O PAPEL DA ALIMENTAÇÃO NA SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO

THE ROLE OF FOOD IN POLYCYSTIC OVARY SYNDROME

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10075135


Joanne Elise Corrêa Freire1
Francisca Marta Nascimento de Oliveira Freitas2
Rebeca Sakamoto Figueiredo³


RESUMO

A síndrome do ovário policístico é uma doença que afeta de 6 a 20% de mulheres em idade reprodutiva, que levam a anormalidades reprodutivas, metabólicas e hormonais. Por conta da resistência à insulina a SOP aumenta o risco de doenças como diabetes tipo 2, hipertensão, desordens lipídicas, doenças cardiovasculares, depressão, esteatose hepática, apneia do sono, doenças na tireoide e câncer de seio e endométrio. Dessa forma, o objetivo do tratamento inclui não só combater a infertilidade, como também as comorbidades. Além disso, a síndrome interfere no processo de ovulação devido a um desequilíbrio hormonal que provoca a geração de cistos nos ovários, onde a mulher ovula com menor frequência e, em geral, apresenta ciclos menstruais irregulares.

Palavras-chave: Síndrome. Ovário Policístico. Tratamento.

ABSTRACT

Polycystic ovary syndrome is a disease that affects 6 to 20% of women of reproductive age, which leads to reproductive, metabolic and hormonal abnormalities. Due to insulin resistance, PCOS increases the risk of diseases such as type 2 diabetes, hypertension, lipid disorders, cardiovascular disease, depression, fatty liver, sleep apnea, thyroid disease and breast and endometrial cancer. Thus, the objective of treatment includes not only combating infertility, but also comorbidities. In addition, the syndrome interferes with the ovulation process due to a hormonal imbalance that causes the generation of cysts in the ovaries, where the woman ovulates less frequently and, in general, has irregular menstrual cycles.

Keywords: Syndrome. Polycystic Ovary. Treatment.

1. INTRODUÇÃO

A síndrome do ovário policístico é uma doença de grande pertinência, pois pode acarretar sérias comorbidades para a mulher que a possui. É relevante perceber que a SOP é uma condição que merece cuidados físicos e alimentares para que haja um bom e eficiente tratamento. Apesar de não possuir cura ela é uma doença que se tomada as devidas medidas de cuidado com a saúde pode ser perfeitamente manuseada.

SOP é uma hormonal, metabólica e endócrina desordem que afeta uma em cada cinco mulheres em idade reprodutiva. É apontada como uma das mais comuns, mas complexas desordens das mulheres do século 21 (Zeinab et al, 2017).

Essa doença comumente causa mal funcionamento hormonal, acarretando vários sintomas como queda de cabelo, acne, infertilidade e mais. Apesar do nome, muitas mulheres não apresentam cistos nos ovários. Os hormônios envolvidos da SOP são os androgênicos, a insulina e a progesterona (Jatarah, 2019).

Nos tempos atuais ainda não há um consenso sobre o que causa essa síndrome, sendo um mistério para médicos e pesquisadores. Estudos recentes foram possíveis para lincar a SOP a genética, onde foi possível perceber que 24% das mulheres com SOP possuíam uma mãe com a mesma condição, e 32% tinham uma irmã afetada (Jatarah, 2019).

Em adição, mulheres com a síndrome possuem risco elevados de desenvolver condições de saúde como diabetes tipo 2, infertilidade, colesterol alto, lipídios elevados, apneia do sono, doenças no fígado, alta pressão arterial, obesidade, síndrome metabólica e mais (Zeinab et al, 2017).

Ainda não há conhecimento sobre o que causa a síndrome, mas estudos apontam que o ambiente em que a pessoa vive pode propiciar no desenvolvimento da doença. De qualquer forma, hábitos alimentares e exercícios físicos desempenham papel fundamental no tratamento da síndrome (Woods, 2022).

A utilização de anticoncepcionais é comumente aplicada para tratar o aparecimento de micros cistos nos ovários e diminui o nível de hormônios masculinos, mas não combate o problema central que é a resistência insulínica, então é como se o medicamento contraceptivo mascarasse os sintomas do ovário policístico. Já pacientes que seguem à risca uma dieta e exercícios físicos regulares, acabam retornando os ciclos ovulatórios e melhorando a resistência insulínica, o que consequentemente pode levar a perda de peso também (Woods, 2022).

O diagnóstico costuma ser difícil de ser obtido, pois o ovário policístico é uma síndrome, uma coleção de sintomas. Ela afeta vários tipos diferentes de hormônios, resultando em uma série de sintomas, que podem parecer não relacionados e variando de mulher para mulher. Embora a maioria das pacientes com síndrome do ovário policístico apresentem cistos nos ovários, essa característica morfológica também é comum em pacientes sem a desordem, então, esse nome é errôneo, pois implica que os ovários policísticos são a causa, quando na verdade eles são apenas associados à doença. Alguns sintomas podem incluir a obesidade, ciclos menstruais irregulares, resistência à insulina, infertilidade, depressão, hirsutismo, acne e queda de cabelo (Azziz, 2014).

