REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10054081
José Henrique Rodrigues Machado
Júlia Cristina de Almeida Braz
Amanda de Paiva Freitas
Heitor Abadio Vicente
Marcelo Vinícius Costa Amorim
Marcella Antunes Sousa Luiz de Oliveira
Ilka Mendes Fernandes
RESUMO
A sociolinguística é o ramo da linguística que estuda a relação entre a língua e a sociedade, ou seja, como os fatores sociais influenciam o uso e a variação da língua. Um dos aspectos estudados pela sociolinguística é o dos falares regionais, que são as variedades linguísticas que se diferenciam de acordo com a região geográfica em que são faladas. No Brasil, existem diversos falares regionais, que refletem a diversidade cultural e histórica do país. Alguns fatores que influenciam os falares regionais no Brasil são: o contato com outras línguas (indígenas, africanas, europeias), a colonização portuguesa, as migrações internas e externas, as diferenças climáticas e geográficas, etc. Alguns autores que tratam desse tema são: Câmara Jr. (1970), Mattoso Câmara (1972), Bagno (1999), Bortoni-Ricardo (2004), entre outros. Essa proposta se digna a oferecer reflexões sobre os falares nessa perspectiva.
Palavras-chave: Sociolinguística; variedade linguística; falar caipira.
Constituição de grupo de acordo com a psicologia
Um dos aspectos mais importantes para entender como os grupos são formados é o conceito de interesses comuns. Segundo Lewin (1948), um dos pioneiros da psicologia social, os grupos são formados quando as pessoas percebem que têm algo em comum que as une e as diferencia dos outros. Esse algo pode ser uma necessidade, um objetivo, uma preferência ou uma opinião. Os interesses comuns criam um sentimento de pertencimento ao grupo e uma motivação para cooperar com os demais membros.
Lewin (1948) propôs o modelo de campo dinâmico para explicar como os interesses comuns influenciam o comportamento dos indivíduos nos grupos. Esse modelo afirma que o comportamento é determinado pela interação entre as características pessoais do indivíduo (como personalidade, valores e atitudes) e as características do ambiente (como normas, papéis e expectativas do grupo). Assim, os indivíduos tendem a se comportar de acordo com os interesses comuns do grupo ao qual pertencem ou desejam pertencer.
A constituição de grupos com base em princípios psicológicos, explorando as teorias, os conceitos e as pesquisas que fundamentam essa análise. Demonstramos como a psicologia pode auxiliar na formação e gestão de grupos eficazes e saudáveis em diversos contextos, como educação, trabalho, saúde e comunidade. Concluímos que os grupos são formados por pessoas que têm interesses comuns, objetivos compartilhados, afinidades e dinâmicas de grupo que influenciam seu comportamento e seus resultados.
A participação em grupos tem implicações psicológicas importantes para o desenvolvimento de identidade, a satisfação das necessidades sociais e os efeitos emocionais dos indivíduos. A psicologia, portanto, tem um papel fundamental para compreender e promover a constituição de grupos que favoreçam o bem-estar individual e coletivo. Reconhecemos, no entanto, que nossa análise não esgota o tema, pois existem outras abordagens e perspectivas que podem enriquecer o estudo dos grupos. Sugerimos, assim, que se realizem mais pesquisas sobre a constituição de grupos em diferentes culturas, épocas e situações.
Os grupos são unidades sociais fundamentais para a vida humana, pois permitem a interação, a cooperação e o aprendizado entre as pessoas. A psicologia, como ciência que estuda o comportamento e os processos mentais dos indivíduos e dos grupos, tem contribuído para compreender como os grupos são formados e quais são os fatores que influenciam sua dinâmica e seus resultados.
Nessas reflexões, pretendemos analisar a constituição de grupos com base em princípios psicológicos, explorando as teorias, os conceitos e as pesquisas que fundamentam essa análise. Nosso objetivo é demonstrar como a psicologia pode auxiliar na formação e gestão de grupos eficazes e saudáveis em diversos contextos, como educação, trabalho, saúde e comunidade.
