NEOPLASIA DE COLO DE ÚTERO: UMA BREVE REVISÃO DE LITERATURA

CERVICAL NEOPLASM: A BRIEF LITERATURE REVIEW

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202505301836


Matias G. Sousa¹*
Lia G. Sousa¹
Douglas J. Angel2


1. RESUMO 

Introdução: O principal fator de risco de desenvolvimento do câncer de colo de útero (CCU) é a infecção pelo HPV(Papilomavírus Humano). Objetivo: Revisar e sintetizar a bibliografia disponível nas plataformas científicas relacionadas à neoplasia de colo de útero. Método: O estudo trata-se de uma revisão de literatura integrativa, que visa compilar e sintetizar a literatura de relevância, disponível em plataformas de pesquisa científica e através do site do Ministério da Saúde, evidenciando o conteúdo dos estudos selecionados. Resultados: Pesquisas realizadas nos últimos anos evidenciam que os países intermediários, ou em desenvolvimento, possuem maiores índices de acometimento desta neoplasia (CCU), bem como elevada incidência de transmissão do HPV, sendo esta a IST de maior transmissibilidade. Estes dados evidenciam que esta patologia ainda é uma preocupação de saúde nacional, pois pode levar mulheres, não tratadas, ao óbito. Conclusão A imunização contra os subtipos oncogênicos do Papilomavírus-Humano está disponibilizada no SUS, bem como a incorporação de testes moleculares diagnósticos, o que parece ser um avanço importante em relação às prevenções, primária e secundária, do CCU. Palavras-chave: Neoplasia, Câncer, Colo, Útero.  

2. ABSTRACT 

Introduction: The main risk factor for developing cervical cancer (CC) is infection by HPV (Human Papillomavirus). Objective: To review and summarize the bibliography available on scientific platforms related to cervical neoplasia. Method: This is an integrative literature review that aims to compile and summarize relevant literature available on scientific research platforms and through the Ministry of Health website, highlighting the content of the selected studies. Results: Research conducted in recent years has shown that intermediate or developing countries have higher rates of involvement of this neoplasia (CC), as well as a high incidence of HPV transmission, which is the most transmissible STI. These data show that this pathology is still a national health concern, as it can lead to the death of women if left untreated. Conclusion: Immunization against oncogenic subtypes of Human Papillomavirus is available in the SUS, as well as the incorporation of molecular diagnostic tests, which appears to be an important advance in relation to primary and secondary prevention of CC. 

Keywords: Neoplasm, Cancer, Cervix, Uterus. 

3. INTRODUÇÃO 

O principal fator de risco de desenvolvimento do câncer de colo de útero (CCU) é a infecção, persistente e por via sexual, pelos subtipos oncogênicos do HPV (Papilomavírus Humano), convencionalmente pelo contato entre mucosas ou ferimentos superficiais microscópicos com as lesões do HPV, quase sempre localizados em pele de região anogenital ou na mucosa vaginal; originando lesões que, se não tratadas, e quando associadas a fatores genéticos e de estilo de vida, podem evoluir para a formação da neoplasia. (1 e 2) 

Em 2020, em todo o mundo, foram notificados 530 mil casos de CCU, com 256 mil óbitos pelo CCU; no Brasil, foi estimada a taxa de 17.010 novos casos para cada ano do triênio 2023-2025, representando uma taxa de incidência de 15,38 casos para cada grupo de 100.000 mulheres. (2) 

Considerando a ampla abrangência de pessoas acometidas por esta neoplasia e demostrando a incidência intermediaria da patologia para países em desenvolvimento, este estudo visa evidenciar a importância do incentivo à prevenção primária; de modo que a diminuição do risco de contágio pelo Papilomavírus-Humano pode ser realizada através do uso métodos preservativos durante relações sexuais e da vacinação para alguns subtipos oncológicos; bem como da prevenção secundária, utilizando de testes moleculares para identificação dos subtipos do vírus. (1 e 3) 

4. MATERIAL E MÉTODO  

Este estudo trata-se de uma revisão de literatura integrativa, que visa compilar e sintetizar a literatura de relevância, disponível em plataformas de pesquisa científica, evidenciando o conteúdo dos estudos selecionados; foi produzida a partir de um método dedutivo, utilizando dados de natureza básica, com objetivos analíticos em uma abordagem qualitativa. 

