NEW TECHNOLOGIES USED BY NURSES IN THE MANAGEMENT OF CHRONIC WOUNDS: LITERATURE REVIEW ON PRESSURE INJURIES
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202509141807
Paula Jane Silva de Faria Lima1; Laila Santana Oliveira Gonçalves Pereira2; Gislaine Sheile Batista de Miranda3; Marcus Vinícius Pereira de Sousa4; Nathália Claudio Silva da Fonseca5; Fernanda Marques dos Santos de Carvalho6; Millene Monteiro Sales7; Geiziane Alves Santos8; Elen Martins da Silva Castelo Branco1; Maria Luiza de Oliveira Teixeira2
Resumo
O artigo aborda as tecnologias emergentes aplicadas à área dermatológica, com foco em sua utilização no manejo das lesões por pressão (LPP), problema recorrente em pacientes hospitalizados que compromete a qualidade da assistência e a segurança do cuidado. O objetivo é investigar como tais inovações contribuem para a prevenção, o tratamento e a melhoria dos resultados clínicos. Para isso, utiliza-se a revisão integrativa da literatura como método, permitindo reunir e analisar estudos que discutem causas, estratégias de intervenção, protocolos de prevenção e recursos tecnológicos disponíveis. A análise evidencia que curativos avançados, dispositivos vestíveis e substitutos de pele apresentam potencial significativo para acelerar o processo de cicatrização, reduzir complicações e favorecer a individualização do cuidado de enfermagem. Também se destaca que a incorporação dessas tecnologias exige capacitação profissional contínua e padronização de protocolos, de modo a garantir práticas fundamentadas em evidências. Os resultados apontam que a integração entre inovação tecnológica, avaliação criteriosa do risco e atualização dos profissionais possibilita avanços concretos na assistência ao paciente com LPP de modo que, embora as evidências disponíveis reforcem os benefícios do uso de novos avanços tecnológicos , ainda existem limitações relacionadas à escassez de estudos clínicos robustos, o que sugere a necessidade de novas investigações que consolidem sua aplicabilidade e ampliem as possibilidades de cuidado seguro e eficaz.
Palavras-chave: Desbridamento. Enfermagem. Lesões. Tecnologias Emergentes. Tratamento.
1 INTRODUÇÃO
A pele desempenha funções vitais no organismo humano, agindo como uma barreira física contra agentes externos e auxiliando na regulação térmica e sensorial. Trata-se de um órgão complexo composto por diversas camadas e estruturas, como a epiderme, a derme e a hipoderme, que abrigam células-tronco, melanócitos, glândulas e uma microbiota diversa essencial para a manutenção, reparo e pigmentação da pele (Harris-Tryon; Grice, 2022), requerendo cuidados peculiares para sua manutenção (Rodrigues, 2022). A integridade da barreira cutânea depende de fatores como o equilíbrio do pH, níveis adequados de ceramidas, presença de microbiota saudável e funcionamento eficiente do sistema imunológico local, com o equilíbrio entre esses fatores sendo necessário para evitar inflamações, infecções e doenças dermatológicas (Swaney; Kalan, 2021).
A epiderme, camada mais externa da pele, é constituída principalmente por queratinócitos que promovem a impermeabilização e a proteção contra agressões externas, renovando-se continuamente a cada 12 dias (Borges, 2023). Já a derme, localizada entre a epiderme e a hipoderme, tem em sua composição tecido conjuntivo rico em fibras proteicas como colágeno, elastina e ácido hialurônico na matriz extracelular que, junto aos órgãos sensoriais, conferem elasticidade, resistência e hidratação à pele (Qizi, 2024). A camada mais profunda, hipoderme, é constituída principalmente por células adiposas e exerce funções como isolamento térmico, reserva energética e suporte estrutural aos órgãos internos, além de atuar como órgão endócrino, regulando a produção de adipocinas e citocinas que influenciam processos metabólicos, inflamatórios e imunológicos da pele (Liu; Lu; Feng, 2024).
Qualquer dano à integridade da pele expõe a pessoa aos processos infecciosos e inflamatórios, afetando a saúde física, a qualidade de vida e o bem-estar emocional do indivíduo (Rodrigues, 2022). As feridas variam em gravidade e complexidade, desde lesões cutâneas superficiais até feridas que atingem músculos, tendões e ossos, especialmente na cronicidade (Borges, 2023). A prevalência de Lesões por Pressão (LPP) representa um dos indicadores de qualidade da assistência, sendo avaliado como um evento adverso, especialmente por serem considerados evitáveis por meio da adesão dos profissionais envolvidos no cuidado direto ao paciente às medidas de prevenção (Boff et al., 2023).
Essas feridas afetam a qualidade de vida, causam dor, desconforto e limitações funcionais nos pacientes (Gül et al., 2025), além de representarem um desafio significativo para os sistemas de saúde, devido aos altos custos associados ao tratamento prolongado e à complexidade do manejo clínico (Nghiem et al., 2022). Abordagens ineficazes podem levar a complicações graves, como infecções, amputações e até mesmo óbito (Labeau et al., 2021), destacando a urgência de intervenções adequadas. Nesse contexto, os enfermeiros ocupam um espaço essencial no manejo de feridas, desenvolvendo protocolos personalizados, avaliando a evolução e tratando as lesões (Monaco et al., 2020; Al-Mutairi et al., 2024).
A atuação da equipe de Enfermagem nesse campo é regulamentada pela Resolução COFEN n° 787/2025, que revoga a Resolução 567/2018, ampliando o escopo de apenas cuidar de pacientes com feridas para a promoção, prevenção, tratamento e reabilitação de pessoas com lesões cutâneas, indo além das feridas e abrangendo condições diversas da integridade da pele. Enquanto a norma anterior reconhecia autonomia do enfermeiro para abrir consultórios e clínicas de prevenção e cuidado de pessoas com feridas, participando da avaliação e seleção de tecnologias para coberturas de feridas, a atual amplia e detalha suas competências, incluindo solicitação de exames, realização de desbridamento, coleta de material para cultura/biópsia, prescrição de medicamentos tópicos, coberturas e terapias adjuvantes, uso de Telenfermagem, atuação em terapia hiperbárica e exigência de pós-graduação lato sensu para atuar em casos complexos (Brasil, 2018; Brasil, 2025).