Sociolinguística e os falares regionais do/no Brasil
A sociolinguística é a ciência que estuda a relação entre a língua e a sociedade, considerando como os fatores sociais influenciam o uso e a mudança da língua. No contexto dos falares regionais do Brasil, a sociolinguística se ocupa de analisar como as variações linguísticas se manifestam nas diferentes regiões do país, refletindo aspectos geográficos, culturais e históricos da formação da nação brasileira.
O Brasil é um país de grande extensão territorial e diversidade cultural, o que resulta em uma riqueza de dialetos e sotaques no âmbito da língua portuguesa. Segundo Bagno (2012), os falares regionais do Brasil podem ser agrupados em quatro grandes áreas geográficas: Norte, Nordeste, Centro-Sul e Sul. Cada uma dessas áreas apresenta características fonéticas, morfológicas, sintáticas e lexicais próprias, que as diferenciam das demais. Além disso, dentro de cada área, há variações menores, que podem ser atribuídas a fatores como origem étnica, nível socioeconômico, grau de escolaridade, faixa etária e gênero.
Para compreender as origens e as especificidades dos falares regionais do Brasil, é preciso recorrer a referências bibliográficas que abordem os aspectos históricos e culturais que moldaram a língua portuguesa no país. Uma obra fundamental nesse sentido é A Língua do Brasil (2017), de Marcos Bagno, que traça um panorama da evolução da língua portuguesa desde o período colonial até os dias atuais, destacando os processos de contato linguístico entre o português e as línguas indígenas e africanas, bem como as influências de outras línguas europeias. Outra referência importante é A Geografia Linguística no Brasil (2001), de Carlos Alberto Faraco, que analisa as diferenças regionais na pronúncia do português brasileiro, baseando-se em dados do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB).
Um dos temas mais relevantes para a sociolinguística no contexto dos falares regionais do Brasil é a questão da atitude social em relação às diferentes variedades linguísticas. Muitas vezes, os falantes de certos dialetos ou sotaques sofrem preconceito linguístico ou são estereotipados por sua forma de falar. Por exemplo, o sotaque nordestino é frequentemente associado à pobreza, à ignorância ou à falta de educação, enquanto o sotaque sulista é visto como mais culto ou refinado.
Essas atitudes refletem uma ideologia linguística que valoriza certas formas de falar em detrimento de outras, ignorando a diversidade e a complexidade da língua portuguesa no Brasil. Uma obra que discute esse fenômeno é Preconceito Linguístico: O Que É, Como Se Faz (1999), de Marcos Bagno, que denuncia as formas de discriminação e exclusão social baseadas na língua e propõe uma reflexão crítica sobre as normas e os usos da língua portuguesa no país.
A sociolinguística é uma área de estudo fundamental para a valorização e o respeito pela diversidade linguística no Brasil. Ao investigar as relações entre a língua e a sociedade, a sociolinguística contribui para a compreensão das complexas relações entre língua, identidade e cultura. Ao reconhecer as variações linguísticas como fenômenos naturais e legítimos da língua portuguesa no país, a sociolinguística promove uma visão mais democrática e inclusiva da comunicação humana.
A constituição do falar caipira
O falar caipira é uma variedade linguística que se originou no Brasil colonial, a partir do contato entre os colonizadores portugueses, os indígenas e os africanos escravizados. Essa variedade se desenvolveu principalmente nas regiões do interior de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, onde se formaram as primeiras fazendas de gado e de café. O falar caipira foi influenciado pelas condições geográficas, históricas e culturais dessas regiões, que favoreceram o isolamento e a conservação de traços linguísticos antigos (Alkmim, 2004).
O falar caipira apresenta características distintivas em relação ao português padrão, tanto no nível fonético quanto no morfológico, lexical e sintático. Entre essas características, podemos citar: a redução ou supressão das vogais átonas finais; a palatalização ou assibilamento de certas consoantes; a simplificação ou eliminação de certos grupos consonantais; o uso de formas verbais arcaicas ou irregulares; o emprego de pronomes pessoais e possessivos de forma diferente da norma culta; o uso de vocábulos e expressões típicas do vocabulário rural; a inversão ou alteração da ordem das palavras na frase; entre outras (Sandmann, 1997). Essas características conferem ao falar caipira uma identidade linguística própria, que reflete a cultura e a história dos seus falantes.