A coleta de dados foi realizada através de publicações científicas por meio da plataforma da Biblioteca Virtual em Saúde do Brasil (BVS-Brasil) entre outubro/2024 e maio/2025, utilizando os descritores em Saúde (DeCS): LILACS (Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciências da Saúde) e MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online); bem como foram filtrados artigos por: Revisão Sistemática, Estudo de Incidência e Fatores de Risco. Outras fontes de dados foram a plataforma SCIELO (Scientific Eletronic Librarry Online), a plataforma PUBMED (National Library of Medicine) e o site do Ministério da Saúde, através de publicações realizadas no mesmo. As palavras/frases chaves utilizadas foram “Papilomavírus-Humano”, “neoplasia de colo de útero”, “cervical cancer”, “cervical intraepithelial neoplasia” e “câncer de colo de útero”. 

A pesquisa baseou-se nas publicações dos últimos 8 anos, diversas publicações foram encontradas com os descritores acima citados; porém foi realizado um filtro conforme o foco da revisão, excluindo inúmeras produções que tinham evidencias defasadas ou que não eram relacionadas ao foco principal desta revisão integrativa; Utilizando as publicações mais recentes que descreviam sobre origem, evolução e estadiamento do câncer de colo de útero, principalmente no Brasil. No presente estudo, foram referenciados 13 publicações referenciadas ao final deste artigo. 

5. DISCUSSÃO 

5.1. O Papilomavírus-Humano 

O papilomavírus-humano é o causador da formação de verrugas, conhecido como HPV, é membro da família Papillomavidae e possui dupla cadeia de DNA não encapsulado; até o momento, foram identificados mais de 200 tipos, aos quais, 40 acometem a região anogenital. Qualquer pessoa que realize atividade sexual está predisposta à aquisição deste vírus; entre as diversas formas de infecção, ressalta-se o contato direto pele a pele, inclusive por meio da deposição de vírus nos dedos por contato genital infectado e por autoinoculação.(4) 

Este patógeno infecta o organismo penetrando o epitélio escamoso da pele em áreas cutaneomucosas, predispondo a formação de verrugas, com maior acometimento em região anogenital, oral e cervix; há ainda a transmissão por via parto-vaginal, que é rara, porém pode ser causadora de verrugas e/ou lesões cutaneomucosas e/ou papilomatose recorrente em laringe de recém-nascidos. (5, 4) 

O HPV é a IST com maior índice de transmissibilidade, superando outros tipos de patologias infecciosas como Hepatites, HIV (human immunodeficiency vírus) e Herpes genital. Estima-se ainda em 15% a 25% o risco geral para a exposição à infecção pelo HPV a cada nova parceria sexual; de modo que, quase a totalidade de pessoas sexualmente ativas serão infectadas em algum momento de sua vida. (4) 

Transmitido sexualmente, o HPV é um vírus de preocupação nacional, sendo considerado um problema de saúde pública, em questões socioeconômicas, de cuidado à qualidade de vida e em relação aos gastos de capital público, de modo que esta infecção, quando persistente e pelos subtipos oncogênicos, é responsável por cerca de 70% dos cânceres cervicais. (4, 6) 

A maioria das infecções pelo papiplomavírus-humano passa despercebida, pois cerca de 98% da população infectada é assintomática, ou seja, não apresenta verrugas anogenitais; de modo que, 1% a 2% das pessoas infectadas irão desenvolver sintomas e cerca de 2% a 5% das mulheres apresentaram alterações na colpocitogia oncótica. (4) 

