PHYSICAL ACTIVITY LEVEL, IMMUNOLOGICAL PROFILE, AND QUALITY OF LIFE OF PEOPLE LIVING WITH HIV
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202410291533
Moisés Silva de Amorim2
Cristiane Kelly Aquino dos Santos1, 4
Manoel Messias Santos Neto2
Luísa Barreto Nunes de Aguiar2
Mariana Fonsêca Santana2
Ana Letícia Fiscina Reis2
Luiz Cláudio Pereira Ribeiro3
Mariana Munhoz Rodrigues3
Jerri Luis Ribeiro4
Estélio Henrique Martin Dantas1
RESUMO
Introdução: A infecção pelo HIV afeta o sistema imunológico ao reduzir a contagem de linfócitos TCD4+, comprometendo a defesa contra doenças oportunistas. O tratamento antirretroviral (TARV) melhora a qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV (PVHIV), mas o nível de atividade física pode influenciar ainda mais o perfil imunológico e o bem-estar desses indivíduos. Dessa forma, é muito importante compreender essa interação para otimizar estratégias que melhorem o bem-estar desses indivíduos. Objetivo: Investigar o nível de atividade física, perfil imunológico e qualidade de vida em pessoas com HIV. Metodologia: Estudo transversal com 307 indivíduos soropositivos para HIV, em tratamento antirretroviral. Foram aplicados questionários sobre saúde física, psicológica, independência, relações sociais, meio ambiente e espiritualidade. A contagem de TCD4+ e a carga viral (CV) foram obtidas de prontuários e pelo Sistema de Controle de Exames Laboratoriais (SISCEL). Utilizou-se o WHOQOL-HIV Bref para avaliação da qualidade de vida, e as análises foram feitas no SPSS Statistics 25, com p < 0,05 como critério de significância. Resultados: A amostra consistiu em 153 mulheres e 154 homens. Os participantes foram divididos entre sedentários (n=163) e ativos (n=144). A prevalência de sedentarismo foi de 28%, predominando no sexo feminino (18,5%). A forma de contágio predominante foi sexual (89,9%). A carga viral não detectável foi prevalente em 74,5% dos participantes, especialmente no grupo ativo (39%). As PVHIV sedentárias apresentaram menor contagem de TCD4+ (-19,23%; p=0,03) e menor qualidade de vida (-13,10%; p=0,04). Conclusão: As PVHIV que praticam exercício físico apresentam maior contagem de linfócitos TCD4+ e melhor qualidade de vida das PVHIV ativas em comparação às sedentárias.
Palavras-chave: Atividade Física. Perfil imunológico. Qualidade de vida. HIV.
ABSTRACT
Introduction: HIV infection affects the immune system by reducing the TCD4+ lymphocyte count, compromising the body’s defense against opportunistic diseases. Antiretroviral therapy (ART) improves the quality of life for people living with HIV (PLHIV), but physical activity levels can further influence the immune profile and well-being of these individuals. Thus, it is crucial to understand this interaction to optimize strategies that enhance the well-being of PLHIV. Objective: To investigate the level of physical activity, immunological profile, and quality of life in people living with HIV. Methodology: A cross-sectional study with 307 HIV-positive individuals undergoing antiretroviral treatment. Questionnaires were applied addressing physical and psychological health, independence, social relationships, environment, and spirituality. TCD4+ counts and viral load (VL) were obtained from medical records and the Laboratory Test Control System (SISCEL). The WHOQOL-HIV Bref was used to assess quality of life, and statistical analyses were performed using SPSS Statistics 25, with p < 0.05 as the significance threshold. Results: The sample consisted of 153 women and 154 men. Participants were divided into sedentary (n=163) and active (n=144) groups. Sedentarism prevalence was 28%, with a higher occurrence in women (18.5%). The predominant transmission route was sexual (89.9%). Undetectable viral load was prevalent in 74.5% of participants, especially in the active group (39%). Sedentary PLHIV had a lower TCD4+ count (-19.23%; p=0.03) and lower quality of life (-13.10%; p=0.04) compared to active PLHIV. Conclusion: Physical exercise increased TCD4+ lymphocyte count and improved the quality of life in active PLHIV compared to sedentary individuals.
