O IMPULSO DA PANDEMIA NO AUMENTO EXPRESSIVO DOS ACIDENTES DE TRABALHO EM PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7116547


Autores:
Christian Diego Hernández Camacho
Nathália Santos Tigre
Sebastian Alonso Hernández Camacho
Isabella Passarelli Giabardo Marques
Laís Fernanda Crestani
Letícia Moelas Silva
Natalia Wendt Jacinto


RESUMO

A pandemia do Covid-19 atingiu o Brasil em meados de fevereiro de 2020 desde então o número de pessoas acometidas aumentou, ocasionando óbitos ou sérias comorbidades. Diversos países, em um certo ponto da pandemia, relataram o colapso do sistema de saúde, falta de recursos humanos, materiais e físicos para o atendimento a pacientes infectados com COVID-19. Além disso, a alta transmissibilidade do vírus, com uma capacidade de propagação maior do que o estimado no início da pandemia, aumentou do risco de exposição e doença ocupacional, especialmente entre profissionais de saúde, que cuidam dos pacientes contaminados. Enquanto às barreiras imunológicas não estão consolidadas e seguradas pela ciência, os trabalhadores de saúde, principalmente aqueles em contato com pacientes contaminados com o vírus, têm apenas barreiras físicas referentes aos equipamentos de proteção individual (EPI); higienização das mãos e do meio ambiente para proteção e minimização do risco de contágio. As diferentes condições de trabalho para assistência; os diferentes setores produtivos; a história da saúde de cada membro da equipe; conflito de papéis; as dificuldades nas relações interpessoais; e, os riscos biológicos ou psicossociais decorrentes da atividade profissional, podem ser potencializados pelos longos dias de trabalho, a falta de EPI e o possível estado de exaustão física, emocional e mental, impostas aos profissionais de saúde durante o período de Pandemia. Esses fatores devem servir para alertar os gestores dos serviços de saúde, sobre a necessidade de intensificar estratégias direcionadas para a promoção de saúde ocupacional e prevenção de doenças, como foi verificado em alguns estudos realizados. Dessa forma, estratégias de cuidado para a saúde do trabalhador são primordiais, não apenas para criar barreiras de proteção, mas também para oferecer cuidados e assistência abrangentes, incluindo as questões emocionais.

Palavras-chave: acidentes ocupacionais, acidentes de trabalho, coronavírus; Covid-19, pandemia; profissionais de saúde; gestão do trabalho em saúde.

ABSTRACT

The Covid-19 pandemic hit Brazil in mid-February 2020, since then the number of people affected has increased, causing deaths or serious comorbidities. Several countries, at a certain point in the pandemic, reported the collapse of the health system, lack of human, material and physical resources to care for patients infected with COVID-19. In addition, the high transmissibility of the virus, with a greater capacity to spread than estimated at the beginning of the pandemic, increases the risk of exposure and occupational disease, especially among health professionals, who care for infected patients. As for immunological barriers, they are not consolidated and insured by science, health workers, especially those in contact with patients infected with the virus, have only physical barriers related to personal protective equipment (PPE); hand hygiene and the environment to protect and minimize the risk of contagion. The different working conditions for assistance; the different productive sectors; the health history of each team member; role conflict; difficulties in interpersonal relationships; and, the biological or psychosocial risks arising from professional activity, can be enhanced by the long working days, the lack of PPE and the possible state of physical, emotional and mental exhaustion imposed on health professionals during the Pandemic period. These factors should serve to alert health service managers about the need to intensify strategies aimed at promoting occupational health and disease prevention, as verified in some studies. In this way, care strategies for workers’ health are essential, not only to create protective barriers, but also to offer comprehensive care and assistance, including emotional issues.

Keywords: occupational accidents, work accidents, coronavirus; Covid-19, pandemic; Health professionals; health work management.

1. INTRODUÇÃO

Com o objetivo de discorrer sobre o aumento expressivo dos acidentes de trabalho em profissionais da área saúde, é primordial a busca pelo conceito deste, em termos gerais, pode-se afirmar que se trata da lesão corporal sofrida pelo trabalhador na ocasião ou em decorrência do trabalho realizado como empregado. Também estão incluídas lesões que ocorrem na jornada habitual entre o local de trabalho e a casa do trabalhador (acidentes em itinerários) (MIRANDA et al., 2017).

