O IMPACTO DA NEUROCIÊNCIA NA APRENDIZAGEM: COMO O CÉREBRO PROCESSA INFORMAÇÕES

THE IMPACT OF NEUROSCIENCE ON LEARNING: HOW THE BRAIN 

PROCESSES INFORMATION

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202502262058


Alvani Bomfim de Sousa Júnior1
Marcela Santos de Almeida2
Sidney Barreto Batista3


RESUMO

Nas últimas décadas, os avanços na neurociência têm transformado a compreensão sobre o funcionamento do cérebro e seus impactos na aprendizagem. Estudos nessa área revelam como diferentes estruturas cerebrais, neurotransmissores e conexões neurais influenciam o processamento das informações, a retenção da memória e o desenvolvimento das habilidades cognitivas. O processo de aprendizagem envolve uma complexa interação entre fatores biológicos, emocionais e ambientais. O cérebro, ao receber estímulos externos, ativa redes neurais que possibilitam a construção do conhecimento por meio da plasticidade neuronal, ou seja, da capacidade do sistema nervoso de se modificar em resposta a novas experiências. Dessa forma, compreender como o cérebro aprende pode contribuir para o aprimoramento das metodologias de ensino, favorecendo um aprendizado mais significativo e duradouro. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo analisar o impacto da neurociência no processo de aprendizagem, destacando como o cérebro processa informações e quais fatores podem influenciar positivamente a construção do conhecimento. Conclui-se que, a neurociência oferece contribuições valiosas para a educação, permitindo um ensino mais eficiente e adaptado às particularidades de cada aluno. 

Ao integrar os avanços da neurociência às práticas pedagógicas, é possível transformar a forma como o conhecimento é transmitido, promovendo um ambiente de aprendizagem mais estimulante e eficaz. Assim, cabe aos educadores e pesquisadores continuarem explorando essa área para aprimorar ainda mais as estratégias educacionais, garantindo um ensino de qualidade e acessível a todos.

Palavras-chave: Neurociência. Aprendizagem. Processamento cerebral de informações. Plasticidade neural. Neurociência educacional. Ensino.

ABSTRACT

In recent decades, advances in neuroscience have transformed our understanding of how the brain works and its impact on learning. Studies in this area reveal how different brain structures, neurotransmitters, and neural connections influence information processing, memory retention, and the development of cognitive skills. The learning process involves a complex interaction between biological, emotional, and environmental factors. When the brain receives external stimuli, it activates neural networks that enable the construction of knowledge through neuronal plasticity, that is, the nervous system’s ability to change in response to new experiences. Thus, understanding how the brain learns can contribute to improving teaching methodologies, favoring more meaningful and lasting learning. Thus, the present study aims to analyze the impact of neuroscience on the learning process, highlighting how the brain processes information and which factors can positively influence the construction of knowledge. It is concluded that neuroscience offers valuable contributions to education, allowing for more efficient teaching that is adapted to the particularities of each student. By integrating advances in neuroscience into pedagogical practices, it is possible to transform the way knowledge is transmitted, promoting a more stimulating and effective learning environment. Thus, it is up to educators and researchers to continue exploring this area to further improve educational strategies, ensuring quality education that is accessible to all.

Keywords: Neuroscience; Learning; Brain information processing; Neural plasticity; Educational neuroscience; Teaching;

1. INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas, os avanços na neurociência têm transformado a compreensão sobre o funcionamento do cérebro e seus impactos na aprendizagem. Estudos nessa área revelam como diferentes estruturas cerebrais, neurotransmissores e conexões neurais influenciam o processamento das informações, a retenção da memória e o desenvolvimento das habilidades cognitivas. Essa abordagem científica tem permitido uma maior integração entre a educação e a neurociência, fornecendo embasamento para práticas pedagógicas mais eficazes e adaptadas às necessidades dos alunos.

O processo de aprendizagem envolve uma complexa interação entre fatores biológicos, emocionais e ambientais. O cérebro, ao receber estímulos externos, ativa redes neurais que possibilitam a construção do conhecimento por meio da plasticidade neuronal, ou seja, da capacidade do sistema nervoso de se modificar em resposta a novas experiências. Dessa forma, compreender como o cérebro aprende pode contribuir para o aprimoramento das metodologias de ensino, favorecendo um aprendizado mais significativo e duradouro.

