THE ROLE OF THE DOULA IN PREVENTING AND REDUCING OBSTETRIC VIOLENCE: AN INTEGRATIVE REVIEW
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202505301820
Priscilla Santos Ferreira Souza1
Wilca Cristina Silva de Sousa1
Josivan da Costa Sousa2
RESUMO
Introdução: O parto, que antes era um momento natural conduzido por parteiras, passou por um processo de medicalização a partir do século XVIII. Essa transformação reduziu a autonomia das mulheres e contribuiu para a institucionalização da violência obstétrica, especialmente entre mulheres em situação de vulnerabilidade social. Nesse contexto, a doula se destaca como uma profissional que oferece apoio físico, emocional e informativo à gestante, promovendo um cuidado mais humanizado e respeitoso. Sua presença tem sido associada à redução de intervenções desnecessárias, como cesarianas, episiotomias e o uso excessivo de medicamentos. Objetivo: O estudo teve como objetivo identificar como a presença da doula contribui para a prevenção e redução da violência obstétrica. Métodos: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, baseada em revisão bibliográfica integrativa, com análise de 32 artigos publicados entre 2015 e 2025. As fontes utilizadas foram SCIELO, PubMed e Google Acadêmico, com aplicação de critérios de inclusão e exclusão para a seleção dos estudos. Discussão e Resultados: Os estudos analisados revelam uma alta incidência de práticas abusivas nos serviços obstétricos brasileiros. A presença da doula está associada à redução do tempo de trabalho de parto, menor uso de analgésicos, queda na taxa de cesarianas, além de favorecer a satisfação materna e o protagonismo feminino. Considerações finais: A atuação da doula é essencial para promover um parto mais humanizado, proteger os direitos da gestante e melhorar os desfechos maternos e neonatais, sendo um recurso valioso para a transformação da assistência obstétrica.
Palavras-Chave: Doula; Violência Obstétrica; Parto.
ABSTRACT
Introduction: Childbirth, which was once a natural moment led by midwives, underwent a process of medicalization from the 18th century onwards. This transformation reduced women’s autonomy and contributed to the institutionalization of obstetric violence, especially among women in situations of social vulnerability. In this context, the doula stands out as a professional who offers physical, emotional and informational support to pregnant women, promoting more humanized and respectful care. Her presence has been associated with the reduction of unnecessary interventions, such as cesarean sections, episiotomies and the excessive use of medications. Objective: The study aimed to identify how the presence of a doula contributes to the prevention and reduction of obstetric violence. Materials and Methods: This is a qualitative research, based on an integrative bibliographic review, with analysis of 33 articles published between 2015 and 2025. The sources used were SCIELO, PubMed and Google Scholar, with application of inclusion and exclusion criteria for the selection of studies. Discussion and Results: The studies analyzed reveal a high incidence of abusive practices in Brazilian obstetric services. The presence of a doula is associated with a reduction in labor time, less use of painkillers, a drop in the rate of cesarean sections, in addition to favoring maternal satisfaction and female protagonism. Conclusion: The work of the doula is essential to promote a more humanized birth, protect the rights of pregnant women and improve maternal and neonatal outcomes, being a valuable resource for the transformation of obstetric care.
Keywords: Doula; Obstetric Violence; Childbirth.
INTRODUÇÃO
Sendo percebida como uma experiência única e profunda na vida de uma mulher, o parto até o século XVIII não era visto como um ato de função médica, mas sim como um ritual entre as mulheres, de responsabilidade das parteiras. O método de institucionalização e medicalização do parto, tomou conta do processo de nascimento, com as intervenções médicas, e com a consequente perda do poder de decisão da mulher na hora do processo parturitivo (Leal;Leme, 2021).
De acordo com o mesmo autor, a mulher passou a ser tratada como objeto de intervenções em um ambiente controlado pelos profissionais de saúde. Esse processo resulta em um momento de fragilidade para a mulher, o que cria condições propícias para a ocorrência de violência, a qual é exacerbada quando fatores como faixa etária e classe social aumentam sua vulnerabilidade.
A violência obstétrica constitui uma grave violação aos direitos humanos das mulheres, em especial aos sexuais e reprodutivos. Dessa forma, no contexto de resgate da valorização do processo fisiológico do nascimento e de garantia de assistência obstétrica livre de violência, com foco em uma experiência materna positiva, uma figura importante que se apresenta é a da doula (Leal; Leme, 2021).
No Brasil, a Lei nº 11.108 de 07 de abril de 2005, ficam obrigados a permitir a presença, junto à parturiente, de um acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, nesta fase crucial de sua vida, a mulher pode ser acompanhada não apenas pelo parceiro ou por alguém de sua confiança, mas também por uma doula (Santos, 2021).
De acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações (código 3221-35), as doulas são profissionais escolhidas pelas parturientes para oferecer suporte durante a gravidez, o parto e o puerpério. Com certificação em cursos específicos, elas proporcionam apoio emocional, conforto físico e informações relevantes. Utilizando métodos não farmacológicos para alívio da dor, as doulas criam um ambiente acolhedor e seguro. Sua atuação é crucial para promover uma experiência positiva e respeitosa, destacando a importância do cuidado humanizado no processo de nascimento e diminuindo a violência obstétrica (Cavalieri; Souza, 2022).
Ainda segundo Santos (2021) a doula presta constante apoio à parturiente e a seu acompanhante, esclarece a respeito da evolução do trabalho de parto, aconselha as posições mais confortáveis durante as contrações, promove técnicas de respiração e relaxamento, proporciona contato físico e, ainda, oferece apoio psicológico. Diante deste cenário, a Organização Mundial de Saúde – OMS e o Ministério da Saúde definem a doula como sendo uma prestadora de serviço treinada com capacidade de fornecer informações à parturiente sobre todo o desenrolar do processo de parto e nascimento, que a mesma possa participar de fato das decisões acerca das condutas a serem tomadas no momento do parto.
O acompanhamento de uma doula no parto pode ser de grande ajuda. O primeiro estudo a apresentar o benefício da presença das doulas para o parto foi em maternidades da Guatemala, que demonstrou que a presença de doulas ajudou a reduzir em 50% o número de cesarianas; reduzir em 60% os pedidos de anestesia epidural; reduzir em 40% o uso de ocitocina sintética; reduzir em 30% o uso de analgésicos; e reduzir em 40% o uso de fórceps. Os autores, diante desses dados, afirmaram: “Se a doula fosse uma droga, seria antiético não usá-la” (Rohde, 2016).
Em vista disso, formulou-se a seguinte pergunta norteadora: Como a presença da doula durante o parto contribui para a prevenção e redução da violência obstétrica, e quais as evidências científicas que sustentam essa relação?
Uma das hipóteses é que a presença da doula contribua para a promoção de um parto humanizado, que se caracteriza por uma assistência integral à mulher, considerando suas dimensões biológica, psicológica, espiritual e emocional. Esse modelo de cuidado busca tornar o parto mais fisiológico, reduzindo intervenções desnecessárias e incorporando práticas que aliviam o desconforto físico e emocional da parturiente. A humanização do parto tem como objetivo central assegurar a autonomia da mulher nesse momento, respeitando seus valores, escolhas e hábitos (Almeida; Gama; Bahiana, 2015).
Recomenda-se a implementação de cuidados de maternidade respeitosos: cuidados organizados e proporcionados a todas as mulheres, de modo a garantir a preservação de sua dignidade, privacidade e confidencialidade, além de assegurar a ausência de danos e maus-tratos (Brasil, 2024).
Contamos como objetivo identificar as práticas de cuidados adotadas pelas Doulas que podem contribuir para a prevenção da violência obstétrica e identificar e avaliar os tipos de violência obstétrica mais frequentemente reportados em partos sem a presença de doulas.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica integrativa, qualitativa, pois de acordo com Nunes (2021), “A pesquisa bibliográfica é fundamental para a construção do conhecimento científico, pois fornece a base teórica e o contexto necessário para a compreensão e análise do problema de pesquisa”. Ainda segundo o mesmo autor, as pesquisas bibliográficas são aquelas que envolvem a análise de trabalhos e fontes já publicados sobre um assunto específico. Seu objetivo é reunir e examinar o conhecimento disponível, oferecendo uma base teórica que guia e fundamenta a pesquisa em questão.
Segundo Silva et al., (2016) a pesquisa integrativa pode ser dividida em seis etapas, sendo elas: Elaboração da pergunta norteadora; Busca ou amostragem na literatura; Coleta de dados; Análise crítica dos estudos incluídos; Discussão dos resultados e Apresentação da revisão integrativa.
Estudos mostram que a presença de doulas durante o parto pode trazer diversos benefícios, como a redução do tempo de trabalho de parto, a diminuição do uso de analgésicos, e uma menor taxa de partos operatórios e cesarianas. Esses resultados destacam a importância do apoio contínuo e emocional oferecido pelas doulas nesse momento tão único e delicado. Além disso, revelaram que as mulheres parturientes acompanhadas pelas doulas têm menos depressão pós-parto e amamentam seus recém-nascidos nas primeiras semanas de vida, muito mais do que outras que não foram acompanhadas (Silva; Faria, 2023). A pergunta norteadora foi: “Como a presença da doula durante o parto contribui para a prevenção e redução da violência obstétrica, e quais as evidências científicas que sustentam essa relação?”.