O falar caipira não é uma variedade homogênea, mas sim um conjunto de dialetos que apresentam diferenças entre si, conforme a região, a época e o grupo social. Estudos sociolinguísticos e antropológicos têm revelado a diversidade e a riqueza do falar caipira no Brasil, mostrando que essa variedade não é apenas um resquício do passado, mas sim uma forma viva e dinâmica de comunicação.
Alguns desses estudos são: Amado (1982), que analisa o falar caipira paulista; Camargo (1989), que estuda o falar caipira mineiro; Nascimento (1998), que investiga o falar caipira goiano; e Silva (2006), que pesquisa o falar caipira mato-grossense.
O falar caipira tem um papel importante na construção da identidade cultural e social das comunidades rurais do Brasil, pois expressa os valores, as crenças, as tradições e as experiências desses grupos. A linguagem é um instrumento de afirmação e resistência dos caipiras diante das transformações sociais e econômicas que afetam o campo brasileiro.
O falar caipira também é um elemento de integração e solidariedade entre os membros dessas comunidades, que compartilham uma visão de mundo própria e uma forma singular de se relacionar com a natureza e com os outros (Bortoni-Ricardo, 2008).
No entanto, o falar caipira enfrenta desafios e questões relacionados à sua preservação e revitalização em um contexto em que línguas e dialetos estão em constante transformação. O processo de urbanização, a migração para as grandes cidades, a expansão dos meios de comunicação de massa, a escolarização e a valorização do português padrão são alguns dos fatores que contribuem para a perda ou a modificação de traços característicos do falar caipira.
Por isso, é necessário promover iniciativas que valorizem e divulguem essa variedade linguística, como projetos educacionais, culturais e artísticos que reconheçam a importância do falar caipira para a diversidade linguística e cultural do Brasil (Bagno, 2012).
Falar caipira como um regionalismo.
O falar caipira é uma das variedades linguísticas do português brasileiro, que se originou e se difundiu na região do interior de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e partes do Paraná. Essa variedade é fruto da interação entre os colonizadores portugueses, os indígenas e os africanos que habitavam essa região, bem como das influências de outras regiões do Brasil e de outros países. O falar caipira pode ser entendido como um regionalismo linguístico, ou seja, uma forma de linguagem que reflete as características geográficas, históricas, culturais e sociais de uma determinada região (BAGNO, 2012).
O falar caipira apresenta diversas características distintivas em relação a outras variedades linguísticas do Brasil, tanto no nível fonético quanto no morfológico, lexical e sintático. Algumas dessas características são: o rotacismo, que consiste na transformação de /l/ em /r/ em final de sílaba (por exemplo, “falar” vira “farrá”); a palatalização de /t/ e /d/ antes de /i/ (por exemplo, “tia” vira “chia”); a redução ou eliminação do /r/ final (por exemplo, “porta” vira “pota”); a nasalização de vogais (por exemplo, “bom” vira “bõ”); o uso do pronome pessoal “nós” com valor de primeira pessoa do singular (por exemplo, “nós vai”); o uso do gerúndio com valor de futuro (por exemplo, “eu tô indo amanhã”); o uso de formas verbais arcaicas ou populares (por exemplo, “nós fumo”); o uso de vocábulos típicos da região caipira, como “trem”, “uai”, “sô”, “causo”, entre outros (Camacho, 1999).