Nesse contexto, diversas pesquisas em neurociência educacional demonstram que fatores como atenção, motivação e emoções desempenham um papel crucial na aquisição do conhecimento. Estratégias pedagógicas baseadas nessas descobertas podem potencializar o desempenho dos alunos, respeitando suas particularidades cognitivas e promovendo um ensino mais inclusivo. Assim, estudar o impacto da neurociência na aprendizagem torna-se essencial para a modernização da educação e a construção de um ambiente escolar mais eficiente.

Desta forma, o presente estudo tem como objetivo analisar o impacto da neurociência no processo de aprendizagem, destacando como o cérebro processa informações e quais fatores podem influenciar positivamente a construção do conhecimento. Além disso, busca-se compreender de que maneira as descobertas neurocientíficas podem ser aplicadas no contexto educacional, auxiliando professores e educadores na formulação de estratégias de ensino mais eficazes e adequadas às necessidades dos alunos.

A relevância deste estudo se justifica pela necessidade de uma abordagem educacional fundamentada em evidências científicas sobre o funcionamento do cérebro. A aprendizagem é um processo dinâmico e individual, e a compreensão dos mecanismos neurobiológicos envolvidos pode contribuir para a criação de metodologias mais eficientes, que atendam às diferentes formas de aprendizado e potencializem o desenvolvimento cognitivo dos estudantes.

Além disso, ao integrar conhecimentos da neurociência à prática pedagógica, é possível proporcionar um ensino mais inclusivo e equitativo. Professores capacitados para aplicar princípios neurocientíficos podem desenvolver estratégias que respeitem as particularidades dos alunos, reduzindo dificuldades de aprendizagem e promovendo um ambiente educacional mais estimulante. Dessa forma, a interseção entre neurociência e educação representa um caminho promissor para a inovação no ensino e a melhoria dos resultados acadêmicos.

2. METODOLOGIA

Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica, que, segundo Gil (2008), consiste na análise de materiais já publicados, como artigos científicos, livros e dissertações, com o objetivo de obter um aprofundamento teórico sobre um determinado tema. Dessa forma, a pesquisa busca reunir e sistematizar os conhecimentos existentes sobre o impacto da neurociência na aprendizagem, bem como a forma como o cérebro processa informações.

A pesquisa foi realizada em bases de dados acadêmicas amplamente reconhecidas, incluindo Google Acadêmico, SciELO (Scientific Electronic Library Online), CAPES Periódicos e PubMed, garantindo o acesso a fontes confiáveis e atualizadas. Para a seleção dos materiais, foram utilizadas as seguintes palavras chave: neurociência, aprendizagem, processamento cerebral de informações, plasticidade neural, neurociência educacional e ensino.

O recorte temporal abrange publicações dos últimos dez anos (2014-2025), priorizando estudos recentes que refletem as descobertas mais atuais no campo da neurociência educacional. No entanto, materiais clássicos e de referência sobre o funcionamento do cérebro e seus processos cognitivos também foram considerados, independentemente do ano de publicação.

Os critérios de inclusão adotados foram: (a) artigos publicados em periódicos científicos indexados, (b) estudos que abordam a relação entre neurociência e aprendizagem, (c) publicações disponíveis em português, inglês ou espanhol e (d) materiais de acesso aberto ou disponíveis por meio de instituições acadêmicas.

Foram excluídos da revisão (a) artigos com enfoque estritamente clínico ou neurológico sem relação com o processo educacional, (b) materiais opinativos sem embasamento científico e (c) estudos repetidos em diferentes bases de dados.

Essa metodologia possibilita uma análise crítica e fundamentada sobre o impacto da neurociência na aprendizagem, permitindo compreender como o cérebro processa informações e de que maneira esse conhecimento pode ser aplicado no contexto educacional.

3. DISCUSSÃO TEÓRICA

3.1 Fundamentos da Neurociência Aplicados à Aprendizagem

Segundo Costa (2023), o processo de aprendizagem envolve diversas estruturas cerebrais, cada uma desempenhando um papel fundamental na aquisição, armazenamento e recuperação do conhecimento. O hipocampo, localizado no lobo temporal, é uma das áreas mais importantes para a formação da memória, especialmente a memória declarativa, que envolve fatos e eventos. Estudos indicam que danos nessa região podem comprometer significativamente a capacidade de aprender novas informações, demonstrando sua relevância no processamento da aprendizagem.

