O ENSINO DA MATEMÁTICA ATRAVÉS DE JOGOS ELETRÔNICOS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11528374


Joana Josiane Andriotte Oliveira Lima Nyland1; Romerito Mendes De Jesus Amorim2; Bruna Karolayne Oliveira Malta3; João Pedro Menezes Celos4; Larissa Rocha Paulo De Oliveira5; Alan Marques Pereira6; Kleber Souza De Oliveira7; Evanildo De Jesus Gonçalves8; Roseli Maria De Jesus Soares9; Rogério Rodrigues Lima De Araújo10; Geaze Da Silva Santos11


RESUMO: Este trabalho tem como objetivo identificar o desempenho e o raciocínio matemático dos alunos usando aplicativos de tecnologia, apontar ferramentas tecnológicas apropriadas para auxiliar o ensino de matemática, buscar o uso de programas virtuais, celulares, tablets e laptops e investigar dificuldades. encontrados no aprendizado. Para tanto, foram realizados estudos bibliográficos por diversos estudiosos, incluindo Moran (2007), Demo (1993), Tajra (2001) e Paiva (2008), além de estudos de campo no Colégio Estadual Dr. Ives Orlando Lopes da Silva, e alunos do primeiro ano do ensino médio. O uso dessas ferramentas permite que os alunos participem de forma mais ativa e feliz no ambiente escolar, ao mesmo tempo em que aumenta a qualidade do ensino, uma vez que o manuseio desses dispositivos faz com que os alunos se sintam mais familiarizados na escola. No entanto, essas ferramentas requerem o cuidado e supervisão dos professores para que sejam utilizadas de forma correta e eficaz no desenvolvimento da disciplina.

PALAVRAS-CHAVE: Aplicativos tecnológicos; Ensino da matemática; Qualidade; Aprendizagem.

1. INTRODUÇÃO

    O uso da tecnologia nas escolas cresce a cada dia. É razoável supor que seu uso adequado facilitará o aprendizado do aluno e aumentará seu interesse pelo assunto. Por meio da tecnologia, alunos e professores podem expandir seus conhecimentos, comunicar-se entre si e trocar informações para descobrir com eficiência as respostas de que precisam. Vários estudiosos, como Moran (2007), Demo (1993), Tajra (2001) e Paiva (2008), têm se dedicado a pensar o uso da tecnologia e a prática do ensino.

    Eles argumentam que é necessária uma mudança de paradigma para integrar o ensino com o bom uso da internet e que apontam que mesmo que a tecnologia traga mudanças, o professor não perderá sua função.

    Os educadores são sempre necessários, pois o que muda é o foco da aprendizagem e a infinidade de possibilidades, como videoconferência, “softwares” educativos que proporcionam desenvolvimento de habilidades diversas, chat, sites de pesquisa, etc. (DEMO, 1993). Com isso, deve-se também verificar o desempenho e o desenvolvimento dos alunos que utilizam o aplicativo no aprendizado de matemática, pois trata-se do seu bom uso e utilização, sempre acompanhado pelo professor, para que, além de identificar o desempenho positivo, possa também Identificar pontos cria dificuldade.

    Nessa proposta, composta pelas ideias dos autores citados no parágrafo anterior, o uso de lousas, livros didáticos e professores de conteúdo é cada vez menor, e a aplicação de novas tecnologias é crescente (BRITO, 2003). Caracterizam-se pela interatividade na aprendizagem e pela capacidade de simular situações envolvendo ambientes virtuais relacionados à realidade cotidiana. No entanto, devemos sempre observar se o uso de ferramentas tecnológicas realmente promove o aprendizado matemático (PERRENOUD, 2000).

    O uso excessivo e incorreto de ferramentas tecnológicas pode afetar o desempenho dos alunos. Por exemplo, o resultado de processá-los em busca de uma solução pode atrapalhar o raciocínio dos alunos, levando a falhas no aprendizado da matemática.

    Portanto, é muito importante que os professores monitorem aplicativos e sites etc. Para isso, os professores precisam estar preparados para interagir com uma geração mais avançada e informada, pois as modernas formas de comunicação conduzidas pela internet permitem o acesso instantâneo à informação, e os alunos têm mais facilidade em buscar conhecimento para seu uso por meio da tecnologia colocada (PERRENOUD, 2000).

    O uso de equipamentos tecnológicos, aplicativos e softwares educacionais para a educação matemática, aponta para uma forma inovadora de ensino baseada no construtivismo de interação social, com o auxílio de recursos de tecnologia da informação, pode orientar os educadores a vivenciarem oportunidades de compreensão dos processos mentais, conceitos e estratégias utilizadas. pelos alunos, e utilizar esse conhecimento para mediar e contribuir de forma mais efetiva no processo de construção do conhecimento (VALENTE, 1997).