Diante da importância da atuação profissional, os enfermeiros devem se manter atualizados sobre as tecnologias e abordagens no tratamento de feridas (Figueira et al., 2021). A capacidade de recomendar e aplicar tratamentos adequados para cada tipo de lesão possibilita diminuir o risco de infecção, além de proporcionar uma experiência mais positiva ao paciente. Deste modo, tal qual a Resolução COFEN n° 787/2025 incentiva, a formação continuada e o treinamento da equipe de Enfermagem mostram-se indispensáveis para incorporar novas técnicas à prática clínica, promovendo mudanças positivas no processo de cicatrização na rede privada e no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) (Conceição; Gomes, 2021).
Ressalta-se que a carência de atualização acerca das novas tecnologias dermatológicas pode impactar negativamente a eficácia dos cuidados prestados aos pacientes com LPP, conduzindo a complicações e prolongando o processo de cicatrização, além de aumentar os custos de saúde (Srivastava et al., 2025). Deste modo, enfermeiros que conhecem as recentes tecnologias dermatológicas são capazes de proporcionar cuidados individualizados mais eficazes aos pacientes com LPP, pois essas tecnologias permitem intervenções mais precisas, reduzindo desigualdades no cuidado e otimizando recursos (Chambers; Thompson, 2023).
A problemática deste estudo emerge da necessidade de investigar quais são os novos avanços tecnológicos na área dermatológica aplicadas no manejo de feridas crônicas publicadas entre 2018 e 2024 – período escolhido a fim de abarcar o período pré, durante e pós pandêmico – e suas contribuições para melhores resultados clínicos e qualidade de vida dos pacientes. Apesar dos avanços na área dermatológica, ainda existem muitos desafios para a equipe de saúde no tratamento de feridas crônicas como as LPP, devido ao acesso às informações atuais como protocolos padronizados e coberturas (Falanga et al., 2022).
Nesse sentido, determinou-se como objetivo geral do presente trabalho investigar as tecnologias emergentes no manejo de lesões por pressão no período pré, durante e pós pandêmico. De forma complementar, foram delineados três objetivos específicos, a saber: (1) identificar as causas das lesões por pressão, visando compreender os mecanismos envolvidos em sua ocorrência; (2) identificar as principais tecnologias e protocolos de tratamento disponíveis para o manejo das lesões por pressão; e (3) avaliar o impacto da educação permanentes para a atualização profissional dos enfermeiros sobre a qualidade dos cuidados prestados aos pacientes com lesão por pressão.
Tal abordagem fundamenta-se na necessidade de fortalecer a prática da Enfermagem frente às demandas impostas pelas lesões por pressão, reconhecidas como agravos de elevada prevalência e complexidade no contexto assistencial, e de manejo agravado em situações de doenças emergentes e reemergentes. Considerando os avanços normativos, que ampliaram e detalharam as competências da equipe de enfermagem no cuidado às lesões cutâneas, torna-se imperativa a investigação acerca dos novos avanços emergentes aplicáveis ao manejo das feridas crônicas. Tal iniciativa busca subsidiar a atuação profissional com base em evidências atualizadas, contribuindo para a qualificação da assistência, a otimização dos recursos terapêuticos e a melhoria dos resultados clínicos, impactando diretamente na segurança do paciente e na qualidade de vida dos indivíduos acometidos (Alshahrani et al., 2021).
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Lesões por Pressão
Causadas principalmente pela pressão prolongada sobre áreas específicas do corpo, as LPP representam uma preocupação significativa na prática clínica devido à sua alta prevalência e às complicações associadas. Essa pressão compromete a circulação sanguínea e leva à falta de oxigênio e nutrientes nos tecidos, resultando em danos e morte celular (Borges, 2023). As LPPs estão intrinsecamente ligadas a uma série de fatores de risco, sendo mais prevalentes em mulheres, em cuidados intermediários e/ou semi-intensivos (Soares et al., 2022), mobilidade e atividade no leito prejudicado (Lima et al., 2023; Silva et al., 2023), proeminência óssea aparente (Silva et al., 2023), percepção sensorial, fatores que reduzem a tolerância tissular (Lima et al., 2023; Santos, 2024).
Ressalta-se que as LPP afetam todas as estruturas formadoras da pele. A epiderme, camada externa, ao sofrer pressão contínua, perde sua capacidade de barreira, tornando-se mais suscetível a fissuras e colonização bacteriana. A derme, por sua vez, quando submetida à hipóxia decorrente da obstrução vascular, apresenta comprometimento da matriz extracelular e redução da elasticidade, favorecendo a necrose tecidual (Liu; Lu; Feng, 2024). Já a hipoderme, rica em tecido adiposo, ao ser lesionada, compromete a sustentação estrutural, processos metabólicos e endócrinos relacionados à cicatrização (Rodrigues, 2022).
Assim, a profundidade da lesão está diretamente relacionada à extensão do dano nessas camadas, justificando a classificação das lesões por pressão em estágios progressivos, que variam desde o comprometimento superficial da epiderme até o envolvimento de músculos e ossos (Soares et al., 2022). Essa compreensão anatômica e fisiopatológica possibilita ao enfermeiro selecionar intervenções mais adequadas, fundamentando a avaliação clínica e o planejamento terapêutico (Campos et al., 2016). Urge, ainda, mencionar as ferramentas que possibilitam a avaliação, o estadiamento e a classificação de risco dessas lesões, que colaboram para planejar cuidados preventivos e terapêuticos eficazes (Visconti; Sola; Raghavan, 2023).