Definiu-se como critérios de inclusão artigos disponibilizados na íntegra, disponíveis na língua portuguesa e inglesa, publicados entre os anos de 2015 a 2025. Os critérios de exclusão foram artigos incompletos, artigos duplicados, artigos que não abordam a temática e fora da linha temporal estabelecida entre 2015 a 2025. Utilizou-se para a pesquisa os descritores “Doula” , “Violência Obstétrica”, “Parto”. Esses termos foram pesquisados através de agrupamentos de palavras utilizando o método booleano, seguindo a seguinte combinação: “Doula” and “Parto” and “Violência Obstétrica”.
Para a elaboração desse estudo, foram consultadas as bases para a coleta de dados: Scientific Electronic Library Online (SCIELO), PubMed e Google acadêmico. Após a seleção dos estudos, foi necessário revisar e sintetizar as informações extraídas para facilitar a gestão dos dados obtidos.
Para assegurar a integridade científica da revisão, os estudos serão examinados cuidadosamente quanto à sua autenticidade, qualidade metodológica e relevância das informações. O propósito dos resultados é mostrar o que foi encontrado na pesquisa, sendo expostos os dados brutos adquiridos durante a investigação, empregando tabelas, gráficos, imagens ou outros meios visuais pertinentes (Rosa, 2023). Na etapa final será feita a apresentação da revisão integrativa. A busca pelas referências bibliográficas para o desenvolvimento deste trabalho iniciou-se com uma pesquisa na plataforma Google Acadêmico, Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e PubMed, onde foram encontradas 975 fontes acadêmicas relacionadas ao tema proposto. Em seguida, para refinar os resultados, foi aplicada uma filtragem temporal, abrangendo os anos de 2015 a 2025, o que reduziu o número de publicações para 788. Além disso, para atender melhor aos objetivos da pesquisa, utilizou-se a estratégia de busca avançada, resultando em 117 artigos encontrados. A partir disso, os autores analisaram os resumos, os objetivos e os resultados das publicações, selecionando 33 referências que serviram de base para a construção da resposta ao objetivo do trabalho.
Figura 1: Fluxograma metodológico para seleção da amostra

FONTE: Os autores, 2025.
REFERENCIAL TEÓRICO Capítulo 1 – Violência Obstétrica
A estipulação de um grau significativo de dor e sofrimento evitáveis são constatadas como violência, e a Violência Obstétrica se destaca como um tipo específico de abuso contra a mulher. Historicamente as mulheres vêm sendo vítimas de diversas formas, e para aumentar a qualidade da assistência, tem-se medicalizado o parto, de forma extensiva está sendo utilizado procedimentos considerados inadequados, que frequentemente podem comprometer a saúde e a vida da mãe e do bebê, procedimentos interventivos e, muitas vezes, irrelevantes, têm ocasionado a insatisfação das mulheres ( Zanardo et al., 2017).
Sendo reconhecida como uma questão de saúde pública, o conceito abrange todos os tipos de violências acometidas a parturientes, algumas delas sendo, físicas, morais, institucionais, verbais, psicológicas. A Violência Física pode ser observada nas intervenções e práticas que são cientificamente prejudiciais, sem o consentimento da parturiente, essas intervenções são feitas com a intenção de acelerar o trabalho de parto, mesmo em gestantes de risco habitual (Pereira et al., 2016).
Como formas de Violência Física, a manobra de Kristeller, consiste em uma manobra na qual é exercida uma técnica que envolve a aplicação de pressão na parte superior do útero, com o objetivo de ajudar o bebê a nascer mais rapidamente, o uso de ocitocina, é utilizado para acelerar o trabalho de parto, a amniotomia consiste em romper as membranas que envolvem o feto, enquanto a episiotomia, que é uma incisão cirúrgica na vulva, é feita de rotina para minimizar os traumas nos tecidos do canal de parto e facilitar a saída do bebê (Pereira et al., 2016).
Por sua vez, a Violência Verbal e Psicológica causa uma dor ainda mais profunda, fazendo com que a parturiente sinta-se inferior e humilhada, prejudicando a experiência do parto e deixando uma marca negativa nesse momento especial (Brandt et al., 2017), o uso de frases ofensivas, repreensões, ameaças contra as mulheres, alterações do volume de voz, uso de palavras que causam constrangimento, destaca-se ainda a utilização de jargões pejorativos e piadas, como exemplo: “Na hora de fazer não chorou, está chorando agora por quê?” (Souza et al., 2019).
