NEEDS OF FAMILY MEMBERS OF ICU PATIENTS: A PERCEPTION OF THE HEALTHCARE TEAM AND FAMILY MEMBERS
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202412201843
Larissa Tiburcio Maia da Silva 1
Gabrielly de Lima Silveira 2
Fernanda Santana de Souza 3
Profa. Lígia Tristão Casanova 4
Profa Ms Daniella Valença Daher de Almeida 5
Resumo
O estudo analisa as percepções de familiares de pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e da equipe de saúde (médicos e enfermeiros) quanto às suas necessidades, divididas em categorias: segurança, proximidade, informação e suporte. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, prospectiva e exploratória, realizada em uma UTI geral de um hospital público com 20 participantes. Utilizou-se o Questionário de Necessidades e Estressores de Familiares em Terapia Intensiva (QNEFTI) para coleta de dados. Os resultados mostram que os familiares consideram a comunicação clara e a proximidade com o paciente como aspectos prioritários, enquanto os profissionais de saúde apresentam maior variabilidade em suas respostas, focando em questões técnicas e clínicas. Divergências são observadas no uso de tecnologias de comunicação e na flexibilização de horários de visita. O estudo identifica a necessidade de estratégias que integrem a percepção dos familiares e profissionais, com foco no atendimento às necessidades emocionais, informacionais e práticas das famílias no ambiente da UTI.
Palavras-chave: Família; Equipe de Assistência ao Paciente; Determinação de Necessidades de Cuidados de Saúde; Apoio Familiar.
Abstract
The study analyzes the perceptions of family members of patients admitted to the Intensive Care Unit (ICU) and healthcare professionals (doctors and nurses) regarding their needs, categorized into safety, proximity, information, and support. This quantitative, prospective, and exploratory research was conducted in a general ICU of a public hospital, with 20 participants. The data collection was carried out using the Questionnaire of Needs and Stressors of Family Members in Intensive Care (QNEFTI). The results indicate that family members prioritize clear communication and proximity to the patient, whereas healthcare professionals show greater variability in their responses, emphasizing technical and clinical aspects. Divergences were observed in the use of communication technologies and the flexibility of visitation schedules. The study identifies the need for strategies that integrate the perspectives of family members and professionals, focusing on addressing the emotional, informational, and practical needs of families in the ICU environment.
Keywords: Family; Patient Care Team; Needs Assessment; Family Support.
1 INTRODUÇÃO
A unidade de Terapia Intensiva (UTI) é conhecida por ser altamente tecnológica e de cuidados especiais, demandando uma equipe multiprofissional e assistência de enfermagem, médica e fisioterapêutica em tempo integral. Sendo assim, exige-se dos profissionais um cuidado especializado, mas pouco se fala sobre a necessidade de prepará-los para uma assistência humanizada voltada tanto para o paciente quanto para a família (CAETANO et al, 2007).
A admissão do paciente na UTI é um evento estressante para o paciente e sua família, com potencial para desestabilizar a dinâmica familiar, além de frequentemente exigir tomada de decisões sobre a vida de outra pessoa. Essas mudanças podem gerar nas famílias sentimento de insegurança, ansiedade e depressão (SHOROFI; JANNATI; MOGHADDAM; YAZDANI-CHARATI, 2016). Familiares de pacientes críticos experienciam profunda turbulência emocional e tendem a apresentar reações de choque, descrença e ansiedade especialmente nas primeiras 72 horas de internação (KLEIBER, HALM, TITLER et al, 1994) e, em alguns casos, chegam a experienciar mais estresse do que o próprio doente (GILLIS, 1984).
De acordo com o Büyükcoban et al (2021) as famílias com pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) enfrentam uma série de desafios, necessidades emocionais e de informação durante esse período difícil, precisando assim de profissionais que trabalhem em conjunto com eles para fornecer o suporte necessário nesse momento conturbado.
Algumas famílias desejam ser ativamente envolvidas nos cuidados do paciente, desde que isso seja permitido e adequado à situação, porém necessitam de apoio e orientação para ajudá-los a continuar a se envolver com o cuidado (SHOROFI; JANNATI; MOGHADDAM; YAZDANI-CHARATI, 2016). Podemos dizer que uma forma de auxiliar é por meio da abordagem centrada na família, que reconhece e atende a essas necessidades ao respeitar os valores familiares trazidos, podendo melhorar o bem-estar emocional e a satisfação das famílias durante a internação do paciente na unidade (DAVIDSON et al, 2017).
