PLAYING AND ITS INFLUENCE ON THE DEVELOPMENT OF CHILDREN WITH AUTISTIC SPECTRUM DISORDER
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10184684
Samara Leandro de Sá1
RESUMO
O brincar é algo natural, quase intuitivo para as crianças. E se desenvolve à medida que ocorre o desenvolvimento cognitivo dos pequenos. Com a ajuda da linguagem lúdica, a criança aprende muitas coisas e adquire as habilidades necessárias para seu desenvolvimento completo. O objetivo deste artigo é fornecer uma compreensão do impacto da brincadeira no desenvolvimento infantil e esclarecer a necessidade de intervenções que incentivem a brincadeira em crianças com transtorno do espectro do autismo (TEA). Como a experiência lúdica perpassa o campo biopsicossocial, é necessário pensar como esse processo se cruza com as crianças com TEA, levando em consideração as especificidades de como elas interagem entre si e com o mundo. Como objetivos específicos: Brincar sob o olhar sócio-histórico; O transtorno do espectro autista; O brincar e sua funcionalidade para crianças com tea. Foi feito por meio de pesquisa bibliográfica com base no tema do trabalho, considerando as obras mais importantes e recentes. Consequentemente, é preciso estar atento à forma como a brincadeira é realizada, visto que não se trata de uma simples ação comumente realizada pelas crianças, mas sim uma fonte de potencial desenvolvimento. Com base em evidências científicas, entende-se que o conhecimento deve ser aprofundado, o objetivo não é esgotar a discussão sobre o tema, mas ampliar o ponto de vista da sociedade sobre este fato, para que seja possível investigar “o brincar e sua influência no desenvolvimento de crianças com transtorno do espectro autista.
Palavras chaves: Brincar; Autismo; Desenvolvimento infantil.
ABSTRACT
Playing is something natural, almost intuitive for children. And it develops as the cognitive development of children occurs. With the help of playful language, children learn many things and acquire the skills necessary for their complete development. The purpose of this article is to provide an understanding of the impact of play on child development and to clarify the need for interventions that encourage play in children with autism spectrum disorder (ASD). As the playful experience permeates the biopsychosocial field, it is necessary to think about how this process intersects with children with ASD, taking into account the specificities of how they interact with each other and with the world. Specific objectives: Play from a socio-historical perspective; Autism spectrum disorder; Play and its functionality for children with tea. It was carried out through bibliographical research based on the theme of the work, considering the most important and recent works. Consequently, it is necessary to pay attention to the way in which play is carried out, as it is not a simple action commonly performed by children, but rather a source of potential development. Based on scientific evidence, it is understood that knowledge must be deepened, the objective is not to exhaust the discussion on the topic, but to broaden society’s point of view on this fact, so that it is possible to investigate “play and its influence in the development of children with autism spectrum disorder”.
Keywords: To play; Autism; Child development.
INTRODUÇÃO
Brincar dá às crianças a oportunidade de aprender autocontrole e atenção plena. Jogar jogos como terapeuta-paciente, jogos de combinar ou usar instrumentos musicais pode revelar preferências ou habilidades para o futuro, além de ajudar no desenvolvimento.
O brincar é algo natural, quase intuitivo para as crianças. E se desenvolve à medida que ocorre o desenvolvimento cognitivo dos pequenos. Com a ajuda da linguagem lúdica, a criança aprende muitas coisas e adquire as habilidades necessárias para seu desenvolvimento completo.
Nesse viés, é possível observar que é importante considerar a individualidade de cada sujeito, incluindo o meio social e os processos biológicos que afetam o desenvolvimento da criança, para que as estratégias apresentadas levem em consideração os limites e possibilidades de cada um assunto de uma criança.
O tipo de pesquisa que foi utilizado neste artigo é qualitativo de cunho literário. Segundo Mattos (2015), ‘’a revisão da literatura é o processo de busca, análise e descrição de um corpo do conhecimento em busca de resposta a uma pergunta específica’’. Ele ainda esclarece que: “literatura cobre todo o material relevante que é escrito sobre um tema: livros, artigos de periódicos, artigos de jornais, registros históricos, relatórios governamentais, teses e dissertações e outros tipos”.