O objetivo desta pesquisa é avaliar a influência da alimentação da saúde da mulher com a síndrome do ovário policístico.

2. METODOLOGIA

2.1. Tipo de estudo

O artigo trata-se de uma revisão bibliográfica sistemática a partir da coleta de dados de fontes secundárias, por meio de levantamento de obras e trabalhos científicos pertinentes ao objeto de estudo, pois de acordo com Galvão e Ricarte (2019, p.58), esta é uma modalidade de pesquisa que segue protocolos específicos, e que busca entender e dar uma logicidade a um grande corpus documental, especialmente, verificando o que funciona e o que não funciona num dado contexto. Possui caráter qualitativo, permitindo um trabalho sistemático de obtenção de informações, a partir de outros achados de pesquisas anteriores que constituirão um arcabouço de confiabilidade e aperfeiçoamento (Simões; Garcia, 2014, p. 87).

O estudo foi realizado com coleta de dados a partir de fontes secundárias, por meio de levantamento bibliográfico e baseado na experiência vivenciada por autores. Para a organização dos dados coletados foi feito uso da metodologia dedutiva, pois segundo Souza, Silva e Carvalho (2010) o processo dedutivo parte de uma constatação geral para uma específica do processo maior para o menor.

2.2. Coleta de dados

O procedimento de coleta dos dados supracitados, foi através de pesquisas bibliográficas, artigos científicos e revistas de saúde. Alguns dos instrumentos de coleta foram da PubMed, Revista Saúde em Foco, MDPI e livros sobre protocolo de reparo na síndrome do ovário policístico.

2.3. Análise de dados

Os dados analisados foram transformados em gráficos para melhor visualização. Assim, os dados foram cruzados e interpretados em qualidade. As informações coletadas ajudam a responder questões levantadas como a influência do nível da insulina na síndrome do ovário policístico, como uma alimentação balanceada e rica em vitaminas pode ajudar no tratamento, quais alimentos agravam a doença, assim como não existe cura, mas sim manejo da síndrome. A prática regular de exercícios físicos, assim como uma boa alimentação se mostrou benéfica no tratamento da síndrome do ovário policístico.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Resistência à insulina é de longe uma das maiores causas da SOP. Pelo menos 50 a 70% das mulheres com a síndrome possuem algum nível de resistência à insulina, incluindo aquelas que não possuem excesso de peso. Ganho de peso é apenas um sintoma da resistência à insulina e não ocorre em toda mulher com a síndrome (Ghanei et al., 2018).

Apenas ter um histórico familiar de resistência à insulina não necessariamente significa que acabará também com a resistência. É o que se come, como se movimenta, dorme, maneja o estresse e muitos outros fatores no ambiente que influenciam nessa condição. Por exemplo, uma dieta com alta frutose (um tipo de açúcar) mostrou aumentar o risco (Macdonald, 2016).

Existem evidências irrefutáveis de que o exercício físico reduz os fatores de risco de doenças cardiovasculares em mulheres com SOP. O mecanismo pelo qual o exercício físico melhorou muitos fatores de risco contra doenças cardiovasculares é novamente associado com a melhora da sensibilidade a insulina (Woodward, 2020).

3.1. Fatores de agravo: Resistência à insulina

A resistência a insulina é caracterizada pela diminuição da sensibilidade dos tecidos à ação da insulina, o que gera importantes consequências metabólicas. Na síndrome do ovário policístico a resistência à insulina provoca degradação da função das células beta do pâncreas, gerando intolerância à glicose ( Lunardelli; Roberto, 2004)

Resistência à insulina é o sintoma chave tanto para pacientes com SOP obesas ou magras, ele ocorre em 70 a 95% em pessoas com SOP obesas e de 30 a 75% de pessoas magras. Um dos sintomas que não estão visíveis a olho nu é a resistência à insulina. A insulina é um dos muitos hormônios do corpo, mas ela tem um trabalho específico: regular a quantidade de glicose no sangue. Toda vez que se come, a comida é quebrada em nutrientes que o corpo precisa, e um deles é a glicose. É necessária a glicose para energia e uma vez que a glicose está na corrente sanguínea, ela é um gatilho para produção de insulina; o que sinaliza as células para entrar a glicose e converter em forma de energia. O fígado e os músculos convertem a glicose em glicogênio (Woods, 2022).

3.2. Intervenções de Tratamento

Metformina é efetivo como tratamento para infertilidade anovulatória entre mulheres com SOP (Johnson, 2014). Ela permanece como importante opção terapêutica no tratamento farmacológico em pacientes com a síndrome, e seu uso não deve ser restrito para mulheres com intolerância à glicose. Em pacientes cujo objetivo é a gravidez, o tratamento inicial com metformina, combinado com dieta e exercício, é uma opção para induzir ovulação (Nestler, 2008). A melhoria da hiperinsulinemia e hiperandrogenemia com intervenção na dieta ou tratamento com metformina melhora significativamente as características clínicas e a função reprodutiva em mulheres com excesso de peso na SOP (Qublan; Yannakoula; Al-Qudahma; El-Uri Fi, 2023).