Keywords: Physical Activity. Immunological Profile. Quality of Life. HIV.
INTRODUÇÃO:
O Vírus da Imunodeficiência Humana (do Inglês HIV) é uma epidemia global há mais de 30 anos, e se tornou um dos assuntos mais discutidos no mundo. Desde seu surgimento em meados de 1981, foi criado um estigma sobre ele e sobre os seus portadores. Segundo pesquisas, o vírus surgiu na África, a partir da mutação de um vírus chamado SIV (vírus da imunodeficiência símia), que se encontrava em chimpanzés e macacos verdes africanos, entretanto neles, o vírus era totalmente controlado pelo sistema imunológico(BRASIL,2024).
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é uma doença causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), um retrovírus, e é caracterizada por imunossupressão profunda que leva ao desenvolvimento de infecções oportunistas, neoplasias secundárias e manifestações neurológicas( GHAYOMZADEH, 2019).
No campo das doenças infecciosas, a epidemia do HIV foi, e continua sendo, um considerável desafio para a saúde pública global, pois é reconhecida como fenômeno único em decorrência do seu alcance, intensidade e principalmente pelo seu impacto pandêmico (MARTINS et al., 2018).
A transmissão do vírus possui várias vias de contaminação, sendo as principais: a via sanguínea, a sexual e a vertical, pelo aleitamento materno, passando o vírus de mãe para filho. Também vale ressaltar que fatores de risco comportamentais possuem relevância significativa aos mecanismos de transmissão do HIV, como a prática de relações sexuais sem proteção ou reutilização de seringas e agulhas por usuários de drogas, bem como a assimetria social que aponta um processo de vulnerabilidade social em que a escolaridade, a fonte de renda e o acesso aos cuidados de saúde são características fundamentais para a infecção pelo vírus (DE MACEDO et al., 2023).
As células do sistema imune, em conjunto com os demais mecanismos de defesa, como: barreira epitelial, antibióticos presentes no epitélio e proteínas plasmáticas, apresentam papel fundamental no combate a patógenos. A relevância do sistema imune adquirido, composto pelos linfócitos T e B, merece destaque, pois objetiva eliminar microrganismos intra e extracelulares, com elevada especificidade e efetividade (KENNEDY, 2010). Os linfócitos T se subdividem em T CD4+ e T CD8+. O linfócito T CD4+, ou auxiliar, contribui para a produção de anticorpos pelos linfócitos B e na ativação das células fagocitárias que destroem microrganismos. Já o linfócito T CD8+, ou citolítico, provoca a lise de células que estão infectadas por microrganismos intracelulares (ABBAS, 2007). A diminuição dos linfócitos T CD4 +, ao longo do tempo, compromete o sistema imunológico, tornando-o menos eficiente no combate a patógenos agressores. Este quadro aumenta a suscetibilidade individual a doenças oportunistas que são inofensivas em pessoas hígidas (SANTOS, 2024).
A infecção pelo HIV começa com a etapa de adsorção, que compreende a ligação do vírion à superfície da célula alvo. Esta é mediada por uma interação de alta afinidade entre o domínio extracelular da glicoproteína viral gp120 e receptores celulares específicos, sendo o CD4 o principal receptor. Além disso, um grupo de receptores de quimiocinas, CCR5 e CXCR4, têm sido identificados como os principais correceptores in vivo para o HIV-1. Assim, após a ligação da gp120 ao receptor celular CD4, ocorrem alterações conformacionais que facilitam a ligação ao correceptor e subsequente entrada viral, evento decorrente da fusão do envelope viral com a membrana celular, um processo facilitado pela glicoproteína gp41 (SANTOS, 2024).