Para Davidson et al (2017) e Pinto et al (2009) o cuidado centrado na família é uma forma de abordar respeitosamente as necessidades e valores familiares, tendo em vista que a família deve ser considerada um elemento fundamental nos cuidados.
Conforme explicado por Pinto et al (2009), ao oferecer cuidados ao paciente, indiretamente cuida-se e apoia-se a família. Isso ocorre porque as condições de saúde de um indivíduo muitas vezes afetam não apenas ele próprio, mas também os membros de sua família. Reconhecer o impacto que a saúde de um indivíduo tem sobre sua família é essencial para oferecer um tratamento abrangente e que cuidará do paciente e da família a longo prazo.
A percepção da família e da equipe de saúde pode variar em diferentes aspectos. Para os familiares, por exemplo, pode surgir o medo de lidar com as incertezas apresentadas durante a internação, como será a melhora do paciente, se existem chances para tal melhora, acarretando em diversas emoções ou até mesmo levando familiares à depressão. Por isso, é de suma importância olhar de forma mais profunda para as necessidades da família e não somente o paciente, pois ao cuidarem de seu ente querido, acabam precisando de cuidado (BÜYÜKÇOBAN et al, 2021).
Fortunatti (2014) aponta que as necessidades de familiares que possuem um ente criticamente enfermo variam grandemente de acordo com características culturais e sociodemográficas, contudo, de forma geral, as necessidades mais importantes estão relacionadas às necessidades de informação, segurança e proximidade (AZOULAY et al., 2005; DAVIDSON, 2009; FORTUNATTI, 2014; MAXWELL; STUENKEL; SAYLOR, 2007).
A natureza da doença crítica em si, marcada por alta gravidade e instabilidade na condição de saúde do doente, tende a direcionar a atenção dos profissionais de saúde para a manutenção da vida dos pacientes e à priorização de atividades voltadas ao gerenciamento da tecnologia, avaliação rigorosa, observação e monitoramento de complicações (FREICHELS, 1991; O’MALLEY et al, 1984). Deste modo, por mais que haja a intenção de dar suporte às famílias, as equipes de saúde tendem a não priorizar essas necessidades, pois sua maior preocupação é o cuidado ao paciente, acreditando que, assim como para eles, a família tem seu maior interesse na recuperação do enfermo (EUGÊNIO et al, 2022).
Para Goldfarb et al (2017) equipes em unidades de cuidados intensivos tendem a demonstrar uma precisão moderada na identificação das necessidades das famílias. Eles frequentemente superestimam a importância de fornecer informações, conforto e apoio, enquanto subestimam a relevância de oferecer proximidade e segurança. Em muitos casos, a equipe de saúde está mais focada em prover informações do que em acalmar as preocupações das famílias e facilitar o acesso aos pacientes enfermos. Essas inconsistências podem ser atribuídas a fatores como restrições de tempo, a percepção das necessidades familiares como de baixa prioridade, uma carga de trabalho pesada, uma concentração principal nos pacientes, sentimentos ambivalentes em relação às necessidades dos familiares e a falta de conhecimento, habilidades e preparação educacional.
Com frequência, médicos e enfermeiros dedicam tempo e esforço a intervenções de rotina junto às famílias, muitas vezes atendendo a necessidades que são insignificantes ou inexistentes. (BIJTTEBIER et al, 2000)
Pelas características da atividade, enfermeiros e médicos interagem frequentemente com os familiares, de forma que ficam em boa posição para auxiliá-los no enfrentamento da internação e seu desfecho.
Contudo, para que a equipe de saúde consiga desenvolver estratégias de intervenção efetivas para lidar com as famílias, faz-se necessária uma avaliação acurada das suas necessidades visto que os profissionais têm uma perspectiva diferente e priorizam demandas que às vezes não são a real necessidade da família.
Um estudo realizado por Buckley et al (2011) com enfermeiros mostrou que eles têm um conhecimento teórico sobre as necessidades da família, porém nem sempre é traduzido em prática, necessitando de melhoria no fornecimento de informações escritas e o envolvimento da família na prestação do cuidado.
Portanto, o propósito deste estudo é realizar uma comparação das percepções entre esses dois grupos: familiares e profissionais de saúde (enfermeiros e médicos).
1 METODOLOGIA
Trata-se de um estudo quantitativo, prospectivo e exploratório, realizado em uma UTI geral de um hospital público de média complexidade no Distrito Federal, envolvendo familiares de pacientes internados, enfermeiros e médicos no período de maio a agosto de 2024. A amostra foi por conveniência e de caráter não probabilístico, incluiu 20 participantes: 7 enfermeiros, 5 médicos e 8 familiares.