O trabalho desempenha um papel importante e fundamental em nossas atividades sociais, indistintamente de gênero e abrangendo boa parte das faixas etárias da população. É considerado pelos estudiosos como uma atividade positiva desde que este consiga subsidiar as necessidades humanas, impedindo a ocorrência de qualquer exposição a riscos ocupacionais, originários de fatores químicos, físicos, mecânicos, ergonômicos, biológicos ou psicossociais, comprometendo de forma direta ou indireta a saúde dos trabalhadores (FIHO et al., 2020).

Os acidentes de trabalho, por si só já representam uma situação complexa que se tornou ainda mais crítica com a disseminação do vírus da Covid-19, patógeno altamente contagioso e de rápida disseminação, que colocou a população mundial em uma situação pandêmica, que resultou em números elevados de morte ou comorbidades decorrente da infecção. Em determinados períodos o país ocupou o segundo país com maiores casos da doença, uma letalidade de 2,9 e taxa de mortalidade de 76,7%, estando atrás somente dos EUA (VEGA et al., 2021).

Pode-se afirmar que os trabalhadores de todo e qualquer setor foram amplamente afetados pelo Covid-19, todavia é preciso frisar que os profissionais da área de saúde tornaram-se a linha de frente de combate a essa pandemia, sendo estes gravemente acometidos por essa condição, pois trata-se de profissionais cujo conhecimento e habilidades são necessárias para a recuperação e manutenção da saúde dos indivíduos. Estes profissionais na realização de suas funções estão constantemente expostos há uma grande quantidade de resíduos infectantes, materiais perfuro cortantes, fatores insalubres e contaminações de diversas infecções. Diante de tal premissa é de suma importância adotar uma cultura de segurança e proteção, oferecidas pelos gestores da instituição (responsáveis pela segurança de seus profissionais, colegas, pacientes e familiares) e principalmente pelos representantes governamentais por meio de políticas públicas (PAZ et al.,2014; LEONEL, 2021).

Importante salientar que é de responsabilidade também das instituições a capacitação e a educação de suas equipes, para que os profissionais sigam as medidas de segurança, evitando acidentes ou danos à saúde. no Brasil a norma Regulamentadora (NR) nº 326, preconiza sobre as diretrizes básicas referentes as medidas de proteção, saúde e segurança dos trabalhadores em unidades de saúde (engloba profissionais do Sistema Único da Saúde e particulares) BRASIL, 2011; BRASIL, 2017). 

2. DESENVOLVIMENTO

Como salientado um acidente de trabalho ocorre mediante o exercício de atividades laborais, provocado por lesões corporais ou perturbações funcionais, de caráter temporário ou permanente, que podem causar desde um simples afastamento, a perda ou a redução da capacidade do trabalho, em casos mais graves leva os trabalhadores a consequências fatais como a morte (BARBOSA, 2020).

No Brasil são considerados acidentes de trabalho as seguintes situações: acidentes que ocorrem no trajeto entre a residência e o local da atividade de trabalho de segurado; doenças profissionais, que são aquelas produzidas ou desencadeadas por meio das atividades peculiares a serem realizadas; doença de trabalho adquirida ou desencadeada em funções de condições especiais e que se conecte com as atividades desenvolvidas em âmbito laboral (FIHO et al., 2020).

É primordial que existam práticas capazes de reduzir ou minimizar o número de acidentes e doenças laborais, através da promoção de um ambiente seguro e de práticas saudáveis em todos os setores produtivos. Pois, nos últimos anos os números de acidentes de trabalho são alarmantes. No ano de 2021, foram registradas 571,8 mil notificações de acidentes de trabalho, segundo dados do Observatório de Saúde e Segurança do Trabalhador mantido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), o que significou um aumento de 28% quando comparado a 2020, que somou 446.881 casos, destes números, 2.487 são notificações de mortes, uma alta de 33% frente a 2020, que terminou com 1.866 óbitos (GRANDCHAMP, 2021).

2.1 Números de acidentes de trabalho

Infelizmente os números podem ser ainda mais alarmantes, quando se considera as taxas de subnotificações e a soma de uma pandemia mundial que resultou em diversas mortes. O MPT constatou em sua pesquisa que o número real de acidentes de trabalho, pode ser superior até 20% dos números oficialmente registrados em 2021, chegando assim a 686 mil casos no ano. Os dados elenca uma expressiva preocupação, pois representam problemas de saúde pública, que representam um afastamento temporário ou por toda a vida, causando impactos sociais e econômicos para o país (NAÇÕES UNIDAS BRASIL, 2022).

