THE IMPACT OF THE COVID-19 PANDEMIC ON DEPRESSIVE AND ANXIETY DISORDERS IN THE ELDERLY POPULATION: A SYSTEMATIC REVIEW
EL IMPACTO DE LA PANDEMIA DE COVID-19 EN LOS TRASTORNOS DEPRESIVOS Y DE ANSIEDAD EN LA POBLACIÓN ANCIANA: UNA REVISIÓN SISTEMÁTICA
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10437027
Benjamim Figueiredo Braga Pires Júnior1
Josineide da Silva Sousa2
Lucas Mascena Veras Pereira Gomes3
Northon Nairon Santos Pinto4
Romero Carvalho Coimbra Albêlo5
Prof. Amadeu Sá de Campos Filho6
Prof. Hugo Moura de Albuquerque Melo7
Resumo
Objetivo: Entender os impactos trazidos para saúde mental dos idosos em virtude da pandemia do COVID-19, especialmente sobre transtornos depressivos e ansiosos. Métodos: Realizou uma revisão integrativa da literatura, com metodologia PICO, sendo a estrutura utilizada como População: idoso; Intervenção/Exposição: COVID-19; Comparação: período pré-pandêmico; Resultado: depressão ou ansiedade. Foram reunidos os estudos relevantes sobre a questão formulada, utilizando as bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed e Biblioteca Eletrônica Científica Online (SciELO). O período de busca foi março de 2022. Resultados: Foram identificados 304 artigos e, após a exclusão por duplicidade e por não atenderem ao objetivo do estudo, restaram 7 artigos para estudo. Conclusão: A pandemia do COVID-19 afetou negativamente a saúde mental dos idoso refletindo em sentimentos como ansiedade, solidão e tristeza, com o agravamento do isolamento social, do medo desconhecido da doença e da incerteza da sobrevivência. Predominando em idosos solteiros, de baixa renda, que residem sozinhos e do sexo feminino.
Palavras-chave: Idoso; COVID-19; Pandemia; Depressão; Ansiedade
Abstract
Objective: Understand the impacts on the mental health of the elderly due to the COVID-19 pandemic, especially on depressive and anxiety disorders. Methods: An integrative literature review was carried out, using the PICO process, with the structure used as Pacient: elderly; Intervention: COVID-19; Comparison: pre-pandemic period; Outcome: depression or anxiety. Relevant studies on the question formulated were gathered, using the following databases: Virtual Health Library (VHL), PubMed and Online Scientific Electronic Library (SciELO). The search period was March 2022. Results: 304 articles were identified and, after exclusion due to duplicity and for not reaching the objective of the study, 7 articles remained for study. Conclusion: The COVID-19 pandemic negatively affected the mental health of the elderly, reflecting on feelings such as anxiety, loneliness and sadness, with the worsening of social isolation, the unknown fear of the disease and the uncertainty of survival. Predominating in single, low-income elderly, living alone and female.
Key words: Elderly; COVID-19; Pandemic; Depression; Anxiety
Resumen
Objetivo: Comprender los impactos en la salud mental de los adultos mayores debido a la pandemia de COVID-19, especialmente en los trastornos depresivos y de ansiedad. Métodos: Se realizó una revisión integrativa de la literatura, utilizando la metodología PICO, con la estructura utilizada Población: adultos mayores; Intervención/Exposición: COVID-19; Comparación: período pre pandemia; Resultados: depresión o ansiedad. Se recopilaron estudios relevantes sobre la pregunta formulada, utilizando las siguientes bases de datos: Biblioteca Virtual en Salud (BVS), PubMed y Biblioteca Electrónica Científica en Línea (SciELO). Resultados: se identificaron 304 artículos y, luego de la exclusión por duplicidad y por no cumplir con el objetivo del estudio, quedaron para estudio 7 artículos. El periodo de búsqueda fue marzo de 2022. Conclusión: La pandemia de la COVID-19 afectó negativamente la salud mental de los ancianos, reflejándose en sentimientos como la ansiedad, la soledad y la tristeza, con el empeoramiento del aislamiento social, el miedo desconocido a la enfermedad y la incertidumbre de supervivencia. Predominando en adultos mayores solteros, de escasos recursos, que viven solos y del sexo femenino.