Uma pesquisa recente realizada em 26 capitais brasileiras, incluindo o Distrito Federal, com 6.387 pessoas com genitália feminina, evidenciou que destas, as pessoas menores de 30 anos tem maior prevalência de infecção pelo HPV, principalmente em adolescentes, bem como cursam com resolução espontânea em um tempo aproximado de 24 meses. Nesta mesma pesquisa, as pessoas tinham uma idade média de 21,6 anos, e foi identificada a prevalência de 53,6% de infecções por HPV. Vale ressaltar ainda, que a maior prevalência do desenvolvimento de uma neoplasia maligna cervical ocorre em paciente com aparelho genital feminino na quarta década de vida, com aproximadamente 45 anos de idade. (5, 4) 

A infecção pelo HPV, quando não auto-resolutiva, ou não auto-limitada, não tratada ou quando persistente, pode levar à complicações, entre as mais graves, está a formação do câncer de colo de útero, ânus, cérvix e de pênis; para o desenvolvimento destas neoplasias, quando associadas a infecção pelo Papilomavírus-Humano, destacam-se os subtipos oncogênicos, os maiores causadores de neoplasias malignas são os subtipos 16 e 18, com miaor grau, ou maior chance de gerar neoplasia maligna; e os suntipos 6 e 11, com menor grau, ou menos chance de gerar neoplasia maligna; porém ambos podem ser os causadores do desenvolvimento destas patologias. (7, 4, 8) 

6. Câncer de Colo de útero (CCU) 

Também conhecido como câncer cervical, o CCU é predominantemente originário da infecção persistente pelo HPV, desenvolvendo-se a partir da evolução de lesões em células cervicais precursoras no colo do útero, que antigamente eram chamados de neoplasias intraepiteliais cervicais (NIC). (5, 8) 

Essas lesões eram ainda, classificadas em graus, que demonstravam e subdividiam a patologia, NIC I, II e III; de modo que o NIC I correspondia à displasia limitada ao terço inferior do epitélio cervical; o NIC II envolvia alterações celulares em dois terços do epitélio cervical; e NIC III correspondia á alterações graves em todo o epitélio, porém sem invasão ou acometimento do tecido subjacente, chamado também de carciona in situ. (8) 

Quando não tratadas, essas alterações celulares podem evoluir para câncer invasivo, de modo que as células malignas podem penetrar o estroma cervical ou tecido cervical interno a partir deste, se distribuir em outras regiões do corpo. (8) 

As últimas publicações sugerem adotar uma nova classificação, de modo que NIC I corresponde a uma Lesão Intraepitelial Escamosa de Baixo Grau (LSIL) e os NIC II e NIC III correspondem a uma Lesão Intraepitelial Escamosa de Alto Grau (HSIL). (5) 

Esta classificação visa caracterizar as alterações celulares para além do sítio de localização; a LSIL é tida como uma displasia em que não necessariamente evolui para malignidade ou pré-malignidade, pois por vezes, este tipo de lesão pode regredir espontaneamente ao invés de evoluiu para um carcinoma invasivo. A HSIL tem uma caracterização pelo ciclo celular, que fica desregulado ao ponto de gerar uma alteração irreversível, com alto risco de progressão para carcinoma, tornar-se uma neoplasia maligna. (5) 

Histologicamente, pode-se diferenciar em quatro subtipos principais de CCU, carcinoma de células escamosas (CCE) que, além de parecer estar relacionado com questões de política pública, como rastreamento da doença e condição socioeconômica, equivale a cerca de 80% dos casos; adenocarcinoma com equivalência de 15%; e carcinomas adenoescamosos e neuroendócrinos que se dividem entre os 5% restantes dos casos de CCU. Sendo que estes quatro subtipos são derivados dos HPVs de alto risco oncogênico. (5) 

7. Prevenção e imunização 

Devido ao alto índice de infecções e ao aumento da incidência de CCU, faz necessário atentar-se aos métodos preventivos. A prevenção primária, é embasada no uso de preservativos e na imunização contra os quatro principais subtipos oncogênicos do HPV, visa ainda o incentivo às ações de promoção à saúde, possibilitando um maior acesso a informações sobre a doença, como prevenir-se e sobre o tratamento. (6) 

