REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202411290812
Camila Kelly Gomes Veras; Manoel Veridiano Farias Veras; Luisa Karen Gomes Veras; Debora Carneiro Gomes; Raimundo Ricardo dos Santos Júnior; Francisco Wesley de Souza; Lucas Erick Feijó Martins; Maria Evilly Marques Brandão; Francisco Marcelo Alves Braga Filho; Carlos Natanael Chagas Alves
RESUMO
A paralisia facial periférica é consequência da lesão neuronal periférica do nervo facial. Pode ser primária ou secundária. A paralisia facial pode ser uma condição estigmatizante e, em muitos casos, pode afetar a função de fechamento dos olhos, a expressão facial, a passagem das vias aéreas nasais, a linguagem e a ingestão nutricional em graus variados. O fisioterapeuta é um profissional indispensável no tratamento com pacientes acometidos por PFP, buscando devolver-lhes muito mais que os movimentos da face, e sim, qualidade de vida, melhorar a autoestima, A paralisia facial periférica (PFP) acomete o VII par de nervo craniano, devido à interrupção do fluxo sanguíneo, podendo ocasionar paresia ou paralisia unilateral dos músculos da face, e que pode ser acompanhada por dor na região mastóidea. A reabilitação desses pacientes com PFP não depende exclusivamente da extensão ou da lesão, mas também das técnicas e estímulos empregados pelo fisioterapeuta durante a recuperação com os recursos manuais, alongamentos, estimulação motora, vibração, pompagem e recursos cinesioterapêuticos. A acupuntura é uma técnica eficaz e segura para ser aplicada nas sequelas da paralisia facial periférica se é aplicada de forma isolada ou associada a outras técnicas. O uso da toxina botulínica na (PFP) se dá pelo potencial em reduzir as assimetrias, tanto em repouso quanto durante os movimentos voluntários, e involuntários da mímica, além de melhorar a estética do paciente. Objetivou-se com esse estudo, descrever a importância do tratamento fisioterapêutico na reabilitação da paralisia facial. Além Explicar a fisiopatologia da paralisia facial, mostrar o impacto da fisioterapia no tratamento da paralisia facial, e discutir métodos e técnicas fisioterapêuticas utilizadas na reabilitação da paralisia facial com publicações de 2015 a 2024. O estudo trata-se de uma revisão integrativa, e analisados a partir de uma abordagem qualitativa, no intervalo de agosto de 2023, até outubro de 2024, das bases de dados: PubMed, Pedro, LILACS e Scielo. Para favorecer a busca dos trabalhos, foram utilizados os seguintes descritores: “Physiotherapy”, “Peripheral Facial Paralysis” , “Radiofrequency”, “Electrostimulation” , “Acupuncture”. Para critérios de inclusão, foram selecionados artigos científicos em inglês e português, artigos científicos completos e artigos científicos publicados entre os anos de 2015 a 2024. Foram excluídos artigos científicos incompletos, resumos simples clínicos, dissertações, teses, monografias e artigos científicos publicados antes de 2015. Para compor a amostra desta pesquisa foram escolhidos 8 artigos. Os dados foram analisados em formato de tabela que evidenciam a perspectiva de cada autor em relação ao impacto da fisioterapia na reabilitação desses pacientes. Conclui-se que a atuação fisioterapêutica desempenha um papel central na reabilitação de pacientes acometidos pela paralisia facial periférica (PFP), apresentando resultados promissores tanto na recuperação funcional quanto no bem-estar emocional dos pacientes. Que os estudos demonstram que estratégias terapêuticas personalizadas, adaptadas às condições e necessidades específicas de cada paciente, maximizam a eficiência dos protocolos de tratamento e promovem uma recuperação mais satisfatória e rigorosa.
Palavras-chave: Paralisia facial periférica; Avanços dos tratamentos; Atuação fisioterapêutica; Reabilitação da paralisia facial.
INTRODUÇÃO
A paralisia facial periférica (PFP) é consequência da lesão neuronal periférica do nervo facial. Pode ser primária (paralisia de Bell) ou secundária. A apresentação clínica clássica normalmente envolve ambos os estágios da hemiface. No entanto, podem existir outros sintomas (ex. xeroftalmia, hiperacusia, alterações de fonação e deglutição) que devem ser lembrados. A avaliação clínica inclui rigorosa busca de tônus muscular e sensibilidade no território do FN. Alguns instrumentos úteis permitem melhor objetividade na avaliação dos pacientes (Sistema House-Brackmann, Sistema de Graduação Facial, Avaliação Funcional) (Matos, 2011).