Estudiosos afirmam que os casos subnotificados sejam mediados pela provável falta de conscientização do risco por parte dos trabalhadores e dos gestores, por medo de desemprego, pela falta de adequado conjunto de serviços em atendimento ao trabalhador, devido a dificuldades de sistemas de informação, ou até mesmo pela descrença da importância do acidente do trabalho e suas ocorrências. Portanto é fundamental ofertar informações de qualidade no que tange aos agravos relacionados a trabalho, reconhecendo assim a urgência de ações que visem a melhoria das condições de trabalho, da saúde dos trabalhadores, com consequente redução de acidentes laborais (SOARES et al., 2019).

Quando afunila-se em relação ao setor de atendimento de saúde, verificou que nos anos de 2020 e 2021, devido à pandemia registou se 33 mil Comunicações de Acidentes de Trabalho (CAT), CATs e 163 mil afastamentos com casos de COVID-19. De acordo com as Nações Unidas Brasil (NUB, 2022), as ocupações mais frequentemente informadas foram:

◉ Técnicos de enfermagem (35%);
◉ Enfermeiros (12%);
◉ Auxiliares de enfermagem (5%);
◉ Faxineiros (3%) e auxiliares de escritório (3%)

Quanto aos afastamentos, as ocupações mais atingidas no biênio foram:

◉ Faxineiros (5%),
◉ Vendedores de comércio varejista (4%),
◉ Alimentadores de linha de produção (4%),
◉ Auxiliares de escritório em geral (3%) e
◉ Motoristas de caminhão (3%).

É preciso observar que o conjunto de ocupações e de notificações realizadas demonstram que os profissionais do setor de atendimento hospitalar foram os mais atingidos no que tange os acidentes de trabalho de 2020 e 2021. Para exemplificar a citada afirmação, pode-se realizar uma observação, que durante o ano pandêmico os técnicos de enfermagem, não apenas sofreram a maior quantidade de acidentes notificados, em relação às demais profissões, como também passaram de um total de 6% do biênio 2018- 2019 (59.094 CATs) para 9% do total (72.326 CATs) no biênio 2020-2021, um aumento expressivo de 22%. Levando as notificações para todo o setor de atividade de atendimento hospitalar, verificou-se que houve um aumento de 11% no biênio 2018-2019, passando para 14% do total nos anos de 2022-2021, em números o biênio anterior apresentou 105.278, enquanto nos de 2020-2021 foram 116.456 notificações) (NAÇÕES UNIDAS BRASIL, 2022).

A pesquisa realizada pelo Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, destaca ainda os casos de subnotificações, visto que no ano de 2021, não houve comunicação prévia de acidentes de trabalho em cerca de 20% dos benefícios acidentários concedidos pelo INSS, percentual muito próximo da média da série histórica de dez anos considerada, de 21,7%. Tal percentual refere-se há casos de acidentes mais graves, que geram afastamentos e benefícios, em razão do Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP), tornando a subnotificação ainda mais preocupante, pois sem dados referentes ao total de ocorrências, presenciasse ainda um desafio muito maior na elaboração de políticas públicas de prevenção de acidentes, impedindo assim que os direitos trabalhistas sejam concedidos (NAÇÕES UNIDAS BRASIL, 2022).

Percebe-se assim que os riscos ocupacionais correspondem a variáveis que tornam o trabalhador suscetível a doenças, sejam elas mentais ou físicas. Essas variáveis podem causar danos à saúde do trabalhador e caracterizam-se por sua natureza biológica, química, ergonômica, física e acidental (mecânica). Cada trabalhador pode estar exposto a tais riscos dependendo do ambiente e do tipo de trabalho realizado. Quando essa preocupação passa para os profissionais de saúde que realizam atividades de trabalho em instituições de saúde, surge toda a natureza dos riscos acima mencionados (OPAS, 2021).

O agente de saúde é delineado como alguém que trabalha em ambiente de saúde, seja empregado em serviços de limpeza, portaria ou administração, ou mesmo médicos, enfermeiros, técnicos de saúde que são popularmente chamados de profissionais de saúde. É importante e válido ressaltar que os profissionais de saúde, vistos como um todo, estão expostos a diferentes riscos ocupacionais, momento em que entram no serviço (OMS, 2020).

