NOVOS ANTICOAGULANTES ORAIS (DOACS) VERSUS VARFARINA NO TRATAMENTO DA FIBRILAÇÃO ATRIAL: REVISÃO SOBRE EFICÁCIA, SEGURANÇA E IMPLICAÇÕES CLÍNICAS

Ciências da Saúde, Volume 29 - Edição 144/MAR 2025 / 24/03/2025

NEW ORAL ANTICOAGULANTS (DOACS) VS. WARFARIN IN THE TREATMENT OF ATRIAL FIBRILLATION: A REVIEW OF EFFICACY, SAFETY, AND CLINICAL IMPLICATIONS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202503182137

Marco Antônio Melo Alencar1, Vitor Borges Zonta2, Arthur da Silva Peralta3, Tainá Piassa Neves Farias4, Viviane Isabela Nascimento Leão5, Rafaella Stephany Mota da Silva Vermehren6, Ana Beatriz de Oliveira Gonçalves7, Cindhy Manoela Catharyna de Figueiredo Faria8

RESUMO

Introdução: A fibrilação atrial (FA) é a arritmia sustentada mais comum, especialmente em idosos, e está associada a eventos tromboembólicos, hospitalizações e maior mortalidade. Os Anticoagulantes Orais de Ação Direta (DOACs), como dabigatrana (inibidor da trombina) e rivaroxabana, apixabana e edoxabana (inibidores do fator Xa), surgiram como alternativas à varfarina, oferecendo início de ação rápido e dosagem previsível. Embora a varfarina tenha baixo custo, sua efetividade vem sendo questionada. Objetivo: Comparar a eficácia e segurança dos DOACs em relação à varfarina no tratamento da FA. Metodologia: Revisão integrativa baseada em artigos publicados entre 2020 e 2025 nas bases PubMed, MEDLINE, Scielo e ScienceDirect, utilizando os descritores “Factor Xa Inhibitors”, “Atrial Fibrillation” e “Warfarin”. Foram analisados 10 artigos relevantes. Resultados: DOACs demonstram eficácia semelhante ou superior à varfarina na prevenção de AVC e embolia sistêmica, com menor necessidade de monitoramento laboratorial. Apixabana e edoxabana apresentaram menor mortalidade pós-AVC. Apixabana mostrou menor risco de sangramento maior, enquanto rivaroxabana esteve associada a maior risco de sangramento gastrointestinal. Conclusão: DOACs são alternativas seguras e eficazes à varfarina, oferecendo melhor adesão e manejo clínico. A escolha do anticoagulante deve ser individualizada conforme perfil de risco e preferências do paciente.

Palavras-chave: Anticoagulantes Orais de Ação Direta, Fibrilação Atrial, Varfarina

1 INTRODUÇÃO

A fibrilação atrial (FA) é a arritmia sustentada mais comum na prática clínica com predileção pelas faixas etárias mais avançadas.. Além de sua importância epidemiológica, a fibrilação atrial é destacada por suas repercussões clínicas, incluindo fenômenos tromboembólicos, hospitalizações e maior taxa de mortalidade. Com o surgimento de novas estratégias terapêuticas, os Anticoagulantes Orais de Ação Direta (DOACs) foram implementados em pacientes com fibrilação atrial para a prevenção do acidente vascular cerebral embólicos, os DOACs, incluindo inibidores diretos da trombina (dabigatrana) e inibidores do fator Xa (rivaroxabana, apixabana e edoxabana), geralmente apresentam um início de ação rápido e uma dosagem mais previsível em comparação com a varfarina. Os Antagonistas da Vitamina K, entre eles a Varfarina, é um medicamento já estabelecido na indústria farmacêutica, sendo o maior destaque pelo seu baixo custo, no entanto, o custo-efetividade da droga já vem sendo questionado nos últimos anos, apontando uma redução da efetividade. Tais impactos, exigem uma abordagem científica mais específica, a fim de que possam ser apresentadas novas formas no manejo da FA, priorizando a eficácia e a segurança acerca do medicamento escolhido, o objetivo do estudo é analisar a efetividade e a segurança dos DOACs em relação à varfarina para o tratamento da Fibrilação Atrial.

2 METODOLOGIA 

Trata-se de uma revisão integrativa de literatura que sintetiza os resultados obtidos na pesquisa de forma metódica. As buscas foram realizadas nas bases de dados PubMed, MEDLINE, Scielo e ScienceDirect utilizando os termos-chave: “Factor Xa Inhibitors”; “Atrial Fibrillation”; “Warfarin”. Assim, como critério de seleção desses artigos, foram utilizados aqueles em português e inglês. Além disso, as informações sobre o tema limitaram-se ao período de 2020 a 2025. Por fim, foram selecionados 17 artigos, dos quais apenas 10 foram escolhidos para fundamentação teórica do projeto seguinte. Como critério de exclusão, os demais artigos foram descartados por falta de cobertura da seção temática.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS

Os NOACs, incluindo inibidores diretos da trombina (dabigatrana) e inibidores do fator Xa (rivaroxabana, apixabana e edoxabana), demonstram perfil farmacocinético mais previsível e menor necessidade de monitoramento laboratorial em comparação à varfarina. Evidências indicam que apixabana e edoxabana apresentam menores taxas de acidente vascular cerebral (AVC) e embolia sistêmica em comparação com a varfarina, além de menor mortalidade pós-AVC isquêmico. Embora a segurança dos DOACs seja comparável à da varfarina, estudos apontam diferenças entre as moléculas. Apixabana mostrou menor risco de sangramento maior em comparação com dabigatrana e rivaroxabana. No entanto, a rivaroxabana foi associada a um risco aumentado de sangramento gastrointestinal.

4 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS

Portanto esses achados reforçam os NOACs como alternativas eficazes e seguras à varfarina, com benefícios adicionais de adesão e manejo simplificado. A escolha do anticoagulante ideal deve considerar perfis de risco individuais, preferências do paciente e aspectos clínicos específicos.

REFERÊNCIAS
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  3. CINTRA, Fatima Dumas ; FIGUEIREDO, Marcio Jansen de Oliveira. Fibrilação Atrial (Parte 1): Fisiopatologia, Fatores de Risco e Bases Terapêuticas. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 116, n. 1, p. 129–139, 2021. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/abc/a/48ngThJGMbXS67MGvJ3tJCn/?lang=pt>.
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1Discente do Curso Superior de Medicina da Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO) Campus Manaus-AM email: alencar2004@icloud.com
2Discente do Curso Superior de Medicina da Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO) Campus Manaus-AM e-mail: vitorborgeszonta@gmail.com 
3Discente do Curso Superior de Medicina da Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO)  Manaus-AM e-mail: arthursperaltaa@icloud.com 
4Discente do Curso Superior de Medicina da Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO) Campus Manaus-AM e-mail: nevesfariast@gmail.com 
5Discente do Curso Superior de Medicina da Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO) Campus Manaus-AM e-mail: leao.viviane@yahoo.com.br 
6Discente do Curso Superior de Medicina da Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO) Campus Manaus-AM e-mail: raffavermehren@gmail.com 
7Discente do Curso Superior de Medicina da Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO) Campus Manaus-AM e-mail: biaoliver0108@gmail.com
8Discente do Curso Superior de Medicina da Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO) Campus Manaus-AM e-mail: biaoliver0108@gmail.com