Palabras-clave: Anciano; COVID-19; Pandemia; Depresión; Ansiedad
Introdução
Desde o final de 2019, o mundo tem enfrentado o surto de uma nova doença respiratória, a COVID-19. Devido ao seu alto contágio – e o crescente número de óbitos – não demorou muito para a Organização Mundial de Saúde declarar o status de pandemia. A partir de então, diversas medidas sanitárias vêm sendo implementadas na tentativa de diminuir a transmissão desse vírus, com destaque para o isolamento social. Nesse cenário, os idosos constituem o grupo mais vulnerável na pandemia, devido à maior suscetibilidade em desenvolverem a forma mais grave do novo coronavírus e por possuírem uma elevada associação com doenças crônicas.1 Sob essa prerrogativa, as medidas de distanciamento têm sido intensificadas, mudando significativamente o ambiente e a rotina em que esse grupo vive.2,3 Não obstante, as consequências desse período de quarentena são motivo de grande preocupação na terceira idade, uma vez que a solidão e o estresse representam uma grande ameaça à integridade psicológica.4,5 Assim, a pandemia do COVID-19 se apresenta de forma complexa e multifacetada como um importante estressor psicossocial. Portanto, urge a presente revisão sistemática com objetivo de analisar o impacto da pandemia de COVID-19 no adoecimento mental da população idosa a partir de uma ampla revisão sistemática.
Objetivos
Reunir informações da literatura disponível acerca dos impactos trazidos na saúde mental dos idosos em virtude da pandemia do COVID-19 em especial transtorno depressivo e ansioso.
Métodos
Este trabalho é uma revisão integrativa da literatura, cuja estratégia de busca dos artigos de interesse foi elaborada através da metodologia PICO para responder à pergunta “qual o impacto da pandemia de covid-19 em transtornos depressivos e ansiosos na população idosa?”. A estrutura PICO utilizada foi População: idoso, Intervenção/Exposição: COVID-19, Comparação: período pré-pandêmico, Resultado: depressão OU ansiedade.
Foram selecionados artigos presentes nas seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed e Biblioteca Eletrônica Científica Online (SciELO). Os descritores usados, presentes no DeCs http://decs.bvs.br/, foram: (idoso) AND (COVID-19) AND (pandemia) AND (depressão) OR (ansiedade).
A busca nessas bases de dados respeitou os seguintes critérios de inclusão: artigos disponíveis na íntegra, escritos no idioma português, publicados entre janeiro de 2020 até abril de 2022. Foram excluídos artigos duplicados ou cujo tema não estivesse alinhado com o objetivo do estudo.
Após a coleta de dados, foram lidos os títulos, resumos e as publicações na íntegra, nesta ordem. Em cada etapa, as publicações que não estavam de acordo com os critérios de inclusão e/ou que não respondiam à questão em investigação eram excluídas. A seleção dos artigos, desde a pesquisa inicial até a definição final da amostra, foi realizada por dois pesquisadores independentes e, caso houvesse discordância quanto à inclusão de um artigo, um terceiro pesquisador era consultado. Após a seleção dos artigos, buscou-se selecionar e reunir as principais informações de cada publicação, discutindo de forma crítica os conhecimentos obtidos sobre o tema.
Resultados
Nesta revisão foram inicialmente identificados 304 artigos nas três bases de dados selecionadas: 273 na BVS, 19 na SciELO e 12 na PubMed, conforme representado na figura 1. Desses, 51 foram excluídos por duplicidade. Dos 253 artigos restantes, 213 foram excluídos após a leitura dos títulos, 24 após a leitura dos resumos e 9 após serem lidos na íntegra por não atenderem ao objetivo do estudo. Como resultado, foram selecionados 7 artigos para esta revisão (Tabela 1).