A estrutura teve um caráter descritivo onde foi realizado os levantamentos de informações dos autores que estão em livros, publicações em periódicos de artigos científicos, monografias, dissertações e teses sobre o tema.Portanto, esta revisão teórica tem como objetivo estabelecer relações entre o brincar e diferentes aspectos do desenvolvimento da criança com TEA, como linguagem, motricidade, interação social e autonomia, avaliando os efeitos do brincar em crianças com o transtorno típico. em crianças com desenvolvimento e distúrbios neurológicos com o objetivo de explicar como funciona o brincar em pacientes com TEA.
Com base em evidências científicas, entende-se que o conhecimento deve ser aprofundado, o objetivo não é esgotar a discussão sobre o tema, mas ampliar o ponto de vista da sociedade sobre este fato, para que seja possível investigar “o brincar e sua influência no desenvolvimento de crianças com transtorno do espectro autista”. Este artigo é composto de três seção esta introdução, desenvolvimento e conclusão.
MATERIAL E MÉTODOS
A estrutura teve um caráter descritivo onde foi realizados os levantamentos de informações dos autores que estão em livros, publicações em periódicos de artigos científicos, monografias, dissertações e teses sobre o tema. Portanto, esta revisão teórica tem como objetivo estabelecer relações entre o brincar e diferentes aspectos do desenvolvimento da criança com TEA, como linguagem, motricidade, interação social e autonomia, avaliando os efeitos do brincar em crianças com o transtorno típico. Em crianças com desenvolvimento e distúrbios neurológicos com o objetivo de explicar como funciona o brincar em pacientes com TEA.
Os critérios de inclusão foram artigos em português, com base em assuntos Brincar; Autismo; Desenvolvimento infantil, visando os colaboradores, os resultados que são oferecidos a criança e o que a mesma adquire recebendo o brincar como influência de desenvolvimento.
Na busca de amostra, foram utilizadas as plataformas eletrônicas acadêmicas/científicas. Utilizando instrumentos como artigos periódicos, dissertações, monografias e livros.
Nesse projeto é utilizada a análise de conteúdo, esse método exige uma determinação das técnicas de coleta de dados mais apropriadas à natureza do tema e, ainda, a definição das técnicas que foram empregadas para o registro e a análise. Portanto, a pesquisa pode ser classificada como uma qualitativa, para a coleta, análise e interpretação dos dados (Prodanov & Freitas, 2013).
Com base em evidências científicas, entende-se que o conhecimento deve ser aprofundado, o objetivo não é esgotar a discussão sobre o tema, mas ampliar o ponto de vista da sociedade sobre este fato, para que seja possível investigar “o brincar e sua influência no desenvolvimento de crianças com transtorno do espectro autista”. Este artigo é composto de três seção esta introdução, desenvolvimento e conclusão
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
O transtorno do espectro autista é um dos temas mais frequentes na área da saúde atualmente, por isso precisa ser melhor discutido e compreendido.
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: O DSM-5 o classifica como um transtorno do neurodesenvolvimento no qual o comprometimento da interação interpessoal e social e o comportamento restrito e repetitivo são considerados as principais características de um transtorno mental. Além disso, tais sintomas costumam aparecer na primeira infância e de alguma forma limitam e/ou prejudicam as atividades diárias da criança (APA, 2014).
O transtorno do espectro do autismo é uma síndrome definida por alterações desde muito cedo, o que significa que pode se manifestar antes dos três anos, mas revela que cada criança é diferente e os sintomas podem aparecer antes dessa idade ou se tornar mais visíveis na fase de crescimento, a criança fica comprometida na comunicação, na socialização e no uso da imaginação, o que acarreta na criança, entre outras coisas, dificuldades para falar, expressar pensamentos e sentimentos.
O transtorno do espectro autista (TEA) é classificado como um transtorno do neurodesenvolvimento cujas principais características são a interação interpessoal e social e a apresentação de padrões de comportamento restritos e repetitivos. Esses sintomas aparecem na primeira infância e de alguma forma limitam e/ou prejudicam as atividades diárias da criança (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014).