Em relação ao gênero, 65% dos participantes eram mulheres e 35% homens. Quanto à experiência, todos os profissionais de saúde possuíam mais de 5 anos de atuação na UTI. Já entre os familiares, 50% estavam vivenciando essa situação pela primeira vez, enquanto os outros 50% já haviam passado por experiências anteriores em unidades de terapia intensiva de hospitais públicos.
O estudo foi realizado utilizando o Questionário de Necessidades e Estressores de Familiares em Terapia Intensiva (QNEFTI) (Anexo A), que é uma adaptação do Inventário de Necessidades e Estressores de Familiares em Terapia Intensiva (INEFTI), de Castro (1999), feita por Lemos (2020). Este instrumento foi aplicado na unidade hospitalar do estudo e é composto por dados sociodemográficos e 27 itens fechados, distribuídos em quatro categorias teóricas: Informação, Segurança, Proximidade e Suporte. As perguntas relacionadas a cada categoria foram organizadas da seguinte forma: Segurança (itens 1, 2, 3, 4 e 5), Proximidade (itens 6, 7, 8, 9, 10, 13, 26 e 27), Informação (itens 12, 14, 15, 17, 18, 19 e 20) e Suporte (itens 11, 16, 21, 22, 23, 24 e 25). Para cada item, o participante avaliou a importância do aspecto questionado utilizando uma escala do tipo Likert, com as opções: 1 – Não é importante, 2 – Pouco importante, 3 – Indiferente, 4 – Importante e 5 – Muito importante.
A opção pelo QNEFTI se deu pelo fato do INEFTI (CASTRO, 1999) contemplar itens desatualizados considerando a realidade sócio-cultural, como o item “Ter um telefone perto da sala de espera”, que corresponde a uma época na qual o telefone fixo era um dos principais meios de comunicação, quando celulares e programas de mensagens instantâneas não existiam em larga escala.
Destaca-se ainda a necessidade de adequação do formato do instrumento e do linguajar empregado para melhor adaptação dos potenciais participantes.
O QNEFTI avalia ainda a satisfação dos respondentes com relação aos itens avaliados. No entanto, em razão dos objetivos deste estudo, não foi solicitado a avaliação da satisfação.
Os dados foram organizados em uma planilha do Excel e analisados por meio de estatísticas descritivas, cálculo de médias, mediana, desvios padrão e frequências. Para a interpretação dos resultados, classificaram-se como necessidades primordiais aquelas avaliadas como importantes ou muito importantes (ou seja, itens com média ≥ 3). Já as necessidades acessórias foram aquelas classificadas como não importante, pouco importante ou indiferente (itens com média < 3).
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
1.1 Segurança
Os dados demonstram uma leve variação na percepção da importância dos itens relacionados à segurança no contexto da UTI entre os grupos avaliados.
Os familiares atribuíram como “muito importante” a todas as perguntas, com médias e medianas iguais a 5 e nenhuma variabilidade (DP = 0). Isso mostra um consenso absoluto entre os familiares sobre a relevância desses aspectos no contexto da UTI.
Os enfermeiros também valorizaram as questões, especialmente as de 1 a 4, que obtiveram média de 4,86 e baixa variabilidade. No entanto, na Pergunta 5 (relacionada ao interesse do hospital pelo paciente), houve leve redução na média de 4,71 e aumento no desvio padrão (0,45), indicando maior variabilidade nas respostas. Por outro lado, os médicos demonstraram consenso absoluto nas Perguntas 3 e 4, mas apresentaram variações nas questões 1, 2 e 5, que foram classificadas por alguns como apenas “Importantes”. Apesar disso, o desvio padrão dessas perguntas foi relativamente baixo (0,4), apontando para uma elevada concordância.
Esses resultados sugerem que, embora todos os grupos classifiquem os itens como necessidades primordiais, os familiares apresentam percepção unânime, enquanto os profissionais de saúde demonstram discretas divergências em alguns itens.
Quando abordado sobre a pergunta “2. Quanto você considera importante ter suas perguntas respondidas com franqueza?” Um dos profissionais médicos trouxe ser importante, mas depende do momento e das condições psicológicas dos familiares. Embora a transparência seja essencial, a abordagem deve ser adaptada às circunstâncias emocionais dos envolvidos. Em momentos de alta vulnerabilidade às quais os familiares enfrentam na UTI a franqueza precisa ser equilibrada com sensibilidade, pois a comunicação excessivamente direta pode ser arrasadora se não for conduzida de forma empática. A comunicação de más notícias deve ser realizada de forma cuidadosa, utilizando protocolos que orientam como dosar a franqueza com o suporte emocional necessário para que as famílias possam lidar com a informação de maneira mais consciente e menos traumática.(MONTEIRO; QUINTANA, 2016).