A prevalência de hirsutismo na SOP varia de 70 a 80%, vs. 4% a 11% em mulheres na população geral. O hirsutismo na SOP está associado ao excesso de andrógenos nos ovários. Intervenções para diminuir o hirsutismo na SOP incluem a supressão do excesso de andrógenos por contraceptivos orais combinados (Spritzer, Barone, 2016).

Quando se trata de resultados de fertilidade, não existe uma evidência robusta de que a mudança de estilo de vida tenha algum impacto. Alguns estudos constatam que a perda de peso em mulheres inférteis e acima do peso com SOP podem estar associadas a ovulação esporádica e melhor resposta aos tratamentos de indução da ovulação com um aumento nas taxas de gravidez. Um estudo mostrou que a redução do peso com apenas 5% do peso corporal inicial poderia restaurar a menstruação regular e melhorar a resposta aos medicamentos indutores da ovulação e fertilidade. Além disso, a atividade física consistente pode melhorar os resultados da fertilidade (Cunha; Póvoa, 2021).

Inositol provou ser eficaz na SOP, melhorando o estado metabólico e hormonal e restaurando espontaneamente a ovulação. Na tecnologia reprodutiva assistida, o Inositol melhorou os parâmetros de estimulação ovariana. Dadas suas funções, o Inositol é um tratamento atrativo para a SOP, embora mais estudos sejam necessários (Laganà et al., 2018).

3.3. Alimentos que auxiliam na SOP

A vitamina D é um nos nutrientes mais importantes para mulheres nessa condição, pois com o déficit dela a mulher pode sofrer de obesidade, diabetes mellitus 2, hiperandrogenismo e pode enfrentar menos sucesso numa possível gestação. Sendo assim a vitamina D desempenha papel importante no controle da SOP (Szczuko et al., 2021).  A suplementação de vitamina D pode melhorar os parâmetros metabólicos em mulheres com SOP. (Lerchbaum; Rabe, 2014)

Maçãs possuem baixo índice glicêmico e altas doses de vitamina C, potássio, antioxidantes e fibras. Estudos demonstram que adicionar maçãs na dieta pode reduzir o risco de diabetes e o ganho de peso. Abacates são ricos em vitaminas, minerais e ácidos graxos bons para o coração que ajudam na inflamação, promovem funcionamento saudável do sistema imune e endócrino. Adicionar o abacate na dieta mostrou menor índice de doenças no coração, baixo colesterol LDL e reduz estresse oxidativo (Medling, 2018).

Canela é rica em antioxidantes, pode ajudar a estabilizar o açúcar no sangue e reduz a resistência à insulina, alguns estudam ainda indicam que ela é capaz de regular a menstruação. Chocolate amargo contendo 70% de cacau ou mais reduz a hipertensão, melhora a glicose prevenindo os picos de açúcar no sangue, e pode promover perda de peso ao controlar a fome e promover saciedade (Medling, 2018).

Vitamina B6 ajuda a manter o balanço hormonal e o normal funcionamento da tireoide, ela também é conhecida por aumentar os níveis de progesterona e inibir o excesso de produção de prolactina. Os níveis de vitamina B6 podem ser reduzidos graças ao uso de pílulas contraceptivas. Ela também pode ser útil na redução dos níveis de prolactina, depressão, ansiedade e retenção de fluidos (Jatarah, 2019).

Ômega 3 ajuda o corpo a se tornar mais sensível a insulina e foi encontrado que reduz os níveis de testosterona associado com excesso de androgênio. As suas propriedades podem reduzir a inflamação, alta pressão sanguínea e irritação no trato digestivo. É também conhecido por reduzir a resistência à insulina e inflamação sistêmica. Além disso, diminui o perfil lipídico, o quadril, o número de folículos ovarianos, o tamanho dos ovários e o volume do sangramento (Khani et al., 2017).

Selênio ajuda a melhorar a função do fígado ao fazer um detox no excesso de estrogênio. Ela também aumenta a progesterona ao ajudar a restaurar o balanço hormonal. A vitamina C, fibra, cálcio e ácido fólico são recomendados para quem possui SOP (Szczuko, 2016).

Vinagre de maçã ajuda a controlar o açúcar no sangue e impede que o corpo produza muita insulina (Inchauspé, 2022).

Curcumina mostrou melhorar os níveis de glicose e colesterol. Mais pesquisas são necessárias para determinar a exata dosagem e formas que a cúrcuma pode ser absorvida, mas, de qualquer forma, adicionar pó de cúrcuma na comida é uma forma segura e fácil de reduzir a inflamação e melhorar os sintomas da SOP (Woods, 2022). Ela também se mostrou como excelente anti-inflamatório, antidiabético e antiobesidade (Mohammadi et al., 2017).