Durante a pandemia COVID-19, os riscos aos quais os trabalhadores são expostos são acentuados, pois é transmitido por gotículas e contato com fluidos e superfícies contaminadas, tem alta infectividade e baixa patogenicidade, até agora os efeitos disso não são conhecidos a longo prazo, tendo em vista ser uma nova cepa descoberta em 2019, e que continua a ser estudado. Os acidentes de trabalho são considerados um sério agravo à saúde dos trabalhadores, sendo considerado importante problema de saúde pública (OMS, 2021).

Os agentes biológicos de infecções respiratórias são perigosos porque são invisíveis, ou seja, não perceptíveis à visão, são facilmente transmitidos. O contato corpo-a-corpo, gotículas e aerossóis presentes no espirro e saliva ou causados por procedimentos técnicos, correspondem a meios de propagação de materiais biológicos do trato respiratório que podem culminar em uma condição infecciosa, leve, moderada ou grave, e que causa medo nos profissionais de saúde devido à possibilidade de contaminação e incerteza sobre suas consequências (CARVALHO, 2022).

Os patógenos responsáveis pelas doenças respiratórias são difíceis de controlar. A limpeza constante das mãos, por ser um local de fácil disseminação de vírus e bactérias, o uso de EPIs como máscaras descartáveis, luvas, um ambiente ventilado com circulação frequente e adequada de ar preso, são medidas que contribuem para a prevenção e minimização das consequências dos riscos ocupacionais presentes no ambiente de trabalho dos profissionais de saúde. No entanto, ao analisar os riscos ocupacionais dos profissionais de saúde diante de infecções respiratórias, observou-se a preocupação com o aumento do uso de desinfetantes, detergentes, sabonetes, álcoois, hipoclorito de sódio, entre outros materiais de limpeza, gera riscos ocupacionais de origem química (TEIXEIRA et al., 2020). 

O uso constante de materiais químicos pode corroborar o aparecimento de processos alergênicos, dermatites, desordens da pele e membranas mucosas, dores de cabeça e irritabilidade quando há odores marcados, entre outros.

Embora a pandemia se concentre apenas no risco biológico como a maior preocupação, o risco físico também está presente, enquanto há aumento do uso de equipamentos de proteção individual que podem colocar pressão constante na pele e causar lesões, como máscaras e óculos, proteção, além do uso de aventais protetores e coberturas que limitam o acesso dos profissionais de saúde a eliminações fisiológicas e a ingestão de água e comida (LIMA et al., 2017).

Os riscos relacionados aos acidentes diminuem devido ao uso constante de equipamentos de proteção em tempos de pandemia, apesar disso, não pode ser completamente eliminado do ambiente de trabalho, sendo necessário manter a atenção quanto à possibilidade de seu aparecimento, para que sejam evitados e/ou minimizados em uma possível ocorrência (BARBOSA et al., 2017).

Além dos riscos ocupacionais mencionados e discutidos acima, há outro de igual importância voltado à saúde mental dos trabalhadores, esse é o risco psicossocial. O risco psicossocial teve e tem forte incidência em período de pandemia, visto que o vírus ainda se encontra circulante, provocando medo e incertezas sobre a patologia tornando o trabalhador suscetível a doenças mentais. Portanto, os riscos ocupacionais aos quais os profissionais de saúde estão expostos em tempos de pandemia COVID-19 correspondem aos mesmos riscos da rotina convencional das instituições de saúde, contudo agravados por se tratar de uma patologia pouco conhecida (GUARCELL, 2020). 

No entanto, observa-se que alguns são exacerbados em detrimento de outros, como o risco biológico, que apresenta maior carga viral devido à maior circulação de pessoas suspeitas ou confirmadas pelo vírus em instituições de saúde. As medidas de proteção devem então ser reforçadas, contribuindo para o surgimento de outros riscos ocupacionais. Com isso, é preciso manter uma visão constante delas para prevenir e minimizar os danos aos trabalhadores (SANT’ANA, et al., 2020).

É importante afirmar que todo trabalhador que sofre acidente de trabalho ou doença ocupacional tem direito a benefícios previdenciários e benefícios econômicos. Entre os benefícios assistenciais estão: assistência médica, cirúrgica, terapêutica e farmacêutica, serviços de internação, serviço odontológico, fornecimento de medicamentos, serviços auxiliares de diagnóstico e tratamento, próteses e órteses, sua reparação, e sua substituição apenas em casos de deterioração ou desajuste, quando a critério da reabilitação é recomendado, reabilitação física e profissional, despesas de transferência, em condições normais que são necessárias para o prestação desses serviços, sem gerar custos para o trabalhador (BARBOSA, 2020).

