O MANEJO DA DISSECÇÃO AÓRTICA NO CENÁRIO EMERGENCIAL 

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12826583


Maria Gabriella Socci da Costa Raposo da Camara1, Fernanda Marques Pochaczevsky1, Maria Clara Gonçalves de Almeida da Costa2, Rodrigo Garcia Direito2, Giulia Darwin Fachetti2, ⁠Mariana Nunes Sharp2, ⁠Enrico Lobão Brentano2, Pedro Henrique Benevides Costa2, Bruna Kapps Kronemberg2, Filipa Corrêa Viegas3


RESUMO

Este artigo traz as práticas atuais e as evidências sobre o manejo da dissecção aórtica no cenário emergencial, destacando a importância do diagnóstico precoce para reduzir complicações.

Palavras chave: “dissecção aórtica”, “emergência”, “endovascular”

ABSTRACT

This article presents current practices and evidence on the management of aortic dissection in the emergency setting, highlighting the importance of early diagnosis to reduce complications.

Keywords: “aortic dissection”, “emergency”, “endovascular”

INTRODUÇÃO

A dissecção aórtica (DA) é uma condição médica grave, com a ruptura da túnica íntima da artéria aorta, provocando o extravasamento de sangue para os planos da túnica média, fazendo com que a túnica íntima fique afastada da adventícia. Essa condição instaura-se em decorrência de uma severa crise hipertensiva, de uma ruptura de um aneurisma, de uma iatrogenia ou até de um trauma. O objetivo desde artigo é fornecer uma revisão sobre o manejo da dissecção aórtica no cenário emergencial.

MATERIAL E MÉTODOS

Esse estudo é uma revisão bibliográfica de artigos científicos de 2012 a 2018 retirados da plataforma PubMed. Foram empregados os descritores “dissecção aórtica”, “emergência”, “endovascular”.

DISCUSSÃO

Na dissecção da aorta temos a classificação de Stanford e de DeBakey. A primeira classifica de acordo com o acometimento da aorta ascendente (tipo A) ou da aorta descendente (tipo B). Já a segunda, refere-se ao acometimento da aorta ascendente, dividida em tipo I (acomete desde a ascendente até a descendente), tipo II (restrita à ascendente) e tipo III (acomete apenas a descendente). 

O tratamento endovascular vem ganhando notoriedade na abordagem da dissecção tipo B. No entanto, ainda são necessários estudos para a definição de critérios para a sua indicação. A técnica cirúrgica mantém alta morbidade, apesar de ter obtido um substancial melhora de seus resultados a partir de aprimoramentos da técnica cirúrgica em ambos tipos de dissecção aórtica. Os resultados dependem da gravidade do paciente e da estrutura hospitalar ofertada. Os pacientes devem preferencialmente usar betabloqueadores, estatinas, fazer controle rigoroso da pressão arterial, evitar exercícios físicos extenuantes e manter acompanhamento médico.  

A abordagem na emergência com a terapêutica inicial tem como prioridade a diminuição da PA e o controle da frequência cardíaca para diminuir a agressão à parede da aorta. Após o uso de betabloqueadores, caso a PA sistólica se mantenha acima de 100-120 mmHg, a indicação do uso de vasodilatadores é válida. A nitroglicerina se mostrou eficaz em caso de emergência hipertensiva. A associação de analgésicos, junto ao vasodilatador, é importante para aliviar os sintomas e aumentar a eficiência no controle da PA e da frequência cardíaca. 

Na fase aguda da DA, as condutas cirúrgicas são reservadas caso haja complicações. A técnica endovascular é preferível.

CONCLUSÃO

Conclui-se que a abordagem emergencial inicial é essencial para redução de complicações.

Referências Bibliográficas:

1 Nienaber CA, Eagle KA. Aortic dissection: new frontiers in diagnosis and management: Part I: from etiology to diagnostic strategies. Circulation 2003; 108:628.

2 Hiratzka LF, Bakris GL, Beckman JA, et al. 2010 ACCF/AHA/AATS/ACR/ASA/SCA/SCAI/SIR/STS/SVM guidelines for the diagnosis and management of patients with Thoracic Aortic Disease: a report of the American College of Cardiology Foundation/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines, American Association for Thoracic Surgery, American College of Radiology, American Stroke Association, Society of Cardiovascular Anesthesiologists, Society for Cardiovascular Angiography and Interventions, Society of Interventional Radiology, Society of Thoracic Surgeons, and Society for Vascular Medicine. Circulation 2010; 121:e266.

3 Erbel R, Aboyans V, Boileau C, et al. 2014 ESC Guidelines on the diagnosis and treatment of aortic diseases: Document covering acute and chronic aortic diseases of the thoracic and abdominal aorta of the adult. The Task Force for the Diagnosis and Treatment of Aortic Diseases of the European Society of Cardiology (ESC). Eur Heart J 2014; 35:2873.

4 Tsai TT, Nienaber CA, Eagle KA. Acute aortic syndromes. Circulation 2005; 112:3802.


1Médica pela Fundação Técnico Educacional Souza Marques

2Graduando(a) de Medicina pela Fundação Técnico Educacional Souza Marques

3Graduanda de Medicina pela Universidade Estácio de Sá