O IMPACTO DAS REDES SOCIAIS NO DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALUNO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10576603


Leandro Rodrigues Ferreira


RESUMO

Realizou-se uma pesquisa bibliográfica que teve como objetivo discutir o impacto que as redes sociais podem apresentar ao aluno no seu desenvolvimento educacional. Tendo como principais teóricos: Bagno (2002), Lévy (1999), Neves (2014), Recuero (2009), entre outros. Em toda e qualquer ferramenta, seja ela material ou virtual, apresentam-se aspectos benéficos e maléficos e, com as redes sociais, não é diferente, pois estamos falando de manifestações tecnológicas que trazem muita praticidade em termos de comunicação e uma amplitude de formas de interação profissional e pessoal. Nesta perspectiva, com ênfase no impacto que o universo virtual tem causado frente à sociedade, as Instituições de ensino precisam se adequar o quanto antes, às novas ferramentas que a tecnologia disponibiliza, pois são muito úteis quando usadas da forma correta, com vista a dinamizar as práticas de ensino, sendo que os alunos não suportam mais apenas o livro didático como recurso para aprendizagem. Esta pesquisa possibilitou a assimilação de ideias relacionadas ao uso das redes sociais e apresenta o dimensionamento dos impactos causados no desenvolvimento educacional do aluno.

Palavras-chave: Redes Sociais. Tecnologia. Escola. Educandos.

Introdução

Em toda e qualquer ferramenta, seja ela material ou virtual, apresentam-se aspectos benéficos e maléficos e, com as redes sociais, não é diferente, pois estamos falando de manifestações tecnológicas que trazem muita praticidade em termos de comunicação e uma amplitude de formas de interação profissional e pessoal. Recuero (2009) relata que comunidades Virtuais, Sociedade em Rede – o manifesto e a popularização dessas e outras expressões asseguram para o reconhecimento das ligeiras e profundas modificações nas formas como nós falamos uns com os outros que estão em curso. Com a chegada de novos implementos tecnológicos e com tantos avanços, nossa rotina de estudos e trabalho pode sofrer mudanças significativas ao realizar qualquer consulta e em um mesmo clique podemos ter o mundo em nossas mãos.

Desse modo, propicia a interatividade entre alunos e professores, ampliando ainda mais as unidades de ensino a distância. A educação a distância surge como uma modalidade de ensino que amplia as possibilidades de ensinar e de aprender, bem como de formar professores. Para que possamos utilizar as redes sociais em função do ensino-aprendizagem, ou seja, como forma de contribuição na formação escolar, é necessário que os professores e orientadores tomem alguns cuidados indispensáveis ao relacionar temas e ao incentivar esse tipo de tecnologia da informação, pois é por meio deles que o professor também pode interagir com seus alunos.

Nessa perspectiva, o objetivo primordial deste estudo é, pois, investigar os impactos que as redes sociais podem apresentar ao aluno no seu desenvolvimento educacional. 

Com vista a alcançar os objetivos propostos, utilizou-se como recurso metodológico, a pesquisa bibliográfica, realizada a partir da análise detalhada de materiais já publicados na literatura, leitura de livros e artigos científicos divulgados no meio eletrônico.

O texto em questão foi fundamentado à luz das concepções teóricas de Bagno (2002), Lévy (1999), Neves (2014), Recuero (2009), entre outros.

Desenvolvimento

O CIBERESPAÇO: COMO FUNCIONA

.É notável que as novas ferramentas virtuais favoreçam consideravelmente a comunicação entre sujeitos. Lévy (2009) salienta que o ciberespaço concede o ajustamento de muitos dispositivos e interfaces interativos, que possibilita a co-construção, tais como: o correio eletrônico, as conferências eletrônicas, o hiperdocumento compartilhado, os conjuntos avançados de aprendizagem ou de funções cooperativas.

Nessa interação virtual entre pessoas, apresentam-se muitas formas de comunicação, entre estas o e-mail, que é, com certeza, um dos mais utilizados no ciberespaço, que é o universo das redes digitais. Lévy (1999, p. 93) define “o ciberespaço como o espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos computadores”. Nessa perspectiva, entendemos que, com a difusão do e-mail, diminuiu-se a utilização de cartas escritas a punho, pois a adesão dos correios eletrônicos se tornou cada vez mais usual no ciberespaço.

