTAL NO BRASIL:REINSERÇÃO SOCIAL. Universidade Anhanguera/Niterói, Rio de Janeiro, 2018.Disponível em: https://semanaacademica.com.br/system/files/artigos/a_evolucao_da_saude_mental _no_brasil_reinsercao_social_0.pdf. Acesso em: 30 mar. 2023.

FORLENZA, Orestes V.; LOUREIRO, Júlia C. PAIS, Marcos V. Transtornos mentais no idoso: guia prático. São Paulo: Editora Manole, 2023. E-book. ISBN 9786555768244. Disponível em:https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555768244/. Acesso em: 31 mai. 2023.

GARCIA, A. P. R. F. et al. Processo de enfermagem na saúde mental: revisão integrativa da literatura. Revista Brasileira de Enfermagem, São Paulo, v. 70, n. 1,

p. 220–230, jan. 2017. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0034-7167-2016-0031. Acesso em: 21 mar. 2024.

GULLICH, I.; DURO, S. M. S.; CESAR, J. A. Depressão entre idosos: um estudo de base populacional no Sul do Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia, Rio Grande do Sul, v. 19, n. 4, p. 691–701, out. 2016. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1980-5497201600040001. Acesso em: 9 abr. 2024.

LIPPERT, A. K. et al. AVALIAÇÃO DE DEPRESSÃO, ANSIEDADE E NÍVEL COGNITIVO EM IDOSOS DE UMA INSTITUIÇÃO NO MUNICÍPIO DE CRICIÚMA, SANTA CATARINA. Inova Saúde, v. 6, n. 2, p. 35, 9 abr. 2018. Disponível em: https://doi.org/10.18616/is.v6i2.3439. Acesso em: 9 abr. 2024.

LIMA, A. M. N. et al. Focos e intervenções de Enfermagem promotoras da autonomia dos idosos. Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, v. 43, p.e20220018, maio 2022. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1983-1447.2022.20210018.pt. Acesso em: 9 abr. 2024.

MACHADO, M. B. et al. Prevalência de transtornos ansiosos e algumas comorbidades em idosos: um estudo de base populacional. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, Santa Catarina, v. 65, n. 1, p. 28–35, jan. 2016. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0047-2085000000100. Acesso em: 9 abr. 2024.

MAFTUM, M. A; GONÇALVES DA SILVA, Ângela; DE OLIVEIRA BORBA, L.;BRUSAMARELLO, T.; CZARNOBAY, J. Mudanças ocorridas na prática profissional na área da saúde mental frente à reforma psiquiátrica brasileira na visão da equipe de enfermagem. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 309–314, abr. 2017. Disponível em: https://seer.unirio.br/cuidadofundamental/article/view/3626. Acesso em: 8 abr. 2024.

MINAYO, M. C. DE S. O imperativo de cuidar da pessoa idosa dependente. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 24, n. 1, p. 247–252, jan. 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-81232018241.29912018. Acesso em: 9 abr. 2024.

NASCIMENTO, H. G. DO .; FIGUEIREDO, A. E. B. Demência, familiares cuidadores e serviços de saúde: o cuidado de si e do outro, Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 24, n. 4, p. 1381–1392, abr. 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-81232018244.01212019. Acesso em: 15 mai. 2023.

OLIVEIRA, D. V. DE. et al. O nível de atividade física como um fator interveniente no estado cognitivo de idosos da atenção básica à saúde. Ciência & Saúde Coletiva, Paraná, v. 24, n. 11, p. 4163–4170, nov. 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-812320182411.29762017. Acesso em: 9 abr. 2024.

ONOFRI JÚNIOR, V. A.; MARTINS, V. S.; MARIN, M. J. S. Atenção à saúde do idoso na Estratégia Saúde da Família e a presença de transtornos mentais comuns.Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rio de Janeiro, v. 19, n. 1, p.21–33, fev. 2016. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1809-9823.2016.15004. Acesso em: 01 mai. 2023.

RAMOS, D. K. R.; PAIVA, I. K. S. DE; GUIMARÃES, J. Pesquisa qualitativa no contexto da Reforma Psiquiátrica brasileira: vozes, lugares, saberes/fazeres. Ciência & Saúde Coletiva, Lagoa Nova, v. 24, p. 839–852, mar. 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-81232018243.00512017. Acesso em: 07 mai. 2023.