A principal e mais utilizada é a Escala de Braden, que avalia o risco de LPP com base em seis parâmetros: sensorial, atividade, mobilidade, umidade, nutrição e fricção/ cisalhamento (Braden; Bergstrom, 1987). Outra ferramenta bastante aplicada é a Escala de Waterlow, composta por 11 itens: relação peso/altura, avaliação visual da pele em áreas de risco, sexo/idade, continência, mobilidade, apetite, medicações, subnutrição do tecido celular, déficit neurológico, tempo de cirurgia (superior a duas horas) e trauma abaixo da medula lombar. O escore total pode variar de 2 a 69 (Castanheira et al., 2018). Além dessas, destaca-se também a Escala de Avaliação de Risco para o Desenvolvimento de Lesões Decorrentes do Posicionamento Cirúrgico do Paciente (ELPO), aplicada especificamente para avaliar o risco relacionado ao posicionamento cirúrgico, considerando aspectos como tempo de procedimento, tipo de anestesia, idade do paciente, posição dos membros, comorbidades existentes, tipo de posição cirúrgica e tipo de superfície de suporte (Basso; Mazochi; Silva, 2020)
A Escala de Norton, por sua vez, avalia cinco parâmetros: condição física, nível de consciência, atividade, mobilidade e incontinência (Norton; McLaren; Exton-Smith, 1962). Assim como a Escala de Braden, nessa escala uma menor pontuação indica maior risco de lesão por pressão. Já a Escala de Munro foi desenvolvida especificamente para pacientes no perioperatório, permitindo avaliar o risco de LPP em diferentes fases desse período e proporcionando um acompanhamento contínuo durante todo o processo cirúrgico (Russel, 2006). Portanto, ao investigar as LPP, considera-se a estrutura da pele e suas camadas, visto que o comprometimento pode variar dependendo da gravidade e do estágio da lesão, sendo esta a base essencial para o planejamento de estratégias eficazes de prevenção e tratamento (Lima et al., 2023; Ramos et al., 2023).
Entre os principais fatores de risco, destaca-se a imobilidade, que limita a capacidade de mudança de posição e concentra a pressão em áreas específicas, sobretudo nas proeminências ósseas, tornando-as mais vulneráveis ao desenvolvimento de lesões (Lima et al., 2023; Santos, 2024). Outro fator relevante é a má nutrição, que reduz a capacidade regenerativa da pele e compromete sua integridade, especialmente em pacientes hospitalizados ou em condições de saúde fragilizadas (Soares et al., 2022). Por sua vez, a umidade excessiva, decorrente de incontinência ou transpiração, emerge como risco ao provocar o amolecimento da pele e prejudicar sua função de barreira, enquanto a fricção do movimento repetitivo da pele contra superfícies pode causar lesões em áreas de atrito constante, agravando a vulnerabilidade cutânea (Ramos et al., 2023).
Para além do simples desconforto físico, as LPPs podem ocasionar infecções, necrose tecidual e, em estágios avançados, exigem intervenção cirúrgica, estabelecendo um impacto expressivo na saúde e na qualidade de vida dos pacientes, além de estarem associadas ao aumento do tempo de internação hospitalar, o que agrava o ônus econômico e assistencial (Santos, 2024). O tratamento dessas lesões é reconhecido como complexo e, em geral, prolongado, envolvendo procedimento como limpeza e desbridamento, controle de infecções e aplicação de curativos especializados (Soares et al., 2022). Nesse contexto, as medidas preventivas assumem papel essencial, incluindo a redistribuição da pressão em áreas de risco e o uso de superfícies adequadas, a fim de evitar o surgimento de novas lesões e favorecer a cicatrização daquelas já existentes (Santos, 2024).
Outras estratégias de prevenção incluem a adoção de protocolos institucionais padronizados, que visam minimizar os fatores de risco e estimular a mobilidade dos pacientes. Medidas simples, como mudanças regulares de posição, manutenção da pele limpa e seca e utilização de superfícies de suporte apropriadas, podem trazer benefícios significativos (Santos, 2024). Paralelamente, o manejo pode envolver o uso de coberturas especializadas, terapia por pressão negativa e outras intervenções voltadas para a otimização da circulação sanguínea e da oxigenação tecidual, além de uma abordagem multidisciplinar, envolvendo enfermeiros, médicos, fisioterapeutas e nutricionistas, de forma a assegurar um cuidado abrangente, individualizado e centrado no paciente (Ramos et al., 2023). Visto seu impacto substancial na qualidade de vida dos pacientes e nos gastos do sistema de saúde, urge uma abordagem preventiva e um tratamento adequado, a fim de reduzir a incidência dessas lesões e melhorar os resultados para os pacientes.
2.1 Tecnologias e Protocolos de Tratamento para Lesões por Pressão
A gestão eficaz das lesões por pressão requer a aplicação de tecnologias e protocolos de tratamento adequados. Nesse contexto, destaca-se a importância da escolha criteriosa dos curativos, levando em conta as características da ferida e as necessidades individuais de cada paciente (Lima et al., 2023). Entre as abordagens disponíveis, a terapia por pressão negativa tem ganhado espaço no manejo das LPP por sua capacidade de promover a cicatrização e reduzir o risco de complicações (Silva et al., 2023). O manejo dessas lesões envolve desde a limpeza adequada da ferida, a fim de prevenir infecções e promover a cicatrização (Soares et al., 2022), até a seleção de terapias tópicas e coberturas, conforme enfatizado por Ramos et al. (2023), que defendem a utilização de agentes como hidrocolóides e alginatos para favorecer a cicatrização por sua propriedade de absorção de exsudato.
A combinação de técnicas tradicionais e tecnologias inovadoras amplia a gama de possibilidades terapêuticas e favorece melhores resultados clínicos, tal qual a combinação dos estudos de Santos (2024), que aborda coberturas especializadas para o cuidado de LPP, enquanto Rodrigues (2022) reforça a eficácia da terapia por pressão negativa também na redução do edema, estímulo à formação de tecido de granulação e aceleração do processo de cicatrização. Não deve-se, no entanto, deixar de buscar na literatura especializada a segurança das intervenções adotadas, conforme defendido por Santos (2019), que cita pesquisas clínicas e evidências científicas, como fundamentais para validar a efetividade das abordagens terapêuticas. Nessa mesma linha, Rodrigues (2022) ressalta a necessidade de vigilância constante e monitorização das lesões durante o tratamento, permitindo a identificação precoce de complicações ou efeitos adversos decorrentes das intervenções.