Já na Violência Institucional e Moral, refere-se ao comportamento de postura autoritária do profissional durante o trabalho de parto, que pode se manifestar por meio de palavras intimidadoras, violação de direitos, como a negação do acompanhante, uso de termos confusos para a paciente, desconsideração da dor e da assistência, abandono e proibição de se expressar durante o trabalho de parto (Brandt et al., 2017).
Capítulo 2 – Papel da Doula
A palavra “doula” tem origem no grego antigo, onde “doula” (δούλη) significa “mulher que serve” ou “mulher serva”. As doulas são especializadas para entender a fisiologia do parto e utilizam métodos não farmacológicos para promover o alívio da dor, e também oferecer cuidados pós parto e orientações sobre a amamentação. Elas desempenham um papel fundamental ao ajudar as gestantes a se sentirem mais empoderadas e seguras, contribuindo para uma experiência de parto mais positiva e acolhedora (Barbosa et al., 2018).
Segundo Barbosa et al. (2018), as doulas exercem diversas funções valiosas durante o trabalho de parto. Elas oferecem suporte emocional, ajudando a gestante a se sentir mais tranquila e confiante. Utilizam técnicas como massagens e banhos mornos para proporcionar conforto físico e aliviar a dor. Além disso, fornecem informações e orientações que ajudam a mulher a entender melhor o que está acontecendo. Outro papel importante é o de facilitar a comunicação entre a gestante e a equipe de saúde, garantindo que suas necessidades e desejos sejam expressos e respeitados durante todo o processo.
Estudos mostram que seu apoio gera benefícios psicossociais e obstétricos, como redução da ansiedade, aumento da satisfação, encurtamento do trabalho de parto e melhoria dos resultados perinatais. Além disso, elas resgatam o senso de irmandade e colaboração entre mulheres, trazendo uma nova valorização a essa experiência. É admirável como as doulas transformam o parto em um momento mais positivo e humanizado (Borja et al., 2018).
É com sua presença sendo considerada essencial para proporcionar uma assistência humanizada, que deve ser acessível a todas as mulheres, a mesma se integra à equipe de apoio durante a gestação e o pós-parto, destacando a importância do protagonismo feminino. Essa abordagem ajuda as mulheres a se sentirem mais no controle de suas experiências, resultando em um parto mais respeitoso e significativo (Rondon; Sampaio;Talizin , 2021).
Capítulo 3 – Humanização do Parto
O termo humanização vem sendo utilizado há cerca de quarenta anos, com sentidos diversos, e envolve, desde a atenção comprometida, até a introdução do discurso dos direitos dos cidadãos à assistência holística. Os principais significados atrelados ao termo humanização se referem, principalmente, à relação interpessoal eficaz entre profissionais de saúde e usuários, respeito aos direitos dos pacientes, naturalização do parto, nascimento e participação da família durante o processo de parturição. Foram criados projetos com o intuito de humanizar o cuidado à saúde da mulher, visando oferecer um acolhimento integral. Entre os mais recentes e significativos, destacam-se a Política Nacional de Humanização do Parto e do Nascimento (PHPN) e a Estratégia Rede Cegonha (Santos; Melo; Cruz, 2015).
Um desses projetos é o Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento (PHPN) que busca melhorar a assistência prestada durante o pré-natal, com uma experiência mais acolhedora e aperfeiçoada na atenção aos processos parturitivos e puerperal (Possati, 2017). A essência do PHPN valoriza a humanização na assistência, com ações que garantem um cuidado acolhedor e respeitoso para as gestantes, visando prevenir intercorrências durante a gestação e parto, evitando assim qualquer forma de violência (Santos; Melo; Cruz, 2015).
Ainda de acordo com Santos; Melo; Cruz (2015) a abordagem desse programa, é que a estratégia mais eficaz para a humanização é o acolhimento, baseado nos princípios da humanização no cuidado obstétrico e neonatal, oferecendo um suporte adequado durante o parto e o pós-parto, o programa defende uma mudança na ética dos profissionais de saúde e na organização das instituições, com o intuito de criar um ambiente de apoio e acolhimento, ao adotar atitudes que quebram com o tradicional parto hospitalar, imposto através do isolamento feminino.