Figura 1. Fluxograma para inclusão de artigos
Tabela 1. Artigos incluídos na revisão
Título | Autores | Recebido para publicação | Tipo de estudo | Resultados |
O Impacto da COVID-19 na População Idosa em Portugal: Resultados do Survey of Health, Ageing and Retirement (SHARE) | F. Novais, C. Cordeiro, P.C. Pestana, B. Côrte-real, T.R. Soulsa, A.D. Matos, D. Telles-Correia | mar/21 | Estudo observacional transversal | Redução do acesso aos cuidados de saúde, desenvolvimento ou agravamento de sintomatologia ansiosa e depressiva |
Ócio, lazer e tempo livre das velhices em quarentena: perspectivas psicossociais de um estudo brasileiro | C.F.M. Lins, I.M. Costa, L.D. Moraes, F.W.S.B. Junior, J.C.O. Martins | ago/20 | Estudo observacional transversal | Sentimento de maior angústia e solidão durante a quarentena (mas também de fé e amor ao próximo) |
Como promover um envelhecer saudável durante a pandemia de COVID-19? Uma revisão integrativa | F.L.S. Fortes, R.S. Senra, T.F. Lima, A.C.F. Paula, A.C.P.C. Paiva, M.C.M. Silva | jan/21 | Revisão integrativa | Foram observados transtornos psicológicos desencadeados pela diminuição do convívio social |
Distanciamento social pela covid-19: rede de apoio social, atividades e sentimentos de idosos que moram só | D.M.S. Tavares, N.G.N. Oliveira, M.S.F. Guimarães, L.P.M. Santana, G.F. Marchiori | dez/20 | Estudo observacional transversal | Predominaram sentimentos negativos nos idosos que moram sozinhos durante a pandemia de covid-19. Estes podem ser relacionados ao distanciamento social, sendo fatores de risco o sexo feminino e menor número de atividades realizadas |
Fatores associados aos sintomas de depressão entre idosos durante a pandemia da covid-19 | F.M.V. Pereira-Ávila, Simon Ching Lam, M.C.L. Goulart, F.G.B. Góes, N.M.V. Pereira-Caldeira, E. Gir | ago/20 | Estudo observacional transversal | Foram identificados como fatores de risco para depressão durante a pandemia do COVID-19: sexo feminino, ocupação com exposição ao vírus, estado civil solteiro, baixa renda e não ter ensino superior |
Percepções de idosos sobre o enfrentamento da covid-19 | A.R. Luzardo, J.B. Souza, J.V.O.V. Bitencourt, E. Maestri, V.S.F. Madureira, P. Biffi | jan/21 | Estudo observacional transversal | A manutenção da integridade física e mental de idosos frente ao contexto de tragédias, como a pandemia de covid-19, depende de protocolos de ações de cuidado integral |
Idosos no contexto da pandemia da COVID-19 no Brasil: efeitos nas condições de saúde, renda e trabalho | D.E. Romero, J. Muzy, G.N. Damacena, N.A. Souza, W.S. Almeida, C.L. Szwarcwald, D.C. Malta et. Al | jul/20 | Estudo observacional transversal | Idosos que não trabalhavam antes da pandemia adotaram em maior número as medidas de isolamento social total. Sentimentos de solidão, ansiedade e tristeza foram frequentes entre os idosos, especialmente entre as mulheres. Outros fatores importantes foram: composição domiciliar, condições socioeconômicas e de trabalho |
Discussão
A pandemia do SARS-COV 2 foi um momento de intenso isolamento e perda de contato social. A maioria das pessoas cumpriu tal determinação de forma sofrida e foi acometida por um risco aumentado para desenvolvimento de doenças mentais. Contudo, uma parcela da população foi mais prejudicada, fala-se dos idosos. Além de a maioria destes já estarem predispostos naturalmente à ocorrência de tais problemáticas de saúde, tendo em vista o isolamento que vivem, foram os principais alvos da forma mais grave da doença pandêmica. Esse misto entre isolamento e intenso medo formaram substrato suficiente para possíveis adoecimentos mentais. Com isso, a presente revisão literária irá discutir o resultado de sete artigos publicados em plataformas científicas que, justamente, tentaram avaliar no período a incidência de transtornos mentais na população idosa. Já podemos afirmar de início, que não houve discordância entre os resultados gerais dos artigos. Além disso, observa-se que o resultado variou conforme critérios epidemiológicos, como estado civil, sexo e renda financeira, como poderemos conferir adiante.
O estudo de origem portuguesa contou com a participação de 1080 pessoas maiores de 60 anos, que se dividia em 605 mulheres e 475 homens.1 Neste trabalho, foi demonstrado um aumento significativo, em cerca de 80% dos participantes, de um quadro de ansiedade, além disso, 73% se sentiram mais deprimidos e 30% consideraram que o seu sono piorou em relação ao período anterior à pandemia.1 Um aspecto importante desse estudo é que não houve diferenças entre os sexos quanto à incidência dessas alterações com significância estatística, o que está em desacordo com a maioria dos estudos analisados nesta revisão e da literatura em geral.
Outro estudo realizado com os idosos a partir de questionários online, contou com a participação de 276 idosos que resumiram em palavras sua percepção do tempo na quarentena, envolvendo aspectos positivos e negativos do isolamento e sobre a mudança de precauções e cuidados durante o período de quarentena.2 O que resultou em diversas respostas que se resumiam em sentimentos de isolamento como uma reação negativa à quarentena. Entretanto, surgiram respostas sobre algumas reações positivas em consequência da pandemia como respeito, solidariedade etc.