Na pergunta 04 “Quanto você considera importante receber explicações que consegue compreender?” foi considerada “muito importante” por 95% dos participantes e “importante” por 5%. Um dos familiares destacou que, por não ser da área da saúde ou por ter menos estudo, considera difícil compreender certas informações se não forem apresentadas de forma clara e acessível. Essa percepção reforça a necessidade de uma comunicação adaptada ao nível de entendimento de cada indivíduo, permitindo que todos se sintam informados e incluídos no cuidado ao paciente. Estudos apontam que a compreensão adequada das informações em UTIs está diretamente relacionada à redução de estressores familiares e à melhoria da percepção de segurança durante o cuidado (FONSECA et al., 2022; LEMOS, 2020; DAVIDSON et al., 2017)
Gráfico 1. Média das perguntas da categoria Suporte
1.2 Proximidade
Os resultados mostram concordância e diferenças na percepção de enfermeiros, familiares e médicos sobre a importância de aspectos relacionados à proximidade.
Enfermeiros e familiares destacaram a relevância da comunicação sobre possíveis transferências (Pergunta 8), com médias de 4,86 e 5,00, respectivamente, demonstrando consenso sobre a relevância de manter os familiares informados. Entre os médicos, essa mesma questão foi a mais valorizada, porém com uma nota mais baixa (média de 4,00).
Em relação ao uso de tecnologias, como mensagens de voz e videochamadas (Perguntas 26 e 27), os enfermeiros apresentaram maior variabilidade nas respostas, com médias de 3,86 e desvio padrão de 1,07, enquanto os familiares atribuíram menor importância a essas ferramentas, com destaque para a Pergunta 27, que obteve a menor média (3,50). Já os médicos demonstraram baixa valorização dessas tecnologias, com médias de 3,00 e 3,20, indicando que as consideram úteis, mas não prioritárias.
Por fim, os familiares atribuem alta relevância a modificação do horário de visita em situações especiais (Pergunta 6), com média unânime de 5,00, enquanto os médicos mostraram menor interesse em questões relacionadas às informações sobre cuidados ao paciente (Pergunta 7), que apresentou uma média de apenas 3,20.
Portanto, os enfermeiros e familiares valorizam a interação próxima e a comunicação frequente e os médicos mantêm um foco mais objetivo, priorizando aspectos ligados ao manejo clínico.
Na pergunta 06: “ Quanto você considera importante ter horário de visita modificado em casos especiais?”, 65% dos participantes responderam como “muito importante”, 30% como “importante” e 5% como “indiferente”. A flexibilização do horário de visitas foi mencionada como uma necessidade primordial por um participante. Ele afirmou que, devido às suas obrigações de trabalho, não consegue visitar o paciente todos os dias. Entretanto, já não é tão aceita pelos profissionais, uma vez que alguns relataram que os familiares podem acabar atrapalhando os profissionais ou até deixando os pacientes, quando conscientes, mais ansiosos por suas preocupações, que podem ser transmitidas de forma desesperada. Uma possível mudança no horário de visitas, especialmente em casos específicos, foi vista como uma solução para permitir uma presença mais regular junto ao paciente, o que contribuiria para o bem-estar de ambos. A literatura reforça que a presença física dos familiares no ambiente da UTI é fundamental para estreitar o vínculo com a equipe de saúde e reduzir a ansiedade, sendo que horários de visitas flexíveis podem atender melhor às demandas das famílias (FONSECA et al., 2022; DAVIDSON et al., 2017).
Entretanto, na pergunta 08: “Quanto você considera importante ser comunicada sobre possíveis transferências para outros setores ou unidades?”, 90% dos participantes responderam como “muito importante”. A falta de aviso sobre a transferência de pacientes foi apontada como um fator de estresse significativo para os familiares. Um dos entrevistados destacou que, em algumas ocasiões, a ausência de comunicação sobre a transferência do ente querido fez com que a família o procurasse em outros setores, sem saber o que havia ocorrido ou os horários de visita do novo local. Esse relato reforça a importância de uma comunicação clara e antecipada, uma vez que a desinformação pode aumentar a sensação de angústia e desorientação das famílias. Estudos demonstram que o aviso prévio e detalhado sobre transferências hospitalares é essencial para fortalecer o vínculo de confiança entre a equipe de saúde e os familiares, além de evitar insatisfações (SHOROFI et al., 2016; LEMOS, 2020; FONSECA et al., 2022).