Entre os benefícios econômicos estão:  I) auxílio-doença por invalidez temporária correspondente a 100% de sua renda básica de contribuição; (II) compensação por incapacidade permanente parcial em caso de sequelas resultando em percentuais de perda da capacidade de trabalho superior a 5 % e inferiores a 50%; (III) aposentadoria por invalidez em caso de sequelas resultando em uma taxa de perda da capacidade de trabalho superior ou igual a 50 %; (IV) Pensão dos sobreviventes em caso de morte do agente de saúde; e  (V) assistência funerária (BARBOSA, 2020).

A pandemia coronavírus resultou em uma grave crise humanitária global, que afetou diretamente os trabalhadores em todas as partes do mundo, demonstrou de forma cruel a fragilidade crescente de ambos os mecanismos de assistência e promoção da saúde do trabalhador, como a prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, evidenciando o progressivo desgaste da rede de segurança social e de direitos. Neste contexto, houve um forte clamor dos trabalhadores para classificar o COVID-19 como doença profissional (FIHO et al., 2020).

 As entidades sindicais pedem a incorporação de outro direito que reforçar a necessidade de proteção eficaz no local de trabalho e atenção à saúde do trabalhador. A evolução e rápida disseminação da pandemia mundial, reforçou a importância dos trabalhadores, ficando evidenciado a necessidade de consolidar os direitos destes, assegurando assim o seu bem-estar. De fato, o aparecimento de surtos COVID-19 afetou diferentes categorias profissionais e diferentes processos e locais de trabalho, bem como, o número crescente de doenças e mortes de trabalhadores no mundo (OMS, 2021).

Na verdade, a demora em fornecer as devidas condições de trabalho, com o fornecimento de todos os EPIs, de forma adequada e suficiente e na promoção do registro desses fatos como acidentes de trabalho, ou mesmo em reconhecer os direitos desses trabalhadores e suas famílias, não fez mais do que confirmar, de uma forma séria, abrupta e em grande escala, o gradual e transformação crescente e crise no mundo do trabalho, agravada por políticas neoliberais em um processo incessante de precariedade e perda de direitos ao longo do tempo (TEIXEIRA et al., 2020).

Deve-se notar que, em teoria, trabalhadores da linha de frente na resposta ao Pandemias são claramente mais expostos, e não apenas para o perigo de infecção pelo novo coronavírus, morte, doença e possíveis sequelas, mas também outros danos à saúde, como a fadiga de longas horas de trabalho, sofrimento psicológica, síndrome de burnout e vários problemas de saúde mental devido estresse crônico, experiências traumáticas, estigma e violência (FIHO et al., 2020).

A COVID-19 é um grande desafio, como os trabalhadores em muitas ocupações que nãos profissionais de saúde enfrentam um alto risco de exposição ao vírus. Na verdade, não é apenas os trabalhadores da saúde que foram atingidos, mas sim uma longa lista de atividades que necessitam de contato direto com o público, consequentemente proximidade física com outras pessoas, como trabalhadores no comércio, lojas, bares, restaurantes e serviços de entrega etc. Na outra tangente, encontra-se os profissionais que puderam trabalhar em home office, mesmo sendo considerados serviços essenciais (LEONEL, 2022).

A divulgação transparente e oportuna de informações sobre a transmissão do SARS-CoV-2 em estabelecimentos de saúde e na comunidade deve fazer parte da prevenção primária em todas as categorias de risco. Profissionais de saúde, independentemente de a categoria, que realizou atendimento pré-hospitalar, tinha um risco aumentado de exposição e contaminação, devido à ignorância do tipo de patologia que ele tinha o paciente atendeu, consequentemente, ao não uso dos EPI apropriados durante a prática de trabalho (NAÇÕES UNIDAS BRASIL, 2021). Na tabela abaixo é possível visualizar os níveis de risco de acordo com o local de trabalho e atividades realizadas.