Em mulheres com SOP, a suplementação de zinco tem um efeito positivo em vários parâmetros, especialmente àqueles relacionados a resistência à insulina e balanço lipídico. Na dismenorreia primária, a suplementação de zinco antes e durante cada ciclo menstrual parece ser um fator importante para reduzir a intensidade da dor menstrual (Marzenna Nasiadek et al., 2020).

O Selênio desempenha um papel na patogênese da SOP relacionada ao hiperandrogenismo (Coskun et al., 2013).

Berberina, o principal componente ativo da rhizomacoptidis, existe em várias plantas medicinais e apresenta uma ampla gama de efeitos farmacológicos. Na medicina chinesa, a berberina tem sido usada há muito tempo por seus efeitos antidiabéticos. Recentemente, demonstrou-se que a berberina tem efeitos positivos no diabetes mellitus tipo 2, resistência à insulina, metabolismo lipídico, produção de óxido nítrico e síndrome metabólica. Os mecanismos da berberina no tratamento da SOP ainda não estão claros, mas os efeitos metabólicos da berberina são semelhantes à metformina (Li et al., 2013).

O uso de suplementação de picolinato de cromo tem efeitos benéficos na diminuição do IMC, insulina em jejum e testosterona livre em pacientes com SOP (Siavash Fazelian et al., 2017). O picolinato de cromo é útil na SOP para reduzir a resistência à insulina e estimular a ovulação (Ashoush et al., 2015).

A Silimarina exibe diferentes atividades, como: limpador, antioxidante, anti-inflamatório e recentemente revelado, propriedades sensibilizantes da insulina que foram exploradas em ensaios clínicos em pacientes com resistência à insulina (Macdonald-Ramos et al., 2021).

A suplementação de CoQ10 por 8 semanas teve um efeito benéfico no marcador de disfunção inflamatória e endotelial em pacientes obesas e acima do peso com SOP (Taghizadeh et al., 2020).

O chá de manjerona mostrou efeito benéfico sobre o perfil hormonal em mulheres com SOP, porque foi comprovado melhorar a sensibilidade à insulina e reduzir os níveis de andrógenos (Haj-Husein; Tukan; Alkazaleh, 2015).

De acordo com um estudo, existe forte associação entre terapia de metformina e a redução dos níveis de vitamina B12 em pacientes com SOP, particularmente em mulheres com sobrepeso/obesidade e hiperinsulinemia. Então, é recomendada a suplementação de vitamina B12 em mulheres com a síndrome que fazem o uso de metformina (Esmaeilzadeh; Gholinezhad-Chari; Ghadimi, 2017).

O tratamento com melatonina em pacientes com SOP pode melhorar a qualidade do oócito e do embrião, aumentar o número de oócitos maduros, reduzir a obesidade e melhorar o estado pró-inflamatório, que está subjacente ao desenvolvimento da resistência a insulina (Mojaverrostami et al., 2019).

Em um estudo, o extrato de salacia oblonga se mostrou um ingrediente nutracêutico promissor que diminuiu a glicemia (Collene et al., 2005).

Uma dieta que contenha frutas e legumes de baixo índice glicêmico e alimentos com baixo teor de gordura em pequenas quantidades, peixes ricos em ácidos graxos ômega 3, carne vermelha magra e aves em pequenas quantidades, ácidos graxos e produtos de grãos integrais se mostraram um bom plano alimentar para pacientes com SOP (Xenou; Gourounti, 2021).

O resveratrol é uma droga promissora e eficaz no tratamento de mulheres com SOP devido ao seu efeito nos níveis de testosterona (Fadlalmola et al., 2023).

O extrato de chá verde possui potencialmente efeitos terapêuticos para a SOP devido aos compostos antioxidantes e anti-inflamatórios. (Maleki et al., 2021)

Uma dieta rica em proteínas está associada à redução da depressão e melhora da autoestima (Barber; Franks, 2021). A substituição de carboidratos por proteínas nas dietas de mulheres com SOP melhoram a perda de peso e melhoram o metabolismo da glicose (Louise Bergmann Sorensen et al., 2012). Uma dieta pobre em carboidratos pode ser superior a uma dieta padrão em termos de melhoria da fertilidade, parâmetros endócrinos/metabólicos, perda de peso e saciedade em mulheres com SOP (Frary, 2016).

O suco de romã mostrou poder melhorar a resistência à insulina, reduzir o nível de testosterona, IMC, peso e circunferência da cintura na SOP (Esmaeilinezhad et al., 2019).

Um estudo que teve como objetivo avaliar os efeitos da ingestão dietética de soja na perda de peso e estado metabólico em pacientes com síndrome do ovário policístico mostrou reduzir significativamente o IMC, o controle glicêmico, a testosterona total e os triglicerídeos (Karamali et al., 2018).