A maioria dos participantes classificou como “muito importante” a pergunta “13. Quanto você considera importante poder conversar com o(s) mesmo(s) médicos todos os dias?” embora tenha bastante variabilidade nas respostas. A possibilidade de conversar com o mesmo médico diariamente, reforça a relevância da continuidade no processo de comunicação entre a equipe médica e os familiares. Um dos profissionais médico entrevistados destacou que essa prática garante a transmissão de informações de forma linear e precisa, fortalece o vínculo de confiança entre o profissional e os familiares, além de que a escolha de um médico com perfil adequado para conversar reduz a ansiedade dos familiares. A centralização da comunicação em um único médico facilita o entendimento do quadro clínico, evita contradições e aumenta a percepção de acolhimento, o que é essencial em situações de alta complexidade emocional e técnica.(MONTEIRO; QUINTANA, 2016).
Gráfico 2. Média das perguntas da categoria Proximidade
1.3 Informação
A análise demonstra uma concordância entre as famílias, enfermeiros e médicos sobre a importância da comunicação nos cuidados ao paciente, com destaque aos aspectos como o diálogo constante e a transparência nos tratamentos. As famílias atribuem maior relevância à comunicação diária com o médico, alcançando a nota máxima (média 5,0; DP 0,0). Esse ponto também foi altamente valorizado pelos enfermeiros (média 4,86), refletindo que a troca de informações promove confiança e segurança. Além disso, a identificação de quem pode fornecer informações foi amplamente reconhecida por todos os grupos, com médias altas para famílias (4,88), enfermeiros (4,43) e médicos (4,00; DP 0).
A transparência sobre os tratamentos realizados também foi considerada necessidade primordial. Os enfermeiros destacaram a importância de saber o motivo dos tratamentos (média 4,57) e o que está sendo feito (4,43), enquanto os médicos priorizam “ser informado sobre o que está sendo feito ao paciente” (média 4,80; DP 0,45). Esses resultados refletem a necessidade de que as condutas clínicas sejam claramente explicadas para os familiares, contribuindo para uma melhor compreensão do processo de cuidado.
Entretanto, houve divergência significativa em relação à comunicação por telefone. Essa modalidade obteve uma média de 3,75 (DP 1,49) entre as famílias, 3,00 pelos enfermeiros e 2,80 pelos médicos, demonstrando menor consenso e valorização. A baixa nota atribuída por todos os grupos reflete a preferência pela comunicação presencial.
Os resultados demonstram a ênfase na construção de um ambiente informativo e transparente, reforçando a importância de estratégias que priorizem a proximidade entre profissionais de saúde e familiares.
A transmissão de informações por telefone de pacientes críticos exige uma abordagem cuidadosa. Durante a aplicação do questionário houve vários comentários dos participantes em relação à pergunta 14 “Quanto você considera importante receber informações por telefone?”. Diferente da maioria das perguntas, apenas 20% responderam como “muito importante”, 20% como “pouco importante”, 25% como “indiferente” e 10% como “não é importante”. Um dos familiares apontou que, embora reconhecer que receber notícias dessa forma poderia ser útil, também acredita que essa prática geraria angústia. Segundo ele, a ansiedade ao ver o telefone tocar impactaria sua capacidade de realizar atividades diárias, tornando esse método de comunicação um possível estressor. Estudos anteriores demonstram que, apesar da eficiência da comunicação telefônica em situações emergenciais, ela pode se tornar um fator de estresse, principalmente quando não acompanhada de suporte emocional adequado (FONSECA et al., 2022; SHOROFI et al., 2016). Entretanto, outro familiar pontuou ser muito importante, pois reside longe do hospital ou está no horário de trabalho durante a visita e a comunicação por telefone facilitaria o recebimento do boletim médico.
Em controvérsia alguns profissionais de saúde destacaram como prioridade a comunicação presencial, para garantir uma interação empática, clara e adequada, além de que por telefone existe a impossibilidade de suporte imediato às famílias. ( DINIZ, 2021) Um médico referiu os embates legais deste tipo de ferramenta, pois por telefone não se pode garantir que a informação está sendo realmente passada para o familiar do paciente, estando sujeito a fraudes.
Gráfico 3. Média das perguntas da categoria Suporte
1.4 Suporte
De modo geral, todos os grupos atribuíram alta relevância à necessidade de receber orientações gerais sobre a UTI na primeira visita (item 11), com médias superiores a 4,5, embora as famílias tenham atribuído maior importância (média 4,88).