A paralisia facial pode ser uma condição estigmatizante e, em muitos casos, pode afetar a função de fechamento dos olhos, a expressão facial, a passagem das vias aéreas nasais, a linguagem e a ingestão nutricional em graus variados (Bjarke,et al., 2018).
A Paralisia de Bell ou paralisia facial periférica é uma doença idiopática que afeta indivíduos de várias idades e ambos os gêneros. Dentre as paralisias faciais, a PB é a mais frequente, representando cerca de 75% dos casos afetados. Embora a maioria dos pacientes com PB se recupere completamente, 30% ficam com sequelas e precisam de fisioterapia, tratamento médico convencional para acelerar o tempo de recuperação das funções faciais (Pinheiro, et al., 2022).
O fisioterapeuta é um profissional indispensável no tratamento com pacientes acometidos por PFP, buscando devolver-lhes muito mais que os movimentos da face, e sim, qualidade de vida, melhorar a autoestima, socialização e potencializar as relações fragilizadas devido a deformidade causada pela doença (Filho,et al., 2018).
Os recursos fisioterapêuticos utilizados no tratamento da Paralisia de Bell visam restabelecer padrões simétricos e harmonia de face em grupos musculares, bem como a satisfação do paciente em relação à estética. Nesse sentido, podemos destacar os recursos terapêuticos manuais, cinesioterapêuticos, eletrotermofototerapêuticos, exercícios de mímica facial e reeducação neuromuscular proprioceptiva, sendo tais recursos fundamentais no processo de reabilitação e com resultados científicos mais evidente (Tavares,et al., 2018).
Essa condição requer um tratamento específico, visando a restauração dos movimentos faciais. Os estudos mostram uma gama de opções terapêuticas, como massagem, terapia de espelho, facilitação neuromuscular proprioceptiva e laser, demonstrando resultados positivos, frequentemente revertendo o quadro de paralisia com sucesso. Entretanto, mais pesquisas são necessárias para avaliar o impacto preciso da fisioterapia no tratamento da PFP (Santana, et al., 2022).
Diante do exposto, obteve-se a seguinte questão norteadora: Qual o papel do Fisioterapeuta no tratamento da paralisia facial?
O presente estudo salienta a importância do fisioterapeuta e seu papel crucial no tratamento da paralisia facial dentro de sua autonomia profissional e ajudando na recuperação completa ou parcial dessa condição. Atuando no restabelecimento da função neuromuscular, na evolução dos aspectos físicos e estéticos. Sendo assim, o fisioterapeuta destaca-se no processo de recuperação do paciente com paralisia facial que apresenta melhoras na simetria dos movimentos faciais, diminuição do tempo de recuperação, regeneração dos nervos periféricos, relaxamento e prevenção dos tônus musculares.
METODOLOGIA
O estudo trata-se de uma revisão integrativa, e analisados a partir de uma abordagem qualitativa com a seguinte temática: O impacto da atuação fisioterapêutica no tratamento da paralisia facial. Os critérios de inclusão dos artigos que integraram o estudo foram: artigos científicos em inglês e português, artigos científicos completos e artigos científicos publicados entre os anos de 2015 a 2023. Sendo as bases de dados consultadas: PubMed, Pedro,Lilacs e Scielo. Para favorecer a busca dos trabalhos, foram utilizados os seguintes descritores: “Physiotherapy”, “Peripheral Facial Paralysis” , “Radiofrequency”, “Electrostimulation” , “Acupuncture”. Foram excluídos artigos científicos incompletos, resumos simples clínicos, dissertações, teses, monografias e artigos científicos publicados antes de 2015. A pesquisa pela literatura foi realizada no período de agosto de 2023 a outubro de 2024. O estudo respeita os aspectos éticos com relação à Lei N. º 9.610, 19 de fevereiro de 1998, que regula os direitos autorais.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dentre as 25 publicações específicas para estudo sobre a atuação fisioterapêutica no tratamento da paralisia facial, após uma análise detalhada e revisão, foram escolhidos 8 artigos que evidenciam a perspectiva de cada autor em relação ao impacto da fisioterapia na reabilitação desses pacientes. Os dados foram organizados em um quadro para melhor compreensão.