Para o diagnóstico da infecção do HIV, são utilizados testes sorológicos e moleculares. Dentre eles, tem-se o padrão ouro, que consiste em imunoensaio (IE), comumente, de quarta geração, para triagem e teste confirmatório Western Blot (WB) (RACHID & SCHECHTER, 2017). Já a AIDS, que é resultante do estado avançado da infecção, é diagnosticada pela quantificação, numérica e percentual, de linfócitos T CD4+, já que a segunda sofre menor alteração de seus valores. A quantificação dos linfócitos T CD4+ é obtida por volume de sangue e os valores abaixo de 500 células/mm³, ou inferiores a 24%, são considerados alterados. Paciente com contagem de células abaixo de 200 células/mm³ estão suscetíveis a doenças oportunistas, como Pneumocistose e Toxoplasmose (SANTANA; DA SILVA & PEREIRA, 2019).
A infecção pelo HIV está relacionada a uma imunodeficiência progressiva, afetando o sistema imunológico, o que caracteriza a doença ser crônica e letal (PINTO et al., 2013). Sabe-se que as Pessoas Vivendo com HIV/Aids (PVHA) sofrem alterações nas vias cardiometabólicas e inflamações constantes, que são fatores com significativa contribuição na ampliação das comorbidades crônicas (DIRAJLAL-FARGO et al., 2016).
O início da infecção pelo HIV resulta em uma acelerada e ampla produção de vários biomarcadores antivirais e pró-inflamatórios (STACEY et al., 2009). A infecção pelo HIV não tratada tem sido associada com altos níveis de citocinas inflamatórias, como a Interleucina 1 (IL-1), Interleucina 6 (IL-6) e Fatores de Necrose Tumoral-α (TNF-α), essas citocinas são produzidas nas etapas iniciais da contaminação e são responsáveis, mediante atuação no hipotálamo, por manifestações como a febre (MACHADO et al., 2020). Muitas destas citocinas têm seus níveis reduzidos após o início da terapia anti-retroviral (TARV), indicando que a replicação do vírus está implicada na resposta inflamatória.
Ademais, pessoas que vivem com HIV/Aids experimentam, no momento do diagnóstico e no manejo de sua doença, diversos desafios sociais. Fases distintas podem ser notadas nesses pacientes, como perda de status social, perda de interesse nas atividades diárias, depressão, estresse e ansiedade, interferindo diretamente na sua qualidade de vida (HANDAYANI et al., 2019). Estes aspectos também podem estar relacionados à cronicidade da doença, que exige mudanças de origem emocional e psicológica para lidar com sintomas, tratamento e doenças associadas ao HIV, ascendendo ao estresse. Pode comprometer diretamente os cuidados exigidos pela doença contribuindo para o aumento da transmissibilidade e comprometendo a qualidade de vida (QV) de quem é acometido (GOMES et al., 2021).
Além disso, a infecção pelo HIV tem sido relacionada ao enfraquecimento físico, fraqueza muscular, diminuição da capacidade de exercício e comprometimento nas atividades e na participação social (DE MACEDO et al., 2023). Apesar dos avanços substanciais observados no tratamento antirretroviral, ainda há necessidade de intervenções capazes de melhorar a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) e minimizar o crescente fardo de comorbidades não transmissíveis para pessoas vivendo com HIV/AIDS (SAAG et al., 2018).
Desse modo, o treinamento físico, combinado com tratamentos medicamentosos, emerge como uma intervenção crucial na promoção da saúde e reabilitação de pacientes com HIV/AIDS. O exercício regular pode melhorar a aptidão física em pacientes infectados pelo HIV, incluindo força muscular, resistência muscular e capacidade de exercício, além de favorecer os aspectos imunológicos e a qualidade de vida (GOUVÊA-E-SILVA LF et al., 2019).
Portanto, o objetivo deste estudo foi investigar o nível de atividade física, perfil imunológico e qualidade de vida em pessoas com HIV.