O consumo de cebola roxa crua parece ser eficaz como agente alimentar redutor de colesterol em mulheres com síndrome dos ovários policísticos. No entanto, mais investigações são necessárias (Ebrahimi-Mamaghani et al., 2014).

O aumento de fibra é um preditor primário de melhora metabólica e controle de peso em mulheres com sobrepeso/obesidade com SOP (Nybacka; Hellström; Hirschberg, 2017).

Resultados indicam que o tratamento com rutina melhora significativamente a resistência sistêmica à insulina e o mau funcionamento ovariano na SOP (Hu et al., 2017).

O iogurte simbiótico enriquecido com inulina aliviou a disfunção reprodutiva e modulou a microbiota intestinal e os perfis de ácidos biliares em camundongos SOP. (Li et al., 2022)

Uma dieta de 8 semanas com baixa amido / baixa laticínios aumentou a oxidação de gordura em mulheres com sobrepeso e obesidade com SOP (Pohlmeier et al., 2014).

A administração de D-chiro-inositol é eficaz na restauração de uma melhor sensibilidade à insulina e de um padrão hormonal melhorado em doentes obesos com SOP hiperinsulinêmica, em particular, em doentes com SOP hiperinsulinêmica que têm familiares diabéticos (Genazzani et al., 2014).

3.4. Alimentos que prejudicam a SOP

 A inflamação induzida pela dieta, em particular, pode ser a base da resistência à insulina na SOP. A inflamação estimula diretamente o excesso de produção de andrógenos ovarianos. O aumento da adiposidade abdominal contribui para a carga inflamatória na SOP (Fidelina González, 2012).

Descobriu-se que o consumo de junk food estava substancialmente relacionado às dificuldades menstruais. Junk food retarda o metabolismo do corpo e reduz as calorias que queima, tornando-se um desafio para manter um peso saudável. Junk food indiretamente afeta os níveis de andrógenos através da resistência à insulina. Há uma correlação entre a sociedade jovem atual e junk food que levam à obesidade e suas complicações. Já foi provado que consumir junk food frequentemente resulta em compulsão e excessos (Begum; Ankul Singh S; Mohan, 2023)

 Junk food é definido como alimentos densos em calorias que são ricos em gordura, sal, colesterol e teor de açúcar, mas com baixo teor nutricional. Ele também contém alta quantidade de carboidratos refinados e sódio, juntamente com conservantes. Por exemplo, chocolate, doces, batatas fritas, gorduras trans, grãos refinados, sal, xarope de milho de alta frutose etc. (Chapman e Maclean, 1993).

Dietas ricas em carboidratos estão ligadas ao aumento do índice de andrógenos livres (Barber; Franks, 2021).

Tabela 1 – Influência dos alimentos na síndrome do ovário policístico

ReferênciaAlimentoResultado
Medling (2018)MaçãReduz o risco de diabetes e do ganho de peso.

CanelaPode ajudar a estabilizar o açúcar no sangue e reduz a resistência à insulina, alguns estudam ainda indicam que ela é capaz de regular a menstruação
Khani (2017)Ômega 3Reduz a inflamação, alta pressão sanguínea e irritação no trato digestivo.
Inchauspé (2022)
Vinagre de maçãAjuda a controlar o açúcar no sangue e impede que o corpo produza muita insulina.
Woods (2022)
CurcuminaReduz a inflamação e melhora os sintomas da SOP.
Ashoush et al., (2015)Picolinato de cromoé útil na SOP para reduzir a resistência à insulina e estimular a ovulação


Segundo Medling (2018) destacou que o uso de canela e maçã são eficientes para estabilizar o nível de açúcar no sangue e reduzir a resistência à insulina. Enquanto Woods (2022) e Khani (2017) salientam que a curcumina e ômega 3 reduzem a inflamação e melhoram os sintomas da SOP. Inchauspe (2022) e Ashoush et al., (2015) frisam que o vinagre de maçã e o picolinato de cromo controlam o açúcar no sangue e impedem que o corpo produza muita insulina.

4. CONCLUSÃO

Este estudo explorou os diversos aspectos da síndrome do ovário policístico (SOP), destacando suas manifestações clínicas e impactos na saúde das mulheres. Ao examinar a relação entre a alimentação e o manejo da síndrome, ficou evidente que certos alimentos desempenham um papel crucial na promoção do equilíbrio hormonal e no controle dos sintomas associados. Além disso, foi possível identificar alimentos que devem ser evitados, pois podem exacerbar os sintomas e agravar a condição.

A incorporação de alimentos ricos em fibras, antioxidantes e ácidos graxos ômega-3 demonstrou ser benéfica para reduzir a resistência à insulina, regular os níveis hormonais e melhorar a sensibilidade à insulina. O consumo de vegetais de folhas verdes, frutas como as maçãs, peixes e fontes de proteína magra podem contribuir positivamente para o manejo da síndrome. Por outro lado, alimentos processados, ricos em açúcares refinados e gorduras saturadas, devem ser evitados, já que podem agravar a resistência à insulina e inflamações sistêmicas.