Autor | Ano | Título | Objetivo | Metodologia | Resultados |
Tavares; Souza;Jesus | 2018 | Intervenção fisioterapêutica no tratamento de paciente com paralisia facial Periférica: estudo de caso | O realizar um protocolo de intervenção fisioterapêutica no tratamento de paciente acometida pela paralisia Facial periférica (pfp) e verificar seus resultados, relacionando-o com a funcionalidade e influenciando na qualidade de vida. | Como método avaliativo, foram utilizadas escalas de House-Brackmann e Visual Analógica para coleta de dados. | Foi observada a redução de grau de disfunção na escala de House-brackmann e de escore de dor na escala visual analógica (eva). |
SOUZA, Idaliana Fagundes de et al. | 2015 | Métodos Fisioterapêuticos utilizados no tratamento da Paralisia Facial Periférica: uma revisão. Rev. bras. | Descrever os métodos e recursos fisioterapêuticos utilizados na Paralisia Facial Periférica, e verificar de que forma a paralisia facial periférica (PFP) vem sendo considerada no processo de reabilitação. | Foi realizada uma revisão de literatura. | Os resultados destacaram diversas condutas terapêuticas eficazes no tratamento da Paralisia Facial Periférica (PFP), como recursos manuais, cinesioterapia, eletrotermofototerapia, métodos mecânicos, terapia cognitiva e treinamento funcional. Todos os estudos enfatizaram que o impacto da PFP vai além do físico, alcançando dimensões psicológicas e sociais, visando uma abordagem terapêutica integrada. |
GARANHANI, Márcia Regina et al. | 2017 | Fisioterapia na paralisia facial periférica: estudo retrospectivo | Descrever e analisar os resultados da fisioterapia para indivíduos com paralisia facial periférica | Foi realizado um estudo retrospectivo em um Hospital Universitário, com autorização do Serviço de Atendimento Médico e Estatístico, no período de 1999 a 2000. | Este estudo demonstrou que as características dos Indivíduos com paralisia facial atendidos na fisioterapia são similares a outras populações |
de Lacerda Furtado, J. H. da Silva Pires Barbosa, R. M. ., Conceição da Silva, M. C. Gonçalves Ferreira, A., de Oliveira Ferreira Cardoso Pereira, M. C. ., & Queiroz, C. R. | 2022 | Facilitação neuromuscular proprioceptiva no tratamento da paralisia facial periférica: uma revisão bibliográfica | identificar os efeitos da utilização da FNP como método de tratamento da PFP | Trata-se de uma revisão bibliográfica de artigos | Com análise dos artigos encontrados, foi realizado um processo de seleção dos artigos com base nos critérios de inclusão e exclusão, sendo excluído os artigos duplicados e criando planilha com os artigos selecionados. |
SILVA, Stefanie Kim de Lira da et al. | 2022 | Os benefícios da atuação da fisioterapia no tratamento da paralisia facial periférica | Abordar as vantagens e efeitos positivos da atuação fisioterapêutica no tratamento da Paralisia Facial Periférica. | Revisão Bibliográfica De Literatura | O Estudo Apontou vantagens e benefícios dos protocolos de Tratamento fisioterapêutico em pacientes acometidos de paralisia facial periférica, Indicando as melhores possibilidades de conduta e estratégias de atuação clínica e terapêutica |
CAPPELI, Angela Juliana et al. | 2020 | Principais fatores prognósticos e modalidades fisioterapêuticas associadas à recuperação funcional em pacientes com paralisia facial periférica | Avaliar Fatores Prognósticos E Modalidades De Fisioterapia Associadas À Recuperação Funcional Em Pacientes Com PFP | Este estudo envolveu uma coorte retrospectiva e prospectiva de pacientes internados no centro de reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HC-FMB) de janeiro de 2010 a janeiro de 2015 | A recuperação de PFP foi associada a vários fatores, incluindo grau de disfunção nervosa, tempo para início da reabilitação, sexo, hipertensão, diabetes mellitus e PFP anterior, todos os quais foram associados a piores resultados na escala facial. |