MATERIAIS E MÉTODOS:
Tipo de estudo:
O presente estudo é caracterizado como um estudo observacional transversal. Para a coleta de dados, foram aplicados questionários no período de maio a setembro de 2022 e nos dias agendados para a coleta de exames ou acompanhamento médico, em ambiente reservado no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle.
População e amostra:
A amostra foi composta por 307 indivíduos de ambos os sexos, inscritos no programa DST/Aids com sorologia positiva para HIV em acompanhamento médico e em tratamento antirretroviral, há pelo menos um ano e que se encontravam em acompanhamento clínico ambulatorial associado ao Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG), da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO, na cidade do Rio de Janeiro – RJ.
Foram adotados como critérios de inclusão para o estudo, pessoas com idade maior ou igual a 18 anos, pessoas com sorologia positiva para HIV, em acompanhamento médico e em TARV, há pelo menos um ano e inscritos no programa DST/Aids associado ao HUGG.
Foram excluídos da pesquisa indivíduos usuários de drogas ilícitas, PVHIV acometidos por infecção aguda ou doenças oportunistas, gestantes, lactantes e pessoas com alteração cognitiva.
Ética da pesquisa:
O presente estudo atende às normas para a realização de pesquisa em seres humanos, de acordo com a Resolução 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde de 12 de dezembro de 2012.
Inicialmente, os candidatos foram abordados na sala de espera onde foi apresentada a proposta do estudo. Após mostrar interesse em participar da pesquisa, cada participante foi levado a uma local reservado o qual poderia preencher os documentos da pesquisa. A manifestação da aquiescência foi feita por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE, contendo informações sobre objetivo do estudo, procedimentos de avaliação, possíveis consequências, procedimentos de emergência, caráter de voluntariedade da participação do sujeito e respeitando os princípios da acessibilidade, confiabilidade, liberdade e responsabilidade.
O projeto de pesquisa, foi submetido e aprovado pelo CEP do HUGG em processo cadastrado no CAAE nº 54523521.2.0000.5258, com parecer nº 5.261.483, de 24 de fevereiro de 2022.
Procedimento de coleta de dados:
Inicialmente, foram realizados procedimentos necessários à obtenção da amostra, posteriormente foram tomadas as providências referentes à ética da pesquisa.
Após a conclusão dessa fase, os participantes preencheram uma ficha de anamnese elaborada de acordo com as necessidades do estudo, constituída de perguntas de identificação pessoal, de estado geral de saúde e de coleta de informações para caracterização dos aspectos clínicos, nível de qualidade de vida e nível de atividade física. O quadro 1 apresenta a categorização dos grupos e variáveis utilizadas no estudo.
Quadro 1– Categorização dos grupos e variáveis utilizadas no estudo.
Blocos | Variáveis | Questões Utilizadas | Categorização |
Características Clínicas | Tempo de Diagnóstico | Há quantos anos você foi diagnosticado com HIV? (organizados de acordo com a mediana do grupo) | 1-16>16 |
Carga Viral | Informação retirada da base de dados SISCEL | DetectadaNão Detectada | |
Formas de Contágio | Como você acha que foi infectado pelo HIV? | Não sabe Via sexual Outros* | |
Contagem de linfócitos TCD4+ | Informação retirada da base de dados SISCEL | ≤ 200>200 – 500>500 | |
Nível de Qualidade deVida | Qualidade de Vida | Informação extraída do Questionário WHOQOL HIV – Bref | Baixo Médio Alto |
Nível de Atividade FísicaHabitual | Atividade Física | Informação extraída do Questionário de Nível de atividade Física Baecke | Ativos Sedentários |
FONTE: Autoria Própria
* transfusão sanguínea, via parental, uso de seringas infectadas.
Instrumentos:
Cada uma das variáveis independentes e a dependente foi avaliada por meio dos instrumentos descritos a seguir. A aplicação dos questionários neste estudo foi conduzida por uma equipe de profissionais qualificados e treinados, composta por farmacêuticos, biomédicos e psicólogos.