No entanto, é importante reconhecer que cada indivíduo é único, e o impacto dos alimentos pode variar. Aconselha-se que as mulheres com SOP busquem orientação médica e nutricional personalizada para desenvolver planos alimentares adequados às suas necessidades e metas de saúde. Além disso, mais pesquisas são necessárias para aprofundar nossa compreensão sobre a influência dos alimentos na síndrome do ovário policístico, a fim de oferecer estratégias ainda mais eficazes para o manejo dessa condição complexa.

Ademais, este estudo investigou minuciosamente a complexa interação entre a síndrome do ovário policístico (SOP) e a resistência à insulina, oferecendo uma compreensão mais profunda dos mecanismos subjacentes a essa relação. Através da análise de evidências científicas, foi possível confirmar que a resistência à insulina desempenha um papel central no desenvolvimento e na progressão da SOP, influenciando negativamente a saúde reprodutiva e metabólica das mulheres afetadas.

Em conclusão, o estudo ressalta a importância da alimentação adequada como uma ferramenta valiosa no manejo da síndrome do ovário policístico. Através de escolhas alimentares conscientes e orientadas, é possível impactar positivamente os sintomas e a qualidade de vida das mulheres afetadas pela SOP, proporcionando um passo significativo em direção ao bem-estar hormonal e à saúde. Esta pesquisa reforça a necessidade de uma abordagem holística e multidisciplinar para lidar com a síndrome do ovário policístico, considerando a relação intrínseca com a resistência à insulina. Através do entendimento aprofundado desses mecanismos, profissionais de saúde podem oferecer orientação mais precisa e personalizada às mulheres afetadas, promovendo não apenas a saúde reprodutiva, mas também o bem-estar metabólico geral.

REFERÊNCIAS

SANTOS, T. et al. Aspectos Nutricionais E Manejo Alimentar Em Mulheres Com Síndrome Dos Ovários Policísticos Nutritional Aspects And Food Management In Women With Syndrome Of Polycystic Ovary. [s.l: s.n.]. Disponível em: https://portal.unisepe.com.br/unifia/wpcontent/uploads/sites/10001/2019/06/058_ASPECTOS-NUTRICIONAIS-E-MANEJO-ALIMENTAR-EM-MULHERES-COMS%25C3%258DNDROME-DOS-OV%25C3%2581RIOSPOLIC%25C3%258DSTICOS_649_a_670.pdf . Acesso em: 10 maio. 2023.

FAGHFOORI, Z. et al. Nutritional management in women with polycystic ovary syndrome: A review study. Diabetes & Metabolic Syndrome: Clinical Research & Reviews, v. 11, p. S429–S432, 2017.

ANTONIO SIMONE LAGANÀ et al. Inositol in Polycystic Ovary Syndrome: Restoring Fertility through a Pathophysiology-Based Approach. Trends in Endocrinology and Metabolism, v. 29, n. 11, p. 768–780, 1 nov. 2018.

ÅSA NYBACKA; HELLSTRÖM, P. M.; ANGELICA LINDÉN HIRSCHBERG. Increased fibre and reduced trans fatty acid intake are primary predictors of metabolic improvement in overweight polycystic ovary syndrome-Substudy of randomized trial between diet, exercise and diet plus exercise for weight control. Clinical Endocrinology, v. 87, n. 6, p. 680–688, 18 ago. 2017.

AYHAN COŞKUN et al. Plasma selenium levels in Turkish women with polycystic ovary syndrome. European Journal of Obstetrics & Gynecology and Reproductive Biology, v. 168, n. 2, p. 183–186, 1 jun. 2013.

AZZIZ, R. Polycystic Ovary Syndrome: What’s in a Name? The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, v. 99, n. 4, p. 1142–1145, 1 abr. 2014.

BARBER, T. M.; FRANKS, S. Obesity and polycystic ovary syndrome. Clinical Endocrinology, v. 95, n. 4, p. 531–541, 31 jan. 2021.

CHAPMAN, G. E.; MACLEAN, H. L. “Junk food” and “healthy food”: meanings of food in adolescent women’s culture. Journal of Nutrition Education, v. 25, n. 3, p. 108–113, 1 maio 1993.

COLLENE, A. L. et al. Effects of a nutritional supplement containing Salacia oblonga extract and insulinogenic amino acids on postprandial glycemia, insulinemia, and breath hydrogen responses in healthy adults. Nutrition, v. 21, n. 7-8, p. 848–854, 1 jul. 2005.

CUNHA, A.; ANA MARGARIDA PÓVOA. Infertility management in women with polycystic ovary syndrome: a review. Porto Biomedical Journal, v. 6, n. 1, p. e116–e116, 1 jan. 2021.

WOODS, Tamika. PCOS Repair Protocol: The Complete Manual To Thriving With Polycystic Ovary Syndrome By Uncovering The Root Cause Of Your Symptons. 2022.