TABELA 1 – NÍVEIS DE RISCO NO LOCAL DE TRABALHO, TAREFAS E MEDIDAS CORRESPONDENTES PARA A PREVENÇÃO PRIMÁRIA E MITIGAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO SARS-COV-2 ENTRE OS PROFISSIONAIS DA SAÚDE

NÍVEL DE RISCOEXEMPLOS DE TAREFASEXEMPLO DE MEDIDAS DE PEXEMPLO DE MEDIDAS DE PREVENÇÃO E MITIGAÇÃODE P
RISCO BAIXO
(cautela)
Tarefas administrativas que não envolvam contato com pacientes e visitantes ou contato próximo com outros colegas de trabalho. Por
exemplo, serviços de telessaúde, entrevistas remotas com pacientes com suspeita ou confirmação de COVID-19 ou com seus contatos, trabalho em escritórios individuais ou de baixa densidade.
Estabelecimentos de saúde:
• organizar trabalho e telesserviços remotos, sempre que possível e apropriado;
• fornecer ventilação mecânica ou natural sem recirculação; organizar a limpeza e desinfecção ambiental periódica; introduzir medidas para evitar aglomeração e encontros sociais e incentivar os trabalhadores a observar o distanciamento físico seguro;
• introduzir medidas para evitar o compartilhamento de estações de trabalho e de equipamentos;
• estabelecer políticas flexíveis para licença médica.
Trabalhadores: ficar em casa se estiver doente; observar a higiene respiratória e de mãos; usar máscaras de tecido em áreas comuns e encontros presenciais.
RISCO MÉDIOEmpregos ou tarefas com contato próximo e frequente com pacientes, visitantes, fornecedores e colegas de trabalho, mas que não requerem contato com pessoas com suspeita ou confirmação de infecção por SARSCoV-2. Em contextos com suspeita ou confirmação de transmissão comunitária do SARS-CoV-2, esse nível de risco pode ser aplicado a trabalhadores que têm contato relacionado ao trabalho próximo e frequente com outras pessoas em um estabelecimento de saúde ou na comunidade em que pode ser difícil manter um distanciamento físico seguro.
Em contextos sem transmissão comunitária, esse cenário pode incluir contato próximo e frequente com pessoas vindas de áreas com confirmação ou suspeita de transmissão comunitária.
Estabelecimentos de saúde:
• considerar alternativas às consultas ambulatoriais presenciais usando serviços de telessaúde onde isso for viável e apropriado;
• providenciar painéis de proteção, barreiras e modificações no local de trabalho e ventilação natural ou mecânica sem recirculação;
• organizar rastreamento e triagem para o reconhecimento precoce de pacientes com suspeita de COVID-19 e implementação rápida de medidas de controle da fonte;
• organizar a limpeza e desinfecção ambiental periódica;
• introduzir medidas para evitar aglomeração e contato social, como restringir visitantes e designar áreas onde os pacientes não podem entrar;
• incentivar os trabalhadores a observar o distanciamento físico seguro quando não estiverem usando EPI (por exemplo, nas salas de intervalo e refeitórios);
• dar treinamento sobre PCI e EPI adequado em quantidade e qualidade suficiente;
• estabelecer políticas flexíveis para licença médica.
Trabalhadores:
• ficar em casa se estiver doente;
• observar a higiene respiratória e de mãos;
• usar máscaras cirúrgicas e outros EPIs de acordo com suas tarefas e aplicar as precauções padrões durante a atenção aos pacientes. Pacientes, visitantes e fornecedores:
• observar a higiene respiratória e de mãos;
• em locais com transmissão comunitária ou em clusters, usar máscaras cirúrgicas ou de tecido.
RISCO ALTOTriagem clínica com entrevista pessoal de pacientes com sinais e sintomas de COVID-19; limpeza de áreas de rastreamento e isolamento; entrar em quartos ou áreas de isolamento ocupados por pacientes com confirmação ou suspeita de COVID-19; realizar exame físico e prestar atenção
direta não envolvendo procedimentos geradores de aerossol em pacientes com confirmação ou suspeita de COVID-19; manipulação de amostras respiratórias, manuseio de secreções respiratórias,
saliva ou dejetos de pacientes com COVID-19; transporte de pessoas com confirmação ou suspeita de COVID-19 sem separação física entre o motorista e o passageiro; limpeza entre os transportes de pacientes com suspeita de COVID-19.
Estabelecimentos de saúde:
• implementar controles administrativos, ambientais e de engenharia para PCI
e fornecer EPI em quantidade e qualidade suficiente;
• providenciar ventilação reforçada, sem recirculação, com projeto direcional de fluxos de ar de “limpo para menos limpo”;
• organizar a limpeza e desinfecção ambiental periódica;
• introduzir medidas para evitar aglomeração e contato social e restringir trabalhadores e visitantes não essenciais;
• fornecer treinamento periódico em PCI, inclusive sobre o uso de EPI;
• estabelecer políticas flexíveis para licença médica.
Trabalhadores e cuidadores:
• usar EPI com base nas precauções baseadas na transmissão (máscara cirúrgica, bata, luvas, proteção ocular) e aplicar as precauções padrão na atenção aos pacientes;
• ficar em casa se estiver doente;
• observar a higiene respiratória e de mãos.
Pacientes, visitantes e fornecedores:
• usar máscaras cirúrgicas ou de tecido;
• observar a higiene respiratória e de mãos.
RISCO MUITO ALTOTrabalhar com pacientes comCOVID-19 em que procedimentos Estabelecimentos de saúde:
• implementar controles administrativos, ambientais e de engenharia para PCI geradores de aerossóis (por exemplo, e fornecer EPI em quantidade e qualidade suficiente; intubação traqueal, ventilação não invasiva, traqueostomia, ressuscitação cardiopulmonar, ventilação manual antes da intubação, indução de escarro, broncoscopia, procedimentos de autópsia, procedimentos odontológicos que usam equipamentos que geram
spray) são realizados com frequência; trabalhar com pessoas infectadas em ambientes fechados, superlotados e sem ventilação adequada.
Estabelecimentos de saúde:
• implementar controles administrativos, ambientais e de engenharia para PCI e fornecer EPI em quantidade e qualidade suficiente;
• providenciar ventilação mecânica com filtros HEPA sem recirculação;
• introduzir medidas para evitar aglomeração e contato social e para restringir o acesso de trabalhadores não essenciais e visitantes;
• fornecer treinamento periódico em PCI e treinamento sobre paramentação e desparamentação de EPI;
• estabelecer políticas flexíveis para licença médica.
Trabalhadores:
• ficar em casa se estiver doente;
• observar a higiene respiratória e de mãos;
• usar EPI (respirador N95 ou FFP2 ou FFP3, bata, luvas, proteção ocular, avental) e aplicar as precauções padrão durante a atenção ao paciente.
 