Um outro plano relevante é a Rede Cegonha, lançada pelo governo federal, é um plano estratégico estabelecido no Sistema Único de Saúde, com o objetivo de diminuir os índices de morbimortalidade materna, assegurando o acesso contínuo a uma rede de cuidados integrados, o direito de planejar a reprodução, de receber atenção humanizada na gravidez, no parto e no puerpério, classificação de risco, vinculação da gestante a uma unidade de referência mais próxima, atenção à saúde da criança desde do nascimento até 24 meses de vida, além de acesso a um planejamento familiar adequado (Guerra et al., 2016).
O Plano de Parto e Nascimento foi criado por Sheila Kitzinger em 1980, nos Estados Unidos, começaram a utilizar esse documento como uma maneira de planejar uma forma de parto com o menor número possível de intervenções. Tendo um importante papel, possibilitando um maior controle das mulheres, na preparação para o processo parturitivo. (Cortés et al., 2015).
Ele é um documento formal e legal, elaborado antecipadamente, de preferência com o apoio de profissionais de um serviço de atenção primária, referente aos cuidados que as gestantes gostariam de receber durante o trabalho de parto, levando em conta seus valores e desejos, com o objetivo de evitar intervenções indesejadas. Após a elaboração, o plano deve ser entregue à equipe da maternidade responsável pelos cuidados da mulher (Medeiros et al., 2019).
Esse plano envolve a presença de pessoas de apoio durante o trabalho de parto e o parto, além de tomadas de decisões como a ingestão de líquidos, alimentação, posições corporais a serem adotadas, cuidados com o recém-nascido e intervenções médicas para possíveis complicações. O plano oferece orientação durante todo o processo de parturição, a valorização do parto normal, o uso de métodos não farmacológicos para alívio da dor, os riscos de intervenções desnecessárias, como a cesariana sem indicação clínica, entre outras complicações (Medeiros et al., 2019).
Capítulo 4 – Políticas Públicas Relacionadas a Doula
O trabalho de parto é uma experiência que pode deixar uma marca profunda nas mulheres, sendo muito influenciada pelas pessoas que as cercam. Estudos conduzidos pela fisioterapeuta Penny Simkin, apresentados na IX Conferência de Parto em 1990, mostram que mulheres que têm o apoio de uma doula provavelmente lembram do parto de forma mais positiva, mesmo que não consigam seguir o plano que haviam traçado ( Asselli; Teixeira, 2018)
Nos últimos anos, o movimento das doulas ganhou destaque, especialmente com a criação de políticas públicas voltadas para a Humanização do Parto e do Nascimento (P&N) e tem se fortalecido como um resgate do cuidado humanizado na gestação, no parto e no pós-parto. Essas profissionais oferecem apoio emocional, físico e informativo, criando um ambiente de confiança e segurança, onde a mulher se sente acolhida e fortalecida. Elas se tornam companheiras indispensáveis em um momento tão transformador da vida, especialmente com o avanço de políticas públicas que promovem a P&N (Almeida; Gama; Bahiana, 2015).
Em 7 de abril de 2005, a Lei do Acompanhante (Lei nº 11.108) entrou em cena, garantindo um direito fundamental para as mulheres no momento mais transformador de suas vidas: a escolha de quem as acompanharia no parto. Essa lei assegura que, nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), a mulher possa ter ao seu lado uma pessoa de sua confiança, alguém da sua rede de afeto, durante todo o trabalho de parto e o nascimento do seu filho (Vilanova et al., 2015).
Estudos mostram que esse apoio contínuo traz benefícios, como maior chance de parto vaginal espontâneo, redução do tempo de trabalho de parto, maior satisfação e melhores resultados de APGAR para os recém-nascidos. O objetivo é combater a violência obstétrica, reduzir o número de cesarianas desnecessárias e evitar práticas que causem danos físicos e psicológicos às mulheres (Asselli; Teixeira, 2018).
Contudo, a função da Doula foi registrada em 2006 pelo Ministério da Saúde mediante a publicação da Portaria 971 que criou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PICs) com o escopo de garantir a prevenção de agravos, promoção e recuperação da saúde (Isfer, 2017).
DISCUSSÃO E RESULTADOS
Dos 975 estudos, 33 foram selecionados para a elaboração do presente artigo, a seguir, apresenta o resultado das filtragens realizadas e, que se constituem no “corpus” da pesquisa, ou seja, o material selecionado para a discussão se encontra na literatura científica específica sobre o assunto.