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) e incluiu esses quatro subtipos de autismo no TEA (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014).
- Síndrome de Asperger – A síndrome de Asperger está na extremidade mais branda do autismo, pois a inteligência pode ser alta e a capacidade de realizar atividades diárias é preservada. No entanto, dificuldades na interação social são muito comuns. transtorno sistêmico do desenvolvimento
- Transtorno invasivo do desenvolvimento – Esse diagnóstico incluiu a maioria das crianças com um transtorno autista mais grave do que a síndrome de Asperger, mas não tão grave quanto um transtorno autista. transtorno autista
- Transtorno autista – Este termo mais antigo foi usado para diagnosticar pessoas com os mesmos sintomas da Síndrome de Asperger e Transtorno do Desenvolvimento em um nível mais grave. transtorno dissociativo infantil
- Transtorno desintegrativo da infância – Esse diagnóstico era para os casos mais graves – crianças que se desenvolvem normalmente e depois perdem habilidades sociais, de linguagem e cognitivas, geralmente entre 2 e 4 anos de idade.
O BRINCAR E SUA FUNCIONALIDADE PARA CRIANÇAS COM TEA
O brincar é uma das formas que as crianças costumam utilizar para satisfazer determinadas necessidades, para reproduzir os fenômenos da sua realidade e para satisfazer determinadas ações que não podem ser realizadas fora deste contexto. desenvolvimento infantil. O brincar pode, portanto, ser classificado como um dos principais personagens do desenvolvimento e das funções psicológicas da criança, desde as habilidades de imitação, atenção, memória e imaginação até a consolidação das habilidades socioemocionais por meio da interação da criança com os outros e com o meio. (ALBUQUERQUE,2020)
Sabe-se que o jogo tem muita imaginação, mas é importante ressaltar que o jogo vai além de situações imaginárias, pois os jogos e brincadeiras proporcionam à criança o contato para estabelecer regras, formas de se comunicar consigo mesma e outros aspectos que melhoram o desenvolvimento cognitivo.
Assim, deixar as crianças com TEA no mundo da brincadeira as impede de aproveitar a oportunidade de influenciar o mundo exterior por meio da relação da brincadeira. Um estudo realizado pelo Núcleo de Acessibilidade Pedagógica (NAPE, 2020) mostra a necessidade de pensar estratégias para a inclusão de pacientes com TEA em vários domínios sociais. Embora as leis sejam voltadas para esse público, formas de garantir seus direitos devem ser consideradas. A autora discute a importância da Lei nº 12.764/2012, que instituiu uma política nacional de proteção dos direitos das pessoas com TEA.
Barbosa e Botelho (2008), em Jogos e brincadeiras na primeira infância argumentam que, segundo Piaget, as manifestações ridículas seguem o desenvolvimento da inteligência no que se refere aos estágios desenvolvimento cognitivo. De acordo com a ideia mencionada por Negrine de que em assimilação e adaptação da teoria de Piaget são equilibradas em ação de inteligência é justo dizer que uma criança brinca no riso infantil absorver novas informações e adaptá-las às suas estruturas mentais.
Vygotsky (1998) afirma que um brinquedo ajuda a desenvolver uma a diferença entre ação e significado. A criança, à medida que se desenvolve, começa criar uma relação entre seu jogo e sua percepção dele, nada mais depende de estímulos físicos, ou seja, o ambiente específico cercado Brincar também está relacionado ao aprendizado. Brincar é aprender; o jogo é a base para o que a criança depois promete estudo mais detalhado. O lúdico torna-se assim uma proposta de formação para enfrentar as dificuldades no ensino-aprendizagem.
Entre outras coisas, prepara a criança para conviver com os pares. No desenvolvimento neurotípico, o brincar torna-se naturalmente funcional, principalmente por meio da observação e da imitação. No TEA, déficits em várias habilidades geralmente impedem o desenvolvimento do jogo funcional.
BRINCAR E O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
O jogo proporciona à criança a oportunidade de desenvolver seus conhecimentos, como memória, raciocínio, criatividade, pois ela aprende brincando. A escolha do tema decorreu do interesse em guardar e valorizar os jogos como ferramenta no processo de desenvolvimento cognitivo da criança.