    A utilização de equipamentos técnicos, como os já citados, tornou-se indispensável na atualidade (GRISPUN, 1999). A globalização e a necessidade de informações rápidas estão tornando as pessoas mais íntimas e afeiçoadas às ferramentas tecnológicas a cada dia. Na verdade, esse acesso instantâneo à informação é essencial para facilitar a busca do conhecimento. No entanto, ainda é um assunto que incomoda alguns professores.

    2. A UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA

    O que tem levado ao uso de celulares, tablets e laptops em sala de aula é a dificuldade dos alunos em aprender matemática. Raciocínios e fórmulas aplicadas de forma tradicional trazem um certo desinteresse por se tratar de uma grande quantidade de informações que os alunos têm que colocar no papel e assim registrar na memória (BRITO, 2003).

    Os alunos têm uma infinidade de telefones, tablets e laptops, o que me levou a descobrir se adaptar o ensino de matemática a essas ferramentas levaria a um maior interesse e melhor desempenho computacional e raciocínio lógico. Como explica Primo (1999), quando se trata de negociação, a interação é mútua, enquanto em se tratando de estímulo-resposta, a interação é reativa. As ferramentas que mediam o comportamento do professor e a aprendizagem do aluno são auxílios sempre disponíveis e muito úteis quando usados ​​corretamente (GRISPUN, 1999).

    É por meio da seleção criteriosa de ferramentas educacionais e do uso adequado da web que podemos almejar formas de trabalho mais ousadas e ainda mais interativas (GRISPUN, 1999). Algumas escolas e muitos professores recomendam a proibição de celulares e tablets em sala de aula sob o argumento de que levam em conta o abuso de alunos se conectando à internet em sala de aula, inclusive trocando informações nos momentos de avaliação, tirando fotos e filmando o que podem e tudo que não devem ser fotografados (BRITO, 2003).

    O uso de dispositivos eletrônicos com acesso instantâneo a informações da internet para ensinar os professores preocupa a identidade dessa geração, pois eles afirmam que as aulas ministradas pelo professor ficam em segundo plano ou não, porque o uso de telefones celulares é frequentemente usado para explicar a tema (BRITO, 2003).

    O que chama a atenção, dizem, é saber por que as pessoas não estão mais interessadas em aprender sobre assuntos relacionados à escola, mas em vídeos engraçados, frases sarcásticas, quem está “saindo” com quem etc. (PAIVA, 2015).

    A questão é: há algum benefício em banir esses dispositivos nas escolas? Esses itens são realmente a razão pela qual os alunos perdem a concentração na aula? Um curso chato faz com que os alunos procurem algo mais atrativo, pois, segundo Içami Tiba (2006), o curso deve ser comparado a uma refeição: se for bem preparado, os pratos são combinados, bonitos e agradáveis ​​aos olhos, colegas, mesmo se eles não estão com fome querem tentar. Plümer (2005) afirmou que esta sociedade está mudando rapidamente devido às novas formas de comunicação em tempo real e que eventos em qualquer lugar do mundo são conhecidos quase que imediatamente (SETZER, 2001).

    Também reforça a ideia de que a influência da informação no comportamento das pessoas supera valores, crenças, costumes e hábitos, levando a uma mudança nas bases comunitárias que nem sempre estão prontas para uma absorção tão massiva (GRISPUN , 1999). O que os professores devem fazer é usar essas ferramentas a seu favor, buscando formas de conectá-las à sala de aula, como a matemática, para estimular seu uso e interesse (PAIVA, 2015).

    Em suma, a tecnologia facilita a transferência de informações, mas o papel do professor continua sendo a seleção e o uso adequado da tecnologia, dos softwares e de seus aplicativos para ajudar os alunos a resolverem problemas e realizar tarefas que exijam raciocínio e reflexão (BRITO, 2003).

    O uso de celulares, tablets e laptops no ensino de matemática escolar é um meio de melhorar o desempenho dos alunos, pois é um atrativo para que eles entrem no mundo virtual por meio de ferramentas que estimulam o interesse pela matemática (PAIVA, 2015), desde software educacional, como aplicativos, sites, etc. envolvendo disciplinas de matemática, sob a supervisão de professores, pode ser um meio de avaliar métodos de ensino e melhorar a busca por métodos de ensino ótimos (GRISPUN, 1999).

    No entanto, apesar de todas essas contribuições, o uso da tecnologia continua sendo um desafio, havendo ainda alguma resistência, dúvida, dificuldade e conflito de alguns professores (SETZER, 2001).