O item 21, que aborda a possibilidade de falar sobre preocupações relacionadas ao que está acontecendo, foi amplamente valorizado pelas famílias apresentando consenso absoluto (média 5,0 e desvio padrão 0,0), enquanto enfermeiros e médicos também avaliaram o item como muito importante, com médias de 4,71 e 4,8, respectivamente.
A questão sobre discutir a possibilidade de morte do paciente (item 23) destacou-se por seu alto consenso, com famílias e médicos atribuindo nota máxima (média 5,0 e desvio padrão 0,0) e os enfermeiros apresentando média ligeiramente menor (4,86), mas ainda assim com baixa dispersão (0,38).
Por outro lado, itens relacionados ao papel dos profissionais não médicos (item 16) e à orientação em questões sociais (item 22) mostraram divergência entre os grupos. As famílias e os enfermeiros consideraram ambos os itens altamente relevantes, com médias superiores a 4,7, enquanto os médicos apresentaram maior dispersão.
Os itens que abordam o rodízio de visitantes durante o horário de visita (item 24) e a oferta de informações sobre serviços religiosos (item 25) apresentaram as maiores variações nas respostas. O rodízio de visitantes foi o menos valorizado, com médias de 4,38 para as famílias, 3,43 para os enfermeiros e 3,4 para os médicos. Já a relevância dos serviços religiosos foi mais valorizada pelas famílias (média 4,5) do que pelos profissionais de saúde, que apresentaram médias de 4,0.
Os dados indicam consenso sobre a importância de aspectos centrais, como comunicação sobre preocupações, suporte emocional e discussões sobre temas sensíveis como a morte do paciente, enquanto itens secundários, como rodízio de visitantes e serviços religiosos, evidenciam maior divergência nas percepções.
Na pergunta 22: “Quanto você considera importante ter uma pessoa para orientar em caso de problemas sociais (financeiros, INSS, saque em conta e etc…)? Um dos familiares relatou a necessidade de um assistente social para sanar as dúvidas em relação ao assunto e que sentem-se perdidos pela escassez de informações. A presença de assistentes sociais no ambiente hospitalar é essencial para garantir um atendimento humanizado e eficaz, conectando os aspectos clínicos às questões sociais que afetam os pacientes e suas famílias. Esses profissionais desempenham um papel fundamental na mediação entre usuários e instituições, promovendo acesso a direitos, políticas públicas e suporte emocional. Eles são responsáveis por atividades como o acolhimento dos pacientes, articulação com serviços externos, orientações sobre benefícios sociais e estratégias para enfrentar desafios no contexto de saúde pública. (OLIVEIRA; SILVA, 2022).
Gráfico 4. Média das perguntas da categoria Suporte
1.5 Levantamento Comparativo das Necessidades dos Familiares
No estudo de Fonseca et al., todas as necessidades do QNEFTI foram classificadas como importantes ou muito importantes, destacando-se itens como “ser informado sobre as chances de melhora do paciente” e “poder conversar com o médico todos os dias”. De forma semelhante, os participantes também atribuíram alta relevância a esses aspectos. As comparações entre os resultados revelam uma intersecção importante entre as demandas tradicionais dos familiares de pacientes em UTI e as modificações impostas por contextos extremos, como a pandemia de COVID-19. Elementos como a necessidade de informação e transparência seguem como alicerces do cuidado centrado na família. No entanto, a dependência de tecnologias remotas, amplificada durante a pandemia, parece estar se reequilibrando à medida que o contato presencial se torna mais viável.
As diferenças demonstram que a implementação de soluções adaptadas ao contexto é essencial. Embora visitas virtuais possam não ser tão prioritárias agora quanto foram durante a pandemia, a utilização de práticas como mensagens de voz, reflete um desejo de manter certa flexibilidade e acessibilidade. Por outro lado, problemas persistentes, como a rotatividade de médicos, monstram que questões estruturais ainda precisam ser solucionadas.
A conexão entre as práticas adotadas em contextos emergenciais e a experiência diária dos familiares em UTIs pode servir como embasamento para aperfeiçoar o cuidado. As necessidades não atendidas observadas por Fonseca et al. ressaltam a importância de ajustes contínuos e da escuta ativa das famílias para promover um ambiente humanizado.
Na categoria informação, tanto no estudo de Fonseca et al. quanto na atual, itens como “ser informado sobre as chances de melhora do paciente” e “poder conversar com o médico todos os dias” foram considerados altamente relevantes. Esses resultados reforçam a centralidade da comunicação clara e frequente como necessidade primordial dos familiares em UTI.