Fonte: OPAS, PCI: prevenção e controle de infecção; EPI: equipamento de proteção individual.

2.1 O perfil dos trabalhadores

Pesquisas realizadas pela Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) e o Centro de Estudos Estratégicos (CEE/Fiocruz), identificou médicos, enfermeiros, odontologistas, engenheiros (segurança do trabalho, sanitarista), farmacêuticos e demais categorias de profissionais da área da saúde, em mais de dois mil municípios foram identificados, estabelecendo o seguinte perfil profissional: Número majoritário de mulheres (77,6%); maior parte da equipe composta por enfermeiros (58,8%), seguida pelos médicos (22,6%), fisioterapeutas (5,7%), odontólogos (5,4%) e farmacêuticos (1,6%), com as demais profissões correspondendo a 5,7%. É importante destacar que do total destes profissionais em torno de 25% foram contaminados pelo vírus da Covid-19 (LEONEL, 2022).

O levantamento identificou ainda que a faixa etária predominante nas equipes de saúde estavam em torno dos 36 e 50 anos (44%); trabalhadores jovens, com até 35 anos (38,4%), demonstrando importante representatividade vejo no trabalho assistencial. Em relação a cor ou etnia 57,7% declararam-se brancos, 33,9% pardos e 6% pretos. Do número total de pesquisados verificou-se que 34 5% dos profissionais realizam suas atividades laborais em hospitais públicos, sendo 25,7% na atenção primária e 11 2% em hospitais particulares, em sua maioria concentrada nas capitais e regiões metropolitanas (60%). (LEONEL, 2022).

O questionário utilizado para identificar as condições de trabalho dos profissionais de saúde no contexto da Covid-19, em nosso país contou com a participação de mais de 25000 profissionais, destes aproximadamente 16000 representa os profissionais da área da saúde. Enquanto as demais categorias inclui técnicos auxiliares e trabalhadores de nível médio, tornando a pesquisa inédita (NUB, 2022).

A pandemia revelou o quanto é essencial o cuidado como a saúde, revelando consecutivamente a importância dos profissionais dessa área, visto que em muitas situações não são que considerados ou respeitados em suas atividades profissionais. as pesquisas revelaram um estado de exaustão e sofrimento dos profissionais durante todo este período pandêmico, os quais foram inseridos neste contexto e já se apresentavam adoecidos ou cansados, agravando ainda mais os quadros (OMS, 2020).