Lévy (1999, p.95) enfatiza aspectos que facilitam a nossa compreensão: 

Para entender melhor o interesse despertado pelo correio eletrônico (‘e-mail”, em Inglês), é preciso compará-lo ao correio tradicional e ao fax. Em primeiro lugar, as mensagens recebidas em uma caixa postal eletrônica são obtidas em formato digital. Podem, portanto, ser facilmente apagadas, modificadas e classificadas na memória do computador do receptor, sem passar pelo papel. 

Dessa forma, inferimos que os adeptos dessa ferramenta digital, de certo modo, contribuem para a preservação do meio ambiente, sendo que, com o uso tradicional do correio, para escrever um texto curto, teríamos de gastar uma folha de papel, implicando assim a necessidade maior de matéria-prima, causando mais desmatamento florestal.

Recuero (2009) ressalta que entender redes sociais, portanto, é analisar os padrões de conexões vistos no ciberespaço. É usar uma metáfora em sua estrutura para compreender unidades dinâmicas e de formação dos grupos sociais. Quando acessamos as redes, estamos diante de um universo cultural, pois as pessoas apresentam diversas manifestações distintas, tornando um ambiente virtual mistificado, onde as pessoas aceitam as ideias, as tendências, pois não há um padrão a ser seguido. (NEVES, 2014, P.72)

Esse momento quebra com totalidade impostas e cria micro totalidades dinâmicas, toda mensagem abordada no ciberespaço está conectada com outras mensagens, comentários, pessoas que se interessam pelo mesmo assunto em fóruns do aqui e agora. É uma comunicação recíproca, interativa, ininterrupta. A densidade dos vínculos e a velocidade das circulações são tais que os atores da comunicação não sentem dificuldade para partilhar o mesmo contexto. O ciberespaço vai realizar uma forma universal não totalizante, diferente da escrita estática. Ele não gera uma cultura universal por estar de fato em toda parte, mas sua forma ou ideia implica direito à totalidade dos seres humanos. 

Para Recuero (2009, p. 25), “uma rede social é definida como um conjunto de dois elementos: atores (pessoas, instituições ou grupos; os nós da rede) e suas conexões (interações ou laços sociais)”. Essa interação pode ser constituída entre membros da rede, com a comunicação individual ou pode ser ampliada com a criação de grupos que facilitam a comunicação coletiva. Essa interação funciona para levantar discussões, polêmicas, trazer reflexões como também exerce uma ponte para propagandas, etc. As redes estabelecem uma influência social, econômica e política, pois essas ferramentas contribuem no momento da construção e desconstrução de imagens e de difusão de ideias.

Dentro das redes, há atores que se apropriam do espaço e apresentam manifestações próprias, como no facebook expressam a emoção, felicidade, tristeza, paixões, etc. (RECUERO, 2009, p.28):

Em sistemas como o Facebook, os usuários são identificados pelos seus perfis. Como apenas é possível utilizar o sistema com um login e senha que automaticamente vincula um ator a seu perfil, toda e qualquer interação é sempre vinculada a alguém. Para tentar fugir desta identificação, muitos usuários optam por criar perfis falsos e utilizá-los para as interações nas quais não desejam ser reconhecidos pelos demais. 

Dessa forma, os atores, em alguns casos, apropriam-se de seus perfis e criam uma imagem; que dificultam a identificação pessoal, fazem o uso das redes para criar outra identidade e se comunicar virtualmente como se fosse outra pessoa. Esses atores são os sujeitos envolvidos na comunicação virtual das redes, criando laços sociais que são representados por um perfil que funciona como sua identidade no ciberespaço. Para Recuero (2009, p. 27), “essas apropriações funcionam como uma presença do “eu” no ciberespaço, um espaço privado e, ao mesmo tempo, público”.

 AS REDES SOCIAIS E A LEITURA

As redes sociais estão consideravelmente ganhando espaço no cenário social, pois podemos assegurar que muitas pessoas já estão lidando com essa manifestação tecnológica como vício, principalmente os jovens, que tratam esse aparato como ferramenta indispensável no seu cotidiano.

 Cada vez mais, podemos perceber que o uso das redes sociais, de certo modo, faz as pessoas reféns dos recursos disponíveis em seus aplicativos, sendo que o sujeito fica conectado constantemente independente de qualquer coisa. O uso desenfreado dessa ferramenta pode causar consequências irreparáveis para os jovens mediante as práticas escolares, pois a forma como a maioria dos jovens tem utilizado os mecanismos dessas redes interfere, de algum modo, no desenvolvimento dos alunos frente ao processo de leitura.