2.3 Impacto da Educação Permanente na Qualidade dos Cuidados dos Enfermeiros
A atualização profissional dos enfermeiros tem impacto direto na qualidade dos cuidados prestados aos pacientes com LPP, conforme abordado por Lima et al. (2023), que defendem a educação permanente como essencial para que esses profissionais acompanhem as evidências científicas mais recentes e adotem práticas recomendadas no manejo das feridas, o que resulta em intervenções mais eficazes e baseadas em evidências. Nesse sentido, a educação permanente constitui uma política governamental do SUS, voltada à transformação das práticas de saúde e à formação profissional contínua (Donaduzzi et al., 2021). A primeira referência formal ao termo surgiu em 1960, durante a II Conferência Mundial sobre Educação de Adultos, em Montreal, abrangendo diferentes modalidades de ensino subsequente à formação básica (graduação), voltadas à atualização compatível com os avanços tecnológicos de cada época (Arouca, 1996).
A atuação do enfermeiro é determinante na implementação de protocolos clínicos fundamentados em evidências, reduzindo o risco de erros e favorecendo melhores resultados em saúde (Silva et al., 2023). Nesse sentido, a capacitação profissional amplia a adesão às boas práticas, especialmente por meio de programas de educação permanente e treinamentos em feridas, possibilitando o desenvolvimento de habilidades avançadas de avaliação e tratamento (Soares et al., 2022), de modo que a qualidade dos cuidados é significativamente aprimorada.
Ressalta-se que a atuação do enfermeiro influencia diretamente os desfechos clínicos, uma vez que a familiarização com diretrizes recentes permite a adoção de condutas mais eficazes e centradas no paciente (Santos, 2024). Deve-se, portanto, investir em educação continuada e treinamento especializado, para que tais profissionais estejam preparados frente aos desafios do cuidado das LPPs (Santos, 2019), tendo como base a adoção de uma abordagem multidisciplinar e individualizada baseada em evidências, considerando fatores de risco específicos e promovendo a participação ativa do paciente e da família nos cuidados (Rodrigues, 2022; Wan et al., 2023).
Nesse contexto, o papel de liderança do enfermeiro também merece destaque. Borges (2023) enfatiza que a liderança em Enfermagem é fundamental para a disseminação das melhores práticas de cuidado, estimulando os profissionais a buscar constante aprimoramento. Diversas pesquisas mostram que esses profissionais planejam e implementam intervenções como bundles de prevenção, reposicionamento, uso de superfícies de apoio e avaliação individualizada dos pacientes (Alshahrani et al., 2021; Li et al., 2022). O apoio e orientação dos líderes de enfermagem, bem como o acesso a treinamentos e recursos adequados, são fatores que facilitam a adesão às diretrizes e promovem a melhoria contínua da qualidade do cuidado (Alshahrani et al., 2023; Song et al., 2024).
Estratégias como a oferta de cursos, participação em conferências, programas de mentoria e supervisão clínica emergem como ferramentas eficazes para garantir a educação permanente (Ramos et al., 2023). Tais investimentos repercutem positivamente tanto no desenvolvimento individual dos enfermeiros quanto na qualidade assistencial, reduzindo complicações e proporcionando uma experiência de cuidado mais satisfatória aos pacientes com LPP (Lima et al., 2023). Além disso, o domínio das tecnologias dermatológicas mais recentes permite uma avaliação mais precisa da pele, a identificação precoce de áreas de risco e a seleção de terapias adequadas às necessidades de cada paciente (Silva et al., 2023).
Outro aspecto fundamental é a educação do paciente e de seus cuidadores, que fortalece o autocuidado e contribui para a prevenção de complicações. Deakin et al. (2023) mostram que enfermeiros frequentemente adaptam suas estratégias educativas conforme os desafios e oportunidades do ambiente, mas, na ausência de recursos e diretrizes claras, a educação tende a ser informal e pouco sistematizada (Alshahrani et al., 2023). Deste modo, intervenções educativas estruturadas para enfermeiros resultam em melhorias significativas no conhecimento, atitudes e práticas relacionadas à prevenção de lesão por pressão, o que se reflete em melhores resultados para os pacientes (Yan; Dandan; Xiangli, 2021). Reforça-se, portanto, que a participação ativa dos cuidadores, quando bem orientados pelos enfermeiros, contribui para a prevenção e o manejo eficaz das lesões por pressão, especialmente em pacientes acamados ou idosos (Oliveira et al., 2021; Sim et al., 2024).
3 METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa segundo Whittemore e Knafl (2005), método escolhido por possibilitar a inclusão de diferentes tipos de estudos, a fim de oferecer uma síntese abrangente e integrada das evidências disponíveis sobre o tema em questão. O percurso metodológico seguiu as fases propostas pelos autores, sendo elas: (1) identificação do problema, momento em que se definiu a questão norteadora; (2) busca na literatura, para reunir os estudos relevantes; (3) avaliação dos dados, considerando a qualidade e relevância das fontes; (4) análise dos dados, com organização, categorização e síntese das informações; e (5) apresentação da revisão, integrando os achados em uma visão abrangente do tema. Visando garantir uma prática baseada em evidências, utilizou-se o acrônimo PICO (população, intervenção, comparação, resultados) para elaboração da questão norteadora (Santos; Pimenta; Nobre, 2007). Como resultado, alcançou-se o seguinte questionamento: “Quais tecnologias emergentes na área dermatológica aplicadas no manejo de feridas crônicas e suas contribuições para melhores resultados clínicos e qualidade de vida dos pacientes?”.