Na revisão sistemática analisada por Fortes e colaboradores, o objetivo foi avaliar as possibilidades de promoção do envelhecimento saudável durante a pandemia e envolvia a saúde mental dos idosos, selecionou oito artigos através de pesquisa em bases de dados.3 As informações contidas nesses artigos evidenciaram as dificuldades que os idosos enfrentam durante a pandemia, com a restrição do meio social que foi associado a um maior desafio ao envelhecimento saudável, proporcionando substrato para o adoecimento mental dos mesmos, necessitando, portanto de políticas de saúde públicas a fim de mitigar essa realidade.3
Outro estudo transversal se propôs a avaliar a incidência de transtornos mentais em idosos que já possuíam um fator de risco que era morar sozinho.4 Esse estudo foi realizado com 119 idosos que moram sozinhos na região de Minas Gerais evidenciou que 97,5% possuíam rede de apoio às necessidades de saúde, representada principalmente pelos filhos e que 79,8% dos idosos analisados mantiveram o distanciamento social.4 Também foi evidenciado pelo estudo que a atividade mais realizada durante a pandemia entre eles foram trabalhos domésticos representando 77,3%, sendo um fator que ajudaria a manter o idoso em atividade, auxiliando na prevenção de alguns transtornos mentais como ansiedade e depressão.4 Além disso, foi visto que a presença de sentimentos negativos em consequência ao isolamento foi mais prevalente nas mulheres em confluência com a literatura atual. Aqui observamos um ponto de vista diferente do estudo de outros estudos no que concerne à diferenciação de transtornos mentais entre sexos.1
Outro estudo transversal, desenvolvido em todas as regiões do Brasil, foi realizado por formulário eletrônico entre idosos com 60 anos ou mais, e contou com a participação de 900 pessoas onde evidenciou que a maioria dos idosos, cerca de 91,9% não apresentaram sintomas de depressão ou sintomas mínimos de acordo com o questionário aplicado, seguidos 5,7% que apresentaram sintomas moderados, 2,0% sintomas moderadamente graves e 1,4% sintomas de depressão severa.5 Na comparação entre grupos específicos, houve uma maior apresentação de sintomas depressivos em mulheres em relação aos homens, além disso, com relação ao estado civil dos participantes, a apresentação de sintomas depressivos foi menor entre os idosos casados quando comparado aos demais.5 Um ponto interessante do estudo é que a variável de renda foi a única variável que se apresentou como fator preditor de sintomas depressivos, pois o fato de receber cinco salários ou mais diminuiu as chances de ter sintomas de depressão entre os idosos da amostra deste estudo.
Destaca-se entre nossos estudos coletados a presença do corte transversal sobre os efeitos nas condições de saúde, renda e trabalho dos idosos.7 Tal estudo foi realizado por meio de um questionário virtual para população brasileira com 60 anos ou mais, totalizando 9163 participantes.7 Nesse inquérito viu-se a intensa associação descrita como solidão, ansiedade e tristeza.7 O que chama a atenção aqui foi a notória diferença entre os sexos, pois as mulheres idosas apresentaram mais desses sentimentos negativos do que os homens idosos.7 Assim, vemos nesse estudo como a responsabilidade doméstica que naturalmente é atribuída com maior frequência às mulheres pesa significativamente para gerar uma carga emocional mais preocupante. Sabendo disso, percebe-se como na pandemia houve um aumento na intensidade dessa vivência familiar e sobretudo na responsabilidade dessas mulheres idosas corroborando assim para estabelecer um fator de facilitação para o aumento de pensamentos negativos e porventura, de um adoecimento mental.
Estendendo a discussão e querendo avaliar o ponto financeiro na intensificação da frequência de adoecimento mental na população idosa, em um estudo qualitativo com um número menor de participantes foi visto que idosos desenvolveram ansiedade justificada pelo receio de contrair a doença.6 Além disso, o sentimento de tristeza pela perda e morte de amigos e pessoas próximas, pelo isolamento social e pelo distanciamento da família foram observados.6 Por outro lado, a estabilidade financeira dos idosos pela condição de aposentadoria, associada à capacidade de resiliência deste grupo etário, coloca-os em posição privilegiada.6 Assim, é de se esperar que em meio a essa crise de sentimentos negativos tenha um fator a se privilegiar já que nesse estudo os idosos por contarem com estabilidade financeira e não apresentarem vida ativa profissional sentiram-se menos lesados e ansiosos por isso.