Outra estrutura essencial para Fonseca (2016), é o córtex pré-frontal, responsável por funções executivas, como planejamento, tomada de decisões e controle da atenção. Essa região atua na organização e priorização das informações recebidas, facilitando a retenção do conteúdo e a resolução de problemas complexos. Além disso, o córtex pré-frontal contribui para a regulação emocional, fator que influencia diretamente a motivação e o desempenho acadêmico dos estudantes.

O cerebelo, tradicionalmente associado à coordenação motora, também exerce um papel importante no aprendizado. Pesquisas recentes demonstram que ele participa da automatização de habilidades cognitivas, contribuindo para a eficiência dos processos de aprendizagem. Além disso, outras áreas, como a amígdala, envolvida na regulação emocional, e o corpo caloso, que permite a comunicação entre os hemisférios cerebrais, também desempenham funções essenciais no processamento das informações e no desenvolvimento das habilidades cognitivas (COSTA, 2023).

A plasticidade cerebral, de acordo com Ferreira (2023), refere-se à capacidade do cérebro de se modificar estrutural e funcionalmente em resposta a estímulos externos e experiências vividas. Esse fenômeno ocorre ao longo da vida, sendo mais intenso na infância, quando há maior formação de conexões neurais, mas continua ativo durante a vida adulta. A plasticidade possibilita que novas sinapses sejam criadas e reforçadas, permitindo a adaptação do cérebro às demandas do aprendizado e a recuperação de funções após lesões neurológicas.

No contexto educacional, ainda segundo Ferreira (2023), a plasticidade cerebral tem grande importância, pois demonstra que o aprendizado não é um processo fixo e determinado, mas sim dinâmico e adaptável. Métodos de ensino que estimulam a curiosidade, a resolução de problemas e a criatividade podem potencializar esse mecanismo, favorecendo a consolidação do conhecimento. Além disso, o desenvolvimento de habilidades cognitivas pode ser ampliado por meio da prática constante, que fortalece as conexões neurais e melhora o desempenho acadêmico.

Entretanto, Guerra (2015) cita que, para que a plasticidade seja eficiente, é essencial que os estímulos sejam variados e desafiadores, incentivando o cérebro a criar novas conexões. Fatores como sono adequado, alimentação equilibrada e um ambiente emocionalmente seguro também são fundamentais para otimizar esse processo. Assim, compreender o funcionamento da plasticidade cerebral permite que educadores adotem estratégias que favoreçam um aprendizado mais eficaz e duradouro.

Os neurotransmissores são substâncias químicas responsáveis pela comunicação entre os neurônios e desempenham um papel essencial no processamento das informações e na aprendizagem. Um dos principais neurotransmissores envolvidos nesse processo é a acetilcolina, que está diretamente associada à atenção, memória e plasticidade sináptica. A deficiência dessa substância pode comprometer a capacidade de aprendizado e a retenção de informações, demonstrando sua importância na cognição (SILVA et al. 2025).

Ainda segundo Silva et al. (2025), outro neurotransmissor fundamental é a dopamina, que está relacionada à motivação e ao reforço positivo. Quando um indivíduo recebe um estímulo prazeroso ao aprender algo novo, há um aumento na liberação de dopamina, tornando a experiência mais gratificante e incentivando a continuidade do aprendizado. Esse mecanismo é essencial para a manutenção da atenção e do interesse, o que reforça a importância de metodologias pedagógicas que despertem a curiosidade e o engajamento dos estudantes.

Inclusive, a serotonina e o GABA (ácido gama-aminobutírico) desempenham papéis importantes na regulação do humor e do estresse, fatores que impactam diretamente na aprendizagem. Enquanto a serotonina contribui para o bem-estar emocional, facilitando a concentração, o GABA atua como um inibidor neuronal, ajudando a reduzir a ansiedade e promovendo um estado mental mais propício para a absorção de novos conhecimentos. Dessa forma, um equilíbrio adequado entre esses neurotransmissores é essencial para otimizar os processos cognitivos e garantir um aprendizado eficiente (COSTA, 2023).

3.2 Processos Cognitivos de Aprendizagem

O processo de aprendizagem envolve diversas etapas, desde a captação das informações até sua consolidação e posterior recuperação. Inicialmente, os estímulos sensoriais são captados pelos órgãos dos sentidos e enviados ao cérebro para processamento. Nesse momento, a atenção desempenha um papel crucial, pois filtra os estímulos relevantes e os direciona para regiões específicas do cérebro responsáveis pela análise e interpretação das informações. A primeira triagem ocorre no córtex sensorial, onde estímulos visuais, auditivos e táteis são processados e integrados (QUEIROZ et al. 2020).