Nesse sentido, é importante elencar que o tempo que esses alunos poderiam explorar para realizar leituras de livros que, realmente, possam ter significação para sua vida, ou seja, que traga alguma contribuição para a formação do conhecimento crítico e reflexivo, esses momentos os alunos acabam desperdiçando apenas com a alimentação do vício, que é propagado com o uso das redes sociais. (RECUERO, 2009, p.89)

Os sistemas sociais e as redes sociais, assim, estão em constante mudança. Essa mudança não é necessariamente negativa, mas implica o aparecimento de novos padrões estruturais. A mediação pelo computador, por exemplo, gerou outras formas de estabelecimento de relações sociais. As pessoas adaptaram-se aos novos tempos, utilizando a rede para formar novos padrões de interação e criando novas formas de sociabilidade e novas organizações sociais. Como essas formas de adaptação e auto organização são baseadas em interação e comunicação, é preciso que exista circularidade nessas informações, para que os processos sociais coletivos possam manter a estrutura social e as interações possam continuar acontecendo. 

Se pensarmos pelo lado positivo, o ciberespaço pode ser aproveitado para dinamizar os métodos de ensino, com vista a favorecer e facilitar para o aluno a forma de adquirir conhecimento, sendo que as redes sociais apresentam diversos meios para o desenvolvimento intelectual do sujeito. Os jovens podem acessar, nas redes, grupos de estudos que os membros fazem para criar alternativas de estudo dentro mesmo das redes, pois como estão conectados constantemente, isso simplificará o contato com os documentos a serem estudados. 

É notável que, nas redes sociais, também se apresentam diversos textos soltos que podem ser lidos pelos jovens, mas são textos que não demandam uma interpretação mais apurada, o seu sentido está explícito; esses escritos, às vezes, estão com erros de grafia, o que acaba prejudicando o leitor que não tem conhecimento das regras gramaticais. Estamos percebendo que muitos membros das redes sociais sentem muita dificuldade no momento de expressar o seu pensamento na forma escrita, sendo que a maioria dessas pessoas tomam pouco cuidado quando estão escrevendo para compartilhar com os demais. Talvez esse problema esteja relacionado ao pouco hábito de leitura; essa submissão à leitura impede-o de tomar conhecimento de textos coerentes e coesos, pois, quando lemos, adquirimos maturidade intelectual, que, com certeza, contribui para a prática da escrita.  (SILVA, 1998, p.47)

A leitura é, fundamentalmente, uma prática social. Enquanto tal não prescindir de situações vividas socialmente, no contexto da família, da escola, do trabalho, etc… Todos os seres humanos podem se transformar em leitores da palavra e dos outros códigos que expressam a cultura, mesmo porque carregam consigo o referido potencial biopsíquico (aparato sensorial + consciência que tende à compreensão dos fenômenos). 

Quando analisamos pelo fator crítico da leitura, Freire (1989) ressalta que não fazemos leituras somente para decodificar, mas para apressar a nossa compreensão. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica promove a percepção das relações entre o texto e o contexto. Isso implica seu conhecimento de mundo, sua concepção acerca do que o texto representa, em termos de funcionalidade social, econômica e política. Em suma, é pertinente dizer que a leitura começa quando termina, pois é a partir desse momento que conseguimos tecer alguma análise a respeito da representação do texto. Com essa base, o leitor consegue configurar suas percepções cognitivas, criando novas formas de enxergar o sentido textual.

 A REPRESENTAÇÃO DA LEITURA 

Saber ler é uma das condições fundamentais ao exercício da cidadania para que seja construído um posicionamento mais autônomo, crítico e reflexivo sobre o mundo. Por meio da leitura, o indivíduo tem a possibilidade de aprender não só no contexto escolar, mas também fora dele. Os caminhos que trilham o processo educacional são levados a enfrentar diversas barreiras socioeducacionais que dificultam o ensino-aprendizagem, pois educar não é um fator de fácil execução, e sim um sistema que requer aperfeiçoamento constante do conhecimento.  Nesse sentido, inferimos que os fatores a serem considerados em função do conhecimento absorvido pelo discente, podem estar relacionados a uma realidade social, onde alguns alunos têm oportunidades de desenvolver seu potencial, tendo mais e melhores livros para o procedimento da leitura, em contrapartida, muitos discentes dependem apenas da escola para trabalhar a leitura.