Na dimensão de segurança, Fonseca et al. identificaram estressores significativos relacionados à falta de informações claras sobre transferências e à ausência de discussões sobre terminalidade. Esses pontos também apareceram atualmente, destacando-se como desafios persistentes na prática clínica.
O artigo de Fonseca et al. destaca que a pandemia modificou substancialmente a hierarquização das necessidades dos familiares, com maior valorização de itens relacionados à comunicação remota. Na pesquisa atual, porém, esse padrão é menos evidente, refletindo um cenário pós-pandêmico onde as demandas relacionadas à proximidade, como visitas presenciais, retomaram maior relevância. Ainda assim, a valorização de mensagens de voz demonstra que algumas práticas adaptadas na pandemia continuam a ser vistas como benéficas e eficazes.
4 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo demonstra que as percepções de familiares e profissionais de saúde sobre as necessidades no contexto da UTI têm pontos de convergência e divergência, todos os grupos valorizam aspectos fundamentais como comunicação transparente, proximidade com o paciente e suporte emocional, há discordância significativas nas percepções, especialmente em relação ao uso de tecnologias de comunicação e à flexibilização do horário das visitas. Identifica-se que, embora os profissionais possuam conhecimento teórico sobre essas demandas, a prática nem sempre reflete tais percepções.
As descobertas confirmam que a comunicação clara, a empatia e o suporte às famílias são componentes essenciais para o cuidado centrado na família, alinhando-se às recomendações da literatura. O estudo também evidencia a relevância de profissionais como assistentes sociais na orientação sobre questões sociais e a continuidade de práticas que favoreçam a confiança entre equipe e familiares.
As limitações incluem o tamanho reduzido da amostra e a abrangência em apenas uma unidade hospitalar, sugerindo a necessidade de estudos futuros com maior diversidade de cenários e participantes.
Conclui-se que estratégias que priorizam a segurança e o suporte de forma humanizada e empática podem contribuir significativamente para a satisfação dos familiares e a diminuição de estressores.
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5 ANEXO A
Questionário de Necessidades e Estressores de Familiares em Terapia Intensiva – QNEFTI
Leia cada pergunta e faça um “X” na afirmação que melhor indicar como você se sente hoje com relação à importância e à satisfação de suas necessidades.
1. Quanto você considera importante ser informado sobre as chances de melhora do paciente?
( ) não é importante ( ) pouco importante ( ) indiferente ( ) importante ( ) muito importante
2. Quanto você considera importante ter suas perguntas respondidas com franqueza?
( ) não é importante ( ) pouco importante ( ) indiferente ( ) importante ( ) muito importante
3. Quanto você considera importante se sentir segura que o melhor tratamento possível está sendo dado ao paciente?
( ) não é importante ( ) pouco importante ( ) indiferente ( ) importante ( ) muito importante
4. Quanto você considera importante receber explicações que consegue compreender?
( ) não é importante ( ) pouco importante ( ) indiferente ( ) importante ( ) muito importante
5. Quanto você considera importante perceber que o pessoal do hospital se interessa pelo paciente?
( ) não é importante ( ) pouco importante ( ) indiferente ( ) importante ( ) muito importante
6. Quanto você considera importante ter o horário de visita modificado em casos especiais?
( ) não é importante ( ) pouco importante ( ) indiferente ( ) importante ( ) muito importante
7. Quanto você considera importante receber informações sobre os cuidados dispensados ao paciente? (troca de curativo, banho, conforto)
( ) não é importante ( ) pouco importante importante ( ) indiferente ( ) importante ( ) muito importante
8. Quanto você considera importante ser comunicada sobre possíveis transferências para outros setores ou unidades?
( ) não é importante ( ) pouco importante importante ( ) indiferente ( ) importante ( ) muito importante
9. Quanto você considera importante ser avisada por telefone sobre possíveis mudanças relevantes na condição do paciente?
( ) não é importante ( ) pouco importante importante ( ) indiferente ( ) importante ( ) muito importante
10. Quanto você considera importante se sentir bem-vindo(a) pelas pessoas do quadro de funcionários do hospital?
( ) não é importante ( ) pouco importante ( ) indiferente ( ) importante ( ) muito importante
11. Quanto você considera importante receber orientações gerais sobre a UTI na primeira visita?
( ) não é importante ( ) pouco importante ( ) indiferente ( ) importante ( ) muito Importante
12. Quanto você considera importante poder conversar com o médico todos os dias?
( ) não é importante ( ) pouco importante ( ) indiferente ( ) importante ( ) muito importante