Ainda segundo Queiroz et al. (2020), uma vez captada, a informação passa para o hipocampo, uma estrutura cerebral essencial na formação da memória e no armazenamento temporário dos dados. O hipocampo atua como um intermediário, organizando as informações e direcionando-as para diferentes áreas do córtex cerebral para a consolidação do aprendizado. Esse processo depende da repetição e do envolvimento emocional, que fortalecem as conexões sinápticas e aumentam a probabilidade de retenção da informação a longo prazo.

A recuperação das informações armazenadas ocorre por meio da ativação de redes neurais previamente formadas. Quando um indivíduo revisa um conceito ou aplica um conhecimento em uma nova situação, ele fortalece as conexões sinápticas, tornando a recuperação da informação mais rápida e eficiente. Além disso, estratégias como associações mentais, mnemônicos e organização hierárquica do conteúdo podem facilitar esse processo, pois permitem que o cérebro acesse os dados de forma estruturada e significativa (CHADREQUE E SILVA, 2025).

Contudo, fatores como o estresse, a falta de sono e a sobrecarga cognitiva podem interferir na eficiência da recuperação das informações. O aprendizado eficaz exige um equilíbrio entre exposição ao conhecimento, repetição e descanso adequado, garantindo que o cérebro possa processar e consolidar os conteúdos de maneira otimizada. Dessa forma, compreender como o cérebro capta, armazena e recupera informações permite o desenvolvimento de estratégias educacionais mais eficazes e alinhadas ao funcionamento cognitivo humano (QUEIROZ et al. 2020).

Para Alves et al. (2024), a memória é um dos pilares fundamentais da aprendizagem, sendo responsável pelo armazenamento e recuperação das informações adquiridas ao longo da vida. Ela pode ser classificada em três tipos principais: memória sensorial, memória de curto prazo e memória de longo prazo. Cada uma delas desempenha um papel específico no processo de retenção do conhecimento e está relacionada a diferentes regiões cerebrais.

Ainda segundo Alves et al. (2024), a memória sensorial é a mais breve e tem a função de armazenar informações vindas dos sentidos por um curto período, geralmente frações de segundo. Esse tipo de memória é essencial para a percepção contínua do ambiente, pois permite que o cérebro processe rapidamente estímulos antes de decidir se devem ser descartados ou transferidos para a memória de curto prazo. Exemplos incluem a persistência de uma imagem visual após fecharmos os olhos ou o eco de uma palavra ouvida recentemente.

A memória de curto prazo, também conhecida como memória de trabalho, é responsável pelo armazenamento temporário de informações que estão sendo ativamente processadas. Ela tem capacidade limitada, geralmente retendo cerca de sete itens por um período de alguns segundos a minutos. Essa forma de memória é fundamental para a realização de tarefas cognitivas diárias, como resolver problemas matemáticos, seguir instruções e compreender um texto enquanto se lê. Para que as informações não sejam esquecidas, elas precisam ser repetidas ou associadas a conhecimentos já existentes, permitindo sua transferência para a memória de longo prazo (CHADREQUE E SILVA, 2025).

A memória de longo prazo, por sua vez, é responsável pelo armazenamento duradouro das informações. Ela pode ser subdividida em memória declarativa (explícita), que envolve fatos e eventos, e memória não declarativa (implícita), relacionada a habilidades motoras e hábitos. O fortalecimento da memória de longo prazo ocorre por meio da consolidação sináptica, um processo em que as conexões neurais são reforçadas ao longo do tempo. Técnicas como revisão espaçada, aprendizagem ativa e associações contextuais podem contribuir para a fixação do conhecimento e a recuperação eficiente das informações quando necessário (ALVES et al. 2024).

Para Costa e Ghedin (2022), a atenção é um dos principais fatores que influenciam a aprendizagem, pois determina quais informações serão processadas e armazenadas pelo cérebro. O córtex pré-frontal desempenha um papel essencial nesse processo, filtrando estímulos irrelevantes e direcionando os recursos cognitivos para o que é mais importante. A capacidade de manter a atenção por longos períodos pode ser desafiada por distrações externas e pela sobrecarga de informações, tornando essencial o uso de estratégias pedagógicas que favoreçam o engajamento ativo dos estudantes.