A prevenção secundária tem por objetivo a detecção precoce da infecção pelos subtipos oncogênicos do HPV, através de exames de rastreio como Papanicolau e genotipagem, pelos testes moleculares. Estas ações de prevenção têm como público-alvo mulheres com faixa etária entre 25 e 64 anos. (6, 9) 

As Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero são um conjunto de instruções técnicas para o correto rastreio do CCU, de acordo com as possibilidades ofertadas no Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro, e estão em processo de atualização, a fim de abranger novos métodos que melhorem o acesso ao diagnóstico e ao tratamento através do sistema público de saúde. (10, 11) 

Por meio da Portaria SECTICS/MS Nº 3, de 7 de março de 2024, foi incorporado Ao SUS o teste molecular de DNA-HPV, que trata-se de uma técnica de amplificação de fita de ácido nucléico baseada em PCR, para realizar o diagnóstico preciso e precoce da infecção pelos subtipos oncogênicos do HPV, ainda que antes do surgimento da doença ou de sintomas relacionados a mesma. (10, 11) 

O Ministério da Saúde por meio da Nota Técnica Nº 1/2024-INCA/DIDEPRE/INCA/CONPREV/INCA/SAES/MS, instrui e atualiza os profissionais da saúde a utilizar esta ferramenta (teste molecular), em processo de incorporação pelo SUS, para rastrear e diagnosticar a infecção pelos subtipos oncogênicos do HPV, influenciando no tratamento do CCU, possivelmente, evitando o desenvolvimento desta patologia em muitas pessoas. (10) 

A vacinação torna-se mais eficaz se realizada em uma faixa etária que preceda a primeira relação sexual em ambos os sexos, ou seja, realizando a prevenção contra os principais subtipos de HPV oncogênicos, aos quais possivelmente as pessoas estariam predispostas a adquirir a partir do primeiro contato sexual. (4) 

É recomendado que o método mais eficaz contra o CCU é a vacinação em duas doses, com intervalo de seis meses entre aplicações; indicada, principalmente, para aqueles que não iniciaram a vida sexual, compreendendo meninos e meninas na faixa de 9 à 14 anos de idade; existem outros grupos especiais que podem realizar a imunização, incluindo pessoas imunossuprimidas, transplantadas e portadoras de cânceres; nestes grupos, a vacina pode ser realizada até 45 anos de idade, de acordo com os demais critérios estabelecidos pelo ministério da saúde. (1 e 12) 

A vacinação contra o HPV, que foi implementada no PNI em 2014; trata-se de uma vacina tetravalente que previne a infecção do HPV, protegendo contra quatro subtipos HPV-06, HPV-11, HPV-16 e HPV-18, causadores de verrugas genitais e responsáveis por cerca de 70% dos casos de CCU (Câncer de Colo de Útero). (1 e 2) 

O acometimento das infecções por HPV ou pelo câncer cervical tem demonstrado certo controle ou redução na incidência dessas patologias em pessoas vacinadas, o que evidencia que a imunização contra o Papilomavírus-Humano tem se mostrado com elevada eficácia. (8) 

8. Estadiamento 

A Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO), sugere que seja adotada uma nova classificação para o estadiamento do carcinoma, dividida em quatro estádios principais que baseiam-se no acometimento tecidual do colo do útero, vagina, parede pélvica, parede óssea, com ou sem hidronefrose, metástase linfonodal regional, acometimento de órgãos adjacentes ou metástases à distância. Elucidando a classificação dos estádios propostos pela FIGO. (13) 