Características clínicas:
As informações sobre contagem de linfócitos TCD4+ e CV do HIV foram coletadas nos prontuários médicos dos pacientes e por meio do Sistema de Controle de Exames Laboratoriais (SISCEL). Estes exames foram todos realizados pelo mesmo laboratório. A contagem de TCD4+ foi realizada por citometria de fluxo e CV do HIV foi quantificada pela técnica de ensaio in vitro de reação em cadeia da polimerase com transcrição reversa (RT- PCR) para a quantificação do Vírus da Imunodeficiência Humana tipo 1 (HIV-1), usando o ensaio Abbott RealTime HIV -1 com limite para detecção acima de 40 cópias/ml.
Foi utilizado o resultado do exame laboratorial mais próximo à data de realização da entrevista de cada participante, com no máximo seis meses da data de realização. Esse intervalo foi estabelecido com base no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos, que preconiza que o monitoramento laboratorial para acompanhamento clínico seja realizado com o exame de carga viral com frequência semestral.
Nível de qualidade de vida:
Utilizou-se o instrumento WHOQOL-HIV Bref (quadro 2), desenvolvido pela OMS, para avaliar a qualidade de vida. Esse instrumento aborda seis domínios da qualidade de vida relacionados à saúde, por meio de 31 facetas: Físico, Psicológico, Nível de independência, Relações sociais, Meio ambiente e Espiritualidade. Adicionalmente, inclui duas questões que investigam a autopercepção da qualidade de vida e da saúde.
Cada faceta apresenta pontuação que varia de 1 a 5, os itens são avaliados por meio de uma escala tipo Likert, onde o 1 significa uma avaliação em desacordo e o número 5 uma avaliação com alta concordância. Com exceção das facetas 3, 4, 5, 8, 9, 10 e 31 que tem sua pontuação invertida para representação fiel da escala.
Os escores dos domínios são calculados através da soma dos escores das “n” questões que compõem cada domínio, dividido pelo número de questões do domínio. O resultado é multiplicado por quatro, sendo o escore final representado em uma escala de 4 a 20. Para a identificação dos escores de QV foi utilizada a classificação categórica proposta por MELLO, 2008, onde QV baixa corresponde ao escore menor que 10,9, QV média ao escore de 11-14 e a QV alta ao escore acima de 14.
Quadro 2 – Classificação dos Domínios do WHOQOL HIV Bref
Domínios WHOQOLHIV BREF | ||
Domínio I | Físico (4 Questões) | Dor e Desconforto; Energia e Fadiga; Sono e descanso |
Domínio II | Saúde Psicológica (5 Questões) | Sentimentos positivos; Cognição (pensamento, aprendizagem, memória e concentração); Autoestima; Corpo (imagem corporal e aparência); Sentimentos negativos |
Domínio III | Nível de Independência (4 Questões) | Mobilidade; Atividades da vida diária; Dependência de medicação ou tratamentos; Aptidão ao trabalho |
Domínio IV | Relações Sociais (4 Questões) | Relacionamentos pessoais; Apoio social; Atividade sexual |
Domínio V | Meio Ambiente (8 Questões) | Segurança física; Moradia; Finanças; Cuidados (acesso e qualidade à saúde e assistência social); Informação (adquirir informação nova / aprender novas habilidades); Lazer; Ambiente físico (poluição/ barulho/ trânsito/ clima); Transporte |
Domínio VI | Espiritualidade, Religiosidade e Crenças Pessoais(4 Questões) | Espiritualidade/religião/crenças pessoais); Perdão e culpa; Preocupações sobre o futuro; Morte e morrer |
FONTE: Classificação Silveira et al, (2019).
Nível de atividade física habitual (NAFH):
Foi utilizado o questionário de AF habitual (quadro 3) o qual foi validado no Brasil para PVHIV por Florindo et al., (2006). O questionário é composto de 16 questões que abrangem três escores de NAF habitual (NAFH) dos últimos 12 meses: 1) escore de atividades físicas ocupacionais (AFO) com oito questões, 2) escore de exercícios físicos no lazer (EFL) com quatro questões, 3) escore de atividades físicas de lazer e locomoção (ALL) com quatro questões.