ROSCOCHE, K. G. C.; SOUSA, A. A. S. DE; AGUIAR, A. S. C. DE. Artes visuais no cuidado de enfermagem em saúde mental: uma revisão integrativa. Arquivos de Ciências da Saúde, Paraná, v. 26, n. 1, p. 55, ago. 2019. Disponível em:https://ahs.famerp.br/index.php/ahs/article/view/98. Acesso em: 07 mai. 2023.

SIEWERT, J. S. et al. IDOSOS COM DEMÊNCIA INSTITUCIONALIZADOS: VIVÊNCIAS E PERCEPÇÕES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM. Texto & Contexto -Enfermagem, Santa Catarina, v. 30, p. e20200131, jul. 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1980-265X-TCE-2020-0131. Acesso em: 08 mai. 2023.

SILVA, I. L. C. DA . et al. SINTOMAS NEUROPSIQUIÁTRICOS DE IDOSOS COM DEMÊNCIA: REPERCUSSÕES PARA O CUIDADOR FAMILIAR. Texto & Contexto – Enfermagem, São Paulo, v. 27, n. 3, p. e3530017, ago. 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0104-07072018003530017. Acesso em: 10 abr. 2024.

SILVA, M. S. et al. A enfermagem no campo da saúde mental: uma breve discussão teórica. Revista Amazônia Science & Health, Rondônia, jun. 2017. Disponível em: http://DOI: 10.18606/2318-1419/amazônia.sci.health.v5n2p40-46. Acesso em: 9 abr. 2024.

SILVA, A. R. et al. Doenças crônicas não transmissíveis e fatores sociodemográficos associados a sintomas de depressão em idosos. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, Rio de Janeiro, v. 66, n. 1, p. 45–51, jan. 2017. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0047-2085000000149. Acesso em: 10 mar. 2024.

SILVA, I. G. DA. et al. Dinâmica temporal e espacial e fatores relacionados à mortalidade por suicídio entre idosos. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, Rio de Janeiro, v. 71, n. 2, p. 108–116, abr. 2022. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0047-2085000000367. Acesso em: 10 mar. 2024.

SILVA, P. A. DOS S. DA et al. Prevalência de transtornos mentais comuns e fatores associados entre idosos de um município do Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, Bahia, v. 23, n. 2, p. 639–646, fev. 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-81232018232.12852016. Acesso em: 07 mai. 2023.

SILVA, P. O.; AGUIAR, B. M.; VIEIRA, M. A.; et al. Prevalência de sintomas depressivos e fatores associados em idosos atendidos em um centro de referência.

Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Minas Gerais, v. 22, n. 5, jan. 2019.Disponível em:https://www.scielo.br/pdf/rbgg/v22n5/pt_1809-9823-rbgg-22-05-e190088.pdf. Acesso em: 15 mai. 2023.

SOUSA, V. L. P. et al. Competências de enfermagem na promoção da saúde do idoso com transtorno mental. Revista Enfermagem UERJ, Rio de Janeiro, v. 27, p. e43242, dez. 2019. Disponível em: https://doi.org/10.12957/reuerj.2019.43242. Acesso em: 05 mai. 2023.

SOUZA JÚNIOR, E. V. DE. et al. Associação entre transtorno mental comum e qualidade de vida de pessoas idosas. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 55, p. e20210057, set. 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1980-220X-REEUSP-2021-0057. Acesso em: 08 mai. 2023.

SOUZA, A. P. DE et al. Ações de promoção e proteção à saúde mental do idoso na atenção primária à saúde: uma revisão integrativa. Ciência & Saúde Coletiva, São Paulo, v. 27, p. 1741–1752, maio 2022. Disponível em:https://www.scielo.br/j/csc/a/WjyQnccwSNKPd9CsMgPCV7q/. Acesso em: 05 mai. 2023.

TAVARES, Luiz O.; CASABURI, Luiza E.; SCHER, Cristiane R. Saúde mental e cuidado de enfermagem em psiquiatria. Porto Alegre: Editora Grupo A, 2019.E-book. ISBN 9788595029835. Disponível em:https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595029835/. Acesso em: 31 mai. 2023.