O estádio I é denominado carcinoma estritamente confiado ao colo, de modo que não existe disseminação da doença no corpo uterino; é subdividido em IA: Carcinoma invasor com diagnóstico realizado somente por meio de microscopia, e possui um tamanho menor que 5 milímetros (mm) de invasão tecidual; este estádio pode ser avaliado em dois subtipos: IA1, quando existe menor ou igual a 3mm de invasão tecidual do estroma, ou ainda em IA2, se houver mais que 3mm e menos que 5mm de profundidade de tecido acometido. (13) 

O estádio IB, que representa um carcinoma invasor com profundidade maior que 5mm, porém ainda limitada ao colo do útero, sem lesão em tecidos adjacentes; foi subdivido em estádio IB1, quando o carcinoma invasor possuir mais que 5mm e menos que 2 centímetros (cm); IB2, quando maior que 2cm e menor ou igual a 4cm de diâmetro de profundidade; IB3, quando o carcinoma invasor obtiver mais que 4cm de profundidade, mas ainda limitar-se ao colo do útero. (13) 

O estádio II é equivalente ao carcinoma que ultrapassa os limites do colo uterino, porém não pode atingir o terço inferior da vagina, ou ainda da parede pélvica. divide-se em IIA, quando acomete até dois terços superiores da vagina, porém sem invadir o paramétrio; IIA1 equivale ao acometimento menor ou igual a 4cm de diâmetro; IIA2, quando tem uma profundidade maior que 4cm de diâmetro. A classificação IIB equivale ao acometimento parcial do paramétrio, porém não pode atingir a parede óssea. (13) 

O estádio III é caracterizado pelo envolvimento do terço inferior da vagina com ou sem acometimento da parede pélvica e/ou gerando hidronefrose ou ainda possuir um rim não funcionante, desde que a causa desta disfunção orgânica não possa ser explicada por outra condição clínica; pode ainda ter envolvimento dos linfonodos pélvicos e/ou paraórticos. Logo ocorre a divisão em IIIA, se houver acometimento da parede inferior da vagina, porém sem envolver a parede óssea; IIIB ocorre acometimento da parede inferior da vagina e da parede óssea, podendo existir concomitantemente hidronefrose ou rim não funcionante; IIIC, quando existe metástase linfonodal pélvica, ou ainda paraórtica, considerando também as micrometástases e independe da extensão do tumor. O estádio IIIC subdivide-se em IIIC1, se existir apenas linfonodos pélvicos com metástases; e IIIC2, se existirem linfonodos paraórticos com metástases. (13) 

O estádio IV é caracterizado pela extensão do carcinoma além da pelve verdadeira, ou seja, pode acometer outras mucosas como do reto e da bexiga, porém faz-se necessário um exame biopsial confirmatório. Este estádio é dividido em IVA quando existe propagação ou envolvimento metastático de órgãos adjacentes; e IVB quando é identificado metástases a distancia, como por exemplo, em mama. (13) 

9. CONCLUSÃO 

Pesquisas realizadas nos últimos anos evidenciam que os países intermediários, ou em desenvolvimento, possuem maiores índices de acometimento desta neoplasia (CCU), bem como elevada incidência de transmissão do HPV, sendo esta a IST de maior transmissibilidade. Estes dados evidenciam que esta patologia ainda é uma preocupação de saúde nacional, pois pode levar mulheres, não tratadas, ao óbito. 

A imunização contra os subtipos oncogênicos do Papilomavírus-Humano está disponibilizada no SUS, gratuitamente, possibilitando o acesso a todos àqueles que se encontrem na faixa etária recomendada para vacinação; esta oferta acessível é um grande passo para a possível erradicação ou redução mínima da doença, em território nacional, em algumas décadas. 

A incorporação dos testes moleculares, pela genotipagem dos subtipos do HPV, parece ser um avanço importante em relação à prevenção secundária do CCU, possibilitando o diagnóstico precoce do HPV, bem como o tratamento poderá ser realizado com antecipação, gerando um melhor prognóstico e possivelmente, evitar o desenvolvimento da neoplasia. 

10. REFERÊNCIAS 

1. LOPES, V.A.S.; RIBEIRO, J.M. Fatores limitadores e facilitadores para o controle do câncer de colo de útero: uma revisão de literatura. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2018. 