A motivação também exerce um impacto significativo no aprendizado, pois influencia o interesse e a persistência na aquisição do conhecimento. A dopamina, um neurotransmissor associado ao sistema de recompensa do cérebro, tem um papel crucial nesse processo. Quando um aluno percebe valor em uma atividade ou recebe reconhecimento por seu esforço, ocorre um aumento na liberação de dopamina, reforçando comportamentos positivos e incentivando a continuidade do aprendizado. Técnicas como gamificação, aprendizagem baseada em projetos e desafios progressivos podem aumentar a motivação dos estudantes (CHADREQUE E SILVA, 2025).

Além disso, Costa e Ghedin (2022) citam que, a emoção está diretamente relacionada à retenção de informações, uma vez que experiências emocionalmente significativas tendem a ser mais bem armazenadas na memória de longo prazo. A amígdala, uma estrutura cerebral associada ao processamento emocional, interage com o hipocampo para fortalecer a consolidação da memória. Assim, aulas que despertam curiosidade, envolvem storytelling ou proporcionam experiências interativas têm maior potencial de impacto na aprendizagem.

Dessa forma, compreender a interação entre atenção, motivação e emoção no processo de aprendizagem permite a criação de ambientes educacionais mais eficientes. Professores podem adotar metodologias que estimulem a curiosidade, promovam desafios adequados ao nível dos alunos e valorizem a conexão emocional com o conteúdo, garantindo um ensino mais significativo e duradouro (QUEIROZ et al. 2020).

3.3 Aplicações da Neurociência na Educação

Para Beltrão (2024), a neurociência tem desempenhado um papel fundamental na reformulação das práticas educacionais, fornecendo evidências sobre como o cérebro aprende e processa informações. Compreender os mecanismos neurais da aprendizagem permite que educadores adotem estratégias pedagógicas mais eficazes, desenvolvam métodos de ensino que potencializem a retenção de conhecimento e utilizem tecnologias educacionais alinhadas ao funcionamento cognitivo. Dessa forma, a integração entre neurociência e educação possibilita um ensino mais adaptado às necessidades dos estudantes, favorecendo um aprendizado mais significativo e duradouro.

Os avanços da neurociência têm permitido a identificação de estratégias pedagógicas que favorecem o aprendizado, levando em conta o funcionamento do cérebro e os fatores que impactam a retenção de informações. Uma das principais descobertas nessa área é a importância da aprendizagem ativa, que envolve a participação ativa do estudante no processo educativo. Métodos como resolução de problemas, debates e atividades práticas estimulam diferentes áreas do cérebro, facilitando a consolidação do conhecimento (RIBEIRO E JOHNSON, 2023).

Outro aspecto relevante, segundo Ribeiro e Johnson (2023), é a aprendizagem multimodal, que consiste na utilização de diferentes canais sensoriais para a assimilação do conteúdo. Estudos demonstram que quando um aluno recebe informações por meio de estímulos visuais, auditivos e táteis, as chances de retenção aumentam significativamente. Dessa forma, o uso de mapas mentais, vídeos, experimentos e simulações é altamente recomendado para potencializar a fixação do aprendizado.

Além disso, Guimarães et al. (2023) citam que, a neurociência destaca a importância da repetição espaçada, que envolve revisar conteúdos em intervalos regulares ao longo do tempo. Esse método, baseado na consolidação sináptica, fortalece as conexões neurais e reduz o esquecimento. Diferentemente da memorização intensiva em curto prazo, a revisão periódica permite que a informação seja armazenada de maneira mais duradoura na memória de longo prazo.

Outro fator crucial é o papel das emoções no aprendizado. Pesquisas mostram que o envolvimento emocional fortalece a retenção de informações, pois ativa a amígdala e facilita a consolidação da memória. Estratégias como storytelling, gamificação e aprendizagem baseada em projetos criam conexões emocionais com o conteúdo, tornando-o mais significativo para os alunos (BELTRÃO, 2024).

A neurociência também reforça a necessidade de pausas e descanso durante os estudos. O cérebro precisa de momentos de descanso para processar e consolidar as informações adquiridas. Estudos indicam que técnicas como o método Pomodoro, que alterna períodos de estudo com pequenos intervalos de descanso, aumentam a produtividade e favorecem a retenção de conhecimento (GUIMARÃES et al. 2023).

Ainda segundo Guimarães et al. (2023), a aprendizagem contextualizada tem se mostrado altamente eficaz. Quando os alunos conseguem relacionar o conteúdo com experiências do dia a dia ou situações práticas, a ativação das redes neurais se torna mais intensa, facilitando a assimilação. Professores podem aplicar esse conceito por meio de estudos de caso, projetos interdisciplinares e conexões com o cotidiano dos estudantes.