FIDELINA GONZÁLEZ. Inflammation in Polycystic Ovary Syndrome: Underpinning of insulin resistance and ovarian dysfunction. Steroids, v. 77, n. 4, p. 300–305, 1 mar. 2012.

FRARY. The effect of dietary carbohydrates in women with polycystic ovary syndrome: a systematic review. Minerva endocrinologica, v. 41, n. 1, 2016.

‌GENAZZANI, A. D. et al. Modulatory role of D-chiro-inositol (DCI) on LH and insulin secretion in obese PCOS patients. Gynecological Endocrinology, v. 30, n. 6, p. 438–443, 7 mar. 2014.

HAMMAD ALI FADLALMOLA et al. Efficacy of resveratrol in women with polycystic ovary syndrome: a systematic review and meta-analysis of randomized clinical trials. The Pan African medical journal, v. 44, 1 jan. 2023.

‌ HU, T. et al. Brown adipose tissue activation by rutin ameliorates polycystic ovary syndrome in rat. Journal of Nutritional Biochemistry, v. 47, p. 21–28, 1 set. 2017.

ISRA’A HAJ-HUSEIN; TUKAN, S. K.; FAWAZ ALKAZALEH. The effect of marjoram (Origanum majorana ) tea on the hormonal profile of women with polycystic ovary syndrome: a randomised controlled pilot study. Journal of Human Nutrition and Dietetics, v. 29, n. 1, p. 105–111, 9 fev. 2015.

JACQUELINE LEME LUNARDELLI; ROBERTO. Síndrome dos ovários policísticos: como detectar a resistência insulínica? Revista Da Associacao Medica Brasileira, v. 50, n. 2, p. 111–111, 1 abr. 2004.

JATARAH, Taylor. No Prescription Needed: A Proven Step-by-step Guide To Healing Polycystic Ovarian Syndrome Through Simple Diet And Lifestyle Changes. 2019. P.

JOHNSON, N. Metformin use in women with polycystic ovary syndrome. PubMed, 1 jun. 2014.

KARAMALI, M. et al. The effect of dietary soy intake on weight loss, glycaemic control, lipid profiles and biomarkers of inflammation and oxidative stress in women with polycystic ovary syndrome: a randomised clinical trial. Journal of Human Nutrition and Dietetics, v. 31, n. 4, p. 533–543, 22 fev. 2018.

KHANI, B.; FARAHNAZ MARDANIAN; SAJADEH JAFARI FESHARAKI. Omega-3 supplementation effects on polycystic ovary syndrome symptoms and metabolic syndrome. Journal of Research in Medical Sciences, v. 22, n. 1, p. 64–64, 1 jan. 2017.

LERCHBAUM, E.; RABE, T. Vitamin D and female fertility. Current Opinion in Obstetrics & Gynecology, v. 26, n. 3, p. 145–150, 1 jun. 2014.

LI, T. et al. Yogurt Enriched with Inulin Ameliorated Reproductive Functions and Regulated Gut Microbiota in Dehydroepiandrosterone-Induced Polycystic Ovary Syndrome Mice. Nutrients, v. 14, n. 2, p. 279–279, 10 jan. 2022.

LI, Y. et al. Effect of berberine on insulin resistance in women with polycystic ovary syndrome: study protocol for a randomized multicenter controlled trial. Trials, v. 14, n. 1, 18 jul. 2013.

LOUISE BERGMANN SØRENSEN et al. Effects of increased dietary protein-to-carbohydrate ratios in women with polycystic ovary syndrome. The American Journal of Clinical Nutrition, v. 95, n. 1, p. 39–48, 1 jan. 2012.

GHANEI, N. et al. The probiotic supplementation reduced inflammation in polycystic ovary syndrome: A randomized, double-blind, placebo-controlled trial. Journal of Functional Foods, v. 42, p. 306–311, mar. 2018.

MACDONALD-RAMOS, K. et al. Silymarin is an ally against insulin resistance: A review. Annals of Hepatology, v. 23, p. 100255–100255, 1 jul. 2021.

MAŁGORZATA SZCZUKO et al. Nutrition Strategy and Life Style in Polycystic Ovary Syndrome—Narrative Review. Nutrients, v. 13, n. 7, p. 2452–2452, 18 jul. 2021.

MARZENNA NASIADEK et al. The Role of Zinc in Selected Female Reproductive System Disorders. Nutrients, v. 12, n. 8, p. 2464–2464, 16 ago. 2020.

MEDLING, Amy. Healing PCOS: A 21-day plan for reclaiming your heath and life with polycystic ovary syndrome. 2018

NESTLER, J. E. Metformin in the treatment of infertility in polycystic ovarian syndrome: an alternative perspective. Fertility and Sterility, v. 90, n. 1, p. 14–16, 1 jul. 2008.