2. BRASIL, Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Dados e números sobre câncer do colo do útero: Relatório Anual 2023. Rio de Janeiro: INCA, out 2023 

3. GOMES, L.C.; PINTO, M.C.; REIS, B.J.; SILVA, D.S. Epidemiologia do câncer cervical no Brasil: uma revisão integrativa. Pelotas: Journal of Nursing and Health, 2022. 

4. CARVALHO, N.S.; SILVA, R.J.C.; VAL, I.C.; BAZZO, M.L.; SILVEIRA, M.F. Protocolo Brasileiro para Infecções Sexualmente Transmissíveis 2020: infecção pelo papilomavírus humano (HPV). Brasília: Epidemiol. Serv. Saude, 2021. 

5. ALBERTON, D.; LANFERDINI, G. Z.; PICCININI, L. O.; SOUZA, R. S. Neoplasia maligna de colo de útero. In: FREITAS, G. B. L. Ginecologia e Obstetrícia. 9. ed. cap. 13, p. 107 – 114. Irati: Pasteur, 2024. 

6. SOUSA, B.N.; LIMA, P.B.; SOUSA, V.A.; FREITAS, N.O.; KRON-RODRIGUES, M.R. Causas, prevenção e tratamentos do câncer de colo de útero: uma revisão de literatura. São Paulo: RECISATEC Vol. 1. n. 3., 2021. 

7. MARIÑO, J.M.; ROCHA, D.A.P.; REIS, R.S.; SOUZA, M.G.; SOARES, S.C.C.; PORTUGAL, J.C.A; REIS, M.H.; LEVI, J.E.; SILVA, K.L.T. HPV-positive women living in isolated areas in Amazonas, Brazil: Clinical–epidemiological profile and cytological findings. Manaus: Cadernos de saúde coletiva Vol. 1., 2024. 

8. CALZADA, J.V.D., NUNES, B.M., CERVO, A.C.P., RIBEIRO, B.A.; SOUZA, B. C.. Câncer de colo de útero: uma perspectiva médica. São Paulo: Revista IberoAmericana De Humanidades, Ciências E Educação. v. 10, n. 08, 2024. 

9. CORDUVA, G.G.; SOUZA, A.R.;RAMOS, T.C.S.; SOUZA, S.L.; BRITO, J.J.L.; LEGRAMANTI, R.J.D.; SOUSA, M.G.; GUEDES, A.C.C.; BUSSOLOTTI, B.P.; CASSEMIRO, P.; MUNIZ, L.F. A Epidemia do Câncer de Colo do útero: Novos Protocolos de Diagnóstico e Prevenção. Trem: Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences Vol. 7., Ed. 3., 2025. 

10. BRASIL, Ministério da Saúde. Nota Técnica Nº 1/2024 – INCA/DIDEPRE/INCA/CONPREV/INCA/SAES/MS. Brasília, 2024. 

11. BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria SECTICS/MS Nº 3, de 7 de março de 2024. Brasília, 2024. 

12. BRASIL, Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Detecção Precoce do Câncer. Rio de Janeiro: INCA, 2021. 

13. JARDIM, B.C.; JUNGER, W.L.; DAUMAS, R.P.;SILVA, G.A. Estimativa BHATLA, N.; BEREK, J.S.; FREDES, M.C.; DENNY, L.A.; GRENMAN, S.; KARUNARATNE, K.; KEHOE, S.T.; KONISHI, I.; OLAWAIYE, A.B.; PRATT, J.; SANKARANARAYANAN, R. Revised FIGO staging for carcinoma of the cervix uteri. London: InternationalJournal of Gynecology & obstetrics, 2019. 


1Acadêmico de Medicina. Centro Universitário UNINORTE, Rio Branco AC, Brasil
2Orientador e Docente do Centro Universitário UNINORTE, Rio Branco, AC, Brasil
*Autor correspondente: matgs@icloud.com