Para que o hábito de leitura seja estimulado no aluno, é importante que sejam trabalhados aspectos de incentivo, desde os anos iniciais, quando a criança está começando a conhecer o mundo da leitura, momento em que o professor deve intervir da melhor forma possível, pois é a partir desse estágio que o docente precisa desenvolver metodologias que propiciem ao discente um ambiente favorável para que esse tome gosto pela prática de leitura. Com ênfase na recepção, o leitor necessita fazer leitura, inicialmente do que lhe apresente sentido, mesmo que sejam textos simples, em sequência, o professor poderá mostrar textos que trazem reflexões, que detenham uma linguagem mais complexa, se traduzindo em uma criticidade mais ampla frente ao leitor. (KLEIMAN, 1993, p.49)

A tentativa de ensinar a ler não seria incoerente com a natureza subjetiva da leitura, “se o ensino da leitura for entendido como o ensino de estratégias de leitura, por uma parte, e como o desenvolvimento das habilidades linguísticas que são características do bom leitor”. 

A leitura não está caracterizada apenas pelo que está escrito, mas também pelo que o interlocutor já possui em seu conhecimento; sua concepção prévia com certeza irá ajudá-lo na compreensão do texto. Tomando como base essa concepção, entendemos que a leitura está além do texto e começa antes mesmo de ser lido. O leitor, dessa forma, assume um papel, não de mero decodificador, ou receptor passivo, mas de sujeito atuante, crítico; essa reflexão começa a partir do diálogo que o leitor tem com o texto. 

A leitura é uma prática extremamente importante na vida do ser humano. A partir do instante em que o sujeito apresenta uma postura mais participava no que diz respeito à leitura, esse passa a expressar uma opinião mais crítica, mudando sua forma de pensar, questionar e analisar a realidade. De acordo com os Parâmetros para a Educação Básica do Estado de Pernambuco (2012, p.22):

As práticas escolares devem aproximar-se, o mais possível da realidade, das práticas sociais, de modo a tornar a leitura uma atividade significativa. Os estudantes devem estar em contato com bons textos, textos reais, completos e situados. Da mesma forma, as práticas de produção escrita e oral devem buscar envolver os estudantes em situações reais de comunicação. 

Nessa perspectiva, inferimos que não é ideal desenvolver uma metodologia para a prática de leitura na medida em que apresenta apenas aspectos artificiais. É essencial considerarmos que o aluno prefere tomar conhecimento de algo materializado, natural. Sendo assim, opta por leituras similares ao seu contexto social, que façam sentido para sua vida.

 O ENSINO DA LÍNGUA E AS FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS

Diante do avanço tecnológico, cada vez mais, os alunos tendem a optar a estudar por um caminho que esteja relacionado às novas ferramentas digitais. É relevante mencionar que, devido a esse universo em que muitos jovens estão inseridos, é preciso saber se não há um comprometimento linguístico por parte dos alunos, pois podem estar usando a sua escrita de uma forma equivocada, quando se fala de se redigir frases em ambientes virtuais, exemplo disso, são as redes sociais.  Nesse sentido, evidenciamos na comunicação virtual que muitas pessoas estão frequentemente usando a linguagem coloquial, recheada de abreviações. Isso é recorrente e reflexo da cultura de um povo que está pensando somente em se comunicar, sem sequer preocupar-se com a forma da escrita. (RECUERO, 2009, p.12).

As tecnologias digitais ocupam um papel central nas profundas mudanças experimentadas em todos os aspectos da vida social. A natureza, motivos, prováveis e possíveis desdobramentos dessas alterações, por sua vez, são extremamente complexos, e a velocidade do processo tem sido estonteante. Diante de um tal quadro, é difícil resistir à tentação do determinismo tecnológico, que traduz em respostas encantadoramente simples a máxima de que a tecnologia define a sociedade. 

Nesse sentido, o que se vê nos espaços virtuais é a presença de uma linguagem pouco formal, e sim bem despojada. É perceptível que ninguém mais se preocupa com os padrões linguísticos. De acordo com Bagno (2002), essa padronização está declinando. Entretanto, os padrões citados são frequentemente regras de ortografia ou pontuação, ou outros aspectos muito superficiais da escrita, etc. Diante dessa abordagem, podemos relatar que a maioria dos jovens estão pouco preocupados com a maneira como deveriam escrever nas redes sociais, por ser um âmbito público, pois quase todo mundo tem acesso a esse. 

