NEGLECT OF HUMAN LEPTOSPIROSIS: REPERCUSSIONS ON PUBLIC HEALTH
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10436207
Talita D’Paula Tavares Pereira Muniz1*
Ana Cristina Pedrosa do Monte2
Daianny de Paula Santos 3
Resumo
Objetivou-se analisar aspectos relacionados à determinação social presente no perfil epidemiológico da leptospirose humana no período de 2016 a 2020 na 1ª Região de Saúde de Pernambuco. Realizou-se um estudo transversal de abordagem quantitativa descritiva referente aos registros de casos notificados e óbitos por leptospirose humana ocorridos entre os anos de 2016 a 2020 na 1ª Região de Saúde de Pernambuco. Avaliou-se taxa de letalidade para leptospirose humana; frequências absoluta e relativa; tendência central (média); e variáveis relacionadas à assistência à saúde, aos aspectos sociodemográficos, meio ambiente e fatores de risco. Dentre 3.057 casos registrados no Sinan, confirmou-se 796 (26%) e 125 óbitos, com letalidade de 15,7%. A 1ª microrregião apresentou maior taxa de letalidade (35,3%). Em 93,4% dos casos notificados, teve-se o campo ignorado de provável ambiente de infecção. Sugere-se ações de educação continuada para quantificação na captação e registro dos dados visando evitar lacunas e inconsistências informacionais.
Palavras-chave: Epidemiologia. Leptospira. Letalidade. Zoonoses.
1 INTRODUÇÃO
A leptospirose é a zoonose de maior distribuição mundial, tanto na área urbana como rural, sendo conhecida como doença de Neil, doença do rato, febre dos pântanos, febre outonal, dentre outras (ROCHA, 2019). É uma doença emergente, infecciosa de início abrupto, bacteriana, de alta letalidade causada pela espiroqueta patogênica do gênero Leptospira. A espécie de maior interesse zoonótico é Leptospira interrogans, com mais de 250 sorovares e respectivos hospedeiros suscetíveis. No Brasil, os sorovares Icterohaemorrhagiae e Copenhageni estão relacionados aos casos mais graves da doença em humanos. A infecção humana ocorre pelo contato direto com roedores sinantrópicos, principalmente, ou por contato direto ou indireto com solo ou água contaminados (AMARAL et al., 2016; BRASIL, 2021).
Ações antrópicas provocadas na natureza têm sido relacionadas a alterações nos padrões das enfermidades transmissíveis, principalmente tratando-se de zoonoses. Zoonoses monitoradas por programas nacionais de vigilância e controle do Ministério da Saúde, como a leptospirose humana que é uma antropozoonose emergente, tem casos relacionados a eventos sentinela. Tais casos são associados a condições desfavoráveis com evidentes vulnerabilidades sociais dos serviços de saúde, programas preventivos e condições socioambientais precárias ofertadas (MELO et al., 2011; BRASIL, 2016).
Considerada emergente na Europa, a doença é endêmica nas áreas tropicais e úmidas no mundo, como Caribe, Américas Central e do Sul, além de sudeste asiático e Oceania (SITPRIJA & TANTAWICHIEN, 2011). Em 2015, estimou-se 1,03 milhão de casos e, aproximadamente, 59.000 óbitos por leptospirose no mundo anualmente (COSTA et al., 2015). A taxa de mortalidade para a enfermidade varia na faixa de 5 a 40% entre os países. No Brasil, estima-se em torno de 10% para os casos graves, ou seja, pacientes que apresentam icterícia, insuficiência renal e quadros hemorrágicos, que evoluem a óbito; e nos casos em que há comorbidades associadas, a taxa de mortalidade pode chegar até 50% (BRASIL, 2019).
É cosmopolita, endêmica no Brasil, porém seu cenário epidemiológico é acentuado em locais de vulnerabilidade social, más condições sanitárias e habitações insalubres que potencializam a ocorrência do agravo (BRASIL, 2021). Além disso, a ocorrência de inundações após episódios pluviais frente ao ambiente insalubre, precário recolhimento de dejetos nas cidades, assim como escassez de saneamento básico incidem na proliferação da leptospirose humana (OLIVEIRA et al., 2012).
Torna-se um constante desafio reconhecer a magnitude desta antropozoonose, pois, apesar de ser notificação compulsória no Brasil e estar incluída na Lista Brasileira de Causas de Mortes Evitáveis por Intervenções do SUS, ser potencialmente letal e ter reconhecimento internacional como Doença Tropical Negligenciada (DTN), a sua incidência é subestimada, com baixa notificação associada, além da falta de um diagnóstico mais rápido e preciso ainda na Atenção Primária (MALTA et al., 2011; GUIMARÃES et al., 2014). Além disso, pelo fato da infecção aguda ser de difícil percepção clínica com sintomatologia diversa, variando desde uma síndrome gripal a uma grave hemorragia pulmonar, é frequentemente difícil diferenciá-la de outras morbidades similares, como dengue, malária e influenza (SCHNEIDER et al., 2013; BRASIL, 2019).