A pesquisa foi conduzida segundo os termos “Enfermeiro”, “Novas Tecnologias”, “Lesões por Pressão”, “Feridas Crônicas”, entre outros relevantes para o tema, nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Literatura latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), PubMed, Scientific Electronic Library Online (SciELO), Scopus e Web of Science (WOS). Foram incluídos trabalhos de literatura branca diretamente relacionados às novas tecnologias no manejo de feridas crônicas, com ênfase nas LPP, publicados entre 2018 e 2024, disponíveis na íntegra em português.
A análise dos dados foi realizada de forma qualitativa, buscando compreender as tendências e os avanços na utilização de novas tecnologias no tratamento de lesões por pressão. Também foi possível identificar padrões e lacunas na literatura, bem como recomendações para futuras pesquisas e para aprimoramento das práticas clínicas. Durante o período de coleta de informações, que ocorreu de 20 de maio a 29 de abril de 2024, foram identificados inicialmente sessenta artigos pertinentes ao tema.
Após uma análise detalhada dos resumos para verificar a compatibilidade com os objetivos da pesquisa, trinta e cinco artigos foram excluídos devido a duplicidade, irrelevância ou não estarem disponíveis online para o estudo. Posteriormente, vinte e cinco artigos foram selecionados para leitura completa, dos quais dezessete foram excluídos devido a informações não conclusivas à temática proposta. Ao final, um total de oito artigos atenderam aos critérios estabelecidos e foram incluídos na revisão.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Neste tópico, pretende-se apresentar os resultados da revisão de literatura. A partir dos artigos selecionados, foi possível compreender a importância das novas tecnologias no manejo de feridas crônicas, identificar lacunas no conhecimento e áreas que necessitam de mais investigação. Essas informações são cruciais para o desenvolvimento de estratégias de cuidado mais eficazes e para a melhoria dos desfechos clínicos dos pacientes afetados por LPP. Para isso foi construído um quadro mantendo as principais informações: ano, autor, título e resumo. Segue o Quadro 1:
Quadro 1 – Estudos Selecionados
| AUTOR /ANO | TÍTULO | RESUMO |
| Soares, 2018 | Promoção da Saúde e Prevenção da Lesão por Pressão: Expectativas do Enfermeiro da Atenção Primária | O objetivo é apresentar a aplicabilidade da Escala de Braden na percepção dos enfermeiros da atenção primária e identificar medidas de prevenção e promoção da saúde para evitar o desenvolvimento da lesão por pressão. A pesquisa foi realizada por meio da abordagem Convergente Assistencial em um distrito sanitário do Sul do Brasil, envolvendo 20 enfermeiros. Os dados foram coletados em julho de 2014, por meio de entrevistas e uma prática educativa denominada “Diga não à lesão por pressão, prevenir é o melhor cuidado”. A análise resultou em duas categorias: percepções e expectativas quanto ao uso da Escala de Braden na atenção primária, e desvelamento das práticas de promoção da saúde e medidas de prevenção para evitar a lesão por pressão. Concluiu-se que uma avaliação adequada, um plano de cuidados preventivo e práticas de promoção da saúde são cruciais na inclusão de um novo paradigma na atenção primária. |
| Savioli, 2018 | Incidência de lesão por pressão em pacientes do centro de terapia intensiva: um estudo retrospectivo | O objetivo é analisar a incidência de Lesão por Pressão (LP) em pacientes internados em um Centro de Terapia Intensiva (CTI) de um hospital em Belo Horizonte, Minas Gerais, além de examinar as características clínicas e sociodemográficas desses pacientes. Trata-se de um estudo observacional, quantitativo e descritivo, realizado entre março de 2016 e setembro de 2018, com a participação de 1.196 pacientes, predominantemente idosos e do sexo masculino. A incidência de LP foi de 7,0%, com prevalência de uma lesão por paciente, destacando-se a região sacral como a mais afetada. Os escores da Escala de Braden variaram ao longo do período de internação. Não houve uma relação estatisticamente significativa entre óbito e surgimento de LP, porém o surgimento de LP foi menor em pacientes que já apresentavam lesão prévia, ressaltando a importância da prevenção. Este estudo contribui para o conhecimento sobre LP e destaca a necessidade de uma atenção segura e de qualidade, especialmente por parte da equipe de enfermagem, para esses pacientes em ambientes de CTI. |
| Knecht, 2019 | O profissional de Enfermagem e as dificuldades no tratamento de feridas: revisão bibliográfica | O objetivo era reunir dados e informações que contribuíssem para a compreensão da assistência de enfermagem no processo de avaliação e tratamento de feridas, além de analisar as dificuldades dos profissionais em relação ao tema, por meio de uma revisão bibliográfica. Utilizando os descritores “feridas” e “avaliação em enfermagem” na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), foram identificados 63 artigos, dos quais 14 atenderam aos critérios de inclusão. Os resultados apontaram dificuldades dos profissionais na avaliação de feridas e déficit de conhecimento na área, destacando a falta de registros de avaliações e procedimentos realizados. A importância do uso de instrumentos de coleta de dados e protocolos de assistência foi ressaltada como uma alternativa para melhorar a qualidade e segurança do atendimento. Os achados reforçam a necessidade de capacitação continuada e valorização dos profissionais que buscam se capacitar e atualizar-se. |
| Macêdo et al., 2021 | Critérios de escolha de coberturas primárias no tratamento de lesões por pressão em pacientes hospitalizados | O objetivo é analisar os critérios de escolha de coberturas primárias prescritas pelos enfermeiros para o tratamento de lesões por pressão em pacientes hospitalizados. A pesquisa, de natureza transversal e descritiva, com abordagem quantitativa, foi conduzida em um hospital privado em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, Brasil, entre fevereiro e abril de 2019. A amostra consistiu em 345 prontuários de pacientes com lesão por pressão, admitidos ao longo de 2018. Os resultados revelaram uma relação significativa entre a escolha de coberturas e as características da lesão, destacando que uma parcela dos pacientes não teve registros adequados, e alguns apresentaram discordância com evidências científicas. Como conclusão, o estudo enfatiza a importância da implementação de protocolos que reforcem os critérios de escolha das coberturas para o tratamento das lesões por pressão nos serviços hospitalares. |