O falar caipira tem sido objeto de estudo de diversos pesquisadores da área da sociolinguística, que se dedicam a analisar sua origem, sua evolução, sua estrutura e sua função social. Alguns desses estudos são: “O dialeto caipira” (Amadeu Amaral, 1920), considerado o primeiro trabalho sobre o tema; “A língua do Brasil amanhã e outros mistérios” (Mattoso Câmara Jr., 1972), que discute as possíveis mudanças na língua portuguesa no Brasil; “Preconceito linguístico: o que é, como se faz” (Bagno, 1999), que denuncia as formas de discriminação contra as variedades não-padrão da língua; “A construção social da subcidadania: para uma sociologia política da modernidade periférica” (Souza, 2003), que relaciona o falar caipira com a questão da cidadania e da exclusão social; entre outros.
O falar caipira desempenha um papel importante na construção da identidade regional dos seus falantes, que se reconhecem como pertencentes a uma comunidade com traços culturais próprios e com uma forma de expressão singular. O falar caipira também é um elemento de resistência e afirmação diante das pressões da sociedade urbana e globalizada, que tende a homogeneizar as formas de linguagem. Por outro lado, o falar caipira também é alvo de preconceito e estigmatização por parte de pessoas que consideram essa variedade como inferior, errada ou feia. Essas atitudes negativas se manifestam em diversas esferas da vida social, como na escola, no trabalho, na mídia e na literatura. O falar caipira é frequentemente associado a estereótipos de ignorância, rusticidade, ingenuidade ou comicidade (Bortoni-Ricardo, 2004).
Portanto, o falar caipira é um regionalismo linguístico que revela a diversidade e a riqueza da língua portuguesa no Brasil. É uma forma de linguagem que expressa a identidade, a cultura e a história de uma região e de um povo. É também uma forma de linguagem que enfrenta desafios e conflitos em uma sociedade que valoriza a norma-padrão e que discrimina as diferenças. O falar caipira merece ser estudado, respeitado e valorizado como uma manifestação legítima da língua portuguesa.
A importância do respeito a diversidade linguística
A diversidade linguística é um fenômeno que caracteriza a humanidade desde os seus primórdios. Segundo Crystal (2000), existem atualmente cerca de 6 mil línguas no mundo, distribuídas em diferentes regiões, países e comunidades. Além disso, cada língua pode apresentar diversas variantes, como dialetos, socioletos, registros e estilos, que refletem as características sociais, culturais e situacionais dos falantes. Nesse sentido, a diversidade linguística é uma expressão da riqueza e da complexidade da comunicação humana.
A diversidade linguística tem uma relevância cultural, histórica e social inegável, pois a linguagem é um dos principais elementos que constituem a identidade e a coesão de um grupo.
Como afirma Bakhtin (1981), a língua é um produto da interação social, que se constrói e se transforma ao longo do tempo, incorporando as visões de mundo, os valores e as experiências dos falantes. Assim, cada língua e cada variedade linguística carrega consigo uma memória coletiva, uma forma de ver e interpretar a realidade e uma forma de se relacionar com os outros.
A diversidade linguística pode ser abordada sob diversos ângulos, como o sociolinguístico, o antropológico e o educacional. A sociolinguística é o ramo da linguística que estuda as relações entre a língua e a sociedade, analisando como os fatores sociais influenciam o uso e a variação da língua. A antropologia linguística é o ramo da antropologia que estuda as relações entre a língua e a cultura, investigando como a língua reflete e molda os sistemas simbólicos, as categorias cognitivas e as práticas culturais dos povos. A educação linguística é o campo que se ocupa da formação de professores e alunos em relação à língua, buscando promover o desenvolvimento de competências comunicativas, o reconhecimento da diversidade linguística e o respeito às diferenças linguísticas.
Um dos grandes desafios enfrentados pela diversidade linguística é a ameaça de extinção de muitas línguas. Segundo a UNESCO (2019), cerca de 40% das línguas do mundo estão em risco de desaparecer, principalmente as faladas por grupos minoritários e indígenas. A perda de uma língua implica a perda de um patrimônio cultural imaterial, de uma forma de conhecimento e de uma identidade. Por isso, é fundamental que sejam adotadas medidas para preservar as línguas ameaçadas, como o registro, a documentação, a revitalização e a promoção dessas línguas.