Com base nas descobertas da neurociência, diversos métodos de ensino vêm sendo adotados para maximizar o potencial de aprendizado dos alunos. Um dos mais eficazes é o ensino baseado na problematização, que estimula a autonomia e o pensamento crítico. Esse método leva os estudantes a buscarem soluções para problemas reais, promovendo um aprendizado mais ativo e engajador. O ensino híbrido, que combina aulas presenciais com atividades online, também se destaca como uma abordagem eficaz. Essa metodologia permite que os alunos aprendam no seu próprio ritmo, revisitando conteúdos conforme necessário. Além disso, proporciona maior flexibilidade e personalização, respeitando as diferenças individuais no processo de aprendizagem (VANTROBA et al. 2023).

Outro método amplamente respaldado pela neurociência segundo Costa (2023), é a aprendizagem colaborativa, na qual os alunos trabalham juntos para resolver desafios. Esse formato favorece a socialização, estimula a troca de conhecimento e fortalece a memória de longo prazo, pois o cérebro processa melhor as informações quando elas são compartilhadas e discutidas em grupo.

A gamificação é outra estratégia inovadora que vem ganhando espaço na educação. Baseada na aplicação de elementos de jogos, como desafios, recompensas e rankings, a gamificação ativa o sistema de recompensa do cérebro, aumentando a motivação dos estudantes. Essa abordagem tem mostrado resultados positivos, especialmente no ensino de disciplinas mais abstratas, como matemática e ciências (VANTROBA et al. 2023).

Além disso, Vantroba et al. (2023) citam que a aprendizagem baseada em projetos (ABP) tem se mostrado altamente eficaz, pois permite que os alunos apliquem conhecimentos teóricos na prática. Esse método estimula a criatividade, a autonomia e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, preparando os estudantes para desafios do mundo real.

A evolução das tecnologias educacionais têm impactado significativamente a forma como os alunos aprendem, tornando o ensino mais dinâmico e acessível. A neurociência demonstra que o uso de ferramentas digitais pode potencializar a aprendizagem ao estimular múltiplas áreas cerebrais simultaneamente. As plataformas de ensino adaptativo, por exemplo, utilizam inteligência artificial para personalizar a experiência de aprendizagem de acordo com o ritmo e as necessidades de cada aluno. Esses sistemas analisam o desempenho do estudante e ajustam automaticamente a dificuldade dos exercícios, garantindo um aprendizado mais eficiente e direcionado (BELTRÃO, 2024).

Outra inovação importante, de acordo com Costa (2023), são as realidades aumentada e virtual, que oferecem experiências imersivas e interativas. Essas tecnologias ativam áreas cerebrais relacionadas à percepção espacial e à memória, tornando o aprendizado mais envolvente e eficaz. Por meio de simulações, os alunos podem explorar conceitos complexos de forma prática, como anatomia humana ou experimentos químicos.

Os recursos audiovisuais também desempenham um papel essencial na aprendizagem, pois combinam estímulos visuais e auditivos, favorecendo a retenção do conhecimento. Vídeos educativos, podcasts e animações são exemplos de ferramentas que podem complementar o ensino tradicional e tornar os conteúdos mais atrativos. É preciso destacar ainda que, os aplicativos de treinamento cognitivo vêm sendo utilizados para fortalecer habilidades como memória, concentração e raciocínio lógico. Essas plataformas são projetadas com base em princípios neurocientíficos e ajudam no desenvolvimento cognitivo dos estudantes, especialmente aqueles com dificuldades de aprendizagem (VANTROBA et al. 2023).

Por fim, as redes sociais e comunidades virtuais vêm se tornando um ambiente de aprendizagem colaborativa, permitindo a troca de conhecimento entre alunos e professores. No entanto, é fundamental que o uso dessas plataformas seja mediado, pois o excesso de estímulos digitais pode prejudicar a atenção e a concentração. Com a crescente integração entre neurociência e tecnologia educacional, torna-se possível criar experiências de aprendizagem mais eficazes, adaptadas às necessidades individuais dos alunos e alinhadas ao funcionamento do cérebro. O desafio, no entanto, é utilizar essas ferramentas de maneira equilibrada, garantindo que a tecnologia seja um suporte ao aprendizado e não uma fonte de distração (BELTRÃO, 2024).