SANTOS, Joana Magalhães; DA SILVA, IsnandaTarciara, 2022. | 2022 | O conhecimento dos fisioterapeutas acerca do tratamento da paralisia facial periférica | Investigar o conhecimento dos fisioterapeutas acerca do tratamento da paralisia facial periférica. | Trata-se de um estudo de delineamento transversal, descritivo e de abordagem quantitativa cuja amostra populacional foi obtida através de um questionário online. | Os resultados demonstraram que os fisioterapeutas não estão atualizados diante das técnicas para reabilitação de um paciente com Paralisia Facial Periférica |
POSSAVATES, Ingrid Rangel; DOURADO, Kelly Cristina Colaço. | 2022 | PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA | Realizar um levantamento bibliográfico relacionado à intervenção da fisioterapia no tratamento de indivíduos portadores de paralisia facial periférica. | Revisão bibliográfica de literatura | Os resultados mostram que inúmeros estudiosos concordam com as Manifestações sintomáticas, evolução dos casos de acordo com a etiologia e as formas de tratamento |
A fisioterapia desempenha um papel fundamental no tratamento da paralisia facial periférica (PFP), Tavares, Souza e Jesus (2018) realizaram um estudo de caso com o objetivo de aplicar um protocolo de intervenção fisioterapêutica em um paciente com PFP, utilizando as escalas House-Brackmann e EVA para avaliar os resultados. O estudo mostrou redução do grau de disfunção e da dor, evidenciando a relevância do tratamento fisioterapêutico para melhorar a funcionalidade facial e, consequentemente, a qualidade de vida do paciente. Esses resultados reforçam a importância da fisioterapia para restaurar aspectos motores e aliviar sintomas que afetam diretamente a autoestima e o bem-estar dos pacientes.
Complementando essa perspectiva, Souza et al. (2015) exploraram uma variedade de métodos e recursos terapêuticos, incluindo cinesioterapia, eletrotermofototerapia e métodos cognitivos, destacando que o impacto da PFP vai além das limitações físicas. A pesquisa sugere que a abordagem terapêutica deve integrar dimensões psicológicas e sociais para atender às necessidades complexas dos pacientes com PFP, promovendo uma reabilitação que também visa a recuperação emocional. Esse foco integrado é essencial, pois a PFP pode gerar impactos que ultrapassam a função motora e adentram o campo da saúde mental e social, evidenciando a necessidade de um olhar ampliado para o processo de reabilitação.
Garanhani et et al. (2017) realizaram um estudo retrospectivo em um hospital universitário, onde observaram que pacientes com PFP atendidos em fisioterapia apresentavam características e respostas semelhantes a outras leis. Este resultado sugere que as intervenções fisioterapêuticas têm uma aplicabilidade ampla e podem ser adaptadas a diferentes perfis de pacientes, destacando as vantagens e eficácia da fisioterapia para esses indivíduos. A experiência acumulada em diversos perfis também possibilita o aprimoramento constante das práticas terapêuticas, permitindo que os fisioterapeutas adaptem seus métodos de acordo com a evolução das evidências clínicas.
Lacerda e Silva Pires (2022) mostram que a Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) é uma técnica fisioterapêutica que tem sido cada vez mais utilizada no tratamento da paralisia facial periférica (PFP). A PFP é uma condição que resulta de uma lesão no nervo facial, causando comprometimento dos músculos da face e diversas consequências psicossociais. Uma revisão bibliográfica recente destacou que a FNP se mostra eficaz e benéfica na reabilitação de pacientes com PFP. A técnica ajuda a melhorar a função muscular, prevenir a atrofia e promover a simetria facial. No entanto, os estudos também sugerem a necessidade de mais pesquisas para confirmar esses benefícios e explorar novas abordagens.
Em outro estudo, Silva et al. (2022) revisaram a literatura sobre os benefícios das intervenções fisioterapêuticas para a PFP e destacam que a aplicação de protocolos bem estruturados e individualizados é crucial para uma reabilitação eficaz. A pesquisa aponta que a adaptação das estratégias terapêuticas às necessidades específicas de cada paciente é essencial para alcançar resultados superiores, melhorando tanto a funcionalidade quanto a qualidade de vida. Essa abordagem individualizada permite uma atuação mais assertiva, onde cada caso é tratado de forma única, respeitando as particularidades de cada paciente.