| Azevedo et al., 2021 | Conhecimento acerca das terapias para lesão por pressão: revisão integrativa | O objetivo é analisar as evidências acerca das terapias para o tratamento das lesões por pressão. Utilizando uma revisão integrativa, foram selecionados artigos publicados entre 2014 e 2019 em diversas bases de dados, como SciELO, MEDLINE, LILACS, BDENF, IBECS e CINAHL. Foram encontrados 12 artigos que atenderam ao objetivo do estudo, os quais foram categorizados em quatro grupos: conhecimento dos profissionais sobre as terapias, adequado gerenciamento das terapias, terapias com agentes biofísicos e terapias não convencionais. Os resultados mostraram que as diferentes terapias abordadas nas pesquisas apresentaram eficácia no tratamento das lesões por pressão, porém são insuficientes para garantir sua ampla e segura utilização. |
| Figueira et al., 2021 | Produtos e tecnologias para o tratamento de pacientes com lesões por pressão baseadas em evidências | O objetivo é identificar produtos e tecnologias para o tratamento de pacientes com lesões por pressão com nível de evidência 1. Por meio de uma revisão integrativa da literatura, foram selecionados 16 artigos que atenderam aos critérios estabelecidos. Os resultados foram categorizados em cinco grupos: terapia tópica para promoção da cicatrização, terapia alternativa para promover a cicatrização, terapia tópica para promover o desbridamento, terapia tópica para minimizar a contaminação da lesão e terapia tópica para redução do tamanho das lesões. Concluiu-se que os produtos e tecnologias identificados contribuem para acelerar a cicatrização, promover o desbridamento, minimizar a contaminação e reduzir o tamanho das lesões nas lesões por pressão. |
| Santos, 2022 | Impactos das inovações tecnológicas ao tratamento e cicatrização de feridas crônicas/ complexas: uma revisão integrativa | O objetivo é analisar os impactos das inovações tecnológicas no tratamento e cicatrização de feridas crônicas e complexas, com ênfase na atuação da enfermagem e na abordagem interdisciplinar. O estudo buscou compreender os efeitos de novas metodologias de tratamento, identificar obstáculos para a cicatrização de lesões de pele e apresentar as tecnologias disponíveis para o tratamento dessas feridas. Realizada por meio de uma revisão integrativa da literatura, foram coletados artigos publicados nos últimos cinco anos em bases de dados como PUBMED, SciELO e BVS, utilizando descritores em língua inglesa relacionados ao tema. Os resultados destacaram diversas inovações que contribuem para acelerar a cicatrização, reduzindo índices de edema, exsudato e infecção, além de melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Concluiu-se que novos estudos são necessários para complementar as pesquisas existentes e capacitar os profissionais de saúde no uso dessas tecnologias, visando tornar o tratamento mais efetivo e confortável para os pacientes com feridas crônicas e complexas. |
| Melo, 2022 | Assistência de Enfermagem a Pacientes com Lesão por Pressão: Um Estudo de Revisão | O objetivo é avaliar as publicações nacionais relacionadas à assistência prestada pelos enfermeiros contemporâneos na prevenção e tratamento de lesões por pressão em pacientes hospitalizados. Utilizando uma abordagem de revisão narrativa da literatura, o levantamento bibliográfico ocorreu entre março e junho de 2022. Os resultados foram organizados em duas categorias principais: estratégias empregadas pelos enfermeiros na prevenção de lesões por pressão e principais procedimentos utilizados no tratamento dessas lesões. Destaca-se a representatividade dos dados analisados, provenientes de oito estados brasileiros. Um achado relevante foi a importância das tecnologias digitais como ferramenta auxiliar para os profissionais em todas as etapas do processo, desde a prevenção até o tratamento das lesões por pressão. Parte superior do formulário |
4.1 Resultados
A análise quantitativa do Quadro 1 evidencia a distribuição de pesquisas entre 2018 e 2022, com maior concentração nos anos de 2021 e 2022, o que demonstra crescente interesse científico pelo tema das lesões por pressão durante e após a pandemia. Observa-se que os estudos se agrupam em três grandes eixos: (1) prevenção e avaliação de risco, (2) escolha e efetividade de coberturas e terapias e (3) impactos das inovações tecnológicas no tratamento. Essa categorização revela um padrão de complementaridade, em que a produção científica caminha da análise dos fatores de risco e protocolos básicos de cuidado para a exploração de tecnologias emergentes e digitais no manejo das feridas.
Entretanto, nota-se uma lacuna em pesquisas que avaliem longitudinalmente os resultados clínicos das tecnologias empregadas, assim como a integração efetiva dessas inovações na prática diária do enfermeiro em diferentes contextos assistenciais. Além disso, a predominância de estudos de revisão sobre terapias, em contraste com a escassez de pesquisas clínicas experimentais ou de validação em larga escala, aponta para a necessidade de investigações mais robustas que confirmem a eficácia e a segurança das intervenções já sugeridas na literatura.
4.2 Discussão
Os estudos analisados reforçam que a avaliação criteriosa, associada a práticas de prevenção e tratamento fundamentadas em evidências, é central no manejo das LPPs. Nesse cenário, a definição adequada da cobertura primária, colocada diretamente no leito da ferida, revela-se indispensável para a padronização de protocolos que orientem as condutas terapêuticas (Macêdo et al., 2021). Essa perspectiva converge com a necessidade de alinhar a escolha dos materiais ao perfil clínico e às particularidades da lesão, evitando condutas aleatórias ou desvinculadas da literatura científica, visto que as propriedades dos tecidos variam significativamente entre diferentes populações, o que impacta diretamente na seleção de materiais e estratégias de prevenção e tratamento (Scott et al., 2021).