As pessoas devem ter mais atenção com que publicam na rede, uma vez que a sua escrita transparece a sua imagem pessoal. Contudo, é necessário levar em conta que há uma questão chamada variante linguística, que difere de um lugar para outro, geograficamente, socialmente, politicamente ou economicamente falando, isso quando nos referimos à forma de se expressar do sujeito, que é totalmente diferente do que diz respeito a sua escrita, que precisa ser seguida conforme as diretrizes gramaticais. (BAGNO, 2002, p.212).

No nível individual, a escola deveria ter como objetivo geral desenvolver a habilidade em assegurar as funções individuais da linguagem, tanto as funções mais práticas e utilitárias – a comunicação, a expressão, a relação com os outros – quanto às funções mais abstratas – funções referencial ou informativa, heurística, poética e metalinguística. 

A escola à frente de tamanha manifestação tecnológica, a qual influencia bastante no modo escrever dos alunos, precisa se adequar, criando mecanismo que possibilite ao professor trabalhar com métodos que estejam se aproximando de uma realidade que é vivenciada constantemente no âmbito de sala de aula – a linguagem usada pelos alunos nas redes sociais. Cabe ao docente trazer à luz os problemas que a linguagem mal praticada pode acarretar no decorrer da sua vida. Nessa perspectiva, o sujeito tem que saber usar o seu vocabulário de acordo com a situação em que se encontra. Segundo os Parâmetros para a Educação Básica do Estado de Pernambuco (2012), para usar a língua, na modalidade oral ou escrita, é necessário considerar o contexto discursivo, que envolve os interlocutores, suas finalidades, o ambiente e momento estabelecidos.

Conclusão

Diante dos elementos apurados, viu-se que o avanço tecnológico está evidente, apresenta-se numa evolução constante, em termos de comunicação e facilidade em realizar pesquisa. Isso reflete diretamente na educação; entretanto, é necessário que se faça o uso de forma correta, sendo que o professor tem como obrigação direcionar seu alunado, tentando mostrar o melhor caminho a ser seguido, para que possam explorar os recursos digitais da maneira mais adequada e positiva, possibilitando a construção cognitiva de seus ideais. Nesse sentido, notamos que a escola, de alguma forma, possibilita aos profissionais lá inseridos desenvolver atividades que atendam às expectativas tecnológicas. 

A pesquisa, portanto, deixa explícito que, na sociedade contemporânea, as pessoas estão cada vez mais envolvidas com o uso das redes sociais e com os mecanismos digitais. Em relação aos alunos, podemos inferir que, à medida que o tempo passa, esses discentes dão um grau de importância maior às redes sociais, na proporção de saber que o uso desse meio de comunicação em sala de aula pode comprometer sua aprendizagem, ainda continuam fazendo o uso mesmo, tendo ciência dos prejuízos que lhe podem ser causados.

No entanto, essa nova era da comunicação, quando explorada de maneira positiva, é um recurso interessante, que contribui bastante para se adquirir conhecimento, facilitando a interação interpessoal, apresentando novos direcionamentos para pesquisas e contribuindo para a disseminação de ideias.

REFERÊNCIAS

BAGNO, Marcos, et al. Língua Materna: Letramento, variação e ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2002.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 1989.

KLEIMAN, Angela. Oficina de leitura. Teoria de Prática. São Paulo: Pontes, 1993.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Maria de Andrade. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos. 7ª Ed – 4. reimpr.- São Paulo: Atlas, 2009.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. (Trad. Carlos Irineu da Costa). São Paulo: Editora 34, 2009. ____ Cibercultura. (Trad. Carlos Irineu da Costa). São Paulo: Editora 34, 1999.

NEVES, André de Jesus. Cibercultura e Literatura Identidade e Autoria em Produções Culturais participatórias e na Literatura de Fã (fanfiction). Jundiaí, paco Editorial: 2014.

Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental e Médio. Pernambuco: MEC, 2012.

RECUERO, Raquel. Redes sociais na internet. – Porto Alegre: Sulina, 2009. 

SILVA, Ezequiel Teodoro da. Elementos de pedagogia da leitura. 3ª ed. – São Paulo: Martins Fontes, 1998.