Quadro 1: Estudos sobre Humanização do Parto, Violência Obstétrica e o Papel das Doulas: Uma Revisão da Literatura
Autores/ Ano | Resultados dos Artigos |
Almeida; Gama; Bahiana, 2015 | O estudo destaca a atuação dos enfermeiros na promoção de um parto mais humanizado, com foco no respeito e apoio contínuo à parturiente. |
Asselli; Teixeira, 2018 | A pesquisa evidencia a adoção do parto humanizado e o papel da doula, especialmente com o respaldo da legislação que regulamenta esse cuidado. |
Barbosa et al., 2018 | O artigo discute a evolução do papel das doulas no parto hospitalar, abordando a transição do voluntariado à sua mercantilização. |
Brandt et al., 2017 | O estudo revela a alta incidência de violência obstétrica, enfatizando as suas consequências físicas e psicológicas para as mulheres. |
Borja et al., 2018 | As puérperas destacam a importância da presença das doulas, relatando um aumento significativo no conforto emocional durante o parto. |
Carniel; Vital; Souza, 2019 | A pesquisa conclui que a episiotomia de rotina é considerada uma violência obstétrica e que pode ser evitada com práticas mais respeitosas e naturais. |
Cavalieri; Souza, 2022 | O estudo identifica como a participação das doulas nas maternidades altera positivamente a percepção das mulheres sobre o processo de parto. |
Cortés et al., 2015 | Os planos de parto têm um impacto direto na humanização do nascimento, empoderando as mulheres e garantindo maior controle sobre a experiência. |
Silva; Santos; Santos, 2024 | O artigo reforça a necessidade de estratégias de enfermagem para combater a violência obstétrica, enfatizando a importância do cuidado respeitoso e humanizado. |
Fernandes et al., 2024 | A pesquisa sublinha o papel fundamental das doulas na redução da violência obstétrica, oferecendo suporte emocional e psicológico durante o parto. |
Freitas et al., 2020 | O estudo aponta que a prática de episiotomia de rotina é uma violação dos direitos das mulheres, sendo desnecessária na maioria dos casos. |
Guerra et al., 2016 | O estudo discute as ações da Rede Cegonha, destacando as políticas públicas que visam garantir um parto mais humanizado e a redução da violência obstétrica no Brasil. |
Isfer et al., 2017 | O artigo apresenta o perfil das doulas no Brasil, evidenciando seu compromisso com a humanização do parto, apesar das dificuldades enfrentadas na profissão. |
Leal; Leme, 2021 | A pesquisa evidencia o impacto positivo da presença das doulas no parto, ajudando as mulheres a se sentirem mais empoderadas e confiantes. |
Medeiros et al., 2019 | O estudo conclui que o uso do plano de parto contribui para um processo de nascimento mais respeitoso, com a mulher se sentindo mais no controle. |
Ministério da Saúde, 2022 | As diretrizes de assistência ao parto normal enfatizam o respeito à mulher e a necessidade de garantir que suas escolhas sejam respeitadas durante o parto. |
Nunes, 2021 | A metodologia científica aplicada no estudo busca trazer clareza nas práticas de saúde, especialmente nas questões relacionadas ao parto humanizado. |
Pereira, 2024 | O artigo discute as práticas que configuram violência obstétrica e como a presença da doula pode ajudar a reduzir tais abusos durante o parto. |
Pereira et al.,2016 | A pesquisa trata da violência obstétrica como uma violação grave dos direitos humanos, com impactos significativos sobre a dignidade das mulheres. |
Possati et al., 2017 | O estudo conclui que as enfermeiras desempenham um papel essencial na humanização do parto, principalmente por meio de práticas respeitosas e acolhedoras. |
Rohde, 2016 | A pesquisa evidencia a relação entre a violência obstétrica e questões culturais e sociais, apontando a necessidade de um novo olhar sobre o parto. |
Rosa, 2023 | O estudo reforça a importância de uma análise de resultados clara e objetiva, permitindo uma melhor aplicação do conhecimento na prática de enfermagem. |
Rondon; Sampaio; Talizin, 2021 | Mulheres assistidas por doulas reportam uma experiência positiva no parto, com maior segurança e conforto devido ao apoio contínuo da doula. |
Santos; Melo; Cruz, 2015 | O estudo revela que, embora a humanização do parto tenha avançado no Brasil, ainda há desafios para garantir o acesso equitativo aos cuidados respeitosos. |
Santos, 2021 | O artigo sublinha o papel crucial das doulas no suporte emocional e físico à parturiente, contribuindo para uma experiência de parto mais satisfatória. |
Sampaio; Tavares. Herculano, 2019 | A pesquisa explora como a violência obstétrica afeta emocionalmente as mulheres, destacando a importância do suporte das doulas para superar esses traumas. |
Silva; Faria, 2023 | O estudo apresenta a violência obstétrica como um problema persistente, com impactos profundos sobre a saúde mental e física das mulheres. |
SILVA et al., 2016 | As famílias de neonatos prematuros enfrentam enormes desafios emocionais e psicológicos, principalmente em unidades de terapia intensiva neonatal. |
Silva; Cunha; Kappler, 2018 | A pesquisa identifica as percepções das mulheres sobre o parto e a atuação das doulas, revelando uma experiência predominantemente positiva. |
Souza et al., 2019 | O estudo aborda a violência obstétrica como uma prática que deve ser erradicada, com ênfase na educação e na conscientização para mudanças efetivas. |
Souza et al., 2023 | Mulheres assistidas por doulas expressam uma sensação de empoderamento e apoio emocional, o que contribui para uma experiência de parto mais positiva. |
Vilanova et al., 2015 | A pesquisa conclui que a presença de acompanhantes durante o parto aumenta a sensação de segurança e apoio emocional para as parturientes. |
Zanardo et al., 2017 | O estudo revela que a violência obstétrica no Brasil é um problema grave que precisa de ações mais eficazes para garantir o respeito aos direitos das mulheres. |
FONTE: Os autores, 2025.