Conhecendo-se o processo de determinação das doenças, o papel dos fatores demográficos, sociais e econômicos, assim como os fatores de risco associados à transmissão da leptospirose, sabe-se da relação das características da organização espacial da sociedade e das condições de vida e de trabalho da população na prevalência de tais enfermidades. Portanto, torna-se fundamental compreender que tais fatores estão diretamente ligados à negligenciação evidente presente na determinação social do agravo (OLIVEIRA et al., 2009; AYRES et al., 2009).
Destacam-se os seguintes aspectos conflitantes relacionados à matriz do círculo vicioso da negligência frente à leptospirose no Brasil: falha de diagnóstico, diagnóstico tardio ou subdiagnóstico; subnotificação; desconhecimento da real incidência e carga global; e falta de investimento na gestão da vigilância e no controle da leptospirose (RODRIGUES, 2017). Frente às subnotificações e precária visibilidade no plano midiático e político por sua estreita relação com a pobreza, vê-se consequente desinteresse público por sua resolução através de investimentos em pesquisa (HOTEZ & FUJIWARA, 2014), apesar de expressar considerável relevância social e econômica por ter elevada incidência em determinadas áreas e alto custo hospitalar (AMARAL et al., 2016). Por isso, a leptospirose é caracterizada pela literatura como uma enfermidade duplamente negligenciada (MARTINS & SPINK, 2020).
Sendo assim, o estudo tem por objetivo analisar aspectos relacionados à determinação social presente no perfil epidemiológico da leptospirose humana no período de 2016 a 2020 na 1ª Região de Saúde de Pernambuco.
2 METODOLOGIA
Foi realizado um estudo transversal de abordagem quantitativa descritiva referente aos registros de casos notificados e dos óbitos por leptospirose humana realizados no Sistema de Informações de Agravos e Notificações (Sinan) e Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), respectivamente, ocorridos no período de 2016 a 2020 na 1ª Região de Saúde de Pernambuco.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2021, Pernambuco, estado localizado na região Nordeste do Brasil, contava com uma população de 9.674.793 habitantes. O estado é composto de 184 municípios, distribuídos em quatro macrorregiões. A 1ª Região de Saúde está inserida na 1ª Macrorregião do estado de Pernambuco e possui 19 municípios e o distrito estadual de Fernando de Noronha (PERNAMBUCO, 2011). É válido destacar que a 1ª Região de Saúde de Pernambuco está organizada em três microrregiões com os municípios sede: Recife, Cabo de Santo Agostinho e Vitória de Santo Antão.
Foram selecionadas variáveis relacionadas aos aspectos socioeconômicos, demográficos, ambientais e fatores de risco, assistência à saúde e dados necessários para o cálculo de coeficiente de letalidade da leptospirose humana.
Os dados foram descritos através de medidas de frequências absoluta e relativa, tendência central (média) e cálculo da taxa de letalidade (%). Para a estimativa da letalidade, considerou-se como numerador os casos de óbitos no período (2016 a 2020) e, como denominador, casos confirmados no período. Utilizou-se os softwares TabWin 3.2 e Microsoft Office Excel 2010 para a tabulação e análise dos dados.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.1 RESULTADOS
No período de 2016 a 2020, foram registrados no Sinan 3.057 casos, desses 796 (26%) foram casos confirmados e 125 foram à óbito, apresentando taxa de letalidade geral de 15,7%. Dentre as microrregiões de saúde, a 1ª microrregião apresentou maior taxa de letalidade (35,3%), destacando-se os municípios de Igarassu (25%), Paulista (15,4%) e Recife (13,7%).
A frequência de notificação dos casos variou de 9,1 a 29,4%, entre os anos de 2016 a 2020, com redução de 20% nas notificações entre os anos de 2019 e 2020 (Figura 1). Os indivíduos mais notificados foram do sexo masculino (72,1%), com idade entre 20 e 59 anos (64,8%).
Figura 1. Série histórica de casos notificados de leptospirose humana, entre os anos de 2016 a 2020, segundo município de residência e sexo nos municípios da 1ª Região de Saúde de Pernambuco. Fonte: SINAN NET, 1ª Região de Saúde, SES/PE
A zona de residência foi urbana (92,3%), no entanto, ignorou-se o campo sobre provável ambiente de infecção em 93,4% dos casos notificados (Tabela 1). Da mesma forma, observa-se que o campo relativo à escolaridade foi a informação com maior proporção de ignorado, em 59,3% dos casos notificados (Tabela 1).