Cappeli et al. (2020) analisaram fatores prognósticos e modalidades de fisioterapia relacionadas à recuperação funcional de pacientes com PFP. Eles observaram que variáveis como o grau de disfunção nervosa, o tempo de início da reabilitação e a presença de comorbidades (como hipertensão e diabetes) influenciaram significativamente os resultados. A análise desses fatores reforça a necessidade de uma avaliação inicial abrangente para adequar o tratamento fisioterapêutico conforme as condições de cada paciente, maximizando a eficácia da reabilitação e minimizando possíveis limitações.
Santos e Silva (2022), ao investigarem o conhecimento dos fisioterapeutas sobre o tratamento da PFP, apontaram que muitos profissionais carecem de atualização sobre as técnicas e métodos mais eficazes para a reabilitação. Essa lacuna na formação pode limitar a capacidade de fornecer um tratamento adequado, o que indica a importância de uma educação continuada para que os fisioterapeutas estejam sempre atualizados e capacitados a aplicar as melhores práticas disponíveis, promovendo uma recuperação mais completa para os pacientes.
Por fim, Possavates e Dourado (2022) realizaram uma revisão bibliográfica que revelou um consenso na literatura sobre as manifestações sintomáticas da PFP e a evolução dos casos conforme a etiologia e os métodos de tratamento utilizados. Os autores defendem uma abordagem ampla e integrada para o tratamento da PFP, contemplando tanto os aspectos físicos quanto os psicossociais. Essa abordagem é essencial para fornecer um suporte completo aos pacientes, considerando a complexidade de uma condição que afeta não apenas a funcionalidade facial, mas também a qualidade de vida e as relações sociais.
Esses estudos, em conjunto, apresentam uma visão abrangente do papel essencial da fisioterapia no tratamento da PFP. A reabilitação fisioterapêutica se destaca por sua adaptabilidade e eficácia, sendo capaz de auxiliar pacientes de diferentes perfis e com diversas necessidades, ao mesmo tempo em que se mostra eficiente na recuperação funcional e no suporte emocional. A importância de uma intervenção precoce e de um tratamento individualizado é unânime entre os autores, assim como a necessidade de uma abordagem integrada que reconheça os impactos multidimensionais da PFP na vida dos pacientes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que a atuação fisioterapêutica desempenha um papel central na reabilitação de pacientes acometidos pela paralisia facial periférica (PFP), apresentando resultados promissores tanto na recuperação funcional quanto no bem-estar emocional dos pacientes. A partir dos estudos revisados, fica claro que uma intervenção fisioterapêutica deve ser iniciada o mais precocemente possível, preferencialmente na fase aguda, para potencializar a eficácia do tratamento e reduzir o risco de sequelas permanentes. A fisioterapia, ao utilizar métodos variados como cinesioterapia, eletrotermofototerapia, e técnicas de facilitação neuromuscular, não atua apenas sobre a função motora, mas também contribui para melhorar a qualidade de vida, a autoestima e o bem-estar social dos indivíduos acometidos.
A abordagem integrada é fundamental para uma reabilitação completa, considerando que a PFP gera impacto psicológico e social significativo, além das especificações físicas. Os estudos demonstram que estratégias terapêuticas personalizadas, adaptadas às condições e necessidades específicas de cada paciente, maximizam a eficiência dos protocolos de tratamento e promovem uma recuperação mais satisfatória e rigorosa.
Contudo, a literatura aponta a necessidade de atualização profissional constante. A educação continuada dos fisioterapeutas é essencial para que os profissionais possam acompanhar os avanços nas técnicas e recursos de reabilitação, ampliando assim suas capacidades para oferecer um tratamento de excelência.
Dessa forma, as evidências reunidas sugerem que a fisioterapia, com sua vasta gama de métodos, é essencial para o processo de reabilitação em casos de PFP. A combinação de intervenções baseadas em evidências com uma abordagem centrada no paciente é crucial para atender à complexidade dessa condição e alcançar resultados específicos e abrangentes.
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