Freud (1976) entende a brincadeira como um mecanismo psicológico que dá à criança a oportunidade de criar um mundo de acordo com seus desejos e necessidades, onde ela pode repetindo suas experiências e fazendo coisas além de seu alcance.
Muitas vezes, a dor é um dos aspectos que motiva e predominam nas brincadeiras infantis Segundo Aberastury (1992), a criança encontra seu caminho através do brinquedo para expressar sua dor de perda, situações difíceis que foram traumáticas e dolorosas reviver situações dolorosas, modificá-las de acordo com seus gostos e interesses, para recriar momentos agradáveis e vivenciar situações que não são permitidas na vida real.
Winnicott (1982) aponta que a criança adquire experiências através dele jogos, assim como um adulto se desenvolve através do contato com o mundo. Assim, a brincadeira infantil promove a integração da personalidade e uma fase crítica no desenvolvimento de uma criança.
É importante que os brinquedos à disposição da criança sejam duráveis para que não se desestruture com facilidade, o que causa frustração e ansiedade. Mas se quebrarem, é necessário que um adulto ajude a criança a consertá-los, pois tem que usar sua habilidade de reparo para não se sentir culpado.
No jogo, as crianças encontram uma forma de resolver seus conflitos e ansiedade, assumindo papéis e vivenciando situações que não são permitidas na vida real. Esse conforto encontrado nas atividades lúdicas pode ter um efeito positivo nos alunos que dificuldades emocionais dificultam sua atenção em sala de aula, aprendizagem e relacionamento com outras crianças.
CONCLUSÕES
Considerando que alguns brinquedos e objetos não têm as mesmas funções para crianças com TEA como para crianças com neurodesenvolvimento típico, estratégias individualizadas devem ser desenvolvidas, levando em consideração as habilidades que a criança já desenvolveu e visando o desenvolvimento potencial e habilidades. Para isso, uma equipe multidisciplinar deve estar envolvida no processo além do comprometimento da escola e da família como demonstra o estudo realizado pelo departamento Científico de Pediatria para o desenvolvimento e Comportamento (2019), sobre a importância do Orientar os pais das crianças sobre o estímulo à imaginação e às brincadeiras ao ar livre, contribuindo assim positivamente para o percurso da criança no alcance dos objetivos terapêuticos, proporcionando maior autonomia e qualidade de vida.
Consequentemente, é preciso estar atento à forma como a brincadeira é realizada, visto que não se trata de uma simples ação comumente realizada pelas crianças, mas sim uma fonte de potencial desenvolvimento. Consequentemente, certifique-se de que esta seja uma experiência divertida e enriquecedora para as crianças significa a formação de tópicos ativos no mundo e cheios de possibilidades de mudança.
Em virtude dos argumentos apresentando no estudo esta pesquisa sobre o brincar e sua influência no desenvolvimento de crianças com transtorno do espectro autista teve como pretensão ampliar o conhecimento da pesquisa, cujo objetivo não é esgotar a discussão sobre o tema, mas sim ampliar a visão da sociedade sobre o assunto, trazendo uma discussão crítica e síncrona sobre o assunto.
REFERENCIAS
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (APA). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: DSM-V. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
ALBUQUERQUE, I.; BENITEZ, P. O brincar e a criança com Transtorno do Espectro Autista: revisão de estudos brasileiros. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, v. 15, n. 4, p. 1939-1953, 2020. DOI 10.21723/riaee.v15i4.12811
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1Bacharel em Psicologia pela Faculdade Centro Universitário do Norte –UNINORTE. Manaus, Amazonas. Especialização em Psicologia Organizacional e do Trabalho (UniNorte), Especializando em Análise Do Comportamento Aplicada – Centro Universitário Faveni, Especialização em Neurociência e Comportamento (Intervale), Especialização em Neuropsicopedagogia Clinica e Institucional (Intervale). Atualmente Psicóloga na instituição FADA Manaus.Manaus, Amazonas, Brasil. *Autor para correspondência. Email: samaradesa9@outlook