Para confirmação do diagnóstico, utilizaram-se aspectos clínico-epidemiológicos (47,1%). Dentre as 11 variáveis ambientais, nove delas apresentaram frequências acima de 40% relativas ao campo ignorado, inclusive respectivas ao local com sinal de roedores (39,3%) e ao contato com lixo ou entulho (41,3%).
3.2 DISCUSSÕES
Diversas enfermidades e agravos compõem o grupo de doenças tropicais negligenciadas, não existindo, no entanto, critérios universais para caracterizá-las e inseri-las nesse grupo. O termo “negligenciada” foi proposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a fim de despertar interesse principalmente de empresas farmacêuticas multinacionais, em virtude do baixo investimento em recursos nesse grupo de enfermidades (OPAS, 2019).
O Brasil concentra 92% dos casos de leptospirose da América Latina e Caribe (ALC), considerando os anos de vida perdidos ajustados por incapacidade (DALYs). Hanseníase, leishmaniose visceral, esquistossomose e leptospirose respondem individualmente por aproximadamente 90% da carga da doença na ALC (HOTEZ & FUJIWARA, 2014). Em 2015, o Ministério da Saúde realizou um estudo populacional em 5.570 municípios endêmicos e identificou-se 104.476 casos novos de DTNs com maiores taxas de detecção nas regiões Norte e Nordeste. Além disso, registrou-se 7.786 óbitos por múltiplas infecções (DTNs) principalmente nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste (BRASIL, 2017). Sabe-se que a taxa de letalidade geral nacional é de 10%, logo, vê-se que a taxa regional deste estudo se encontra acima à taxa nacional (BRASIL, 2021).
Sabe-se que as DTNs estão diretamente relacionadas a situações de pobreza, vulnerabilidade e subdesenvolvimento e tem-se enfatizado que uma abordagem estritamente biomédica é insuficiente para analisar e modificar a situação epidemiológica. Deve-se associar, portanto, às políticas públicas para educação e desenvolvimento econômico (GABRIELLI et al., 2013; HOTEZ & FUJIWARA, 2014). Pesquisadores biossociais enfatizam tal construção e debates a fim de soluções sociopolíticas do problema (AAGARD-HANSEY & CHAIGNAT, 2010; AYRES et al., 2009; PARKER et al., 2016).
No estado de Pernambuco, observou-se que quanto maior a densidade demográfica e a presença de pessoas com baixa escolaridade, maior a ocorrência de leptospirose (VASCONCELOS et al., 2012). Além disso, na região litorânea do estado (Recife e região metropolitana), 53% dos casos confirmados tiveram contato com lama ou águas de enchente, caracterizando a principal fonte de infecção para a doença. Anteriormente, a doença estava relacionada às áreas rurais, porém, com a urbanização intensificada, passou a ser associada com determinantes sociais como baixas condições socioeconômicas, ausência de sistema de tratamento pluvial, submoradias e acesso limitado aos serviços de limpeza urbana, água potável e esgotamento sanitário (PELISSARI et al., 2011; DUTRA et al., 2015). Em relação ao gênero e idade acometidos, sabe-se que não há predisposição de gênero ou idade para infectar-se com a leptospirose (BRASIL, 2021).
As áreas de risco para a leptospirose humana são definidas conforme os prováveis locais de infecção dos casos e associadas a áreas com casos antecedentes em humanos ou animais. Além disso, vê-se fatores ambientais predisponentes à enfermidade, assim como fatores culturais e socioeconômicos e nível de infestação de roedores sinantrópicos. Portanto, cabe à Vigilância em Saúde dos municípios identificar e mapear as possíveis áreas de riscos, sabendo-se que as ações na vigilância da leptospirose estão voltadas basicamente para conhecimento das fontes de infecção e reservatórios e seu respectivo ambiente (BRASIL, 2021).
Observa-se que casos mais graves que são geralmente diagnosticados tardiamente e, eventualmente, notificados (subnotificações). Além disso, baixa completitude e inconsistências informacionais refletem na qualidade dos dados reais (LIMA et al., 2009), considerando inclusive que as variáveis ambientais são utilizadas como critérios de confirmação ou descarte de casos notificados de leptospirose humana.
As DTNs recebem a denominação de “tropicais negligenciadas” pois persistem por resultado das condições de vulnerabilidade sanitária e social das populações suscetíveis e pela falta de intervenções profiláticas (preventivas e terapêuticas) acessíveis, seguras e eficazes. Deve-se também à incapacidade dos serviços de saúde de implementar programas de saúde pública sustentáveis e de qualidade, além do menor interesse evidente das agências de fomento, indústria e comunidade científica, que não necessariamente relacionam e/ou investem recursos em tais problemas de saúde às condições socioepidemiológicas (WHO, 2018). É a matriz do círculo vicioso da leptospirose humana no país (MAHONEY & MOREL, 2006; RODRIGUES, 2017), baseados em falhas na ciência, no mercado e na saúde pública em si. Sendo assim, ressalta-se a caracterização da leptospirose humana como enfermidade duplamente negligenciada (MARTINS & SPINK, 2020).