‌POLI MARA SPRITZER; CAROLINA ROCHA BARONE; DE, B. Hirsutism in Polycystic Ovary Syndrome: Pathophysiology and Management. Current Pharmaceutical Design, v. 22, n. 36, p. 5603–5613, 11 nov. 2016.

RUKAIAH FATMA BEGUM; ANKUL SINGH S; MOHAN, S. Impact of junk food on obesity and polycystic ovarian syndrome: Mechanisms and management strategies. Obesity Medicine, v. 40, p. 100495–100495, 1 jun. 2023.

WOODWARD, A.; MARKOS KLONIZAKIS; BROOM, D. Exercise and Polycystic Ovary Syndrome. Advances in Experimental Medicine and Biology, p. 123–136, 1 jan. 2020.

SEDIGHE ESMAEILZADEH; GHOLINEZHAD-CHARI, M.; GHADIMI, R. The effect of metformin treatment on the serum levels of homocysteine, folic acid, and vitamin B12 in patients with polycystic ovary syndrome. Journal of Human Reproductive Sciences, v. 10, n. 2, p. 95–95, 1 jan. 2017.

SHERIF ASHOUSH et al. Chromium picolinate reduces insulin resistance in polycystic ovary syndrome: Randomized controlled trial. Journal of Obstetrics and Gynaecology Research, v. 42, n. 3, p. 279–285, 14 dez. 2015.

SIAVASH FAZELIAN et al. Chromium supplementation and polycystic ovary syndrome: A systematic review and meta-analysis. Journal of Trace Elements in Medicine and Biology, v. 42, p. 92–96, 1 jul. 2017.

‌SZCZUKO M;SKOWRONEK M;ZAPAŁOWSKA-CHWYĆ M;STARCZEWSKI A. Quantitative assessment of nutrition in patients with polycystic ovary syndrome (PCOS). Roczniki Panstwowego Zakladu Higieny, v. 67, n. 4, 2016.

INCHAUSPÉ, JESSIE. A revolução da glicose: Equilibre os níveis de açúcar no sangue e mude sua saúde e sua vida. Rio de Janeiro, 1º ed. 2022

MACDONALD, I. A. A review of recent evidence relating to sugars, insulin resistance and diabetes. Zeitschrift für Ernährungswissenschaft, v. 55, n. S2, p. 17–23, 1 nov. 2016.

MALEKI, V. et al. A comprehensive insight into effects of green tea extract in polycystic ovary syndrome: a systematic review. Reproductive Biology and Endocrinology, v. 19, n. 1, 23 set. 2021.

MAŁGORZATA SZCZUKO et al. Nutrition Strategy and Life Style in Polycystic Ovary Syndrome—Narrative Review. Nutrients, v. 13, n. 7, p. 2452–2452, 18 jul. 2021.

MEHRANGHIZ EBRAHIMI-MAMAGHANI et al. Effects of raw red onion consumption on metabolic features in overweight or obese women with polycystic ovary syndrome: A randomized controlled clinical trial. Journal of Obstetrics and Gynaecology Research, v. 40, n. 4, p. 1067–1076, 10 mar. 2014.

MOHAMMADI, S. et al. The Effect of Curcumin on TNF-α, IL-6 and CRP Expression in a Model of Polycystic Ovary Syndrome as an Inflammation State. Journal of reproduction & infertility, v. 18, n. 4, p. 352–360, 2017.

POHLMEIER, A. M. et al. Effect of a low-starch/low-dairy diet on fat oxidation in overweight and obese women with polycystic ovary syndrome. Applied Physiology, Nutrition, and Metabolism, v. 39, n. 11, p. 1237–1244, 1 nov. 2014.

QUBLAN HS;YANNAKOULA EK;AL-QUDAH MA;EL-URI FI. Dietary intervention versus metformin to improve the reproductive outcome in women with polycystic ovary syndrome. A prospective comparative study. Saudi medical journal, v. 28, n. 11, 2023.

‌TAGHIZADEH, S. et al. The effect of coenzyme Q10 supplementation on inflammatory and endothelial dysfunction markers in overweight/obese polycystic ovary syndrome patients. Gynecological Endocrinology, v. 37, n. 1, p. 26–30, 16 jun. 2020.

‌XENOU, M.; KLEANTHI GOUROUNTI. Dietary Patterns and Polycystic Ovary Syndrome: a Systematic Review. Mædica, v. 16, n. 3, 15 set. 2021.

‌ZAHRA ESMAEILINEZHAD et al. Effect of synbiotic pomegranate juice on glycemic, sex hormone profile and anthropometric indices in PCOS: A randomized, triple blind, controlled trial. Nutrition Metabolism and Cardiovascular Diseases, v. 29, n. 2, p. 201–208, 1 fev. 2019.


1 Graduanda do curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: joannefreire23@gmail.com.

2 Orientadora do TCC, Doutora em Biotecnologia pela Universidade Federal do Amazonas. Docente do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: francisca.freitas@fametro.edu.br

3 Coorientadora do TCC, mestre em ciência da saúde pela UFAM.