O escore geral do NAFH consiste no somatório dos três índices (AFO, AFL e ALL). Considerando assim, quanto maior o escore, maior o NAFH do indivíduo. Para melhor interpretação dos resultados as categorias foram distribuídas em dois grupos: Sedentários, composto por indivíduos classificados como sedentários e insuficientemente ativo, e Ativos constituído por indivíduos ativos e muito ativos.
Procedimento de análise de dados:
A estatística descritiva foi utilizada para caracterizar o grupo, utilizando média, mediana e desvio padrão, frequência e percentual. A normalidade dos dados foi realizada por meio do teste de Shapiro-Wilk. Para as comparações entre os grupos, utilizou-se o teste t de Student independente para duas amostras. Para caracterizar a homogeneidade dos dados colhidos, foi realizado o teste de Levene. O presente estudo admitiu p < 0,05 como critério de significância estatística. Todas as análises estatísticas foram realizadas no programa IBM SPSS Statistics 25. (Inc., Chicago, IL, USA).
RESULTADOS:
A amostra consistiu em 307 indivíduos, sendo 153 mulheres e 154 homens. Os participantes foram divididos em dois grupos: sedentários (n=163) e ativos (n=144), de acordo com o NAFH.
Na figura 1, é representado a distribuição do NAFH geral e por sexo. A classificação do NAFH apresentou prevalência para “sedentarismo” com 28%, com destaque para o sexo feminino com 18,5%. A amostra apresentou valores próximos na distribuição entre as classificações “ativo” com 24%, também com prevalência para o sexo feminino com 16,9%, e “muito ativos” com 23%, dessa vez com destaque para o sexo masculino com 16,2%.
Figura 1 – Distribuição do Nível de Atividade Física Entre o Sexo Biológico dos Participantes.
Na figura 2, são apresentados os escores obtidos em cada um dos domínios de Qualidade de Vida. Os maiores valores referem-se aos domínios psicológico e meio ambiente, apresentando respectivamente os alfas de 0,66 e 0,59. Quanto às médias brutas dos escores, observa-se que as mais elevadas foram atribuídas aos domínios relações sociais com média (DP= 2,7) e físico apresentando média 14,6 (DP= 3,4), enquanto que as médias 14,3 (DP= 3,5) foram as mais baixas para o domínio de Espiritualidade, Religiosidade e Crenças Pessoais.
Figura 2 – Distribuição dos escores dos domínios de QV.
Fonte: Autoria Própria
NI – Nível de incidência; RS – Relações Sociais; ERCP – Espiritualidade, religiosidade e crenças pessoais; IG – Índice Geral.
Em relação às características clínicas, foi observada uma distribuição semelhante no tempo de diagnóstico, sendo que 50,4% corresponderam ao período de 1 a 16 anos e 49,6% acima de 16 anos. A forma de contágio prevalente foi por via sexual, com 89,9% dos participantes.
A distribuição da CV não detectável foi prevalente 74,5%, com destaque para o grupo de PVHIV ativo 39%. A contagem de TCD4+ acima de 500mm3 foi maior, representando 78% da amostra com prevalência para 41,4%.
Ao se tomar como parâmetro o Nível de Atividade Física Habitual e se comparar os resultados das variáveis CV, Contagem de Linfócitos e Nível de QV, observou-se que as PVHIV do grupo sedentário apresentam menor contagem de linfócitos ( = – 19,23%; t (104) = 2,097; p = 0,03) e menor QV ( = – 13,10%; t (126) = 0,274; p = 0,04) do que as PVHIV do grupo ativo, como representado na figura 3.