Exemplos dessa integração entre avaliação e prática podem ser também encontrados na utilização da Escala de Braden tanto na estratificação de risco, quanto na adoção de ferramentas digitais como apoio à tomada de decisão (Soares, 2018; Melo, 2022). Tais estratégias demonstram como o acompanhamento contínuo das lesões deve ser realizado independentemente do nível de tecnologia disponível na instituição de saúde, pois contribui para a segurança do paciente e pode ser adaptado à realidade de cada instituição, reforçando a importância de manter a vigilância constante sobre as lesões (Ocampo et al., 2022).
Melo (2022) chama atenção para o potencial das tecnologias digitais como aliadas em todas as etapas do cuidado, desde a avaliação inicial até o registro das condutas implementadas. Esses instrumentos, ao disponibilizarem informações sistematizadas e atualizadas, facilitam o planejamento terapêutico, favorecem a comunicação entre a equipe multiprofissional e asseguram a continuidade do cuidado, aspectos que também foram destacados em outras partes desta revisão como essenciais para reduzir complicações e prolongamentos de internação. Tal afirmativa corrobora com Rosa et al. (2021), que defende essas tecnologias aumentam a resiliência dos serviços de saúde ao fortalecer a capacidade de monitorar, antecipar, responder e aprender com situações clínicas.
Na mesma linha, Santos (2022) destaca que a inserção de inovações tecnológicas no cuidado de feridas crônicas e complexas amplia o horizonte terapêutico, tornando a prática clínica mais resolutiva. Para além do impacto imediato no processo de cicatrização, tais recursos estimulam a produção científica e fortalecem a formação de profissionais capacitados a lidar com desafios cada vez mais complexos. Como Oliveira et al. (2020) evidenciam, práticas pautadas em evidências e mediadas por tecnologias inovadoras contribuem diretamente para a promoção da saúde, prevenção de complicações e obtenção de resultados sustentáveis a longo prazo.
A prevenção das LPP, por sua vez, está inserida no conjunto de protocolos de segurança do paciente instituídos pelo Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Segurança do Paciente (Brasil, 2013). Nessa perspectiva, a Escala de Braden desponta como ferramenta de avaliação de risco amplamente validada, permitindo identificar precocemente os pacientes mais suscetíveis e orientar intervenções preventivas (Sousa et al., 2006). Traduzida por Paranhos (1999), tal ferramenta apresenta sensibilidade e especificidade equilibradas (Jansen; Silva; Moura, 2020), o que a consolida como instrumento de maior valor preditivo para o desenvolvimento de LPP.
Seu uso, amplamente disseminado na prática clínica, foi recentemente potencializado pelo avanço das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), que possibilitam sua aplicação em plataformas digitais e aplicativos móveis (Insfran; Blanes; Nicodemo, 2024). Essa digitalização amplia a acessibilidade, agiliza o processo de avaliação e favorece registros mais completos, sobretudo quando associada a programas de educação permanente que reforçam a importância da atualização profissional para que esses recursos sejam de fato incorporados à prática cotidiana (Cunha; Cruz, 2024). O avanço contínuo e a integração dessas tecnologias prometem transformar o cuidado em saúde, tornando-o mais eficiente, personalizado e acessível (Yeung et al., 2023).
O estudo de Savioli (2018) evidencia a relevância da análise da incidência de lesões por pressão em contextos críticos, como unidades de terapia intensiva, ressaltando não apenas a prevalência do problema, mas também a necessidade de adotar produtos e tecnologias capazes de melhorar os resultados clínicos. Essa perspectiva dialoga diretamente com o objetivo desta pesquisa, que busca compreender o papel das inovações dermatológicas no cuidado das LPP. Nesse sentido, Figueira et al. (2021) classificam as terapias disponíveis em diferentes categorias, como agentes tópicos destinados à cicatrização, coberturas específicas para desbridamento, estratégias de minimização da contaminação, alternativas voltadas à redução do tamanho das lesões e métodos complementares para acelerar a cicatrização, reforçando a diversidade de recursos atualmente disponíveis.
Em contraponto, trabalhos como os de Knecht (2019) e Azevedo et al. (2021) chamam atenção para as fragilidades enfrentadas pelos enfermeiros no manejo dessas feridas, destacando a escassez de registros adequados, a falta de padronização dos protocolos e a insuficiente atualização profissional. Esses achados convergem com a discussão apresentada sobre a necessidade de educação permanente, visto que a incorporação de tecnologias inovadoras só é efetiva quando acompanhada da capacitação da equipe, garantindo a segurança do paciente e a adesão às boas práticas clínicas. Outros desafios emergentes envolvem a privacidade e segurança de dados, além da infraestrutura tecnológica para manter bancos de dados no âmbito do SUS, esclarecendo o longo caminho que temos a percorrer (Mumtaz et al., 2023).
Ainda segundo Azevedo et al. (2021), algumas abordagens terapêuticas específicas têm mostrado potencial no tratamento de LPP, como a estimulação elétrica de alta voltagem e o uso de ultrassom, que se enquadram no grupo das terapias biofísicas, além da utilização de curativos de poliuretano em lesões não infectadas, com resultados favoráveis em termos de tempo de cicatrização. Entretanto, seus resultados são considerados insuficientes pela escassez de evidências científicas, limitações metodológicas dos estudos existentes e variedade de terapias e abordagens, o que impede sua adoção em larga escala sem cautela. Pesquisas inovadoras com estimulação elétrica acionada por ultrassom em modelos animais demonstraram potencial para regeneração tecidual, mas ainda não há evidências clínicas aplicadas a lesões por pressão em humanos (Chen et al., 2022; Wu et al., 2022).