Tabela 1. Características relacionadas aos aspectos socioeconômicos, demográficos e ambientais de casos de leptospirose humana nos municípios da I Regional de Saúde, Pernambuco, entre os anos de 2016 a 2020
Variável | Sexo | Total (N=3.057) | ||||
Masculino (N=2.204) | Feminino (N=853) | |||||
n | % | n | % | N | % | |
Faixa etária (anos) | ||||||
0 a 4 | 26 | 1,2 | 11 | 1,3 | 37 | 1,2 |
5 a 19 | 455 | 20,6 | 158 | 18,5 | 613 | 20,1 |
20 a 59 | 1.429 | 64,8 | 529 | 62,0 | 1.958 | 64 |
60 ou mais | 264 | 12,0 | 139 | 16,3 | 403 | 13,2 |
Não informado | 30 | 1,4 | 16 | 1,9 | 46 | 1,5 |
Raça/Cor | ||||||
Amarela | 14 | 0,6 | 4 | 0,5 | 18 | 0,6 |
Branca | 175 | 7,9 | 87 | 10,2 | 262 | 8,6 |
Indígena | 4 | 0,2 | 3 | 0,4 | 7 | 0,2 |
Parda | 1.260 | 57,2 | 474 | 55,6 | 1.734 | 56,7 |
Preta | 127 | 5,8 | 27 | 3,2 | 154 | 5,0 |
Ignorado | 624 | 28,3 | 258 | 30,2 | 882 | 28,9 |
Escolaridade | ||||||
1ª a 4ª série incompleta | 111 | 5,0 | 36 | 4,2 | 147 | 4,8 |
2ª a 4ª série completa | 60 | 2,7 | 29 | 3,4 | 89 | 2,9 |
5ª a 8º série incompleta | 191 | 8,7 | 49 | 5,7 | 240 | 7,9 |
Analfabeto | 23 | 1,0 | 17 | 2,0 | 40 | 1,3 |
Educação superior completa | 19 | 0,9 | 7 | 0,8 | 26 | 0,9 |
Educação superior incompleta | 19 | 0,9 | 7 | 0,8 | 26 | 0,9 |
Ensino fundamental completo | 76 | 3,4 | 17 | 2,0 | 93 | 3,0 |
Ensino médio completo | 190 | 8,6 | 63 | 7,4 | 253 | 8,3 |
Ensino médio incompleto | 85 | 3,9 | 28 | 3,3 | 113 | 3,7 |
Ignorado | 1.272 | 57,7 | 542 | 63,5 | 1.814 | 59,3 |
Não se aplica | 158 | 7,2 | 58 | 6,8 | 216 | 7,1 |
Zona de residência | ||||||
Periurbana | 5 | 0,2 | 2 | 0,2 | 7 | 0,2 |
Rural | 38 | 1,7 | 10 | 1,2 | 48 | 1,6 |
Urbana | 2.038 | 92,5 | 783 | 91,8 | 2.821 | 92,3 |
Ignorado | 123 | 5,6 | 58 | 6,8 | 181 | 5,9 |
Ambiente provável de infecção | ||||||
Domiciliar | 98 | 4,4 | 26 | 3,0 | 124 | 4,1 |
Lazer | 10 | 0,5 | 1 | 0,1 | 11 | 0,4 |
Trabalho | 37 | 1,7 | 1 | 0,1 | 38 | 1,2 |
Outro | 23 | 1,0 | 7 | 0,8 | 30 | 1,0 |
Ignorado | 2.036 | 92,4 | 818 | 95,9 | 2.854 | 93,4 |
Fonte: SINAN NET, 1ª Região de Saúde, SES/PE.
4 CONCLUSÃO
Sugere-se educação continuada para qualificação na captação e registro dos dados visando evitar lacunas e inconsistências informacionais. É de suma importância análises epidemiológicas críticas visando endossar discussões sobre implementação de políticas públicas aplicadas à saúde, investimentos direcionados à Rede de Saúde, a fim de serem estabelecidas medidas profiláticas direcionadas aos fatores de risco ao longo do ano, não apenas em períodos de intensas precipitações, para reconhecimento e enfrentamento da leptospirose como doença negligenciada.
REFERÊNCIAS
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1 Discente do Curso de Doutorado da Pós-graduação em Biotecnologia Animal da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Campus Botucatu, SP, Brasil e-mail: talita.muniz@unesp.br *Autor correspondente
2 Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, Recife, PE, Brasil e-mail: monteacp@gmail.com
3 Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz-PE), Recife, PE, Brasil e-mail: daianny.ps@hotmail.com