O parto vai além da visão idealizada e envolve fatores físicos, emocionais e socioculturais. Segundo pesquisa da Fiocruz (2012), 30% das mulheres em hospitais privados e 45% no SUS relataram abusos durante o parto. Esses dados mostram a gravidade da violência obstétrica, que ainda é comum no Brasil, com números que evidenciam uma realidade preocupante, que em muitos casos resulta na morte tanto da mãe quanto do bebê (Fernandes et al., 2024).
Essa forma de violência é apontada por Pereira e Oliveira (2024) como uma negação da autonomia das mulheres durante o processo de parturição. Além disso, autores como Pereira et al. (2016), Brandt et al. (2017) e Zanardo et al. (2017) destacam práticas abusivas recorrentes, como o uso injustificado da episiotomia, manobras como a de Kristeller, administração abusiva de ocitocina, proibição de alimentação ou movimentação, e comportamentos verbais e gestuais que desqualificam ou afetam psicologicamente a mulher. Todas estas atitudes configuram graves violações dos direitos da parturiente.
Nesse contexto, os dados da pesquisa Nascer no Brasil , que entrevistou mais de 23 mil mulheres e revelou a alta prevalência de intervenções obstétricas nas maternidades brasileiras. Entre as práticas mais comuns estão a posição litotômica (92%), episiotomia (56%), uso rotineiro de ocitocina e amniotomia (40%) e manobra de Kristeller (37%). Muitas dessas intervenções são realizadas sem o consentimento da parturiente. A OMS, por exemplo, recomenda que a episiotomia não ultrapasse 10% dos partos vaginais. Esses procedimentos aumentam os riscos de complicações para a mulher. Um estudo em Recife confirmou essa realidade, apontando que 86,5% das mulheres sofreram algum tipo de intervenção durante o parto (Brandt et al., 2017).
Dentre essas práticas, a episiotomia desponta como um dos exemplos mais emblemáticos da violência obstétrica. Mesmo sem recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para sua realização sistemática, ela ainda é amplamente utilizada, sobretudo em contextos nos quais a mulher não conta com suporte contínuo.
Quando realizada sem justificativa clínica e sem o consentimento da parturiente, a episiotomia deixa de ser um procedimento terapêutico e passa a representar uma violação de direitos. Autores como Carniel; Vital; Souza (2019), Brandt et al. (2017) e Freitas et al. (2020) apontam que essa prática, quando realizada de forma rotineira e sem necessidade comprovada, configura uma forma explícita de violência obstétrica ao ultrapassar os limites éticos da atuação clínica.
Além das intervenções físicas, a violência verbal também é recorrente no cenário obstétrico. Comentários depreciativos, ameaças e humilhações são frequentemente relatados por parturientes. Fernandes et al. (2024) descrevem essas condutas como um “mecanismo de controle simbólico”, utilizado por profissionais para coagir ou silenciar as mulheres. Sampaio, Tavares e Herculano (2019) exemplificam com frases como “na hora de fazer, não chorou” ou “se não colaborar, o bebê vai morrer”, que são especialmente comuns em casos em que a parturiente não contou com o apoio de uma doula, transformando o parto em uma experiência traumática.