3.4 Benefícios da Neurociência para o Ensino e Aprendizagem

A neurociência tem proporcionado avanços significativos no campo da educação, auxiliando na compreensão dos processos cognitivos e permitindo a criação de estratégias mais eficazes para o ensino. Por meio do conhecimento sobre o funcionamento do cérebro, é possível personalizar o aprendizado, promover a aprendizagem significativa e desenvolver abordagens inclusivas para reduzir dificuldades educacionais. Dessa forma, a aplicação dos princípios neurocientíficos no ambiente escolar contribui para tornar o ensino mais eficiente e acessível a todos os estudantes (SANTOS et al. 2020).

A neurociência tem demonstrado que cada indivíduo possui um ritmo e estilo de aprendizagem distintos, influenciados por fatores biológicos, emocionais e ambientais. Com essa compreensão, torna-se possível a implementação de metodologias pedagógicas que respeitem as características individuais dos alunos, promovendo um ensino mais personalizado. Estratégias como o ensino híbrido, plataformas adaptativas e metodologias ativas permitem que cada estudante avance no seu próprio ritmo, otimizando a assimilação do conhecimento (FERREIRA et al. 2020).

Ainda segundo Ferreira et al. (2020), a personalização do ensino também se baseia no conceito de neurodiversidade, que reconhece que os cérebros funcionam de maneiras diferentes e que essas variações devem ser consideradas no processo educacional. Alunos com diferentes perfis cognitivos, como aqueles com transtornos do espectro autista, dislexia ou TDAH, podem se beneficiar de abordagens específicas que atendam às suas necessidades, favorecendo um aprendizado mais eficaz.

Além disso, Santos et al. (2020) citam que, a adaptação do ensino permite que os educadores identifiquem as potencialidades e dificuldades de cada aluno, oferecendo suporte direcionado para o desenvolvimento de habilidades cognitivas e socioemocionais. Ferramentas de avaliação diagnóstica baseadas em evidências neurocientíficas possibilitam ajustes pedagógicos que aumentam o engajamento e o desempenho dos estudantes. Com isso, o uso de tecnologias educacionais tem sido um grande aliado na personalização do ensino. Softwares e aplicativos baseados em inteligência artificial conseguem identificar padrões de aprendizagem e oferecer conteúdos ajustados ao nível de compreensão do aluno. Dessa forma, a educação se torna mais acessível e eficaz, garantindo que cada estudante tenha a oportunidade de aprender de acordo com suas próprias necessidades.

A aprendizagem significativa ocorre quando o estudante consegue estabelecer conexões entre o novo conhecimento e suas experiências prévias, resultando em uma compreensão mais profunda e duradoura dos conteúdos. A neurociência tem demonstrado que o cérebro retém melhor as informações quando elas fazem sentido para o indivíduo, ativando áreas relacionadas à memória, emoção e cognição (MARINHO et al. 2024).

Segundo Costa (2023), uma das estratégias mais eficazes para promover a aprendizagem significativa é o ensino contextualizado. Quando os alunos conseguem relacionar o conteúdo com situações do cotidiano, a ativação das redes neurais se torna mais intensa, facilitando a assimilação do conhecimento. O uso de exemplos práticos, estudos de caso e problematizações são formas eficazes de tornar o aprendizado mais envolvente e aplicável à realidade dos estudantes.

Outro fator determinante, segundo Costa (2023), é a emoção. Pesquisas indicam que experiências emocionais positivas favorecem a retenção do conhecimento, pois ativam a amígdala e fortalecem as conexões neurais. Por isso, metodologias que despertam o interesse e a curiosidade, como gamificação, storytelling e aprendizagem baseada em projetos, contribuem para um aprendizado mais profundo e motivador.

Inclusive, Marinho et al. (2024) citam que, a neurociência reforça a importância do aprendizado ativo na construção do conhecimento. Estratégias como discussões em grupo, experimentações práticas e ensino por pares estimulam diferentes áreas cerebrais, potencializando a fixação da informação. Dessa forma, a aprendizagem significativa não apenas melhora o desempenho acadêmico, mas também desenvolve habilidades essenciais para a vida profissional e pessoal dos estudantes.

A aplicação dos princípios da neurociência na educação tem sido fundamental para a promoção da inclusão escolar e a redução das dificuldades de aprendizagem. O conhecimento sobre os diferentes perfis cognitivos dos alunos permite a criação de estratégias que atendam às necessidades específicas de cada indivíduo, garantindo um ensino mais acessível e equitativo (BELTRÃO, 2024).