13. Quanto você considera importante poder conversar com o(s) mesmo(s) médicos todos os dias?
( ) não é importante ( ) pouco importante ( ) indiferente ( ) importante ( ) muito importante
14. Quanto você considera importante receber informações por telefone?
( ) não é importante ( ) pouco importante ( ) indiferente ( ) importante ( ) muito importante
15. Quanto você considera importante saber quem pode dar a informação que precisa?
( ) não é importante ( ) pouco importante ( ) indiferente ( ) importante ( ) muito importante
16. Quanto você considera importante saber o papel dos profissionais não-médicos?
( ) não é importante ( ) pouco importante ( ) indiferente ( ) importante ( ) muito importante
17. Quanto você considera importante saber o motivo pelo qual determinados tratamentos foram realizados com o paciente?
( ) não é importante ( ) pouco importante ( ) indiferente ( ) importante ( ) muito importante
18. Quanto você considera importante saber quais são os profissionais que estão cuidando do paciente?
( ) não é importante ( ) pouco importante ( ) indiferente ( ) importante ( ) muito importante
19. Quanto você considera importante saber qual(is) tratamento(s) estão sendo dado(s) ao paciente?
( ) não é importante ( ) pouco importante ( ) indiferente ( ) importante ( ) muito importante
20. Quanto você considera importante ser informado sobre o que está sendo feito para o paciente?
( ) não é importante ( ) pouco importante ( ) indiferente ( ) importante ( ) muito importante
21. Quanto você considera importante poder falar sobre suas preocupações relacionadas ao que está acontecendo?
( ) não é importante ( ) pouco importante ( ) indiferente ( ) importante ( ) muito importante
22. Quanto você considera importante ter uma pessoa para orientar em caso de problemas sociais (financeiros, INSS, saque em conta, etc)?
( ) não é importante ( ) pouco importante ( ) indiferente ( ) importante ( ) muito importante
23. Quanto você considera importante conversar sobre a possibilidade de morte do paciente?
( ) não é importante ( ) pouco importante ( ) indiferente ( ) importante ( ) muito importante
24. Quanto você considera importante fazer rodízio de visitantes durante o horário de visita?
( ) não é importante ( ) pouco importante ( ) indiferente ( ) importante ( ) muito importante
25. Quanto você considera importante ser informado sobre serviços religiosos?
( ) não é importante ( ) pouco importante ( ) indiferente ( ) importante ( ) muito importante
26. Quanto você considera importante poder enviar mensagens de voz ao paciente?
( ) não é importante ( ) pouco importante ( ) indiferente ( ) importante ( ) muito importante
27. Quanto você considera importante poder fazer vídeo chamada com o paciente?
( ) não é importante ( ) pouco importante ( ) indiferente ( ) importante ( ) muito importante
Agora, gostaríamos de saber um pouco mais sobre você:
Idade: ___________Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino
Situação de trabalho:
1. ( ) Empregado 5. ( ) Autônomo
2. ( ) Desempregado 6. ( ) Estudante
3. ( ) Aposentado 7. ( ) Informal
4. ( ) Dona de casa
Escolaridade:
1. ( ) Ensino Fundamental Incompleto 5. ( ) Superior Incompleto
2. ( ) Ensino Fundamental Completo 6. ( ) Superior Completo
3. ( ) Ensino Médio Incompleto 7. ( ) Pós-Graduação
4. ( ) Ensino Médio Completo
Tempo de experiência trabalhando em UTI
1. ( ) Menos de um ano 3. ( ) Mais que cinco anos
2. ( ) Entre um ano e cinco anos 4. ( ) Não se aplica
Profissão: _________________________
Vínculo do informante com o paciente: __________________________________
Possui experiência anterior em UTI?
- Sim ( ) 2. Não ( )
↳ Quantas vezes? __________________
( ) Público ( ) Particular
1 Discente do Programa de Residência Multiprofissional em Terapia Intensiva – PRMTI- Enfermagem pela Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde e-mail: enflarissatiburcio.res@escs.edu.br
2 Discente do Programa de Residência Multiprofissional em Terapia Intensiva – PRMTI- Psicologia pela Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde e-mail: gabrielly-silveira@escs.edu.br
3 Discente do Programa de Residência Multiprofissional em Terapia Intensiva – PRMTI- Enfermagem pela Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde e-mail: fernanda-souza@fepecs.edu.br
4 Docente do Programa de Residência Multiprofissional em Terapia Intensiva – PRMTI- Psicologia pela Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde e-mail: ligia.casanova@gmail.com
5 Docente do Programa de Residência Multiprofissional em Terapia Intensiva – PRMTI- Psicologia e Enfermagem pela Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde e-mail: daniella-almeida@fepecs.edu.br