Nesse sentido, a presença da doula surge como uma figura de proteção e suporte. Leal e Leme (2021) apontam que ela atua como um “escudo protetor”, inibindo condutas abusivas por parte da equipe de saúde. Autores como Cortés et al. (2015), Medeiros et al. (2019) e Barbosa et al. (2018) reforçam essa ideia ao associarem a ausência da doula à intensificação da violência institucional. A falta de consideração pelo plano de parto, a recusa em permitir acompanhantes e o desrespeito à privacidade da mulher são exemplos disso.
A atuação das doulas na prevenção da violência obstétrica é multifacetada, envolvendo desde a promoção de um ambiente de parto humanizado até a capacitação contínua e o engajamento em causas de justiça social. A educação em saúde, a criação de vínculos de confiança com as parturientes e a redução de intervenções invasivas são algumas das estratégias fundamentais identificadas na literatura para combater essa forma de violência (Silva; Santos; Santos, 2024).
Toda mulher deveria ser assistida por uma doula, já que ela atua de forma a apoiar, encorajar e amparar a gestante, desmitificando achismos e levando informações para que ela tenha os seus direitos fundamentais respeitados (Pereira; Oliveira, 2024).
Segundo Santos (2021) durante o parto, a doula funciona como uma interface entre a equipe de saúde e o casal, ela deve usar uma linguagem acessível junto à mulher e acompanhante explicando-lhes sobre as técnicas e os procedimentos hospitalares que estão sendo utilizados, além disso, ela atenua a eventual frieza da equipe médica num dos momentos mais vulneráveis da vida da mulher.
Já Silva, Cunha & Kappler, (2018) relata que no trabalho de parto, a doula orienta a mulher a assumir a posição que mais lhe agrade durante as contrações, favorece a manutenção de um ambiente tranquilo e acolhedor, com silêncio e privacidade; auxilia na utilização de técnicas respiratórias, apoia e orienta a mulher durante todo o período expulsivo, incluindo a possibilidade da liberdade de escolha quanto à posição a ser adotada.
Entretanto, para Souza et al (2023), o processo de doulagem dá-se juntamente ao apoio social que as mulheres recebem durante o período gestacional e em especial durante o trabalho de parto. As atividades de apoio durante o trabalho de parto podem ser classificadas em quatro categorias: suporte emocional, que consiste em encorajar, tranquilizar e estar presente continuamente; medidas de conforto físico como massagem e compressa fria; suporte de informações através de orientações, instruções e conselhos e defesa que consiste em interpretar os desejos do casal frente aos profissionais do hospital e agir em favor do mesmo.
Nessa perspectiva os autores argumentam que o cuidado não é apenas um ato, mas uma atitude que significa acolhimento, respeito pelas diferentes histórias de vida, embasando a importância da presença da doula no suporte ao parto proporcionando inúmeros benefícios à mulher no enfrentamento dos desconfortos no processo de parto e nascimento, diminuindo o medo, a tensão e a dor e, consequentemente aumentando a possibilidade do parto ser uma experiência positiva para a mulher e sua família (Santos 2021).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo buscou compreender de que forma a presença da doula durante o parto contribui para a prevenção e redução da violência obstétrica, bem como identificar as práticas de cuidado por ela desenvolvidas nesse processo. Através da revisão bibliográfica integrativa, foi possível confirmar que a atuação das doulas representa um elemento fundamental na promoção de um parto mais humanizado, acolhedor e respeitoso.
Verificou-se que a presença contínua da doula oferece suporte físico, emocional e informativo à parturiente, contribuindo significativamente para a redução de intervenções desnecessárias, como a episiotomia, o uso abusivo de ocitocina e manobras invasivas. Além disso, a doula atua como ponte de comunicação entre a mulher e a equipe de saúde, promovendo o protagonismo feminino e resguardando os direitos da gestante no momento do parto.
Evidências científicas apontam que a presença da doula está associada à diminuição de cesarianas, do tempo de trabalho de parto, do uso de anestesia e à melhora dos desfechos maternos e neonatais. Também foi observado que mulheres acompanhadas por doulas relatam menor incidência de violência obstétrica, maior satisfação com a experiência de parto e maiores taxas de amamentação precoce.
Diante dos achados, conclui-se que a atuação da doula não apenas contribui diretamente para a prevenção de práticas violentas durante o parto, mas também fortalece políticas públicas de humanização e reafirma a importância da escuta, do respeito à autonomia da mulher e do cuidado baseado em evidências. Portanto, a inclusão e valorização das doulas nos serviços de saúde representam uma estratégia eficaz para transformar o cenário obstétrico brasileiro e assegurar uma assistência digna e respeitosa a todas as mulheres.
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1Alunas do Curso de Bacharelado Em Enfermagem
2Professor do Curso de Bacharelado em Enfermagem