    O professor deve se mover com o tempo, fazer escolhas conscientes sobre quais tecnologias utilizar em programas educacionais e entender cada vez mais o conhecimento como um processo contínuo de construção colaborativa, do qual ele é orientador. Os resultados de aprendizagem tendem a ser mais duradouros para alunos motivados (PAIVA, 2015).

    2.1 Jogos matemáticos em celulares e tablets

    Segundo Tajra (2001), os jogos nesses dispositivos tendem a atrair crianças e adolescentes porque estimulam a participação ativa daqueles com quem interagem. Os mesmos autores apontam que os professores podem escolher jogos de matemática com base em suas sugestões de ensino, abordando os conteúdos e estratégias que pretendem desenvolver, de forma prazerosa para os alunos. Os jogos podem ajudar a desenvolver a coordenação visomotora, raciocínio lógico, velocidade de raciocínio e construção de conceitos matemáticos (SETZER, 2001).

    Aproveitar esses recursos no ensino de matemática escolar para dar sentido às atividades, construir relações com os sujeitos da pesquisa e sistematizar os resultados obtidos nas atividades propostas. Hoje, no Brasil, a maioria dos alunos possui esses aparelhos e os utiliza bem, sabendo como funcionam (SETZER, 2001). A maior dificuldade é que alguns professores, que não estão familiarizados com esses objetos, não aplicam a matemática para que os alunos usem o dispositivo corretamente. O método que ainda utilizam permite que os alunos usem celulares e tablets como abrigo para se distanciarem da sala de aula, que consideram chata e incompreensível (TAJRA, 2001).

    2.2 Utilização de programas de matemática no notebook

    Muitas vezes, os professores raramente usam as aulas de matemática em sala de aula porque alguns relutam em envolver os alunos ou a si mesmos nesse ambiente tecnológico (ZABALA, 2018). O fato contrastante é que os professores não estão preparados para integrar essas aulas em sua prática diária. No entanto, quando um professor engaja e aplica esses recursos, ele encontra procedimentos eficazes para que os alunos utilizem os cadernos para apoiar o aprendizado da matemática (TAJRA, 2001).

    Existem diversas ferramentas disponíveis para ajudar os alunos a aprenderem, mas encontrar professores que estejam dispostos e disponíveis para buscar esses auxílios e estudar seu uso adequado não é uma tarefa fácil (SETZER, 2001).

    Um dos motivos que pode ser considerado uma barreira para o uso desses recursos pelos professores é a falta de incentivos para a formação de professores. Os órgãos de gestão e/ou direção das escolas não disponibilizam os meios e recursos para a formação destes profissionais da educação, nem disponibilizam condições financeiras adequadas para tal (ZABALA, 2018).

    Em alguns casos, as escolas fornecem ferramentas, mas nenhum treinamento. Para professores com mais de 20 anos de carreira, o método limita-se ao uso de livros didáticos, o que é mais difícil (TAJRA, 2001).

    3. PROCEDIMENTOS AVALIATIVOS COM O USO DE CELULARES, TABLETS E NOTEBOOKS

     Com os alunos possuindo tantos celulares, tablets e laptops, fiquei inspirado ao ver se a adaptação do ensino de matemática a essas ferramentas levaria a um maior interesse e a melhores habilidades de raciocínio computacional e lógico. Como explica Primo (1999), a interação é recíproca quando envolve negociação e reativa quando envolve estímulo-resposta. As “ferramentas” que coordenam a ação do professor e a aprendizagem dos alunos são auxílios, sempre disponíveis e, se utilizados corretamente, extremamente úteis.

    Através de uma seleção cuidadosa de ferramentas educativas e da utilização adequada da Web (e de todas as suas capacidades), podemos permitir formas de trabalho mais ousadas e interativas. Algumas escolas e muitos professores sugeriram a proibição de telemóveis e tablets nas salas de aula, citando casos extremos que têm em conta o abuso de alunos que se ligam à internet nas aulas e até trocam informações em momentos de avaliação. , filmam e filmam tudo o que podem e não devem filmar (BRITO, 2003).

    A existência de dispositivos eletrônicos que proporcionam acesso instantâneo à informação da Internet para as aulas preocupa os professores com a identidade desta geração, pois afirmam que com a utilização do telemóvel as aulas ministradas pelos professores ficam em segundo plano ou mesmo inexistentes. Os telefones são usados ​​frequentemente durante explicações de tópicos (BRITO, 2003).

    Dizem que o que preocupa é saber por que as pessoas não estão mais interessadas em aprender sobre assuntos escolares, mas em aprender sobre vídeos engraçados, frases sarcásticas, quem está “ficando” com quem e assim por diante (PRIMO, 1999).