Diante disso, foi notório ao longo da discussão como houve um prejuízo significativo à sanidade mental do idoso neste período de isolamento.1,2,3,4,5,6,7 Pois tivemos uma parcela populacional que já tinha fatores de risco diversos para o desenvolvimento de doença mental pelo isolamento que viviam, bem como por terem sido os principais alvos dessa doença. Vimos que a frequência de adoecimento mental foi significativa nessa faixa etária e que sentimentos negativos foram descritos intensamente, como solidão2,7, isolamento2,4,6 e ansiedade.1,4,6,7 O que chama atenção para que haja um aumento de políticas públicas para saúde mental voltadas à população idosa, com medidas de socialização para findar esse estigma do isolamento. Ademais, percebe-se que esse problema do adoecimento mental da população idosa no contexto de pandemia poderia ter tido uma frequência maior, visto que a maioria dos estudos usaram como banco de pesquisa online, dependendo assim de acesso a esse meio de comunicação bem como de cognição adequada para sua utilização. Meio esse que pode ser de excelente valia para promoção de saúde por meio de informações em veículos confiáveis que venham esclarecer para essa população diversos aspectos da sua saúde física e mental.
Conclusão
No desfecho, podemos afirmar que a pandemia do COVID-19 trouxe sérios prejuízos à saúde mental da população idosa. Dos vários artigos utilizados para fazer a presente revisão, pôde-se perceber o predomínio do adoecimento mental em idosos de alguns grupos específicos, como por exemplo, os idosos solteiros,5 de baixa renda,5,7 os que residem sozinhos4 e os do sexo feminino.4,7 Sentimentos como ansiedade, solidão e tristeza são narrados em todos os artigos utilizados para fazer essa revisão e todos contemplam as mesmas perspectivas de um adoecimento mental justificados pelo isolamento social, pelo medo desconhecido da doença, pela incerteza da sobrevivência caso fosse contaminados e por fim, pela falta de contato com os familiares e amigos.
Por conseguinte, enquanto durar essa pandemia, os grupos mais vulneráveis, que são os idosos, carecem de maior atenção dos órgãos públicos competentes para formular e executar medidas que minimizem os danos causados a esse grupo, trazendo de volta o processo de socialização e atividades cotidianas. Ademais, a pandemia do novo coronavírus constitui-se um evento recente, isso pode ser um fator que nos traz ainda muitas surpresas, tanto no mundo das pesquisas, como no mundo das várias complicações patológicas e distúrbios mentais, principalmente nos idosos.
Referências
1. F. Novais, C. Cordeiro, P.C. Pestana, B. Côrte-real, T.R. Soulsa, A.D. Matos, D. Telles-Correia. O Impacto da COVID-19 na População Idosa em Portugal: Resultados do Survey of Health, Ageing and Retirement (SHARE). 2021-mar
2. C.F.M. Lins, I.M. Costa, L.D. Moraes, F.W.S.B. Junior, J.C.O. Martins. Ócio, lazer e tempo livre das velhices em quarentena: perspectivas psicossociais de um estudo brasileiro. 2020-ago
3. F.L.S. Fortes, R.S. Senra, T.F. Lima, A.C.F. Paula, A.C.P.C. Paiva, M.C.M. Silva. Como promover um envelhecer saudável durante a pandemia de COVID-19? Uma revisão integrativa. 2021-jan
4. D.M.S. Tavares, N.G.N. Oliveira, M.S.F. Guimarães, L.P.M. Santana, G.F. Marchiori. Distanciamento social pela covid-19: rede de apoio social, atividades e sentimentos de idosos que moram só. 2020-dez
5. F.M.V.Pereira-Ávila, Simon Ching Lam, M. C. L. Goulart, F. G. B. Góes, N. M. V. Pereira-Caldeira, E. Gir. Fatores associados aos sintomas de depressão entre idosos durante a pandemia da covid-19. 2020-ago
6. A.R. Luzardo, J.B. Souza, J.V.O.V. Bitencourt, E. Maestri, V.S.F. Madureira, P. Biffi. Percepções de idosos sobre o enfrentamento da covid-19. 2021-jan
7. D.E. Romero, J. Muzy, G.N. Damacena, N.A. Souza, W.S. Almeida, C.L. Szwarcwald, D.C. Malta et. Al. Idosos no contexto da pandemia da COVID-19 no Brasil:
1Benjamim Figueiredo Braga Pires Júnior (benjamim.braga@ufpe.br) UFPE
2Josineide da Silva Sousa (josineide.sousa@ufpe.br) UFPE
3Lucas Mascena Veras Pereira Gomes (lucas.mascena@ufpe.br) UFPE
4Northon Nairon Santos Pinto (northon.nairon@ufpe.br) UFPE
5Romero Carvalho Coimbra Albêlo (romero.coimbra@ufpe.br) UFPE
6Prof. Amadeu Sá de Campos Filho, MD, Msc, PhD (amadeu.campos@ufpe.br) UFPE
7Prof. Hugo Moura de Albuquerque Melo, MD, Msc,PhD.(hugo.amelo@ufpe.br) UFPE