Outro desafio relacionado à diversidade linguística é o preconceito linguístico e a estigmatização de variedades linguísticas não padrão. Muitas vezes, as diferenças linguísticas são usadas como critério para discriminar ou inferiorizar os falantes de determinados grupos sociais ou regionais.
Essa atitude revela uma visão normativa e prescritiva da língua, que ignora a sua natureza variável e heterogênea. Como defende Bagno (1999), é preciso combater os estereótipos linguísticos e reconhecer que todas as variedades linguísticas são legítimas e funcionais, sendo adequadas aos seus contextos de uso.
Portanto, pode-se concluir que a diversidade linguística é um aspecto fundamental da comunicação humana, que merece ser respeitada e valorizada. A diversidade linguística representa a pluralidade e a criatividade dos falantes, bem como a sua identidade e a sua cultura. Além disso, a diversidade linguística é um recurso pedagógico importante para o ensino-aprendizagem de línguas, pois possibilita o desenvolvimento de uma consciência linguística crítica e reflexiva nos alunos.
CONCLUSÃO
Tão logo se passa a compreender que o falar caipira é um dos falares regionais do Brasil, que se caracteriza por ser falado principalmente no interior dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná. O falar caipira tem suas origens históricas e culturais na miscigenação entre os colonizadores portugueses, os indígenas e os africanos que habitavam essas regiões.
O falar caipira que se desenvolveu e se diferenciou de outras formas de fala no Brasil por apresentar características fonéticas, morfológicas, sintáticas e lexicais próprias, tais como: o uso do r retroflexo, a redução das vogais átonas finais, a concordância nominal variável, o uso de pronomes pessoais oblíquos átonos como sujeito, o emprego de formas verbais arcaicas ou populares, o uso de vocábulos de origem indígena ou africana, etc. Alguns autores que estudam o falar caipira são: Amaral (1920), Negrão (1999), Alkmim (2004), dentre outros pesquisadores sobre a temática.
Ele pode ser visto como um regionalismo linguístico no contexto mais amplo dos regionalismos linguísticos no Brasil. Os regionalismos linguísticos são as variações da língua que se manifestam em diferentes regiões do país, marcando a identidade e a cultura desses locais. Os regionalismos linguísticos podem ser percebidos e valorizados de diferentes formas pela sociedade, dependendo de fatores como prestígio social, escolaridade, mídia, etc. Os regionalismos linguísticos também podem estar sujeitos a estereótipos associados às características sociais e culturais das regiões em que são falados. Alguns estudos e teorias relevantes de sociolinguística que explicam o fenômeno dos regionalismos linguísticos são: Labov (1972), Trudgill (1974), Weinreich (1979), Bortoni-Ricardo (1985), entre outros.
O respeito à diversidade linguística é um valor fundamental para a convivência harmoniosa e democrática entre os falantes de diferentes variedades linguísticas. O preconceito linguístico é uma forma de discriminação que afeta indivíduos e comunidades que falam variedades consideradas inferiores ou erradas pela norma padrão. O preconceito linguístico pode gerar consequências negativas como exclusão social, baixa autoestima, dificuldade de aprendizagem, violência, etc. A valorização e a preservação das diferentes variedades linguísticas são essenciais para garantir o direito à comunicação, à expressão e à participação social de todos os falantes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
AMADEU AMARAL. O dialeto caipira. São Paulo: Anhembi, 1920.
BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 1999.
BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. São Paulo: Parábola, 2012.
BORTONI-RICARDO, Stella Maris. Educação em língua materna: a sociolinguística na sala de aula. São Paulo: Parábola, 2004.
CAMACHO, Roberto Gomes. O falar caipira do estado de São Paulo: aspectos fonéticos e morfológicos. São Paulo: Humanitas/FFLCH/USP, 1999.
MATTOSO CÂMARA JR., Joaquim. A língua do Brasil amanhã e outros mistérios. Rio de Janeiro: Padrão, 1972.
SOUZA, Jessé. A construção social da subcidadania: para uma sociologia política da modernidade periférica. Belo Horizonte: UFMG; Rio de Janeiro: IUPERJ, 2003.