4.2 Novas Tecnologias de Curativos para Lesão por Pressão
As inovações recentes no campo dos curativos para LPPs têm evidenciado o desenvolvimento de materiais avançados que, além de acelerar o processo de cicatrização, também atuam na prevenção de infecções, ampliando as possibilidades terapêuticas disponíveis ao enfermeiro. Entre os exemplos, destacam-se os curativos de hidrogel ativados por plasma, que liberam espécies reativas de oxigênio e nitrogênio (ERONs), capazes de eliminar bactérias e estimular a reparação tecidual (Figueira et al., 2021). Essa alternativa responde a preocupações já levantadas em relação à resistência antimicrobiana e à toxicidade da prata, demonstrando como a pesquisa em curativos busca soluções seguras e eficazes frente às limitações dos métodos tradicionais (Norton; Finley, 2021).
Outro recurso de grande impacto são os curativos multicamadas, como o ALLEVYN LIFE, que se mostraram eficazes na redução da incidência de LPP ao absorverem forças de fricção e manterem um ambiente úmido ideal à cicatrização. Savioli (2018) reforça que, além de sua alta capacidade de absorção, tais curativos atuam como barreiras protetoras, prevenindo novos danos à pele e favorecendo um processo de cicatrização mais estável. Essa característica ganha relevância quando associada à preocupação com a necessidade de trocas frequentes, especialmente em instituições públicas com baixo quadro de profissionais (Geng et al., 2023), corroborando para a segurança do paciente ao priorizar intervenções eficazes antes do agravamento da lesão.
A literatura também ressalta a vantagem das coberturas multicamadas pela característica atraumática, minimizando dor e desconforto durante as trocas. Puggina (2020) relata a diminuição de queixas de pacientes em comparação ao uso de curativos convencionais, aspecto que se conecta à humanização do cuidado, outro eixo importante deste estudo. A tecnologia Deep Defense, empregada em curativos de espuma de cinco camadas, demonstrou resultados consistentes na prevenção de LPP quando associada a medidas básicas de prevenção, exemplificando como a combinação de recursos inovadores e práticas padronizadas potencializa os desfechos clínicos.
Além dos curativos, tecnologias vestíveis têm emergido como ferramentas complementares à prevenção. O sistema Leaf, mencionado por Pereira (2022), exemplifica esse avanço ao monitorar em tempo real o posicionamento e a movimentação de pacientes, fornecendo dados que permitem reposicionamentos oportunos. Essa funcionalidade dialoga diretamente com o princípio de que a prevenção é mais eficaz quando baseada em avaliações contínuas, no uso de tecnologias que ampliam a capacidade de vigilância da equipe de enfermagem e na aplicação em áreas de risco, como o sacro e calcanhares (Gong; Xu, 2021).
Os curativos de silicone também se destacam pela aderência suave e pela adaptação anatômica, reduzindo o trauma durante a remoção e preservando a integridade da pele frágil, especialmente em idosos, além de proporcionar cobertura confiável da ferida e alta satisfação dos pacientes quanto ao conforto e facilidade de uso (Degenhardt; Reinbold; Weinhardt, 2024). Como ressaltam Santos (2022) e Paz et al. (2023), quando utilizados em conjunto com avaliações de risco sistemáticas e estratégias preventivas, esses curativos contribuem para reduzir a incidência de LPP de grau II ou superior em pacientes hospitalizados, reforçando a importância da associação entre novas tecnologias e protocolos clínicos bem estruturados.
Por fim, os substitutos avançados da pele representam uma das frentes mais promissoras. Ferreira et al. (2003) descrevem alternativas que vão desde enxertos de origem animal até membranas sintéticas de colágeno e silicone. Mais recentemente, Figueira et al. (2021) ressaltam a incorporação de tecnologias baseadas em big data e machine learning, capazes de mimetizar propriedades da pele humana e integrar-se de forma mais eficaz ao tecido do paciente. Esses avanços demonstram tanto a diversidade de recursos disponíveis como a tendência de aproximar cada vez mais os curativos da função biológica natural da pele, reduzindo complicações e acelerando a cicatrização (Fu et al., 2023).
Dessa forma, observa-se que tais inovações não devem ser vistas isoladamente, mas integradas a planos de cuidados preventivos e a protocolos clínicos já consolidados. Como apontado por Soares (2018), a efetividade no manejo das LPP depende da combinação entre novas tecnologias, práticas baseadas em evidências e atualização contínua dos profissionais de enfermagem, assegurando melhores resultados clínicos e promoção da qualidade de vida dos pacientes.
5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante da análise realizada, constata-se que as tecnologias emergentes na área dermatológica apresentam aplicabilidade efetiva no manejo das lesões por pressão (LPP), favorecendo a prevenção, a cicatrização e a redução de complicações associadas. O objetivo geral da pesquisa, de investigar tais tecnologias e sua relevância na gestão das LPP, é atingido ao evidenciar que os avanços em curativos, dispositivos vestíveis e substitutos de pele representam recursos promissores para ampliar a resolutividade do cuidado de enfermagem. Os objetivos específicos são igualmente contemplados, uma vez que se identificam as principais causas das LPP, as estratégias terapêuticas disponíveis e a importância da atualização profissional para a incorporação dessas práticas à assistência.
A revisão realizada possibilita reconhecer que as inovações analisadas contribuem para a consolidação de protocolos mais individualizados e fundamentados em evidências, com impacto direto na qualidade de vida dos pacientes e na segurança do cuidado prestado. A pesquisa evidencia, ainda, que a integração entre tecnologia, avaliação sistemática e capacitação da equipe constitui elemento essencial para o avanço da prática clínica. Como limitação, destaca-se a escassez de estudos robustos que avaliem de forma comparativa a efetividade das tecnologias emergentes, o que restringe a generalização dos achados. Sugere-se, para pesquisas futuras, o aprimoramento metodológico dos estudos e a ampliação de investigações sobre a associação entre recursos tecnológicos e protocolos já consolidados, de modo a fortalecer a base científica necessária para práticas clínicas mais seguras e eficazes.
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1Docente do Curso Superior de Enfermagem do Instituto de Enfermagem Anna Nery, Campus Rio de Janeiro. Mestre em Tecnologia Educacional para a Saúde (PPGECS/UFRJ). elencastelobranco2014@gmail.com