Para Marinho et al. (2024), uma das contribuições mais relevantes da neurociência para a inclusão é a compreensão dos transtornos de aprendizagem, como dislexia, discalculia e TDAH. Com base em evidências científicas, os educadores podem adotar abordagens diferenciadas, como o uso de materiais multissensoriais, estratégias de ensino individualizadas e ajustes no ambiente escolar para proporcionar uma experiência de aprendizado mais eficaz para esses estudantes.

Além disso, o conceito de plasticidade cerebral demonstra que o cérebro tem a capacidade de se adaptar e desenvolver novas conexões neurais ao longo da vida. Isso significa que, mesmo diante de dificuldades de aprendizagem, é possível estimular o desenvolvimento cognitivo dos alunos por meio de práticas pedagógicas adequadas. Intervenções precoces, atividades lúdicas e estímulos sensoriais são algumas das estratégias que podem ser aplicadas para auxiliar no processo de superação dessas dificuldades (FERREIRA et al. 2020).

Por fim, a tecnologia desempenha um papel fundamental na promoção da inclusão educacional. Recursos como softwares de leitura para alunos com dislexia, aplicativos que auxiliam na organização e concentração de estudantes com TDAH e plataformas de ensino adaptativo possibilitam um aprendizado mais acessível para todos. Dessa forma, a neurociência contribui significativamente para tornar a educação mais inclusiva, garantindo que nenhum estudante seja deixado para trás (SANTOS et al. 2020).

4. CONCLUSÕES

A neurociência tem desempenhado um papel fundamental na compreensão dos processos de aprendizagem, fornecendo insights valiosos sobre como o cérebro capta, processa, armazena e recupera informações. Ao longo deste estudo, foi possível analisar as estruturas cerebrais envolvidas na aprendizagem, a importância da plasticidade cerebral e o papel dos neurotransmissores na construção do conhecimento. Esses aspectos demonstram que a aprendizagem não é um processo linear, mas sim dinâmico, influenciado por fatores internos e externos que afetam diretamente o desempenho dos estudantes.

Ainda, identificou-se que a motivação, a atenção e as emoções exercem influência significativa na aprendizagem, uma vez que estimulam conexões neurais mais fortes e favorecem a retenção de informações. Estratégias pedagógicas que levam em consideração esses fatores, como o uso de metodologias ativas, ensino personalizado e recursos tecnológicos, demonstram maior eficácia na construção do conhecimento. Dessa forma, as descobertas neurocientíficas tornam-se ferramentas essenciais para que educadores desenvolvam práticas que respeitem o funcionamento do cérebro e potencializem a assimilação dos conteúdos.

Outro ponto relevante abordado foi a aplicabilidade dos conhecimentos neurocientíficos no contexto educacional. A adoção de métodos de ensino baseados em evidências científicas permite que os professores atendam às diversas necessidades dos alunos, tornando o ensino mais inclusivo e acessível. A neurociência também possibilita a criação de estratégias que auxiliam na superação de dificuldades de aprendizagem, garantindo que cada estudante tenha a oportunidade de desenvolver seu potencial cognitivo da melhor forma possível.

Diante do exposto, conclui-se que a neurociência oferece contribuições valiosas para a educação, permitindo um ensino mais eficiente e adaptado às particularidades de cada aluno. Ao integrar os avanços da neurociência às práticas pedagógicas, é possível transformar a forma como o conhecimento é transmitido, promovendo um ambiente de aprendizagem mais estimulante e eficaz. Assim, cabe aos educadores e pesquisadores continuarem explorando essa área para aprimorar ainda mais as estratégias educacionais, garantindo um ensino de qualidade e acessível a todos.

REFERÊNCIAS

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1Faculdade Jardins e Centro de Excelência de Educação Profissional José Figueiredo Barreto, Aracaju/Se, Brasil http://lattes.cnpq.br/6358502728889050 http://orcid.org/0000-0002-8714-4175 alvanijunior@yahoo.com.br
2Faculdade Jardins – Aracaju/SE, Brazil http://lattes.cnpq.br/8561079214605662 http://orcid.org/0000-0001-5873-593X cecelabioalmeida@hotmail.com
3Universidade Federal de Sergipe – Aracaju/SE, Brazil http://lattes.cnpq.br/2006044747395614 https://orcid.org/0000-0003-3890-0509 sidsufs@yahoo.com.br