Figura 3 – Distribuição e Comparação da CV, TCD4+ e QV entre grupos ativos e sedentários
NAFH | ||||
Variáveis | Total (100) | Sedentário 163 (53) | Ativo 144 (47) | p 307 |
CV Detectável Não Detectável | 78 (43) 229 (74,5) | 43 (14) 120 (39) | 35 (11) 109 (35) | 0,63 |
TCD4+/mm3 sangue ≤ 200>200 e ≤ 500 > 500 | 11 (4) 57 (19) 239 (78) | 0 (0) 26 (8,4) 137 (44,6) | 0 (0) 26 (8,4) 137 (44,6) | 0,03* |
QV Baixa Média Alta | 24 (7,8) 104 (33,8) 179 (58,3) | 19 (6,2) 60 (19,5) 84 (27,3) | 5 (1,6) 44 (14,3) 95 (31) | 0,04* |
*p<0,05
DISCUSSÃO:
Os resultados da avaliação da qualidade de vida (QV) de pessoas vivendo com HIV (PVHIV) indicaram altos escores no domínio das relações sociais. Isso reflete a percepção positiva dos participantes em relação às suas relações pessoais, apoio social e inclusão social. Esses achados estão em consonância com estudos anteriores, como os de Handayany et al. (2019) e Fuster-Ruiz et al. (2019), que também identificaram altos escores nesse domínio em suas amostras. Por outro lado, os menores escores foram observados nos domínios de “meio ambiente” e “espiritualidade”. Esses domínios abrangem a percepção de segurança física, condições de moradia, situação financeira, acesso a serviços de qualidade, acesso à informação, oportunidades de lazer, ambiente físico e transporte, bem como a percepção de sentido da vida, reavaliação da opinião sobre a morte e a descoberta de novas relações com Deus.
Em relação à contagem absoluta de linfócitos TCD4+, essa é um importante biomarcador de prognóstico em pacientes infectados pelo HIV (HIPOLITO, et al., 2017). A presente pesquisa identificou a prevalência de contagem de linfócitos TCD4+ maior que 500 células/mm3. Outros estudos afirmam que pacientes que possuem contagens de linfócitos TCD4+ menor que 350 células por mm3 apresentam diagnóstico tardio e tendem a pertencer ao sexo masculino, podendo apresentar comorbidades, ser mais suscetíveis a doenças e ter um aumento no risco de mortalidade, além de serem menos propensos a responder ao tratamento quando iniciado. Esse fato pode estar associado ao diagnóstico tardio (COSTA, et al., 2019; SERRA, et al., 2020).
A maioria da amostra são sedentários. Resultados semelhantes foram encontrados nos estudos de Elf et al. (2019) e Morowatisharifabad et al. (2019), o qual apresentou prevalência para participantes menos ativos ou sedentários.
O sedentarismo entre pessoas vivendo com HIV (PVHIV) pode estar relacionado às mudanças no estilo de vida e aos cuidados em saúde adotados após o diagnóstico. Devido à descoberta da sorologia, as PVHIV tendem a limitar seu círculo social, atividades de trabalho, lazer e transporte/locomoção, um comportamento atribuído aos estigmas, discriminação e preconceito. Esses fatores influenciam negativamente a adesão à prática de atividade física (AF) (Maggi et al., 2017). Esta hipótese foi parcialmente confirmada no presente estudo, uma vez que apenas 47% dos participantes apresentam um estilo de vida ativo.
Na comparação das variáveis, os resultados deste estudo revelaram diferenças estatisticamente significativas, indicando que o grupo de indivíduos sedentários apresenta uma contagem de linfócitos mais baixa e uma qualidade de vida inferior. Conforme observado por Ghayomzadeh (2019), a prática de atividade física e o engajamento em exercícios estruturados podem ter impactos positivos na função imunológica de pessoas vivendo com HIV, aumentando a contagem de linfócitos TCD4+. Além disso, de acordo com Dianatinasab et al. (2020), indivíduos com HIV tendem a passar mais tempo em comportamentos sedentários e menos tempo em atividades físicas, quando comparados a outras populações afetadas por doenças crônicas.