    O software educacional pode ser dividido em duas grandes categorias: software que facilita o ensino e software que apoia a construção do conhecimento. Softwares que facilitam o ensino são aqueles que fornecem aos alunos conteúdos prontos, como tutoriais e enciclopédias. Essas ferramentas que auxiliam na construção do conhecimento são aquelas por meio das quais os alunos podem se expressar, expressar suas ideias e visualizar os resultados de suas ações, como editores gráficos, planilhas, bancos de dados, etc.

    Segundo Zabala (2018), avaliar alunos com atividades geométricas, expressões numéricas e álgebra construídas com os dispositivos eletrônicos citados é um desafio, pois essas atividades devem ser cuidadosamente selecionadas. É importante ressaltar que essas atividades incluíram desafios de questionamento, que ampliaram o conhecimento em sala de aula (ZABALA, 2018). Explorar ferramentas e fazer perguntas sobre o que aconteceria se os dados da fórmula fossem modificados estimula a curiosidade dos alunos em buscar uma compreensão mais abrangente (SETZER, 2001).

    O desempenho foi avaliado por meio do desenvolvimento de movimentos de processamento e compreensão de sugestões matemáticas, nas quais foram verificadas habilidades gráficas e numéricas durante o uso do dispositivo (TAJRA, 2001).

    4. CONCLUSÃO

    Diante do exposto, é responsabilidade do professor encontrar ferramentas adequadas para captar a atenção do aluno e despertar seu desejo de aprender e continuar aprendendo. No entanto, essas ferramentas devem ser devidamente selecionadas e utilizadas. No caso de celulares, tablets e laptops que os alunos já possuem, é necessário que o professor os utilize para si mesmo, pois pode se tornar monótono se ele não buscar conectar a sala de aula com esses dispositivos sem estímulos, despertando a atração dos alunos. para atividades que são o oposto de seus objetivos. Planejamento, abordagem e diálogo são fundamentais para o sucesso do curso.

    Portanto, o uso da tecnologia pode facilitar o aprendizado e, à medida que o uso da tecnologia aumenta, os professores precisam se adaptar a essa “nova forma” de aprender e ensinar, pois os programas educacionais estabelecidos para esse fim estão evoluindo rapidamente.

    O uso dessas ferramentas permite que os alunos participem de forma mais ativa e feliz no ambiente escolar, melhorando a qualidade do ensino, uma vez que o uso desses recursos faz com que os alunos se sintam mais familiarizados com a escola.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    BRITO, G. S. Purificação, I. C. Educação professor e novas tecnologias: em busca de uma conexão real. Curitiba: Protexto. 2003.

    DEMO, P. Desafios modernos da educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1993.

    PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira. O Uso da Tecnologia no Ensino de Línguas Estrangeira: breve retrospectiva histórica. 2015.

    PERRENOUD, Philippe. Dez Novas Competências para Ensinar. Porto Alegre (Brasil): Artmed Editora, 2000.

    PRIMO, Alex Fernando Teixeira. Interação Mediada por Computador. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1999.

    SETZER, V. W. Meios eletrônicos e educação: uma visão alternativa. São Paulo: Escrituras, 2001.

    TAJRA, S. F. Informática na educação: novas ferramentas pedagógicas para o professor na atualidade. 5. ed. São Paulo: Érica. 2001.

    TIBA, Içami. Ensinar aprendendo: novos paradigmas na educação. 18. ed. rev. e atual. São Paulo: Integrare, 2006.

    VALENTE, J.A. O uso inteligente do computador na educação. Pátio Revista Pedagógica, Porto Alegre, ano1, n.1, p. 19-21, 1997.

    ZABALA, Antoni. Enfoque globalizador e pensamento complexo: uma proposta para o currículo escolar. Porto Alegre: Artmed, 2018.


    1Especialização em Neuropsicopedagogia – Universidade Federal de Rio Grande

    2Licenciatura em Matemática – Uniasselvi

    3Licenciatura em Química – Faculdade de Ciências Médicas de Cacoal

    4Graduando em Ciências Contábeis – Universidade Federal de Rondônia

    5Licenciatura em Matemática – Universidade do Estado do Pará

    6Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física – UESC

    7Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física – UESC

    8Licenciatura em Matemática – UFRB

    9Especialização em Educação Digital: Ação Docente para uma atuação inovadora – Universidade Virtual do Estado de São Paulo

    10Mestrando em Educação Profissional e Tecnológica – Instituto Federal do Tocantins

    11Mestrado em Ensino de Física – UNIVASF