2.2 Destaque para os riscos psicossociais em profissionais de saúde

O trabalho insere o indivíduo na sociedade, gerando uma influência direta sobre as condições de vida e aspectos do bem-estar físico e psicológico. Em tempos de pandemia, os profissionais de saúde vivenciam uma realidade que contrasta com esse conceito, uma vez que têm sido marcados por ajudar clientes em condições de saúde cada vez mais críticas e que precisam de respostas individuais à sua real situação, em um ambiente que possa favorecer a doença das diferentes categorias profissionais que nelas trabalham (BARROS-DELBEN et al., 2020). 

Ressalta-se aqui que os profissionais de enfermagem possuem características hierárquicas e conflitantes, que buscam sua identidade científica na prestação de cuidados. Além das dificuldades derivadas do trabalho em si e do esgotamento emocional que resulta da convivência com pessoas doentes e suas famílias frágeis, o profissional ainda enfrenta situações de risco, baixos salários, falta de reconhecimento e estresse no ambiente de trabalho, em meio a diversas concepções e culturas (SCHMIDT et al., 2020).

Durante a pandemia causada pelo novo coronavírus, os profissionais de saúde tiveram que aumentar sua carga horária devido a um grande volume de pacientes com sinais e sintomas de COVID-19, associados à escassez de pessoal, como em alguns locais, os trabalhadores que fazem parte do grupo em risco de contrair a doença foram retirados do trabalho. Portanto, a sobrecarga e a fadiga extrema podem desafiar ainda mais o sistema imunológico e aumentar a suscetibilidade ao COVID-19 entre os profissionais de saúde (BARROS-DELBEN et al., 2020).

Outras consequências negativas foram a escassez de equipamentos de proteção individual, muitas vezes sentindo a obrigação de comprar algo que era dever da instituição de saúde prover, a hesitação em detectar qual paciente priorizar primeiro, a falta de equipamentos de ventilação, salas em que não estão isolados uns dos outros e pacientes em leitos nos corredores e incertezas sobre o tratamento mais eficaz (SCHMIDT et al., 2020).

Além disso, os profissionais de saúde às vezes se distanciam de suas famílias, pessoas que contribuem para uma melhor gestão dos problemas encontrados no trabalho. A não prática de atividades de lazer, como ir ao shopping, fazer exercícios físicos, considerar entretenimento que aliviaria aflições e tensões, medidas obrigatórias para prevenir a propagação da doença, também corroboram o aumento dos riscos psicossociais a que os profissionais de saúde estão expostos. (WEIDE et al., 2020).

Diante dessa situação, alguns serviços se sensibilizaram e passaram a oferecer lanches surpresa aos profissionais da linha de frente, estudantes de engenharia e saúde desenvolveram equipamentos de proteção individual para distribuir aos hospitais, serviços hoteleiros prestados quartos para profissionais que permanecem gratuitos, lavanderias hospitalares no ato de distribuir roupas particulares têm escrito mensagens de motivação e graças a esses profissionais e algumas instituições têm intensificado seu apoio psicológico interno, contribuindo positivamente para sua saúde mental (BARROS-DELBEN et al., 2020).

Devido aos fatos supracitados, ressalta-se que as medidas que farão a diferença e ajudarão a restaurar o bem-estar psicossocial no exercício da profissão são: contato com familiares e amigos através das redes sociais, exercícios respiratórios que reduzem ansiedade, práticas de atividade, alternativas ao cuidado como meditação, aromaterapia, musicoterapia, não consumo de bebidas alcoólicas, alimentos saudáveis e não calóricos, desenvolvimento da espiritualidade, entre outros (SCHMIDT et al., 2020).

CONCLUSÃO

O cenário pandêmico do COVID-19 causou incertezas para os profissionais de saúde que trabalharam na linha de frente e lidaram diretamente com o vírus. As características epidemiológicas do novo coronavírus e seu funcionamento a longo prazo não são totalmente compreendidas. Por isso, os riscos ocupacionais que os trabalhadores estão envolvidos em seu cotidiano têm sido exacerbados em alguns pontos, tendo em vista o nível de infectividade que o vírus tem e as consequências disso para a saúde física e mental de toda a sociedade. É essencial conhecer e controlar os riscos aos quais os profissionais de saúde estão expostos, estabelecendo estratégias de prevenção e minimização de doenças.

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