Os resultados de um estudo realizado com mulheres após o programa de intervenção de 12 semanas de AF, apresentaram diferença significativa na contagem de linfócitos TCD4+, bem como na saúde mental entre os grupos controle e o grupo de intervenção (DI MASI, et al., 2018). O mesmo estudo sugere que o treinamento físico pode ser uma importante ferramenta para o tratamento desta população, sendo incluído nos serviços de saúde com o objetivo de melhorar o estado de saúde mental das PVIHIV com infecção pelo HIV.
Estudos demonstram que PVHIV com melhor capacidade aeróbica estão menos propensas a transtornos neurocognitivos (NWEKE, et al., 2022). AF sistematizadas, praticadas pelo menos de 150 a 300 minutos por semana com intensidade moderada proporcionam benefícios como melhora nos aspectos físicos, psicológicos e qualidade de vida dessa população (WHO, 2019; DI MAIS, et al., 2018; NWEKE, et al., 2022).
Deve-se levar em conta que, mesmo com benefícios de um estilo de vida ativo, as PVHIV enfrentam uma série de barreiras para praticar AF, como efeitos colaterais da TARV, depressão, dor corporal e presença de infecções oportunistas, são alguma dessas barreiras (VANCAMPFORT, et al., 2021).
Portanto, é fundamental considerar a importância da atuação de uma equipe multiprofissional na promoção de um estilo de vida saudável para pessoas vivendo com HIV (PVHIV). Isso inclui a incorporação regular de atividade física, a adoção de hábitos alimentares saudáveis e o fornecimento de suporte psicológico. (SANTOS, et al., 2024).
A prática de exercícios físicos é especialmente crucial, pois tem demonstrado melhorar significativamente a função imunológica, aumentando a contagem de linfócitos TCD4+. Além disso, o exercício regular contribui para a melhoria da saúde mental, redução do estresse e aumento da qualidade de vida(DE MACEDO 2023).
Além disso, promove a redução da prevalência de condições crônicas, como doenças cardiovasculares e diabetes, que são mais comuns entre PVHIV. Ao promover um estilo de vida ativo e saudável, a equipe multiprofissional pode ajudar a prolongar a expectativa de vida e melhorar a saúde geral dessas pessoas, fortalecendo seu sistema imunológico e oferecendo uma melhor qualidade de vida(SANTOS, 2024).
CONCLUSÃO:
Em conclusão, os resultados deste estudo reforçam a importância da prática regular de atividade física para pessoas vivendo com HIV (PVHIV). Foi possível observar que o grupo de PVHIV ativos apresentou, de maneira significativa, uma contagem de linfócitos TCD4+ superior, assim como uma melhor qualidade de vida em relação ao grupo de sedentários, especialmente nos domínios das relações sociais. Além disso, a atividade física demonstrou ser um fator relevante não apenas para o fortalecimento do sistema imunológico, mas também para o bem-estar mental desses indivíduos, atuando como um aliado importante no tratamento e no cuidado integral da saúde. Esses achados destacam a necessidade de se promover o exercício físico como parte das intervenções voltadas à melhora da qualidade de vida das PVHIV.
AGRADECIMENTOS:
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001. Portaria nº 206, de 4 de setembro de 2018 Dispõe sobre obrigatoriedade de citação da CAPES Art. 1º Os trabalhos produzidos ou publicados, em qualquer mídia, que decorram de atividades financiadas, integral ou parcialmente, pela CAPES, deverão, obrigatoriamente, fazer referência ao apoio recebido.
REFERÊNCIAS:
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1Programa de Mestrado e Doutorado em Saúde e Meio Ambiente da Universidade Tiradentes – UNIT, Aracaju, Brasil
2Universidade Tiradentes – Curso de Graduação em Medicina da UNIT em Aracaju, Brasil
3Hospital Universitário Gaffé e Guinle/ HUGG Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UFRJ
4Programa de Pós Graduação em Ciências do Movimento Humano da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS